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Helena Lemos

lidei - edições técnicas, Ida


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ISBN edição impressa: 978-989-752-246-8
1.ª edição impressa: novembro 2017

Conceção de layout e paginação: Pedro Santos


Impressão e acabamento: Cafilesa - Soluções Gráficas, Lda. - Venda do Pinheiro
Depósito Legal: 433716/17

Capa: José Manuel Reis


Imagem da capa:© Kreatiw; © Shekaka

Imagens: www.pt.fotolia.com, www.istockphoto.com, www.shutterstock.com

Faixas Áudio
Radialistas: Afonso de Sousa, Alexandra Nunes, Ana Ferrão, Ana Maria Ramos, Carlos Raleiras, Carlos Vaz Marques,
Cláudia Duarte, Joana Sousa Dias, João Paulo Meneses, Joaquim Dias, Manuel Vilas-Boas, Maria Augusta Casaca,
Mésicles Helin, Rita Costa e Rui Tukayana
Execução Técnica: Emanuel Lima
®&© 2017 - Lidei
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ÍNDICE

UNIDADE 1 Uma jornalista africana 6


UNIDADE 2 Usar o computador 10

UNIDADE 3 Tempo com os filhos 14


UNIDADE 4 Um imigrante brasileiro 18
UNIDADE 5 O anel mágico 22
UNIDADE 6 Jogos de computador 26
UNIDADE 7 Um viajante compulsivo 30
UNIDADE 8 Hortas urbanas 34
UNIDADE 9 Primeiras impressões 38
UNIDADE 10 A fobia das férias 42
UNIDADE 11 O alfenim 46
UNIDADE 12 Mudar de vida 50
UNIDADE 13 A longevidade 54
UNIDADE 14 Vinhos portugueses 58
UNIDADE 15 Aulas online 62
UNIDADE 16 Livros sobre o Oriente 66
UNIDADE 17 Ilha do Pico 70
UNIDADE 18 A cortiça 74

UNIDADE 19 A gaita mirandesa 78
·5
UNIDADE 20 Negócios em Moçambique 82
86
1
SOLUÇÕES
:.::::;
(Q)

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1 5 1


ÍNDICE

UNIDADE 1 Uma jornalista africana 6


UNIDADE 2 Usar o computador 10

UNIDADE 3 Tempo com os filhos 14


UNIDADE 4 Um imigrante brasileiro 18
UNIDADE 5 O anel mágico 22
UNIDADE 6 Jogos de computador 26
UNIDADE 7 Um viajante compulsivo 30
UNIDADE 8 Hortas urbanas 34
UNIDADE 9 Primeiras impressões 38
UNIDADE 10 A fobia das férias 42
UNIDADE 11 O alfenim 46
UNIDADE 12 Mudar de vida 50
UNIDADE 13 A longevidade 54
UNIDADE 14 Vinhos portugueses 58
UNIDADE 15 Aulas online 62
UNIDADE 16 Livros sobre o Oriente 66
UNIDADE 17 Ilha do Pico 70
UNIDADE 18 A cortiça 74

UNIDADE 19 A gaita mirandesa 78
·5
UNIDADE 20 Negócios em Moçambique 82
86
1
SOLUÇÕES
:.::::;
(Q)

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1 5 1


·I

UMA JORNALISTA
UNIDADE
AFRICANA
1

'fm:o:·•· ..
® 1. PREPARAÇÃO

~;;;. 2 1Vai ouvir um excerto de uma emissão do programa Gente como Nós, de Carlos Raleiras, que
apresenta Mayra Fernandes, uma jornalista africana que vive em Portugal.

Na sua opinião, que dificuldades é que os africanos podem encontrar ao chegar a Portugal?

tlfl
~ '.

11. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. portal D 1. concluir um curso superior


b. a par de D 2. sítio na Internet que dá acesso a serviços variados
e. persistência D 3. bem informado sobre
d. formar-se D 4. qualidade de quem mostra firmeza e não desiste
e. aliciante D 5. botas altas de borracha
f. galochas D 6. que atrai, tentador

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO


1. Indique se as frases correspondem às ideias expressas no excerto do programa (SIM) ou não (NÃO).
õ"'
<I)
SIM NÃO

o a. Mayra vive em Portugal desde os dezanove anos. D D


-~ b. O projeto em que trabalha tem como objetivo informar as pessoas sobre D D
. c:1lgur.:i:5. pc:1J:5.~s c:1f.ri.c:a.r.:i9.:5. g~ língua port~.9.lJ..~:5.ª·.
e. Antes de ser coordenadora dos portais, ela tinha outras funções. D D
d. Ela viaja com frequência, porque tem de conhecer bem os três países. D D
.. e'. Ela sabia pouco sobre o clima português e teve dificuldade em adaptar-se. D D
f. Na escola, a adaptação também foi difícil, embora os colegas já tivessem D D
....... :5.iqopr.epa.E9g9.:5.para a chegada dela. . .............. ____ ................................... - - - - - - -
9. Os colegas da escola faziam-lhe muitas perguntas, porque ela tinha visto D D
............. S9~Té:l.:5. ~_leões em Ang~o_la_.__
h . .~r.!.1?.?.r.~ ~.i~!.~ i.~tegrada em Portugal, ela tem saudades da família. D D
i. Ela consi·~·~r..ª que os portugueses não são tão alegres como os angolanos. D D
j. Mayra quer continuar os estudos e, depois, regressar definitivamente a Angola. D D
1 6 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1
o
o

2. Nos casos em que respondeu NÃO, justifique a sua resposta.

3. Explique o significado da expressão sublinhada: "o Sapo Cabo Verde foi o primeiro a nascer [ ... ]
muito embora já estivessem no forno todos os outros". (1. 5-6)

Se vive em Portugal (ou num país que não é o seu), a que aspetos tem, ou teve, dificuldade em
adaptar-se? Se vive no seu país, o que seria mais difícil para si se tivesse de ir viver para o estrangeiro?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "Foi a persistência[. .. ] ~ a trouxe até aqui:' (1. 9)

,, Construa frases do mesmo tipo (ser+ [ ... ] + que) a partir das frases dadas.

1. No início, as características do clima dificultaram-lhe a adaptação.

2. A professora preparou os colegas para a chegada dela.

3. Os colegas da escola faziam-lhe perguntas sobre África.

4. A alegria dos angolanos faz-lhe falta.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1 7 1


B. "se tivesse mais uma [mão], pô-la-ia também" (1. 10-11)

Substitua as palavras entre parênteses por pronomes. Faça as alterações necessárias.

1. Se o António me perguntasse, eu diria (ao António) o que penso sobre o assunto.

2. Na próxima semana, o diretor terá uma reunião com os clientes e informará (os clientes).

3. Se precisar dos documentos, nós enviaremos (os documentos ao senhor) amanhã.

4. Se eles pudessem, ajudariam (a Maria e a Teresa).

1 '

5. Na reunião do próximo sábado, serão apresentados (aos senhores) os novos produtos.

6. Se a senhora tivesse pedido o certificado com urgência, teríamos enviado (o certificado à


senhora) imediatamente.

C. ''Da atualização online de conteúdos e do jornalismo de campo, Mayra passou à coordenação dos
três portais:' (1. 8-9)

Complete as frases com o verbo passar na forma correta e com a preposição adequada (a, de, em,
para, por, sem), contraída com o artigo, se necessário.

1. - Já saíram as minhas notas e _ _ _ __ __ todos os exames!

- Parabéns! Então, acabaste o 2.0 ano e _ _ _ _ _ _ _ o 3. 0 , não foi?

2. Não acredito nisso! Acho que não _ _ _ _ _ _ _ um boato.

3. A Joana, agora, está muito bem, mas depois do divórcio _ _ _ _ _ _ _ uma fase difícil.

4. - A partir da próxima semana, o percurso do autocarro 56 vai mudar e vai _ _ _ _ __ _

faculdade.

- Que bom! Então, eu vou _ _ _ _ _ _ _ ir de autocarro. É mais prático.

5. Eu adoro café e tomo vários por dia. De manhã, não _ _ _ _ _ _ _ um cafezinho para come-

çar o dia bem-disposto.

6. Quando eu cheguei, eles estavam a dormir, pois já _ _ _ _ _ _ _ meia-noite.

1 8 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


B. "se tivesse mais uma [mão], pô-la-ia também" (1. 10-11)

Substitua as palavras entre parênteses por pronomes. Faça as alterações necessárias.

1. Se o António me perguntasse, eu diria (ao António) o que penso sobre o assunto.

2. Na próxima semana, o diretor terá uma reunião com os clientes e informará (os clientes).

3. Se precisar dos documentos, nós enviaremos (os documentos ao senhor) amanhã.

4. Se eles pudessem, ajudariam (a Maria e a Teresa).

1 '

5. Na reunião do próximo sábado, serão apresentados (aos senhores) os novos produtos.

6. Se a senhora tivesse pedido o certificado com urgência, teríamos enviado (o certificado à


senhora) imediatamente.

C. ''Da atualização online de conteúdos e do jornalismo de campo, Mayra passou à coordenação dos
três portais:' (1. 8-9)

Complete as frases com o verbo passar na forma correta e com a preposição adequada (a, de, em,
para, por, sem), contraída com o artigo, se necessário.

1. - Já saíram as minhas notas e _ _ _ __ __ todos os exames!

- Parabéns! Então, acabaste o 2.0 ano e _ _ _ _ _ _ _ o 3. 0 , não foi?

2. Não acredito nisso! Acho que não _ _ _ _ _ _ _ um boato.

3. A Joana, agora, está muito bem, mas depois do divórcio _ _ _ _ _ _ _ uma fase difícil.

4. - A partir da próxima semana, o percurso do autocarro 56 vai mudar e vai _ _ _ _ __ _

faculdade.

- Que bom! Então, eu vou _ _ _ _ _ _ _ ir de autocarro. É mais prático.

5. Eu adoro café e tomo vários por dia. De manhã, não _ _ _ _ _ _ _ um cafezinho para come-

çar o dia bem-disposto.

6. Quando eu cheguei, eles estavam a dormir, pois já _ _ _ _ _ _ _ meia-noite.

1 8 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


D. "não me fazem sentir tanto a falta de muita coisa" (1. 29)

,. Complete as frases com (a) falta de, à falta de, por falta de, sem falta. Faça a contração da preposição
com o artigo, se necessário.

1. - O comboio parte às 9.1 Oh. Não te atrases!

- Não te preocupes. Estou na estação às nove horas _ _ _ _ _ __

2. No mês passado, por causa de uma greve dos camionistas, houve _ _ _ _ _ _ _ alguns
produtos nos supermercados.

3. O livro é muito interessante, só não acabei de o ler _ _ _ _ _ _ _ tempo.

4. O bolo leva mel, mas _ _ _ _ _ _ _ mel, podes usar açúcar.

5. Na reunião, _ _ _ _ _ _ _ Joaquim foi muito comentada.

TEXTO
CR: Mayra Fernandes chegou a Portugal há quase vinte anos, há dezanove anos exatamente. Veio de Angola,
estudou jornalismo e hoje é coordenadora de conteúdos de três portais do Sapo Internacional - um projeto
que mantém atualizados não só os nacionais, mas também estrangeiros que estejam fora dos respetivos
países e queiram manter-se a par das notícias mais recentes.
O MF: Começámos com o Sapo Cabo Verde, foi o primeiro a nascer, o primeiro a ficar online, muito embora já
estivessem no forno todos os outros. Foram nascendo os outros, depois veio o Sapo Angola, depois veio o
Sapo Moçambique ...
CR: Da atualização online de conteúdos e do jornalismo de campo, Mayra passou à coordenação dos três
portais. Foi a persistência em encontrar algo na área em que se formou que a trouxe até aqui.
MF: Éfantástico, é muito bom. Foi uma ótima oportunidade que agarrei com as duas mãos, e se tivesse mais
uma pô-la-ia também, porque é um projeto muito aliciante, ainda mais estando cá e tendo que perceber dos
três países, sem lá estar no momento.
CR: Quando chegou a Portugal, no início dos anos 90, Mayra via o país como um destino de férias. Veio na
época do Natal, mas nunca mais regressou.[ ... ]
MF: Eu não conhecia Portugal como um sítio onde chovia todos os dias, onde eu tinha que andar de
galochas, onde eu tinha que vestir mil e um casacos, não conhecia nada disto. Foi difícil, mas depois
fez-se ... A adaptação na escola não foi assim tão complicada, porque houve uma preparação dos colegas.
A professora falou de mim, antes de eu lá chegar. [ ... ] Claro que eles tinham todas as curiosidades, também
ouvi aquelas perguntas "Ah, então, e vias cobras? E vias leões?': Era difícil para mim explicar, porque era uma
realidade que eu não fazia ideia.
CR: Hoje, Mayra Fernandes sente-se integrada no mercado de trabalho e na sociedade portuguesa. Mas as
raízes africanas continuam bem presentes na vida da jornalista.
MF: Eu tenho cá ... para aí 80%. Tenho a minha família, tenho as comidinhas de sábado, tenho o feijão de
óleo de palma, a farinha e a banana, quer dizer, tenho tudo.
CR: Mayra está longe da realidade angolana há dezanove anos. As saudades e a vontade de um dia voltar
não lhe são indiferentes.
MF: A diferença é que nós somos muito festivos. Qualquer coisa é riso, qualquer coisa é sentar à mesa. Um
almoço nunca é um almoço, é um jantar, começa às duas da tarde, acaba às dez da noite. Os dezanove anos
cá já não me fazem sentir tanto a falta de muita coisa, no entanto, há sempre vontade de voltar.
CR: Na lista de projetos para o futuro estão as viagens e a continuação dos estudos.
MF: Quanto mais eu sei, mais eu quero saber. Quero aprender muito mais sobre a multimédia, [ ... ] quero
poder viajar muito; acho que as culturas ... é o melhor que há no mundo.
CR: Mayra Fernandes, uma jovem angolana, jornalista, com vontade de conhecer e conquistar o mundo.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1 9 1


USAR
UNIDADE
O COMPUTADOR
2

® 1. PREPARAÇÃO

3 ) Vai ouvir uma emissão do programa Clínica Geral, com conselhos de Ana Ferrão sobre o uso do
computador.

Usa o computador com muita frequência e durante muito tempo? Parece-lhe que esse uso tem
consequências negativas para a saúde? Quais? O que faz para as evitar?

~.

~-I li. VOCABULÁRIO


Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. transitório 1. falta de equilíbrio


b. ardor 2. adaptar às condições, adequar
e. comichão 3. forte sensação de calor
d. tontura 4. abrir e fechar os olhos rapidamente, movendo as pestanas
e. focar 5. que dura pouco tempo, não é permanente
f. ecrã 6. colocar ao mesmo nível, à mesma altura
g. nivelar 7. posição do corpo
h. ajustar 8. olhar com atenção, procurar ver de forma nítida
i. pestanejar 9. tornar húmido ou aplicar um produto para facilitar o movimento
j. lubrificar 10. superfície onde se forma ou se projeta a imagem
11. sensação desagradável que nos dá vontade de coçar (esfregar a
k. postura
pele com as unhas)

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

,- Selecione a opção correta e responda à pergunta.

1. Segundo o texto, as pessoas que usam o computador


a. acabam sempre por ter problemas graves nos olhos.
b. podem ter alguns problemas, embora não sejam muito graves.
e. só precisam de ter cuidados especiais se tiverem dores na cabeça ou no pescoço.

2. Durante quanto tempo e com que frequência se deve fazer uma pausa?

i 1O I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

3. Assinale todas as atividades que são recomendadas durante as pausas.


a. Fazer outro tipo de tarefas; D
b. Ficar sentado sem fazer nada; D
e. Fechar os olhos durante alguns momentos; D
d. Caminhar um pouco; D
e. Fazer exercício físico vigoroso. D
4. A localização também é importante:
a. os nossos olhos devem estar um pouco acima do ponto central do monitor;
b. o monitor deve estar suficientemente distante para não ser possível tocar-lhe se esticarmos o
braço;
e. quem trabalha no computador não deve estar voltado para uma janela.

5. Pestanejar muito
a. significa que os nossos olhos estão muito secos.
b. ajuda os nossos olhos a não ficarem secos.
e. não é bom, porque não é natural.

6. Devemos usar um colírio


a. se tivermos lágrimas nos olhos.
b. sempre que trabalhamos no computador.
e. se for preciso lubrificar os olhos.

7. As lentes especiais
a. são úteis para todas as pessoas que usam o computador durante muito tempo.
b. são muito importantes para todas as pessoas que usam óculos.
e. são aconselháveis para quem usa óculos e passa muitas horas a trabalhar no computador.

7:.
e IV. COMENTÁRIO

Não só o computador, mas todas as novas tecnologias criaram novos hábitos, novos gestos e posturas,
'i :§ muitos dos quais podem ter consequências negativas para a saúde.
·5
Ocorrem-lhe outros casos desse tipo? Até que ponto há atualmente uma consciência desses riscos?
·e.
1

::::;
(iJi

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i 11 1


V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "A utilização do computador não é perigosa para os olhos, mas o seu uso por períodos longos pode
causar mal-estar" (1. 1-2)

Poderíamos dizer:"Embora a utilização do computador não seja perigosa para os olhos, é possível que
o seu uso por períodos longos cause mal-estar:'

Reescreva as frases, usando as expressões dadas.


1. Uma pessoa que usa o computador durante muitas horas pode ficar com os olhos secos ou
sentir ardor. (Se ... , é provável que ... )

2. Para evitar estes problemas, basta ter alguns cuidados. (Se ... , estes problemas ... )

3. Deve fazer uma pausa de 5 minutos, utilizando esse tempo para fazer outras atividades.
(É aconselhável que ... e que ... )

4. O monitor deve ser colocado corretamente para evitar o esforço dos olhos. (Para que os
olhos ... , é importante que ... )

5. Evite o reflexo no ecrã. Para isso, não o coloque virado para uma janela. (A fim de..., é conveniente... )

B. "deve pestanejar regularmente" (1. 16)

Regularmente é equivalente a com regularidade. Substitua, em cada frase, a expressão sublinhada por
um advérbio terminado em -mente.

1. Eles descreveram em pormenor o interior da casa.

2. O trabalho que ele entregou não é original, foi em parte copiado.

3. Nós lemos todas as propostas com atenção.

4. Dada a hora tardia, o último tema foi discutido à pressa.

l 12 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


C. "a colocação do monitor e do teclado" (1. 9)

Observe as imagens e escreva, atrás de cada alínea, o número correspondente às partes ou acessórios
de um computador.

a. tecla e. interruptor ou botão i. tomada


b. porta ou entrada f. ficha j. ranhura de ventilação
e. rato g. microfone k. dobradiça
d. cabo h. auscultadores 1. disco externo

TEXTO
O AF: A utilização do computador não é perigosa para os olhos, mas o seu uso por períodos longos pode
causar mal-estar, embora transitório. Uma pessoa que passa muitas horas no computador pode ficar com
os olhos secos e vermelhos, sentir ardor e comichão, ou ter dor na cabeça e no pescoço e até tonturas. Para
evitar ou reduzir estes problemas, basta ter alguns cuidados.
O Quem usa o computador durante muitas horas deve fazer uma pausa de cinco a dez minutos em cada
hora, utilizando esse tempo para fazer outras atividades, por exemplo, telefonar ou, melhor ainda, para fazer
exercícios de relaxamento. Procure manter os olhos fechados por alguns segundos e aproveite [para] andar
durante um ou dois minutos, para ativar a circulação das pernas.
Outra questão importante é a colocação do monitor e do teclado na frente do utilizador, para evitar um
esforço suplementar dos olhos ao focar o ecrã, se este estiver lateralizado. A parte de cima do monitor deve
estar nivelada com os seus olhos, para que olhe ligeiramente para baixo, e a distância deve ser adequada
para que a leitura se faça sem dificuldade. A distância aconselhada a que deve colocar o monitor é de 50 a
70 centímetros, o que corresponde, para a maior parte das pessoas, a ter o monitor à distância de um braço
esticado.
Evite o reflexo da luz no ecrã. Para isso, não o coloque virado para uma janela ou uma fonte de luz e ajuste
o brilho e o contraste. Para evitar que os olhos fiquem secos, deve pestanejar regularmente para os manter
lubrificados. Não espere pelo pestanejo natural, procure lembrar-se de pestanejar intencionalmente.
Se necessário, pode utilizar um colírio, lágrimas artificiais.
As pessoas que usam óculos e fazem uso intensivo do computador podem comprar lentes adequadas
para esse fim. [ ... ] Se tem mesmo que trabalhar muito tempo com o computador, a compra dos tais óculos
adequados a esse trabalho pode ser um bom investimento. Mas não substitui a postura correta, as pausas
regulares e os exercícios de relaxamento.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1131


TEMPO
UNIDADE
COM OS FILHOS

1. PREPARAÇÃO

4 ) Vai ouvir duas emissões do programa Pais e Filhos, de Rita Costa, com o pediatra Pedro Oom.

Na sua opinião, atualmente, a maioria dos pais tem tempo suficiente para estar com os filhos? Se não,
quais são os principais motivos?

.~.

1
llf 11. VOCABULÁRIO

,, Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. entretido 1. o que se recebe em troca do que se dá


b. sustento 2. o necessário para viver
e. prescindir de 3. que pode ser facilmente influenciado
d. retorno 4. desejo que não tem justificação e que não é razoável
e. capricho 5. não resistir, desistir da sua posição em favor de outrem
f. manipulável 6. passar sem, dispensar, renunciar a
g. birra 7. ocupado com qualquer atividade para passar o tempo
h. ceder 8. reação de fúria ou irritação exagerada, comum nas crianças

Ci) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

,, Responda às perguntas e explique a frase.

1. Na opinião do pediatra, qual é a coisa mais importante que os pais podem dar aos filhos?

2. O que explica que muitos pais não tenham tempo para se dedicar aos filhos?

3. Que efeito é que a maior disponibilidade dos pais pode ter sobre as crianças?

l 14 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

4. Porque é que muitos pais são "extremamente manipuláveis"?

5. Quais são os conselhos do pediatra no que respeita ao tempo que os pais passam com os filhos?

6. Explique o significado da frase: "basta que a criança faça uma pequena birra para os pais darem
logo o braço a torcer:' (1. 28)

8 IV. COMENTÁRIO

Concorda com o que é dito no texto sobre o tempo que os pais passam com os filhos? Na sua
opinião, que atividades seriam construtivas e úteis para as crianças?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "um ordenado melhor" (1. 14)

,,- Complete com outras palavras que significam o que se recebe como pagamento do trabalho ou de
serviços prestados.

o
o ____ R I

o _ _ _ CI E __ _

A _ _ MU _ _ _ A _ _ _

OS H O R _____ _

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i 1S 1


B. "se queixam" (1. 7), "prescindir" (1. 12), "investimento" (1. 18), "optem" (1. 19), "cederam" (1. 35)
,,. Complete as frases com os verbos queixar-se, prescindir, investir, optar, ceder e com as preposições
adequadas, contraídas com o artigo, se necessário.

1. Para aplicar o dinheiro que receberam, eles decidiram _______ imobiliário.

2. Ele não gosta do ambiente no emprego. Está sempre a _______ (os) colegas.

3. Desde que ficou desempregada, ela teve de alguns luxos a que estava habituada.

4. Ele pode insistir, mas eu não _______ pressões.

5. Quando acabou a licenciatura, ele teve várias propostas de emprego, mas _ __ _ _ __


continuar os estudos e fazer o mestrado.

C. "leva muitas vezes [ ... ] a que [ ... ] optem por outras coisas" (1. 19-20)

Complete as frases usando levar a que e a informação dada entre parênteses.

1. Ele foi muito pressionado e isso _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __


_ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (não tomou a melhor decisão).
2. A vontade que os pais têm de agradar aos filhos, frequentemente, _ _ _ _ __ _ _ _ __
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ {as crianças tornam-se caprichosas).
3. A aplicação das novas medidas teve muitas falhas e _ _ __ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
_ _ _ _ _ __ _ _ __ _ _ _ _ _ _ __ _ _ __ (o descontentamento aumentou).
4. O crescimento das cidades _ __ _ _ __ _ _ __ _ __ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _
_ _ __ _ ________ (muitos problemas, como a poluição e o trânsito, agravam-se).

D. "uns pais que são, enfim, extremamente manipuláveis" (1. 27-28)


Manipulável significa que pode ser manipulado. Transforme as frases de modo a usar adjetivos
terminados em -ável. Faça todas as alterações necessárias.

1. A Margarida é uma pessoa que podemos facilmente influenciar.

2. A eficácia dessa lei pode ser questionada.

3. É importante que haja muita motivação para que as dificuldades possam ser suportadas.

4. É possível ajustar a altura e a inclinação da cadeira.

5. Este material tem a vantagem de poder ser lavado.

6. A atitude dele não foi correta, mas podemos desculpá-la.

l 16 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


E. "um tempo que, para a criança, seja agradável" (1. 22)

,. O contrário de agradável é desagradável. Forme o contrário das palavras dadas, acrescentando o


prefixo adequado e fazendo as alterações necessárias.

1. relevante 6. legítimo

2. eficaz 7. honestidade

3. atualizado 8. popular

4. elegante 9. leal

5. estável 1O. possibilitar

TEXTO
O PO: Os pais pensam muitas vezes que a criança precisa de coisas extraordinárias para ser feliz.
RC: E não ...
PO: Precisa do melhor jogo, da melhor consola, de ter uma assinatura de todos os canais de televisão, e não é
verdade. Não é verdade. Isso são, normalmente, pretextos para manter uma criança entretida, e supostamente
O feliz, quando aquilo que é realmente importante, os pais não lhe conseguem dar. Agora, aquilo que os pais
lhes poderiam dar, se pudessem, é sem dúvida mais barato, e que é tempo. Costumo dizer que, muitas vezes,
o ... pais que se queixam de que não têm tempo para os seus filhos - por vezes, isto é verdade, com as vidas
complicadas que muitos pais têm, e que têm de ganhar o seu sustento e, enfim ... e sustentar aquela família;
por vezes, tenho a verdadeira sensação de que é mesmo verdade - mas, muitas vezes, dizer que não se tem
tempo para os seus filhos não é uma questão de tempo. Muitas vezes, é uma questão de prioridades, de saber
o que é que é mais ou menos importante na sua vida e não deixar...
RC: Prescindir de umas ...
PO: Há sempre que fazer escolhas. Há sempre que fazer escolhas. E a escolha por [um ... ] mais tempo no
emprego ou por uma promoção vão significar muitas vezes, para um adulto, um ordenado melhor, poder
fazer uma determinada viagem, poder comprar um carro melhor. O investimento no filho não tem esta
parte material, tem uma coisa que é completamente diferente, que é ver um filho feliz, confiante, e que nós
achamos que aquela criança, quando chegar a adulto, vai ser um adulto feliz, confiante, capaz de educar os
seus próprios filhos. E, portanto, este investimento nos filhos tem um retorno, mas que é um retorno muito
mais emocional do que material. E isto leva muitas vezes alguns pais a que, nas suas prioridades, optem por
outras coisas [ ... ].
Fruto de os pais terem menos tempo para estar com os seus filhos, muitas vezes preocupam-se mais em que,
quando estão com os filhos, que aquele tempo seja um tempo que, para a criança, seja agradável e não um
tempo que para a criança seja útil, em termos educativos. É uma forma de os compensar do pouco tempo
[é] ... naquele pouco tempo que estão com eles procurar satisfazer todas as suas necessidades e os seus
caprichos, e isto não leva necessariamente a uma melhor educação. Na maior parte das vezes, leva a uma
pior educação. E por isso a criança também fica habituada a resolverem-lhe todos os seus problemas e todas
as suas necessidades, entre aspas, instantaneamente, porque tem ali uns pais que são, enfim, extremamente
manipuláveis e basta que a criança faça uma pequena birra para os pais darem logo o braço a torcer.
RC: Hum ... Hum ...
PO: O conselho que eu dou sempre aos pais é, independentemente do tempo que esteja com os seus
filhos, procure que esse tempo seja um tempo construtivo. Mesmo que isso signifique, por vezes, não fazer
a vontade da criança. Apesar de tudo, a longo prazo, é muito mais útil para aquela criança que o tempo
que esteja com os pais seja um tempo útil em termos educativos, e que aprenda efetivamente, e que lhe
transmitam valores, do que um tempo que pode ser muito agradável porque lhe satisfizeram todas as
suas necessidades, mas que depois é vazio, ou seja, não lhe transmitiram nada, apenas cederam a todos os
caprichos daquela criança.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i 11 I


UM IMIGRANTE
UNIDADE
BRASILEIRO

1. PREPARAÇÃO

s ) Vai ouvir um excerto de uma emissão do programa Gente como Nós, de Carlos Raleiras, que
apresenta Valter Júnior, um brasileiro cuja especialidade gastronómica é o pão de queijo.

Observe as imagens. Reconhece alguma como fazendo parte da doçaria tradicional portuguesa ou
brasileira? Conhece outros doces tradicionais portugueses ou brasileiros? Quais?

·//-
.. ::
...

j u l li. VOCABULÁRIO

,.- Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. saborear 1. propriedade agrícola, quinta

b. em busca de 2. objetivo

e. fascínio 3. à procura de

d. fazenda (bras.) 4. apreciar o sabor de


5. coisa pequena e muito boa; pequeno presente que é um
e. perito
sinal de carinho
f. aliciante 6. afastar-se, mudar de direção
1
g. mimo 7. especialista

h. dar certo 8. forte interesse, atração, deslumbramento


1
i. foco 9. que atrai, tentador
j. atribuir a 10. ter sucesso
1
k. desviar-se 11. considerar como a causa de

i 1s i PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

('i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO


,,- Selecione a opção correta e, quando for solicitado, complete os espaços.

1. Valter Júnior
a. nasceu em Minas Gerais, região onde se faz o pão de queijo.
b. viveu numa fazenda, onde aprendeu a fazer o pão de queijo.
e. interessou-se pelo pão de queijo porque gostava de ir a Minas Gerais.

2. Que doces tradicionais portugueses são referidos no texto? Assinale-os e escreva à frente a
cidade a que são associados.

a. Pastéis de Belém O ________ d. Trouxas de ovos D- - - - - - - -


b. Queijadas D e. Ovos-moles D ________
e. Arrufadas D f. Travesseiros

3. O estabelecimento de Valter Júnior


a. vende doces brasileiros e bebidas naturais.
b. faz parte de uma rede com muito sucesso.
e. é especializado em pão de queijo e doces tradicionais portugueses.

4. Valter Júnior diz que abrir o estabelecimento foi um grande desafio


a. porque não estava convencido de que teria sucesso.
b. porque não tinha experiência nessa área.
e. porque o pão de queijo não era conhecido em Portugal.

5. Valter Júnior
a. já tinha uma casa de pão de queijo no Brasil e veio para Portugal com a ideia de iniciar um
negócio desse tipo.
b. está em Portugal há quinze anos, mas só há sete pensou em abrir uma casa de pão de queijo.
e. foi para Portugal sem um objetivo preciso, mas depois achou que o pão de queijo podia ser
um sucesso.

IV. COMENTÁRIO

Fale sobre um doce típico da sua cidade ou país: como é, qual é a origem, a que tradições está
associado, etc. Acha que teria sucesso em Portugal? Porquê?

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO l 19 I


V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "sempre tive muito fascínio pelo campo" (1. 4)

,, Reescreva as frases, iniciando-as como indicado e usando o verbo dado.

1. Ele sempre teve muito fascínio pelo campo.


(fascinar) O campo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

..
·:~
2. Ele achava que o projeto era fascinante .

......, (sentir-se) Ele _ _ _ __ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ __

...., 3. O investimento era arriscado, porque o pão de queijo não era conhecido .
:/ (tornar) O desconhecimento _ __ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ __

4. Para ter sucesso, é importante termos prazer em fazer o trabalho.


(contribuir) O prazer _ _ _ _ __ _ __ _ __ _ _ _ __ __ _ _ _ _ _ __ _ _

5. Na opinião dele, a determinação é a razão do seu sucesso:


(atribuir) Ele _ _ _ __ _ __ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ __

6. É importante que o nosso objetivo esteja sempre presente.

(desviar-se) É importante que _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ __

B. "uma bebida à base de erva-mate" (1. 15)

,, Complete as frases com as preposições adequadas, fazendo a contração com o artigo, se necessário.

1. Para escrever o artigo, ele baseou-se _ _ _ _ (as) obras já publicadas sobre o tema.

2. Trata-se de um medicamento _ _ _ _ (a) base _ _ _ _ ervas.

3. Ela respondeu às perguntas _ _ _ _ base _ _ _ _ (a) sua experiência pessoal.

4. Sem provas ou dados concretos, os argumentos dele caem _ __ _ (a) base.

C. "é como se fosse um mimo" (1. 11)

,, Complete as frases.

1. Ele não sabe nada sobre o assunto, mas fala como se _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ __ _

2. Eu não a conheço, mas ela cumprimentou-me como se _ _ __ _ _ __ _ _ _ __ __ _

3. O rapaz gritava como se _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

4. O objeto brilhava como se _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

5. Entrem e fiquem à vontade como se _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ __ _

6. Ele sentou-se à mesa e comeu como se _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ __ _ _ _ _ _ _ __

j 20 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


D. Complete o crucigrama usando palavras do texto. Escreva os nomes no singular, os adjetivos no
masculino singular e os verbos no Infinitivo.

1. Ir atrás de alguém ou de uma coisa, para


tentar alcançar 9

2. Passar de lado a lado ou através de 71

3. Produção
4. Obter uma vitória, triunfar sobre 2

5. Que não é firme ou duro; macio


3
6. (comida) Que tem um preparado culinário
no seu interior; cheio 10
4
7. Tudo o que uma pessoa leva consigo
quando se faz uma viagem 8

8. Conjunto de pessoas ou organizações 5


ligadas entre si; malha para apanhar peixe

9. Relacionado com a arte da culinária

1O. Povoação mais pequena do que uma 6

cidade e maior do que uma aldeia

TEXTO
O CR: E agora vamos saborear o pão de queijo de Valter Júnior, brasileiro, de São Paulo. Valter atravessou o
Atlântico em busca de uma vida melhor e mais segura. Uma viagem que, há sete anos, o trouxe a Portugal.
Na bagagem, trouxe uma das tradições gastronómicas do Brasil, o pão de queijo.
VJ: Sempre tive muito fascínio pelo campo. Eu ia muito para Minas Gerais, e lá em Minas Gerais - onde
O nasceu o pão de queijo -, as próprias fazendas produzem o queijo e fazem o pão de queijo. Isso é ... Em
qualquer casa que você vai, o pão de queijo é oferta da casa.
CR: Valter Júnior tornou-se perito no fabrico desta especialidade brasileira. Abrir uma casa de pão de queijo,
em Lisboa, pareceu-lhe um desafio aliciante.
VJ: Cada cidade, cada vila tem o seu docinho típico. Então, você vai para Sintra, tem os travesseiros de Sintra,
você vai para Aveiro, tem ovos-moles de Aveiro; Lisboa mesmo tem o pastel de Belém, que é o pastel de nata.
Então, eu fiquei fascinado por isso ... Écomo se fosse um mimo que aquela cidade faz para os seus visitantes.
E aí eu lembrei, pensei "Poxa, o pão de queijo teria tudo para dar certo aqui".
CR: Pães de queijo, recheados ou simples, quindins, folhado de palmito e bananada são alguns dos sabores
do Brasil que a Pão de queijo & companhia oferece aos clientes. Os sumos naturais são outra especialidade.
Uma das sugestões é o mate da vovó, uma bebida à base de erva-mate batida com frutos, como maracujá e
abacaxi.[ ... ] Para Valter Júnior, a Pão de queijo & companhia representa um sonho e um desafio.
VJ: Abrir uma casa de pão de queijo lá no Brasil, como eu fiz, foi apenas abrir mais uma, já numa rede que
já tinha sucesso. Então, para mim, era um desafio grande iniciar um projeto num lugar onde as pessoas não
conheciam o pão de queijo, mas que eu achava que tinha tudo para dar certo. Quinze anos atrás, eu nunca
me imaginava aqui, fazendo isso que eu faço. Mas pela experiência que eu passei, o que eu poderia dizer
para as pessoas é que a gente sempre tem que perseguir, fazer algo que a gente goste, que nos dê prazer.
-~ CR: Hoje, passados sete anos, Valter tem a certeza que ficar e ter investido num negócio próprio foi a decisão
certa.
VJ: Eu não vim para cá para me estabelecer aqui, mas eu vim para cá para vencer um desafio. Eu vim aqui
com um foco, que era o pão de queijo. Então, o que eu atribuo ao sucesso que eu tenho hoje é que eu nunca
me desviei do meu foco. [ ... ]
CR: Valter Júnior, imigrante brasileiro e especialista no fabrico do típico pão de queijo do Brasil.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO l 21 1



O ANEL MÁGICO

1. PREPARAÇÃO

6 } Vai ouvir um excerto de uma emissão do programa O Livro do Dia, em que Carlos Vaz Marques
apresenta o livro O Anel Mágico.

Gostava de ler quando era criança? Que tipo de livros lia? Lembra-se de algum livro que tenha sido
especialmente importante para si?

lfl li. VOCABULÁRIO

,, Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. despertar 1. imagem que acompanha um texto


b. recorrer a 2. casa pequena e em mau estado
e. ilustração 3. estimular, acordar
d. casebre 4. servir-se de, fazer uso de
e. ganancioso 5. leal, que não trai ou abandona
f. fiel 6. interessado em obter dinheiro por qualquer meio

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Selecione a opção correta e responda às perguntas.

1.1. O autor do livro


a. já escreveu muitos livros para públicos de diferentes idades.
b. escreve há quase 30 anos.
e. inspira-se em histórias tradicionais, mas altera-as.
1.2. Por que razão é que o herói desta história decide partir?

1.3. Assinale todas as personagens da lista abaixo que entram na história.

a. Um homem velho. D d. Um pássaro que fala. D


b. O irmão do rapaz. D e. Uma jovem bonita. D
e. Um gato. D f. Uma mulher idosa. D
l 22 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1
o
o

1.4. O anel
a. permite realizar três desejos.
b. torna-se mágico quando se mete no dedo.
e. permite obter tudo o que desejamos.
1.5. O livro
a. pode ser facilmente compreendido pelas crianças.
b. deve ser lido e explicado pelos pais às crianças.
e. foi escrito por António Mota e Rute Reimão.
2. Explique o significado da expressão "sem ter nada onde ferrar o dente':

e IV. COMENTÁRIO

Parece-lhe que, hoj e em dia, as crianças leem mais ou menos do que antigamente? Porquê? O que se
poderia fazer para estimular o gosto pela leitura?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "e incalculável o número de imaginações infantis" (1. 1)


,.. Incalculável significa que é impossível calcular. Complete as frases com adjetivos do mesmo tipo,
formados a partir dos verbos entre parênteses.

1. As peças foram marcadas com uma tinta _ _ __ _ _ . (ver)

2. A beleza daquele lugar é _ _ _ _ _ _. (descrever)

3. Hoje, temos de tomar várias decisões que são _ __ _ _ _ . (adiar)

4. A proposta que ele me fez é realmente . (recusar)

5. Nunca sabemos o que ele vai fazer. O comportamento dele é _ _ __ _ _. (prever)

6. Os projetos dele são muito interessantes, mas _ _ _ _ _ _. (realizar)

7. A importância desta descoberta científica é _ __ _ _ _ . (questionar)

8. Tens de escrever com mais cuidado. A tua letra é _ _ _ _ _ _. (ler)

9. O incêndio causou perdas _ _ _ _ _ _. (reparar)

1O. Não sei se o que ele contou é verdade. Parece _ _ _ __ _. (acreditar)

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i 23 I


1

B. "do duriense António Mota" (1. 1)


António Mota é duriense,· , .o é, nasceu na região do Douro. Como se chamam as pessoas que são
originárias das regiões qw~se seguem?

1. Algarve 4. Minho

2. Madeira 5. Alentejo

3. Trás-os-Montes 6. Açores

e. "o número de imaginações infantis que terá ajudado a despertar" (1. 1-2)
1. Nesta frase, que sugere o uso de "terá ajudado"?

2. Transforme as frases que se seguem usando o tempo verbal indicado no exercício anterior.

2.1. Muitas crianças ouviram esta história.

2.2. Muitos pais leram este livro aos filhos.

2.3. Muitas crianças desejaram ter um anel como este.

D. "A história há de meter, mais para diante, uma velha" (1. 7)

,, Complete as frases usando haver de e um verbo apropriado. Pode acrescentar outras palavras.

1. - Já leste o livro que te aconselhei?

- Ainda não, mas _ _ _ _ _ __

2. Ele está no início da carreira, mas é muito inteligente e trabalhador. _______ diretor!

3. - Eles recusaram a proposta que lhes fizemos.

- Vamos esperar. Eles _ _ _ _ _ __

4. - Porque é que não vamos para fora no próximo fim de semana?

- Agora não posso, mas _______ quando eu estiver mais disponível.

5. Não te preocupes se ainda não consegues jogar bem. Se continuares a praticar, _ _ _ _ _ __

6. - Soube que o teu irmão foi operado. Como é que ele está?

- Ainda não está bem. Mas já está em casa e, com tempo e repouso, _ _ _ __ _ _

l 24 I PORTUGUÊS PELA RADIO 1


E. Complete o crucigrama usando palavras do texto. Escreva os nomes no singular, os adjetivos no
masculino singular e os verbos no Infinitivo.

1. Real, autêntico
2. Falta de dinheiro para o
necessário à vida; miséria
3. Que obtém resultados, que
11 12
produz o efeito esperado
15
4. (À/Em) frente, perante
9
5. Relativo ao campo
13
6. Fazer girar, andar à volta
2
7. Relativo a literatura
3
8. Comprido, extenso
9. História curta
4
1O. Parte inferior das plantas, que 10 14
as liga à terra; origem
5 6
11. Começar a dormir
12. Próprio de criança, relativo a
7
criança
8
13. Que lê
14. Cada um dos prolongamentos
do pé ou da mão
15. Período de dez anos

TEXTO
O CVM: É longa a lista de obras do duriense António Mota, e incalculável o número de imaginações infantis
que terá ajudado a despertar. Ao longo de mais de três décadas de atividade literária dedicada aos leitores
do futuro, António Mota tem recorrido com frequência aos contos tradicionais, que recria à sua maneira.
É o que acontece em O Anel Mágico. Uma história com belíssimas ilustrações de Rute Rei mão, que começa
triste e acaba feliz. Era uma vez um rapaz que vivia com a mãe num casebre muito velho. Lá dentro, pouco ou
nada havia para comer. Farto de tanta pobreza, cansado de adormecer com fome e de acordar sem ter nada
onde ferrar o dente, o rapaz decidiu mudar de terra. A história há de meter, mais para diante, uma velha, um
cão e um gato (que falam, evidentemente), uma rapariga bela, mas gananciosa, e um anel mágico, claro; um
anel que quando se roda no dedo permite satisfazer quaisquer desejos.
António Mota, embora fiel às suas raízes rurais, conta a história numa linguagem acessível às crianças dos
nossos dias. Um livro que permite aquela meia hora antes de dormir, com que os pais, lendo uma história aos
filhos, podem tornar-se os mais eficazes agentes de um verdadeiro Plano Nacional de Leitura.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO j 2s l


JOGOS
UNIDADE
DE COMPUTADOR

@, 1. PREPARAÇÃO

7 ) Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Reportagem TSF, de Maria Augusta Casaca, em
que um jovem, Pedro, fala sobre a sua experiência com jogos de computador.

Costuma jogar este tipo de jogos? Na sua opinião, que efeitos podem ter sobre as pessoas?

~-

1M1 li. VOCABULÁRIO

r Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. ponto de viragem 1. dedicar-se, esforçar-se

b. chumbar (coloq.) 2. doenças

e. aplicar-se 3. que tem saúde, saudável

d. deitar a perder 4. reprovar, não passar de ano

e. patologias 5. momento em que acontece uma mudança de direção

f. cambada (coloq.) 6. estar disposto a fazer algo com esforço e dedicação

g. são 7. grupo de pessoas de mau carácter

h. passageiro 8. estragar, arruinar

i. ressacar (coloq.) 9. capacidade

j. deparar-se com 10. enfrentar, conviver

k. estar empenhado 11. que dura pouco tempo, transitório

1. obstáculo 12. encontrar inesperadamente

m. aptidão 13. barreira, dificuldade

14. sentir-se mal depois de interromper um vício ou o consumo


n. lidar
de uma droga

l 26 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

111. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Selecione a opção correta.


1.1. O Pedro
a. já era viciado nos jogos de computador aos 13 anos.
b. jogava desde muito jovem, mas isso só se tornou um problema quando estava no 10.0 ano.
e. começou a jogar quando estava no 10.0 ano de escolaridade.
1.2. Quando se tornou dependente dos jogos, o Pedro
a. tinha alguma vontade de estudar, mas o desejo de jogar era mais forte.
b. perdeu o interesse pelos estudos e deixou a escola.
e. esforçava-se por estudar, mas não conseguia ter bons resultados.
1.3. O Pedro
a. achava a sua vida normal e nunca admitia que tinha um problema.
b. pensava que estava a passar por uma fase difícil, mas não tinha nenhum problema grave.
e. só compreendeu que tinha um problema grave quando foi pela primeira vez ao centro
de tratamento.
1.4. O Pedro diz que
a. o tratamento foi muito duro, apesar de ter sido muito bem recebido por todos.
b. durante o tratamento se sentia tão "ressacado" como antes, quando a Internet falhava.
e. o apoio das pessoas contribuiu para que o tratamento não fosse tão difícil como ele
tinha imaginado.

2. Responda às perguntas.
2.1. Qual é a situação atual do Pedro?

2.2. Que problemas ainda tem o Pedro? Porquê?

IV. COMENTÁRIO

Conhece casos semelhantes ao do Pedro? Na sua opinião, porque é que acontecem estas situações?
O que pode ser feito para as evitar?

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO l 21 I


o V. OUTRAS ATIV IDADES
A. "cheguei a estar mais do que um dia ligado ao computador" (1. 20-21)
Reescreva a segunda frase, usando chegar a. Faça as alterações necessárias.
1. Ele atrasa-se sempre. Uma vez, esperei uma hora por ele!

2. Eles são doidos por animais. Já tiveram três cães e nove gatos.

3. Ela não estava em casa nem atendia o telemóvel. Eu ãté pensei que lhe tinha acontecido alguma
coisa grave.

4. Ele adora gelados. Às vezes, come três ou quatro no mesmo dia.

B. "contrariar" (1. 14), "me convencer" (1. 19), "deparei(-me)" (1. 38), "está empenhado" (1. 39), "lidar" (1. 42)
Complete as frases com os verbos acima na forma correta. Use cada verbo uma só vez.
1. É importante que eles _ _ _ _ _ _ _ bem com a situação, para evitar consequências
negativas.
2. Se vocês _ _ _ _ _ _ nos estudos, teriam melhores resultados.
3. Todos lhe dizem que o projeto dele não é viável, mas ele ainda não _______ disso.
4. Não _ __ _ _ _ os teus pais, porque eles têm razão.
5. Quando eles chegaram, _ _ _ _ _ _ com uma situação caótica.

C. "havia[... ] boas intenções em mim" (1. 15)


,.- Complete a primeira frase e transforme as seguintes de modo a usar adjetivos iniciados por bem.
1. Ele tinha boas intenções.
Ele era bem-_ _ _ _ _ _ _ __ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
2. Na escola, as crianças têm bom comportamento.

3. O chefe está sempre de bom humor.

4. Hoje, ele está com boa-disposição.

5. Elas não têm boa educação.

D. "eu ficava sem forças sequer para me levantar da cama" (1. 36-37)
,.- Ligue as duas frases usando nem sequer ou sem sequer.
1. O texto dele não está correto. Também não é original.

2. Elas estavam assustadas e correram para casa. Não olharam para trás.

i 2s i PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


3. Ele não disse nada durante toda a manhã. Não cumprimentou os colegas.

4. Ele tomou a decisão. Não pediu a opinião da família .

s. As crianças foram-se embora. Não agradeceram os presentes.

TEXTO
O MAC: Os jogos de consola fizeram parte da vida do Pedro bem cedo. Aos 13 anos teve o primeiro computador.
Quando frequentava o 10.0 ano de escolaridade, deu-se o ponto de viragem no seu comportamento.
P: Quando eu comecei a ter o meu próprio computador,[ ... ] era outra coisa completamente diferente, tinha
as horas que queria para aquilo. Comecei a jogar jogos no computador, [ ... ] foi apenas uma questão de
O tempo até eu deixar a escola, deixar os amigos, deixar tudo, para ficar 24 sobre 24 a jogar em casa.
MAC: Começou a faltar às aulas, a chumbar, a mentir à mãe.
P: Os meus comportamentos iam-se mantendo com a minha promessa de os mudar. Eeu mentia-lhe, dizendo
que ia ser diferente, e que este ano ia ser diferente, ia-me aplicar, e os primeiros períodos, às vezes, corriam
bem, mas depois no segundo período deitava sempre tudo a perder. Era mais uma razão para eu fugir para
os jogos, porque ao menos assim podia ter a justificação de que não passei de ano porque nem tentei. Não
foi porque chumbei, foi porque nem tentei, e isso ... Esta justificação, na minha cabeça, funcionava, porque
dizia-me isto para dizer que não, não chumbei, eu até consigo se quiser, simplesmente não quero.[ ... ]
Não conseguia sair sem ir ao computador. Quando chegava da escola era logo a primeira coisa que ia fazer,
era ir ao computador e ... Depois, quando a gente começa a ver que não conseguimos contrariar a nossa
própria vontade - porque eu tinha vontade de estudar, ter, tinha - e havia muitas boas intenções em mim,
mas depois havia sempre uma vontade que era mais forte, que era de ir jogar e acabava sempre por pôr
isso em cima de todas as outras coisas. A partir daí comecei a pensar que sim, que talvez teria um problema.
Mas a negação é muito forte, porque depois há sempre uma negociação dentro da minha cabeça. Como
eu quero jogar, acabo por me convencer do contrário, que é normal, ou que a culpa é doutra pessoa.[ ... ]
O tempo foi passando e eu fui ... e eu continuei neste registo durante muito tempo. Cheguei a estar mais
do que um dia ligado ao computador, sem sair. A minha higiene acabou por se deteriorar, porque apesar de
estar em casa e apesar de ser um vício que se faz em casa, estava de tal maneira dependente que, mesmo
estando ao lado da casa de banho, não tomava banho. Digamos que, na minha fase final, cheguei a passar
um mês sem tomar banho. Os dentes, não os deveria lavar talvez há um ano, porque isso ainda mais raro era.
O meu quarto era ... pratos de comida por todo o lado, porque não fazia absolutamente sentido nenhum
ir comer, por exemplo, para a sala ou para a cozinha quando o que eu queria era ... quando o computador
estava era no quarto. E era uma vida de jogar, dormir, jogar, dormir, jogar, dormir.[ ... ]
MAC: No centro onde Pedro foi internado, misturam-se pessoas com diferentes patologias.
P: Lembro-me que fui visitar a casa do centro de tratamento e aquilo parecia-me tudo uma cambada
de maluquinhos. Nada tinha a ver comigo, porque eu, na minha cabeça, ainda estava são, tinha era um
problema de ... ó pá, era só uma fase passageira, talvez fosse isso que eu pensasse, uma fase passageira,
ou ... Eu não tinha vontade de mudar, na altura.
MAC: Pedro acabou por ficar. Esteve nove meses internado. Hoje, um ano e meio depois de ter saído, garante
que foi mais fácil do que julgava ao início.
P: Quando ainda estava em uso e quando me faltava a Internet, eu lembro-me do que eu ressacava.
E digo que ressaquei mais aí do que quando fui para tratamento. Cada vez que faltava a Internet, eu ficava
sem forças sequer para me levantar da cama. Mas em tratamento não. Talvez porque, quando cheguei lá,
deparei-me com um grupo de pessoas que me recebeu muito bem.
MAC: Pedro voltou a estudar, está empenhado e tem boas notas. Reconhece que há ainda obstáculos que
terá de ultrapassar.
P: As minhas maiores dificuldades, se calhar, são nas aptidões sociais. Depois de ter passado tanto tempo
colado a um ecrã, e ter passado tanto tempo isolado, tive imensas dificuldades em vir cá para fora e em lidar
com outras pessoas, e voltar a conversar com outras pessoas.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO l 29 I


UM VIAJANTE
UNIDADE
COMPULSIVO
7

1. PREPARAÇÃO

s } Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Mais Cedo ou Mais Tarde, em que João Paulo
Meneses entrevista João Paulo Peixoto, um apaixonado por viagens.

Gosta de viajar? Que tipo de viagens prefere? O que motiva a sua escolha dos destinos?

~ "
1
1fI li. VOCABULÁRIO

,, Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. implicar D 1. amável, delicado

b. montão, montes (coloq.) D 2. planeamento e organização dos meios e recursos


necessários para uma atividade
e. logística D 3. tornar necessário
d. encaixar D 4. grande quantidade

e. afável D 5. meter umas coisas dentro de outras ou pô-las lado


a lado, não deixando espaço livre entre elas

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Indique se as frases correspondem às ideias expressas no excerto do programa (SIM) ou não (NÃO).

SIM NÃO
a. João Paulo Peixoto foi sempre um apaixonado por viagens. D
b. O país de que ele mais gostou, até hoje, foi a Grécia. D
e. Ele filma e tira fotografias, mas também traz um livro com fotografias de cada país.
···································· .. ··················· ..................... .
D
D
....
d. Quando faz uma viagem, ele gosta de ir a vários países.
e. Ele só vai uma vez a cada país. D
f. Ele viaja sempre sozinho. D
2. Nos casos em que respondeu NÃO, justifique a sua resposta.

130 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

3. Responda às perguntas.
3.1. Qual é a atividade profissional de João Paulo Peixoto?

3.2. Como surgiu a ideia de contar os países que visitava?

3.3. O que traz de cada país que visita?

3.4. Que problemas é que isso, por vezes, lhe traz?

3.5. Na opinião dele, qual é a vantagem de viajar sozinho?

3.6. Ele pensa que há grandes diferenças entre os povos, no que respeita ao relacionamento
com os outros?

4. Explique o significado da frase "nós vamos adquirindo manias:'

8 IV. COMENTÁRIO

"' Visitar todos os pa íses do mundo é o objetivo de um número crescente de pessoas, havendo já clubes
reservados a quem visitou um número mínimo de países.

Qual é a sua opinião sobre esta tendência? Gostaria de fazer parte de um desses clubes? Porquê?

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 131 1


V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "só fui à Grécia[ ... ] até já falava grego" (1. 7-8)

,, Complete o quadro com os adjetivos relativos aos países indicados de acordo com o exemplo.

a Grécia 4. a Polónia
1. a Ucrânia 5. a Lituânia
2. a Bélgica 6. a Índia
3. a Turquia 7. a Áustria

B. "vamos adquirindo manias" (1. 23)

Complete as frases com o verbo ir na forma correta e com o verbo entre parênteses no gerúndio.

1. Não tens de tomar uma decisão já, mas é importante que _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (pensar) no
que queres fazer.
2. Ele não sabia nada de mecânica, mas, nas férias, começou a trabalhar na oficina do tio e
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (aprender).
3. O Dr. Ribeiro disse que estava atrasado e que era melhor nós _ _ _ _ _ _ _ _ __
(começar) a reunião.
4. Por favor, D. Maria, _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (servir) o chá, que eu levo já os bolos.

C. "São simpáticas as pessoas, genericamente?" (1. 56)


,, Genericamente é equivalente a em geral. Substitua, em cada frase, a expressão sublinhada por um
advérbio terminado em -mente.

1. Ela adora este cantor. Já fez uma viagem ao estrangeiro de propósito para ir a um concerto.

2. Só hoje me disseram que a Mariana já tinha escrito o relatório. Trabalhei todo o fim de semana
sem necessidade.

3. Os trabalhadores votaram, por maioria, contra a alteração do horário de trabalho.

4. Ele esteve a jogar no computador, sem interrupção, durante mais de 20 horas.

lztt,
s) TEXTO
O JPM: O nosso convidado de hoje é economista, empresário e gestor,[ ... ] mas não é exatamente de negócios
- ou desses negócios - que João Paulo Peixoto vem hoje conversar connosco. [ ... ]João Paulo Peixoto é um
viajante compulsivo, tendo já visitado 135 países. Boa tarde, João Paulo, viva!
JPP: Boa tarde. [...]
JPM: Como é que isto começou?

l 32 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


JPP: Eu nunca gostei muito de viajar. Aliás, eu lembro-me de ... Na minha viagem de curso fui à Grécia, para
as ilhas gregas. Gostei muito e depois, durante cinco anos, só fui à Grécia, não fui a mais nenhum país, até já
falava grego e tudo.
JPM: Mas havia outros países.
JPP: Havia outros países, mas eu não ligava muito. Há cerca de dez anos, fui a uma viagem, com um grupo de
amigos de Braga e com um primo meu, e fomos à Polónia. Eu não sei porque é que resolvi ir com ele, mas fui.
Fomos para a Polónia, para a Lituânia, para a Bielorrússia e para a Ucrânia. E, então, ele disse-me que tinha
ido a 50 países. Eu nunca tinha contado os países a que tinha ido e, portanto, 50 países ... E comecei a contar
[ ... ] e, portanto, ele passou a ser o meu "guru': que tinha 50 países. E pronto. E a partir daí comecei a contar
os países e depois, quando fui à Índia - que foi o país que eu gostei mais até hoje - aí senti a atração pelo
Oriente. E, portanto, aí começou, portanto, a verdadeira paixão pelas viagens. E portanto ...
JPM: Tudo isto em menos de dez anos?
JPP: Dez anos, é. [ ... ]
JPM: Isto implica, quando tu viajas, um conjunto de cuidados, de princípios, por exemplo, fotografias ...
Viajas como viajante já, entre aspas, profissional?
JPP: É...
JPM: Coisa que não fazias quando foste à Grécia, por exemplo?
JPP: Sim, sim. Nós vamos adquirindo manias. Por exemplo, eu tenho a mania de ... Primeiro, filmo tudo.
Filmo e tiro fotografias a tudo. Depois, trago sempre umas recordações, algum artesanato, e depois trago
sempre as moedas e as notas dos países, trago sempre um livro de receitas - portanto, tenho livros de
receitas de todo o lado. [ ... ]
JPM: Trazer esse material todo depois implica ...
JPP: Muito complicado, é. Sobretudo quando se fala de livros e de artesanato, é complicado. Quando é uma
viagem muito grande, quando se vai a dez países ou assim, vir com os livros todos - ah, porque eu além do
livro de receitas trago um livro também de fotografias dos países. E, portanto, os livros e algum artesanato,
realmente pesa e às vezes na fronteira tem problemas. Eu, por exemplo, no Azerbaijão tive de deixar ficar o
que trazia, que eles diziam que aquilo era muito antigo. Eu tinha comprado por dez euros uma coisa que eles
diziam que era muito antiga, tive de deixar ficar um montão de coisas. [ ... ] Eu gosto mais de fazer poucas
viagens e grandes do que fazer uma viagem só para ver um país.
JPM: Uma viagem grande significa ir a vários países?
JPP: Exatamente.
JPM: Isso também implica depois uma logística, não? Quer dizer, uma preparação grande ...
JPP: É, não é fácil. Até quando se começa a ter muitos países, depois ... Porque, repara, eu tenho que encaixar
tudo para, na próxima viagem, a coisa encaixar. Se eu deixo ficar um país perdido lá no meio ... [ ... ]
' • JPM: Isso implica, por exemplo, não repetir nenhum país?
JPP: Não, não. Repete-se países. Repete-se até porque há países que merecem ser repetidos e que não se
consegue ver tudo. [ ... ]
JPM: Faz um diário, porventura? Nunca existiu um diário?
JPP: Não, não. Sempre ... Muitas pessoas me têm sugerido isso. Nunca tive, enfim ... Tenho tudo gravado,
portanto, também tenho esperanças de um dia, se calhar, fazer isso, mas nunca consegui escrever.[ ... ]
JPM:Viaja sozinho ou não?
JPP: Algumas vezes sim, outras vezes não. Enfim, depende.
JPM: Há vantagens e desvantagens?
JPP: Quando se viaja sozinho, conhece-se mais as pessoas, porque ...
JPM: Está-se mais disponível?
JPP: Está-se mais disponível. Eu lembro-me, quando fui ao Japão [ ... ] e fui com um colega e estávamos
sempre os dois, normalmente, enfim. Depois, o colega foi embora; fiquei sozinho. Nos quatro ou cinco dias
que fiquei sozinho, conheci montes de gente, porque as pessoas ... Conhece-se não só por necessidade
nossa, mas porque as pessoas normalmente são simpáticas e gostam de ajudar pessoas que estão sozinhas.
Portanto, conhece-se mais pessoas quando se está sozinho.
JPM: São simpáticas as pessoas, genericamente?
JPP: Genericamente, são simpáticas.
JPM: Costuma-se dizer às vezes ... Há aqueles estereótipos de que este povo é mais afável do que outro ...
JPP: Eu diria que são todos simpáticos, só que alguns são mais fáceis de atingir que outros.[ ... ] Somos a raça
humana, somos simpáticos por natureza, mas umas pessoas são mais fechadas que outras.

1PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1331


HORTAS
UNIDADE
URBANAS
8 í'

1. PREPARAÇÃO

9 } Vai ouvir uma emissão do programa Código Verde, em que Joana Sousa Dias entrevista Benedita
Chaves, da Li por (serviço intermunicipalizado de gestão de resíduos do Grande Porto), a respeito
de um projeto sobre hortas urbanas.

Na sua opinião, o que pode levar os habitantes das cidades a quererem cultivar uma horta?

ll.fl li. VOCABULÁRIO

.,, Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

1. pessoa ou instituição que participa num projeto


a. curioso
comum, sócio

b. resíduos orgânicos 2. interessante, invulgar

e. compostagem 3. conservação, ato de manter uma coisa num certo estado

d. adesão 4. lixo de origem vegetal ou animal


5. transformação de resíduos orgânicos em fertilizante
e. parceiro
para qualquer tipo de cultivo

f. mais-valia 6. demonstração de apoio e participação

g. Autarquia 7. ter a intenção de, tencionar

h. Junta de Freguesia 8. benefício, aumento do valor de um bem

i. manutenção 9. porção de terreno


10. órgão executivo que governa a freguesia (a menor
j. terapêutico
divisão administrativa em Portugal)
11. entidade administrativa de uma parte do território
k. talhão
que tem uma certa autonomia face ao poder central

1. contar 12. ter em seu poder, possuir

m. deter 13. que pode curar ou tratar alguma doença

1341 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


:.
o
o

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Indique se as frases correspondem às ideias expressas no excerto do programa (SIM) ou não (NÃO).

SIM NÃO
a. O objetivo inicial do projeto era ensinar a reciclar o lixo orgânico. D
b. As atividades desenvolvidas são destinadas apenas às crianças. D
e. Os participantes recebem formação dada pelas Autarquias e Juntas de Freguesia,
parceiras do projeto. D
2. Nos casos em que respondeu NÃO, justifique a sua resposta.

3. Complete de acordo com o texto.


a. Vantagens para as Autarquias e Juntas de Freguesia:

b. Vantagens para as pessoas que participam:

Tem, teve ou gostaria de ter uma horta? Porquê? Que vantagens e inconvenientes é que o facto de
cultivar uma horta pode ter?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "ensinar as pessoas a reutilizar [... ] os seus próprios resíduos orgânicos" (1. 3-4)
:§ Complete as frases com verbos iniciados por re- indicando repetição.

1. Este restaurante fechou para obras, mas _ _ _ _ __ na próxima semana.


2. O meu gato desapareceu no ano passado, mas _ _ __ _ _ dois meses mais tarde.
3. Ele abandonou os estudos há alguns meses, mas esperamos que no próximo ano ele
_ _ _ _ __ a estudar.
4. A biblioteca foi destruída por um incêndio, mas a Câmara Municipal já a _ _ _ _ __

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 135 1


B. "Começámos a criar hortas urbanas" (1. 7)

Complete as frases com as preposições adequadas. Faça a contração com o artigo, se necessário.

1. Nós aderimos ___ (o) projeto e passámos _ _ _ cultivar os nossos próprios legumes.
Assim, deixámos ___ comprar tantas coisas no supermercado.

2. o Pedro e o Luís começaram _ _ _ cultivar um talhão no ano passado. O Luís acabou _ __


desistir, porque ocupava demasiado tempo, mas o Pedro continua _ _ _ ocupar-se _ _ _ (a)
horta. Agora, conta ___ a ajuda da Teresa e do Miguel.
C. "demonstração" (1. 3), "reciclar" (1. 3), "adesão" (1. 6), "criar" (1. 7), "resultado" (1. 8), "manutenção" (1. 13),
"acesso" (1. 15), "gestão" (1. 20)

1. Escreva as palavras acima no quadro de acordo com o exemplo e, em seguida, complete-o.

a. A

b.
e.
d.
e.
f.

g.

h.

2. Complete as frases com palavras do quadro acima na forma correta.

a. A _ _ _ _ _ _ de papel aumentou muito nos últimos anos.

b. Era bom que mais pessoas _ _ _ _ _ _ a este projeto.

e. Neste livro, o autor _ _ _ _ _ _ a importância das hortas urbanas.

d. É importante que as pessoas _ _ _ _ _ _ as ruas e os espaços públicos limpos e em


bom estado.

e. Se os senhores _ _ _ _ _ _ à nossa página na Internet, poderão encontrar todas as


informações.

f. A empresa foi à falência porque não era bem _ _ _ _ __

g. A associação tem como objetivo apoiar a _ _ _ _ _ _ artística.

h. Vão tomar várias medidas para tentar resolver o problema, mas duvido que _ _ _ _ __

J 361 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o. Complete O crucigrama usando palavras do texto. Escreva os nomes no singular, os adjetivos no
masculino singular e os verbos no Infinitivo.

1. Belo, harmonioso
2. Curso que prepara para uma
10
atividade ou profissão
o
3. que pode ser comido 14
4. Meter na terra uma pequena 13
planta para que cresça 2
s. Consequência, efeito de uma 3 15
ação
12
6. Progredir, passar por várias
transformações 4
7. Que é feito em casa 11
8. Dar ênfase, salientar para chamar 5
a atenção
6
9. Relativo ou próprio da cidade
1O. Que ajuda a descontrair
11. Preparar e usar a terra para
produzir espécies vegetais 7
12. Espaço, porção de terra 8
13. Reaproveitar materiais e dar-lhes
9
novo uso
14. Atividade relativa ao cultivo e
tratamento de jardins
15. Apresentação prática que mostra
como usar ou fazer alguma coisa

TEXTO
O JSD: O projeto começou há dez anos.
BC: Começou até de uma forma curiosa, porque nós começámos o projeto na Lipor. Começámos com um
centro de demonstração de compostagem caseira, para ensinar as pessoas a reutilizar e, no fundo, reciclar
os seus próprios resíduos orgânicos.
O JSD: Primeiro para as crianças, depois para os adultos. Os cursos sobre agricultura biológica começaram a
dar frutos, a adesão foi grande e nasceu o "Horta à porta':
BC: Começámos a criar hortas urbanas, em agricultura biológica, em que nós damos a formação e fazemos
todo o acompanhamento do projeto. E, depois, o resultado disso é que as pessoas têm muitas vantagens,
os parceiros também têm vantagens, e acaba por ser um projeto com muitas mais-valias, tanto em termos
sociais, como económicos, como ambientais ...
JSD: Benedita Chaves, da Lipor, sublinha que ganha quem planta, mas também as autarquias e as Juntas de
Freguesia.
BC: Porque deixa de ter de fazer a manutenção dos mesmos, portanto, os terrenos passam a ser mantidos
naturalmente pelas pessoas que os estão a ocupar, o espaço também fica muito mais estético, as pessoas
têm acesso a alimentos de qualidade, ao exercício físico, também isto da jardinagem e de fazer as suas
próprias hortas e de poder cultivar os seus próprios alimentos é muito terapêutico e relaxante. Portanto,
acaba por haver vantagens para todos os parceiros, e eu acho que isso foi também o que levou a que o
projeto tenha evoluído tanto nos últimos anos. Neste momento, temos mais de mil talhões a funcionar e
contamos este ano ainda abrir muito mais hortas.
JSD: No total, já são 39 as hortas detidas pela Li por, o serviço intermunicipalizado de gestão de resíduos do
Grande Porto.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO j 371


PRIMEIRAS
UNIDADE
IMPRESSÕES
9

® 1. PREPARAÇÃO

10 } Vai ouvir uma emissão do programa Pensamento Cruzado, de Mésicles Helin, com Margarida
Cordo, psicóloga, e Vítor Cotovio, médico psiquiatra, sobre as primeiras impressões.

Considera que, quando conhece uma pessoa, a primeira impressão é importante? Parece-lhe que

~-I
essas primeiras impressões são geralmente corretas ou não?

.~•

li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. interlocutor 1. dar origem a, decidir, condicionar

b. determinar 2. garantir, acautelar para prevenir erros futuros

e. apriorístico 3. a pessoa com quem se fala

d. expectativa 4. que tem intenção de influenciar alguém

e. perdurar 5. prejudicar, pôr em desvantagem

f. salvaguardar 6. que é feito a priori, à primeira vista, antes de confirmação

g. componente 7. que tem intenção de fazer o mal

h. premeditado 8. espaço entre lanços de escada; fase de um processo de evolução

i. manipulador 9. elemento que faz parte de um todo

j. consistência 10. o que se espera de alguém ou de alguma coisa

k. credibilidade 11. firmeza, solidez, coerência

1. patamar 12. planeado com antecedência

m. perverso 13. qualidade do que merece confiança e em que se pode acreditar

n. penalizar 14. durar muito tempo

j Js j PORTUGUÊS PELA RÃD1O 1


o
o

(i) 111. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Leia os três textos que se seguem. Qual deles corresponde melhor ao que é dito pelos
intervenientes no programa?

• É fundamental causar uma boa primeira impressão, porque essa avaliação que fazemos dos
outros nos primeiros minutos vai determinar todo o relacionamento futuro. Nos contactos
seguintes, é muito difícil alterar a opinião que os outros têm de nós. Por esse motivo, há quem
seja manipulador e tente dar uma imagem de si que não corresponde à realidade. Mesmo que,
depois, não consigam manter sempre o mesmo tipo de comportamento, são beneficiados pelo
facto de terem causado uma boa primeira impressão.

A primeira impressão que formamos de uma pessoa é muito importante. A partir desse
primeiro contacto, a avaliação que fizemos dessa pessoa e as expectativas que criamos
condicionam as nossas relações. No entanto, o comportamento dessa pessoa, nos contactos
posteriores, tem de ser coerente e confirmar a opinião que formámos. Se essa pessoa não
foi autêntica e tentou dar uma imagem de si que não é verdadeira, pode perder toda a
credibilidade e a nossa confiança.

Quando conhecemos uma pessoa, formamos imediatamente uma opinião sobre as


características e capacidades dessa pessoa e criamos expectativas em relação a ela. No entanto,
essa primeira impressão não é particularmente significativa e não influencia muito as relações
futuras. Por um lado, trata-se de uma avaliação que fazemos ao fim de poucos minutos, pelo
que pode não ser correta. Por outro lado, todos sabemos que há muitas pessoas que não são
honestas e que tentam deliberadamente causar uma boa impressão.

2. Explique o significado das expressões sublinhadas.


2.1. "corre o risco de passar uma rasteira a si próprio" (1. 27) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

2.2. "tem pés de barro"(I. 38) _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

[ PORTUGUÊS PELA RÁDIO [ 39 [


e IV. COMENTÁRIO

Concorda com o que é dito no texto? Lembra-se de alguma situação em que uma primeira impressão
tenha sido particularmente significativa para si, de forma positiva ou negativa? Porquê?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "ou seja" (1. 4), "salvo erro" (1. 9), "mas enfim" (1. 12), "dar continuidade" (1. 28), "das duas uma" (1. 32),
"posto em causa" (1. 33)

Complete as frases com as expressões acima.

1. O novo diretor afirmou que vai _ __ _ __ _ _ _ _ __ _ ao trabalho iniciado pelo seu


antecessor.

2. A empresa emprega, _ _ __ _ _ _ __ __ ___, cerca de 200 trabalhadores.

3. Se não continuarmos a receber o apoio deles, todo o projeto fica _ _ _ _ __ _ _ _ __ _

4. Se ele conseguir o emprego, _ _ __ _ __ _ _ _ ___ : ou muda de casa ou vai perder


muito tempo em transportes.

5. A decisão é irreversível, _ _ _ __ __ _ _ _ _ __,já não pode ser alterada.

6. Ele não fez o trabalho exatamente como eu tinha dito, _ _ _ _ _ _ _ __ _ ___ ... Não
lhe vou pedir para repetir, fica como está.

B. "apriorístico" (1. 12)


Apriorístico está relacionado com a priori, uma expressão latina.

Entre as expressões latinas frequentemente usadas, incluem-se as seguintes: a posteriori, ex aequo,


grosso modo, in extremis, in loco, ipsis verbis, modus vivendi, sui generis.

Complete as frases com as expressões acima listadas.

1. O ministro deslocou-se imediatamente para avaliar _____ as consequências do temporal.

2. O prémio foi atribuído _____ ao Tiago e à Mariana.

3. As duas empresas vendem, a mesma quantidade de produtos.

4. O atleta conseguiu uma vitória : só ultrapassou o seu adversário nos momentos


finais da corrida.

5. Trata-se de uma adaptação ao cinema muito _____ da conhecida obra literária.

6. Ninguém tinha concordado com ele, mas, com a evolução da situação, deram-lhe razão

7. A associação teve uma ação muito positiva e contribuiu para criar um novo _____ no bairro.

8. Ele repetiu _____ tudo o que o diretor tinha dito.

140 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


e. "individuais" (1. 15), "coerência" (1. 23), "manipuladora" (1. 25), "consistência" (1. 26), "autenticidade" (1. 26),
"credibilidade" (1. 29), "perversa" (1. 31 ), "cínico" (1. 35)

Escreva as palavras acima no quadro de acordo com o exemplo e, em seguida, complete-o.

1. o.s
2- -
3. _
4. _
5. _
6. _
7. _

•)º
8.

1
TEXTO
MH: Margarida, no seu entender, sente que há algum determinismo nas primeiras impressões que forma
acerca do outro quando inicia uma nova relação?
MC: Sim, eu acho que podemos dizer que sim, porque em poucos minutos, normalmente ... Para já, a primeira
impressão é uma oportunidade única, ou seja, uma vez perdida, ela já não é mais a primeira impressão, não
é? Ou seja, quando voltamos a ver aquela pessoa, quando voltamos a comunicar com aquela pessoa, se
formámos uma primeira impressão, essa vai sempre ter o comando das impressões que vamos formar sobre
esse alguém que é nosso interlocutor. De qualquer das formas, eu considero que sim, até porque é assim:
a primeira impressão determina muito do que nós pensamos sobre o outro, em muito poucos minutos.
Eu recordo-me de haver alguns estudos que indicam, salvo erro, são os primeiros quatro minutos, ajudam
• a estruturar uma primeira impressão. E essa primeira impressão pesa muito e condiciona, de certa forma,
o modo como nos vamos relacionar a partir daí, porque a primeira impressão, quer queiramos quer não, é
uma avaliação/julgamento (eu não gosto da palavra "julgamento'; mas enfim) apriorístico do que pensamos
ser o outro, corresponde a uma formulação de expectativas que vamos tendo acerca daquilo que pode ser
aquela pessoa, na sua forma de estar, na sua forma de intervir, na sua forma de responder, e também nas
suas características individuais: o seu carácter, a sua personalidade, aquilo que ela cognitivamente é capaz, a
forma como vai desempenhar os papéis ao longo da vida que podem ter interfaces com os papéis que nós
também desempenhamos. E, portanto, é um momento muito, muito importante, porque é único e porque
se formula em muito pouco tempo, e perdura para além de si mesmo.
MH: Vítor, engana-se muitas vezes nas primeiras impressões?
VC: Eu acho que pode acontecer e é importante salvaguardar isso, não é? Se é verdade, na linha do que
a Margarida estava a dizer, e até se costuma referenciar que não há segundas oportunidades para causar
primeiras boas impressões, e devemos ter isso em conta na comunicação. Mas isso é tão mais verdade quanto
depois, na comunicação que segue, [a seguir], se consegue estabelecer alguma coerência naquilo que são
as várias componentes da comunicação. Porque se a pessoa investe, de uma forma premeditada, de uma
forma, vamos dizer, manipuladora, naquilo que é o tentar causar uma boa primeira impressão, e se isso não
tiver consistência com o que verdadeiramente seja a autenticidade do que está a sentir ou do que pretende
comunicar, corre o risco de passar uma rasteira a si próprio, porque numa segunda vez pode não conseguir
dar continuidade à primeira boa impressão. A primeira boa impressão é tão significativa conforme ela está
em coerência e conforme com aquilo que a pessoa sente, pensa e diz, para que isso lhe dê credibilidade
e estabeleça depois na relação aquele patamar fundamental das relações, que é a confiança. Porque se a
pessoa investiu, como eu dizia há bocado, de uma forma premeditada, ou de uma forma perversa, para
causar primeira boa impressão, das duas uma: ou está muito treinado ou então corre o risco de, depois,
isso ficar posto em causa. E, então, aí é mais complicado, se a pessoa não for coerente, o risco que corre de,
uma segunda vez não conseguir ser coerente, porque aí vai ser ... vai ser penalizado, porque a pessoa pode
interpretar como se a pessoa estivesse a ser ... a ser manipulador ou a ser cínico ou outra coisa qualquer.
A primeira boa impressão é significativa tanto mais quanto ela é coerente com o resto da comunicação e
com o resto dos momentos.
MC: E se isso, de certa forma, não acontecer, diria assim: tem pés de barro porque não pode perdurar.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 141 1


A FOBIA
UNIDADE
DAS FÉRIAS

@i 1. PREPARAÇÃO

11 '.) Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Mais Cedo ou Mais Tarde, em que João Paulo
Meneses entrevista Lúcio Lampreia.

Como se sente em relação às suas férias? Espera-as com ansiedade ou fica com stress?

Parece-lhe que há motivos (pessoais ou profissionais) para que algumas pessoas se sintam stressadas
ou com medo das férias? Quais?

~ui li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. gozar 1. viver com, estar frequentemente com

b. doloroso 2. esconder-se, procurar abrigo ou proteção

e. conviver 3. desfrutar, aproveitar; troçar, rir de alguém (coloq.)

d. refugiar-se 4. aguentar, tolerar, sofrer

e. ter a ver 5. que causa dor

f. suportar 6. estar relacionado

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO


1. Segundo o texto, o número de pessoas que não gozam os dias de férias a que têm direito está a
aumentar ou a diminuir?

2. Registe os motivos que são referidos para não ir de férias.


2.1. A nível profissional:

2.2. A nível pessoal:

l 42 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO j


o
o

3. Ouça novamente o texto e registe a informação.

3.1. A profissão de Lúcio Lampreia:

3.2. Todos os países referidos onde foram feitos estudos sobre a questão das férias:

3.3. A relação entre as férias e os divórcios:

4. Explique o significado da expressão "está mortinho por que cheguem as férias':

Parece-lhe que o ritmo da vida atual e a dedicação ao trabalho levam inevitavelmente ao afastamento
das famílias? Ou crê que é possível conciliar a vida familiar e o trabalho, sem ter de abdicar do sucesso
profissional? Como?

o V.OUTRASATIVIDADES

A. "o número impressiona" (1. 2), "pode ser muito doloroso" (1. 5), "não me dá stress" (1. 13), "tomem
decisões importantes" (1. 22-23)

Complete as frases com adjetivos formados a partir das palavras sublinhadas.

1. O valor impressiona. O valor é _ _ _ _ _ __

2. Ele impressiona-se facilmente. Ele é muito _ _ _ _ _ __

3. O tratamento causou dor. O tratamento foi _ _ _ _ _ __

4. Eles ficaram com dores nos pés. Os pés deles ficaram _ _ _ _ _ __

5. Há trabalhos que causam muito stress. Há trabalhos que são muito _ _ _ _ _ __

6. Ela sente muito stress. Ela está muito _ _ _ _ _ __

7. Quando ela toma uma decisão, é firme e não desiste do que quer. Éuma pessoa _ __ __ __

8. Foi a intervenção do João que nos fez tomar a decisão. O que ele disse foi _ _ __ _ __

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1431


B. "desabituadas de conviver" (1. 26), "não se quererem confrontar com essa realidade" (1. 31)

Complete as frases com uma preposição (contraída com o artigo, se necessário) ou com X (se não
precisar de preposiçao).

.r:, 1. Durante as férias, ela desabituou-se _ _ _ acordar cedo .


·i
2. Ele já está habituado _ _ _ fazer este trabalho.

3. Ela tem o costume _ _ _ abrir a janela logo que entra na sala.

4. Vocês já se acostumaram _ __ novo horário de trabalho?

5. Pode ser bom confrontarmo-nos _ _ _ os nossos medos.

6. Quando ele fez essa proposta, teve de enfrentar _ __ a oposição dos colegas.

7. Ela sempre fez frente _ __ todos os que procuravam prejudicá-la.

e. "deixando[. .. ] por gozar" (1. 2-3), "o trabalho que fica para trás" (1. 30-31)
Complete as frases com as preposições de, para e por.

1. Ele deixou uma semana de férias _ _ _ gozar no Natal, porque quer estar com a família .

2. Antes, eles iam para o Algarve nas férias, mas depois deixaram _ _ _ ir.

3. Os colegas ficaram zangados, porque ele foi de férias e deixou o trabalho _ _ _ fazer.

4. O filme é excelente, não deixes ____ ver!

5. Eles ficaram ____ telefonar amanhã de manhã.

6. O exame era difícil e tinha pouco tempo. O último exercício ficou ____ acabar.

7. Estes assuntos já estão resolvidos, os outros ficam ____ a próxima reunião.

8. A reparação do carro, incluindo as peças e uma revisão geral, ficou _ _ __ 950 euros.

D. "as pessoas têm medo de ser mudadas de lugar" (1. 23)

Poderíamos dizer: "as pessoas têm medo que as mudem de lugar':

,,- Transforme as frases abaixo da mesma forma.

1. Ela tem medo de ser criticada.

2. Tu receias não ser compreendido.

3. Eles esperam ser convidados para a inauguração.

4. Nós temos medo de não sermos chamados.

1441 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


E. complete o crucigrama usando palavras do texto. Escreva os nomes no singular, os adjetivos no
masculino singular e os verbos no Infinitivo.
6
8
1. Facto que podemos observar, acontecimento
invulgar 7

2. Tornar-se maior, desenvolver-se


3. Hábito de fazer sempre a mesma coisa 2

4. Quantidade duas vezes maior


5. Investigação, procura de informação
6. Desconhecido, não habitual 3

7. Palavra, vocábulo 4

8. Orientação ou movimento numa certa direção


5

TEXTO
O JPM: Uma notícia de há dois anos dizia que no Canadá, cerca de 25% das pessoas não gozam, ou não
gozavam, a totalidade dos dias de férias, deixando - e o número impressiona - 34 milhões de dias, por ano,
por gozar (dias de férias). Um outro estudo referia que uma percentagem bastante elevada de pessoas, perto
de 40%, não queria ir de férias com medo de não ter trabalho quando regressasse. Há também aqueles para
O quem passar tanto tempo com a família, durante 24 horas, sete dias por semana, pode ser muito doloroso.
Vamos hoje falar da fobia das férias, com a ajuda de Lúcio Lampreia, gestor, especialista em recursos
humanos.[ ... ] Lúcio, muito boa tarde.
LL: Olá, João Paulo, boa tarde. [ ... ]
JPM: Viva.[ ... ] O Lúcio também é daquelas pessoas que quando ... que está mortinho por que cheguem as
férias ou ... ou fica um bocado stressado, quando se aproximam as férias?
LL: Não, eu, por acaso, não fico nada stressado quando chegam as férias, aliás, acho que as férias são um
tema ... são muito boas e, portanto, estou mortinho por que as férias cheguem, se bem que goste imenso
do meu trabalho. Mas não me dá stress, não me dá stress ter férias. [ ... ]
JPM: Da sua experiência profissional, destes anos que leva já nesta área do contacto com as pessoas e dos
comportamentos das pessoas, sobretudo ao nível profissional [ ... ]conheceu casos destes?
LL: Olhe, eu conheci bastantes casos destes, e deixe-me dizer-lhe também que estas pesquisas que existem,
estes estudos que o João Paulo falou, feitos no Brasil, feitos no Canadá e também nos Estados Unidos,
mostram aqui uma tendência e um fenómeno que, devagarinho e progressivamente, está a começar a
crescer. [ ... ] O grande motivo é precisamente as pessoas pensarem que, quando vão de férias, as coisas
pararem, as coisas não correrem como as pessoas esperam e, no fundo, quando elas voltam, ou têm o dobro
do trabalho ou as coisas não foram feitas. Por outro lado, [ ... ] há muitos casos de as pessoas terem medo de
ter emprego ... de perderem o emprego quando voltam. Há casos onde as pessoas têm medo que tomem
decisões importantes sem elas, há casos onde as pessoas têm medo de ser mudadas de lugar, que é uma
coisa muito importante nas organizações, durante as suas férias.[ ... ]
JPM: E depois, se calhar, eu nunca tinha pensado no assunto, mas pensando, se calhar, até faz todo o sentido
que haja pessoas que estão de tal maneira desabituadas de conviver muito tempo com a sua própria família,
com os filhos, porventura com a mulher, com o marido, que quando depois têm que estar[ ... ] 24 horas por
dia, sete dias por semana, isso poderá ser um pouco incómodo para elas.
LL: É, é muito incómodo, [ ... ] porque o que acontece é que, durante o ano, muitas pessoas refugiam-se
no trabalho porque têm problemas na sua vida pessoal, ou seja, que não tem a ver com o trabalho que
fica para trás, mas tem a ver precisamente com as pessoas não se quererem confrontar com essa realidade
que é, de facto, terem uma situação familiar, onde muitas vezes os familiares são quase estranhos, onde as
pessoas têm aquela rotina, onde têm aquele convívio, de manhã, ao fim do dia, e depois acaba por ser muito
complicado com ... para essas pessoas (não sei se posso dizer o termo, vou dizê-lo) suportar a sua família
15 dias, uma semana inteira. Aliás, eu vi um estudo, o ano passado em Itália, que dizia que os divórcios
aumentam bastante nos meses de verão, precisamente porque as famílias, de um momento para o outro,
as pessoas, já não se conhecem, já se afastaram tanto que já não conseguem conviver umas com as outras.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 145 1


UNIDADE OALFENIM

1. PREPARAÇÃO

12 } Vai ouvir um excerto de uma emissão do programa Evasões, em que Cláudia Duarte apresenta
um doce tradicional.

Conhece o alfenim? De que é feito? Qual a sua origem? Observe e comente as imagens.

li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. rosquilha 1. guloseima muito doce que se chupa

b. rebuçado 2. muito branco

e. moldar 3. dar presente a

d. alvo 4. pão ou doce torcido e enrolado em forma de argola

e. gulodice 5. estabelecer-se, ir morar

f. fixar-se 6. darforma

g. presentear 7. ilustre, notável

h. distinto 8. guloseima, doce muito saboroso; gosto excessivo por doces

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

Complete as frases de acordo com o conteúdo do texto.


1. O alfenim pode ter várias _ __ _ _ _ _ _ e é feito com _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

2. O nome tem origem _ _ _ __ _ _ e está relacionado com _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

1461 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

3. Em Portugal Continental, era particularmente apreciado _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __,


entre os séculos _ _ _ _ _ __ _ e _ _ _ _ _ _ __

4. Foi divulgado pelos árabes que se estabeleceram _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __, porque lá

5. Posteriormente, foi associado à religião, como símbolo de _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

6. Atualmente, a produção de alfenim mantém-se sobretudo _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ __

IV. COMENTÁRIO
O alfenim parece-lhe apetitoso? Oferecê-lo-ia a alguém? Explique porquê.

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "uma massa branca e seca[ ... ] com a qual[ ... ] se moldam as mais variadas figuras" (1. 2-3)

Una as duas frases, utilizando ola qual, os/as quais. Faça as alterações necessárias.

1. O alfenim pode ter muitas formas. Entre essas formas, encontramos flores, pombas e peixes.

2. Esta massa de açúcar é típica dos Açores. Com ela, fazem-se rebuçados.

3. A palavra al-fenid é árabe. Dessa palavra, deriva alfenim.

4. Os árabes fixaram-se nos Açores. Através deles, divulgou-se o alfenim.

5. Na ilha Terceira, há quem faça rebuçados. Muitos desses rebuçados são obras de arte.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1471


B. "devido à sua brancura" (1. 1O)

Reescreva as frases, de modo a utilizar a expressão dada.

1. Devido à sua brancura, o alfenim tornou-se um símbolo de pureza. (como)

2. Os rebuçados têm formas variadas, mas o sabor é o mesmo. (embora)

3. Os árabes divulgaram o alfenim. (quem)

4. O alfenim tornou-se popular nos Açores devido à produção de cana-de-açúcar nestas ilhas.
(visto que)

5. Se forem à ilha Terceira, aproveitem para provar o alfenim. (no caso de)

C. "sabor" (1. 1), "seca" (1. 3), "brancura" (1. 1O), "pureza" (1. 1O), "luxo" (1. 11 ), "distintas" (1. 11 ), "sorrisos" (1. 14),
"doces" (1. 14)

Complete o quadro com os nomes e os adjetivos acima indicados. Escreva os nomes no singular,
acompanhados do artigo, e os adjetivos no masculino singular.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

l 4s l PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o. Complete o crucigrama usando palavras do texto. Escreva os nomes no singular, os adjetivos no
masculino singular e os verbos no Infinitivo.

1. Perito
2. Grupo de ilhas próximas
3. Prenda, presente
4. Apreciar o sabor, comer com 13 16
prazer
10 14
5. Referir um texto ou um facto;
transcrever as palavras de
outra pessoa
6. Que é conhecido e apreciado 2
por muitas pessoas 12
7. Pequena ave comum nas 15
cidades
3
8. Coisa pequena e muito boa;
pequeno presente que é um
sinal de carinho 11

9. Ter origem, ser proveniente 4


1O. Tipo, género s
11. Produto da fermentação do 6
vinho que é usado na culinária
12. Mudar a forma
7
13. Tornar público ou muito
8
conhecido
14. Característico, representativo 9

15. Pôr dentro, inserir, incluir


16. Que se distingue facilmente de
outras coisas, único

TEXTO
Flores, pombas, galinhas, peixes, rosquilhas... Apesar das varias formas, o sabor é o mesmo,
inconfundível. O alfenim, uma espécie de rebuçado típico da ilha Terceira, nos Açores, é uma massa branca
e seca, de açúcar, com a qual, enquanto está quente, se moldam as mais variadas figuras. A massa é feita
simplesmente com açúcar, água e uma colher de vinagre.
O A palavra alfenim deriva do árabe a/-fenid, que significa aquilo que é branco ou alvo. Citado muitas vezes em
obras de Gil Vicente ou de Jorge Ferreira de Vasconcelos, era uma gulodice muito popular em todo o país,
especialmente no Algarve, nos finais do século xv e princípios do século xv1. Mas foram os árabes que, por
esta altura, se fixaram no arquipélago dos Açores que o divulgaram, muito devido à produção de cana-de-
-açúcar que se fazia nestas ilhas.
Mais tarde, e devido à sua brancura, subentendida como pureza e purificação, foi introduzido na religião
cristã. Tradicionalmente, era uma oferta de luxo ou um mimo com o qual se presenteavam pessoas distintas.
Ainda hoje é muito apreciado nas ilhas do grupo central, sobretudo na Terceira, onde encontramos
verdadeiros especialistas que transformam esta massa doce em verdadeiras obras de arte. Obras de arte
que se dão e recebem, obras de arte que agradecemos e saboreamos, com sorrisos ainda mais doces.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1491


UNIDADE MUDAR DE VIDA

1. PREPARAÇÃO

13 ) Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Reportagem TSF, em que Alexandra Nunes
entrevista Miguel Ferreira, Hugo Taipa e Cláudia Andrade.

Em termos profissionais, nem sempre a estabilidade e a segurança são compatíveis com o prazer e
a realização profissional. O que lhe parece mais importante? Que fatores podem influenciar a opção
..: entre ter um emprego seguro e fazer aquilo de que se gosta?

ilfl li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra/ expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. sustento 1. substituir alternada mente

b. passatempo 2. achar muito divertido ou interessante

e. de eleição 3. registar a hora de entrada e de saída no emprego

d. mediação de seguros 4. preferido, escolhido

e. topografia 5. o que é necessário para viver


f. coqueluche (coloq.) 6. atividade para ocupação dos tempos livres

g. revezar 7. objetos de pouco valor que se usam para adorno


(brincos, colares, pulseiras)
h. precário 8. que não é seguro, incerto
i. bijutaria 9. atividade de ligação entre as companhias seguradoras
e os clientes
j. achar muita piada/um 10. coisa considerada muito interessante e que atrai
piadão (coloq.) muita atenção
k. condizer 11. representação no papel da configuração de terrenos

1. monetário 12. lamentar o que se fez, desejar ter agido de forma


diferente
m. picar o ponto 13. ficar bem, estar em harmonia

n. arrepender-se 14. relativo a dinheiro ou moedas

1 50 1 PORTUGU ÊSPELA RÁDIO 1


Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Preencha o quadro com a informação relevante contida no texto (pode não ser possível
preencher todo o quadro).

,,
1.2. Que emprego(s) .,'
teve antes? ,
t';

2. Explique o significado das frases.

2.1. "O bichinho das viagens e do surf foi crescendo" (1. 20) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

2.2. "A topografia não lhe enchia as medidas" (1. 23) _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

Conhece casos de pessoas que abandonaram um emprego estável para fazer aquilo de que gostavam?
Qual é a sua opinião sobre essa opção?

1 PORTUGUÊS PELA RAO1O l s1 1


V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "quando dei conta, tinha 100 pares de brincos" (1. 54)

Complete as frases com as expressões dar conta, ter em conta, tomar conta, fazer de conta e prestar
contas na forma correta.

1. Durante o dia, era a avó que _ _ _ _ _ _ das crianças.

2. Ele quer ter o seu próprio negócio, para não ter de seguir ordens nem _ _ _ _ __
a ninguém.

3. _ _ _ _ __ a situação atual, parece-me que os resultados não são maus.

4. Eu entrei na sala e voltei a sair, mas ele estava tão concentrado no trabalho que não _ _ _ _ __
5. Ela chamou o Pedro, mas ele _ _ _ _ _ _ que não ouviu e foi-se embora.

B. "O que é que tu vais fazer a tantos brincos?" (1. 55)


Complete as frases, usando o discurso indireto.

1. "O que é que tu vais fazer a tantos brincos?"


A amiga perguntou-lhe _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

2. "Leva estes brincos e diz à minha mãe que pode fazer o que ela quiser:'
Ela pediu _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

3. "Vi alguém na rua com uns brincos que foram feitos por ti:'
A amiga disse-lhe _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

TEXTO
O AN: Felicidade é um conceito subjetivo, que depende de vários fatores, mas um deles é, sem dúvida, a
realização profissional. Pode haver muito quem goste do que faz, mas pouco quem faz o que gosta, e raros
os que deixaram um emprego sério para se dedicar àquilo que mais os diverte - gente que descobriu nos
seus hobbies um sustento e uma forma de vida.[ ... ]
O Hugo Taipa e Miguel Ferreira são amigos há anos. O surf e as viagens para apanhar a melhor onda uniu-os e
levou estes dois rapazes do Norte a rumar até Sul, em direção a Sagres, bem perto do mar, onde gerem um
hoste/.[. .. ]
MF: Trabalhei na empresa de um amigo meu, de publicidade, comecei logo aos 16. E já na altura poder
fazer umas viagenzinhas, dentro de Portugal, claro, era, na altura era outro esquema, comprar material de
surf, também era o grande objetivo. E, depois, também cheguei a trabalhar como nadador-salvador, na
praia, também é um clássico, não é? Pronto, uma maneira de poder estar na praia, a surfar e a fazer dinheiro.
Entretanto, abri a minha própria escola de surf quando tinha 23, e pronto .. . Eaí começou a crescer outra coisa
cá dentro e a vontade era cada vez maior. E, depois, lembro-me que houve uma surf trip que eu organizei com
os miúdos aqui para o Algarve, na passagem de ano de 99 para 2000, em que em pleno janeiro estavam 24

j s2 PORTUGUÊS PELA RÁDIO


I 1
graus e a água do mar a 17. E eu lembro-me que na altura eu disse ao grupo de miúdos [com] que eu estava,
que eu disse "Pá, a minha vida, de futuro, não é já, mas vai ter que passar por aqui, porque isto, sim, isto é . ..
Para mim é qualidade de vida, é isto que eu procuro':
AN: Hugo fez um percurso idêntico, em que o trabalho servia apenas para garantir o passatempo de eleição.
HT: Tirei um curso de mediação de seguros e trabalhei algum tempo. Sempre que fazia um seguro melhor,
pegava nesse dinheiro e ia viajar. E pronto, o bichinho das viagens e do surf foi crescendo cada vez mais e
cada vez vendo mais que o trabalho era só um meio para atingir o dinheiro para fazer estas coisas. Depois,
decidi tirar o curso de topografia, ainda fui topógrafo oito anos, ainda ... O curso foi de dois anos e meio.
AN: Apesar da persistência, a topografia não lhe enchia as medidas.
HT: Sempre gostei de coisas ligadas à Matemática e a Geometria Descritiva e essas coisas. Não era uma
frustração, também, se não também não tinha ido para aí, não consigo estar a viver frustrado só por causa
do dinheiro. Era um meio-termo, pronto, não era a coqueluche, não era a perfeição, não era o meu sonho.
Mas para o caminho que eu queria atingir, conseguia manter uma qualidade de vida boa.
AN: O surf, sim, estava na cabeça de Hugo e de Miguel que, depois da tese, no final do curso de turismo,
pensou em abrir um espaço dedicado ao alojamento. [ ... ]
Depois de um estudo de mercado, apostaram em Sagres, onde têm um hoste/, que lhes dá a flexibilidade
para irem sempre que lhes apetece ao "escritório'; que é como chamam à praia onde vão surfar.
HT: Não tem horários, não é? Às vezes, pode estar uma semana em que está uma porcaria e aproveita-se
- neste caso, temos este negócio, somos donos do nosso tempo e fazemos as coisas todas que há para
fazer. Mas se estiver uma semana de bom surf, sabemos que a papelada começa a acumular, mas sabemos
também não é sempre que vai estar bom, e buscar isso é o ideal.
MF: Aliás, a própria maneira como nós nos organizamos os dois permite-nos, pelo menos um, garantir sempre
que está lá, no dia, um [de nós] para marcar a nossa posição. Mas vamo-nos revezando. Exatamente. [ .. . ]
AN: Quem escolheu mudar de vida foi Cláudia Andrade. A psicóloga trabalhou em clínicas e escolas, mas
não se sentia totalmente preenchida.
CA: Gostava do que fazia, felizmente sempre gostei, apesar de não me sentir totalmente realizada, porque
gostava de fazer mais na área. Apesar de ter gostado muito de ter trabalhado lá aquele ano, foi uma escola
exemplar, com professores exemplares, uma escola que funciona muito bem, mas que ... De facto, gostava
de fazer mais coisas. Mas, na altura, todos os trabalhos que também me apareciam, que tive algumas
oportunidades, era tudo na base do voluntariado. Ou, então, trabalho muito precário - portanto, a trabalhar
muito, a fazer o que eu gostava, mas a ganhar muito mal, e a ser explorada, quase. E eu, isso, sempre me
recusei a fazer. E, por isso, também nunca trabalhei tanto, porque nunca me deixei explorar nesse sentido.
AN: A bijutaria era, entretanto, um passatempo com que se entretinha desde o tempo de estudante.
CA: Eu estive a estagiar, também como psicóloga, a trabalhar em Barcelona. E, na altura, tive uma colega
minha, espanhola, que fez um curso comigo, que fazia umas bijutarias com um material muito esquisito, que
eu - quer dizer, já existia em Portugal, mas eu nem sequer sabia da existência dele - que era o fimo. E, então,
achei aquilo um piadão, e ela mostrou-me e eu achei aquilo mesmo giro. E ela "Ah, tens que fazer, vamos
um dia às compras as duas, e compras também desta massa, porque tu já fazes coisas e vais gostar de fazer':
E assim foi exatamente. Fomos a uma loja, comprámos as coisas e depois comecei a fazer nessa altura. Adorei
fazer aquilo e, quando dei conta, tinha 100 pares de brincos. E, então, a minha colega que veio comigo dizia
"O que é que tu vais fazer a tantos brincos?" E eu "Sei lá, vou dar às minhas amigas, vou fazer qualquer coisa.
Entretanto, foi lá uma amiga minha visitar-me a Barcelona e eu disse "Olha, podias-me levar estes brincos
para a minha mãe? Diz à minha mãe para oferecer, para vender, sei lá, o que ela quiser': E quando eu cheguei,
passado uma semana -vim cá passar o Natal - a minha mãe tinha-me vendido os brincos todos. E as pessoas
pediam-me colares a condizer com os brincos. E, então, foi aí. [ ... ]
AN: O gosto por este trabalho criativo cresceu e ganhou outra dimensão na vida de Cláudia.
CA: Comecei a fazer algumas feiras de artesanato urbano e, ao longo do tempo, algumas das pessoas
começavam a perguntar "Ai, onde é que eu posso comprar? Não tem loja, não tem blogue?" e não sei quê.
Pronto, fiz um blogue. A seguir ao blogue, era "Ai, mas nas fotografias não é a mesma coisa, mas não se pode
ver ao vivo?" e "Não tem nenhuma loja?" E foi aí que pensei, porque me sentia feliz a fazer aquilo, sentia-me
ainda mais feliz quando via pessoas, por exemplo, na rua, com coisas minhas ou alguém que me dizia "Ah,
olha, vi não sei quem, aquilo de certeza que era teu': E comecei a achar piada e realmente comecei a achar
que podia ser, também, um fator monetário que começava a pesar. E, então, pensei que, realmente, me
sentia bem a fazer aquilo, ao meu ritmo, ao meu tempo, com a minha organização de vida, com tudo, sem
ter que estar preocupada com horários e com coisas e com ir e com vir e com picar pontos, e com coisas
dessas que ouvia as pessoas a falarem, entrar às nove, sair às cinco, aquelas coisas, que metia-me um bocado
confusão. Então, decidi mesmo avançar, porque vi que talvez podia ser a melhor opção para a minha vida
naquela altura. E não estou arrependida.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1 531


UNIDADE A LONGEVIDADE

1. PREPARAÇÃO

14 ) Vai ouvir uma emissão do programa 725 Perguntas de Ciência, de Rui Tukayana, com a participação
de António Coutinho, em que é abordada a questão "Em quanto é que a vida humana pode ser
aumentada?':

Observe as imagens. Na sua opinião, quantos anos pode viver um pintassilgo? E um ratinho branco?

A esperança de vida tem aumentado muito, devido à melhoria das condições de vida e aos avanços
da medicina. Parece-lhe que a longevidade dos seres humanos poderá aumentar ainda mais?

llf li. VOCABULÁRIO

1. Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. palpite 1. ficar doente

b. espécie 2. com capacidades diminuídas devido à idade

e. baralhar 3. tornar confuso

d. senil 4. suposição, hipótese, opinião que não está provada

e. preditivo 5. grupo de seres vivos com características semelhantes

f. preventivo 6. sensível, que pode ser afetado facilmente

g. suscetível 7. que permite prevenir

h. adoecer 8. que permite predizer ou prever

2. Explique os seguintes conceitos:


2.1. Esperança de vida à nascença _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ __ __ _ __ _ _ __

2.2. Genética _ _ _ _ _ __ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ __

1 541 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Registe o número de anos que pode viver


a. um pintassilgo _ _ _ _ __ b. um ratinho branco _ _ _ _ __

2. Indique se as frases correspondem às ideias expressas no excerto do programa (SIM) ou não (NÃO).

SIM NÃO

a. O estado atual da ciência não permite compreender como a longevidade de


cada espécie é determinada.

b. Um dia, o desenvolvimento científico poderá eliminar o limite de longevidade


das espécies.

e. Algumas doenças importantes devem-se unicamente à genética, outras às


condições ambientais ou ao estilo de vida.

d. O aumento da esperança de vida resultou sobretudo do controlo de certas


doenças.

e. Apesar dos progressos, a medicina não poderá eliminar todas as doenças.

f. Ainda ninguém sabe até que idade os seres humanos poderão viver.

3. Responda às perguntas.
3.1. Que tipo de doenças é que a medicina já permite evitar?

s 3.2. Como evoluiu a esperança de vida à nascença no século xx?

3.3. Que limite de longevidade para o ser humano sugere o entrevistado?

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i ss i


e IV. COMENTÁRIO

De que modo é que a situação que, segundo o entrevistado, resultará do desenvolvimento da


medicina afetará a vida das pessoas?

Haverá outros fatores que possam contrariar o aumento da esperança de vida?

o V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "ficariam senis" (1. 5)

Escreva o plural das palavras que se seguem.

1. senil 6. cônsul

2. anzol 7. débil

3. mal 8. pincel

4. civil 9. infantil

5. suscetível 10. azul

B. "quais são as doenças a que cada um de nós é[ ... ] suscetível" (1. 14), "Duplicou[ ... ], o que foi uma
coisa extraordinária" (1. 21-22), "A noção~ eu queria deixar muito clara" (1. 26)

Construa uma única frase a partir das frases dadas utilizando (ola) que na forma correta.

1. A genética tem progredido muito. Isso permitirá evitar algumas doenças.

A genética _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

2. A questão é muito complexa. Ele tentou responder a essa questão.

A questão _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

3. As doenças infantis mais graves já podem ser evitadas. Essas doenças são as doenças infeciosas.

As doenças infantis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

4. As doenças infantis mais graves já podem ser evitadas. Isso faz aumentar a esperança de vida.

As doenças infantis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

1 561 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


e. "por mais que se estique a corda" (1. 7), "Mesmo que lhe tire o tumor" (1. 11 ), "quer seja geneticamente,
guer seja [ ... ]" (1. 16), "pode levar é a que todos nós morramos" (1. 29)

Reescreva as frases, usando uma das expressões sublinhadas nos excertos acima.

1. Pode ser de velhice ou de doença, mas todos os seres vivos morrem.

2. Com o progresso científico, um dia todos chegarão aos 100 anos.

3. As pessoas podem tentar ter uma vida saudável, mas ainda não é possível eliminar o peso da
genética.

4. As doenças poderão ser evitadas no futuro. Mesmo assim, a morte é inevitável.

TEXTO
RT: Uma resposta a esta questão implica um palpite, já que não sabemos quase nada sobre o que
geneticamente determina a longevidade de uma espécie. Um exemplo: um pintassilgo pode viver até aos
doze anos, um ratinho branco, que tem um tamanho semelhante ao pintassilgo, chega aos três anos. Se,
com tanto progresso, a ciência consegue explicar esta diferença? Não. O que sabemos só parece baralhar
a questão. Na natureza, os animais não chegam habitualmente à idade em que ficariam senis. Então, como
é que acontece a seleção natural da longevidade das espécies? Com tantas dúvidas, sobra uma certeza,
diz António Coutinho, diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência: por mais que se estique a corda da
longevidade, todos temos um limite.
AC: Claro que há um limite! Por exemplo, há gatos que duram 18 anos, que é uma coisa ... Andam ali,
arrastam-se, coitadinhos, já têm reumatismo por toda a parte, e não sei o quê ... Mas acabam por morrer
com um tumor, não ... Mesmo que lhe tire o tumor, vão morrer de velhos. E nós também. Éevidente que os
progressos da medicina, sobretudo o que se chama a medicina preditiva e preventiva, com os avanços da
genética, e da genética das doenças mais comuns, da genética complexa, como se diz, pois, vai permitindo
cada vez mais prever quais são as doenças a que cada um de nós é especificamente suscetível. Ninguém
adoece por acaso, como se costuma dizer. E se ninguém adoece por acaso, é porque as coisas estão
determinadas, quer seja geneticamente, quer seja pelo que nós fazemos ao longo da vida. E, nesse sentido,
é verdade, para quase todas as doenças importantes, que o peso da genética e o peso do ambiente é mais
ou menos fifty-fifty. E, portanto, é verdade que, se ninguém adoece por acaso, é possível, de alguma maneira,
evitar as mortes que são devidas a doenças. Isso já está feito para as doenças infantis mais terríveis, para as
, doenças infeciosas, e foi isso que enormemente fez aumentar a esperança média de vida à nascença, que
duplicou essencialmente no século xx. Duplicou, passou de trinta e tal anos para setenta e tal anos, o que
foi uma coisa extraordinária. Portanto, aproximamo-nos do que vai ser o limite da longevidade da espécie.
Eu acho que [ ...] o que a medicina moderna e a ciência moderna nos pode levar é que todos morramos
de velhos, e não de doenças. E, portanto, isso é o objetivo atual. Agora, não sabemos bem quando é que é
morrer de velho. Mas deve ser morrer pelos cem, mais ou menos, quer dizer, não sei. .. Isto .. . Agora, estou
a dar palpites, como os outros todos. A noção que eu queria deixar muito clara é que não há conhecimento
científico sobre o controle genético da longevidade. Obviamente que tem um controle genético, esta coisa. Os
homens não morrem como moscas, portanto, há um controle genético disto, que é característico da espécie,
daquele genoma, e onde a medicina nos pode levar é a que todos nós morramos de velhice e não de doenças.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i s1 I


VINHOS
PORTUGUESES

1. PREPARAÇÃO
•!!: ....... .

1}:,c
1i·· '·•-:·•··
1s ) Vai ouvir um excerto de uma emissão do programa Negócios e Empresas, de Ana Maria Ramos,
com a participação de Jorge Monteiro.

Costuma beber vinho? Que tipo de vinhos portugueses conhece? Qual a sua opinião sobre esses
vinhos?

ll.fl li. VOCABULÁRIO


Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. ação de formação D 1. relativo à produção de vinho


b. hotelaria D 2. escanção, profissional especializado na degustação
e avaliação dos vinhos
e. sommelier D 3. aula ou curso orientado para a atividade profissional
d. vinícola D 4. informação registada em papel
e. vinhos tranquilos D 5. atividade profissional relacionada com a administração
de hotéis
f. suporte escrito D 6. vinhos não gasosos com teor alcoólico entre 8° e 15°

Ci) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Selecione a opção correta.


1.1. As ações de formação da Wine Academy ou Academia Vinhos de Portugal
a. destinam-se a empresas que querem entrar no mercado alemão.
b. vão ter lugar durante um período de dois meses e em várias cidades.
e. têm como objetivo informar o público em geral sobre os vinhos portugueses.
1.2. Os participantes
a. receberão todos o título de Embaixador de Vinhos Portugueses.
b. terão à sua disposição ações de formação de níveis diferentes, mas com a mesma duração. !1

e. são estudantes de hotelaria ou sommeliers.


1.3. Este tipo de ações de formação
a. já foi realizada em mais de um mercado.
b. já se realizou na Alemanha há dois anos.
e. realiza-se, este ano, apenas na Alemanha.

i ss i PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

1.4. A ViniPortugal
a. tem previstas cerca de cem ações de formação da Academia Vinhos de Portugal.
b. vai realizar outras ações, além das da Academia Vinhos de Portugal, em vários países.
e. espera, este ano, ter entre 300 a 500 formandos, no conjunto das suas ações.

2. Responda às perguntas.
2.1. Em que meses é que os Vinhos de Portugal realizaram ações de formação em várias cidades alemãs?

2.2. Qual é o cargo de Jorge Monteiro na ViniPortugal?

2.3. Qual é a posição da Alemanha como destino das exportações vinícolas portuguesas?

2.4. Quantos níveis de formação foram criados?

2.5. Em que países é que o programa foi iniciado há dois anos?

3. Explique o significado da expressão "trabalhar como a formiga'~

e IV. COMENTÁRIO

Os vinhos portugueses são conhecidos e consumidos no seu país? Parece-lhe que a forma de promover
os vinhos descrita na entrevista pode ser eficaz? Porquê?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "três, quatro, cinco centenas" (1. 14)

Complete o quadro de acordo com o exemplo.

3 X 100

1. 4X12

2. 6 X 1 000 000

3. 1 X 1000

4. 2 X 10

5. 1 X 1 000 000 000 000

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO j sg l


B. "em Berlim" (1. 2), "na Alemanha" (1. 13), "ao Brasil" (1. 18)

Complete as frases com as preposições adequadas e com os artigos, se necessário.

1. Durante a viagem _ _ _ _ Brasil, passaram _ _ _ _ São Paulo e _ _ _ _ Rio de


Janeiro.

2. Ela viaja imenso! Chegou hoje _ _ _ _ Marrocos e na próxima semana parte _ _ _ __


Canadá.

3. Ele é _ _ _ _ Angola, mas já viveu _ _ _ _ Cabo Verde e _ _ _ _ Guiné-Bissau.

4. Ele já esteve _ __ _ Porto, _ _ _ _ Coimbra e _____ Figueira da Foz. Agora, quer


ir _ _ _ _ Évora e _ __ _ Algarve.

5. Nós costumamos passar as férias _ _ _ _ Espanha, mas este ano vamos _ _ _ _ Açores
ou _ _ _ _ Madeira.

C. "o trabalho de formiguinha" (1. 11)

,.. Escreva o diminutivo das palavras que se seguem.

1. homem 5. mosca

2. devagar 6. anel

3. cão 7. café

4. pequeno 8. papel

D. "educá-los sobre os vinhos" (1. 7), "explicar-lhes" (1. 11)

,.. Complete as frases com o verbo indicado e o(s) pronome(s) adequado(s) na forma correta.

1. Eles não compraram os vinhos ontem, _ _ _ _ _ _ (comprar) hoje.

2. Se vocês não compreenderam bem, posso _ _ _ _ _ _. (explicar)

3. Dei todos os documentos ao António, porque ele _ _ ____. (pedir)

4. Ela não fez o trabalho depressa, mas _ _ _ _ __ (fazer) muito bem.

5. O senhor não precisa de levar a caixa, eu posso _ _ _ _ __ . (enviar)

6. Já lhe enviei as encomendas. O senhor deve _ _ _ _ _ _ (receber) em breve.

7. Não leves as chaves. _ _ ____ (pôr) em cima da mesa.

8. Não encontro os meus óculos. Vou _ _ __ _ _ . (procurar)

160 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


e. Complete o crucigrama usando palavras do texto. Escreva os nomes no singular, os adjetivos no
masculino singular e os verbos no Infinitivo.

1. Pessoa que compra produtos para usar


2. Cada um dos graus de um grupo
ordenado (de inferior a superior)
3. Posição ou situação social de uma
pessoa 9 12
4. Objetivo, ponto que pretendemos
15
atingir
14
5. Planeado, que supomos que vai
acontecer 2 11
6. Escolher, decidir-se por 3
7. Que recebeu o nome 10
8. Simultâneo, que segue na mesma
direção; que se encontra sempre à
13
mesma distância
9. Dominar, ter sob o seu poder, por meio
de armas ou com esforço 4
1O. Pequeno inseto que vive em colónias 5
11. Que quer obter um alto nível de
qualidade
6 7
12. Lugar a que se dirige alguém ou alguma
coisa
8
13. Alto, superior
14. Espaço de tempo entre o início e o fim
de uma coisa
15. Ação destinada a aumentar as vendas de
um produto

TEXTO
O AMR: Os Vinhos de Portugal optaram por trabalhar como a formiga e, durante os meses de outubro e
novembro, realizam várias ações de formação em Berlim, Colónia, Munique, Heidelberg para conquistar
o mercado alemão. A figura de estilo é do presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro, para as ações da
chamada Wine Academy, previstas com estudantes de hotelaria e sommeliers, para conquistar o mercado
O- até agora sétimo destino das exportações vinícolas portuguesas e o segundo mercado dos chamados
"vinhos tranquilos".
JM: A melhor forma de conquistar os consumidores e os profissionais é educá-los sobre os vinhos portugueses.
Criámos a assinatura Academia Vinhos de Portugal, desenvolvemos quatro níveis de formação - o mais
elevado dá um estatuto de Embaixador de Vinhos Portugueses. Essas ações de formação têm durações
variadas, portanto estamos a falar de uma forma de trabalhar o mercado que é muito mais exigente, muito
mais o trabalho de formiguinha, de andar com copos e com suportes escritos a explicar-lhes no que é que
os vinhos portugueses são diferentes dos vinhos do resto do mundo. Nós, nalguns mercados, já iniciámos
este programa há dois anos, é o caso dos Estados Unidos e do Brasil; estamos agora este ano na Alemanha,
mas também na Noruega e na Suécia. E estamos a falar em chegar a cerca de três, quatro, cinco centenas de
'1:7 alunos, chamemos-lhe assim, durante essas ações por ano, em cada um desses mercados.
AMR: A Alemanha, ao lado dos países escandinavos, são assim o alvo das ações de promoção da ViniPortugal
nos próximos dois meses, que, em paralelo às academias de formação, tem prevista uma centena de outras
ações até final do ano em mercados que vão dos Estados Unidos ao Brasil, Canadá, Bruxelas e China.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 161 1


AULAS ONLINE

1. PREPARAÇÃO

16} Vai ouvir vários excertos de uma emissão do programa Rádio.com, de João Paulo Meneses e
Joaquim Dias, que apresentam as opiniões de cinco professores universitários sobre a realização
de podcasts das aulas.

Atualmente, muitas universidades fazem registos áudio ou vídeo de aulas e divulgam esses
podcasts, para os alunos ou mesmo para qualquer pessoa interessada, através da Internet.

Qual é a sua opinião sobre esta prática? Parece-lhe útil? Para quem e em que circunstâncias?

~.

fllJf li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. assíncrono 1. excerto, parte de um texto ou música

b. recorrer a 2. pressão, embaraço, falta de à-vontade

e. constrangimento 3. fazer desaparecer, eliminar

d. visionar 4. que não acontece ao mesmo tempo

e. a posteriori 5. ver num ecrã

f. porventura 6. sugestão ou informação útil

g. no seio 7. fazer surgir, dar origem a

h. viável 8. utilizar, usar

i. anular 9. que pode ser realizado

j. dica 1O. no interior

k. veicular 11. talvez

1. suscitar 12. transmitir

m. trecho 13. mais tarde

n. assistência 14. público

l 62 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1

L.,,.
o
o

Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

16 ~ Ouça as opiniões dos seguintes professores: (1) António Batel, professor de Matemática,
(2) Arménio Rego, professor de Gestão e Comportamento Organizacional, (3) João Torrão,
professor de Latim e Estudos Clássicos, (4) António Nogueira, professor de Biologia, e
(5) Armando Neves, professor de Física.

1. As frases abaixo correspondem à opinião de algum professor? Se sim, qual ou quais?

1 2 3 4 5

a. Os podcasts podem ser úteis para os alunos que não puderam estar
presentes numa aula.
-------- ················· ···········································-----·-

b. Se tiverem acesso a podcasts, os alunos podem participar mais


ativamente na aula, porque não precisam de tomar notas.

e. Os podcasts podem contribuir para uma maior motivação dos alunos


e estimulá-los, porque podem ser ouvidos em qualquer momento.
----·········•··•····----·····

d. Dar uma aula na presença dos alunos e gravar uma aula para ser
ouvida ou visionada são coisas completamente diferentes.

e. Em situações em que os alunos se encontram longe, será útil poder


usar podcasts e alguma forma de comunicação com o professor.

f. O professor deve usar quaisquer meios que lhe permitam atingir os


seus objetivos.

g. A utilização de podcasts pode vir a reduzir o tra ba Iho dos professores,


porque pode substituir algumas aulas.

h. É importante que os alunos não vejam os podcasts como uma forma


de substituir a presença nas aulas.

2. Quem tem a opinião mais positiva sobre o uso de podcasts? E mais negativa?

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO / 63 /


IV. COMENTÁRIO

til Na sua opinião, os avanços tecnológicos e as mudanças sociais estão a mudar o papel desempenhado
pelas universidades? Que novos desafios se colocam ao ensino universitário?

V. OUTRAS ATIVIDADES
A. "apelasse" (1. 6), "recorrer" (1. 8), "incorremos" (1. 20), "anularia" (1. 37), "veicular" (1. 41 ), "seja cumprido" (1. 52)

Complete as frases com um dos verbos listados acima na forma correta e, se necessário, com uma
preposição adequada.
1. Ele é muito competente. Não acredito que _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (esse) erro.
2. Se todas as promessas _ _ _ _ _ _ _ _ _____, a situação melhorará significativamente.
3. O Vítor (os) colegas para que participassem nas atividades previstas.
4. Se não chegarem a um acordo, eles _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ todos os meios para defenderem-
ª sua posição.
5. Se aprovarem um novo regulamento que _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ as decisões que foram
tomadas anteriormente, muitas pessoas vão ficar descontentes.
6. Não partilho as opiniões que essa revista _ _ _ _ _ _ _ _ __

8. "pode ter aspetos preocupantes" (1. 55)

Complete o quadro de acordo com o exemplo.

um aspeto que preocupa


1. um trabalho que cansa
2. atividades que relaxam
3. um barulho que incomoda
4. um discurso que tranquiliza
5. resultados que animam
6. uma decisão que surpreende
7. uma situação que assusta

TEXTO
A. Batel: Eu acho extremamente interessante tu poderes ouvir programas, poderes ter uma série de gravações
no carro, num sítio qualquer, em que possas ouvir de uma forma assíncrona, ou seja, de uma forma diferenciada,
à hora que te apetecer, à hora que quiseres. Eu acho que isso é fantástico, quer dizer, acho que o podcast veio,
no fundo, acabar com a limitação que tu tinhas de poderes ouvir coisas que tu queres fora do tempo em que
1
elas passam. [ ... ] Não deixaria de ser interessante ter uma aula gravada, uma aula gravada com áudio, com
vídeo, em que se apelasse aos alunos, em que se mostrasse aos alunos o que é que ia ser a aula, ou parte das
aulas, e ter isso gravado em formato que os alunos possam levar para casa, possam assistir, se calhar possam

1641 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


até tirar dúvidas de uma forma completamente diferente do que estão habituados, sem terem de recorrer
aos apontamentos. Isso pode ser também uma forma de os alunos tomarem atenção na aula, em vez de
escreverem na aula, em vez de tomarem os apontamentos todos, podem, se calhar, estar muito mais atentos
àquilo que se diz, pôr as questões que são necessárias, e depois levar para casa a aula do professor e aí tirar
todos os apontamentos e verificar tudo o que foi dito. A outra forma que eu via de utilização destas aulas é,
por exemplo, nos aspetos da cooperação, no aspeto da cooperação mais geral em que, por exemplo, estamos
numa universidade, imaginamos, dos PALOP, em que não podemos fazer o curso todo, não podemos estar lá
presencialmente, gravar essas aulas e enviá-las e lá serem visionadas, e depois receber as perguntas de outra
forma qualquer, até em podcast, quem sabe, e responder a essas perguntas; acho que cria uma dinâmica muito
interessante.[ ... ]
A. Rego: Imagino-me a lecionar as minhas aulas, aqui, por exemplo, televisionadas. Há um conjunto de
constrangimentos que eu sentiria, e os próprios alunos também. Eeu creio que a lógica é um bocadinho distinta.
E a certa altura nós incorremos no risco de nem fazer bem uma coisa nem fazer outra; nem lecionar bem uma
aula para os alunos que temos na nossa frente, nem lecioná-la para quem vai visioná-la a posteriori. E de modo
que eu creio que as fronteiras deviam ser bem definidas. Ou seja, eu para fazer uma aula televisionada tinha que
me preparar de outro modo, tinha que estruturar a aula de outro modo. E tinha, porventura, que me cuidar em
aspetos relacionados com ritmos, com tom de voz, com os exemplos, com a interação no seio do grupo. [... ]
Eu acho que há benefícios na aula presencial que não se obtêm na aula visionada ou ouvida, não é? Por exemplo,
nas minhas aulas costumo usar exercícios de auto e de heteroavaliação. Isto não é viável na aula, digamos,
televisionada ou gravada só em regime áudio. E, portanto, eu creio que algumas coisas se poderão perder, agora
ganham-se outras coisas, designadamente a possibilidade que um aluno tem, por exemplo, de, não tendo
podido frequentar a aula, poder ter o acesso a ela quando bem entender. Isso é uma vantagem. Acho que não se
devem substituir.[ ... ]
J. Torrão: Não tenho absolutamente nada contra, não é paralelo a uma aula, já que a dinâmica é necessariamente
diferente. Eu terei que falar para uma máquina que depois reproduz apenas aquilo que eu disse. Numa aula,
eu falo para alunos que me interrogam, que, pelo simples olhar, vejo se percebem, se não percebem, e paro o
meu discurso consoante as reações deles. Com isto, não. Eu vou-lhe dar um exemplo que não se está a aplicar,
mas que se poderia aplicar. Eu tenho alunos no 5.0 ano que são estagiários, mas que estão na Covilhã. Eu utilizo
para eles o ensino à distância, não com estas ferramentas, não é. Mas seria uma das situações onde poderia ser
aplicado. Agora, isso não anularia, na minha ótica, e não anula, a necessidade de os alunos interagirem comigo,
para esclarecimentos de dúvidas, coisas que não percebem, "dicas" que as minhas intervenções lhes poderiam
dar; essa interação professor-aluno, considero-a fundamental. [... ]
' • A. Nogueira: Eu concordo com algumas correntes que defendem que os podcasts devem ser curtos, no máximo
quinze, vinte minutos, em que, digamos, se pretende veicular determinada informação no sentido de suscitar
a necessidade de ir mais além, descobrir mais ... um pouco mais sobre o assunto. Portanto, não considero o
podcast como um substituto da aula, mas como um auxiliar, que pode ser um auxiliar precioso, nomeadamente
a um aluno que, por exemplo, falta a uma aula ou um aluno que tenha necessidades especiais, porque tem mais
dificuldade de apreensão daquilo que lhe é transmitido num dado momento, e pelo facto de poder ouvir duas,
três vezes aquilo que quiser, ou trechos específicos, vai-lhe dar a possibilidade de interiorizar e talvez metabolizar
um pouco melhor essa informação. [... ] Enquanto docentes, o mais importante não será tanto transmitirmos
conhecimentos, mas, sobretudo, estimularmos nos alunos a necessidade da descoberta, o quererem saber mais,
o quererem ir mais além. Nesse aspeto, os podcasts podem, de algum modo, compensar a falta de motivação que
um aluno pode ter na aula, por um determinado momento particular. Se tiver a oportunidade de assistir àquilo,
alguns até acham muito conveniente, porque podem assistir às aulas quando quiserem. No entanto, desde que o
objetivo final seja atingido, ou seja, de que o nosso papel enquanto tutores, digamos assim, seja cumprido, penso
que será um pouco irrelevante se ele é cumprido diretamente na sala de aula ou se se estende para além da sala
de aula.[ ... ]
A. Neves: Tem aspetos interessantes e pode ter aspetos preocupantes, as duas coisas estão um bocado ... bem,
como tudo, não é? Por um lado, eu acho que pode ser um instrumento útil. A pessoa pode, mais tarde, a estudar,
querer rever qualquer material, portanto, e será mais um meio auxiliar. Acho que já será preocupante se isso
for numa perspetiva de substituição das aulas, porque obviamente não me parece que, se não se tiver cuidado,
digamos, na preparação dos materiais, não é a mesma coisa gravar uma aula que eu estou a dar, digamos, ao
• 1 vivo, para uma assistência em que, digamos, há uma empatia, eu sei para onde é que eu estou a ir, acompanho ...
posso, digamos, variar a velocidade a que exponho ou os tópicos que eu introduzo, mesmo que não estejam
programados. Isso é muito diferente daquilo que é uma apresentação para alguma coisa que vai ser preparada
para ser vista mais tarde, com outros meios. Portanto, há aqui diferenças que não são tão de pormenor. E, portanto,
depende muito da maneira como é usado. Se fosse como substituição, acho que não, acho que até poderá ser,
digamos, perigoso.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 165 1


LIVROS SOBRE
UNIDADE
O ORIENTE

1. PREPARAÇÃO

11 } Vai ouvir duas emissões do programa O Livro do Dia, em que Carlos Vaz Marques apresenta os
livros Paisagens da China e do Japão, de Wenceslau de Moraes, e Toda a China, de António Graça
de Abreu.

~-j
Gosta de ler livros de viagens? Porquê? Lembra-se de algum livro de viagens que leu?

.~.

li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. ímpar 1. existir em grande quantidade

b. elo 2. que escreve crónicas

e. testemunho 3. que tem mil anos

d. soterrado 4. abranger, incluir

e. ilustração 5. anel de uma corrente, pequena argola

f. cronista 6. declaração de uma testemunha, relato do que se presenciou,


prova
g. vasto 7. nome, denominação

h. designação 8. que não tem par, único

i. sinólogo 9. coberto de terra, enterrado

j. milenar 10. descrever, delinear

k. abundar 11. muito grande, extenso

1. abarcar 12. revelar, dar a conhecer

m. traçar 13. especialista em assuntos relativos à China

n. desvendar 14. imagem que acompanha um texto

1661 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Para cada livro, Paisagens da China e do Japão (1) e Toda a China (2), e de acordo com os textos,
indique se a informação contida nas frases seguintes é referida ou não.
Pode haver casos em que seja necessário assinalar ambos os livros ou nenhum.
1 2

a. O autor publicou outros livros sobre o mesmo tema.

b. O autor viveu vários anos fora de Portugal.


······--~-·····~··

e. O autor foi militar.

d. O autor foi professor.

e. O livro já teve mais de uma edição.

f. O livro está dividido em dois volumes.

g. O livro inclui fotografias tiradas pelo autor nas suas viagens.

h. O livro tem mais de vinte capítulos.

i. O autor fez desenhos que são reproduzidos no livro.

j. O livro inclui observações e comentários do autor sobre a realidade local,


assim como lendas que recolheu.

k. O livro procura dar informação bastante completa e sistemática sobre o país.

2. Responda às perguntas relativas ao texto sobre o livro Paisagens da China e do Japão, de


Wenceslau de Moraes.
2.1. Em que época é que a obra de Wenceslau de Moraes teve grande influência em Portugal?

2.2. Em que país é que ele fixou a sua residência?

2.3. Quando tinha sido feita a última reedição desta obra?

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO [ 67 [


3. Responda às perguntas relativas ao texto sobre o livro Toda a China, de António Graça de Abreu.
3.1. Em que cidades é que António Graça de Abreu viveu?

3.2. Segundo o texto, qual é a área da China?

3.3. Como é que a obra está organizada?

Gostaria de ler algum dos livros apresentados? Porquê?

Parece-lhe que, hoje em dia, a facilidade de viajar e de aceder a fontes de informação sobre outros
países e regiões reduz o interesse pelos livros de viagens?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "o único testemunho" (1. 4), "está hoje soterrada" (1. 6), "uma nova editora vocacionada" (1. 8-9), "como
na inserção" (1. 12), "onde abundam assimetrias" (1. 24), "é difícil abarcar" (1. 26), "o autor traça" (1. 29)

Complete as frases com as palavras sublinhadas, fazendo as alterações necessárias.

1. Nos meses de verão, nesta região, os turistas _ _ __ _ _


2. Um problema grave é a _ _ _ _ _ _ dos imigrantes na sociedade.
3. Na sequência do sismo, muitos edifícios ruíram e muitas pessoas ficaram _ _ _ _ __
4. O conferencista conseguiu _ _ _ _ _ _ uma síntese muito clara da situação.
5. A vista do alto da colina _ _ _ _ _ _ todas as aldeias do vale.
6. O _ _ _ _ _ _ dele foi fundamental para a condenação do criminoso.
7. Esta empresa não está _ _ _ _ _ _ para esse tipo de negócios.

B. "um dos nossos pouquíssimos sinólogos" (1. 20)

Complete o quadro de acordo com o exemplo.

pouco 6. pobre

1. amigo 7. antigo

2. amável 8. largo

3. simples 9. seco

4. difícil 10. famoso

5. feliz 11. hábil

l 6s l PORTUGUÊS PELA RÃD1O 1


e. "à falta de melhor designação" (1. 20), "as tarefas que o sinólogo tem pela frente" (1. 22), "o país mais
populoso à face da Terra" (1. 26)

As frases abaixo contêm outras expressões com as palavras falta, frente ou face. Complete-as com as
preposições adequadas, contraídas com o artigo, se necessário.

1. Ele não respondeu a todas as perguntas _ _ _ falta _ _ _ tempo.

2. O trabalho tem de estar pronto amanhã ao meio-dia, _ _ _ falta.

3. Ainda demora um pouco. Estão duas pessoas _ _ _ sua frente.

4. Eles encontraram-se finalmente frente frente.

5. _ _ _ face _ _ _ circunstâncias, eles foram obrigados a alterar a sua estratégia.

6. A empresa tem tido um bom desempenho face _ _ _ dificuldades do sector.

TEXTO
(1)
CVM: O papel de Wenceslau de Moraes na cultura portuguesa é absolutamente ímpar. Foi ele o elo de ligação
entre Portugal e o Oriente na segunda metade do século x1x e no princípio do século xx. Wenceslau de
Moraes foi como militar para Macau e descobriu depois o Japão, onde viria a fixar-se. Os livros que escreveu
foram durante décadas o único testemunho, em bom português, de uma realidade exótica e estranha aos
costumes dos portugueses.
Infelizmente, boa parte da obra de Wenceslau de Moraes está hoje soterrada pelo tempo e pela indiferença.
Era o caso, até agora, do livro Paisagens da China e do Japão, um livro publicado em 1906 e que não era
reeditado em Portugal desde 1938. É esse livro que inaugura agora o catálogo de uma nova editora
vocacionada para um olhar sobre o Oriente, a editora Livro de Bordo. Paisagens da China e do Japão, a que
• o autor chamou "um livro de contos': é um misto de recolha de lendas, de observações antropológicas, de
reportagem e de livro de viagens. A publicação, extremamente cuidada, reproduz a segunda edição da obra,
tanto no grafismo como na inserção das ilustrações com que o autor sempre fazia acompanhar os textos
que escrevia. O olhar de Wenceslau de Moraes é o de um cronista, simultaneamente próximo e exterior,
interpretando o que vê com o conhecimento que tem da realidade local, mas sempre com uma atenção
aguda para o exotismo daquilo que encontra.
(2)
CVM: A China é um país de tal forma vasto que conhecê-la é um projeto de uma vida inteira. Éprecisamente
esse projeto que anima, há décadas, António Graça de Abreu. Depois de ter vivido durante seis anos em
Xangai e Pequim, Graça de Abreu continuou a viajar pelo mundo chinês ou, como se escreve neste livro,
"da Manchúria às fronteiras com o Laos, da Mongólia Interior a Taiwan, de Macau ao Tibete:' António Graça
de Abreu é, à falta de melhor designação, um dos nossos pouquíssimos sinólogos. Ele próprio confessa
ter dificuldades com o termo. "O que é um sinólogo?': pergunta na introdução a este livro, para responder
logo de seguida que as tarefas que o sinólogo tem pela frente são demasiadas especializações para um
ser humano que tem diante de si 1400 milhões de habitantes, uma civilização cinco vezes milenar, num
território enorme, 9,6 milhões de quilómetros quadrados, o tamanho da Europa, onde abundam assimetrias
e diferenças de todo o tipo.
Apesar desta consciência de como é difícil abarcar o país mais populoso à face da Terra, António Graça de
Abreu atirou-se à tarefa de conhecer"toda a China''. E foi esse título que deu a este livro em duas partes, de
que sairá um segundo volume no próximo ano. Cada capítulo corresponde a uma das 23 províncias chinesas
e o autor traça, num registo que cruza a informação de carácter enciclopédico com a crónica de viagem, as
particularidades que distinguem as diferentes regiões da China. O objetivo é ambicioso e está enunciado no
subtítulo da obra: Descobrir, desvendar, entender o mundo chinês.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1691


UNIDADE ILHA DO PICO

® 1. PREPARAÇÃO

1s } Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Encontros com o Património, em que Manuel
Vilas-Boas entrevista Manuel Costa Júnior, diretor do Museu do Pico (Açores).

Observe e comente as imagens, que documentam uma atividade que já foi muito importante para a
economia desta ilha açoriana.

l~IÍIIÍI
U li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. baleação 1. elevar-se, chegar a uma posição elevada

b. quartel 2. chegada, aparecimento

e. guindar-se 3. primeiro lugar, superioridade

d. primazia 4. videira para plantar, vinha nova

e. carente 5. caça à baleia

f. vinhedo 6. relativo a lava, matéria expelida por vulcão

g. lávico 7. teimosia, persistência

h. áureo 8. conjunto de vinhas, terreno plantado com videiras

i. bacelo 9. quarta parte, período de 25 anos

j. engenho 1O. navegação costeira

k. obstinação 11. que tem falta, que tem necessidade

1. desígnio 12. projeto, intenção

m. advento 13. talento, habilidade

n. cabotagem 14. relativo a ouro ou a riqueza, prosperidade

j 10 1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Selecione a opção correta.


1.1. A caça à baleia
a. apesar da sua curta duração, foi a atividade económica mais importante durante esse período.
b. não foi a atividade principal, mas contribuiu positivamente para as condições económicas.
e. durou pouco tempo e não influenciou significativamente o nível de vida das populações.
1.2. A baleação
a. começou na ilha do Pico, por ser a mais pobre.
b. constituiu o ciclo económico mais próspero da ilha do Pico.
e. desenvolveu-se mais na ilha do Pico do que nas restantes ilhas.
1.3. A ilha do Pico
a. nunca produziu cereais suficientes por falta de terra cultivável.
b. só produz cerca de 4% dos cereais necessários.
e. teve de usar terra trazida de outras ilhas para cultivar cereais.
1.4. Segundo o texto,
a. as vinhas plantadas na ilha do Pico foram trazidas do Faial.
b. muitos habitantes do Pico foram para o Faial para poderem cultivar mais terras.
e. no Pico, a produção de vinho deu origem a um período de grande prosperidade.
1.5. O entrevistado diz que
a. a diversidade geográfica e geológica da ilha do Pico favoreceu o desenvolvimento de
múltiplas atividades económicas.
b. os habitantes do Pico tiveram de se dedicar a diversas atividades para garantir a sua
subsistência.
e. a ilha do Pico sempre foi a mais pobre dos Açores, mas os habitantes não podiam partir
para as outras ilhas e tiveram de se adaptar.
2. Responda às perguntas.
2.1. Qual foi a época da caça à baleia nos Açores?

2.2. Segundo o entrevistado, por que motivo os habitantes da ilha do Pico são os açorianos mais
:§ multifacetados?


1

2.3. Indique algumas das atividades a que se dedicavam os habitantes da ilha do Pico.
(Q)

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i 11 1


e IV. COMENTÁRIO

A caça à baleia foi proibida nos Açores. Concorda com a proibição total da caça ou pesca de espécies
em risco de extinção? Parece-lhe que é eficaz para a proteção da fauna? Porquê?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "uma atividade nuclear" (1. 5), "isso é particular" (1. 1O), "carente de cereais, sempre deficitária" (1. 14),
"grande extensão" (1.19), "essa dureza, essa enorme rudeza" (1. 24), "um grande engenho e uma grande
tenacidade" (1. 26), "foi uma obstinação" (1. 26-27)

Escreva as palavras sublinhadas no quadro de acordo com o exemplo e, em seguida, complete-o.

1. o
2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

B. "o açoriano mais multifacetado" (1. 32)

Complete as frases com palavras iniciadas por multi.

1. Nas grandes cidades, há cada vez mais pessoas originárias de outros países, com diferentes línguas
e culturas, criando uma sociedade verdadeiramente _ _ _ _ _ _ _ e _ _ _ _ _ __

2. Ele é extremamente rico! É _ _ _ _ _ __

3. É uma empresa------~ com fábricas em vários países.

4. O projeto envolve especialistas de várias áreas científicas. É, realmente, _ _ _ _ __

5. Esta parte do edifício é um espaço _ _ _ _ _ __, que pode ser usado para diversas atividades.

6. É um pássaro _ _ _ _ _ _ : tem penas amarelas, verdes, azuis ...

7. Para estar protegido contra qualquer tipo de problema, convém fazer um seguro _ _ _ _ __

J 12 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


e. "nunca nada chegava" (1. 28)
Reescreva as frases, substituindo as expressões sublinhadas pela forma negativa e fazendo todas as
alterações necessárias.

1. Ele faz sempre alguma coisa.

2. Todos receberam alguma coisa.

3. Todos os alunos chegam sempre a horas.

4. Eles deixam sempre algum assunto por resolver.

5. Todos compram sempre alguma coisa nas promoções.

TEXTO
MVB: Doutor Manuel Costa Júnior, de que modo é que a população destas ilhas, e falamos dos Açores,
estava associada à economia decorrente da caça à baleia? Era decisiva, essa atividade?
MCJ: Era decisiva. E era decisiva porque eram ilhas muito pobres, com défices crónicos do ponto de vista
cerealífico [cerealífero], do ponto de vista alimentar, e portanto, a baleação aparece como um fator de
complementaridade, é uma atividade económica complementar, acessória, não é uma atividade nuclear.
Éuma atividade [que] ocupa, mais ou menos, pouco mais de um século. Inicia-se no último quartel do século
x1x e acaba no último quartel, sensivelmente, do século xx. E é uma atividade que, de facto, tem um peso
importante no modo como as famílias, que viviam de forma muito difícil e com uma subsistência muito,
muito difícil, muito complexa, e, de facto, complementam essas dificuldades familiares com a caça à baleia.
Esta ilha do Pico, isso é particular, não é por acaso que esta ilha rapidamente se transforma no centro - não
inicia, se calhar, o processo de baleação, é um processo transversal e de todas as ilhas, mas rapidamente se
guinda a um patamar de primazia nesse processo económico, porque a ilha do Pico é a ilha mais pobre dos
Açores. É uma ilha que tem uma relação, digamos, muito difícil com a terra, só 4% da ilha do Pico é cultivável.
E, portanto, é uma ilha muito pobre, carente de cereais, sempre deficitária, e a baleia é o suplemento.
MVB: E, por isso, andou a pedir terra aqui à ilha mais próxima, o Faial.
MCJ: É, isso é uma coisa pitoresca, mas é uma coisa interessante, que se deve dizer, porque é um facto
histórico e nós temos isso verdadeiramente documentado no Museu do Vinho, que é, digamos, a plantação
dos vinhedos, principalmente na zona da Fronteira da ilha do Pico - estou a falar daquela zona que medeia
entre Santa Luzia, São Caetano a sul, até Santa Luzia a norte-, essa grande extensão lávica que foi depois
explorada do ponto de vista económico com a introdução do vinho verdelho, que foi também um ciclo
áureo desta ilha, talvez o mais poderoso; essa terra vinha do Faial, não havia terra no Pico para se poder
plantar os bacelas.
MVB: Se calhar por isso também é que é Património Mundial da Humanidade.
MCJ: Claro que essa dificuldade, essa dureza, essa enorme rudeza desta ilha; [é] foi uma ilha sempre mártir.
Esta é uma ilha mártir do ponto de vista geológico. Mas essa dureza, essa rudeza da geografia e da geologia
acabaram por determinar também um grande engenho e uma grande tenacidade. Ficar aqui foi uma
obstinação, ficar aqui foi um desígnio, uma enorme tenacidade que obrigou os homens do Pico a ficar. E, por
isso, o advento do vinho e, por isso, a baleação em força. Nunca nada chegava. O meu pai dizia, muitas vezes,
"Manuel, aqui, nunca uma coisa ou duas chega. Nós temos que ser da terra e do mar, nós temos que ter as
• terras para semear e cultivar, temos que ter os pomares, temos que ter a pesca do tráfego local, temos que
ter a baleação, temos que ter a cabotagem, nós temos que ser muita coisa ao mesmo tempo''. É, de facto, o
açoriano mais multifacetado da Região Autónoma dos Açores.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO [ 73 [


UNIDADE A CORTIÇA

1. PREPARAÇÃO

19 ) Vai ouvir um excerto de uma emissão do programa Mais Cedo ou Mais Tarde, em que João Paulo
Meneses entrevista Helena Pereira.

'
Observe as imagens. Que produtos de cortiça usa na sua vida quotidiana? O que sabe sobre este
material?

1~1--
u li. VOCABULÁRIO
Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. na vanguarda 1. desfavorável, contrário ao que é desejável

b. sobreiro 2. parte superficial da terra, terreno, chão

e. solo 3. indiscutível, que não deixa dúvidas


d. adverso 4. árvore de que se extrai a cortiça

e. precipitação 5. transformar em pequenos grãos

f. esmagador 6. produto que serve para fechar bem e impedir a entrada ou saída
de líquidos
g. vedante 7. criar, dar origem

h. restringir-se 8. à frente, em primeiro lugar

i. gerar 9. queda de chuva


j. granular 1O. juntar pequenos fragmentos, acumular, amontoar

k. aglomerar 11. cobertura

1. revestimento 12. limitar-se

l 14 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO


1. Indique se as frases correspondem às ideias expressas no excerto do programa (SIM) ou não (NÃO).

SIM NÃO

a. Portugal não transforma toda a cortiça que produz, uma parte da matéria-
-prima é exportada.

b. Há já várias décadas que Portugal se situa no primeiro lugar no que respeita à


investigação sobre a cortiça.

e. A área de sobreiro não pode aumentar, apesar de o sobreiro ser economica-


mente mais vantajoso do que outras culturas.

d. A cultura do sobreiro desenvolveu-se em certas áreas, porque as condições do


solo e do clima não eram favoráveis a outras culturas.

e. A utilização da cortiça para rolhas é muito antiga, mas, atualmente, fazem-se


outros produtos, porque têm mais procura e são mais valiosos.

f. Durante a transformação, há muita cortiça que se perde, porque não pode ser
aproveitada.

g. Os produtos aglomerados de cortiça são utilizados para diversos fins, mas são
menos rentáveis do que a produção de rolhas.

2. Nos casos em que respondeu NÃO, justifique a sua resposta.

1 PORTUGU ÊSPELA RÁDIO i 1s l


3. Responda às perguntas.
3.1. De que outros países e regiões é importada cortiça?

3.2. Quanto tempo é necessário para que um sobreiro produza cortiça de boa qualidade?
11 1'1
1 iii
i: l 3.3. Que tipo de solo e de clima são característicos das áreas produtoras de sobreiro?

3.4. Que percentagem de cortiça é utilizada para fazer rolhas?

3.5. Para que produtos, além das rolhas, a cortiça é utilizada?

IV. COMENTÁRIO

,,. Hoje em dia, a cortiça é utilizada para uma grande diversidade de produtos. Parece-lhe que os materiais
naturais como a cortiça podem competir com o plástico? Quais as vantagens e desvantagens?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "detemos uma tecnologia de processamento" (1. 8), "o valor que obtemos" (1. 47)
1. Faça corresponder os verbos acima e outros derivados de ter às definições.
a. prender, fazer parar, possuir _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
b. conseguir, alcançar o que se deseja, ganhar _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
e. conservar, guardar, cumprir (por exemplo, uma promessa) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
d. não deixar sair ou fugir, não soltar _ __ __ _ _ __ __ _
e. incluir, ter dentro de si, reprimir _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
f. segurar, fazer parar, sustentar _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

2. Complete as frases com os verbos do exercício anterior na forma correta.


a. Todos esperavam que a Polícia _ __ __ _ os assaltantes rapidamente.
b. Estes filtros são excelentes, todas as impurezas.
e. Ela abriu a caixa, porque não sabia o que _ _ _ _ __
d. Agora, o senhor tem de ficar imóvel por uns momentos. Por favor, _ __ _ _ _ a respiração.
e. Nós fizemos tudo o que era possível, mas não _ _ __ _ _ os resultados esperados.
f. Se nós _ _ _ _ __ o armazém a esta temperatura, não haverá nenhum problema
quanto à conservação dos produtos.

B. "isolamento térmico ou sonoro" (1. 46)

No excerto acima, há dois adjetivos relacionados, respetivamente, com temperatura e som.


Complete os espaços com adjetivos equivalentes às expressões entre parênteses.

1. A capacidade _ _ _ __ _ _ (de produção)

2. A indústria (de transformação)

3. Um negócio _ _ _ _ _ _ __ (que dá rendimento)

l 16 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


4. As características _ _ _ _ _ _ _ _ (do clima)

s. Os interesses _ _ _ _ _ _ _ _ (do sector)

6. Um investimento _ _ _ _ _ _ _ _ (que tem vantagens)

7. Um terreno _ _ _ _ _ _ _ _ (para a agricultura)

8. Um produto (que tem valor)

TEXTO
JPM: Senhora professora, somos os maiores produtores mundiais, os números dizem isso, mas será que somos
também os melhores quer na qualidade do produto quer, por exemplo, na qualidade do conhecimento que
temos sobre essa mesma cortiça?
HP: Sem dúvida. Eu penso que este é o único caso em que nós podemos dizer que somos os melhores
do mundo. E somos os melhores do mundo em quantidade, porque somos aqueles que produzimos mais
cortiça, mas somos também aqueles que transformamos mais cortiça. De facto, não só transformamos toda
a nossa cortiça, como ainda importamos matéria-prima de ... doutros países, por exemplo, de Espanha e do
Norte de África, como além disso detemos uma tecnologia de processamento e um conhecimento científico
sobre a árvore e sobre a cortiça que eu penso que nos põe na vanguarda deste ... neste sector. Eé, e é, deixe-
-me acrescentar, um conhecimento que não é apenas de agora, já é um conhecimento que vem desde o ...
desde há uns 50 ou 60 anos. [ ... ]
JPM: E, potencialmente, há espaço, [ ... ] em termos de ... daquilo que seria a capacidade de produção
nacional? Poderíamos ter mais produção em Portugal?[ ... ]
HP: Sem dúvida que podemos aumentar, que podemos aumentar e, para responder à sua pergunta, que
podemos aumentar a nossa área de sobreiro. No entanto, não é apenas ... não são apenas as condições
ecológicas, as condições de disponibilidade de solo que estão aqui em jogo, temos também que ter em
conta outros fatores, nomeadamente os económicos. E aí o sobreiro está um bocadinho em desvantagem
face a outras culturas, porque a cultura do sobreiro é uma cultura de longo prazo, ou seja, antes que um
sobreiro possa começar a produzir uma cortiça valiosa do ponto de vista industrial, passarão muitos anos,
passarão uns 40 ou 50 anos. [ ... ] O planeamento tem que ser feito a longo prazo e, portanto, quem hoje
planta ou semeia sobreiros, não é ... não está a pensar no rendimento imediato que vai ter, mas sim no
rendimento futuro, que os seus, enfim, descendentes, se for uma família, terão.[ ... ]
JPM: Existirá alguma razão que faça com que se tivesse criado uma relação forte entre Portugal, digamos
assim, e o sobreiro? [ ... ]
HP: Sim, [ ... ] o país tem, de facto, zonas e áreas que são adequadas do ponto de vista de clima, que são
adequadas para o desenvolvimento do sobreiro. Mas também o sobreiro ter-se-á desenvolvido por razões,
do ponto de vista do país, se calhar, menos boas. É porque os nossos solos não são muito ricos, como sabe,
como todos sabemos, e o sobreiro é uma espécie bastante resistente a ... digamos assim, à qualidade do
solo, ou seja, portanto, o sobreiro consegue desenvolver-se em solos pobres e em condições de clima
bastante adversas, por exemplo, temperaturas elevadas no verão, falta de precipitação, portanto, grandes
períodos de seca, de seca na primavera e verão. [ ... ]
JPM: Para a esmagadora maioria dos portugueses, cortiça e rolhas é a mesma coisa. Quantitativamente,
parece fazer sentido, mas fará sentido perguntar se há vida para além das rolhas, se a cortiça tem vida para
além das rolhas?
HP: Ah, claro que tem. Tem ... Não só tem, como tem que ter. A importância da cortiça como vedante,
portanto, nas rolhas de garrafas, especialmente para vinhos, é inquestionável, e é uma utilização que vem
desde há muito tempo, desde os tempos dos gregos, dos romanos, dos fenícios, etc. Mas não nos podemos
hoje em dia apenas restringir à sua utilização para este fim. Isso seria, aliás, como é, uma enorme fragilidade do
sector, porque estamos obviamente dependentes de um único produto. Até porque também este produto,
ao ser fabricado, gera uma enorme quantidade de produtos secundários, ou seja, da matéria-prima inicial,
eu apenas aproveito para a rolha uma pequena parte da cortiça, menos de 20%. [ ... ] Tenho que arranjar
um aproveitamento economicamente interessante para os outros 80% ou mais da matéria-prima. [. .. ]
E toda essa é aproveitada. É aproveitada sendo granulada, portanto, formando um granulado de cortiça
que depois é aglomerado, com ou sem colas, e que faz produtos aglomerados de cortiça que são utilizados
- alguns deles, até também para rolhas, portanto, as rolhas de cortiça aglomerada - ou para produtos
de revestimento, de chão, de parede, painéis para isolamento térmico ou sonoro; portanto, toda ela, em
princípio, é aproveitada. Claro que o valor que obtemos não é exatamente o mesmo.

1 PORTUGUÊS PELA RAO10 l n l


A GAITA
UNIDADE
MIRANDESA

® 1. PREPARAÇÃO

20) Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Reportagem TSF, de Afonso de Sousa, sobre a
gaita mirandesa, com a participação de Mário Correia, musicólogo, de Paulo Preto e de Paulo
Meirinho, gaiteiros e professores de música.

A região de Miranda do Douro situa-se no nordeste de Portugal. Além de ter uma língua própria - o
mirandês-, possui tradições particulares, como a dança dos pauliteiros e a gaita de foles.
Observe as imagens sobre as tradições mirandesas e comente-as.

1~1"'
!I li. VOCABULÁRIO

Escreva, à frente de cada palavra, o número correspondente à definição adequada.

a. caixa, bombo 1. muito cómico, que faz rir


b. cónego 2. combate, luta, trabalho duro
e. destreza 3. raramente, de forma não regular
d. fiéis 4. instrumentos musicais
e. consentir 5. praticantes de uma religião
f. lide 6. sacerdote
7. conjunto das obras musicais de um músico, de um estilo
g. farra
ou de uma época
h. alvorada 8. que não caminha com firmeza, que oscila
i. mordomo 9. agilidade, habilidade
1O. conjunto das partes de uma obra musical, escritas de
j. cambaleante
modo a permitir a sua execução
k. hilariante 11 . permitir
1. esporadicamente 12. divertimento, festa animada
m. reportório 13. encarregado ou colaborador de uma festa religiosa
n. partitura 14. madrugada

! 1s ! PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


o
o

Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO


1. Dos tópicos abaixo indicados, quais são referidos no texto? Risque os que não são mencionados
e numere os restantes pela ordem em que aparecem.

a. A imagem do gaiteiro na sociedade. e. A origem da gaita mirandesa.


b. Características e tipos de gaitas. f. A construção da gaita mirandesa.
e. Dados históricos sobre o uso da gaita
g. A situação atual da gaita mirandesa.
mirandesa.
d. O trabalho de recolha de música h. Comparação da gaita mirandesa
tradicional. com outros tipos de gaitas.

2. Selecione a opção correta.


2.1. A gaita mirandesa
a. foi sempre tocada nas festas, nas igrejas e nas procissões da região.
b. era tocada pelos pastores e só mais tarde começou a ser tocada também nas igrejas.
e. foi proibida nas igrejas na segunda metade do século xv111.
2.2. O uso da gaita mirandesa
a. manteve-se muito popular entre a população do planalto até à atualidade.
b. quase desapareceu no final do século xx, mas foi recuperado.
e. perdeu popularidade e os últimos gaiteiros tradicionais desapareceram sem serem conhecidos.
2.3. Os gaiteiros
a. sempre tiveram fama de serem boémios e bêbedos e não eram respeitados.
b. tinham prestígio, embora fossem geralmente boémios e bêbedos.
e. perderam o prestígio que tinham e passaram a ter uma imagem negativa.
2.4. Nos últimos 30 anos, Mário Correia e outros especialistas
a. gravaram a música dos últimos gaiteiros e tornaram-nos populares.
b. dedicaram-se a criar partituras e um novo reportório para promover o ensino dos jovens.
e. conseguiram que os velhos gaiteiros começassem a ensinar os jovens.
2.5. Atualmente,
a. a gaita é muito popular, mas continua a ser tocada só por homens.
b. a gaita tornou-se popular, mas é preciso desenvolvê-la ainda mais, para ter instrumentos
padronizados e facilitar o ensino.
e. as raparigas também começaram a querer aprender a tocar a gaita mirandesa.
3. Explique o significado da frase:"Hoje atira-se uma pedra ao ar, corremos o risco de cair na cabeça
de um gaiteiro': (1. 47)

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO l 19 I


IV. COMENTÁRIO

Um dos int ervenientes no programa Reportagem TSF afirma que "a tradição é mesmo isso, vai-se
adaptando aos tempos:'

Na sua opinião, é possível (e desejável) conservar as tradições de uma região tal como eram antigamente?
Ou devemos aceitar que algumas tradições têm de mudar e até, em certos casos, desaparecer?

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "isso fazia com que ele fosse uma pessoa de grande prestígio" (1. 20-21)

Complete as frases, usando fazer com que e a informação entre parênteses.


1. Receber o prémio no ano passado _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _.(ela/ tornar-se famosa)
1

1
2. Ele criticava toda a gente e isso _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ .(ninguém/ gostar dele)
3. Eles têm muita experiência, o que _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
_ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _.(eles/ obter os melhores projetos)
4. Todos receiam que a reestruturação da empresa _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . (as condições de trabalho/ piorar)

B. "A festa começava com um toque de alvorada[ . .. ] tocando numa parte alta" (1. 25-26)

Reescreva a parte sublinhada em cada frase utilizando o gerúndio.


1. O bispo promulgou uma carta pastoral que proibia a música de gaita nas igrejas.

2. Cada casa oferecia de beber ao gaiteiro, de modo que o embebedavam.

3. Mário Correia registou em disco a música dos últimos gaiteiros e, assim, contribuiu para manter
a tradição.

4. Houve um desenvolvimento da gaita e isso permitiu que o interesse pelo instrumento aumentasse.

C. "a tradição é mesmo isso, vai-se adaptando aos tempos" (1. 34)

Reescreva a parte sublinhada em cada frase utilizando ir+ gerúndio.

1. Com o tempo, a imagem do gaiteiro mudou progressivamente.

2. Ao passar por todas as casas, o gaiteiro bebia o que lhe davam e, pouco a pouco, ficava bêbedo.

3. Nos últimos anos, progressivamente, tocar gaita tornou-se uma moda.

l so I PORTUGUÊS PELA RA010 1


TEXTO
O AS: Por terras de Miranda do Douro, sempre se associou aos pastores e aos homens que, sós ou acompanhados
de caixa e bombo, animavam as festas e tocavam as músicas que os pauliteiros dançavam. O livro Histórias da Vida
dos Gaiteiros do Planalto Mirandês, do musicólogo Mário Correia, cita uma passagem de 1609 onde um cónego
de então fazia referência aos instrumentos tocados pelas gentes do planalto e que dizia "São gaitas de fole[s] que
tocam com gentil arte e destreza''. Nesse tempo, as gaitas não só tocavam nos bailes, mas também nas igrejas e
nas procissões. Até um dia em que a própria igreja achou que a gaita teria conotações com o Diabo. [... ] Paulo
Preto não se lembra, mas foi a 18 de dezembro de 1775 que D. Aleixo Henriques, um dos últimos bispos da
diocese de Miranda, promulgou uma carta pastoral que dizia:"Da porta da igreja para dentro, não toque nenhum
gaiteiro a gaita''. Eassim foi durante anos no planalto mirandês. Apesar da proibição, alguns padres mais próximos
dos fiéis continuaram a consentir o instrumento nas atividades religiosas.[ ... ] Ecom mais ou menos intervenção,
a gaita conseguiu trazer até hoje a alma musical mirandesa, ainda que com poucos mensageiros.
PP: Há 30 anos, mais ou menos, quando eu comecei, iniciei estas lides, com instrumentos muito rudes, havia
cinco, seis gaiteiros. Uma pergunta que eu fazia "Será que um dia este instrumento vai acabar?'; porque não tinha
assim uma grande fama como instrumento e os instrumentistas também não ... perderam muito o conceito do
que era o velho gaiteiro. O velho gaiteiro era um tipo, há 50, 100 anos, era um homem respeitado, era um músico
da terra, era o homem que fazia as festas. E, de repente, não sei porquê, começou a ser o homem "Olha, é um
tocador de gaita, um boémio, um homem da farra, dos copos''.
AS: Foi por essa altura que Mário Correia, estudioso das tradições musicais do nordeste transmontano, vindo do
Porto, se instalou em Sendim. Cedo se apercebeu da importância do gaiteiro.
MC: Ao ser um elemento fundamental dos pauliteiros, ele ensinou muitos jovens, enfim, a dançar. Eisso fazia com
que ele fosse uma pessoa de grande prestígio. Isso contraria muito aquela ideia que havia de que o gaiteiro que
era um bêbedo incorrigível.
AS: Ejustifica a tal imagem do gaiteiro bêbedo.
MC: Eu gostava de saber quem fazia essas críticas - críticas feitas de fora para dentro. Como é que o pobre de
um gaiteiro que faz ... A festa começava com um toque de alvorada, [a] anunciar que era dia de festa ao povo,
tocando numa parte alta. Como se fosse necessário, não era preciso, mas era para cumprir o ritual. Edepois, com
os mordemos, ia-se percorrer todas as casas da aldeia. Ecada casa oferecia de beber ao gaiteiro, e o gaiteiro e os
acompanhantes não podiam dizer que não, porque era uma falta de respeito. Então, qualquer um chegava ao final
da festa mais cambaleante que outra coisa. Nós temos histórias hilariantes dos gaiteiros, porque realmente não
havia possibilidade de chegar direito ao fim, o gaiteiro acabava por ser emborrachado.
AS: Mário Correia começou, então, a fazer recolhas, registando em disco os gaiteiros ainda vivos e que tocavam.
MC: Todos os que existiam, muitos deles apenas se produzindo esporadicamente numa festa local. Isso também
foi extraordinário, [por]que nós conseguimos que os velhos gaiteiros passassem a ser requisitados para outros
contextos, para outros territórios. E a tradição é mesmo isso, vai-se adaptando aos tempos. Se, tradicionalmente,
o gaiteiro apenas tocava para o grupo de pauliteiros que se fazia para a festa e na festa local, mais modernamente
começouatocarempalcos,asubiraoutrosespaçoseasseguraroutroscontextoseterritórios,comoutrasfunções.[ ... ]
Ea partir daí começámos a fazer aquilo que era muito importante, que era gravar para termos reportórios, para
que a gente nova, que era o objetivo fundamental, era dar continuidade a esta tradição, para que a gente nova
pudesse escutar; muito mais do que elaborar partituras ou o que quer que [fosse] podiam ouvir os gaiteiros.[ ... ]
PM: Neste momento, a gaita de fole[s] faz parte da tradição, as crianças gostam e interessam-se, e há muita gente
a aprender e é um instrumento que está na moda. Nós, logo em 98, talvez, fizemos um slogan aqui para as terras
de Miranda, que é"nim mais ua fiesta sin gaitas''.
AS: Edesde então as gaitas têm estado, e cada vez mais, nas festas. Uma moda com muitos seguidores, acrescenta
Mário Correia.
MC: Depois também há um bocadinho a lógica da carreirinha das formigas, do grupo, não é, da tribo. Vai um
tocar a gaita, o outro vai também, até porque é um pretexto para não estar em casa, para circular. Mas tornou-se
efetivamente uma moda. Hoje atira-se uma pedra ao ar, corremos o risco de cair na cabeça de um gaiteiro.
AS: Ou gaiteira. A moda também chega a elas. Tudo, diz Paulo Preto, porque a padronização fomentou o ensino
como nunca.
PP: Nós sempre utilizámos a gaita mirandesa e desenvolvemo-la. Desenvolvemo-la e hoje chegamos ao estado
em que estamos, que é precisamente ter instrumentos todos iguais, afinados, e que podemos fazer escola,
porque os miúdos podem tocar todos, todos em conjunto, e eu, como professor, posso tocar com os miúdos, e
exemplificar, e tocar com eles.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO J s1 1


NEGÓCIOS
UNIDADE
EM MOÇAMBIQUE

® 1. PREPARAÇÃO

21 ) Vai ouvir excertos de uma emissão do programa Negócios em Português, de Ana Maria Ramos,
sobre uma missão empresarial a Moçambique, em que quatro empresários, Miguel Santos
Henriques, Cristina Caldas, Raúl Nunes e Francisco Casa Velha, comentam a sua participação.

O que sabe sobre a economia moçambicana?

!lf. li. VOCABULÁRIO

1. Escreva, à frente de cada palavra/expressão, o número correspondente à definição adequada.

a. um sem-número 1. produtivo, que dá frutos


b. frutífero 2. série
e. comitiva 3. falta do que é necessário
d. estrear-se 4. lojas de grandes dimensões
e. concreto 5. uma grande quantidade
f. grandes superfícies 6. apresentar-se ou atuar pela primeira vez
g. gama 7. grupo de pessoas que acompanha alguém
h. carência 8. real, verdadeiro

2. Indique o significado das siglas.


a. PIB: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

b. PME: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
e. AIP: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

(i) Ili. COMPREENSÃO DO TEXTO

1. Complete o texto com os numerais que faltam. Depois, escreva-os por extenso.
Moçambique é considerado ponto estratégico para entrar nos mercados vizinhos da chamada
Comunidade do Sudoeste Africano, uma região que regista um PIB na ordem dos (a) _ _ _ __
milhões de euros e mais de (b) _ _ _ _ _ milhões de consumidores. O ambiente de negócios
em território moçambicano leva o país até ao (c) _ _ _ _ _ lugar entre os (d) _ _ _ __
estados da África Subsariana e é o (e) _ _ _ _ _ na proteção ao investidor.

l s2 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


-
o
o

a. d. - - - - - - - - -
b. - - - - - - - - - e.------------
e. - - - - - - -- - - --

2. Identifique as frases que correspondem à opinião de cada um dos quatro empresários: (1) Miguel
Santos Henriques, (2) Cristina Caldas, (3) Raúl Nunes e (4) Francisco Casa Velha.

2 3 4

a. É a primeira vez que a empresa tenta negociar diretamente no exterior.

b. Depois da viagem a Moçambique, a empresa já teve uma reunião em


Portugal com um representante institucional e tem um negócio quase
concluído.

e. A empresa tem negócios com Angola, mas nunca se tinha deslocado a


Moçambique.

d. Em Moçambique, a empresa conseguiu chegar a um acordo com uma


empresa local para estabelecer uma parceria.

e. A empresa vai começar por exportar, mas põe a hipótese de, posterior-
mente, arranjar um parceiro local para se estabelecer.

f. A missão foi muito positiva, mas a duração deveria ter sido mais longa. D D D D

g. A empresa vai apresentar uma proposta de fornecimento, que está


praticamente garantida, a um vendedor e distribuidor local.

h. As características do seu sector de atividade não permitem que a D D D D


empresa atue sozinha, precisa de ter um parceiro local.

1 PORTUGUÊS PELA RÃ010 l s3 I


IV. COMENTÁRIO

Na sua opinião, que vantagens é que as empresas portuguesas poderão ter nos negócios com
1 : 1l 1 :_!_!_~_:_~_'._;_;_; Moçambique? E que problemas poderão encontrar?
i ll1· ! ':

V. OUTRAS ATIVIDADES

A. "que fabrica e distribui quadros" (1. 35)

Como chamamos a uma empresa que ...

1. ... fabrica? 4. . .. armazena?

2.... distribui? 5. . .. fornece?

3... . vende? 6. ... exporta?

B. "fechar" (1. 1O), "estabelecer" (1. 11 ), "assinada" (1. 13), "apostar" (1. 36), "assegurar" (1. 40), "apresentar" (1. 46)
Complete as frases com os verbos acima na forma correta. Use cada verbo uma só vez.

1. Embora eles _ _ _ _ _ _ _ __ muitos contactos durante a viagem, não estão satisfeitos


com os resultados.

2. Se o diretor da empresa se tivesse empenhado mais, _________ o sucesso da


internacionalização.

3. Antes de ir na missão a Moçambique, a empresa já _ _ _ _ _ __ __ vários negócios com


empresas moçambicanas.

4. Logo que as empresas _________ as suas propostas, será tomada uma decisão.

5. Duvido que eles já _ _ _ _ __ ___ o contrato.

6. As empresas não poderão crescer se não _ __ _ _ ____ no mercado externo.

, ,O TEXTO

O AMR: Moçambique é considerado ponto estratégico para entrar nos mercados vizinhos da chamada
Comunidade do Sudoeste Africano, uma região que regista um PIB na ordem dos 630 mil milhões de euros e
mais de 300 milhões de consumidores. O ambiente de negócios em território moçambicano leva o país até
ao 19.0 lugar entre os 46 estados da África Subsariana e é o 6. 0 na proteção ao investidor.
Neste clima, uma missão empresarial da AIP rumou a Maputo numa viagem que resultou num sem-número

l s4 I PORTUGUÊS PELA RA010 1


de contactos, alguns negócios fechados, abertura de representações e, para alguns empresários, a estreia
nas encomendas e nos primeiros passos para a internacionalização. Entre elas, a Tagusgás conseguiu um
acordo com um grupo empresarial privado moçambicano, que pode abrir as portas a outras parcerias. Assim
revela Miguel Santos Henriques, presidente executivo da empresa.
MSH: O objetivo da participação da Tagusgás na missão não era fechar contratos comerciais, era precisamente
estabelecer contactos que nos levem a posicionar neste segmento de mercado em Moçambique. E desse
ponto de vista foi muito frutífera a viagem, porque saímos de Moçambique com uma parceria desenhada,
que ainda não está firmada, portanto, ainda não está assinada, mas está acordada e desenhada nos seus
traços gerais, com um grupo empresarial privado moçambicano, porque era esse o nosso objetivo. É... Nós
temos consciência que estas coisas não se fazem ... Este é um mercado muito particular, que precisa de
um input local muito forte, tem um grande envolvimento institucional, legislativo e até, de alguma forma,
político, ao nível da macropolítica do país e, portanto, precisa de um input local forte. E desde o princípio
que o nosso objetivo era arranjar um parceiro que pudesse embarcar connosco nisto. E isso foi conseguido.
Estamos convencidos que a breve prazo estaremos a atuar no mercado moçambicano em conjunto com um
parceiro local. [ ... ]
AMR: Nesta comitiva foi também Cristina Caldas, sócia-gerente da Sistimetra, empresa que integra um
grupo com 50 anos de existência, mas decidiu agora estrear-se no exterior de forma direta, através desta
missão da AIP a Moçambique, com o fornecimento de componentes para a construção civil e também para
a indústria e ambiente.
CC: Realmente, agora, achámos que era uma boa ideia pensar em internacionalizar diretamente. A viagem
correu muito bem, é muito facilitador ir integrado numa missão empresarial, porque, para já, porque todo o
suporte da viagem está previamente ... está organizado, portanto, nós só temos mesmo que nos preocupar
com o nosso core business, porque tudo o resto já foi ... já foi assegurado. Fizemos muitos contactos,
portanto, tivemos também toda uma parte importante de contactos com as várias organizações em campo
que facilitam também os contactos, [ ... ] portanto, toda essa parte institucional que nos permite enquadrar
no mercado é muito importante. Edepois tivemos [alguns] contactos bilaterais também com empresas, que
correram bastante bem, realmente, com possibilidades concretas de negócios no futuro próximo. Portanto,
já fizemos várias propostas relativas ... que resultaram das visitas em Maputo. Claro que, ao fim de uma
semana, pensamos que fazia falta mais uma.[ ... ]
AMR: Já a Quadrimóvel, que fabrica e distribui quadros, molduras e todo o tipo de equipamentos para artes
e belas-artes decidiu, há um ano, apostar nas vendas ao exterior e volta da missão empresarial da AIP a
Moçambique com perspetivas de negócio em três áreas diferentes, desde os estabelecimentos de ensino à
distribuição local, às grandes superfícies, confirma Raúl Nunes, o gerente da empresa.
RN: Esta viagem a Moçambique foi bastante interessante, porque se conseguiu desenvolver contactos,
tanto institucionais como a nível de empresas locais, que permitem assegurar, logo à partida, um sucesso
com negócios a curto prazo, em que ... A nossa ideia é criar três tipos de negócios, um negócio institucional,
a nível de universidades, faculdades e todas as instituições ligadas a artes. Está praticamente conseguido,
já tive uma reunião em Portugal posteriormente com a pessoa responsável por essa área, que ficou muito
contente, ou seja, respondeu muito positivamente à nossa ... ao nosso projeto. Também tive contacto com
um operador local que, além de ter um estabelecimento, faz a distribuição por outros estabelecimentos, que
também se mostrou muito interessado em passar a comprar-nos material, e que chegámos a apresentar já
uma proposta de fornecimento que, à partida, está garantida. E também fizemos contactos com grandes
superfícies, no sentido de podermos oferecer de uma forma mais acessível a todos os interessados uma ...
gamas de produtos adaptadas mais a este tipo de mercado.[ ... ]
fm> AMR: Vender em Moçambique também é o sonho de Francisco Casa Velha. Esta PME de Arraiolos,
armazenista e vendedora de componentes elétricos, vai fazer seguir as primeiras encomendas, depois da
missão que levou até Maputo, também, o sócio-gerente que dá nome à empresa, Francisco Casa Velha.
FCV: Nós já exportamos, portanto, para Angola; Moçambique é uma das nossas ambições. Portanto,
foi a nossa primeira ida a Moçambique, portanto, íamos um bocado na expectativa. Gostámos do que
encontrámos. Encontrámos um país com muitas carências e pensamos que podemos ser uma mais-
-valia, tanto em termos técnicos, como em termos de conselho e em termos de ensinamento para aquele
povo. E com isso começámos a exportar para lá, e, quem sabe se depois, se conseguirmos encontrar um
parceiro adequado, a seu tempo, portanto, estabelecermo-nos lá. Mas, pronto, isso é uma situação que será
l!f1!,,. a posteriori; agora, realmente, é começarmos a poder ajudá-los naquilo que sabemos e que somos realmente
l.:.!J bons e podermos começar para lá a exportar.

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO i ss 1


D.
SOLUÇÕES
•• •
li.
.. 1. sem falta
2. falta de
3. por falta de
4. à falta de
5. a falta do

a. 2 d. 1 UNIDADE 2 - USAR O COMPUTADOR


b. 3 e. 6 li.
e. 4 f. 5 a. 5 g. 6
b. 3 h. 2
Ili. e. 11 i. 4
1. d. 1 j. 9
a. Não. f. Não. e. 8 k. 7
b. Sim. g. Não. f. 10
e. Sim. h. Não.
d. Não. i. Sim. Ili.
e. Sim. j. Não. 1. b
2. Durante 5 a 1Ominutos, em cada hora.
2. 3. a/ c/ d
a. Ela vive em Portugal há dezanove anos. 4. a
i d. Ela não diz se viaja frequentemente por causa do seu 5. b
i trabalho. Mas diz que tem de compreender o que se passa 6. c
nos três países, sem lá estar no momento. Portanto, é 7. c
1 '
possível que não viaje com muita frequência.
f. A adaptação na escola não foi muito complicada, porque os
V.
colegas foram preparados.
A.
g. Os colegas pensavam que ela tinha visto cobras e leões, mas
1. Se uma pessoa usar o computador durante muitas horas, é
ela não conhecia essa realidade.
provável que fique com os olhos secos ou que sinta ardor.
h. A família dela está em Portugal.
2. Se tiver alguns cuidados, estes problemas podem ser
j. Neste momento, os planos dela para o futuro são viajar e
evitados.
continuar os estudos. Ela refere que tem vontade de voltar,
3. É aconselhável que faça uma pausa de 5 minutos e que
mas não diz se é definitivamente.
utilize esse tempo para fazer outras atividades.
4. Para que os olhos não se esforcem/façam esforço, é
3.
importante que o monitor seja colocado corretamente.
Estar no forno significa estar a ser preparado.
5. A fim de evitar o reflexo no ecrã, é conveniente não o
colocar/que não o coloque virado para uma janela.
V.
A.
B.
1. No m1c10, foram as características do clima que lhe
1. pormenorizadamente 3. atentamente
dificultaram a adaptação.
2. parcialmente 4. apressadamente
2. Foi a professora que preparou os colegas para a chegada
dela.
3. Eram os colegas da escola que lhe faziam perguntas sobre
e.
África.
a. 8 g. 1
b. 4 h. 9
4. Éa alegria dos angolanos que lhe faz falta.
e. 2 i. 10
B. d. 7 j. 5
1. Se o António me perguntasse, eu dir-lhe-ia o que penso e. 3 k. 11
sobre o assunto. f. 6 1. 12
2. Na próxima semana, o diretor terá uma reunião com os
clientes e informá-los-á. UNIDADE 3 - TEMPO COM OS FILHOS
3. Se precisar dos documentos, nós enviar-lhos-emos amanhã. li.
4. Se eles pudessem, ajudá-las-iam. a. 7 e. 4
5. Na reunião do próximo sábado, ser-lhes-ão apresentados os b. 2 f. 3
novos produtos. e. 6 g. 8
6. Se a senhora tivesse pedido o certificado com urgência, ter- d. 1 h. 5
-lho-íamos enviado imediatamente.
Ili.
e. 1. Tempo.
1. passei em, passaste para 4. passar pela, passar a 2. Em alguns casos, os pais têm de trabalhar muito para
2. passa/passou de 5. passo sem sustentar a família. Noutros casos, os pais têm outras
3. passou por 6. passava da prioridades e preferem investir na carreira profissional.

[ s6 [ PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


p:z

3. As crianças tornam-se mais felizes e confiantes, e Ili.


continuarão assim quando forem adultas. Além disso, serão 1. c
capazes de educar os seus próprios filhos. 2. a - Lisboa/ e - Aveiro/ f - Sintra
4. Porque querem compensar os filhos pelo facto de não 3. a
terem muita disponibilidade e pensam que o pouco tempo 4. c
que passam com eles deve ser agradável. 5. a
5. O tempo que os pais passam com os filhos deve ser
construtivo e útil em termos educativos, favorecendo a V.
aprendizagem e a transmissão de valores. A. (Há outras res~ostas possíveis. As respostas apresentadas são
6. Quando a criança mostra descontentamento e irritação, apenas sugestoes.)
1. O campo sempre o fascinou.
os pais cedem imediatamente aos seus desejos.
2. Ele sentia-se fascinado pelo projeto.
3. O desconhecimento do pão de queijo tornava 0
V. investimento arriscado.
A.
4. O prazer que temos em fazer o trabalho contribui para ter
o sucesso.
O SALÁRIO 5. Ele atribui o seu sucesso à determinação.
o 6. Éimportante que não nos desviemos do nosso objetivo.
OVENCIMENTO
N B.
AREMUNERAÇÃO 1. nas 3. com /na
o 2. à/ de 4. pela
OS HONORÁRIOS
C. (Há muitas respostas possíveis. As respostas apresentadas são
B. apenas sugestões.)
1. investir em 4. cedo a 1.... fosse um especialista.
2. ... me conhecesse.
2. queixar-se dos 5. optou por
3.... tivesse ocorrido alguma coisa terrível.
3. prescindir de
4. . .. fosse de ouro.
5. . .. estivessem em vossa casa.
e. 6. . .. não comesse há três dias.
1.... levou a que não tomasse a melhor decisão.
2.... leva a que as crianças se tornem caprichosas. o.
3. ... levou a que o descontentamento aumentasse. 9
4.... leva a que muitos problemas, como a poluição e o
trânsito, se agravem.
71 p E R
E G s u R
B A
D. 2 A T R A V E s s A R
1. A Margarida é uma pessoa facilmente influenciável. G T
2. A eficácia dessa lei é questionável. A 3 F A B R e o
3. É importante que haja muita motivação para que as G o 10
dificuldades sejam suportáveis. 4 V E N e E R N V
4. A altura e a inclinação da cadeira são ajustáveis.
M 8 ó 1
5. Este material tem a vantagem de ser lavável.
6. A atitude dele não foi correta, mas é desculpável.
R s M o L E
E 1 A
E. D e
1. irrelevante 6. ilegítimo 6 R E C H E A D o
2. ineficaz 7. desonestidade
3. desatualizado 8. impopular UNIDADE 5 - O ANEL MAGICO
4. deselegante 9. desleal li.
5. instável 1O. impossibilitar a. 3 d. 2
b. 4 e. 6
UNIDADE 4 - UM IMIGRANTE BRASILEIRO e. 1 f. 5
li.
a. 4 g. 5 Ili.
b. 3 h. 10 1.
e. 8 1.1. c
i. 2
d. 1 1.2. Porque era muito pobre e passava fome.
j. 11
1.3. c/e/f
e. 7 k. 6 1.4. c
f. 9
1.5. a

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO / s1 I


2. Não ter nada para comer. 2.
2.1. O Pedro voltou a estudar, está empenhado e tem boas
V. notas, mas ainda tem alguns problemas.
A. 2.2. Ele tem dificuldades nos contactos sociais, porque
1. invisível 6. irrealizáveis esteve isolado durante muito tempo; para ele não é fácil
2. indescritível 7. inquestionável relacionar-se com as outras pessoas.
3. inadiáveis 8. ilegível
4. irrecusável 9. irreparáveis V.
5. imprevisível 1O. inacreditável A.
1. Cheguei a esperar uma hora por ele!
B. 2. Chegaram a ter três cães e nove gatos.
1. algarvio 4. minhoto 3. Cheguei a pensar que lhe tinha acontecido alguma coisa
2. madeirense 5. alentejano grave.
3. transmontano 6. açoriano 4. Chega a comer três ou quatro no mesmo dia.

e. B.
1. Sugere uma suposição, possibilidade ou incerteza. 1. lidem
2. se empenhassem/ estivessem empenhados
2. 3. se convenceu
2.1. Muitas crianças terão ouvido esta história. 4. contraries
2.2. Muitos pais terão lido este livro aos filhos. 5. depararam(-se)
2.3. Muitas crianças terão desejado ter um anel como este.
e.
D. (Há outras respostas possíveis. As respostas apresentadas são 1. Ele era bem-intencionado.
apenas sugestões.) 2. Na escola, as crianças são bem-comportadas.
1. hei de ler 3. O chefe está sempre bem-humorado.
2. Há de chegar a / Há de ser 4. Hoje, ele está bem-disposto.
3. hão de aceitar/ hão de mudar de ideias 5. Elas não são bem-educadas.
4. havemos de ir
5. hás de conseguir/ hás de jogar melhor D.
6. há de melhorar/ há de recuperar 1. O texto dele não está correto e nem sequer é original.
2. Elas estavam assustadas e correram para casa sem sequer
E. olharem para trás./ Elas estavam assustadas e correram para
casa, nem sequer olharam para trás.
11 12
3. Ele não disse nada durante toda a manhã e nem sequer
1 V E R D A D E 1 R O 15 cumprimentou os colegas.
9 N D 4. Ele tomou a decisão sem sequer pedir a opinião da família./
F 13 É / Ele tomou a decisão e nem sequer pediu a opinião da
2 p E Z A L c família.
5. As crianças foram-se embora sem sequer agradecerem os
N N 3 E F 1 c z presentes. / As crianças foram-se embora e nem sequer
T E T agradeceram os presentes.
o 4 D cA N T E
E
10 L o 14
s R U R A L 6 R o D A R li.
A E
a. 3 d. 5
b. 4 e. 1
7 L T E R Á R 1 o D e. 2
z 8 L o N G O
Ili.
1.
UNIDADE 6 - .JOGOS DE COMPUTADOR a. Não. d. Sim.
li. b. Não. e. Não.
a. 5 f. 7 k. 6 e. Sim. f. Não.
b. 4 g. 3 1. 13
e. 1 h. 11 m.9 2.
d. 8 i. 14 n. 10 a. Inicialmente, ele não gostava muito de viajar. A paixão pelas
e. 2 j. 12 viagens começou mais tarde, quando foi à Índia.
b. O país de que ele mais gostou, até hoje, foi a Índia.
Ili. e. Ele repete países que merecem ser visitados mais de uma
1. vez.
1.1. b 1.3. b f. Umas vezes, ele viaja sozinho, outras vezes viaja
1.2. a 1.4. c acompanhado.

/ss / PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


3. B.
3.1. Ele é economista, empresário e gestor. 1. ao,a, de
3.2. Uma vez, ele fez uma viagem com um primo que lhe disse 2. a, por, a, da, com
que já tinha visitado 50 países. A partir daí, ele também
começou a contar os países que visitava.
3.3. Traz peças de artesanato, notas e moedas, um livro de
e.
receitas e um livro de fotografias.
1.
3.4_ Algumas peças de artesanato e os livros são pesados. Além
disso, às vezes tem problemas nas fronteiras, sobretudo
por causa das peças de artesanato. a. a demonstração demonstrar
3.5. Quando se viaja sozinho, surgem mais oportunidades de b. a reciclagem reciclar
conhecer pessoas.
3.6. Ele pensa que todos os povos são simpáticos, embora e. a adesão aderir
alguns sejam mais abertos e acessíveis do que outros. d. a criação criar

4. Significa que as pessoas que viajam muito começam a ter e. o resultado resultar
hábitos muito fortes, quase obsessivos, que se repetem em f. a manutenção manter
todas as viagens.
g. o acesso aceder
V. h. a gestão gerir
A.
1. ucraniano 5. lituano 2.
2. belga 6. indiano a. reciclagem e. acederem
3. turco 7. austríaco b. aderissem f. gerida
4. polaco
e. demonstra g. criação
d. mantenham h. resultem
B.
1. vás pensando 3. irmos começando
2. foi aprendendo 4. vá servindo D.
10
e. R 14
1. propositadamente 3. maioritariamente
2. desnecessariamente 4. ininterruptamente E s T É T e o 13
L 2 F o R M A ç Ã o
3 A L M E N T o E R 15
li. X 12 e D D
a. 2 f. 8 k. 9 A 4 p L A N T A R 1 1 E
b. 4 g. 11 1. 7
e. 5 h. 10 m.12
N 11 E e N M
d. 6 i. 3 T e 5 R E s u L T A D o
e. 1 j. 13 6 E V O L u R A G N

Ili.
L E R E s
1. T N M T
a. Sim. 7 e A s E R o R
b. Não. V 8 s u B L 1 N H A R
e. Não. 9 u R B A N o ç
2. R Ã
b. As primeiras atividades eram destinadas às crianças, mas o
depois foram também criadas atividades para adultos.
e. Os participantes recebem formação dada pela Lipor.
UNIDADE 9 - PRIMEIR
3.
a. Não precisam de fazer a manutenção dos terrenos e o li.
espaço fica mais estético. a. 3 f. 2 k. 13
b. Têm acesso a alimentos de qualidade e fazem exercício b. 1 g. 9 1. 8
físico. Além disso, cultivar uma horta é uma atividade e. 6 h. 12 m. 7
el
terapêutica e relaxante. d. 10 i. 4 n. 5
·s e. 14 j. 11
V.
I A. Ili.
1 1. vai reabrir/reabre 3. recomece
,:; 1. b
:3 2. reapareceu 4. reconstruiu

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO I sg l


2. V.
2.1. Colocar-se numa situação desfavorável; fazer alguma coisa A.
que prejudique a própria pessoa. 1. impressionante 5. stressantes

j:.
2.2. Não tem uma base que dê segurança; é frágil. 2. impressionável 6. stressada
' : 3. doloroso 7. decidida
1 . 11 V. 4. doridos 8. decisivo
! 11.~ A.
:/l~

1. dar continuidade 4. das duas uma B.


2. salvo erro 5. ou seja 1. de 5. com
1 • 2. a 6. X
3. posto em causa 6. mas enfim
3. de 7. a
4. ao
B.
1. inloco 5. sui generis
6. a posteriori
e.
2. exaequo
1. para 5. de
3. grosso modo 7. modus vivendi 2. de 6. por
4. in extremis 8. ipsis verbis 3. por 7. para
4. de 8. por
e.
D.
1. Ela tem medo que a critiquem.
1. os indivíduos individuais 2. Tu receias que não te compreendam.
2. a coerência coerente 3. Eles esperam que os convidem para a inauguração.
4. Nós temos medo que não nos chamem.
3. a manipulação manipuladora
4. a consistência consistente E.
5. a autenticidade autêntico 6

6. a credibilidade credível F E N ó M E N O 8

7. a perversidade perversa
s 7 T
T E
8. o cinismo cínico
2 e N
D
UNIDADE 10 - A FOBIA DAS FERIAS
Ê
li. N A
a. 3 d. 2
b. 5 e. 6
4 D e
e. 1 f. 4
SPESQUISA
Ili.
1. Está a aumentar.
li.
2. a. 4 e. 8
2.1. Algumas pessoas têm medo de perder o emprego ou de, b. 1 f. 5
quando voltarem de férias, terem mais trabalho, porque e. 6 g. 3
este não foi feito na sua ausência. Outras têm medo que d. 2 h. 7
sejam tomadas decisões importantes sem elas ou que as
mudem de lugar. Ili.
2.2. Muitas pessoas já não estão habituadas a conviver com a 1.... formas ... açúcar, água e uma colher de vinagre.
família durante muito tempo ou têm problemas familiares 2.... árabe ... a cor branca.
com os quais não se querem confrontar. 3. . .. no Algarve ... xv e xv1.
4.... nos Açores ... se produzia cana-de-açúcar.
3. 5.... pureza.
3.1. Lúcio Lampreia é gestor e especialista em recursos 6.... na ilha Terceira.
humanos.
V.
3.2. Brasil, Canadá, Estados Unidos e Itália.
A.
3.3. Os divórcios aumentam nos meses de verão, segundo um
1. O alfenim pode ter muitas formas, entre as quais
estudo feito em Itália.
encontramos flores, pombas e peixes.
2. Esta massa de açúcar, com a qual se fazem rebuçados, é
4. Está ansioso pelo início das férias.
típica dos Açores.

J 90 PORTUGUÊS PELA RÁDIO


1 1
3. A palavra a/-fenid, da qual deriva alfenim, é árabe. 111.
4. Os árabes, através dos quais se divulgou o alfenim, fixaram- 1.
-se nos Açores.
5. Na ilha Terceira, há quem faça rebuçados, muitos dos quais
são obras de arte.
Gerem um hoste/. Faz bijutaria e
8, tem uma loja.
1. Como é (muito) branco, o alfenim tornou-se um símbolo de Trabalhou numa
pureza. Trabalhou como Trabalhou
empresa de mediador de em escolas e
2. Embora os rebuçados tenham formas variadas, o sabor é o publicidade. Foi seguros. Foi clínicas como
mesmo. nadador-salvador. topógrafo. psicóloga.
3. Quem divulgou o alfenim foram os árabes. Teve uma escola
4. O alfenim tornou-se popular nos Açores, visto que se de surf.
produzia cana-de-açúcar nestas ilhas.
5. No caso de irem à ilha Terceira, aproveitem para provar o A mediação Gostava do
alfenim. de seguros era que fazia, mas
apenas um meio não se sentia
e. para ganhar totalmente
dinheiro. realizada,
A topografia não porque queria
1. osabor saboroso lhe desagradava, fazer mais.
mas também não
2. a secura seco era o seu sonho.
3. a brancura branco Ele já desejava Sempre Quando estava
4. a pureza puro viver no Algarve, acompanhou o a fazer um
devido ao Miguel no surf e estágio como
5. o luxo luxuoso clima e às boas nas viagens. psicóloga em
6. a distinção distinto condições para Barcelona,
o surf. Quando conheceu
7. o sorriso sorridente terminou o curso uma colega
8. a doçura doce de Turismo, espanhola
decidiu abrir um que fazia
espaço dedicado bijutaria com
o. ao alojamento um material
e escolheu que ela
13 16
Sagres, depois desconhecia
10 D 14 1
de um estudo de e lhe ensinou
E S P E C N mercado. a fazer. Ela
s e começou a
p fazer brincos,
2 A R Q P É L A G O
que a mãe
É 12 N vendeu.
e G T e 15 F
Têm flexibilidade para gerirem o seu Ela sente-se
3 O F E R T A o u tempo. Quando as condições estão feliz, sobretudo
E A R N N boas, pelo menos um deles pode quando vê
11 N T D fazer surf e vão-se revezando. as pessoas
V 4 S A B O R E A R í usarem a sua
bijutaria, e
s C T A R F O V pode trabalhar
6 P O P U L A R D E ao seu ritmo,
R U L sem horários
fixos.
7 P O M B A z
A s M MO
2.
9 D R V A R R 2.1 . Sentiam-se cada vez mais interessados pelas viagens e
pelo surf.
2.2. A topografia não o satisfazia totalmente, não era o ideal.

li. V.
a. 5 f. 10 k. 13
A.
b. 6 g. 1 1. 14
1. tomava conta 4. deu conta
e. 4 h. 8 m. 3
2. prestar contas 5. fez de conta
d. 9 i. 7 n. 12
3. Tendo em conta
e. 11 j. 2

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 191 1


B. UNIDADE 14 - VINHOS PORTUGUESES
1. A amiga perguntou-lhe o que é que ela ia fazer a tantos li.
brincos. a. 3 d. 1
2. Ela pediu para levar/que leva" aqueles brincos e para b. 5 e. 6
dizer/que dissesse à mãe dela que podia fazer o que ela e. 2 f. 4
quisesse.
1 11 3. A amiga disse-lhe que tinha visto alguém na rua com uns Ili.
j ,, brincos que tinham sido feitos por ela. 1.
1.1. b 1.3. a
1.2. c 1.4. b
li.
1. 2.
a. 4 e. 8 2.1. Em outubro e novembro.
b. 5 f. 7 2.2. Jorge Monteiro é o presidente.
e. 3 g. 6 2.3. A Alemanha encontra-se no 7.0 lugar.
d. 2 h. 1 2.4. Foram criados quatro níveis.
2.5. O programa foi iniciado há dois anos nos Estados Unidos e
2. no Brasil.
2.1. É o número de anos que as pessoas nascidas no mesmo
ano podem esperar viver, se se mantiver a taxa de 3. Trabalhar arduamente.
mortalidade observada nesse ano.
2.2. É a ciência que estuda os genes e a forma como as V.
características biológicas são transmitidas de geração A.
para geração. 1. quatro dúzias 4. duas dezenas
2. seis milhões 5. um bilião
Ili. 3. um milhar
1.
a. 12anos b. 3 anos B.
1. ao, por, pelo 4. no, em, na, a, ao
2. 2. de, para o 5. em, aos,à
a. Sim d. Sim 3. de,em, na
b. Não e. Não
e. Não f. Sim e.
1. homenzinho 5. mosquinha
3. 2. devagarinho 6. anelzinho
3.1. As doenças infeciosas infantis. 3. cãozinho 7. cafezinho
3.2. Passou de 30 e tal anos para 70 e tal anos. 4. pequenino 8. papelinho
3.3. Cem anos, aproximadamente.
D.
V. 1. compraram-nos 5. enviar-lha
A. 2. explicar-vos 6. recebê-las
1. senis 6. cônsules 7. Põe-nas
3. mos pediu/pediu-mos
2. anzóis 7. débeis
4. fê-lo 8. procurá-los
3. males 8. pincéis
4. civis 9. infantis
E.
5. suscetíveis 10. azuis
9 12
B. 1 e o N s u M D O R 15
1. A genética tem progredido muito, o que permitirá evitar
algumas doenças.
o E 14 p

2. A questão a que ele tentou responder é muito complexa. 2 N V E L 11 s D R


3. As doenças infantis mais graves, que são as doenças Q 3 E s T A T u T o
infeciosas, já podem ser evitadas. u 10 X R M
4. As doenças infantis mais graves já podem ser evitadas, o
que faz aumentar a esperança de vida.
1 F 1 N A o
s o G o 13 ç ç
e. T R E E Ã Ã
1. Quer seja de velhice, quer seja de doença, todos os seres A M N 4 A L V o o
vivos morrem.
2. O progresso científico levará a que, um dia, todos cheguem
5 p R E V s T o E
aos 100 anos. G E V
3. Por mais que as pessoas tentem ter uma vida saudável, 6 o p T A R 7 e H A M A D O
ainda não é possível eliminar o peso da genética. D
4. Mesmo que as doenças possam ser/sejam evitadas no
futuro, a morte é inevitável.
8 p A R A L E L o

l 92 I PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


V.
11. A.
a. 4 h. 9 1. abundam 5. abarca
b. 8 i. 3 2. inserção 6. testemunho
e. 2 j. 6 3. soterradas 7. vocacionada
d. 5 k. 12 4. traçar
e. 13 1. 7
f. 11 m.1 8.
g. 10 n. 14 1. amicíssimo 5. felicíssimo 9. sequíssimo
2. amabilíssimo 6. paupérrimo 1O. famosíssimo
111. 3. simplicíssimo 7. antiquíssimo 11. habilíssimo
1. 4. dificílimo 8. larguíssimo
a. 2,4 e. 1,3
b. 1 f. 4 e.
e. 1, 4 g. - 1. por, de 4. a
d. 2,3,5 h. 2, 5 2. sem 5. Em, das
3. à 6. às
2.
Opinião mais positiva: António Batel (1) e António Nogueira (4). UNIDADE 17 - ll!HA DO PICO
Opinião mais negativa: Arménio Rego (2) e Armando Neves (5). li.
a. 5 h. 14
V. b. 9 4
A. e. 1 j. 13
1. incorra nesse 4. recorrerão a d. 3 k. 7
2. forem cumpridas 5. anule e. 11 1. 12
3. apelou aos 6. veicula f. 8 m. 2
g. 6 n. 10
B.
1. cansativo 5. animadores Ili.
2. relaxantes 6. surpreendente 1.
3. incomodativo/incómodo 7. assustadora 1.1. b 1.4. c
4. tranquilizador/tranquilizante 1.2. c 1.5. b
1.3. a

2.
li.
2.1. A caça à baleia decorreu entre o último quartel do século
a. 8 f. 2 k. 1 x1x e o último quartel do século xx.
b. 5 g. 11 1. 4
2.2. Porque as condições naturais da ilha do Pico não eram
e. 6 h. 7 m.10
favoráveis e, para conseguirem sobreviver, os habitantes
d. 9 i. 13 n. 12 da ilha do Pico tinham de exercer diversas atividades ao
e. 14 j. 3
mesmo tempo e de desenvolver diferentes competências.
2.3. Agricultura, pesca, baleação, cabotagem.
Ili.
1.
V.
a. 1 g. -
b. 1,2
A.
h. 2
e. 1 i. 1 Adjetivo
d. - j. 1
1. o núcleo nuclear
e. 1 k. 2
f. 2 2. a particularidade particular
3. a carência carente
2.
2.1. Na segunda metade do século XIX e no princípio do século xx. 4. o défice deficitário/deficiente
2.2. No Japão. 5. a extensão extenso
2.3. Em 1938.
6. a dureza dura
3. 7. a rudeza rude
3.1. Em Xangai e Pequim.
8. o engenho engenhoso
3.2. Éde 9,6 milhões de quilómetros quadrados.
3.3. Em duas partes (2 volumes), sendo que cada capítulo 9. a tenacidade tenaz
corresponde a uma das 23 províncias chinesas. 1O. a obstinação obstinado

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO / 93 /


B. 2.
1. multilingue, multicultural 5. multiusos a. detivesse d. sustenha
2. multimilionário 6. multicolor b. retêm e. obtivemos
3. multinacional 7. multirrisco e. continha f. mantivermos
4. multidisciplinar
B.
e. 1. produtiva 5. sectoriais
1. Ele nunca faz nada. 2. transformadora 6. vantajoso
2. Ninguém recebeu nada. 3. rentável 7. agrícola
3. Nunca nenhum aluno chega a horas. 4. climáticas/climatológicas 8. valioso
4. Eles nunca deixam nenhum assunto por resolver.
5. Nunca ninguém compra nada nas promoções. UNIDADE 19 -A GAITA MIRANDESA
li.
a. 4 h. 14
li. b. 6 i. 13
a. 8 e. 9 7
e. 9 j. 8
b. 4 f. 3 j. 5
d. 5 k. 1
e. 2 g. 6 k. 10
e. 11 1. 3
d. 1 h. 12 1. 11
f. 2 m. 7
g. 12 n. 10
Ili.
1.
Ili.
a. Não. e. Não.
f. Não.
1.
b. Sim.
e. Não. g. Sim. a. 2 e. -
d. Sim. b. - f. -
e. 1 g. 4
2. d. 3 h. -
a. Portugal transforma toda a cortiça que produz e também
importa matéria-prima. 2.
e. A área de sobreiro poderia aumentar, mas o sobreiro é 2.1. c 2.4. a
economicamente menos vantajoso do que outras culturas, 2.2. b 2.5. c
porque só começa a produzir cortiça valiosa ao fim de 40 ou 2.3. c
50 anos.
e. A utilização da cortiça para rolhas é muito antiga, mas, 3. Hoje, há muitos gaiteiros; é possível encontrá-los em
atualmente, fazem-se outros produtos, porque só uma qualquer lugar.
pequena parte da matéria-prima pode ser aproveitada para
rolhas. Além disso, é importante que a indústria não esteja V.
dependente de um único produto. A.
f. Durante a transformação, toda a cortiça é aproveitada. 1. Receber o prémio no ano passado fez com que ela se
A matéria-prima que não é usada para a produção de rolhas tornasse famosa.
é utilizada para outros produtos. 2. Ele criticava toda a gente e isso fazia com que ninguém
gostasse dele.
3. 3. Eles têm muita experiência, o que faz com que (eles)
3.1. De Espanha e do Norte de África. obtenham os melhores projetos.
3.2. São necessários 40 ou 50 anos. 4. Todos receiam que a reestruturação da empresa faça com
3.3. Solos pobres e climas com temperaturas elevadas no que as condições de trabalho piorem.
verão e pouca precipitação.
3.4. Menos de 20%. B.
3.5. Produtos aglomerados para revestimento de chão ou 1. O bispo promulgou uma carta pastoral proibindo a música
paredes e para painéis para isolamento térmico ou sonoro. de gaita nas igrejas.
2. Cada casa oferecia de beber ao gaiteiro, embebedando-o.
V. 3. Mário Correia registou em disco a música dos últimos
A. gaiteiros, contribuindo, assim, para manter a tradição.
1. 4. Houve um desenvolvimento da gaita, permitindo que o
a. deter d. reter interesse pelo instrumento aumentasse.
b. obter e. conter
e. manter f. suster

194 J PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1


e.
1. Com o tempo, a imagem do gaiteiro foi mudando.
2. Ao passar por todas as casas, o gaiteiro ia bebendo o que
lhe davam e ia ficando bêbedo.
3. Nos últimos anos, tocar gaita foi-se tornando uma moda.

UNIDADE 20 - NEGOCIOS EM MO AMBIQUE


li.
1.
a. 5 e. 8
b. 1 f. 4
e. 7 g. 2
d. 6 h. 3

2.
a. Produto Interno Bruto
b. Pequenas e Médias Empresas
e. Associação Industrial Portuguesa

Ili.
1.
a. 630 000 - seiscentos e trinta mil
b. 300 - trezentos
e. 19.º - décimo nono
d. 46 - quarenta e seis
e. 6.º - sexto

2.
a. 2 e. 4
b. 3 f. 2
e. 4 g. 3
d. 1 h. 1

V.
A.
1. fabricante 4. armazenista
2. distribuidora 5. fornecedora
3. vendedora 6. exportadora

B.
1. tenham estabelecido
2. teria assegurado
3. tinha fechado
4. tiverem apresentado/apresentarem
5. tenham assinado
6. apostarem

1 PORTUGUÊS PELA RÁDIO [ 9s i


LISTA DE FAIXAS ÁUDIO
!I
111, Faixa Título do Programa Página
•.
'/'i1l Português pela Rádio Lidei - Edições Técnicas
!,•

2 Gente como Nós 6,9

3 Clínica Geral 1O, 13

,:,,iiit:::; 4 Pais e Filhos 14, 17


r ' r·:,11111
11!,: i:!!11 5 Gente como Nós 18, 21
1,il!';i\,l 11

1, '.i: .'l'i
. 6 O Livro do Dia 22,25

7 Reportagem TSF 26,29

8 Mais Cedo ou Mais Tarde 30, 32

9 Código Verde 34, 37

10 Pensamento Cruzado 38,41

11 Mais Cedo ou Mais Tarde 42,45

12 Evasões 46,49

13 Reportagem TSF 50,52

14 125 Perguntas de Ciência 54,57

15 Negócios e Empresas 58, 61

16 Rádio.com 62,63,64

17 O Livro do Dia 66,69

18 Encontros com o Património 70,73

19 Mais Cedo ou Mais Tarde 74,77

20 Reportagem TSF 78,81

21 Negócios em Português 82,84

1961 PORTUGUÊS PELA RÁDIO 1

J.

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