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A reforma protestante e a crise na Igreja

A reforma protestante é um movimento que surgiu no século XVI. Este


movimento teve causas relacionadas com
aspetos políticos, económicos e teológicos e resultou do
descontentamento dos fiéis relativamente à corrupção e imoralidade,
práticas comuns no caminho da ascensão ao poder dentro da Igreja, e
do comportamento de muitos membros do clero que viviam de forma
luxuosa, mais preocupados com os bens materiais do que com as suas
práticas religiosas.
Este movimento iniciou-se a partir de Martinho Lutero, um monge
católico que estava insatisfeito com algumas práticas e questões
defendidas pela Igreja Católica, principalmente a venda de indulgências,
em que mediante um pagamento, os crentes podiam atenuar as penas
dos seus pecados. A atuação de Lutero teve como ponto de partida a
divulgação das 95 Teses Contra as Indulgências, as quais condenavam
a posição da Igreja e questionava a autoridade papal. Estas foram
afixadas na porta da Catedral de Wittenberg, em 1517. As 95 Teses
rapidamente se espalharam pela Europa e valeram a Lutero a
excomunhão do Papa e os interesses políticos oriundos de nobres que
viram na reforma uma possibilidade de romper o vínculo de autoridade
com o Papa, e engrandecerem os seus poderes, tornando-se chefes das
igrejas dos seus territórios.
Da atuação de Lutero, surgiu o protestantismo, um movimento de
fundação de novas igrejas cristãs que se negavam a obedecer a Roma
e que marcou uma rutura do cristianismo no ocidente.

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