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E.E.

PADRE CHICO -Texto Complementar


Língua Portuguesa – 9º ano – Prof. Diogo

Vamos falar mais sobre intolerância?


Na última aula, trabalhamos a charge intitulada: “A INTOLERÂNCIA NOSSA
DE CADA DIA” (página 61 – Currículo em Ação) e respondemos às questões
relacionadas. Considerando a importância deste tema, que seguiremos abordando,
vamos fazer uma leitura de definição e aprofundamento sobre o assunto.

O que é a intolerância?
Se você abrir um dicionário e procurar o significado da palavra
“tolerância” uma das definições que encontrará é: “boa disposição dos que
ouvem com paciência opiniões opostas às suas. ”A intolerância então, seria o
oposto disso, isto é, quando a tolerância não acontece.
Aceitar aquilo que não se quer, ou ouvir com paciência opiniões
diferentes das suas, são virtudes necessárias para a convivência em uma
sociedade democrática. Porém, de tempos em tempos, vemos o
enfraquecimento desses valores, não só no Brasil, mas no mundo todo.

Intolerância: a dificuldade de conviver com as diferenças


Conviver com as diferenças: você com certeza sabe que essa não é
uma tarefa fácil. Somos quase 8 bilhões de indivíduos com opiniões, crenças,
valores e contextos diferentes. E é com frequência que escutamos ou lemos
sobre relatos de desrespeito e intolerância em razão de opiniões políticas,
orientação sexual, religião, nacionalidade, raça, entre outros. Muitas vezes, as
manifestações de intolerância resultam em violências. Como exemplo podemos
citar uma das maiores tragédias da humanidade: o Holocausto – durante o
Nazismo na Alemanha. Naquela ocasião, cerca de 6 milhões de judeus foram
mortos.
Motivada pela prevenção de atrocidades como as que ocorreram
durante a Segunda Guerra Mundial, em 1948, as Nações Unidas aprovaram a
Declaração Universal dos Direito Humanos (DUDH). Esse documento define os
direitos fundamentais dos seres humanos, sem distinção de cor, sexo, língua,
raça, opinião, nacionalidade ou classe social.
E.E. PADRE CHICO -Texto Complementar
Língua Portuguesa – 9º ano – Prof. Diogo

Intolerância no Brasil e no Mundo


Segundo dados do Dossiê Intolerâncias visíveis e invisíveis no mundo
digital 44% dos casos de assassinatos de homossexuais no mundo acontecem
no Brasil. Os casos de xenofobia no país vêm crescendo nos últimos anos. De
acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos a cada 15 horas há uma
denúncia de intolerância religiosa no Brasil.
No mundo, a intolerância tem se mostrado bastante evidente com as
complicações geradas por uma das maiores crises migratórias de todos os
tempos. Diversos imigrantes – principalmente da África e Oriente Médio – saem
de seus países por motivos de guerra, instabilidade econômica e perseguição
política. Alguns países têm adotado uma política restritiva para a entrada
desses imigrantes, que são entendidos como ameaças por parte da população.

Intolerância e as redes sociais


O crescimento das redes sociais nos últimos anos contribuiu para que
comportamentos intolerantes se tornem mais evidentes. Segundo a ONG
Safernet, as denúncias contra páginas que divulgam conteúdos racistas,
xenófobos, misóginos, homofóbicos, neonazistas e de intolerância religiosa,
crescem em média 200% ao ano.
Isso se deve, em primeiro lugar, à velocidade com que as informações
circulam na rede. Em questão de minutos, vídeos, textos e imagens, podem ser
vistos por milhares de pessoas. Além disso, a rede social permite um certo
distanciamento – o que leva a pessoa a dizer coisas que talvez se sentisse
constrangida em falar pessoalmente.
As redes sociais também contribuem para a polarização política
devido à criação de bolhas virtuais. Bolhas virtuais? Bom, nossas redes sociais
não nos mostram todo o conteúdo disponível ou publicado pelos nossos
amigos, você sabia disso? Os próprios mecanismos das redes sociais
identificam aquilo que gostamos e evitam nos mostrar conteúdos que não nos
interessam. Assim, acabamos nos isolando de opiniões diferentes e
fortalecendo os extremismos políticos, que por sua vez fortalecem
comportamentos intolerantes.

A busca pela tolerância


Se buscamos viver em uma sociedade saudável e justa, é preciso
tomar cuidado com comportamentos intolerantes. Não se pode imaginar que
todos terão as mesmas opiniões, crenças, origem ou classe social, a sociedade
é diversa e viver em democracia é saber respeitar o diferente, é ter empatia. A
história nos mostra que os resultados de movimentos políticos extremos foram
prejudiciais à população. Especialmente quando se trata das redes sociais, é
preciso atenção. Se por um lado, são ferramenta para nos conectar com
amigos, elas podem também fragilizar os laços de uma sociedade.
E.E. PADRE CHICO -Texto Complementar
Língua Portuguesa – 9º ano – Prof. Diogo
Fonte: Politize (www.politize.com.br)

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