Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
---------Você será capaz de responder a essas perguntas por meio da leitura deste
livreto e esperamos que, além disso, seja despertada em você a motivação para
agir,,em,,prol,,do,,desenvolvimento,,de,,sua,,própria ,,cidadania,,digital.
OBJETIVO
Ao final da leitura, você será capaz de pesquisar a cronologia da informática na
área de saúde; acessar as bases DeCS e MESH; compreender os aspectos
relacionados à,,cidadania digital; acessar a Estratégia de saúde digital 2020-
2028 no Brasil.
3
EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA NA ÁREA DA SAÚDE
Poucas áreas do conhecimento demandam uma atualização tão dinâmica e
intensa das pessoas que atuam profissionalmente quanto a área da saúde. A
quantidade de informações que profissionais clínicos precisam consultar e
interpretar diariamente ultrapassa, de modo significativo, as suas capacidades
cognitivas¹.
Nesse sentido, é importante que profissionais que atuam nessa área
reconheçam,,ferramentas que facilitem o acesso às informações necessárias
para execução e gestão de tarefas (Tecnologia de Informação) e também de
ferramentas que proporcionem acesso ao conhecimento necessário para a
tomada de decisão clínica (Informática em Saúde).
O teorema fundamental da Informática em Saúde proposto por Friedman²
indica que profissionais de saúde que trabalham apoiados por um sistema de
informação em saúde obtêm melhores resultados que profissionais sem esse
apoio, uma vez que o sistema oferecerá o conhecimento que essas pessoas não
possuíam antes (observe o teorema na figura a seguir).
( + )>
Fonte: Adaptado de Friedman (2009)
4
A Informática em Saúde é reconhecida tanto como uma disciplina quanto
como uma profissão. Conheça a seguir essas duas perspectivas 4 :
DISCIPLINA
Como disciplina, ela é considerada uma
área do conhecimento específica, com
Fonte: Freepik.com
objetos de estudo definidos.
PROFISSÃO
Como profissão, pode ser representada
por um conjunto de especialistas
capacitados por meio de treinamentos
específicos na área de informática em
saúde, ou profissionais com formação
Fonte: Freepik.com na área da saúde (como profissionais
das áreas de farmácia, odontologia,
medicina, e enfermagem), que também
passam por capacitações na área de
informática ou possuam experiência
prática em Tecnologia da Informação.
5
percurso,,ajudará,,você a entender a importância do desenvolvimento da
cidadania digital para essa área.
Podemos começar pela observação do percurso para chegarmos à
terminologia Informática em Saúde 4,5 :
1960
Nos anos 1960, termos como “computadores em medicina”
ou “computadores em biomedicina” surgiram para descrever
os primeiros usos de computadores na área da saúde. Com o
passar do tempo, as aplicações e os usos se expandiram,
demandando termos capazes de representar, de forma mais
ampla, as possíveis aplicações de computadores para apoiar
processos da área da saúde.
1980
A partir de 1980, o termo mais usado nos Estados Unidos era
“informática médica”, pois englobava tópicos como
estatísticas médicas, armazenamento de registros e o
estudo da natureza da informação médica.
2000
Nos anos 2000, os primeiros resultados do Projeto Genoma
Humano causaram uma explosão no uso de métodos
computacionais para a análise de dados biológicos e, por
conseguinte, o termo “informática biomédica” passou a ser o
mais utilizado.
6
Contexto Internacional
Os primeiros marcos na evolução na saúde ocorreram na Antiguidade,
com o desenvolvimento dos relatórios de história clínica para propósitos
didáticos. O exemplo mais antigo é, provavelmente, encontrado no uso de
folhas de papiros no antigo Egito 6.
Contexto Nacional
No Brasil, o uso de computadores para dar suporte à assistência médica e
pesquisa clínica tem início com aproximadamente uma década e meia de
atraso em relação à Europa e aos Estados Unidos. As primeiras atividades
ocorreram na década de 1970 e centraram-se no uso de computadores
para dar suporte a atividades de ensino e de pesquisa. Em 1972, a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criou o Núcleo de
Tecnologia de Educação em Saúde, o primeiro a utilizar a linguagem de
programação MUMPS no Brasil 11,12 .
VOCÊ CONHECE?
A 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da
Organização Mundial da Saúde (OMS) fornece uma linguagem comum que
permite que profissionais de saúde possam compartilhar informações
padronizadas em todo o mundo. A CID-11 é totalmente digital, tem um novo
formato e recursos multilíngues que reduzem a chance de erro. Importante
destacar que, no Brasil, ainda usamos a CID-10, porém internacionalmente a
CID-11 já está em uso. Recomendamos o acesso a 11ª revisão da Classificação
Internacional de Doenças (CID-11), clicando no título a seguir:
• Classificação Internacional de Doenças (CID-11)
10
CIDADANIA DIGITAL
Com o desenvolvimento tecnológico acelerado, a tecnologia passou a fazer
parte do cotidiano das pessoas, transformando a internet em um mundo digital
com intenso fluxo de informações e pessoas de todos os lugares, por vezes, de
forma anônima. O anonimato e a privacidade podem trazer a sensação de que a
internet é um local sem leis a serem respeitadas, isenta de direitos e de deveres, o
que pode levar a comportamentos inadequados, como a distribuição de
informações falsas, a utilização do anonimato para a realização de ofensas
pessoais, entre outros desafios 19 .
Capacidade de usar a
tecnologia digital e a
Fonte: Freepik.com
11
Amplo conjunto de
competências técnicas,
cognitivas, metacognitivas
e socioemocionais baseadas
em valores morais universais
Fonte: Freepik.com
21
--------O DQ Institute---- compreende a cidadania digital como um grau de
maturidade da inteligência digital que reúne um conjunto de aptidões
educacionais que devem ser gratuitas e obrigatórias, ofertadas especialmente
nas fases,,iniciais,,como,,direitos,,humanos,,para,,pessoas,,na,,era,,digital.
--------.A cidadania digital implanta uma cultura em que as pessoas que utilizam de
tecnologias,,digitais,,são,,educadas para se protegerem de possíveis danos
físicos e psicológicos. Como exemplo de aspectos físicos considerados,
podemos citar a segurança da visão, lesões por esforço repetitivo, boas práticas
ergonômicas, etc. Os problemas psicológicos também estão se tornando cada
22
vez mais frequentes... .
---------Nesse contexto, é importante que você reconheça as oito grandes áreas da
Inteligência Digital e as competências exigidas por cada uma delas, na
perspectiva do Framework de inteligência digital do DQ Institute 21 . Vale ressaltar
que essa organização se aproxima do que Mike Ribble 23 elencou, em 2011, como
elementos,,da cidadania digital, contudo, embora alguns termos e conceitos
sejam convergentes, o DQ Institute traz, em 2019, uma perspectiva mais
12
convergentes, o DQ Institute traz, em 2019, uma perspectiva mais atualizada. Veja
a definição de cada elemento da Inteligência digital no esquema a seguir:
Uso digital:
capacidade de
gerenciar a vida Literacia Digital:
online e offline de Alfabetização de
forma equilibrada, Mídia e Informação,
exercitando o isto é, capacidade
autocontrole para de encontrar,
gerenciar o tempo de organizar, analisar e
tela, multitarefa e avaliar mídia e
engajamento com informação com
mídias e dispositivos. raciocínio crítico.
13
........Conhecer essas oito áreas da vida digital com suas respectivas
competências é de fundamental importância para o desenvolvimento da sua
cidadania digital. Ao ver a definição das competências para a vida digital, reflita
sobre os seguintes questionamentos:
Fonte: Freepik.com
.........Pensar nas respostas a essas questões pode ajudar você na busca pelo
aprimoramento de sua inteligência digital, contribuindo para que desenvolva e
exerça sua cidadania digital de forma mais competente.
.........Com base no que leu até aqui, você pode compreender que, quando falamos
sobre desenvolver a cidadania digital, estamos nos referindo à consolidação da
cidadania que já detemos no mundo real dentro do contexto das tecnologias
digitais e da concretização do mundo tecnológico em nossas diversas
24
atividadess..
14
CIDADANIA DIGITAL NA SAÚDE DIGITAL
Você já deve ter percebido que, para atuar profissionalmente de forma
competente no contexto da saúde digital, é crucial o desenvolvimento das
competências relacionadas à Cidadania Digital. Reafirmamos isso porque, na área
da saúde digital, especificamente, você terá demandas que exigem habilidades
para:
Por fim, é importante que você saiba que o desenvolvimento da sua cidadania
digital em saúde pode ser fortalecido por estratégias como a idealizada no Brasil
intitulada Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028. Neste documento,
são apresentadas ações e recursos necessários para realizar a transformação de
saúde digital no Brasil, que ainda serão abordados de forma mais detalhada neste
módulo. No entanto, recomendamos que você já se familiarize com esse
documento e com as metas para a saúde digital nele estabelecidas.
Acesse pelo link abaixo:
16
Considerações finais
........Até a próxima!
Referências
1. SMITH, R. Strategies for coping with information overload. [S.l.]: BMJ. 2010.
2. FRIEDMAN, C. P. A “fundamental theorem” of biomedical informatics. J Am Med
Inform Assoc., v. 16, n. 2, p. 169-70, 2009.
6. AL-AWQATI, Q. How to write a case report: lessons from 1600. B.C. Kidney Int., v.
69, n. 12, p. 2113-4, 2006.
10. HEALTH UNIVERSITY OF UTAH. Our history Internet. Salt Lake City: University of
Utah, 2019. Disponível em: https://medicine.utah.edu/dbmi/about/history.php.
11. MASIC, I. The most influential scientists in the development of medical informatics
(15): Homer R. Warner (1922-2012). Acta Inform Med., v. 24, n. 6, p. 422-3, 2016.
12. GREENES, R. A.; SIDEL, V. W. The use of computer mapping in health research.
Health Serv Res., v. 2, n. 3, p. 243-58, 1967.
14. MARIN, H.F. et al. Health informatics education in Brazil. In: Engelbrecht R.,
Geissbuhler A, Lovis C, Mihalas G, editors. Connecting medical informatics and
bioinformatics. Amsterdam: IOS; 2005. p. 1126-31.
17. TOLEDO, Patrícia Pássaro da Silva et al. Prontuário Eletrônico: uma revisão
sistemática de implementação sob as diretrizes da Política Nacional de
Humanização. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 2131-2140, 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/6V8wyd45cgZQ3ZjXBWXSpry/?lang=pt&format=pdf
20. GAZI, Zehra Altınay. Internalization of Digital Citizenship for the Future of All Levels
of Education. Education & Science/Egitim Ve Bilim, v. 41, n. 186, 2016. doi:
10.15390/EB.2016.4533
21. DQ INSTITUTE. DQ Global Standards Report 2019. Common Framework for Digital
Literacy, Skills and Readiness. [S.l.:s.n.], 2019. Disponível em:
https://www.dqinstitute.org/wp-
content/uploads/2019/11/DQGlobalStandardsReport2019.pdf.
24. NUNES, D. H.; SILVA, J. B.; SILVA, F. M. Cidadania digital e solução de conflitos
digitais. Revista Direitos Culturais, Santo ngelo, v. 13, n. 31, p. 71-88, set./dez. 2018.
DOI: http://dx.doi.org/10.20912/rdc.v13i31.2728. Disponível em:
https://vlex.com.br/vid/cidadania-digital-solucao-conflitos-756847597.