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ARQUITETURA CORPORATIVA

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Sumário

ARQUITETURA CORPORATIVA ................................................................... 4

COMPONENTES DA ARQUITETURA CORPORATIVA ................................ 6

ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO ............................................................... 8

ARQUITETURA CORPORATIVA COMO ESTRATÉGIA .............................. 11

PAPEL DO ARQUITETO DE TI NA ARQUITETURA CORPORATIVA ..... 12


ALINHAMENTO ENTRE AS ÁREAS DE TI E DE NEGÓCIOS ..................... 17

VANTAGENS DA APLICAÇÃO DA ARQUITETURA CORPORATIVA ......... 18

ARQUITETURA CORPORATIVA COM TOGAF ........................................... 20

IMPACTO DA METODOLOGIA DEVOPS NA ARQUITETURA


CORPORATIVA ...................................................................................................... 22

ARQUITETURA CORPORATIVA COMO GESTÃO ..................................... 24

REFERENCIAS ............................................................................................ 25

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FACUMINAS

A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um


grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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ARQUITETURA CORPORATIVA

O termo “arquitetura” é amplamente utilizado em vários domínios. Existem


arquiteturas relacionadas à construção civil e ao urbanismo, aos diversos campos
da engenharia (mecânica, elétrica, etc) e muitas outras áreas. E para cada uma
dessas áreas o conceito de arquitetura pode ter algumas diferenças. Segundo
Godinez (2010), o padrão ANSI/IEEE Std 1471-2000 define arquitetura como “a
organização fundamental de um sistema, incorporada em seus componentes, os
relacionamentos entre eles e com o ambiente, e os princípios que governam seu
modelo e sua evolução”.

Essa definição está associada à arquitetura de sistemas ou aplicações, mas


traz uma ideia que pode ser estendida para a gestão da informação. No entanto,
Godinez (2010) aponta aspectos adicionais que devem ser considerados na
definição de arquitetura tais como orientações e princípios para a implementação,
operações, administração e manutenção.

Outro atributo considerado essencial pelo autor é a descrição da arquitetura,


que trata de como ela se estrutura e é documentada formalmente por meio de
diagramas genéricos e detalhados. A arquitetura deve descrever e definir seus
componentes, descrevendo suas propriedades e a forma de colaboração entre eles.
Enfim, a arquitetura é um instrumento de orientação para todos os aspectos de
planejamento, implementação, teste, implantação e manutenção de sistemas de
negócio e de TI. Apesar de a definição acima estar mais relacionada a sistemas no
contexto de TI, o conceito de instrumento para conhecimento de estruturas,
componentes e elementos integrantes do modelo é aplicável para qualquer tipo de
arquitetura.

Godinez (2010) adota a definição de Arquitetura Corporativa descrita pela


IBM:

Uma Arquitetura Corporativa é uma ferramenta que une a missão e a


estratégia de uma organização à estratégia de TI. Ela é documentada por
meio de múltiplos modelos arquiteturais que endereçam as necessidades
atuais e futuras de diversas populações de usuários e ela deve se adaptar
a mudanças de requisitos de negócio e de tecnologia.

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O autor continua dizendo que a Arquitetura Corporativa provê um arcabouço


de trabalho para que o negócio possa adicionar novas aplicações, infraestrutura e
sistemas para gerenciar o ciclo de vida e o valor de ambientes atuais e futuros.

O termo arquitetura corporativa é utilizado para designar processos que


atuam sobre a organização interna de um empreendimento, as conexões entre
equipamentos, os padrões de funcionamento, as soluções empregadas pela
empresa e as políticas de segurança e privacidade. Eles terão como principal
objetivo o alinhamento de tais fatores com as metas de médio e longo prazo do
empreendimento.

Nesse sentido, a arquitetura de TI está profundamente vinculada à arquitetura


corporativa. Ela pode ser definida como uma série de conhecimentos técnicos e
habilidades de gestão que integram a tecnologia aos objetivos do negócio. É
necessário que o arquiteto de TI (profissional que abordaremos mais à frente)
possua uma visão de mercado, que esteja em sintonia com as abordagens feitas
pelos outros setores e que possa agregar valor aos serviços do negócio.

No geral, as rotinas de TI que estão relacionadas à arquitetura corporativa


envolvem um grande número de profissionais. Analistas dividem tarefas, realizam
feedbacks, monitoram recursos e o cumprimento de normas para garantir que o
ambiente digital interno mantenha-se confiável e seguro. Isso facilita o trabalho dos
especialistas da área, que diminuem a sua sobrecarga de trabalho, e permite que as
atividades sejam desenvolvidas com um alto grau de excelência.

A arquitetura corporativa é constituída de um conjunto de princípios que


permite o aumento contínuo do grau de competitividade de um empreendimento.
Em ambientes que tornam-se cada vez mais dependentes dos equipamentos de TI,
garantir que toda empresa possa realizar atividades com o máximo grau de
produtividade é indispensável. Nesse sentido, a arquitetura corporativa prevê a
implementação de processos que eliminem falhas de hardware e tornem os
sistemas mais eficazes.

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As políticas de gestão da informação também são influenciadas pela


arquitetura corporativa. Processos são alinhados entre si, adaptando padrões e
rotinas de acordo com as regras e políticas internas. Isso será feito sempre
buscando o alinhamento de padrões do mercado com os corporativos.

Por fim, podemos destacar o papel que a arquitetura corporativa possui no


levantamento de recursos para a promoção de ações internas. Ao integrar setores,
serão criados meios para o compartilhamento de informações, o que torna o fluxo
de dados sobre o empreendimento mais dinâmico e ágil. Dessa forma, todos
poderão analisar a forma como processos internos estão definidos para que as
rotinas sejam otimizadas.

COMPONENTES DA ARQUITETURA CORPORATIVA

Conforme visto no item anterior, a Arquitetura Corporativa possui uma


abrangência que engloba toda a organização e, para isso, ela se divide em diversas
camadas que são representadas por arquiteturas adequadas para cada um dos
níveis abordados. As camadas são:

● Estratégia Corporativa - Descreve a estratégia corporativa da


organização e está ligada a suas competências, capacidades e
habilidades centrais. Essa camada apresenta uma visão estratégica
global que tem como principal objetivo a comunicação
interdepartamental da estratégia para fins de alinhamento das ações e
projetos planejados pelos diversos departamentos da empresa e,
principalmente, os projetos mais caros e complexos como os de TI.

● Negócio - Concentra-se na descrição, representação e modelagem


dos processos de negócio no sentido de se identificar a forma corrente
de funcionamento dos processos, bem como devem ser

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implementadas as melhorias apontadas, explorando todo o potencial


de recursos e as capacidades das camadas onde estão as arquiteturas
de TI.

● Aplicações - A camada de aplicações dá suporte ao negócio e


descreve as funções de negócio implementadas pelos sistemas de TI.
A representação das aplicações de TI utilizadas pelo negócio em uma
arquitetura é uma ferramenta para controle dos riscos inerentes à
expansão das capacidades de TI e à proliferação de sistemas e
soluções pela organização.

● Informação - A informação é o combustível que move os artefatos


de negócio e o fluxo de informação deve gerar valor para o usuário.
Portanto, nessa camada, são representados os fluxos de informação e
a relação das informações com os elementos constantes das outras
camadas. O objetivo é identificar as informações que têm valor para o
negócio, ou seja, que permitem ampliar a percepção dos usuários, e
os requisitos para sua geração a partir dos dados primitivos.

● Infraestrutura - A camada de infraestrutura representa a


infraestrutura de rede, de servidores e de armazenamento que
suportam as funções de alto nível tais como os servidores de
aplicação, de bancos de dados e de correio eletrônico. Em função dos
custos inerentes a essa camada, os gestores exigem mais flexibilidade
e agilidade levando a cenários de maior grau de virtualização e com
sistemas que consomem menos energia.

Assim, conclui-se que a Arquitetura Corporativa é composta de várias outras


arquiteturas que representam os diferentes níveis de abstração descritos em cada
uma das camadas descritas acima. Portanto, nesse raciocínio, pode-se afirmar que
a Arquitetura Corporativa corresponde à junção da Arquitetura de Negócio,

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Arquitetura de Aplicações, Arquitetura de Informação e Arquitetura de Infraestrutura


(TI). A figura 1 ilustra as diferentes camadas da Arquitetura Corporativa.

Figura 1 – camadas da arquitetura corporativa

A Arquitetura Corporativa, disposta dessa forma, dá aos agentes de negócio


e de TI uma visão geral que perpassa os processos de negócio, sistemas de
informação e tecnologias. Assim, a utilização da Arquitetura Corporativa na
organização permite maior previsibilidade e consistência para os produtos e
resultados dos projetos desenvolvidos; e isso é de fundamental importância para
que a organização seja capaz de planejar e implementar mudanças, sejam elas
solicitadas ou inerentes à dinâmica do negócio, por meio da condução de
transformações efetivas e com resultados duradouros.

ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO

Dentre as arquiteturas de compõem a Arquitetura Corporativa, a Arquitetura


de Informação (AI) é a que se destina a apresentar os modelos, definições e
diagramas que representam os elementos constantes da camada “Informação”
descrita à seção anterior. A AI receberá maior destaque neste trabalho por estar
mais diretamente ligada a seus objetivos.

A AI provê os conceitos fundamentais referentes à informação, os modelos e


representações de seus elementos relevantes como os atributos e relacionamentos

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que traduzem a complexidade do ambiente informacional, com a finalidade de


garantir a possibilidade de se obter respostas, indicativos e percepções
relacionadas ao negócio, e que são requisitos da camada de “Informação” da
Arquitetura Corporativa da organização, de forma consistente e integrada com a
tecnologia.

A AI identifica os componentes orientados à informação do ambiente de TI de


uma organização e define seus relacionamentos e ligações com os objetivos da
organização. A AI também descreve os princípios e as orientações para a
implementação de soluções de tecnologia consistentes, e para a forma como os
dados e as informações devem ser geridas e compartilhadas ao longo da
organização, bem como para o que deve ser feito para que o valor relevante para o
negócio que advém da informação seja obtido.

Observa-se que a definição de AI pauta-se no objetivo de definir modelos e


estruturas que descrevam um ambiente propício ao alinhamento corporativo das
ações de TI aos objetivos de negócio da organização. Godinez (2010) descreve os
princípios que norteiam a AI:

● Acesso e troca de informação - Os serviços de informação devem


fornecer acesso sem restrições para os usuários certos no momento certo.

● Reutilização de serviços - A AI deve facilitar a descoberta, seleção e


reutilização de serviços e a utilização de interfaces uniformes.

● Governança da Informação - A AI deve viabilizar uma estratégia de


governança da informação que seja suportada por soluções e infraestruturas
de TI adequadas.

● Padrões - Um conjunto de padrões coerentes referentes a dados e


tecnologia deve ser definido para simplificar o manuseio da informação.

Portanto, uma AI bem projetada proporciona o uso consistente da informação


por todos os serviços e aplicações relevantes, facilita o acesso e a troca de

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informação por toda a organização, bem como a descoberta e o reuso de serviços


e, dessa forma, cria condições para a construção de serviços e sistemas orientados
à informação caracterizados pela estabilidade, pela consistência e pela capacidade
de fornecimento de respostas com base na organização da informação definida pela
AI.

Godinez (2010) enumera as principais características de um ambiente


informacional regido por definições advindas da implementação bem sucedida de
uma Arquitetura de Informação:

● Aumento da transparência - A informação deve permanecer


independente da especificação e implementação de aplicações e de
interfaces de usuário. A arquitetura proporciona uma camada de
transparência entre os domínios da informação e das aplicações.

● Incorporação dos requisitos corporativos de negócio - A arquitetura


deve levar em consideração todo o conjunto de necessidades informacionais
da organização.

● Diminuição de inconsistências - A arquitetura auxilia a identificação


de inconsistências, conflitos, sobreposições e lacunas dos dados e
informações, e oferece conceitos, ferramentas e métodos para resolvê-los.

● Gerenciamento de acordos de nível de serviço - A arquitetura provê


mecanismos para a definição e gerenciamento de acordos de nível de serviço
para os serviços orientados à informação os quais podem ser aplicados e
monitorados.

● Suporte à tomada de decisões - A arquitetura possibilita maior


consistência e eficiência para a tomada de decisões relativas ao negócio e às
ações de TI com base nas necessidades do negócio.

● Aumento do reúso - A aplicação de uma AI promove o


compartilhamento e o reúso de ativos de informação, evitando possíveis

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duplicações e reduzindo custos de serviços, de desenvolvimento e de


suporte.

● Definição de uma estratégia de tecnologia - A arquitetura estabelece


o modelo a partir do qual as estratégias de tecnologia a serem adotadas pela
organização devem ser definidas. Ela define o conjunto de princípios que
guiam como os sistemas de informação e a infraestrutura de tecnologia de
uma organização devem ser projetados.

Segundo Godinez (2010), é possível que cada departamento ou unidade de


negócio de uma organização possua uma AI. No entanto, é possível criar uma AI
para o contexto de toda a organização, que passa a ser denominada Arquitetura de
Informação Corporativa.

De acordo com o autor, o termo “Corporativo” apenas denota o contexto mais


abrangente e interdepartamental para a cadeia produtiva de informação de uma
organização, conservando os mesmos princípios e características da AI. Importa
destacar que a AI tem na governança um de seus princípios e uma de suas funções
centrais, reforçando a ideia de utilização dos elementos e funções da governança
como elo de ligação entre a TI e as áreas de negócio.

ARQUITETURA CORPORATIVA COMO ESTRATÉGIA

Arquitetos Corporativos atuam com as partes interessadas para construir a


visão global de uma empresa e fazem a ligação entre a missão empresarial, a
estratégia e seus processos, alinhados com a estratégia de TI.

Devido a natureza do cargo de Arquiteto Corporativo se estender por todas


as áreas de uma empresa, e a eventual reestruturação de toda a empresa, um
arquiteto corporativo precisa servir como um líder, coach, agente de mudança,
especialista em processos de negócios ou pelo menos buscar ter experiência no
negócio ao qual está inserido.

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Jeanne Ross, diretora e pesquisadora sênior no SystemResearch no MIT,


declarou durante uma conferência em São Francisco para o Open Group que as
apostas são altas para a arquitetura corporativa e que os arquitetos corporativos
precisam usar seus conhecimentos para ajudar suas organizações na melhor
utilização de novos serviços e inspirar um "ciclo de valor".

Libertando-se de um passado em silos o qual era um cenário comum nas


áreas de TI, as empresas agora estão avançando para processos orientados a
serviços de negócios utilizando vários recursos. Mas essas empresas precisam
reconhecer as forças em torno do consumo de tais serviços e não apenas sua
implementação e é nessa tarefa que a Arquitetura Corporativa se encaixa.

PAPEL DO ARQUITETO DE TI NA ARQUITETURA CORPORATIVA

No cenário descrito no parágrafo anterior, um Arquiteto Corporativo ajuda a


empresa e suas áreas a criar uma sinergia maior, capaz de fortalecer os valores que
a empresa entrega interligando todas as unidades empresariais, sugerindo soluções
que os líderes dessas unidades organizacionais sozinhos não seriam capazes de
enxergar.

Um Arquiteto Corporativo acaba por proporcionar um mapeamento completo


de todos os sistemas, sua utilização, as integrações internas e externas que estes
sistemas proveem e com isso, consegue "interligar" todos os interesses da empresa
levando a uma diminuição de custos, melhor velocidade na entrega de soluções ou
mesmo na mitigação de erros e riscos oriundos de decisões isoladas.

Muitos projetos de TI fracassam como resultado da falta de uma cooperação


entre a área de negócios e a de TI, ou devido à adoção de uma estratégia errada.
Líderes de TI muitas vezes lutam para justificar investimentos em projetos, mesmo
quando não possuem evidências anteriores para apoiar a alegação de que a adoção
de uma abordagem de arquitetura em particular irá agregar valor no resultado final
da empresa.

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O arquiteto de TI é um profissional que exerce um papel estratégico na


manutenção de boas práticas de governança. Dentro do ambiente corporativo, esse
profissional deverá alinhar as metas entre o setor de TI e outros setores, escolhendo
as soluções que agregam valor ao negócio e facilitam a otimização da cadeia
operacional interna.

O escopo de atuação do arquiteto de TI será tanto maior quanto for a


infraestrutura de soluções digitais da empresa. Consequentemente, existem
diferentes especializações para o arquiteto de TI (que serão abordadas mais à
frente), algo que possui como principal resultado a fragmentação do conhecimento
desses especialistas, melhorando a qualidade da atuação nesse setor.

Esse é um cargo que se estende, portanto, por todos os setores do


empreendimento. Diante disso, ele deve atuar como um líder, propondo soluções e
sendo um agente de propagação de boas práticas. Os processos utilizarão um
número maior de recursos, que deverão se unir a ferramentas tradicionais para criar
produtos de grande valor agregado.

O dia a dia de um arquiteto de TI é desafiador. Deve-se unir um grande mix


de habilidades técnicas e interpessoais, buscando soluções flexíveis e de alto valor
agregado. Os processos de tomada de decisão terão um grande impacto na forma
como as rotinas da empresa irão influenciar a criação de receitas no médio e longo
prazo. A escolha da metodologia utilizada em um projeto de desenvolvimento de
software, por exemplo, pode impedir times de manterem-se aderentes a métricas,
KPIs e prazos.

Para garantir que todas as estratégias internas estejam alinhadas com os


objetivos do empreendimento, o arquiteto de TI deve ter um grande conhecimento
sobre o negócio em que ele atua, saber realizar análises sobre o ROI, conseguir
criar soluções de baixo impacto financeiro, conseguir gerenciar pessoas, ter
flexibilidade para solucionar conflitos e conseguir criar um bom roadmap de
melhorias de médio e longo prazo. O seu trabalho será efetivo com o uso de um
bom conjunto de ferramentas e técnicas que, ao serem implementadas dentro do
ambiente corporativo, criam fluxos de trabalho mais fluidos e ágeis.

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Como dissemos, o arquiteto de TI pode atuar como especialista em quatro


áreas. São elas: arquitetura de infraestrutura, arquitetura de software, arquitetura de
negócio e arquitetura de informação. Em comum entre elas existe um conjunto de
cinco grandes habilidades, que são relacionadas a:

Estratégias de tecnologia de negócios

Essa habilidade está relacionada à capacidade de profissionais entenderem


os principais fundamentos de um empreendimento, as suas rotinas de validação,
planejamento e desenvolvimento de serviços. Estratégias podem ser desenvolvidas
para que processos possam ser racionalizados, seja por meio da priorização de
investimentos ou análises de mercado.

Ambiente de TI

Essa é uma habilidade que trabalha com a infraestrutura de rede, plataformas


digitais, frameworks de desenvolvimento, criação de aplicações, gestão de projetos
e planejamento de mudanças internas.

Atributos de qualidade

Define uma série de características de sistemas e da infraestrutura de


serviços digitais, como usabilidade, localização, escalabilidade, performance e
disponibilidade de recursos.

Design

Está ligada aos processos de design de software, patterns, modelagem de


requisitos, testes de código, metodologias de projeto, e análise de software.

Dinâmicas humanas

A quinta habilidade está relacionada com aspectos do arquiteto de TI que são


trabalhos no relacionamento com outras pessoas. São soft skills como a capacidade
de liderança, gestão de pessoas, relacionamento interpessoal, interação entre
pares, técnicas de apresentação de ideias e integração de equipes.

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A criação de uma sinergia entre diversas áreas reduz custos, aumenta a


produtividade de funcionários e fortalece os valores do negócio. Nesse cenário, as
habilidades relacionadas às dinâmicas humanas são fundamentais. Independente
de nível de flexibilidade da hierarquia do negócio, arquitetos de TI devem ser
capazes de unir profissionais em torno de objetivos em comum, criando rotinas de
trabalho funcionais.

Alguns tópicos são especialmente relevantes ao se formar uma governança


empresarial com a adoção de uma arquitetura corporativa. O alinhamento do
negócio, a escolha de um framework arquitetural, o gerenciamento de projetos e a
otimização de todos os processos da empresa conforme destacado a seguir.

Alinhamento com os Negócios


Para alinhar as estratégias de negócios e TI, arquitetos corporativos
trabalham em estreita colaboração com os gerentes de departamento para
identificar suas necessidades. Eles se responsabilizam pela estratégia de
crescimento da empresa e constroem um plano de negócios para futuros
investimentos em TI. Identificam os custos e benefícios de diferentes soluções de TI
além de apresentarem suas propostas aos gerentes de departamento e da equipe
de alta gestão. É importante destacar que, alinhar os objetivos de negócio com os
objetivos tecnológicos é vital. Segundo relatório publicado pela Software AG, cerca
de 2/3 dos projetos de TI não conseguem atingir suas metas ou são cancelados por
falta de alinhamento com as áreas de negócios.

Framework Arquitetural

Arquitetos Corporativos criam um framework de arquitetura para a empresa


como um todo. Estabelecem os princípios de design e padrões que fornecem
diretrizes para o desenvolvimento detalhado de especialistas, como arquitetos de
software, arquitetos de rede ou operações e aconselham a alta gestão em uma
estratégia de investimento em TI para garantir que as decisões de investimento
estão alinhadas com o framework arquitetural.
Gerenciamento de Projetos

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Arquitetos corporativos desenvolvem um plano por fases conhecido como


roadmap, para introduzir as alterações necessárias à arquitetura. O plano define as
datas mais importantes para a atualização ou substituição de instalações de TI
existentes e aquisição de novas soluções tecnológicas. Os Arquitetos Corporativos
trabalham como especialistas na equipe de TI para colocar o plano em ação,
revendo planos detalhados e avaliando as soluções tecnológicas propostas pela
equipe para garantir que eles se alinham com a arquitetura global da empresa.

Otimização

Reduzir o custo total das operações de TI é uma das responsabilidades mais


importantes para os Arquitetos Corporativos. É um de seus objetivos consolidar
diferentes soluções por meio da introdução de produtos construídos com padrões
estabelecidos para toda a empresa e que possam reduzir o número de fornecedores
o qual a empresa precisa lidar. Esta iniciativa é importante para influenciar os
demais envolvidos na reestruturação e criação da Arquitetura Corporativa e para
que possam aprender como toda a empresa irá crescer e se conectar. O objetivo da
introdução de produtos com um padrão é de eliminar custos com treinamentos e
suporte para vários sistemas uma vez que todos estarão envolvidos na construção
de um produto ou serviço seguindo um padrão já estabelecido.

Arquitetos Corporativos precisam observar e mapear todos os aspectos


relacionados a um grupo empresarial e são, na maioria das vezes, contratados para
entregar esse mapeamento que envolverá um levantamento minucioso dos
aspectos organizacionais de uma empresa. Dentre suas atribuições, ele precisa
levantar métricas quantitativas e qualitativas da arquitetura atual para que seja
possível saber qual processo pode ser melhorado ou mesmo para que seja possível
sugerir melhorias necessárias para a arquitetura existente.

Um arquiteto corporativo auxilia no processo de tomada de decisão de


investimentos para que esses investimentos possam apoiar a missão e as
estratégias da empresa. Este auxilio e apoio, inclui desde o roadmap que irá
identificar os projetos candidatos assim como também identificar os problemas de
governança que impedem a empresa de alcançar seus objetivos.

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Arquitetos Corporativos podem também fazer um rastreamento de


tecnologias criando com isso um processo de gerenciamento da inovação que dê
suporte às empresas. Com isso, o planejamento é direcionado por meio de técnicas
como modelo de capacidade empreendedora que prove uma base para identificar e
entregar resultados e desta forma prever que soluções criadas em uma área de
negócio podem ser reutilizadas em outras áreas.

ALINHAMENTO ENTRE AS ÁREAS DE TI E DE NEGÓCIOS

Um dos maiores desafios do arquiteto de TI é alinhar os objetivos de um


empreendimento com as rotinas de gestão de software, infraestrutura e plataforma
do negócio. Independente de flutuações no mercado, crises financeiras, mudanças
de estratégia ou de necessidades internas, esse profissional deve manter a
tecnologia como um fator importante para o empreendimento, seja como vetor de
inovação ou como método de otimização de rotinas.

Nesse sentido, soluções de cloud computing podem ser empregadas por


empresas que estejam em um processo de crescimento rápido ou que pretendam
flexibilizar as suas rotinas internas. Sistemas baseados na nuvem são mais
escaláveis, o que aumenta a capacidade do negócio de responder às demandas do
mercado rapidamente.

Além disso, ferramentas de cloud storage permitem a sincronização de dados


entre vários dispositivos, o que torna mais simples a adoção de políticas
operacionais como o BYOD (Bring Your Own Device, ou “Traga o Seu Próprio
Aparelho”, em português) e as de homeworking.

Da mesma forma, o arquiteto de TI pode sugerir que processos de


desenvolvimento sejam otimizados por meio da virtualização de ambientes de teste
de código na nuvem. Developers poderão testar os seus programas em mais
ambientes, o que resultará em produtos mais versáteis e com uma experiência de
uso uniforme.

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Caso a companhia precise criar novas formas de lidar com a análise de


dados, o arquiteto de TI deverá avaliar soluções de captura, armazenamento,
análise e processamento de informações. Nesse cenário, as plataformas de big data
são fundamentais, dando a oportunidade para analistas obter insights diversos
sobre a forma como o mercado atua.

Para que os objetivos do negócio sejam verdadeiramente alinhados com as


abordagens de governança de TI, arquitetos corporativos atuarão lado a lado com
vários setores. Isso amplia a necessidade de o profissional possuir um bom domínio
de soft skills, além de um amplo conhecimento sobre cada setor em que as
soluções de TI estão presentes. Dessa forma, ele poderá criar políticas que
agregam valor às ferramentas digitais e tornam toda a cadeia operacional mais
eficaz.

VANTAGENS DA APLICAÇÃO DA ARQUITETURA CORPORATIVA

Analisando informações sobre livros publicados no visualizador ngram do


Google, é possível verificar que a palavra arquitetura, era um termo de uso estável
até 1980, teve um crescimento lento no decorrer desta década e um forte aumento
durante a década de 1990 permanecendo com seu crescimento estável com o
dobro da taxa desde 1998. Esse aumento coincidiu com a popularização dos
computadores pessoais e o nascimento na década de 90 da Arquitetura
Corporativa.

Além dessas informações sobre o aumento da quantidade de livros escritos,


os argumentos para a adoção de Arquitetura Corporativa são convincentes uma vez
que os líderes de alta gestão entenderam que uma boa gestão da informação é uma
vantagem competitiva importante ou, nos casos em que a grande maioria dos
sistemas de TI não conseguem atender as expectativas das empresas, seja por sua
natureza fragmentada, duplicação de funcionalidades em sistemas diferentes,
péssimo levantamento de requisitos, competição entre áreas dentro de uma mesma

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empresa ou mesmo casos em que o sistema não é responsivo o suficiente para as


empresas.

CEOs de hoje sabem que a gestão eficaz e a exploração da informação (por


meio de TI) são fatores chave para o sucesso de um negócio, e um meio
indispensável para alcançar vantagem competitiva. A arquitetura corporativa atende
a essa necessidade, fornecendo um contexto estratégico para a evolução do
sistema de TI em resposta às necessidades em constante mudança do ambiente de
negócios.

Uma boa Arquitetura Corporativa nos permite alcançar o equilíbrio correto


entre a eficiência de TI e a inovação empresarial. Ela permite que as unidades de
negócios inovem com segurança na sua busca da vantagem competitiva. Ao mesmo
tempo, ela garante que a necessidade de uma estratégia integrada de TI seja
atendida, proporcionando uma sinergia mais próxima em toda a empresa.

A adoção da arquitetura corporativa promove um profundo impacto na forma


como processos de TI são gerenciados. Estratégias de todos os setores serão
alinhadas, criando um fluxo de processos mais eficaz e com maior capacidade de
auxiliar o negócio a atingir os seus objetivos de médio e longo prazo.

Com as metas estratégicas sendo cumpridas com maior frequência, a


qualidade dos serviços do negócio será ampliada. Isso aumentará a competitividade
do empreendimento e, consequentemente, as receitas financeiras e a presença de
mercado.Conforme as rotinas internas forem modificadas, a empresa terá um
ambiente interno mais integrado. Os gestores poderão colaborar mais e, assim,
otimizar com uma frequência maior as suas políticas operacionais.

O trabalho de todos os gestores apresentará uma qualidade maior. A


transmissão de feedbacks, distribuição de tarefas e o planejamento de
investimentos será acompanhado de melhores índices e um nível de satisfação
maior.

Diante das vantagens da arquitetura corporativa, muitos gestores a adotam


sabendo que ela promoverá um grande equilíbrio entre a eficiência dos setores e a
capacidade de inovação do empreendimento. Todas as unidades que compõem um

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negócio passam a promover rotinas com maior segurança e produtividade. Ao


mesmo tempo, as estratégias de todos os profissionais será integrada,
proporcionando um alinhamento maior dentro do ambiente corporativo.

ARQUITETURA CORPORATIVA COM TOGAF

Com escalada dos custos de TI, muito se fala maximização e racionalização


de investimentos. As áreas de TI sofrem cada vez mais para atender a prazos
curtos, além de serem constantemente cobradas em relação à transparência e
efetividade dos investimentos.

Neste contexto, TI necessita de um realinhamento do ponto de vista de


processos, métodos, serviços e controles no sentindo de atender a crescente
demanda por inovação e serviços de alto valor agregado e com máxima prontidão e
escalabilidade.

Em resposta a esses desafios, TI investe cada vez mais tempo e recursos


buscando equalizar questões associadas a estruturação de componentes de
negócios e sua interação com a infraestrutura de TI. A essa equação que remonta
os componentes de negócio frente a sistemas de informação, integrações,
conexões, infraestrutura de TI, banco de dados e serviços de TI damos o nome de
Arquitetura Corporativa ou Enterprise Architecture (EA).

Hoje contamos com alguns frameworks que auxiliam a detalhar a arquitetura


corporativa e garantir a correta correlação com a infraestrutura de TI. Dentre os
frameworks mais famosos de arquitetura corporativa estão o Zachman e o mais
robusto e atualizado framework, o TOGAF, no qual iremos tratar.

Mas de fato, o que é TOGAF e onde ele pode nos ajudar em se tratando de
Arquitetura Corporativa? TOGAF ( The Open Group Architeture Framework) é um
framework que auxilia criar,detalhar, avaliar e construir uma arquitetura de TI correta
para as organizações promovendo alinhamento entre as necessidades do negócio e
o parque tecnológico. É um guia que auxilia a gestão de TI a promover a real

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evolução dos serviços de TI em detrimento ás necessidades de negócio fornecendo


um conjunto detalhado de métodos e ferramentas para o desenvolvimento de uma
arquitetura corporativa.

TOGAF subdivide uma arquitetura corporativa em 4 Níveis. São eles:

 Arquitetura de Negócio: São os processos de negócio utilizados


pelas empresas para atingir a sua estratégia de negócio. Auxilia a TI
entender quais os objetivos concretos que movem o negócio e como
as corporações se organizam para atender a sua missão e estratégias
empresariais.
 Arquitetura de aplicativos: Descreve o conjunto de aplicativos
específicos que são utilizados pelas empresas e como eles interagem
e entregam a informação para os processos de negócio.
 Arquitetura de Dados: Descreve como os dados são estruturados,
protegidos, garantidos, organizados, providos e acessados.
 Arquitetura técnica: Descreve toda a infraestrutura de hardware e
software que suportam a operação do negócio, aplicativos e dados,
bem como suas interações. Que tecnologias melhor se adaptam e que
podem garantir melhor ROI (Return of Investiment).

Sustentado por esses pilares, TOGAF auxilia a olhar os requisitos de negócio


(comportamentos ou propriedades necessárias que fornecem valor) de maneira
holística(Software e Hardware) . Auxilia a ter uma visão corrente e futura sobre a
arquitetura de TI em relação ás mudanças constantes nos requisitos de negócio.
TOGAF ainda ajuda a estabelecer de forma detalhada o planejamento de um
sistema de informação em um nível mais macro, orientado a componentes de
negócio guiando o desenvolvimento do ponto de vista de interralacionamentos,
reaproveitamento e evolução ao longo do ciclo de vida. TOGAF também auxilia a
gestão de TI a descrever com que base a informação deverá ser entregue para

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satisfazer aos requisitos de negócio e o que é ou será necessário em termos de


infraestrutura de TI para atingir o resultado esperado pelo negócio.

Enfim, TOGAF pode ser considerado um grande aliado na luta da otimização


de recursos de TI, pois auxilia a melhorar o tempo de desenvolvimento de sistemas,
além de racionalizar o uso da infraestrutura de TI , promovendo a correta utilização
do dado e mantendo sua integridade perante os processos de negócio. TOGAF
pode ser considerado um meio para se atingir resultados excepcionais no que diz
respeito a uma arquitetura profissional que garanta rápida absorção das mudanças
de cenários de negócio e que acima de tudo promova um real aproveitamento dos
investimentos em TI.

IMPACTO DA METODOLOGIA DEVOPS NA ARQUITETURA


CORPORATIVA

Gestores de TI buscam, continuamente, otimizar as rotinas do setor e a sua


gestão de projetos. Nesse sentido, várias técnicas e metodologias podem ser
implementadas, seja para aumentar a segurança do ambiente de trabalho ou
integrar profissionais. Uma delas é o DevOps, uma das principais tendências em TI
a despontar nos últimos anos.

O DevOps ganhou espaço, principalmente, em meios de desenvolvimento de


software. Ele pode ser visto como uma cultura operacional inspirada nas
metodologias de desenvolvimento ágeis. Promovendo a integração entre
engenheiros de software, cria-se um ambiente de trabalho com maior fluidez
operacional, menos conflitos e erros ocorrendo em uma frequência menor.

As mudanças promovidas pela metodologia DevOps criam uma nova cultura


dentro do ambiente corporativo. Processos são feitos com mais velocidade e a
capacidade da empresa de atender às demandas do mercado torna-se maior. Além
disso, o índice de sucesso dos projetos internos é ampliado, gerando mais receitas
para o negócio.

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Para atingir tais objetivos, novas ferramentas são implementadas. Elas


auxiliam na redução de tarefas não automatizadas, alinham setores diferentes e
permitem um monitoramento mais eficaz da evolução de tarefas. Vale destacar,
também, que as técnicas utilizadas para a adoção do DevOps melhoram a rotina de
feedbacks, criando um ciclo contínuo de melhoria de serviços.

No ambiente da arquitetura corporativa, o DevOps pode ser fundamental para


que objetivos sejam alinhados entre vários setores. A filosofia por trás dessa
metodologia facilita a criação de rotinas com maior grau de colaboração e fluidez.
Além disso, grande parte das práticas do DevOps podem ser vinculadas a
processos que não são diretamente relacionados com as rotinas de
desenvolvimento, o que amplia a capacidade de atuação de gestores de TI.

A empresa que pretende implementar o DevOps em sua rotina deve fazer um


amplo planejamento dos processos que serão afetados pela nova metodologia.
Gestores de TI precisam avaliar quais rotinas não possuem um alto nível de
qualidade, além de criar um roteiro de melhoria de longo prazo. Líderes devem
trabalhar lado a lado, promovendo mudanças e diminuindo o número de barreiras
para as novas práticas.

O DevOps não deve ser visto como um objetivo, mas um meio para a criação
de ambientes de trabalho mais eficazes. Diante disso, gestores devem, inicialmente,
começar a aplicar os novos processos em projetos pequenos, diminuindo o
potencial impacto que falhas possam causar. Além disso, ao adotar essa estratégia,
a aplicação de feedbacks é otimizada.

Gestores devem garantir que os objetivos da empresa com a implementação


do DevOps sejam conhecidos por todos os profissionais. Assim, a visão de cada
profissional sobre o seu papel dentro da empresa será direcionada para as metas
de médio e longo prazo do negócio.

Uma vez que todos estejam compartilhando de objetivos em comum, a


colaboração deverá ser incentivada em toda a cadeia de operações. A chave para o
sucesso do DevOps é a criação de um ambiente de trabalho em que todos
cooperem para que o andamento de projetos seja feito da melhor forma possível.

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Isso é fundamental, especialmente em empresas em que os times nem sempre


estão localizados no mesmo local.

Além disso, as ferramentas adotadas pelo departamento devem atender às


necessidades internas. Elas precisam aumentar o grau de automação de rotinas
internas, além de promover ganhos de produtividade. Nesse sentido, o gestor de TI
deve realizar investimentos com alto custo-benefício, que otimizem processos
diversos.

Os serviços do setor de TI da empresa podem ser divididos em equipes


menores. A criação de uma estrutura organizacional baseada em microserviços
melhora a distribuição de tarefas, o acompanhamento de prazos e a identificação de
falhas operacionais. Além disso, a integração entre profissionais será maior,
promovendo a execução de atividades com mais qualidade.

ARQUITETURA CORPORATIVA COMO GESTÃO

O crescente aumento da tecnologia em ambientes corporativos está


aumentando a necessidade de empresas investirem em rotinas que tornam as
soluções de TI mais eficazes e integradas ao negócio. Hoje, sistemas de gestão,
gerenciamento de dados e ferramentas de produtividade são vistos como fatores
críticos para o sucesso de qualquer negócio.

Diante disso, gestores de TI devem investir em rotinas que possam promover


uma maior integração entre os objetivos do setor com outras áreas do negócio.
Processos de trabalho serão otimizados e rotinas redefinidas, criando um ambiente
operacional com fluxos de trabalho mais ágeis e com menores índices de erro.
Nesse cenário, a arquitetura corporativa se destaca como uma forma de
desenvolver políticas de gestão mais integradas e com menos conflitos.

O princípio da arquitetura corporativa é manter toda a cadeia operacional de


uma organização alinhada com os seus principais objetivos, criando um
planejamento abrangente, que estabeleça princípios e rotinas que possam facilitar o

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alcance dos objetivos do empreendimento. Assim, serão promovidos processos de


tomada de decisão integrados, com todos os profissionais e ativos operacionais
sendo vistos em conjunto.

Investimentos e políticas serão planejados para gerar o máximo de benefício


para a empresa. Tarefas serão distribuídas com mais eficácia e, junto a isso, os
times trabalharão juntos em um ambiente com mais colaboração. Assim, todas as
atividades serão vistas de acordo com a geração de receitas a longo prazo, com
melhorias contínuas no ambiente interno de negócios.

Os gestores passarão a buscar soluções com alto custo-benefício e não


apenas ferramentas que necessitem de um baixo investimento financeiro para
serem implementadas. Isso deverá ocorrer pois, em vários casos, as opções de
menor custo possuem um risco maior, o que pode expor a empresa a prejuízos de
longo prazo. Diante disso, investimentos serão avaliados de acordo com métricas
quantitativas, mensuração de custos e benefícios gerais.

Ao alinhar os objetivos da TI com as metas do negócio, o arquiteto de TI


promoverá uma série de mudanças nas rotinas de trabalho. A gestão de custos será
feita procurando a criação de vantagens competitivas para o empreendimento. As
rotinas de governança incluirão indicadores para avaliar a qualidade, responsividade
e disponibilidade de sistemas e técnicos de suporte.

A forma de trabalho de algumas equipes pode ser alterada, realinhando a


distribuição de tarefas e de projetos em desenvolvimento. Além da reversão de
prioridades, será promovida a integração entre profissionais, tornando processos
mais fluidos. No longo prazo, toda a empresa atuará por meio de processos mais
colaborativos, aumentando a eficácia dos serviços do empreendimento e,
consequentemente, as receitas do negócio.

REFERENCIAS

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abr. 2013.

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DETTMER, Klaus; WATSON, Andy. CMBD in 5 Steps: A Project Guideline for


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