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ALMEIDA, VERDIANA 2
Resumo
Atualmente, os livros vêm perdendo espaço na vida das pessoas, e num
mundo globalizado onde as crianças e os jovens estão cada dia mais
conectados, fica cada vez mais difícil estabelecer um vínculo entre leitores e
mídias digitais. Embora saibamos que os livros são a porta para o
conhecimento não conseguimos criar hábitos saudáveis de leitura e nestes
tempos de COVID-19 deveríamos aproveitar o tempo que obtivemos em “casa”
para dar um espaço maior ao conhecimento adquirido através das páginas dos
livros. No contexto da educação, principalmente através da leitura vimos o
quão essencial está ferramenta é em nossas vidas. pois o processo educativo
está ligado diretamente a este objeto.
1.INTRODUÇÃO
Os livros são portas para o conhecimento, e quase todo mundo sabe
disso. O que talvez algumas pessoas não saibam é que o costume de ler deve
ser desenvolvido nos primeiros anos de vida, para que assim se possa ter um
aprendizado mais saudável e uma criatividade apurada, mesmo que a criança
ainda não seja alfabetizada. Já o surgimento e a expansão da internet estão
relacionados ao processo de globalização, que tem proporcionado uma
mudança estrutural nas sociedades contemporâneas ou pós-modernas (LIMA
et. al.,2012). O papel que o professor desempenha durante o processo de
alfabetização influencia amplamente no desenvolvimento da criança. E o
1
Estudante do curso de licenciatura em Pedagogia.
2
Orientadora do curso licenciatura em Pedagogia. Artigo apresentado como requisito parcial
para obtenção do título de licenciatura em Pedagogia, sob orientação da professora Veridiana
Almeida. João Monlevade 2021
envolvimento com as novas tecnologias, vem suscitando questionamentos e
discussões entre pesquisadores e educadores.
Durante esse período de COVID-19 foi cada vez maior o tempo que as
crianças e adolescentes se dedicaram em frente às telas, nas redes sociais,
conectados a internet. Com isso muitos hábitos, valores e formas de interação
social têm sido modificados na vida e no desenvolvimento da criança e do
adolescente, as crianças tem a oportunidade de ter acesso a toda forma de
leitura que ela puder mas nem sempre o livro digital é o objeto de busca de
crianças, jovens ou adultos. A pandemia nos mostrou que os recursos digitais
são essenciais na vida do ser humano também nos mostrou que o uso até
mesmo para fins escolares é uma realidade que veio para ficar.
É muito difícil convencer um adulto a adquirir hábitos de leitura e isso
nos faz analisar de que forma podemos resgatar essa cultura tendo em vista
que hoje o ensino apresenta avanços significativos no que diz respeito a
fatores como infra-estrutura, formação de professores, material didático,
inovações tecnológicas, entre outros. A Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fez uma série de divulgações
ressaltando que:
“O livro contribui para combater a sensação de solidão, reforça os laços
entre as pessoas e expande horizontes”. (23 de abril de 2020 Autor Editora da
UFRGS).
Durante esse período onde fica cada vez mais difícil para todos
aqueles que são apegados às mídias digitais e redes social se libertarem
desse vício, os jovens são a categoria que mais utiliza as ferramentas digitais.
Com as salas de aula fechadas, a necessidade da adoção de um modelo
pedagógico como o ensino remoto foi imediata. Diante de tamanha urgência,
fazer com que os jovens e crianças deixassem as redes sociais e lessem
mais se tornou o desafio do século tanto para professores quanto para as
famílias. O contato com os materiais e as tarefas escolares, por meio físico ou
pela internet, foi tema constante das conversas sobre educação no país e
muitos deles nem abriram o livro físico pois era muito mais eficaz procurar nas
redes sua respostas para terem mais tempo de navegar em seus grupos e
aplicativos. Ficou claro que o surgimento da Internet produziu numerosos
benefícios para a sociedade, porém aliada a isso, a leitura deve ter um papel
fundamental na busca e na transmissão do conhecimento, no estímulo à
imaginação e à criatividade, na possibilidade de transformações e na
emancipação dos indivíduos.
2.DESENVOLVIMENTO
4
Escritura primitiva ideográfica, em que as idéias são expressas por meio de cenas ou objetos
desenhados.
humanidade é possuidora da razão, possibilitando a comunicação e o
relacionamento com os outros homens. Os sumérios 5 guardavam suas
informações em tijolo de barro. Os indianos faziam seus livros em folhas de
palmeiras. Os maias e os astecas, antes do descobrimento das Américas,
escreviam os livros em um material macio existente entre a casca das árvores
e a madeira. Os romanos escreviam em tábuas de madeira cobertas com cera,
os egípcios desenvolveram a tecnologia do papiro, uma planta encontrada às
margens do rio Nilo, suas fibras unidas em tiras serviam como superfície
resistente para a escrita hieroglífica.
5
Os sumérios desenvolveram –se na região sul da Mesopotâmia, entre os rios Eufrates e Tigre
(área integrante do Crescente Fértil) entre os anos 4000 e 1950 a.C.
6
Johannes Gensfleisch, conhecido como Johannes Gutenberg, nasceu provavelmente em
1397 e é considerado o criador do processo de impressão com tipos móveis, a tipografia.
somente nos mosteiros e nas abadias 7 que se encontravam as únicas escolas
e bibliotecas da época, e era lá que se preservavam e restauravam textos
antigos da herança greco-romana. A educação formal entrou em crise durante
a Alta Idade Média, ficando restrita somente ao clérigo. Neste período a igreja
manteve total domínio sob qualquer forma de comunicação que pudesse se
expressar além dos seus interesses. As escolas episcopais garantiram a
formação do clero, enquanto nos mosteiros, como acabamos de citar eram
realizadas as leituras e a cópia de todos os textos da era greco-romana. A
partir deste momento a leitura, passa a ter caráter religioso, restringindo o
ensino somente para àqueles que seguiriam a vocação religiosa. Milhares de
obras foram censuradas, pois suas idéias não se adequavam às normas da
igreja. A escrita passou a ser um símbolo sagrado, vinculando-se a opinião
de que os demais indivíduos só poderiam, em sinal de respeito, escutar e
memorizar tais ensinamentos sagrados, sem o direito de contestá-los ou
interpretá-los. O difícil acesso aos livros, mesmo para os que tinham o
privilégio de ler, ainda era grande, havia uma busca imensa pelo saber tais
como e onde surgiram todas as coisas do nosso universo.
7
Propriedade destinada à residência de monges, com igreja, granja e várias outras
dependências, não somente agrícolas, mas também de administração senhoril.
Devido a tal desenvolvimento social e econômico, a necessidade de instrução
da população foi cada vez maior. Com isso, surgiram as primeiras escolas
públicas. A figura do leitor como conhecemos hoje, dos textos impressos é
recente e surge na Europa, aproximadamente, no século XVIII, quando a
impressão dos livros passa do modo artesanal para o modo empresarial,
possibilitando assim um maior acesso e um número de livros maior do que no
período anterior, com a invenção da imprensa. 8
Mas desenvolver o hábito da leitura é um desafio a ser enfrentado. A Câmara
Brasileira do Livro fundada em 1946, teve como missão desenvolver a leitura
no país e difundir a produção editorial brasileira. Os desafios da leitura frente
aos novos tempos de pandemia e da vida digital. Cerca de 52% da população
brasileira o que correspondente a 100 milhões de pessoas simplesmente não
tem o hábito de ler9.
Diante do exposto fica evidente que as crianças e adolescente de hoje
preferem as redes de mídias do que um livro, embora existam vários
benefícios ao uso do mesmo pelas pessoas ,ainda que tenha havido um leve
aumento no número de leitores ainda sim não é o bastante visto que ler pode
ajudar os indivíduos , estabelecer uma rotina de leitura de livros literários ou de
qualquer outro tipo de leitura no contexto familiar, nesse período de
quarentena, pode ajudar a fortalecer o vínculo das crianças e adolescentes
com a escola, bem como pode vir a ensiná-las a serem mais humanas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
8
SILVA, Klyvia Larissa Andrade. Formar Leitores: um desafio da escola. Revista ABC
Educatio, p. 42-46.
9
Pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”.7 de jun. de 2021
Resgatar e reconhecer que livros e aprendizado andam juntos, e que
ambos se complementam. Devemos sempre considerar que a leitura não serve
só para entretenimento, ela nos ajuda a pensar e nos tornam pessoas
questionadoras detentores de conhecimentos que só agregam nossa
caminhada.
Na medida em que há a interação com o mundo literário, as crianças e
adolescentes vão construindo relações e conhecimento a respeito do mundo
em que vive. No entanto, até hoje, ler é um problema para muitas pessoas.
Cabe à escola e às famílias, em meio a tantas mudanças tecnológicas e
sociais, estimular a leitura, melhorar as estratégias, principalmente de
compreensão e oferecer muitos e variados textos, a leitura é considerada o
principal meio para que se possa aprimorar a escrita, fala, entre outros e de
acordo com a pesquisa realizada a escola precisa sempre estar atenta a essa
questão, proporcionando momentos de leitura para os alunos e, condições
necessárias para que os mesmos possam se sentir bem ao desenvolverem
suas leituras, pois, considera-se que a leitura, além de trazer muita informação
para o aluno, ela pode também proporcionar momentos prazerosos, pelo qual o
aluno pode viajar no seu imaginário, e dar uma “volta ao mundo”
Valorizar a leitura nos dias atuais devido ao COVID19, é
importantíssimo pois numa geração que já nasce conectada é cada dia mais
desafiador o uso da literatura. Enfim espera-se que tenha sido provocado
um olhar e um refletir sobre a ação da escola e das famílias, sobre seu
compromisso com o uso de livros. Que eles abram perspectivas de interação
sobre a atividade de ensinar e encaminhem efetivamente ações de sucesso
na escola e na vida, oportunizando a nossos alunos e nossos filhos à
construir sentido e produzir conhecimento através da leitura não tendo que se
afastar da tecnologia na educação pois esta veio para ficar.
REFERÊNCIAS
https://fametro.edu.br/2021/06/07/os-desafios-da-leitura-frente-aos-novos-
tempos-de-pandemia-e-da-vida-digital.