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Módulo 01 - Aula 01

Síntese da nossa redenção

A devoção ao Coração de Jesus situa-se no centro do


cristianismo. Tem raízes evangélicas e é recomendada
constantemente pela Igreja.
Coração, símbolo do amor. Jesus ultrapassa o mero símbolo.
Seu coração encarna e sintetiza o amor do Pai e do Espírito Santo
para com toda a humanidade redimida. É Jesus Cristo pleno e total,
no seu gesto misericordioso de abrir-nos seu Coração, cheio de
bondade e ternura. É o mesmo Jesus de Belém, de Nazaré, da
Palestina, do Calvário, do Cenáculo, da Ascensão. É Jesus Cristo vivo,
ressuscitado, misteriosamente próximo e unido a cada homem,
ofertando paz, misericórdia, libertação.
Profundo e inexaurível como o oceano, o Coração de Jesus.
Tesouro inesgotável, único, que nem sempre apreciamos
devidamente. Abismo de virtudes. Culminância sagrada para o voo
místico das grandes almas, das almas simples, dos cristãos
generosos, humildes, sensíveis ao espiritual, abertos à graça.
Tudo se torna tão simples e pacífico quando encontramos a
fonte verdadeira, o essencial!
A devoção ao Coração de Jesus não nasceu com Santa
Margarida Maria de Alacoque, no século XVIII. Nasceu ao pé da Cruz,
no Calvário. Tem vinte séculos, tem idade da própria Igreja.
Referindo-se ao Coração de Jesus, traspassado pela lança,
compêndio de todo o maravilhoso plano da Salvação, Paulo VI
deixou-nos este depoimento imenso, imortal:
“A palavra CORAÇÃO é símbolo, sinal e síntese da nossa
Redenção”.
Em sua “Mensagem aos Povos da América Latina”, na
introdução do Documento de Puebla, nossos bispos declararam, com
lucidez:

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“Somos Pastores da Igreja Católica e Apostólica, que nasceu do


coração de Jesus Cristo, o Filho de Deus Vivo”.
Falando da Igreja, no mundo de hoje, Paulo VI enfatizou:
“O mistério da Igreja não pode ser compreendido em
profundidade, se não dirigirmos nossa atenção ao amor eterno do
Verbo Encarnado, do qual é símbolo esplêndido o seu coração
traspassado...” Com efeito, a Igreja nasceu do Coração do Redentor,
do qual recebe seu alimento, desde o instante em que Cristo, “se
entregou a si mesmo para santificar, purificando-o a no batismo da
água pela palavra da vida”.
Exaltando a devoção ao Coração de Jesus, dia 20 de junho de
1979, na Praça de São Pedro, João Paulo II lembrou:
“Na liturgia da festa do Sagrado Coração, Cristo nos diz:
„Aprendei de mim, que sou manso e humilde do Coração‟. Ele deseja
ser o rei dos corações, mediante a mansidão e a humildade, que
sintetizam toda a riqueza do Coração do Redentor. No Coração do
Deus-Homem se fecha todo o ciclo litúrgico. Dele irradia, cada ano
TODA A VIDA DA IGREJA.
Mais próximo de nós, em julho de 1980, dom Eugênio de Araújo
Sales, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, recomendava aos fiéis da
sua diocese:
“Nos dias atuais, o culto ao Coração de Jesus, na sua forma
autêntica, possui grande valor para os cristãos espiritualmente
maduros... Colocar sua efígie, em nossas casas, é uma pregação em
prol da santificação do lar”.
Altamente gratificante e consolador, ouvir palavras inspiradas e
santas assim! É um conforto ter a certeza, através da voz abalizada
dos nossos Papas e Bispos, de que a devoção ao Coração de Jesus
não se apresenta desvinculada do Evangelho, mas é profundamente
eclesial, litúrgica, missionária, cristocêntrica.

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O Cristo da Eucaristia. O Cristo da Redenção. O Cristo da


Páscoa. O Cristo de ontem, de hoje, de sempre. Rei e centro de todos
os corações, imagem expressiva do amor eterno do Pai para com a
humanidade.
Santa Terezinha do Menino Jesus, íntima de Deus, coração-de-
criança, não cansava de repetir: “No corpo Místico de Cristo, quero
ser o coração!”.

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