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1. Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Programa de Pós-graduação em Aqüicultura – Estação Marinha de Aquacultura – Rua do
Hotel, 02, 96210-030, Rio Grande, RS, Brasil * Autor para correspondência: mauricioemerenciano@hotmail.com
2. Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil. E-mail: mlrsouza@uem.br
3. Zootecnista e Pós-graduando do Centro de Aqüicultura da Unesp/Jaboticabal – São Paulo, Brasil.
Resumo
Avaliaram-se duas técnicas de defumação – tradi- houve diferença significativa de rendimento entre as ostras
cional a quente e com utilização da fumaça líquida –, tendo defumadas, independentemente da técnica aplicada (T1 =
como testemunha o cozimento de ostras do Pacífico Cras- 8,42% e T2 = 7,61%), mas elas diferiram da testemunha
sostrea gigas. Para tanto, examinaram-se as características (T3 = 16,25%). De acordo com a metodologia aplicada e
sensoriais e rendimento do processamento. Distribuíram-se com os resultados obtidos nas análises sensoriais, as os-
os animais aleatoriamente, em três tratamentos, com deli- tras defumadas (independentemente da técnica aplicada)
neamento experimental inteiramente casualizado e nove constituíram os produtos com maior aceitabilidade e houve
repetições. Para a análise sensorial, empregaram-se trinta incremento de suas características sensoriais.
provadores, considerando-se cada um deles um bloco. Não
abstract
CRASSOSTREA GIGAS OYSTERS SMOKING: THE HOT ONE AND WITH LIQUID SMOKE
The present study had as objective evaluates two each one was considered a block. There was not significant
techniques of traditional smoking the hot and with use of difference among the independent of the applied technique
the liquid smoke, tends as control the Pacific oysters Cras- smoky oysters (T1 = 8.42% and T2 = 7.61%), but they
sostrea gigas cooked. They were appraised the sensorial differed of the control (T3 = 16.25%).In agreement with
characteristics and revenue of the processing. The animals the applied methodology and with the results obtained in
were distributed in three treatments and the experimental the sensorial analysis, the smoke oysters (independent of
design was completely randomized, with nine repetitions. the applied technique) are products with great acceptability
For the sensorial analysis 30 fitting room were used, where and increased your sensorial characteristics.
líquida por cerca de dez segundos. Posteriormen- SIDEL, 1993; DUTCOSKY, 1996). Para as aná-
te, dispuseram-se os moluscos em bandejas de tela lises estatísticas, os resultados das características
metálica, as quais se colocaram em forno para organolépticas das amostras foram transformados
desidratação a 60ºC. Decorrido o período de 75 de acordo com a fórmula : √x + 0,5, como reali-
minutos, pesaram-se as ostras, para avaliação de zado por SOUZA (2004).
rendimento, e acondicionaram-nas em frascos de O delineamento experimental foi o inteira-
vidro, para posteriores análises em óleo comes- mente casualizado, com três tratamentos (T1 =
tível (girassol). defumação com fumaça líquida; T2 = defumação
Na defumação tradicional, utilizou-se ser- tradicional a quente; T3 = testemunha, cozido no
ragem de eucalipto rosa (Eucalyptus globulus vapor) e nove repetições. Na análise sensorial,
Labill.), e a temperatura foi mantida com gás de utilizaram-se trinta repetições, no delineamento
cozinha. Defumaram-se os moluscos em defu- em blocos casualizados, em que o provador foi
mador artesanal, com geração de fumaça fora da considerado o bloco. Submeteram-se os resulta-
câmara de defumação. dos à análise de variância e compararam-se as
médias pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
Rendimento e perdas durante o processamento probabilidade (BANZATTO, 1995).
Tabela 1. Valores médios para peso e rendimento, valores de F e coeficiente de variação (CV)
relacionados a técnicas de processamento em ostras Crassostrea gigas
Médias na mesma linha, com a mesma letra, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05). ns – não significativo (P>0,05)
(2)
*-
significativo (P<0,05)
3,00
2,64A 2,65
A
2,63A 2,60
A
2,62A 2,61A
Referências
2,50
2,00B 2,00B
1,90B
2,00 BANZATO, D. A. Experimentação agrícola. 3.
Pontuação
T1
1,50
T2
ed. Jaboticabal: FUNEP. 1995. 247 p.
T3
1,00
1,98B 2,05 B
1,89C 1,93B 1,93B
2,00 1,81B DARE, P.J.; DAVIES, G. Experimental suspen-
Pontuação