Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ângelo
2020/2023
Sonhadorismo
Módulo 3
➔ Ingressou no Liceu da Guarda, em 1981, revelando-se uma aluna distinta, concluiu o curso em
apenas 4 anos.
➔ Terminou o seu curso, em 1902, e casou-se com Januário Gonçalves Barreto Duarte, seu primo,
médico e republicano.
➔ Paralelamente à sua carreira médica, Carolina Beatriz Ângelo reforçou a sua visão social com um
ativismo cívico, político e principalmente feminista acérrimo, defendendo a emancipação da mulher
e acreditando em ideias como a educação para a independência e o divórcio, sendo mencionada
numa das publicações do “Jornal da Mulher” de “O Mundo” a este respeito.
➔ Mostrou-se interessada na inovação dos cuidados de saúde, lutando para um melhor apoio aos
médicos e defendendo, neste sentido, a separação da Igreja do Estado. Em 1907, participou na
fundação do Grupo Português de Estudos Feministas.
Principais Conquistas
➔ Foi iniciada na Maçonaria, na Loja Humanidade sob o nome simbólico de Lígia. Dois anos depois,
integrou a Assembleia-Geral da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, onde foi eleita Vogal
Suplente da Direção.
➔ O facto de ser viúva e ter de sustentar a sua filha Maria Emília (1903-1981), depois Fagundes pelo
casamento, que veio a ser professora de Filosofia, permitiu-lhe invocar em tribunal o direito a ser
considerada “chefe de família”, tornando-se assim a primeira mulher a votar no país, nas eleições
constituintes, a 28 de Maio de 1911. No dia seguinte, imagens e cartas da própria, acerca deste
efeito, foram publicadas em vários jornais, contribuindo para reforçar a luta das sufragistas.
Curiosidades
Começou a fazer parte de vários movimentos feministas, chegando a ser fundadora da Liga Republicana
das Mulheres Portuguesas. Nas eleições de 1911, um ano depois da Implantação da República, dirigiu-se
às urnas e votou. Mas não foi assim tão fácil
A primeira lei eleitoral dava o direito de voto a todos os cidadãos que fossem “maiores de 21 anos, que
soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”. Excluía, por lapso, qualquer menção ao género do
votante. Carolina Beatriz Ângelo aproveitou essa lacuna, e uma vez que era viúva com uma filha,
preenchia todos os requesitos pautados pela lei.
Ainda assim, o pedido de inclusão no recenseadora, o que a levou a recorrer ao tribunal.
O juiz decidiu a favor de Carolina que, a 28 de Maio de 1911, foi a primeira mulher portuguesa a
votar.
Porquê esta escolha?