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Gestão da arquitetura de dados

U m aspecto importante a ser observado em tudo que permeia os


dados da empresa é a arquitetura onde esses dados residem. A
arquitetura é um conjunto integrado de especificações para
definir os requisitos de dados, guiar a integração e controle dos
ativos de dados e alinhar o investimento com a estratégia de negócio.
Desse modo, a arquitetura é mais do que a parte técnica, que inicialmente
pode ser pensada.

Por definição, faz parte da gestão da arquitetura de dados, as atividades


de definir as necessidades de dados da empresa e desenhar um modelo
que atenda essas necessidades. Desse modo, tem-se como objetivos:
planejar com previsão e se antecipar para oferecer dados de qualidade;
identificar e definir requisitos de dados em comum; e desenhar estruturas
conceituais e planos para atingir os requisitos imediatos e a longo prazo
de dados da empresa.

Na gestão da arquitetura de dados, há diferentes entradas e saídas,


entendendo essa gestão como um macroprocesso. As principais entradas
são os objetivos e estratégias de negócios e TI, as necessidades dos
problemas com dados, as estratégias de dados e a arquitetura técnica.
Como saída, tem-se entregáveis primários como: modelos de dados da
empresa, arquitetura e tecnologia de dados, integração de dados,
arquitetura de business intelligence (BI) e data warehouse (DW) e
metadados.

São três os pontos principais na gestão da arquitetura de dados: o modelo


de dados em si, porque é o núcleo da arquitetura de dados da empresa; a
análise de valor dos dados, visto que ter todos os dados, trabalhar com
eles e encontrar valor neles têm custo; e os entregáveis da arquitetura de
dados, que basicamente se refere a tudo que essa gestão produz, tais
como a própria arquitetura, a integração, a documentação e os
metadados.

O modelo de dados da empresa passa por um processo de construção a


partir do entendimento da necessidade do cliente, seja ele interno ou
externo. Os modelos também podem estar divididos em áreas, com cada
área trabalhando em cima do modelo que melhor lhe atende, mas não
esquecendo da visão macro, da empresa toda. Na construção do modelo,
a empresa deve se preocupar em fazer isso de maneira incremental,
preparando as áreas mais críticas para receber as atualizações e depois
acoplar as demais áreas.
Na integração de dados e serviços, a arquitetura é importante para
garantir que todas as partes continuem comunicantes após estarem
integradas. Assim, é necessário perceber como as áreas se comunicam e
como novos negócios podem ser conectados aos negócios existentes na
empresa. É dessa maneira que a integração acontecerá da forma mais
correta. Ainda na integração, são pontos de atenção: quais ferramentas
utilizar; como será o processo de extração, transformação e carga dos
dados; qual banco de dados será empregado; e como será feita a análise
e limpeza dos dados.

Os componentes das soluções providas na integração de dados e


serviços têm diferentes classificações, como: atual, aquilo que está em
produção; em desenvolvimento, aquilo que almeja estar em produção nos
próximos 2 anos; estratégico, aquilo que é considerado para o período
após 2 anos; retirada, aquilo que está para ser “aposentado” no mesmo
ano; preferência, quando se trata de um componente muito utilizado;
específico, quando o componente trata de um problema muito específico
da empresa; e emergente, aquilo que está em pesquisa sem previsão de
entrar em produção.

Por último, foram discutidos os tópicos de taxonomia e metadados. Ambos


estão interligados, e não é comum serem discutidos nas empresas que
não adotam gestão e governança de dados. A taxonomia se refere ao
vocabulário do negócio e da empresa, de modo a garantir que todas as
pessoas e todos os sistemas se refiram aos conceitos de uma maneira
única, usando uma expressão em comum. Os metadados se referem às
informações adjacentes aos conteúdos principais dos sistemas. Foi citado
o exemplo de um sistema de notícias, onde a notícia em si é o conteúdo
principal, mas alguns metadados suportam o sistema, como nome do
autor, data de publicação, data de atualização, último editor a revisar o
documento, entre outras informações.

Atividade extra:

Vídeo no Youtube, “Taxonomia e metadados”:

https://www.youtube.com/watch?v=JTKC9wvcysI

Referência Bibliográfica:


Data Management Body of Knowledge, Dama International, Data
Management Association, 2017.


Barbieri,  Carlos.  Governança de Dados: práticas, conceitos e novos
caminhos. Brazil, Altas Books, 2019.


Rêgo, Bergson. Simplificando a Governança de Dados: governe os
dados de forma objetiva e inovadora. Brasport, 2020.

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