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CRIPTOMOEDAS, E SEU LASTRO JURÍDICO NO DIREITO TRIBUTÁRIO.

Everson Soto Silva Brugnara1

Maxwell Iure Lima de Paula2

1. RESUMO

A seguinte pesquisa tem como objetivo inicial responder o problema de pesquisa qual seja,
correlacionado a falta de regulamentação específica para as criptomoedas, razão pela qual o
objetivo é compreender se as criptomoedas podem ser consideradas inconstitucionais para a
exigência de tributação. Para responder ao referido problema, é necessária uma revisão
bibliográfica e documental de modo a verificar o conceito das criptomoedas, seus malefícios,
benefícios e também as divergências no sistema jurídico brasileiro. A abordagem tem como
suporte a análise da legislação sobre o tema, em pesquisas tecnológicas, científicas e jurídicas.
Portanto, analisaremos a (in) constitucionalidade da tributação das criptomoedas em alguns
aspectos, entretanto, resta evidência que na escassez de regulamentação específica, gera um
descontentamento na posição jurídica brasileira em legislar sobre a tributação da
descentralizada e inovadora tecnologia disruptiva conhecida como criptomoeda. Nas
considerações finais, podemos considerar que a inconstitucionalidade nas tributações de
criptomoedas é perceptível, a qual demonstra incertezas e controvérsias das normativas e
declarações de órgãos federativos.

PALAVRAS-CHAVE: Criptomoeda; Inovação disruptiva; Descentralizada; Tributação.

ABSTRACT

The following research has as initial objective to answer the research problem, which is,

correlated with the lack of specific specificity for cryptocurrencies, which is why the

objective is to understand if cryptocurrencies can be considered unconstitutional for the

1
Orientador. Advogado. Especialista em Direito Público. Professor de Direito. Professor/supervisor do Núcleo
de Prática Jurídica do Centro Universitário Una Betim/MG. Mestre em Administração pelo Centro Universitário
Unihorizontes. E-mail: sotobrugnara@hotmail.com.
2
Graduando em Direito pelo Centro Universitário Una de Betim. E-mail: arquivosmex@gmail.com.
requirement of taxation. To answer this problem, a bibliographical and documental review is

necessary in order to verify the concept of cryptocurrencies, its harms, benefits and also the

divergences in the Brazilian legal system. The approach is supported by an analysis of the

legislation on the subject, in technological, scientific and legal research. Therefore, we

analyze the (un)constitutionality of the taxation of cryptocurrencies in some aspects, however,

there is evidence that in the position of scarcity of specific need, it generates discontent in

Brazilian law to legislate on the taxation of decentralized and innovative disruptive

technology known as cryptocurrency. In the final considerations, we can consider that the

unconstitutionality of cryptocurrency taxation is noticeable, which demonstrates uncertainties

and controversies in the regulations and declarations of federative bodies.

KEYWORDS: Cryptocurrency; Disruptive innovation; Decentralized; Taxation.

2. INTRODUÇÃO

Grande parte da sociedade no mundo encontra-se em uma grande evolução


tecnológica, que surpreende a todos nós. Essa evolução desencadeou a criação de moedas
descentralizadas, que também são consideradas uma nova forma de negociação, que adentram
no sistema econômico, elevando um grau gigantesco de críticas e polêmicas, por ser
considerada uma moeda não regulamentada de forma clara nos dispositivos jurídicos
brasileiros.

Demonstrando tanta praticidade em negociações pela internet sem obter um


intermediador financeiro para o processamento de pagamentos eletrônicos, as criptomoedas
não são iguais o real, dólar, euro dentre outras, essa moeda é universal tem a possibilidade de
transitar em todo mundo, diferentemente do real, sendo o mesmo disciplinado pela
Constituição Brasileira de 1998.

A tecnologia está se adaptando a cada dia na sociedade, entretanto diante de tantas


divergências jurídicas, visamos uma grande oportunidade de discorrer sobre as criptomoedas,
que demonstra grande facilidade em negociar pela internet, mostrando o quanto á benefícios
na utilização delas no mercado.
Atualmente, caso algum credor que queira enviar dinheiro digital para seu devedor,
terá que utilizar instituições financeiras para ter o histórico de transação aprovada, para que
ser fiscalizado o envio e, que não houvesse um gasto duplo do valor, o próprio intermediário
fará essa transação, portanto essa tecnologia eliminaria esse intermediário, o mesmo
caracteristicamente detém uma tecnologia quase miraculosa capaz de registrar a transação,
acabando com o gasto duplo e também revolucionando a celeridade nas transações.

A problematização que norteia a discussão objeto da presente investigação perpassa ao


direito tributário brasileiro, com relação às possíveis divergências nas tributações relativas às
denominadas “criptomoedas”.

Assim, a pesquisa pretende analisar e descrever as possíveis formas de tributação


existentes no ordenamento jurídico pátrio relativo à moeda digital. Para alcançar o objetivo da
presente investigação, necessário foi a utilização da metodologia do tipo qualitativa,
utilizando como meio a metodologia de análise bibliográfica, documental e legislativa. Já
quando os fins tratam de pesquisa do cunho explicativo.

A presente investigação é composta por quatro partes, sendo esta a introdução onde é
abordado de maneira geral o tema de investigação, sendo apresentado um objetivo, problema
e metodologia de pesquisa. Na sequência é apresentado o referencial teórico dividido em
tópicos temáticos para melhor compreensão do objeto de investigação, e ao final são
apresentadas as considerações finais seguidas das referências.

3. CRIPTOMOEDAS.

A tecnologia chamada criptomoeda conhecida como “Bitcoins” foi criada por um


programador não identificado formalmente, mas conhecido apenas por seu pseudônimo
Satoshi Nakamoto, que surgiu em meados de 2008 (ULRICH, 2014)3.

Para podermos compreender a definição tecnológica das criptomoedas, devemos


antemão conceitua-la através dos benefícios e malefícios da inovadora tecnologia e, ao
mesmo tempo redigir sobre suas principais características, sendo que no decorrer do artigo
adentraremos em um nível aprofundado da tecnologia, para que no desenvolver do texto não

3
ULRICH, Fernando. Bitcoin: A moeda na era digital. 1. ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil,
2014.
fiquem incertezas (ibidem) 4. As criptomoedas são descentralizadas circulando de forma
absoluta pela internet, podemos considerá-las uma moeda digital.

Entretanto, no mundo da ciência da computação ela é definida pela sua infraestrutura


tecnológica em P2P ou Peer to peer (Do inglês Peer to Peer que significa par-a-par ou ponto
a ponto) 5, esses termos nos submetem a um entendimento que, a criptomoeda não depende de
um servidor centralizado, essa rede de distribuição da moeda digital estabelece uma
independência para a sua circulação, por ser descentralizada independendo de uma autoridade
centralizada, sendo assim o mais interessante é que pela moeda comum fazemos
transferências por um intermediário, conhecida como agência bancária, que não permite que
haja o “gasto duplo” nas transações (MEIRA, DALL’ORA e SANTANA, 2020) 6. Significa
que a centralização pelas instituições financeiras impede que haja fraudes ou conflitos no
momento do pagamento, entretanto a inovação das criptomoedas aplica uma segurança
fascinante e eficiente como analisaremos no decorrer do texto (CARDOSO, 2019) 7.

O sistema das criptomoedas promove uma inovação para que não haja necessidade de
um intermediário financeiro, sendo que as instituições financeiras submetem a uma enorme
burocracia para a circulação do dinheiro, sendo ele físico ou digital, para podermos
compreender a logística da emissão do dinheiro brasileiro, o mesmo inicia-se no Banco
Central no qual solicita uma empresa que faça a impressão e produção das cédulas, sendo
assim o Banco Central faz a aquisição para poder ser valorada financeiramente a emissão do
dinheiro (BACEN, 2020)8.

O Banco Central contrata uma instituição custodiante autorizada pela CVM (comissão
de valores mobiliários) para armazenar e fazer a logística do dinheiro que também tem como
função recolher as cédulas que não estão em bom estado material, logo após, as instituições

4
Ibidem.
5
NAKAMOTO, S. Bitcoin: Um Sistema de Transação de Dinheiro Ponto-a-Ponto. Tradução de Rhlinden.<
https://bitcoin.org/files/bitcoin-paper/bitcoin_pt.pdf>. Acesso em 04/08/2020.
6
MEIRA, L. A; DALL’ORA, F. S.; SANTANA, H. L. S. 15. Tributação de Novas Tecnologias: o caso das
criptomoedas. In: SANTANA, H. L.; AFONSO, J. R. (org.). Tributação 4.0: Editora Almedina Brasil. Março.
2020.
7
CARDOSO, Bruno Campos. Algoritmos como “máquinas de cultura”: Notas sobre política e produção de
consenso no sistema peer-to-peer Bitcoin. VII Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia.
Universidade Federal de Santa Catarina-Florianópolis. 2019. Disponível em:
<https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/react/article/view/2678/2580> . Acesso em: 20/10/2020.
8
BRASIL, Banco Central. Cédulas e Moedas: O caminho do dinheiro. Disponível em:
<https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/caminhododinheiro>. Acesso em: 25/10/2020.
financeiras recebem o dinheiro da instituição custodiante e repassam aos seus clientes
correntistas para haver o saque e o depósito visando á circulação econômica (ibidem)9.

Depois de todo esse processo para a circulação do dinheiro no Brasil, submetemos á


análise de que, há benefícios em circular as Criptomoedas, pois a mesma se manifesta através
do sistema de transações chamado blockchain, sua definição tecnológica propõe um registro
contábil digital das criptomoedas para que não haja a necessidade de um intermediário, o
mesmo serve para manter a segurança por criptografia (ULRICH, 2014)10. Os códigos de
cifração têm como objetivo, emaranhar as informações das transferências, a blockchain
divide-se em três requisitos característicos, block que registra toda movimentação das
criptomoedas, o outro requisito é a chain, com sua peculiaridade conceitua-se um hash que
conecta a um bloco a outro, e matematicamente são interligados, entretanto, é um conceito de
difícil compreensão, traduzido por (RHLINDEN, 2020)11.

O hash é uma impressão digital pelo qual cria uma função unilateral que não pode ser
descriptografada, com função algorítmica matemática que organiza os dados em sequência
(LAURENCE, 2019)12. Não poderíamos deixar de citar o terceiro requisito que é a rede, que
possui função computacional para executar um algoritmo que protege a rede em que cada
laço, que contém um registro completo de todas as transações que já foram salvas no sistema
blockchain (ibidem)13.

As criptomoedas são mantidas através de um sistema computacional específico, por


um processador de alta capacidade de criptografia, num processo chamado mineração, sua
função é desenvolver cálculos matemáticos pelas máquinas computacionais que funcionam 24
(vinte quatro) horas para auditar transações pelos blocos de dados, essa produção não pode ser
realizada por computadores comuns, as características desse sistema computacional deverá ter
um poder de processamento mais eficaz, como o dispositivo ASIC como o AntMiner S9
(NUNES, 2018)14. “Esses equipamentos são projetados especificamente para mineração de
bitcoins, o que significa que eles proporcionam maior retorno sobre o investimento”

9
Ibidem.
10
ULRICH, Fernando. Bitcoin: A moeda na era digital. 1. ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil,
2014.
11
NAKAMOTO, S. Bitcoin: Um Sistema de Transação de Dinheiro Ponto-a-Ponto. Tradução de Rhlinden.<
https://bitcoin.org/files/bitcoin-paper/bitcoin_pt.pdf>. Acesso em 04/08/2020.
12
LAURENCE, T. Blockchain Para leigos. Tradução de Maíra Meyer Bregalda. Alta Books: 2° ed. 2019.
13
Ibidem.
14
NUNES, Mateus. Como minerar bitcoin e outras criptomoedas. Disponível em:
<https://livecoins.com.br/como-minerar-bitcoin-criptomoedas/>. Acesso em: 29/11/20.
(ibidem)15. Portanto, esses mineradores processam as criptomoedas através de seu computador
de tecnologia avançada, resolvendo os cálculos, e diante disso são recompensados pelo seu
trabalho através de criptomoedas, mas todo esse sistema é monitorado por criptografia,
analisado através de softwares.

Diante de todas essas argumentações, observamos que a vantagem de obter


criptomoedas, é que normalmente a meticulosidade em manter a segurança nas transações,
gera tranquilidade em movimentar seus bitcoins, sendo assim são benéficas. Entretanto,
viabiliza os malefícios do mesmo, sendo que alguns invasores, conhecidos como crackers que
são indivíduos detentores de um conhecimento amplo em softwares, que invadem e
modificam dados computacionais, os mesmos usam desses artifícios para sequestrar dados
através de um software chamado malwares ou ransomware que são usados para captar
informações pessoais e também inibir o acesso aos dispositivos infectados. (PINHEIRO,
2021) 16

Nessas invasões eles pedem resgates dos dados, desse modo pedem através das
criptomoedas um resgaste, pelo fato de a criptomoeda ser difícil de rastrear e também a
facilidade de fazer a transação, o sistema investigativo brasileiro para tal tecnologia ainda é
escassa, mesmo assim a tecnologia mostra sua eficiência, faltando para si somente uma
aplicação e investimento de maior demanda no Brasil. (SAISSE, 2016) 17.

4. A INOVAÇÃO DISRUPTIVA DAS CRIPTOMOEDAS NA SOCIEDADE

A tecnologia não demonstrava tanta eficiência como atualmente, antigamente as


informações eram morosas, o meio de comunicação não demonstrava tanta praticidade como
as de hoje, porém depois de alguns anos, o ser humano começou a desvendar novas
metodologias no mundo cibernético. As inovações tecnológicas que estão sendo arguidas,
propriamente são disruptivas, que permeia a sociedade e vêm contribuindo de forma

15
Ibidem.
16
PINHEIRO, Patrícia Peck. Segurança digital: Proteção de dados em empresas. Editora Atlas. São Paulo.
2021.
17
SAISSE, Renan Cabral. Ransomware: “sequestro” de dados e extorsão digital. Disponível
em:<http://direitoeti.com.br/artigos/ransomware-sequestro-de-dados-e-extorsao-digital/>. Acesso em:
14/05/2021.
avassaladora e, conforme o ensinamento de (PAYÃO; ROSSIGNOLI, 2019, p. 523)18, “As
chamadas tecnologias disruptivas, é como estão impactando o modelo econômico
contemporâneo, originando o movimento da economia digital”.

Entende-se que as tecnologias disruptivas são uma ruptura naquilo que é padrão na
sociedade, modificando e desenvolvendo a economia digital, portanto, o desenvolvimento da
inovação tecnológica disruptiva é bem mais sofisticado, aumentando eficientemente a
produção nas indústrias e também a praticidade nos meios de comunicação através da
informática, diante do que expõe (PINHEIRO 2016, p. 59) 19 “A informática nasceu da ideia
de beneficiar e auxiliar o homem nos trabalhos do cotidiano e naqueles feitos repetitivamente.
Tem-se por definição mais comum que a informática a ciência que estuda o tratamento
automático e racional da informação”. Portanto, a inovação tecnológica prevê uma grande
metamorfose na sociedade, quando um hardware ou software promissor é desenvolvido e
implantado no mercado, nós instintivamente usufruímos do mesmo e, automaticamente
substituímos o comum pelo inovador, sendo-o caracteristicamente facilitador para concluir
seus objetivos, diminuindo qualquer esforço em realizar alguma tarefa do cotidiano.

As criptomoedas são inovações tecnológicas disruptivas, visa substituir as moedas


fiduciárias, porém essa tecnologia tem como essência cibernética causar grandes mudanças na
sociedade, entretanto existem divergências jurídicas para permear a sua valoração, que
substituiria as moedas convencionais como real, dólar, euro dentre outras. Quando algo
inovador é desenvolvido, naturalmente á uma percepção das teorias sociológicas de
subsistemas. Luhmann argumenta que sua análise sociológica é contemporânea, numa
perspectiva moderna com definições de que a sociologia tradicional é ineficaz para
compreendê-las, Luhmann entende que a compreensão visionária sobre a inovação, detém de
uma teoria sociológica sistêmica capaz de discernir sobre propostas interdisciplinares, como a
da evolução cibernética (LUHMANN 2016)20.

Luhmann compreende e, eleva suas teorias em que o elemento fundamental é a


21
comunicação (ibidem) . “Portanto a economia, politica, direito e a ciência são subsistemas

18
PAYÃO, Jordana Viana; ROSSIGNOLI, Marisa. Desafios da regulação tributária em tempos de
tecnologias disruptivas. NEJ: Novos estudos jurídicos. v. 24, n. 2, 2019. Disponível em: <
https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/14962/8543>. Acesso em: 06/04/2021.
19
PINHEIRO, Patrícia Peck. Direito digital. 6. ed. São Paulo: Editora saraiva, 2016.
20
LUHMANN, Niklas. O Direito da sociedade. 1. ed. Editora Martins Fontes. Selo Martins. 2016.
21
Ibidem.
sociais que, na sociedade moderna, exercem funções especificas” conforme explica
(GONÇALVES e FILHO, 2013, p.76) 22.

Quando uma inovação tecnológica conecta com o mercado, automaticamente a


estrutura na sociedade sente o impacto da mudança, e os efeitos colaterais são imediatamente
percebidos, e assim os subsistemas sociais como redigido no parágrafo anterior começam se
atritar, entretanto ambas são independentes, porém se comunicam na visão teórica de
(LUHMANN, 2016) 23.

As criptomoedas causaram toda essa mudança na sociedade, pelo fator crucial da


essência tecnológica chamada Distributed Ledger Technology (DLT), conhecida como
blockchain, cuja definição é facilitar as transações e transferências digitais do dinheiro de
duas pessoas sem haver o gasto duplo, e também inibindo qualquer falsificação, fraude pelo
poder tecnológico da criptografia, portanto, através de sua característica principal que é a
descentralização (GHIRARDI, 2020) 24.

5. (IN) CONSTITUCIONALIDADE NA TRIBUTAÇÃO DAS CRIPTOMOEDAS

A discussão da (in) constitucionalidade da tributação das criptomoedas é cogitada pela


escassez de leis que a regulamente. Quando dissertamos sobre a tributação da tecnologia
disruptiva das criptomoedas, percebemos que o princípio da legalidade tributaria, é de fato
primordial para argumentar a respeito da (in) constitucionalidade de sua tributação.

Alguns países divergem sobre as tributações, nos Estados Unidos a receita federal
categorizada como IRS Internal Renevue Service defende a premissa de que as tributações das
criptomoedas devem ser tratadas como propriedade, entretanto, no Brasil a consideramos
25
como um ativo financeiro (RECEITA FEDERAL, 2019) . Porém, em alguns países na
Europa cogita uma percepção totalmente diferente, no qual defende a ideia de que as

22
GONÇALVES, Guilherme Leite; FILHO, Orlando Villas Bôas. Teorias dos sistemas sociais: Direito e
sociedade na obra de Niklas Luhmann. São Paulo: Editora Saraiva. 2013.
23
LUHMANN, Niklas. O Direito da sociedade. 1. ed. Editora Martins Fontes. Selo Martins. 2016.
24
GHIRARDI, Maria do Carmo Garcez. Criptomoedas: aspectos jurídicos. São Paulo: Almedina, Julho. 2020.
25
BRASIL. Noticias da receita federal: Operações com criptoativos deverão ser informadas à Receita
Federal. Disponível em: https://receita.economia.gov.br/noticias/ascom/2019/maio/operacoes-com-criptoativos-
deverao-ser-informadas-a-receita-federal>. Acesso em: 18/05/2021
criptomoedas são instrumentos de transação como forma de dinheiro privado, reconhecidas
pelo fisco (MEIRA, DALL’ORA e SANTANA, 2020) 26.

No Brasil, a emissão de uma moeda é de responsabilidade da união previsto no “Art-


164, CF a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central”27. A moeda brasileira é chamada de Real regulamentada pelo sistema monetário
nacional desde o ano de 1.994 do tão conhecido plano real, tamb m previsto no “Art. 1º da lei
9.069/95 A partir de 1º de julho de 1994, a unidade do Sistema Monetário Nacional passa a
ser o REAL (Art. 2º da Lei nº 8.880, de 27 de maio de 1994), que terá curso legal em todo o
território nacional”28.

O plano real foi uma estratégia econômica para modificar o cenário de uma inflação,
para equilibrar e estabilizar a economia brasileira.29 Conforme relacionado anteriormente,
observamos que para criar e posteriormente emitir uma moeda no sistema brasileiro, deve ser
tramitado projetos detalhados, para haver um ajuste orçamentário, e todo esse plano deve ser
de competência da união através do Banco Central do Brasil.

Nesse prisma, a inovação disruptiva, deixa perceptível que á um entendimento jurídico


divergente entre a moeda brasileira e as criptomoedas, ambas foram criadas com o intuito de
circulação pela sociedade no sistema econômico, sendo que a moeda atual é valorada em
nosso ordenamento jurídico brasileiro. Segundo Ghirardi (2020) as criptomoedas possuem a
possibilidade de aproximação funcional com as moedas tradicionais, porém existe uma
peculiaridade de sua essência tecnológica, pela circulação descentralizada e criptografada pela
rede de internet30.

A receita federal do Brasil (RFB) desde então, constituiu regras para que haja a
declaração de informações sobre as transações realizadas, portanto a mesma deve ter seu
imposto de renda declarada por sua definição conceitual como ativo financeiro. Segundo a
Receita Federal do Brasil, ficou definido da seguinte forma:

26
MEIRA, L. A; DALL’ORA, F. S.; SANTANA, H. L. S. 15. Tributação de Novas Tecnologias: o caso das
criptomoedas. In: SANTANA, H. L.; AFONSO, J. R. (org.). Tributação 4.0: Editora Almedina Brasil. Março.
2020. p. 341-355.
27
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 19/05/2021
28
BRASIL. Dispõe sobre o Plano Real, o Sistema Monetário Nacional, estabelece as regras e condições de
emissão do REAL e os critérios para conversão das obrigações para o REAL, e dá outras providências.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9069.htm>. Acesso em: 18/05/2021
29
BRASIL, Banco Central. Politica monetária: Plano Real. Disponível em: <
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/planoreal> . Acesso em: 19/05/2021
30
GHIRARDI, Maria do Carmo Garcez. Criptomoedas: aspectos jurídicos. São Paulo: Almedina, Julho. 2020.
Em abril de 2014, a Receita Federal do Brasil, estabeleceu como trataria a detenção
e o uso de bitcoins e outras moedas digitais. O Brasil está tratando as moedas
digitais como ativos financeiros, com a Receita Federal impondo um imposto de
15% sobre os ganhos de capital no momento da venda, no entanto, existem algumas
diferenças importantes que podem ser positivas para os usuários de bitcoins no país.
Aqueles que vendem menos moedas com um valor inferior a R$ 35.000,00, não
terão de pagar o imposto. Isso significa que os usuários de bitcoin no Brasil não
terão de calcular os impostos sobre ganhos de capital ao fazer pequenas compras. A
Receita Federal também exige declarações de contas anuais daqueles que possuem
mais de R$ 1.000,00 em participações em moeda digital. Em maio de 2017, A
Receita Federal do Brasil incluiu a bitcoin nas instruções da declaração anual do
Imposto de Renda de 2017, devendo ser declarado na Ficha Bens e Direitos como
“outros bens”, uma vez que pode ser equiparado a um ativo financeiro.
(ANDRADE, 2017, p. 54)31

Como anteriormente aludido, é valorado em plena convicção de que as moedas são


consideradas ativos financeiros, categorizada como criptoativos, podendo circular como
fichas de bens e direito, portanto, a referida moeda perde toda essência de seu verdadeiro
objetivo tecnológico. Entretanto, em 2018 a Comissão de valores mobiliários (CVM) divergiu
sobre o entendimento da receita federal, que a circulação de criptomoedas em fundos de
investimentos não seria permitida, pela falta de interpretação técnica da tecnologia
desenvolvida32. Veja as definições no artigo 5° da referida instrução normativa 1.888 33:

Art. 5º Para fins do disposto nesta Instrução Normativa, considera-se: I - criptoativo:


a representação digital de valor denominada em sua própria unidade de conta, cujo
preço pode ser expresso em moeda soberana local ou estrangeira, transacionado
eletronicamente com a utilização de criptografia e de tecnologias de registros
distribuídos, que pode ser utilizado como forma de investimento, instrumento de
transferência de valores ou acesso a serviços, e que não constitui moeda de curso
legal; e II - exchange de criptoativo: a pessoa jurídica, ainda que não financeira, que
oferece serviços referentes a operações realizadas com criptoativos, inclusive
intermediação, negociação ou custódia, e que pode aceitar quaisquer meios de
pagamento, inclusive outros criptoativos. Parágrafo único. Incluem-se no conceito
de intermediação de operações realizadas com criptoativos, a disponibilização de
ambientes para a realização das operações de compra e venda de criptoativo
realizadas entre os próprios usuários de seus serviços.
Certamente, os argumentos utilizados pelos órgãos citados acima à de perceber um
desencadeamento de uma visão meramente política, visamos essa percepção nas comissões
realizadas na câmara dos deputados, em que o Deputado Expedito Netto do Partido (PSD-RO)
em 2017 pronunciou de forma negativa a circulação dos criptoativos, sem até mesmo

31
ANDRADE, Mariana Dionísio de. Tratamento jurídico das criptomoedas: a dinâmica dos bitcoins e o
crime de lavagem de dinheiro. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 7, n. 3, p. 45-59, dez. 2017.
Disponível em: <https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/4897/3645>. Acesso em:
19/05/2021.
32
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Circular 1/2018/CVM/SIN. Disponível em:
<http://conteudo.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/oficios-circulares/sin/anexos/oc-sin-0118.pdf>. Acesso
em: 19/05/2021.
33
RECEITA FEDERAL. Instrução normativa RFB nº1888. Disponível em:
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=100592> . Acesso:
20/05/2021.
considera-las um ativo financeiro, para que tal inovação não causasse dano no sistema
econômico brasileiro pela suposta utilização das criptomoedas para crimes financeiros34.

O atrito entre esses dois órgãos brasileiros, redigido nas linhas anteriores, deixa claro
um descontentamento sobre o conceito principal da criptomoeda, o direito com a inovação
tecnológica disruptiva permeia em uma contraposição para decidir sobre tal normativa, se á
ou não tributação. Porém, sabemos que para implantar essa tecnologia no sistema econômico
brasileiro, sem ao menos sabermos sua real intenção tecnológica, sem garantia jurídica,
poderá de fato causar um dano ao sistema econômico pela incerteza da reação de países
investidores em todo mundo sobre essa nova tecnologia. Nas palavras de Ghirardi (2020, p.
118) 35:

Uma nota comum no esforço destes países na conformação normativa do novo


fenômeno está nos recorrentes avisos quanto aos riscos de se investir em mercados
de criptomoedas. Tais advertências procuram alertar os cidadãos de cada país para o
fato de que as moedas “convencionais” são garantidas pelos Estados emissores,
enquanto as criptomoedas são desprovidas de qualquer garantia, dada sua estrutura
descentralizada e desregulamentada.

As principais definições do direito tributário é conceituar as tributações para ser


aplicado em alguma obrigação destinada, portanto, segundo Eltz, et al. (2018, p. 34)36 diz que
“a palavra tributo corresponde à ação de solver a obrigação, ou seja, deslocar os valores
econômicos pelo meio ou para o local adequado à quitação da obrigação tributária
correspondente ao seu dever”.

Resta, pois, claro, que a aplicação de uma obrigação tributaria, cabe ao


ordenamento jurídico regulamentar sobre a mesma, caso haja uma tributação imposta em um
determinado ativo financeiro, o mesmo deverá ser regulamentado através da lei brasileira.
Entretanto, a doutrinadora Mélo (2009)37 relata em seu livro que, o Direito não se identifica
somente com a letra da lei, existem princípios que compreendem algo que a própria lei não
consegue discernir, os princípios constitucionais fragmentam um raciocínio logico para a

34
BRASIL. Câmara dos Deputados. Relator quer proibir emissão de moedas virtuais. Disponível em:
<https://www.camara.leg.br/noticias/530292-relator-quer-proibir-emissao-de-moedas-virtuais/>. Acesso em:
19/05/2021.
35
GHIRARDI, Maria do Carmo Garcez. Criptomoedas: aspectos jurídicos. São Paulo: Almedina, Julho. 2020.
36
ELTZ, Magnum Koury de Figueiredo; DUARTE, Melissa de Freitas; PORTELLA, Mariana; SILVA, Laísa
Teixeira da; LAUTERT, Juliano. Constituição e tributação. Editora: ed, Maria Eduarda Fett Tabajara. São
Paulo: 2018.
37
MÉLO, Luciana Grassano de Gouvêa. Principio da Legalidade Tributaria. In: BRANDÃO, Cláudio;
CALVALCANTI, Francisco; ADEODATO, João Maurício. (org.). Principio da Legalidade - Da dogmática
Jurídica à Teoria do Direito. Editora Forense. 1º ed. Rio de Janeiro, 2009.
melhor visibilidade do caso concreto. Sendo assim, vejamos o posicionamento do magistrado
pela incerteza quanto ao regime aplicável das criptomoedas:

EMENTA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.


AÇÃO DECLARATÓRIA COM RESTITUIÇÃO DE VALORES. – TUTELA DE
URGÊNCIA CAUTELAR. BLOQUEIO DE BITCOINS (CRIPTOMOEDA).
ATIVO FINANCEIRO NÃO REGULAMENTADO POR LEI. NATUREZA
JURÍDICA CONTROVERSA. CONCEITO PREVISTO NA Instrução Normativa
nº 1.888/2019 DA Receita Federal. OBJETO PENHORÁVEL ANÁLOGO A títulos
e valores mobiliários com cotação no mercado (ART. 835, III, CPC).
NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA EM de sua volatilidade (ART.
852, I, CPC). – Recurso conhecido e provido. - Presentes os requisitos da
probabilidade do direito e de risco ao resultado útil do processo, é admissível o
bloqueio de frações de bitcoins através da exchanges para assegurar a efetividade de
eventual e futura sentença condenatória, mediante sua imediata liquidação em
moeda corrente para evitar os riscos de sua volatilidade. (TJPR - 9ª C.Cível -
0026506-94.2020.8.16.0000 - Arapoti - Rel.: Juiz Rafael Vieira de Vasconcellos
Pedroso - J. 14.11.2020)38.

Diante do exposto, resta salientar que constitucionalmente o princípio que rege sobre a
legalidade tributaria, está sendo ofendido pela tributação exigida sobre as criptomoedas, sendo
que o próprio judiciário apresenta um entendimento controverso, por considerar ineficaz a
instrução normativa núm. 1.888/2019.

Neste prisma, a Constituição Brasileira de 1998, no que diz respeito ao princípio da


legalidade tributaria, está previsto claramente no Art-150, I. “Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça” 39. Portanto, o elucidado
artigo propõe a limitação do poder de tributar para que não haja a inconstitucionalidade.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, resta evidente que a inconstitucionalidade nas tributações de


criptomoedas é perceptível, a qual demonstra incertezas e controvérsias das normativas e
declarações criadas pela Receita Federal. Entretanto, pelo volume de informações sobre a
essência tecnológica elucidada no texto, temos uma noção de que a uma escassez enorme
sobre o entendimento técnico sobre essa tecnologia, os legisladores demonstram duvidas
sobre a real intenção e aplicabilidade dessa tecnologia na sociedade.

38
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ. TJ-PR - AI 0026506-94.2020.8.16.0000 PR 0026506-
94.2020.8.16.0000, Relator Juiz Rafael Vieira de Vasconcellos Pedroso, Data de Julgamento: 14/11/2020, 9ª
Câmara Cível, Data de Publicação: 16/11/2020. Disponível em: <https://tj-
pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1153192501/processo-civel-e-do-trabalho-recursos-agravos-agravo-de-
instrumento-ai-265069420208160000-pr-0026506-9420208160000-acordao>. Acesso em: 20/05/2021.
39
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 20/05/2021
Dessa forma, visamos também que os países ainda não confiam suas economias na
nova tecnologia, existem dúvidas que investidores ainda não sanaram, portanto, para que a
verdadeira essência da criptomoeda, como moeda corrente venha circular no Brasil é
arriscado, pela desvalorização da nossa moeda que poderia causar uma crise econômica quase
irreversível, e também sobre crimes financeiros cometidos pela falta de legislação
competente, sem taxatividade tributaria que manteria a segurança jurídica viável. Todavia, na
visão de Niklas Luhmann a inovação não é meramente tecnológica, mas também politica,
econômica e jurídica.

Isto posto, sendo inexorável a evolução das inovações disruptivas, a mesma veemente
de forma implacável mudando totalmente o sistema, pela sua descentralização, inibindo
qualquer intermediário financeiro. Portanto, o governo necessita de reforma tributaria ou uma
avaliação detalhada sobre a tributação das novas tecnologias para haver o equilíbrio em
legislar e valorizar a praticidade da inovação tecnológica.

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