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Ebook | Os mestres dos mestres

Texto e seleção musical por Victor Alves

INTRODUÇÃO

Em algum momento, você já se perguntou quais são as características que


tornam um guitarrista tão influente para tantos outros? Seria o domínio pleno do
instrumento? Uma forte identidade na forma de tocar? A sorte de surgir na hora
certa, no momento certo? Ou um pouco de tudo isso?
Sinceramente, são perguntas difíceis de responder com alguma certeza.
Porém, existe uma característica importante que podemos observar em diversos
heróis da guitarra: a capacidade de explorar, da melhor forma, os recursos
disponíveis na sua época. Ou seja, a genialidade de um mestre da guitarra pode
estar em saber como aproveitar de forma artística a tecnologia disponível,
absorver ideias de diversos gêneros musicais e incluí-las na sua musicalidade,
explorar o conhecimento do instrumento de forma criativa e, assim, construir
uma forte identidade própria.
Os heróis da guitarra não surgem do nada. Aliás, nenhum músico genial
surge do nada. Por trás dos nossos guitarristas favoritos estão diversos outros, que
serviram de referência às nossas referências, e estiveram na linha de frente para
construir um novo cenário no gênero musical em que atuaram. Desse modo, no
contexto do blues não foi diferente. No longo processo de construção do gênero,
diversos mestres influenciaram outros mestres, compartilhando as suas ideias
musicais, seus licks, suas escolhas sonoras e a maneira de compor.
Por isso, o objetivo deste ebook é apresentar três figuras importantes da
guitarra blues, que também influenciaram outras lendas do instrumento: Robert
Johnson, T-Bone Walker e Chuck Berry. Cada um desses heróis marcou a
história do blues, de forma que ela não pode ser contada sem citá-los.
Além disso, para que você fique por dentro da musicalidade desses
guitarristas, você vai aprender três licks de cada um deles. Os licks são frases
musicais preestabelecidas, e que podem servir como um referencial para você
criar seus próprios solos de guitarra. Após estudar esse material, você irá perceber
como essas frases podem aparecer nos solos de outros guitarristas, ficando mais
evidente o impacto dessas influências.
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Ah! E para você aprender ainda mais, também recomendo conferir o


ebook “Os licks mais famosos do Blues”. Assim, você irá aprender a linguagem
musical de B.B King, Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan, além de perceber a
influência dos guitarristas citados neste ebook.

ROBERT JOHNSON

Nascido em 8 de maio de 1911, em Hazlehurst, no estado de Mississippi,


EUA, Robert Leroy Johnson é uma figura lendária do blues.
Ele foi um grande guitarrista, que influenciou diversas gerações, ainda que
tenha gravado apenas 29 músicas. Sua misteriosa carreira, apesar de ter sido
curta, é repleta de mitos populares, que serviram até de inspiração para o filme
“Encruzilhada (Crossroads)”, protagonizado por Ralph Macchio — o nosso Karatê
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Kid das antigas. Em meio a tantos mitos, até hoje não se sabe a verdade sobre a
sua morte prematura, aos 27 anos. Segundo a lenda mais famosa, Johnson teria
sido envenenado por flertar com uma mulher casada.
Robert Johnson era um guitarrista de Delta blues, o subgênero do blues
rural mais difundido nos Estados Unidos e celeiro de diversos expoentes da
guitarra, como Charley Patton, Son House, Willie Brown, entre outros. Naquela
época, a guitarra elétrica não existia e, por isso, quando me refiro a esses
guitarristas, estou falando de uma guitarra acústica (violão de aço), combinado?
Na década de 1930, Robert Johnson se apresentava nas juke joints, no delta
do Mississippi, cercado dos grandes guitarristas de blues daqueles tempos. A
princípio, ele era um guitarrista comum e não impressionava tanto. Porém, em
determinado momento, Johnson retorna à sua cidade natal, permanecendo lá
por algum período. Ao retornar para o delta do Mississippi, aparece tocando em
outro nível, surpreendendo os músicos, a ponto de criarem uma lenda dizendo
que Robert Johnson havia feito um pacto com o diabo. Na verdade, em sua
cidade natal, ele encontra o guitarrista Isaiah “Ike” Zimmerman — que foi o seu
mentor.
Sim, Johnson se tornou um guitarrista melhor com a ajuda de um
professor. Por isso, eu venho convidar você a participar do curso de Guitarra Blues
do Cifra Club Academy, com Fernando Noronha. Por lá, você vai aprender a
história do blues, os diferentes subgêneros, praticando suas progressões
harmônicas e levadas rítmicas características, além das escalas, diversos licks e
músicas dos grandes guitarristas. Assim, você irá evoluir na guitarra sem a
necessidade de fazer algum acordo duvidoso! Que tal conferir um pouco mais
sobre como tocar blues na guitarra?
Bom, agora que você já sabe um pouco da história desse guitarrista
lendário, chegou a hora de aprender os principais licks dele. Confira os exemplos:
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EXEMPLO 1

No Delta blues, é muito comum o blueseiro cantar e tocar sozinho. Por isso,
os licks de Robert Johnson são compostos por linhas melódicas que se
entrelaçam com elementos do acompanhamento, como os baixos e as outras
notas dos acordes. O primeiro exemplo ilustra bem essa ideia: o baixo é tocado
em cada pulso, enquanto as notas da ponta, ou seja, as notas mais agudas, são
preenchidas com a tônica e a terça maior do acorde de A7.
Além disso, como esse lick tem a duração de 1 compasso inteiro, é possível
tocá-lo repetidamente durante a passagem do acorde de A7.
Por fim, esse e outros exemplos do ebook são caracterizados pelo shuffle
feel. Essa maneira de tocar as colcheias, muito comum no blues, traz uma
sensação rítmica tercinada à elas. Por isso, recomendo que você utilize o áudio
como referência, para internalizar o shuffle feel.

clique e ouça

Partitura do exemplo 1.

E|-----5---3---5---3h5p3-0-----------------------------|
B|-----2---2---2-------------1/2-----------------------|
G|-----2---2---2-------------------2-------------------|
D|-----------------------------------------------------|
A|-0-------0-------0---------0-------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 1.
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EXEMPLO 2

Em uma parte considerável das gravações de Robert Johnson, o músico


utiliza afinações abertas1 e uma ferramenta muito famosa no blues: o slide,
também conhecido como bottleneck.
Desse modo, o segundo exemplo se propõe a uma adaptação desse tipo
de fraseado. É um lick que foi construído, originalmente, com o instrumento
afinado em G aberto – que Johnson usou na gravação de “Crossroads” – e foi
transposto para a forma “tradicional” de se tocar, utilizando a afinação padrão do
violão ou da guitarra, e articulando os ornamentos com a técnica de slide.
O lick está em E maior, sobre um acorde de E7. Portanto, assim como no
primeiro exemplo, você pode tocar o baixo em Mi (6ª corda) em cada pulso, mas é
um recurso opcional.

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Partitura do exemplo 2.

E|---------------------------3/7---7-------------------|
B|-2/3-3-3-2/3-3-3-2/3---3---4/8---8-------------------|
G|-3/4-4-4-3/4-4-4-3/4---4-------------9~~-------------|
D|-----------------------------------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 2.

1
São chamadas de afinações abertas configurações em que o conjunto de todas as cordas
do instrumento forma um acorde maior ou menor, quando tocadas soltas. Ao usar o slide,
Robert Johnson costumava utilizar afinações abertas em A, G e D.
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EXEMPLO 3

O terceiro e último exemplo possui características semelhantes ao primeiro.


A ideia central, que você pode aprender com esse lick, é a forma de trabalhar a
tessitura do baixo do acorde de D7, ou seja, ao invés de tocar a nota Ré na 4ª corda
solta, tocamos na 7ª casa da corda G, que está a uma oitava mais aguda.
Desse modo, fica mais evidente que será considerada como baixo a nota
mais grave disponível no acorde, não se limitando apenas a tocar os bordões.
Além disso, você pode aplicar esse lick no quarto grau de um blues em A
maior, podendo repeti-lo de acordo com a quantidade de compassos dessa
passagem.

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Partitura do exemplo 3.

E|-----8---5h8-5---8---5h8-5---------------------------|
B|-----7---7---7---7---7---7---------------------------|
G|-7-------7-------7-------7---------------------------|
D|-----------------------------------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 3.
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T-BONE WALKER

Aaron Thibeaux Walker, ou T-Bone Walker, é considerado o pai do blues


moderno. O músico nasceu em 28 de maio de 1910, no estado do Texas, e iniciou
sua carreira já na adolescência, acompanhando Blind Lemon Jefferson — que
também foi seu professor de música.
T-Bone Walker foi um dos pioneiros do subgênero jump blues, que é um
tipo de blues com andamento rápido e que influenciou outros gêneros musicais
como o rhythm & blues e o rock ’n roll. Além disso, Walker foi a principal influência
de guitarristas do calibre de Chuck Berry, B.B King, Jimi Hendrix, Eric Clapton,
Stevie Ray Vaughan, entre outras referências do blues. Por isso, é imprescindível
que os licks dele estejam na nossa lista, não é mesmo?
É importante lembrar que a música de T-Bone Walker passa pela
eletrificação da guitarra e por um processo de urbanização do blues. Essas
mudanças possibilitaram novas formações de bandas, variedades de timbres e
transformações no fraseado da guitarra. Ou seja, Walker esteve presente como
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um divisor de águas na história do blues, e você vai encontrar os licks dele no
fraseado de vários guitarristas mundo afora. Então, se liga aí nos exemplos!

EXEMPLO 1

Se colocarmos os licks de T-Bone Walker em comparação com os de


Robert Johnson, podemos perceber que uma das características mais evidentes,
que diferencia esses guitarristas, é o fraseado single note. Ou seja, as linhas
melódicas de T-Bone Walker, geralmente, são tocadas sem o preenchimento de
outras notas da harmonia, para formar acordes nas notas da ponta. Essa
característica tem diversos alicerces, como a formação da banda de T-Bone e a
utilização da guitarra elétrica.
Desse modo, o primeiro exemplo ilustra bem o fraseado single note, que
influenciou uma geração enorme de guitarristas no blues. O lick está sobre a
pentatônica de A menor e explora repetições de notas e bend de ¼ de tom. Além
disso, as colcheias devem manter a sensação rítmica de shuffle feel.

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Partitura do exemplo 1.

E|-----5-8---8---5---5---------------------------------|
B|-5h8-------------------8---8---5---5-----------------|
G|---------------------------------------7---7---5b----|
D|-----------------------------------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 1.
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EXEMPLO 2

O segundo exemplo, também sobre a pentatônica de A menor, trabalha


ainda mais os ornamentos e as articulações características do fraseado de T-Bone.
Nesse lick, são utilizados recursos técnicos como slides, pull-off e bend de ¼ de
tom.

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Partitura do exemplo 2.

E|-----------------------------------------------------|
B|-------8---------8-----------------------------------|
G|-7/9-------7/9-------9\7p5---5-7-5b------------------|
D|---------------------------7-------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 2.
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EXEMPLO 3

O último exemplo mostra uma ideia bastante sofisticada, que T-Bone


Walker toca na música “Stormy Monday”. Ele utiliza tríades aumentadas sobre um
D7, quinto grau do tom de G maior. Além disso, para dar um “tempero” ainda mais
peculiar para o contexto do blues, T-Bone desloca as acentuações rítmicas, dando
uma sensação de flutuação sobre o pulso.
Acredito que esse lick, devido à sonoridade exótica para o blues, reforça a
importância de também estudar as raízes, pois existe um enorme caminho a ser
explorado e ideias peculiares, que ainda podem soar como novidade no blues
atual.

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Partitura do exemplo 3.

E|-----------------------------------------------------|
B|-----------------------------------------------------|
G|-----3-----5-----7-----5-----3-----------------------|
D|---4-----6-----8---8-----6---------------------------|
A|-5-----7-----9-------9-----7-------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 3.
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CHUCK BERRY

Como estamos falando de mestres dos mestres, Chuck Berry não poderia
ficar de fora dessa, é claro.
Será que Elvis Presley poderia ser chamado de “rei do rock ’n roll” se não
houvesse o pai desse gênero? Existiriam os Beatles e os Rolling Stones se não
fosse pela influência de Chuck Berry? E Eric Clapton, que disse ter pegado em
uma guitarra após ter sido impactado pela música de Berry, teria mudado de
rumo, caso não tivesse tido essa referência? Bom, é difícil imaginar uma história
diferente, né?
Charles Edward Anderson Berry nasceu em 18 de outubro de 1926, em St.
Louis, no estado americano do Missouri. Considerado por muitos o “pai do rock ‘n
roll”, Chuck Berry começou sua trajetória musical ainda na escola. Fez a sua
primeira apresentação pública em 1941, aos 15 anos de idade, e no início da
década de 1950 trabalhava em bandas locais para conseguir uma renda extra.
Nesse período, Berry ainda não era considerado o pai do rock ‘n roll, mas já era pai
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de família. O guitarrista trabalhou como operário em duas fábricas, foi zelador e se


formou esteticista pela Poro College of Cosmetology.
A virada na carreira musical de Chuck Berry acontece em 1955, quando
conhece Muddy Waters, que nesse período já era consagrado como o pai do
Chicago blues. Dessa forma, Waters sugeriu que ele procurasse Leonard Chess, o
fundador da Chess Records, para mostrar a sua música.
Ao encontrar com Chess, Berry mostra algumas de suas composições mais
blueseiras, mas o dono da gravadora se interessa pelo rhythm and blues de
Chuck, principalmente uma versão que ele havia feito para uma canção
tradicional americana chamada “Ida Red”. Desse modo, Chuck Berry cria uma
adaptação inspirada na canção tradicional, intitulando a nova composição de
“Maybellene”, que vendeu mais de um milhão de cópias e alcançou o primeiro
lugar na revista Billboard, ainda em 1955. O interessante é que Berry dizia que o
sucesso de “Maybellene” se deu pelo momento em que ela foi lançada, pois era
um período em que a música afro-americana se espalhava no mainstream.
A partir dos anos seguintes, Chuck Berry acumulou hit atrás de hit,
moldando o rhythm and blues e abrindo o caminho para o rock ‘n roll. De 1956 a
1959, ele lançou músicas como “Roll over Beethoven”, “Sweet Little Sixteen", "Rock
and roll music”, “School days” e o clássico “Johnny B. Goode”. Entretanto, devido à
sua vida pessoal conturbada, com prisão e diversos processos de abusos físico e
sexual, Chuck Berry foi minando a sua própria popularidade na década de 1960.
Ainda assim, muitas bandas renomadas fizeram releituras das músicas de
Chuck Berry, como os Beatles, Rolling Stones e Beach Boys. Além disso, nas
décadas de 1970 e 1980, Chuck ainda fazia diversas turnês, apresentando os
grandes clássicos. O guitarrista faleceu em 2017, deixando um grande legado para
o mundo da música.
Chuck Berry tinha uma forte identidade musical, com licks cheios de
double stops, bends e repetições de notas. Esse tipo de fraseado influenciou uma
geração de guitarristas, como George Harrison, David Gilmour, Eric Clapton e
Stevie Ray Vaughan. Bora para os exemplos!
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EXEMPLO 1

No fraseado de Chuck Berry, é muito comum a utilização de double stops.


Essa técnica consiste em tocar duas notas simultaneamente, formando um
intervalo harmônico. Nesse exemplo, inspirado nos licks da música “Johnny B.
Goode”, são utilizados double stops sobre a pentablues de A maior.
Além disso, na música de Chuck Berry, é comum que as colcheias sejam
divididas igualmente, sem a sensação tercinada do shuffle feel. Esse exemplo
pode ser repetido por mais compassos, de acordo com a duração do acorde de A7.

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Partitura do exemplo 1.

E|-4/5---5---5---5---5---------------------------------|
B|-4/5---5---5---5---5---7---5-------------------------|
G|-----------------------7---5h6-----------------------|
D|-------------------------------7---------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 1.
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EXEMPLO 2

O segundo exemplo é uma ideia interessante de deslocamento rítmico.


Perceba que o lick é composto, somente, pela repetição de um bend de 1 tom, na
corda G, seguido de um double stop, formado pelas notas Mi e Lá, nas cordas B e
E. Ele é construído sobre a pentatônica de Lá menor, sendo tocada em um acorde
de A7.
O segredo desse lick está na antecipação do bend entre o primeiro e o
segundo compasso, que gera uma síncope. Logo após, no segundo compasso, é
inserido um double stop no contratempo do segundo pulso, trazendo o bend
novamente para a cabeça do tempo.

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Partitura do exemplo 2.

Parte 1 de 2
E|-------5---------5-------5---5-------5---------------|
B|-------5---------5-------5---5-------5---------------|
G|-7b9-------7b9-----7b9---------7b9-------------------|
D|-----------------------------------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

Parte 2 de 2
E|-------5---------5-----------------------------------|
B|-------5---------5-----------------------------------|
G|-7b9-------7b9-----7b9-------------------------------|
D|-----------------------------------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

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EXEMPLO 3

Por fim, o último exemplo demonstra uma forma de mesclar as


pentatônicas maiores e menores. É muito comum, no fraseado do blues, a
utilização da pentatônica menor sobre um acorde maior, além da união dessas
duas escalas. Perceba como esse lick, que está em A maior, passeia por notas da
pentatônica de A maior, como o C#, o F# e o B, incluindo o C e o G, que são,
respectivamente, a terça e a sétima menor sobre o A7. Essas duas notas podem
ser interpretadas como parte da pentatônica de A menor.

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Partitura do exemplo 3.

E|-5---7---8-7p5---------------------------------------|
B|-5---7---------8-5-----------------------------------|
G|-------------------5h6-------------------------------|
D|-----------------------7~~---------------------------|
A|-----------------------------------------------------|
E|-----------------------------------------------------|

TAB do exemplo 3.
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Dicas de como estudar!

Bom, vou me despedir de você, mas deixando algumas dicas de como


estudar esses licks e incorporar na sua forma de tocar o fraseado dos grandes
mestres.

● Estude lentamente cada um dos licks, utilizando o metrônomo e buscando,


aos poucos, chegar no andamento indicado.
● Busque transpor para outros tons! Você vai expandir muito as
possibilidades de tocar essas frases ao aprender elas em outros tons além
dos que foram ensinados.
● Ouça bastante as gravações de diversos mestres, e tente tirar de ouvido os
licks que você mais se identificar. Essa é uma das melhores formas de se
inserir na linguagem do blues e enriquecer o seu modo de tocar.

Ah! Não esqueça que o Cifra Club Academy tem um curso de guitarra blues
do mais alto nível, feito especialmente para você, que quer se aventurar nesse
universo. Cola com a gente, pois garanto que você vai aprender muito. Abraço!
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