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O perigo do extremismo político

A política é uma área que sempre me interessou e com a qual cresci a ouvir ser
debatida, seja em ambientes familiares ou na televisão. Há já alguns anos que
gosto também eu de discutir este assunto com outras pessoas, que por vezes até
partilham de opiniões diferentes da minha, e tentar entender os seus e dar o meu
ponto de vista.
Relativamente a este assunto, o que mais me tem chamado à atenção
recentemente é o repentino, mas constante, crescimento da extrema direita, não
só em Portugal mas também na Europa e em todo o mundo.
Esta ascensão, a nível global, mas particularmente em Portugal, onde é hoje a 3ª
força política um partido de extrema direita, é de veras assustadora já que, na
minha opinião, a extrema direita é uma verdadeira ameaça à democracia que
todos deveríamos preservar.
Alguns dos assuntos que me fazem ter esta divergência de opinião com esta área
do espetro político são: o posicionamento em relação aos imigrantes, que, na
minha opinião, é extremamente xenofónico, tendo por base, por exemplo, uma
fala do próprio líder do partido que diz: “para virem viver dos nossos impostos
já temos cá muitos, não precisamos de mais”. Esta fala referida anteriormente
leva-nos também a outro dos seus posicionamentos extremamente
problemáticos: quando diz “… já temos cá muitos …” refere-se
maioritariamente à comunidade cigana. Colocando isto em linguagem corrente,
para este partido, todos os ciganos vivem à custa dos, assim chamados,
“portugueses comuns”, através de subsídios, …, e são o grande problema do país
e os culpados por ele estar como está. Estes pensamentos parecem-me, mais uma
vez, xenofónicos e racistas. Outro dos pontos em que não concordo com a
extrema direita é em relação à prisão perpétua, que foi sugerida para integrar o
Código Penal em alguns casos de homicídio, e, indo ainda mais longe, a pena de
morte. No meu ponto de vista a prisão devia ter como principal objetivo
reeducar e tentar reinserir estas pessoas na sociedade e não me parece que punir
alguém por tirar uma ou várias vidas tirando-lhe a sua seja a melhor maneira de
o fazer.
Podia alongar-me mais e falar sobre a castração química, a homofobia, o
aborto… mas penso que as razões apresentadas acima juntamente com o facto do
lema do partido: “Deus, Pátria, Família e Trabalho” ser retirado do lema do
ditador Salazar diz muito sobre o que esperar e do porquê da extrema direita ser
uma verdadeira ameaça, não só para os imigrantes mas também para os próprios
portugueses.
Ver este tipo de ideais crescer no nosso país deve também ser um incentivo para
os jovens se começarem a interessar na política e a formarem as suas opiniões,
sem se deixarem influenciar, pois é sobre o seu país e futuro que estamos a falar
e neste caso o desinteresse não resolverá nada, mas as suas opiniões farão a
verdadeira diferença!

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