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escarificador
22/05/2020
LIMITAÇÕES
Apesar das vantagens, não há a substituição total das funções da grade e do arado,
já que os dois últimos têm melhor desestruturação e por consequência um melhor
contato do solo com a semente. Como o escarificador foi desenvolvido para atuar
em sistemas conservacionistas de solo, ele não foi projetado para trabalhar em
condições de pedras e tocos, situações que podem danificar o equipamento caso se
trabalhe nessas condições.
LIMITAÇÕES
O subsolador tem uma maior exigência de potência por haste e, consequentemente,
um maior consumo de combustível. Ele não deve ser utilizado em condições de solo
muito úmido e, se o uso for mal planejado, destrói a estrutura do solo em maiores
profundidades, o que torna mais difícil a correção do que em camadas mais
superficiais, e com isso aumentam-se perdas de água e nutrientes.
OPERAÇÕES E REGULAGENS
Basicamente os fatores a serem levados em consideração na hora da operação e das
regulagens são: profundidade de escarificação ou subsolagem, número de hastes,
tipo de ponteira, espaçamento entre hastes e velocidade de deslocamento.
CONTROLE DE PROFUNDIDADE
O controle de profundidade vai variar de acordo com o tipo de equipamento (forma
de acoplamento) e sua roda limitadora de profundidade. Se o subsolador for
montado, ele terá uma roda de metal que só tem essa finalidade, já se o
equipamento for de arrasto, ele terá rodado para transporte que também será
utilizado para limitar a profundidade de operação.
PROFUNDIDADE DE TRABALHO
A profundidade de trabalho é a profundidade real que se vai trabalhar, é a
profundidade ao qual se deve atingir para exterminar a camada compactada. A
profundidade de trabalho é 5cm a 10cm da camada compactada, logo, se existe uma
camada compactada na profundidade de 60cm, a profundidade de trabalho vai ser
entre 65cm e 70cm, ou seja, a ponta da ponteira deve atingir essa profundidade
para ter certeza que estará quebrando a camada compactada.
Supondo que a ponteira foi trocada por uma de 15cm, alada, agora o espaçamento
entre hastes vai ser de 42,5cm a 70cm, se utilizar 35cm como profundidade de
trabalho. Caso a profundidade adotada for de 40cm, o espaçamento entre as hastes
deverá ser de 60cm a 80cm.
Caso o equipamento tenha hastes na frente e atrás (Figura 3), o espaçamento entre
hastes deve ser igual entre todas, ou seja, se um equipamento tem cinco hastes
(duas na frente e três atrás), o espaçamento da primeira haste que está atrás para a
primeira da frente deve ser igual ao espaçamento da primeira da frente e da
segunda de trás e assim sucessivamente.
Figura 3 - Espaçamento correto entre hastes em situações de duas fileiras com quatro hastes
PROFUNDIDADE CRÍTICA
Profundidade crítica é a profundidade máxima até onde se tem benefício com a
escarificação ou subsolagem, abaixo dessa profundidade a operação apenas causa
malefícios. É diferente da profundidade de trabalho, pois a mesma está
condicionada à profundidade em que se encontra a camada compactada, enquanto
o que condiciona a profundidade crítica é a largura da ponteira. Ou seja, pode
ocorrer a situação de um equipamento chegar abaixo da camada compactada, mas
se a profundidade crítica for menor que a de trabalho o equipamento não vai
realizar a operação. Neste caso, o equipamento atingiu a profundidade de trabalho,
mas não está havendo a descompactação dessas camadas naquela profundidade e
sim contribuição para o aumento da compactação nas mesmas.
Supondo que esteja trabalhando com uma ponteira de 6cm de largura e queira
atingir uma profundidade de trabalho de 60cm, a profundidade crítica para essa
ponteira é entre 30cm e 42cm, ou seja, nessas condições, mesmo que a haste atinja
a profundidade de trabalho, não estará havendo benefícios na operação, podendo
até estar piorando a condição atual do solo. Neste caso, deve-se realizar a troca por
uma ponteira mais larga. Se a profundidade crítica estiver entre 60cm e 84cm, é
recomendado utilizar uma ponteira de 12cm, por exemplo, para resolver o
problema.
NIVELAMENTO
Por último, depois de todas as regulagens, deve-se realizar o nivelamento do
equipamento junto ao solo. Nos equipamentos montados isso é feito no terceiro
ponto, já os equipamentos de arrasto possuem um sistema próprio. O operador
deve baixar o equipamento ao máximo no solo e operar poucos metros até ele
perceber que as hastes entraram totalmente no solo; feito isso, ele deve descer do
trator e nivelar o equipamento de forma que ele fique reto ao nível do solo.
UMIDADE DO SOLO
Na maioria das operações com equipamentos agrícolas o teor de umidade no solo
deve ser em qualquer ponto da friabilidade, porém, para o escarificador e para o
subsolador o ponto ideal é o limite inferior da friabilidade, ou seja, próximo à
tenacidade, onde a força de coesão é um pouco maior do que a de adesão.
Nesse ponto será necessário menos energia por parte do trator para o preparo da
área, havendo uma maior propagação da tensão de compressão, ou seja, a atividade
será melhor desenvolvida, obtendo melhores resultados com aumento de área
trabalhada em comparação com o trabalho em outras umidades.
OPERAÇÃO IRREGULAR
Deve-se tomar muito cuidado na operação com o escarificador ou subsolador,
operadores inexperientes tendem a elevar e baixar demais o equipamento,
tornando-a uma atividade ineficiente, já que em alguns pontos a haste vai abaixo da
profundidade a ser trabalhada e, em outros, acima, deixando pontos na área ainda
compactados.
Quando se passa em terrenos com pedra, toco ou solos muito secos, os quais
necessitariam de maior potência do trator e consequentemente das hastes, o pino
fusível quebra, deixando a haste solta e tirando a pressão anteriormente exercida
sobre a mesma. Ao perceber que a haste está levantada e não está trabalhando, o
operador deve realizar a troca do pino fusível por um novo pino. Vale ressaltar que
nunca, em tempo algum, se devem colocar outras peças que não sejam o pino, pois
outro material pode ser muito resistente e, ao invés de quebrar como o fusível, para
preservar a haste, acaba transferindo o esforço para a haste e quebrando.
MANUTENÇÃO DO SUBSOLADOR E
ESCARIFICADOR
Após o final de cada dia de trabalho devem-se apertar todos os parafusos e as
porcas dos equipamentos que estejam afrouxando, isso evita o desgaste prematuro.
Após o reaperto deve-se lavar o equipamento e armazená-lo em local protegido.
Outro fator a ser analisado com frequência é o desgaste da ponteira. Como ela tem
duas pontas que podem ser utilizadas, é importante monitorar e inverter a ponteira
quando um dos lados estiver gasto. Quando ambas as pontas estiverem gastas,
deve-se trocar a peça para prevenir o desgaste da haste do equipamento,
constituinte mais caro e de difícil troca.