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M. F. R.
_ 0_
Oh! Se me amasses
Corno eu te amo,
Meus suspiros de dor - minha aflição,
Meus transportes de amor,
Tudo movera
A um terno delirar teu coração.
Oh! Se me am asses,
Tristes Iam entos,
Meu pungente sofrer - fundo amargar,
Solto meu pranto a correr,
Tu virás sem pesar,
Sem doer-te no peito, amarga dor?!. ..
Não o creio por certo,
Porque juras.
Que há de eterno viver teu meigo amor? ..
Irrisória é essa jura!. ..
No teu peito,
Não há ternura mais - não há calor.
a(\
l ili' .IA Verdadeira M arm ota"
Por ver-te
Tudo - tudo eu daria:
A vida. a alma. oh céus! Meus ais arrancados do ím o do peito,
Te ofreceria. Gerados na amarga, cruel soledade,
Recebe-os, querida. no teu coração,
Escuta-lhes a voz. só dizem - saudades!
Eu te farei baronesa,
E nobre dam a de honor,
Terás honras, e riqueza.
Em prêmio do teu amor.
i,
Lancei a lira por terra.
Já não tinha um só fiar'
No fundo peito eu sentia.
Estranha secreta dor.
Inocentinha donzela,
Eu a ví-flor de beleza!
Risonho esmalte do prado,
Desvelo da natureza.
Arr o a saudade:
Pungente. ou grata
Passados gozos
Berr. nos retrata.
A todas estas
Tributo amor.
Rendo-Ihes cultos.
Dou-lhes louvor.
Minha aíeícáo,
Só ela cobra Só ela goza
Minha afeicão. Meu coracào.
Dou-lhe minha alma,
Meu coração. Sirr: bolo vivo
De amor perfeito!
Eu am o a bela. Te asilo, e prendo
Mimosa flor, No fundo peito.
Com o a um suspiro,
De casto amor. CFuirnarães, 1861
Com o na praia.
Um solucado
Gemerda onda
Bem magoado.
Com o um sorriso.
Que traz bonanca,
Como uma Ieda
Doce esperanca.
Com o os transportes
Dum coração,
Quando lhe afeta
Prim a afeicão. ,..
Corno o que amo
Mais sobre a terra,
Com o os m ístéríos,
Que am or encerra.
ELVIRA
(Continuação do na 65)
"A VERDADEIRA MARMOTA"
E cantavam na senzala,
Os negros, canção chorosa
E dizia a voz sentida:
"-Oh! doce amante extremosa,
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Um temor convulso, os membros Ficou ao velho D~ sancho,
Da virgem então percorreu, Remorso; dor, e pesar,
A medula de seus ossos, Seus dias já foram breves.
Frio de neve desceu. 1M às foi longo o seu penar. ,
"Eco da Juventude"
Se brame raivoso
t -O pélago iroso.
_Se gerre saudoso
~
Na praia. - o que diz?
Que dizerr. os caritos,
Do que Safira - ou rubí:
Vem ao rr eno s nessa hora,
De rr aaos encantos. Corr.o fada enganadora,
Que ensaí a.iserr prantos. Corr.o visão sedutora,
11írr.os a perdiz? Colocar-te ao pé de rní
'1' ..,
"Eco da Juventude"
29 de janeiro de 1865, nO 8
r.
o CANTO DO TUPI
"Eco da Juventude"
Guirnrães.
E a mente a envolve de profundo afeto,
E dá-lhe a vida, que lhe dera Deus!
Ergue-lhe altares, lhe coroa a fronte,
Rende-lhe cultos, que só dera aos céus!
3° Ano - 1868- Julho.
Colhe pra ela das roseiras belas,
Que aí cultiva - a mais singela flor,
E num suspiro vai depor-lhe às plantas,
Como oferenda, - seu mimoso amor!
Guimarães.