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1. Mantenha-se atualizado em relação aos grandes problemas brasileiros (sociais, políticos, culturais,
ambientais etc.), lendo revistas e jornais. Só assim você enriquecerá seu repertório de informações e
argumentos para opinar, de forma consistente, sobre o tema proposto.
2. Procure conhecer o modelo de redação do ENEM, tomando contato com as propostas dos exames
anteriores e, se possível, desenvolva essas propostas a título de exercício. Peça que seu professor de
língua portuguesa avalie seu desempenho.
3. Na hora da prova, leia com a máxima atenção a proposta apresentada, procurando entender o que
dizem os textos que a compõem. Lembre-se de que esses textos não podem ser ignorados no
desenvolvimento de sua redação.
4. Ao desenvolver seu texto, você deve fazê-lo por meio de uma dissertação argumentativa e não de
uma narração. Evite escrever em forma de diálogo.
5. Use a língua escrita culta, ou, em outras palavras, o português escrito padrão. Evite, pois, a
linguagem popular ou a gíria.
6. Ao redigir seu texto, além de expor informações e argumentos, procure se posicionar diante da
situação-problema presente na proposta.
7. Faça antes um rascunho e, na hora de passar a limpo seu texto, proceda a uma boa revisão.
8. Desenvolva seu texto com coerência e de forma bem articulada. Esses dois aspectos também serão
avaliados e receberão nota.
9. Não se esqueça de incluir em seu projeto de texto uma proposta de solução para o problema tratado
no texto, conforme recomenda a competência 5.
10. Escreva no mínimo 15 linhas e use uma letra legível.
Texto 1 (Drogas):
Sugestões de título: Drogas: um mal invencível? / Drogas: uma questão de
inteligência
Não se trata de tarefa simples, por certo. O tema do vício e das drogas mobiliza
toda sorte de emoções. De um lado, jovens descobrindo a vida, movidos pela
curiosidade, que os impulsiona a experimentar novas sensações e prazeres da forma
mais imediata possível. De outro, famílias desesperadas e, por vezes, destruídas, sem
saber direito o que fazer. Nesse conturbado contexto, há uma triste realidade: a
distância entre o prazer e as lágrimas é quase sempre muito curta. O pior é que
alguns só descobrem isso quando é tarde demais.
ampliar o número de vagas no 3º grau – esse projeto será uma reparação, uma
questão de justiça.
Texto 4 (Desarmamento):
Um passo fundamental
praticados por esse mesmo instrumento. E ainda revelam que armas legais
abastecem o mercado ilegal, já que, seja pelo roubo ou pela compra, acabam
parando, muitas vezes, nas mãos dos bandidos.
Texto 5 (Desarmamento):
Armas: instrumentos da violência
O capitalismo, modelo político que prega a busca pelo lucro infinito, sobrevive
de fabricar desejos, ilusões. É preciso, para sua vitalidade, que as pessoas estejam
sempre insatisfeitas com o que são ou com o que têm e, assim, que tudo seja
transitório, descartável. O problema é que, infelizmente, tais características estão
migrando até para as relações humanas. Ocorre, em função disso, nas últimas
décadas, um processo contínuo de desumanização. Muitas pessoas estão perdendo a
sensibilidade, os valores permanentes da moral, da ética, do bom senso, do respeito
ao outro. É a moléstia do consumismo afetando todos. Nesse contexto, a vida está
cada vez mais banalizada: as pessoas ou são um empecilho para conquistar o que se
deseja ou simplesmente um objeto de consumo como outro qualquer que pode ser
descartado.
Mas o que fazer então com esses jovens nascidos em “berço de ouro”, que
cresceram sem aprender a respeitar a sociedade, as leis, as pessoas. É certo que não
bastará apenas ficarmos perplexos quando a televisão mostrar mais um trágico
episódio. Além da punição exemplar, é óbvio, será necessário ir muito mais adiante.
As famílias desses jovens, que têm o privilégio de uma vida digna, precisarão
entender que amar e educar também significa dizer não, também significa, desde as
fases iniciais da vida, transmitir os valores mais nobres que denotam, em síntese, o
respeito ao próximo. Do contrário, depois, não adiantará apenas pedir desculpas à
sociedade ou chorar na porta de uma delegacia.
Introdução 1:
Introdução 2:
alimentar: algo capaz de conduzir o ser humano aos instintos mais primários, de luta
pela sobrevivência, nos quais a vida do outro pode não ter valor algum.
É óbvio que todos têm o direito de tentar garantir a proteção que o Estado,
por meio dos agentes da lei, não consegue proporcionar, tanto pela negligência
quanto pela clara incapacidade de ser onipresente. No entanto, é óbvio também que
acreditar e apostar só nisso representa, no mínimo, ingenuidade ou, até mesmo,
egoísmo e alienação. Isso porque a participação da elite no enfrentamento da
violência tem uma importância inquestionável, pois o que existe em excesso para
alguns significa, não raro, o básico que falta para milhares de pessoas que vivem em
situação de extrema miséria. Talvez seja por isso que muitos, não suportando a
exclusão social, na qual há todo tipo de restrição, procurem equivocadamente no
crime e, por conseguinte, na prática da própria violência a dignidade que o Estado,
unido ao bom senso e altruísmo dos mais ricos, deveria oferecer.
Todavia não pode ser apenas isso. Embora a atuação eficaz dos governantes,
para melhor distribuir a renda, bem como o envolvimento e a generosidade dos mais
privilegiados socialmente tenham um papel relevante, será preciso muito mais. Como
acreditar na diminuição da violência, por exemplo, se a polícia não é confiável,
considerando que muitos policiais são corruptos e praticam atrocidades? Se a Justiça,
além de tardar, falha constantemente? Se o tráfico de entorpecentes se tornou fonte
de renda; e o uso, assim como a manutenção do vício, razão para que a vida do outro
não signifique nada? Se em torno de 70% do ex-detentos reincidem na vida
criminosa? Se alguns ainda apostam na ideia de que a posse de uma arma pode evitar
a violência e não, pelo contrário, potencializá-la? Como ter esperanças de que esse
mal será superado, quando incontáveis famílias, desestruturadas emocionalmente,
confundem educação para os seus filhos com a pura e simples satisfação material?
* Isso porque diversas pessoas entram em desespero. Sem acesso a uma vida
digna, os assaltos se tornam uma das poucas alternativas para enfrentar tantas
privações, como, por exemplo, o desemprego e, às vezes, até a restrição alimentar.(:
algo capaz de conduzir o ser humano aos instintos mais primários, de luta pela
sobrevivência, nos quais a vida do outro pode não ter valor algum.)
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3- A pena de prisão, que parece à maioria de nós algo natural para segregar os
criminosos, surgiu há 200 anos (a partir do século XIX). Infelizmente, pelo menos no
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caso brasileiro, mesmo depois de tanto tempo, tal procedimento ainda não alcançou
a eficiência esperada.
depósito de seres humanos do que um local onde alguém consiga se recuperar. São
422 mil presos e um déficit de 185 mil vagas, conforme os dados da CPI. Há celas
comportando mais do que o triplo da capacidade prevista pela lei. Tal situação
submete-os a condições desumanas, nas quais ocorre até revezamento para dormir.
Tudo isso gera revolta e se torna, obviamente, o principal motivo para as rebeliões:
talvez o único meio de reivindicarem os direitos humanos.
Diante desse contexto tão trágico (crítico) e perigoso, não é difícil compreender
porque as prisões brasileiras não cumprem seu papel com a esperada eficiência.
Parece, na verdade, impossível reverter esse quadro, principalmente se
considerarmos a inércia da maioria dos políticos e diretores de presídio. Se por um
lado a necessidade de construir mais unidades prisionais é óbvia, por outro a reforma
do código penal e a maior eficácia da justiça também deve ser. É preciso, acima de
tudo, devolver aos detentos, embora tenham desrespeitado as leis, a dignidade, a fim
de que todos possam conviver em uma sociedade mais pacífica.