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ESTADO DO AMAPÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Referente ao Projeto de Lei nº 0027/05-GEA
(Alterada pelas Leis 1152, de 04.12.2007; 1226, de 15.05.09; 1281, de 19.12.2008; 1334, de 18.05.2009; 1611,
de 30.12.2011; 1.896, de 25.05.2015)
Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá aprovou e eu, nos termos do art. 107 da
Constituição Estadual, sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre normas de funcionamento do Sistema Estadual de Educação, reestrutura o Grupo
Magistério do Quadro de Pessoal do Governo do Estado do Amapá e organiza o Plano de Cargos, Carreiras e
Salários dos profissionais da educação básica do Poder Executivo Estadual.
Art. 2º. Para efeito desta Lei, o quadro Permanente de Pessoal do Sistema Público Estadual de Educação é
formado pelos servidores que exercem as funções dos cargos de carreiras voltados ao atendimento direto dos
objetivos da Secretaria de Estado da Educação.
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 3º. A carreira dos profissionais da educação básica do sistema público estadual de educação objetiva a
profissionalização e valorização do servidor, bem como a melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços
de educação prestados ao conjunto da população do Estado do Amapá.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS
Art. 4º. Na carreira dos profissionais da educação pública são observados os princípios:
b) a manutenção de um sistema permanente de formação continuada acessível a todo servidor, nos termos desta
Lei, com vistas ao seu aperfeiçoamento profissional e a sua promoção na carreira;
c) o estabelecimento de normas e critérios que privilegiem, para fins de promoção e progressão na carreira, a
formação continuada, o desempenho profissional e o tempo de serviço;
d) remuneração compatível com a complexidade das tarefas atribuídas ao servidor e ao nível de responsabilidade
exigida para desempenhar com eficiência as atribuições do cargo que ocupa;
g) promoção da educação visando ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da
cidadania;
h) liberdade de ensinar, aprender, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, dentro dos ideais da
democracia;
a) da gestão democrática fundada na existência dos conselhos escolares em todas as unidades de ensino da rede
estadual de educação;
c) de estabelecimento de critérios de número de alunos por classes, séries e níveis de ensino, respeitando o
máximo de 20 (vinte) alunos nas classes de Educação Infantil, 25 (vinte e cinco) nas classes de 1ª a 4ª séries do
Ensino Fundamental, 30 (trinta) nas classes de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental e 35 (trinta e cinco) nas
classes do Ensino Médio e educação profissional;
III - observância do plano estadual da educação pública e dos projetos político-pedagógicos das unidades de
ensino;
Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo de 05 (cinco) anos para implementação das condições de trabalho
estabelecidas na alínea “c” do inciso II deste artigo.
CAPÍTULO III
I - Sistema Estadual de Educação: o conjunto de instituições e órgãos que realizam atividades de educação sob a
coordenação da Secretaria de Estado da Educação;
II - Profissionais de Educação Pública: os servidores titulares de cargos efetivos, remunerados pelo tesouro
estadual, lotados em unidades escolares estaduais, em centros educacionais especializados ou no órgão central
da Secretaria Estadual da Educação;
III - Cargo: o conjunto de atribuições e responsabilidades relacionadas ao profissional da educação que tem como
características essenciais a criação por Lei, denominação própria, número certo, atribuições definidas e
pagamento pelo Tesouro Estadual;
V - Padrão: símbolo numérico em arábico indicativo do valor do vencimento base fixado para o cargo que
representa o crescimento funcional do profissional da educação na carreira;
VII - Docência: Atividade de ensino desenvolvida pelo professor, direcionada ao aprendizado do aluno e à
formação continuada do profissional da educação;
VIII - Regência de Classe: o conjunto de atividades desenvolvidas pelo professor diretamente com alunos intra ou
extra sala de aula;
a) regência de classe;
b) docência;
c) administração escolar;
d) planejamento educacional;
e) inspeção escolar;
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f) supervisão escolar;
g) coordenação pedagógica;
h) coordenação escolar;
i) orientação educacional;
j) pesquisa educacional;
X - Hora-Aula: tempo reservado à regência de classe, com a participação efetiva do aluno, realizado em sala de
aula ou em outros locais adequados ao processo ensino-aprendizagem, com duração máxima de 50 (cinquenta)
minutos;
XII - Carreira: o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonada segundo a responsabilidade, a
complexidade das atribuições e a remuneração;
XIII - Plano de Carreira: é o conjunto de princípios e normas que disciplinam o desenvolvimento do servidor na
carreira, correlacionam as respectivas classes de cargos efetivos com os níveis de escolaridade e de
remuneração dos profissionais que os ocupam e estabelecem critérios para o desenvolvimento, mediante
promoção e progressão.
CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Art. 6º. As escolas públicas do Estado desenvolverão suas atividades de ensino em consonância com o espírito
democrático e participativo, sem preconceitos de raça, sexo, cor, idade, opção religiosa, político-partidárias e
quaisquer outras formas de discriminação, incentivando a participação da comunidade na elaboração e exercício
da proposta pedagógica.
Art. 7º. As escolas públicas do Estado obedecerão ao princípio de gestão democrática que assegurem:
I - funcionamento dos conselhos escolares como órgãos normativos, deliberativos e fiscalizadores, com a
participação dos profissionais da educação, estudantes, pais, servidores e representantes das organizações
populares locais na sua composição;
III - gestão descentralizada dos recursos financeiros repassados pela Secretaria de Estado da Educação e
Ministério da Educação;
Parágrafo único. A composição e os critérios para eleição e normas de funcionamento dos conselhos escolares
serão regulamentados em Lei específica.
TÍTULO II
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
CAPÍTULO I
DA CONSTITUIÇÃO DA CARREIRA
Art. 8º. Integra o Quadro de Pessoal Permanente do Poder Executivo do Estado do Amapá a Carreira dos
Profissionais da Educação, constituída dos seguintes cargos efetivos:
I - Professor;
II - Pedagogo;
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III - Especialista em Educação;
IV - Auxiliar Educacional.
§ 1° Os cargos efetivos da Carreira dos Profissionais da Educação Básica são estruturados em classes e padrões,
de acordo com a natureza e complexidade das atividades desenvolvidas e das habilitações exigidas, conforme
Anexos I a IV e seus quantitativos estão definidos no Anexo V desta Lei. (acrescentado pela Lei nº 1226, de
15.05.2008)
§ 2° Aplicam-se aos ocupantes do cargo de Instrutor de Música as mesmas disposições desta Lei que alcançam o
cargo de Professor Classe A, inclusive quanto aos requisitos para ingresso na carreira, regime de trabalho e
remuneração. (acrescentado pela Lei nº 1226, de 15.05.2008)
Parágrafo único. Os cargos efetivos da Carreira dos Profissionais da Educação Básica são estruturados em
classes e padrões, de acordo com a natureza e complexidade das atividades desenvolvidas e da habilitação
exigida, conforme Anexos I a IV e seus quantitativos estão definidos no Anexo V desta Lei.
I - Cargos em Comissão;
II - Funções Gratificadas.
§ 1º Cargos em comissão são os de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado do Amapá, sendo
os cargos de direção de escola reservados a profissionais habilitados em licenciatura plena e que tenham
experiência em docência de no mínimo 02 (dois) anos.
§ 2º Funções gratificadas são cargos de direção intermediária de provimento exclusivo de servidores do quadro
permanente do Governo do Estado e do Extinto Território Federal do Amapá, sendo os cargos de direção de
escola reservados aos profissionais ocupantes de cargos de professor e pedagogo integrantes deste plano de
carreira.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
I - participar da formulação de políticas educacionais nos diversos âmbitos do Sistema Público de Educação
Básica;
XI - ministrar os dias letivos e horas aulas estabelecidas, além de participar integralmente dos períodos dedicados
ao planejamento, avaliação e desenvolvimento profissional;
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Art. 11. São atribuições do Pedagogo:
I - planejar, coordenar, assessorar e avaliar as ações educativas, concomitantemente aos demais serviços e
segmentos envolvidos no processo educacional;
I - prestar atendimento especializado nas áreas de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia em educação especial,
terapia ocupacional, tecnologia em informática educativa, nutrição, biblioteconomia, assistência social e
psicologia, lotados no órgão responsável pelo sistema público de ensino em que desempenhem suas atividades
nas unidades escolares, centros educacionais especializados e bibliotecas; (alterado pela Lei nº 1281, de
19.12.2008)
III - prestar assessoramento ao órgão central da Secretaria de Estado da Educação e às unidades escolares.
II - na área de multimeios didáticos: operar e manter mimeógrafos, videocassetes, aparelhos de DVD, Data Show,
televisores, projetores de slides, computadores, calculadoras, fotocopiadoras, retroprojetores e outros recursos
didáticos de uso especial;
Art. 13-A. São atribuições do Instrutor de Música: (acrescentado pela Lei nº 1226, de 15.05.2008)
I – ministrar conhecimento de sua especialização artística, inclusive em sala de aula; (acrescentado pela Lei nº
1226, de 15.05.2008)
II – incentivar o desenvolvimento da criatividade musical do aluno; (acrescentado pela Lei nº 1226, de 15.05.2008)
III – proceder avaliação do conhecimento adquirido; (acrescentado pela Lei nº 1226, de 15.05.2008)
TÍTULO III
E DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
CAPÍTULO I
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 14. O ingresso na carreira dos profissionais da educação far-se-á mediante concurso público de provas ou de
provas e títulos, com posicionamento na classe e padrão inicial dos cargos da carreira.
Parágrafo único. Para o cargo de Professor, o posicionamento inicial ocorrerá no padrão inicial da classe para a
qual forem abertas as vagas no respectivo concurso público, segundo a opção do candidato no momento da sua
inscrição, desde que comprovadas às exigências de habilitação estabelecidas nesta Lei e no edital do certame.
Art. 15. O concurso público para provimento dos cargos dos profissionais da educação reger-se-á, em todas as
suas fases, pelas normas estabelecidas na legislação vigente, e em edital a ser expedido pelo órgão competente,
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que fixará o número de cargos a serem providos por município.
Parágrafo único. Será assegurada a participação do sindicato representante dos profissionais da educação na
comissão de acompanhamento e fiscalização de cada concurso, até a sua efetiva homologação.
Art. 16. As provas do concurso público para a carreira dos profissionais da educação deverão abranger os
aspectos de formação geral e específica, de acordo com a habilitação exigida para o cargo.
CAPÍTULO II
Art. 17. São requisitos de escolaridade para ingresso nos cargos da Carreira dos Profissionais da Educação
Básica:
I - Professor:
a) Classe A: habilitação específica de magistério, de nível médio, para o desempenho de funções na educação
infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental;
b) Classe B: habilitação específica em nível superior representada por licenciatura curta ou equivalente, para o
desempenho de funções de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental;
c) Classe C: habilitação específica de nível superior em nível de graduação representada por licenciatura plena
para o desempenho de funções na educação básica;
d) Classe D: habilitação específica de nível superior em licenciatura plena com Pós-graduação lato sensu na área
de educação que atenda às normas do Conselho Nacional de Educação, para desempenho de funções na
educação básica;
e) Classe E: habilitação específica de nível superior em licenciatura plena, em nível de Pós-graduação strictu
sensu com curso de mestrado na área de educação, para o desempenho de funções na educação básica, dentro
da sua habilitação ou área afim;
f) Classe F: habilitação específica de nível superior em licenciatura plena, em nível de Pós-graduação strictu
sensu com curso de doutorado na área da educação, para o desempenho de funções na educação básica, dentro
da sua habilitação ou área afim.
II - Pedagogo: diploma de nível superior de graduação com licenciatura plena em Pedagogia, com habilitação em
supervisão, orientação, inspeção e administração escolar;
III - Especialista em Educação: diploma de nível superior em Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia em Educação
Especial, Terapia Ocupacional, Tecnologia em Informática Educativa, Nutrição, Biblioteconomia, Assistência Social
ou Psicologia; (alterado pela Lei nº 1281, de 19.12.2008)
§ 1º Para exercício do cargo de professor na educação profissional é admitida a formação específica referente ao
curso até a conclusão do período de avaliação do estágio probatório, condicionando-se a sua efetivação no cargo
à conclusão de curso de complementação pedagógica para a obtenção de licenciatura plena, realizado em
instituição reconhecida pelo Ministério da Educação.
§ 2º Para efeito desta Lei, os cursos de pós-graduação deverão ser realizados em Instituições de Ensino
reconhecidas pelo Ministério da Educação.
§ 3º Para os cargos de especialista em educação e auxiliar educacional as vagas abertas em concurso público
serão distribuídas por área de habilitação.
CAPÍTULO III
DO REGIME DE TRABALHO
Art. 18. O regime de trabalho dos profissionais da carreira da educação básica observará as seguintes regras:
I - para o ocupante do cargo de professor: 40 (quarenta) horas semanais, podendo ser adotado o regime de 20
(vinte) horas semanais;
III - para o ocupante do cargo de Especialista em Educação: 40 (quarenta) horas semanais, admitindo-se o regime
de 30 (trinta) horas semanais, quando estabelecido em legislação federal específica.
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§ 1º 60% (sessenta por cento) da carga horária do Professor serão destinados à regência de classe e/ou atividade
docente e os 40% (quarenta por cento) restantes reservados às atividades complementares, que compreendem
as reuniões, as reflexões pedagógicas, planejamento coletivo e atividades com a comunidade.
§ 2º A hora-aula do Professor em exercício de docência será de até 50 (cinquenta) minutos, sendo assegurado o
cumprimento da carga horária mínima anual prevista na Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Art. 19. O Professor e o Pedagogo do Quadro de Pessoal do Estado poderão substituir temporariamente seus
pares em gozo das licenças previstas no art. 93 da Lei nº. 0066, de 03 de maio de 1993, observadas as seguintes
condições:
II - se Professor, que esteja no exercício da regência de classe e, se Pedagogo, lotado em Unidade de Ensino;
III - que não estejam acumulando cargos e funções, inclusive gratificadas, na Administração Pública;
IV - no caso de Professor, que esteja submetido ao regime de 40 (quarenta) horas semanais na rede estadual de
ensino.
§ 3º A substituição de que trata este artigo não poderá ser superior a 06 (seis) meses.
Art. 20. Requerido o gozo de licença pelo Professor, a direção da unidade de ensino informará no prazo de 48
(quarenta e oito) horas à Secretaria de Estado da Educação que imediatamente publicará a abertura de posto de
substituição, indicando a Escola, disciplina e carga horária, fixando o prazo de 05 (cinco) dias para habilitação dos
interessados.
Parágrafo único. Será selecionado para substituição o Professor e o Pedagogo com maior tempo de serviço na
mesma unidade escolar ou outra circunvizinha, centros e núcleos especializados.
Art. 21. Os profissionais serão designados para o exercício de atividade em substituição por Portaria Conjunta dos
Secretários de Estado da Educação e da Administração, mediante formalização de processo específico em que
fique comprovado o cumprimento das condições estabelecidas nos incisos I a IV do art. 19, contendo
necessariamente as seguintes informações:
III - nome da escola, especificação da disciplina e carga horária para os Professores dos demais segmentos.
CAPÍTULO IV
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 22. Nos primeiros 03 (três) anos de efetivo exercício, o profissional da educação será submetido ao estágio
probatório, durante o qual será avaliado para fins de confirmação e estabilidade no cargo para o qual foi nomeado.
Parágrafo único. A avaliação de que trata o caput deste artigo deverá ser submetida à homologação do
Secretário de Estado da Administração 04 (quatro) meses antes de findo o período de estágio probatório, sem
prejuízo da continuidade da sua apuração.
Art. 23. Durante o estágio probatório aos profissionais da educação serão proporcionados os meios para sua
integração e desenvolvimento de suas potencialidades, observado o interesse público.
Parágrafo único. Cabe à Secretaria de Estado da Educação garantir os meios necessários para
acompanhamento e avaliação de desempenho dos profissionais da educação em estágio probatório.
Art. 24. Em caso de reprovação na avaliação, o profissional da educação será exonerado, mediante processo
administrativo disciplinar, com garantia do contraditório e da ampla defesa.
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TÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA
CAPÍTULO I
Art. 25. Integra o Sistema Estadual de Ensino o Conselho Permanente de Valorização do Profissional da
Educação Básica - CPVPEB, cujos membros terão mandato de 04 (quatro) anos.
II - desenvolver estudos e análises, que subsidiem informações para fixação, aperfeiçoamento e modificação da
política de pessoal;
III - planejar, organizar e coordenar o sistema de avaliação de desempenho dos servidores alcançados por esta
Lei;
IV - examinar e emitir parecer conclusivo sobre os pedidos de progressão e promoção funcional e concessão da
gratificação de titulação de interesse dos servidores da educação, previstas nesta Lei;
V - acompanhar o enquadramento dos servidores da educação nas tabelas de vencimentos de que trata esta Lei;
VI - revisar anualmente a situação funcional dos servidores da educação, em especial o enquadramento nas
respectivas tabelas a eles aplicáveis;
VII - participar da elaboração de normas de concurso público para provimento de cargos da educação;
VIII - coletar dados e informações e promover a realização de análises especiais, que possam servir de subsídios
as suas atividades;
X - outras atribuições que lhe forem conferidas pelos órgãos competentes, ou decorrentes de Leis ou
regulamentos.
§ 1º A revisão de que trata o inciso VI ocorrerá anualmente, no período de fevereiro a junho, subsequente do final
do exercício anterior.
§ 3º A Secretaria de Estado da Administração deverá tomar as medidas necessárias a fim de sanar os desajustes
relativos ao enquadramento dos servidores nas tabelas de vencimento, quando detectados pelo CPVPEB.
Art. 27. O CPVPEB terá composição paritária entre representantes do Governo do Estado e dos profissionais da
educação, com a seguinte constituição:
§ 1º Os membros do CPVPEB e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Governador do Estado para um
mandato de 04 (quatro) anos.
§ 2º A representação dos trabalhadores da educação de que trata o inciso I será eleita em Assembleia da
respectiva entidade sindical.
§ 3º Os membros do CPVPEB desempenharão suas funções sem prejuízo das suas atividades técnicas e
docentes, sendo assegurado aos representantes dos profissionais da educação horário de trabalho compatível
com o funcionamento do Conselho.
Art. 28. A organização e funcionamento do CPVPEB serão regulamentados por Decreto do Governador do
Estado, no prazo de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei, após aprovação da maioria dos seus
membros.
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CAPÍTULO II
DA PROGRESSÃO E DA PROMOÇÃO
Art. 29. O desenvolvimento do profissional da educação na carreira ocorrerá mediante progressão e promoção
funcional.
Art. 30. Progressão funcional é a passagem do profissional da educação para o padrão de vencimento
imediatamente superior, dentro da mesma classe, observado o interstício de 18 (dezoito) meses de efetivo
exercício, mediante avaliação de desempenho, desde que não tenha ausência injustificada ao serviço nesse
período, nem sofrido falta ou penalidade disciplinar.
Art. 31. Promoção é a passagem do profissional da educação de uma classe para a classe imediatamente
superior mediante avaliação de desempenho e cumprimento do interstício previsto no artigo anterior.
Art. 32. Ao profissional da educação ocupante do cargo de Professor fica assegurada a promoção para a nova
classe, mediante a comprovação da nova formação, conforme disposto no art. 17, inciso I, alíneas “a” a “f”,
independentemente do padrão em que estiver posicionado e do cumprimento do interstício previsto no art. 30.
a) aos apresentados à Secretaria de Estado da Educação até o dia 31 de março: publicação até 30 de junho;
b) aos apresentados à Secretaria de Estado da Educação até 30 de setembro: publicação até 31 de dezembro.
§ 2º Os efeitos financeiros da promoção passam a contar da publicação dos decretos de que trata o parágrafo
anterior.
§ 3º Ocorrendo a promoção prevista no artigo anterior, o reposicionamento do Professor ocorrerá na nova classe
no padrão equivalente da classe anteriormente ocupada, sendo-lhe assegurado o tempo de serviço para fins de
progressão funcional na carreira.
Art. 33. Para os fins de desenvolvimento na carreira, ao profissional da educação fica assegurada a contagem de
tempo de serviço desde a sua posse e entrada em exercício, sendo concedida a primeira progressão funcional ou
promoção somente após o cumprimento do estágio probatório e a confirmação no cargo.
Art. 34. Para fins de promoção fica assegurada ao profissional da Educação ocupante do cargo de Professor a
seguinte escala de acréscimo de vencimento dentro da carreira:
TÍTULO V
CAPÍTULO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 35. Remuneração é a retribuição pecuniária devida ao profissional da educação pelo desempenho do cargo.
§ 2º Vencimento é a quantia devida ao profissional da educação pelo exercício do cargo correspondente à classe,
nível e respectiva jornada de trabalho, fixados nesta Lei de acordo com as tabelas anexas de I a IV.
Art. 36. A remuneração do profissional da educação é fixada tendo em vista a formação, compreendendo a
titulação, qualificação, aperfeiçoamento ou pós-graduação e tempo de serviço, sem distinção de nível ou
modalidade de ensino em que atue dentro do sistema estadual de ensino.
CAPÍTULO II
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DAS GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS ADICIONAIS
Art. 37. São devidas aos integrantes da carreira dos profissionais da educação básica as seguintes gratificações e
adicionais:
I - Gratificação de Regência de Classe, no percentual de 85% (oitenta e cinco por cento) incidente sobre o
vencimento básico do respectivo padrão e classe ocupado pelo servidor, devida apenas aos Professores do
Quadro Permanente de Pessoal do Estado em efetivo e exclusivo exercício em sala de aula e nas atividades
docentes dos programas de formação continuada presenciais e a distância dos respectivos setores da Secretaria
de Estado da Educação, desde que devidamente comprovadas;
II - Gratificação de Ensino Especial, no percentual de 10% (dez por cento) incidente sobre o vencimento básico do
respectivo padrão e classe ocupado pelo servidor, devida aos Professores e Pedagogos do Quadro Permanente
de Pessoal do Estado que desempenhem suas funções em regência de classe e atendimento pedagógico
exclusivamente aos alunos portadores de necessidades especiais nos centros especializados ou nas unidades de
ensino da Secretaria de Estado da Educação ou conveniadas;
III - Gratificação de Ensino Modular, correspondente ao valor do vencimento do padrão inicial da Classe C do
Professor em regime de 40 (quarenta) horas semanais, devida aos Professores do Quadro Permanente de
Pessoal do Estado ou do Quadro de Pessoal do ex-Território Federal do Amapá designados para o Sistema de
Organização Modular de Ensino da Secretaria de Estado da Educação;
IV - Parcela Compensatória correspondente a 15% (quinze por cento) incidente sobre o vencimento básico do
respectivo padrão e classe ocupado pelo servidor, devida aos Profissionais da Educação que estejam sujeitos a
desgaste orgânico e dano psicossomático em decorrência do exercício das suas atividades em unidades de
ensino localizadas em centros de ressocialização de menores e estabelecimentos de reclusão penal do Estado;
V - Gratificação de Titulação, incidente sobre o vencimento básico do respectivo padrão e classe ocupado pelo
servidor, devida aos Pedagogos e Especialistas em Educação detentores de curso de pós-graduação, desde que
específico da área de educação ou das áreas relacionadas no inciso III do art. 17 desta Lei, e reconhecido pelo
Ministério da Educação, nos seguintes percentuais: (alterado pela Lei nº 1281, de 19.12.2008)
§ 1º A Gratificação de Ensino Modular tem caráter remuneratório, não sendo cumulativa com a percepção do
adicional de interiorização, de diárias e de ajuda de custo.
§ 2º O Professor do Quadro Permanente de Pessoal do Estado receberá a Gratificação de Ensino Modular sem
prejuízo do benefício da Gratificação de Regência de Classe.
§ 3º As gratificações e adicionais previstos neste artigo serão também devidas aos servidores durante os períodos
de afastamento relativos a férias regulamentares, à licença para tratamento de saúde, à licença maternidade e à
licença prêmio por assiduidade ao serviço.
§ 4º As gratificações de que tratam os incisos I e III são incompatíveis com a percepção de vantagens decorrentes
do exercício de cargo em comissão ou função gratificada, salvo no caso do inciso I, quando a designação do
profissional ocorrer para o exercício de função gratificada de direção escolar, das unidades de ensino localizadas
nas zonas rurais dos municípios do Estado nas quais estejam também no exercício pleno de regência de classe.
§ 5º As gratificações previstas nos incisos II, III e IV serão pagas mediante a publicação de Portaria de designação
do profissional expedida pelo Secretário de Estado da Educação.
Art. 38. São devidas, ainda, aos profissionais da educação as seguintes vantagens:
III - honorários, nos termos fixados em Lei específica ou regulamento, a título de:
IV - adicional de insalubridade destinado aos profissionais da educação que desempenhem suas funções em
locais insalubres, de acordo com laudo técnico expedido por profissionais credenciados junto ao Ministério do
Trabalho e Emprego;
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V - adicional de interiorização, devido aos Profissionais da Educação transferidos de suas sedes para o exercício
permanente das suas atribuições, por tempo indeterminado, em nova localidade no âmbito do Estado, conforme
estabelecido na Lei nº. 0614, de 13 de julho de 2001.
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS
II - efetiva qualificação permanente, garantida pelo Estado, mediante cursos, estágios, aperfeiçoamento,
especialização e atualização técnico-pedagógica sem prejuízo da sua remuneração;
III - dispor no ambiente de trabalho de instalações adequadas e ter a seu alcance informações educacionais,
bibliotecas atualizadas, material didático, técnico-pedagógico e outros instrumentos em quantidade suficiente e
apropriada, bem como contar com assessoria pedagógica que auxilie e estimule a melhoria do seu desempenho
profissional e ampliação dos seus conhecimentos;
IV - liberdade na escolha dos conteúdos e processos didáticos de acordo com a proposta pedagógica das escolas
e orientação curricular do sistema estadual de ensino;
VI - reunir-se na unidade escolar para tratar de assuntos do interesse da categoria e da educação em geral, sem
prejuízo das atividades escolares;
VII - ser amplamente defendido pela direção do estabelecimento de ensino quando no regular exercício de suas
atividades for agredido física e moralmente no ambiente de trabalho;
VIII - se servidora gestante ou lactante, ao afastamento das suas atividades de locais perigosos e insalubres,
enquanto durar a gestação e a lactação, garantindo-lhe o exercício de suas atividades em local apropriado;
IX - garantia de compatibilidade de horário quando em processo de formação e/ou capacitação. (acrescido pela
Lei nº 1334, de 18/05/2009)
Art. 40. É vedada qualquer discriminação entre os servidores integrantes da carreira dos profissionais da
educação em razão de atividades inerentes ao cargo, áreas de estudo ou disciplina que ministrarem.
Art. 41. O profissional da educação não poderá ser discriminado ou perseguido em função de suas manifestações
políticas ou ideológicas e nem por participar de organização legal de qualquer natureza.
SEÇÃO I
DAS FÉRIAS
Art. 42. Os profissionais da educação básica têm direito a 30 (trinta) dias de férias anuais a serem gozadas nos
períodos de recesso escolar, sem prejuízo à normalidade do ano letivo, conforme calendário escolar e tabelas
previamente definidas.
§ 1º O ocupante do cargo de Professor, desde que em efetiva e exclusiva regência de classe, faz jus a 60
(sessenta) dias de férias anuais, na conformidade do calendário escolar e das tabelas previamente organizadas,
na razão de 30 (trinta) dias ao final de cada semestre letivo.
§ 2º O ocupante do cargo de Pedagogo e de Especialista em Educação terá direito a 45 (quarenta e cinco) dias de
férias anuais, na conformidade do calendário escolar e tabelas previamente organizadas, desde que estejam
atuando nas unidades escolares. (alterado pela Lei nº 1281, de 19.12.2008)
Art. 43. Aos profissionais da educação básica é devido o abono de férias correspondente a 1/3 (um terço) da sua
remuneração para cada período aquisitivo, a ser pago por ocasião do efetivo gozo.
Art. 44. O profissional da educação tendo que se ausentar da sede de sua unidade, fora do período de férias, por
motivo devidamente justificado, deverá solicitar autorização, por escrito, ao departamento a que estiver
subordinado, por intermédio do administrador da sua unidade escolar ou repartição.
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Art. 45. Os ocupantes do cargo de Professor e Pedagogo, que exerçam atividades fora da unidade escolar, os
Especialistas em Educação e os Auxiliares Educacionais gozarão férias de 30 (trinta) dias, nos termos do Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado.
SEÇÃO II
DAS LICENÇAS
Art. 46. Conceder-se-ão aos profissionais da educação as licenças previstas nos artigos 93 a 112 da Lei nº. 0066,
de 03 de maio de 1993.
SEÇÃO III
DA APOSENTADORIA
Art. 47. Os profissionais da educação, ocupantes de cargos de provimento efetivo, serão aposentados de acordo
com o que dispõe a Constituição Federal e a Legislação Especial que trata do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos do Estado do Amapá.
Parágrafo único. A contribuição previdenciária incidirá sobre o vencimento básico acrescido das gratificações,
excluídas apenas as de natureza indenizatória ou outras especificadas em Lei.
Art. 48. Os proventos dos Profissionais da Educação aposentados serão revistos na mesma proporção e data em
que se modificar a remuneração dos profissionais em atividade, sendo também estendidos aos aposentados
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos profissionais da educação em atividade,
inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Art. 49. É dever do profissional da educação no exercício do cargo ter em vista os superiores interesses da
educação, em especial no que se refere à formação necessária ao desenvolvimento das potencialidades do
educando, como sujeito crítico, qualificado para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania.
Art. 50. No desempenho das atividades que lhe são próprias, o profissional da educação, corresponsável na
consecução do objetivo enunciado no artigo anterior, deverá agir de modo a concorrer para:
VIII - respeitar o aluno como sujeito do processo educacional e comprometer-se com a eficiência de seu
aprendizado;
IX - comunicar à autoridade imediata as irregularidades de que tiver conhecimento na sua área de atuação ou às
autoridades superiores em caso de omissões por parte da primeira;
X - cumprir suas atribuições, assim como as normas estabelecidas pela legislação educacional em vigor no
sistema de ensino, bem como zelar pela ética profissional no exercício de suas atividades;
Parágrafo único - Haverá no âmbito do sistema estadual de ensino uma corregedoria administrativa incumbida de
fiscalizar, avaliar e deliberar sobre os desvios funcionais e de ética profissional.
TÍTULO VII
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Art. 51. Fica instituído o programa de bolsa de estudo para pós-graduação aos profissionais da educação básica
regidos por esta Lei para realização de cursos de especialização, mestrado e doutorado na área de educação.
Parágrafo único. O programa de bolsa de estudo para pós-graduação visa apoiar a formação e capacitação dos
profissionais da educação básica para o exercício das suas atividades, para desenvolver pesquisa básica e para
contribuir no processo de formulação e avaliação de políticas públicas da educação.
Art. 52. Para os fins do disposto no artigo anterior, a Secretaria de Estado da Educação aprovará anualmente,
com a participação do CPVPEB, a programação de bolsas de estudo, especificando o número, a área de
conhecimento e o nível, de acordo com as necessidades do Sistema Estadual de Educação e com as
disponibilidades orçamentárias.
Art. 53. São requisitos para a concessão de bolsa de estudo ao candidato que comprovar sua aceitação no curso:
II - não estar respondendo a processo administrativo disciplinar nem ter sofrido penalidade no exercício das suas
funções;
III - não contar com menos de 05 (cinco) anos de efetivo serviço para a aposentadoria;
VII - firmar termo de compromisso em permanecer no exercício do cargo pelo período mínimo de 05 (cinco) anos
e, se professor e pedagogo, em reservar parte da sua carga horária ao programa de formação continuada.
Parágrafo único. Em havendo candidaturas superiores às vagas ofertadas, estas serão preenchidas de acordo
com o maior tempo de serviço do profissional da educação, até o limite das vagas disponibilizadas.
Art. 54. As bolsas de estudo para especialização serão concedidas apenas no âmbito do Estado do Amapá, e
somente para os casos em que o curso seja realizado noutra localidade, que não a de exercício do servidor.
Parágrafo único. Salvo motivo de força maior, não relacionado ao bolsista, devidamente comprovado e que seja
de excepcional relevância, o prazo de vigência da bolsa poderá ser revisto a critério exclusivo da administração.
Art. 56. Ao profissional da educação beneficiário de bolsa de estudo para pós-graduação em Mestrado e
Doutorado é assegurado o afastamento das suas atividades, enquanto permanecer no curso, sem prejuízo da sua
remuneração, excetuadas as vantagens inerentes ao local de exercício das suas funções. (alterado pela Lei nº
1334, de 18/05/2009)
§ 1° Sendo o curso de pós-graduação na modalidade lato sensu, fica assegurada a liberação do profissional nos
dias de atividades do curso, sem prejuízo do cumprimento da carga horária e do ano letivo previsto. (acrescentado
pela Lei nº 1334, de 18/05/2009)
§ 2° Ocorrendo o desligamento do programa por abandono ou desistência, o servidor deverá ressarcir ao Erário
Estadual a importância relativa à bolsa de estudo e o valor recebido a título de remuneração durante o período
relativo ao afastamento. (acrescentado pela Lei nº 1334, de 18/05/2009)
Parágrafo único. Ocorrendo o desligamento do programa por abandono ou desistência, o servidor deverá
ressarcir ao Erário Estadual a importância relativa à bolsa de estudo e valor recebido a título de remuneração
durante o período relativo ao afastamento.
Art. 57. O Poder Executivo regulamentará o programa de bolsa de estudo para pós-graduação dos profissionais
da educação no prazo de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei.
TÍTULO VIII
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DA FORMAÇÃO CONTINUADA
Art. 58. A Secretaria de Estado da Educação manterá programa de formação continuada visando ao
aprofundamento de conhecimentos, à capacitação profissional e ao desenvolvimento de habilidades técnicas dos
profissionais da educação básica.
TÍTULO IX
Art. 59. Nas localidades do Estado em que não seja possível estruturar e colocar em funcionamento o ensino
fundamental e médio regular será implantado, em caráter excepcional, o Sistema Modular de Ensino, desde que
observadas as seguintes condições:
Art. 60. O ingresso dos Professores do Quadro de Pessoal Permanente do Estado e pertencente ao Quadro de
Pessoal do Ex-Território Federal do Amapá no Sistema Modular de Ensino ocorrerá mediante processo seletivo
interno que observe os seguintes critérios:
II - ter exercido no mínimo por 02 (dois) anos a docência em efetiva regência de classe;
IV - que para exercer suas funções no ensino fundamental o professor deverá pertencer, no mínimo, à Classe B,
enquanto que para atuar no ensino médio deverá pertencer, no mínimo, à Classe C.
Parágrafo único. Os critérios para seleção serão definidos em edital específico que possibilitem a todos os
interessados igualdade de condições.
Art. 61. O desligamento do professor do Sistema Modular de Ensino ocorrerá nos seguintes casos:
II - quando o profissional agir em desacordo com os costumes e tradições da comunidade para onde foi
designado;
Art. 62. Ao professor do Sistema Modular de Ensino, que estiver respondendo a processo administrativo
disciplinar será assegurado o pleno direito ao contraditório e a ampla defesa antes do seu desligamento.
Parágrafo único. No caso de desligamento do Sistema Modular de Ensino o professor deverá ser comunicado
por escrito, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
TÍTULO X
Art. 63. Fica vedada a movimentação de profissionais da educação das unidades de ensino, durante o prazo de
06 (seis) meses, a contar da publicação desta Lei, salvo excepcional interesse da administração para novas
lotações.
Art. 64. Os atuais ocupantes do cargo de Especialista em Educação, com formação em Pedagogia, serão
enquadrados nos cargos de Pedagogo, conforme tabela constante do Anexo V desta Lei, assegurando-lhes o
reposicionamento nas atuais classes e padrões em que estiverem posicionados.
Art. 65. Os atuais ocupantes dos cargos de nível superior do Grupo Administrativo de Terapeuta em Educação
Especial, Psicólogo, Assistente Social, Nutricionista e Bibliotecário, que na data de publicação desta Lei estiverem
lotados e em exercício na Secretaria de Estado da Educação poderão optar, no prazo de 90 (noventa) dias da sua
publicação, pelo enquadramento nos cargos de Especialista em Educação, conforme Anexo V desta Lei,
assegurando-lhes o reposicionamento nas atuais classes e padrões em que estiverem posicionados.
Art. 66. Os profissionais da educação básica poderão congregar-se em sindicato ou associação de classe, na
defesa dos seus direitos, nos termos da Constituição Federal.
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Art. 67. O profissional da educação eleito, e que estiver no exercício de função diretiva ou executiva em Sindicato,
Federação ou Confederação da Educação, de âmbito estadual ou nacional, será licenciado das suas atividades,
sem prejuízo da sua remuneração, enquanto permanecer nessa condição, sendo considerado esse tempo como
de efetivo exercício.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, será observada a proporção de 01 (um) para
cada grupo de 1.500 (um mil e quinhentos) sindicalizados por entidade.
Art. 68. O dia 15 (quinze) de outubro é consagrado ao professor, sendo ponto facultativo para todos os que
exerçam atividades do magistério público estadual.
Art. 69. As entidades representativas dos profissionais da educação terão direito à consignação em folha de
pagamento das contribuições respectivas, mediante prévia autorização do associado.
Art. 70. Fica proibida, a qualquer título, a admissão, contratação, nomeação, designação e indicação de pessoas
sem habilitação específica ou correlata no magistério, para o exercício de cargo ou funções no magistério público
estadual e em especial nas unidades de ensino.
Art. 71. Fica assegurada a criação de uma Junta Psicossocial para atendimento exclusivo dos profissionais da
educação que necessitarem de atendimento especializado.
Parágrafo único. A Junta Psicossocial será regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da publicação
desta lei, por ato do chefe do Poder Executivo.
Art. 72. Os integrantes do Grupo Magistério do quadro de pessoal do extinto Território Federal do Amapá serão,
no que couber, regidos pelas disposições desta Lei. Art. 73. Aplicam-se aos profissionais da educação
básica regidos por esta Lei as demais disposições da Lei nº. 0066, de 03 de maio de 1993.
Art. 74. No prazo de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei, o Poder Executivo regulamentará os
critérios para avaliação de desempenho para fins de desenvolvimento na carreira.
Art. 75. A Gratificação de Regência de Classe, de que trata o inciso I do art. 37, terá seu percentual majorado até
31 de dezembro de 2008, de forma a atingir o percentual de 100% (cem por cento).
Parágrafo único. As vantagens previstas no inciso I, do art. 37, que trata da Regência de Classe e da Tabela do
Pedagogo e Especialista em Educação, a que se refere ao Anexo III desta Lei, terão efeitos financeiros retroativos
a 01 de dezembro de 2005.
Art. 77. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº. 0615, de 13 de julho de 2001, que dispõe
sobre o Plano de Cargos, Carreira, Remuneração e Promoção dos Profissionais Especialistas em Educação,
integrantes do Grupo Magistério; a Lei nº. 0616, de 13 de julho de 2001, que dispõe sobre o Plano de Cargos,
Carreira, Remuneração e Promoção dos Profissionais Professores integrantes do Grupo Magistério, bem como
suas alterações efetuadas pelas Leis nºs 0642, de 28 de dezembro de 2001; 0645, de 09 de janeiro de 2002;
artigo 1º, da Lei nº. 0779, de 30 de outubro de 2003 e Lei nº. 0412, de 31 de março de 1998.
Art. 78. Fica excluído do Anexo I, Item 4. Dos Cargos, Subitem 4.1, o Grupo Magistério e os Subitens 4.2, 4.3, 4.4,
4.5 e 4.6, e os Anexos II, III, IV e XII, da Lei nº. 0822, de 03 de maio de 2004, que altera a Lei nº. 0618, de 17 de
julho de 2001, que reestrutura o Plano de Cargos e Salários do Estado do Amapá, aprovado pelo Decreto (N) nº.
0319, de 18 de dezembro de 1991.
Governador
ANEXO I
ANEXO II
Anexo III
CÓDIGO/PADRÃO VALOR
MEE24 4.815,47
MEE23 4.675,22
MEE22 4.539,04
MEE21 4.406,84
MEE20 4.278,48
MEE19 4.153,87
MEE18 4.032,88
MEE17 3.915,42
MEE16 3.801,38
MEE15 3.690,66
MEE14 3.583,16
MEE13 3.478,80
MEE12 3.377,48
MEE11 3.279,10
MEE10 3.183,59
MEE09 3.090,87
MEE08 3.000,84
MEE07 2.913,44
MEE06 2.828,58
MEE05 2.746,20
MEE04 2.666,21
MEE03 2.588,55
MEE02 2.513,16
MEE01 2.439,96
Anexo IV
Auxiliar Educacional
ANEXO V
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