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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

RAIMUNDA CRISTINA ANDRADE CAMPOS

A IMPORTÃNCIA DOS LIVROS NA EDUCAÇÃO INFANTO JUVENIL

ESMERALDAS 2022

RAIMUNDA CRISTINA ANDRADE CAMPOS


GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

A IMPORTÃNCIA DOS LIVROS NA EDUCAÇÃO INFANTO - JUVENIL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Futura – Grupo
Educacional Faveni, como requisito parcial
para obtenção do título de (Licenciatura ou
Bacharel) em Pedagogia.

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues

ESMERALDAS
2022
ANDRADE CAMPOS, RAIMUNDA CRISTINA –
A IMPORTÂNCIA DOS LIVROS NA EDUCAÇÃO
INFANTO - JUVENIL / RAIMUNDA CRISTINA ANDRADE
CAMPOS. – 2022.
21 páginas.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade


Futura – Grupo Educacional Faveni, como requisito parcial para
obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia

1. Livros; 2. Mídias Digitais; 3. Infância.

RAIMUNDA CRISTINA ANDRADE CAMPOS

GRUPO EDUCACIONAL FAVENI


A IMPORTÃNCIA DOS LIVROS NA EDUCAÇÃO INFANTO - JUVENIL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Futura – Grupo
Educacional Faveni, como requisito parcial
para obtenção do título de Licenciatura em
Pedagogia

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues

APROVADO EM: _____/_____/__________

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________ Examinador
1
____________________________________________ Examinador
2
____________________________________________
Examinador 3

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família por
não me deixar desistir a meus amigos
pelos conselhos e paciência, pois não foi
fácil me aturar nestes tempos.

RAIMUNDA CRISTINA ANDRADE


CAMPOS

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Senhor por toda a força que colocou no meu coração que me ajudou a
lutar até o fim.
Agradeço à minha família que teve muita paciência comigo e me incentivou na busca
pelo pelos meus objetivos e por não ter me abandonado pelo caminho. E também a
minha amiga Regilene que sem sua ajuda eu não chegaria até aqui.
RAIMUNDA CRISTINA ANDRADE CAMPOS

“Sonhos determinam o que você quer. Ação determina o que você conquista.”

Aldo Novak
A IMPORTÃNCIA DOS LIVROS NA EDUCAÇÃO INFANTO - JUVENIL

1
Autor , Raimunda Cristina Andrade Campos

1Função, Licenciatura em pedagogia, e-mail; cristinaandrade181@outlook.com

RESUMO

Vivemos num mundo onde as mídias digitais estão cada vez mais presente nos lares
e na vida das pessoas e isso torna mais difícil a inclusão de livros físicos na vida das
pessoas. Outrora fosse mais fácil encontrar uma criança em uma biblioteca à
procura de um livro físico, hoje é mais comum encontra-la segurando um
equipamento eletrônico. Embora saibamos que os livros são a porta para o
conhecimento não conseguimos criar hábitos saudáveis de leitura e os
equipamentos eletrônicos tem feito com que as crianças deixem de buscar uma boa
leitura para navegar por redes que nem sempre são próprias para sua idade e não
acrescentarão em nada em sua vida acadêmica. No contexto da educação,
principalmente através da leitura vimos o quão essencial está ferramenta é em
nossas vidas. pois o processo educativo está ligado diretamente a este objeto.
O trabalho apresentado visa um estudo analítico do uso dos livros como ferramenta
de educação e distração na vida de crianças e reconhecer a importância da literatura
infantil incentivando a formação do hábito de leitura na idade em que todos os
hábitos se formam, isto é, na infância.

Palavras-chave: Livros. Eletrônicos. Infância.


THE IMPORTANCE OF BOOKS IN CHILD AND YOUTH EDUCATION

1
Autor , Raimunda Cristina Andrade Campos
1Função, Degree in pedagogy, e-mail; cristinaandrade181@outlook.com

ABSTRACT

We live in a world where digital media are increasingly present in people's homes and
lives and this makes it more difficult to include physical books in people's lives. Once
it was easier to find a child in a library looking for a physical book, today it is more
common to find a child holding an electronic device. Although we know that books are
the door to knowledge, we are not able to create healthy reading habits and
electronic equipment has made children stop looking for a good read to browse
networks that are not always appropriate for their age and will not add to their nothing
in your academic life. In the context of education, mainly through reading, we saw
how essential this tool is in our lives. because the educational process is directly
linked to this object.
The work presented aims at an analytical study of the use of books as an education
and distraction tool in children's lives and recognize the importance of children's
literature encouraging the formation of the reading habit at the age when all habits are
formed, that is, in childhood.

Keywords: Books. Electronics. Childhood.


SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO............................................................................................................11

1.1 Objetivos gerais e específicos..................................................................................11

1.2 Justificativa do trabalho.............................................................................................12

1.3 Material e Métodos....................................................................................................12

2-DESENVOLVIMENTO.................................................................................................13

3-RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................15

4-CONCLUSÃO..............................................................................................................19

REFERÊNCIAS...............................................................................................................20
1 INTRODUÇÃO

Os livros são portas para o conhecimento, Como nos explica Caldin (2003),
nos últimos anos do século XX, a ideia acerca da necessidade e relevância da
literatura infantil na instrução formativa de pequenos leitores se consolidou,
passando a fazer parte das discussões concernentes às políticas públicas de
educação e de cultura. O que talvez algumas pessoas não saibam é que o costume
de ler deve ser desenvolvido nos primeiros anos de vida, para que assim se possa
ter um aprendizado mais saudável e uma criatividade apurada, mesmo que a criança
ainda não seja alfabetizada. E o envolvimento com as novas tecnologias, vem
suscitando questionamentos e discussões entre pesquisadores e educadores.

1.1 Objetivos gerais e específicos

O objetivo principal desse trabalho é promover o hábito da leitura através do uso


regular de livros e conciliando-os ao uso das mídias sociais. O uso de eletrônicos se
tornou um caminho sem volta, às crianças de hoje desde o nascimento estão
expostas às redes. No que se refere à área educacional, a mídia esteve sempre
presente na educação formal, porém, não raras vezes, sofreu certa resistência, em
relação a sua aplicação na escola. Porém, o impacto social causado pela penetração
da tecnologia de informação e comunicação (TIC) nos últimos anos, ocasionou
intensas transformações nas principais instituições sociais.
As reflexões em torno do assunto mídia e literatura vem sendo aprofundadas há
várias décadas dado a constatação de sua influência na formação do sujeito
contemporâneo e da necessidade em explorar o assunto diante do rápido
desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação. A difusão e a
divulgação da leitura literária durante muito tempo esteve condicionada à atuação
das instituições educacionais e da indústria editorial na figura dos mediadores
tradicionais, professores, bibliotecários, críticos e editores. Entretanto, o ciberespaço
por meio das plataformas bilaterais de comunicação possibilitou que qualquer leitor
minimamente competente possa atuar como agente ou mediador de leitura literária.
E talvez seja esse o ponto.

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Fazer com que as mídias sociais sejam usada como conciliadora e não como única
opção. O consumo de literatura é cada vez mais mediado pelas redes sociais. A
condição atual das tecnologias dá uma nova dimensão para a leitura, já que esse
momento altera radicalmente as formas de ócio e socialização dos sujeitos, que
vivem com a presença multimediática e o predomínio do consumo. (COLOMER
APUD
MACHIAVELL, 2017)
Situação-problema

Em um mundo onde a globalização é uma realidade, passa-se por várias


intervenções e transformações de cunho sociais, ambientais, políticas, culturais, e
propriamente, tecnológicas. Pode-se dizer que as tecnologias tanto interferem
quanto recebem interferências dos seres humanos.

1.2 Justificativa do trabalho

A razão do presente trabalho é demonstrar um contraponto em relação ao uso


dessas tecnologias referente aos riscos e efeitos nocivos, oriundos da sua aplicação
desmedida e ingênua, que ainda é pouco estudada na área da Educação.

1.3 Material e Métodos

Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema nas revistas acadêmicas
científicas disponíveis on-line e impressas, e comparando os diferentes dados
encontrados nas fontes de consulta e listando os principais fatores que predispõe o
uso de mídias sociais juntamente com a literatura. Sabendo -se que hoje a
tecnologia tornou-se um espaço significativo no cotidiano de indivíduos e instituições,
redefinindo comportamentos e instaurando uma nova ordem comunicacional pautado
em iteratividade, compartilhamento e colaboração. A concepção da necessidade de
aproximar as crianças dos livros de literatura infantil é, praticamente, um consenso
na atualidade. Sabendo desta situação e no objetivo de elevar a quantidade de
trabalhos que discutam sobre o assunto, para, desta maneira, cooperar, mesmo que
11
de maneira ínfima, para que a realidade ideal de leitores no Brasil aumente ainda
mais, é que neste trabalho realizamos uma revisão bibliográfica da importância da
literatura infantil como estratégia pedagógica para a incitação da leitura em alunos da
educação infantil e ensino fundamental, que comumente, mas não somente,
agregam alunos com faixa etária de 0 a 14 anos. Para alçar o proposto, foi
necessário atingir os seguintes objetivos específicos: (a) saber mais sobre mídias;
(b) compreender e discorrer acerca da relevância e necessidade da leitura; e, (c)
definir o que é literatura infantil e como é vista dentro do âmbito escolar. A
metodologia adotada foi a de cunho bibliográfico, que, segundo Andrade (2017), é
uma espécie de trabalho que objetiva destacar discussões acerca de um tema, isto
é, elaborar um ajuntado de conhecimentos reunidos de obras de toda natureza, no
almejo de conduzir o futuro leitor a compreender determinado assunto de maneira
mais ampliada. Mas ressalta-se a necessidade do cuidado com o levantamento de
dados de fontes confiáveis, caso contrário, o trabalho, ao invés de contribuir para a
construção do conhecimento, estará replicando e ampliando equívocos.

2 DESENVOLVIMENTO

Elementos históricos sobre a mídia

Ao longo do século XX, especialmente entre os anos de 1940 e 1970, o telefone, o


cinema, o rádio, as revistas e a televisão constituíam-se em um sistema, que o
desenvolver-se, transformou-se em aparato de última geração ao integrar outros
avanços tecnológicos mais recentes como telefones celulares, TV interativa e a
Internet. Tais 213 aparatos foram sendo produzidos e vinculados com a totalidade,
estabelecendo uma intima relação com os objetivos da industrialização. O avanço
tecnológico se colocou presentes em todos os setores da vida social, e na educação
não poderia ser diferente, pois o impacto desse avanço se efetiva como processo
social atingindo todas as instituições, invadindo a vida do homem no interior de sua
casa, na rua onde mora, nas salas de aulas com os alunos, etc. Desta forma, os
aparelhos tecnológicos dirigem suas atividades e condicionam seu pensar, seu agir,
seu sentir, seu raciocínio e sua relação com as pessoas. Diante dessa realidade,

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delineiam os desafios da escola sobre esse tema na tentativa de responder como ela
poderá contribuir para que crianças e jovens se tornem usuários criativos e críticos
dessas ferramentas, evitando que se tornem meros consumidores compulsivos de
representações novas de velhos clichês (BELLONI, 2005, p.8). Contanto que essa
atuação ocorresse no sentido de amenizar ou até mesmo eliminar as desigualdades
sociais que o acesso desigual a essas máquinas estão gerando, tal fato poderia se
tornar um dos principais objetivos da educação. No tocante ao uso das mídias
concomitante ao uso da literatura está mais sob olhar do que é a literatura que é
mais do que uma manifestação estética e artística é um manancial de entendimento
sobre o homem e sobre a vida. A literatura proporciona ao sujeito uma aproximação
com distintas realidades, uma forma de entender o mundo e os outros. De acordo
com
Afrânio Coutinho (1978, p. 9)
A literatura, como toda arte, é uma transformação do real, é a realidade recriada
através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e
com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma,

independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio .

O primeiro contato das crianças com essa literatura se dá, em geral, intermediado
pela narração de um adulto; mas este, nem sempre, permite o contato físico delas
com o livro, sobretudo quando são bebês.

Isso acontece mesmo no ambiente escolar; entre os motivos podem estar: não
querer que os livros sejam danificados ou julgar que, só a partir dos 2 anos, a
criança esteja a apta para usufruir desse contato adequadamente. No entanto, o livro
deve ser considerado pelos educadores como um brinquedo a ser oferecido para
toda criança. Afinal, ter livros ao alcance das mãos é essencial para incentivar o
interesse pela leitura.

Contar estórias contribui para o despertar do aprendiz a um mundo de


possibilidades, encantamento, impasses, soluções, descoberta de mundo e,
principalmente, imaginário que os irão fazer ver o mundo de inúmeras formas, além
de estimulá-lo a querer aprender a ler. O professor necessita angariar
conhecimentos de que a motivação e criatividade são essências, daí a precisão de
se trabalhar o lúdico, por exemplo. Sabendo que a leitura é quem maior contribuirá

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para a formação de alunos leitores críticos, por isso é que se faz necessário que a
escola também tenha a concepção da indispensabilidade de espaços para a prática
de contação de estórias, criando ambientes para isso, para todos os envolvidos,
alunos, professores, família etc. Sobre, Souza e Bernardino (2011) explicam que:
O horário adequado é aquele onde as crianças estão relaxadas, para pensar sobre
a história que viram ou escutaram mostrar o livro a criança e deixar que está o manuseie é importante para a
interação com o objeto, antes do recreio ou almoço ou ao final do dia são os melhores momentos para a
contação. Quando ao espaço físico, sugere ambientes fechados, que evitem a dispersão, como a sala de aula, o
bom é criar um ambiente de aconchego e a proximidade mantendo as crianças próximas em círculo (SOUZA;
BERNARDINO, 2011, p. 247).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Há várias pesquisas que indicam que o uso das redes sociais faz com que as
crianças esqueçam livros. uma matéria da revista VEJA aponta que:

A fixação das crianças pelo uso de aparatos tecnológicos, como os smartphones e computadores
que lhes permitem acessar as redes sociais, tem feito com que as crianças em idade escolar leiam
casa vez menos livros.

À matéria ainda aponta que de acordo com o levantamento, as crianças dos anos
finais do ensino primário – que equivale ao ensino fundamental I no Brasil têm seis
vezes mais chances de serem consideradas leitoras assíduas (ou seja, leem cerca
de 10 livros ao ano) do que as crianças mais velhas.

Nisto podemos perceber que diante de tamanha urgência, fazer com que os jovens e
crianças deixassem as redes sociais e lessem mais se tornou o desafio do século
tanto para professores quanto para as famílias.
O mesmo justifica-se devido ao fato de que os livros são portas para o
conhecimento, e quase todo mundo sabe disso. O que talvez algumas pessoas não
saibam é que o costume de ler deve ser desenvolvido nos primeiros anos de vida,
para que assim se possa ter um aprendizado mais saudável e uma criatividade
apurada, mesmo que a criança ainda não seja alfabetizada.
A importância da leitura literária: breves considerações bibliográficas De
acordo com Barros (2013), foi necessário muito tempo para que se considerassem
as crianças como constituintes de uma sociedade e para que seus vínculos com a
família e a escola fossem objetos de estudo. Até o século XVI, a concepção sobre a

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infância era considerada de maneira muito destoante da que se tem atualmente; a
existência social da infância era vista como um grupo a parte dos demais
componentes da sociedade, pois somente na fase adulta eram agregados ao espaço
adulto. A criança escutava as mesmas estórias/narrativas que eram contadas para
os adultos, característicos das tradições populares à época. Enquanto as crianças de
baixa renda (da aldeia) ouviam lendas, as crianças da nobreza escutavam clássicos.
Enfim, ambos os públicos – adulto e infantil – participavam dos mesmos ambientes e
atividades, até mesmo no que se refere à educação escolar. Apenas no século XVIII
começou a se manifestar um cuidado com o tratamento da infância, que se fixaria
mais adiante, quando se passou a divisar as crianças em conformidade com a faixa
etária. Isso ocorreu, pois a “revolução social imposta pelas guerras, que modificaram
os costumes entre a Idade Média e os tempos modernos, criou uma compreensão da
particularidade da infância e sua importância tanto moral como social” (BARROS,
2013, p. 15). 6 Zilberman e Lajolo (1986) contam que com o fortalecimento da
burguesia, compreendido pelos autores como os grupos de poder aquisitivo e de
influência a sociedade à época alta, isto é, antes do século XIXI, incitou um
investimento na educação; por este motivo a infância passou a ter um olhar especial
e independente. Este período passou, então, a ser estabelecido como uma época de
vulnerabilidade do ser humano, no qual a criança deve ser orientada e cuidada
quanto às questões de proteção contra doenças e mazelas sociais, em razão de sua
dependência e fragilidade. Esta necessidade de proteção incitou o aparecimento de
organizações que resguardem o local do aprendiz jovem na sociedade e possam ser
usado como intermédio entre a criança e o mundo. Foi a partir desta concepção que
surgiram as primeiras escolas para o público infantil. De acordo com Zilberman
(2003), a valorização da infância acarretou uma maior comunhão familiar, contudo,
ao mesmo tempo, surgiram os meios de controle do crescimento intelectual da
criança e do domínio de suas emoções. Sendo assim, a literatura e a escola,
respectivamente, são inventadas e reorganizadas, para cumprirem a missão de
educar as crianças. Neste processo de modernização que a sociedade vivenciou no
século XV estimulado pela industrialização, a escola também passou a ter a função
de moldar o jovem para agir, quando adulto, conforme o que é considerado status
social no mundo burguês; com isso, passa-se a defender que pela alfabetização se

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capacita a criança, o que faz aumentar o consumo de obras impressas. Sobre isso,
Barros (2013, p. 16), aponta que:
Esse processo aperfeiçoa a tipografia e a expansão da produção de livros, o que inicia
o estreito laço entre a literatura e a escola. Produto da industrialização, o livro surge visando um
mercado específico cujas características respeitam posturas pedagógicas e afirma valores burgueses
a fim de assegurar sua utilidade. E a literatura surge, a partir dessas grandes transformações, na

ordem sócio-política e econômica

Ao final do século XVII, esse pensamento incitou o aparecimento de um mercado de


livros pedagógicos específicos, destinados, principalmente, para a literatura infantil.
Apareceram-se, por exemplo, as histórias de La Fontaine (1668) e Os Contos da
Mamãe Gansa (1697). As narrativas afamadas e conhecidas mundialmente
surgiram, inicialmente, na França e, depois, na Inglaterra, onde se destacou os
contos de fada, como as famosas 7 histórias dos irmãos Grimm, em 1812. Nesta
fase, identificou-se que as crianças tinham favoritismo por histórias fantásticas e com
aventuras, como Peter Pan, de James Barrie. Ainda de acordo com Barros (2013), o
período de maior visibilidade da criança ocorreu no século XIX, originando assim a
preocupação e respeito com as precisões e com o crescimento cognitivo e
emocional da criança, por isso, as ciências – psicológicas, sociológicas e
pedagógicas – passaram a se ater a este público. Neste contexto, a literatura passa
a ser objeto pedagógico de trabalho destes estudiosos que se dedicaram ao público
infantil. Pela literatura eram transmitidos valores e normas da sociedade, com o
objetivo de educar o caráter da criança em uma instrução cívica, ética, humanística,
intelectual e espiritual. Lajolo (2002) informa que essa intenção de usar a literatura
como postura didática é, ainda hoje, um método muito utilizado quando se objetiva
transmitir algum ensinamento em concordância com a interpretação de adultos. Para
o autor, essa conduta tem um aspecto negativo, pois limita a condição da criança de
criar uma apreensão autônoma e crítica perante a vida. Ainda de acordo com autor,
as interligações entre literatura e o ambiente escolar, em grande parte das situações,
partem deste princípio de formar a criança para o uso de obras impressas com
algum fim educativo adulto. Percebe-se isso quando se analisam que a maioria das
obras literárias utilizadas no ambiente escolar são produzidas por professores
clássicos, pedagogos, entre outros, enfim, principalmente profissionais ligadas a
área da Educação. No Brasil, de acordo com Barros (2013), o reconhecimento da
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importância dos livros literários infantis aconteceu depois sua valorização como
recursos pedagógicos, que propositavam instruir as crianças com bons modos para
a convivência em sociedade. Verifica-se aqui que ainda há uma intencionalidade, o
livro visto como uma forma de impor padrões e valores morais da sociedade. Um dos
autores que se destacou no Brasil na área da literatura infantil foi Monteiro Lobato.
Em 1921, o autor lançou “Narizinho Arrebitado”, que foi utilizado pela rede escolar
pública com sucesso, por isso, outras histórias, como o “Sítio do Pica Pau Amarelo”,
também foram implementados. Coelho (2000, p. 225) também informa que Monteiro
Lobato foi um divisor de águas na literatura infantil, pois “Fazendo a herança do
passado imergir no presente, Lobato encontrou o caminho criador que a Literatura
Infantil estava necessitando. Rompe, pela raiz, com as convenções estereotipadas e
abre as portas para as novas 8 ideias e formas que o nosso século exigia”. Grande
parte das obras de Lobato são destinadas a literatura para crianças que, além de
escritor, era grande empresário nos ramos de editoras. Daí, talvez, esteja outro
quesito que o ajudou a divulgar as suas obras literárias. Lobato acreditava que a
relação entre criança e a literatura é um método para inserir a criança no ambiente
da imaginação, cativando-a a se torna uma leitora e, consequentemente, fazendo-a
assimilar mais informações que a tornaria um adulto atuante na sociedade. Há,
ainda, a inserção do propósito de formação, isto é, a de a literatura apresentar
somente características de moralista para material de formação de leitores. Com o
crescimento das pesquisas destinadas exclusivamente à área infantil, iniciada no
século XX, que se atinham ao desenvolvimento emocional, na emoção e cognição
das crianças, a literatura goza de um alto status como método de trabalho nesse
campo. Entre décadas de 30 e 60, os gêneros literários, até então com destaque
para as narrativas, aumentaram, aparecendo cartilhas didáticas, gibis, livros
informáticos e novas linguagens tecnológicas. Na década de 70, a literatura infantil
começou a ser identificada como um benéfico objeto/auxiliador para o crescimento
intelectual e cultural da criança. Ainda neste período, apareceram o Instituto
Nacional do Livro, fundado em 1937, que se incumbiu da tarefa de coeditar, viés
convênios, uma grande quantidade de obras infantis e juvenis, que foram utilizadas
como materiais para a comunidade escolar, que estavam, à época, bastante
preocupados com o baixo índice de leitura (BARROS, 2013). Todas estas
experiências ocorridas durante mais de um século, após a mudança da visão acerca

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da infância, demonstra o quão profícua é esta ciência – a Literatura - para a
formação do ser humano. Produto que se utiliza da palavra, isto é, um dos principais
meios de comunicação humano. Cosson (2005), célebre autor sobre letramento
literário, explica que é por via desta exploração destes materiais – que diz sobre o
mundo (reedificado pela força da palavra) – que a literatura se mostra como um
exercício indispensável para a composição de um indivíduo da escrita. É na pratica
de leitura e da elaboração dos textos literários que se desnuda o despotismo das
regras exigidas pelos discursos padrões da sociedade letrada e se ergue uma
maneira própria de se fazer dono da linguagem que, sendo minha, é ainda de todos.
Melhor expondo, de maneira poética, o autor explica que:
O corpo linguagem, o corpo palavra, o corpo escrita encontra na
literatura seu mais perfeito exercício. A literatura não apenas tem a palavra em sua constituição
material, como também a escrita é seu veículo predominante. A prática da literatura, seja pela leitura,
seja pela escritura, consiste exatamente em uma exploração das potencialidades da linguagem, da
palavra e da escrita, que não tem paralelo em outra atividade humana. Por essa exploração, o dizer o
mundo (re)construído pela força da palavra, que é a literatura, revela-se como uma prática
fundamental para a constituição de um sujeito da escrita. Em outras palavras, é no exercício da leitura
e da escrita dos textos literários que se desvela a arbitrariedade das regras impostas pelos discursos
padronizados da sociedade letrada e se constrói um modo próprio de se fazer dono da linguagem
que, sendo minha, é também de todos (COSSON, 2005, p. 16).

Isso acontece porque a literatura é inundada de conhecimento sobre as pessoas e o


mundo. Ao ler e escrever obras literárias, encontramos a nós mesmos e o sentido da
sociedade à qual pertencemos. A literatura introduz o que somos e nos encoraja a
querer e mostrar o mundo por nós mesmos. Isso ocorre, pois a literatura é uma
experiência a ser efetuada. Vai além de um saber ao ser recriado, é a inserção do
outro em mim sem abdicação da minha própria identidade. Na prática da literatura,
conseguimos ser o outro, conseguimos viver como os outros, conseguimos arrombar
as fronteiras do tempo e do espaço de nossa história e, nada obstante, somos nós
mesmos. Por este motivo que acreditamos com mais veemência as veracidades
ofertadas pela poesia e pela ficção.

4 CONCLUSÃO

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Por fim vimos que tecnologia e sociedade estão relacionadas reciprocamente.
Após o surgimento da internet, que catapultou as possibilidades de interações
virtuais por meio das suas redes, teóricos, pesquisadores e especialistas no
tema têm buscado compreender os efeitos dessa conectividade nos diversos
âmbitos da existência humana, sejam eles político, econômico, educacional
ou social.
Reconhecido que a socialização do indivíduo é primordial para o seu
desenvolvimento, bem-estar, integração e conduta na sociedade foi possível
reconhecer que tal avanço em nosso meio proporcionou gigantesco avanço e
crescimento em nosso meio.
Claro que como todos os avanços existem pontos negativos que impactam
em nossa convivência diária, entretanto, é necessário que saibamos tiram
proveito de todos os recursos existentes em nosso meio como foi possível ser
mostrado na usualidade pro projeto de Jornal Digital mostrado, onde por meio
de uma rede social foi feita integração de pais e alunos junto a escola, e
também ouve o desenvolvimento do pensamento crítico, vontade de leitura e
construção de relacionamentos interpessoais através do uso favorável da
internet, por meio de redes sociais e outras tecnologias em sua construção e
aplicabilidade. A linguagem oral é uma atividade livre e se inicia desde os
primeiros meses, quando o bebê emite sons evidenciando a comunicação
entre os que estão próximos. Aos poucos esses balbucios vão se tornando
palavras, frases, e a criança se comunica definitivamente com o mundo ao
seu redor, e quanto mais à criança exercita a fala, mais ela se aprimora e
percebe o uso social da fala.

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REFERÊNCIAS

CALDIN, C. F. A função social da leitura da literatura infantil. Redalyc, Espanha e


Portugal,n.15,s./p.,jan./jun.2003.Disponível em:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=14701505. Acesso em: 13 jul. 2022.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2009. COELHO,
N. N. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000. CALDIN,
C. F. A função social da leitura da literatura infantil. Redalyc, Espanha e Portugal, n.
15, s./p., jan./jun. 2003. Disponível em: . Acesso em: 15 jul. 2022.
CONGRESSO BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 40., 2017,
Curitiba. Anais... Curitiba: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação, 2017. Disponível em: . Acesso em: 12 de jun.
2022 universidade de Brasília, Brasília, 2015. Disponível em: . Acesso em: 15 jul.
2022.
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2009. GIL,
A. C. Como elaborar projetos de pesquisas. São Paulo: Atlas, 2019.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2002.
U MACHIAVELLI, M. A leitura de adolescentes: dados de um estudo exploratório. In:
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SOUZA, L. O. de; BERNARDINO, A. D. A contação de histórias como estratégia
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Educação Dom Alberto, Santa Cruz do Sul, n. 1, v. 1, p. 115-129, jan./jul. 2022.
Acesso em: 15 jul. 2022.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/educacao/uso-da-tecnologia-faz-comque-
estudantes-esquecam-livros/.

20
ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003.
Disponívelem: < https://books.google.com.br/books?
hl=ptBR&lr=&id=dqhcBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT
2&dq=a+import%C3%A2ncia+de+tex tos+literarios+na+educa
%C3%A7%C3%A3o+infantil&ots=nzNQDkqRvp&sig=JXDwi
dbw7DUADl9sbH5X2tIxPCs#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 15 jul. 2022

21

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