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COMERCIO TRIANGULAR

O Comércio Triangular foi o principal instrumento do tráfico negreiro. Ele envolvia


uma teia de interesses e de negociações entre Europa, África e América, com algumas
ramificações englobando os produtos asiáticos. O processo era gerido pelas metrópoles
europeias, principalmente Holanda, Inglaterra, França, Espanha e Portugal. Embora
estas últimas nações estivessem já decadentes, ainda dispunham de poder em suas
respectivas colónias e, portanto, nesta trajectória de produção e distribuição de
mercadorias essenciais para a vida económica global: ouro, prata, diamantes, açúcar e
tabaco.

Esta estrutura comercial enredava produtores e distribuidores, compradores e


vendedores, dominadores e subjugados, um intrincado jogo conduzido pelas potências
europeias, mas que dependia essencialmente da existência, no continente africano, de
negreiros dispostos a trocar os produtos manufacturados transportados por mercadores
da Europa – armas de fogo, rum, tecidos de algodão provindos da Ásia, ferro, jóias de
baixo valor, entre outros – por seus próprios compatriotas, negros que seriam
escravizados na América, onde eram permutados por açúcar, tabaco, moedas ou barras
de ouro e prata, cedidos por seus futuros senhores, donos de minas ou proprietários de
importantes plantações.

Assim, o continente africano tinha como função, no comércio triangular, oferecer


trabalhadores escravos para as colónias da América e das Antilhas – onde os barcos
negreiros buscavam os portos da Jamaica, Bahamas, Haiti, Saint- Eustatius, Saba, Saint-
Martin, Barbuda e Antígua, Guadalupe, Granada, Trinidad & Tobago, Bonaire, Curaçao
e Aruba. Daí seguiam grupos de escravos para as Carolinas e a Virgínia nos EUA,
enquanto outros tantos eram direccionados para o Norte e o Nordeste do Brasil, bem
como ao Rio de Janeiro. O escravo era o motor que movia a produção das grandes
lavouras de açúcar e tabaco que se estendi

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