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Médica, republicana e feminista, na sua carreira médica destaca-se o facto de ter

sido a primeira mulher portuguesa a operar no Hospital de São José, dedicou-se à


Ginecologia, com consultório na baixa lisboeta.
Foi uma das principais ativistas da sua época, defensora dos direitos das mulheres,
tendo lutado por causas como a emancipação das mulheres e o sufrágio feminino.
O código eleitoral determinava o direito de voto a “todos os portugueses maiores
de vinte e um anos, residentes em território nacional, compreendidos em qualquer
das seguintes categorias:
1.º Os que souberem ler e escrever;
2.º Os que forem chefes de família (…).”
Com formação superior e chefe de família, sendo viúva, Carolina Beatriz Ângelo
reunia as condições para votar, uma vez que a lei não especificava que apenas os
cidadãos do sexo masculino tinham capacidade eleitoral.
Após a rejeição pela Comissão de Recenseamento e pelo Ministério do Interior do
seu requerimento para ser incluída nos cadernos eleitorais, recorreu para tribunal,
onde obteve sentença favorável.
O juiz responsável, João Baptista de Castro, era pai de Ana de Castro Osório.
Votou então, em Lisboa, em 28 de maio de 1911,
Beatriz Ângelo foi sem dúvida uma mulher marcante na história portuguesa, com
um percurso interrompido pela sua morte prematura. Morreu aos 33 anos, em 3 de
outubro de 1911.

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