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Proposição (ou sentença) é uma frase afirmativa em forma de oração, com sujeito, verbo e predicado, que é falsa ou
verdadeira, sem lugar a uma terceira alternativa.
Proposição Condicional ou implicativa é uma nova proposição formada a partir de duas proposições P e Q, que é escrita na
forma:
“Se P, então Q” ou “P implica em Q”,
onde para o último caso usamos a notação: . Chamamos a proposição P de hipótese e a proposição Q de tese. A
hipótese também é chamada de proposição antecedente e a tese, de proposição consequente.
A partir de uma proposição condicional podem-se gerar novas proposições. Vamos chamar o modo em que apresentamos
uma proposição de forma positiva.
Uma demonstração em matemática é um processo de raciocínio lógico e dedutivo para checar a veracidade de uma
proposição condicional. Nesse processo são usados argumentos válidos, ou seja, aqueles que concluem afirmações
verdadeiras a partir de fatos que também são verdadeiros.
Sempre que, via uma demonstração, comprovemos a veracidade de uma proposição passamos então a chamar esta de
teorema. Assim, um teorema é qualquer afirmação que possa ser verificada mediante uma demonstração.
Métodos de Demonstração
Demonstração Direta
A demonstração direta é aquela em que assumimos a hipótese como verdadeira e através de uma série de argumentos
verdadeiros e deduções lógicas concluímos a veracidade da tese.
Equação do 1º Grau
Definição: Uma equação do primeiro grau na variável é uma expressão da forma onde e é um
número real a ser encontrado.
Propriedade 1:
Propriedade 2:
Definição 1: Uma equação do primeiro grau nas variáveis é uma expressão da forma
onde são diferentes de zero e é um número real.
Definição 2: Os números formam uma solução da equação , se substituindo por , por , ...,
por , temos que a equação acima é satisfeita, isto é, .
onde alguns dos elementos podem ser zero. Porém, em cada uma das equações do sistema
algum coeficiente é diferente de zero e, além disso, cada variável aparece em alguma equação com coeficiente
diferente de zero.
Definição 1: A equação do segundo grau com coeficientes é uma expressão da forma onde
e é um número real a ser encontrado.
onde .
Para que exista algum número real satisfazendo a igualdade acima, devemos ter que . Em resumo:
i) se existem duas soluções reais;
ii) se só existe uma solução real ;
iii) se não existe solução real.
Calculando temos:
a qual sabemos resolver. Logo, se não possuir solução então também não terá solução. No caso em que ser
uma raiz de então as soluções para , correspondentes à raiz , podem ser encontradas resolvendo a equação
simples:
Método de Viète
Definição: Uma inequação do primeiro grau é uma relação de uma das formas abaixo:
onde e .
O conjunto solução de uma inequação do primeiro grau é o conjunto de números reais que satisfazem a inequação, isto é, o
conjunto de número que quanto substituídos na inequação tornam a desigualdade verdadeira.
Seja sendo que , temos que:
Propriedade 1: (analogamente para os sinais )
Propriedade 2: (analogamente para os sinais )
Propriedade 3: (analogamente para os sinais )
Caso 1:
o Inequação
o Inequação
Caso 2:
o Inequação
o Inequação
Definição: Uma inequação do segundo grau é uma relação das formas abaixo
onde e .
Suponhamos primeiramente que queremos resolver a equação . Notemos que valem as seguintes
desigualdades:
onde .
Considerando esta igualdade, dividimos em vários casos:
o . Usando notamos que basta resolver a equação. Multiplicando ambos membros por temos:
Caso 2:
Usando notamos que basta resolver a equação
Caso 3:
Neste caso, quando é positivo todos os valores de reais são soluções de , pois a desigualdade
onde . O valor mínimo (máximo) da função quadrática é o menor (maior) valor possível que pode assumir
quando fazemos percorrer o conjunto dos reais. Da igualdade segue-se que, quando o valor mínimo do
trinômio é obtido quando e este vale . Similarmente, quando o valor máximo do
trinômio é obtido quando , valendo também .
Equações Modulares
Definição: Uma equação modular é aquela na qual a variável incógnita aparece sob o sinal de módulo. Para resolver equações
modulares se usam basicamente três métodos:
a) eliminação do módulo pela definição;
b) elevação ao quadrado de ambos os membros da equação;
c) partição em intervalos.
Conceitos Fundamentais e Divisão Euclidiana
Definição 1: Denotamos por o conjunto dos números inteiros formado pelo conjunto dos números naturais
munido do zero e dos números negativos, ou seja,
As operações soma, diferença e produto estão bem definidas no conjunto dos números inteiros, entretanto, o quociente de dois
inteiros pode ser inteiro ou não.
Definição 2: Sejam e inteiros. Dizemos que divide se existe um inteiro tal que . Também usaremos as
frases é divisor de ou é múltiplo de para significar esta situação. Usaremos a notação para representar as frases
ditas anteriormente. Se não for divisor de , então escreveremos .
Demonstração
Se e existem inteiros e tais que
Se e são inteiros positivos e , então com . Multiplicando por ambos membros da desigualdade
temos:
Temos que e . Então divide e divide . Pelo item (c) sabemos que e , ou seja,
. Logo e ou .
Teorema 1 (Divisão Euclidiana): Dados dois inteiros e sendo positivo existem únicos e tais que
Corolário 1: Dados dois números naturais e com , existe um único natural tal que
Demonstração
Pela divisão euclidiana, existem únicos com tais que . Assim:
com . Então:
Portanto concluímos que os restos que deixam e na divisão por são iguais.
Bases Numéricas
Definição: De modo geral, se denotamos por o número inteiro positivo formado pelos algarismos
, nessa ordem, então se escreve na base decimal da forma
Definição: Sejam e inteiros diferentes de zero. O máximo divisor comum, resumidamente mdc, entre e é o número
que satisfaz as seguintes condições:
i) é um divisor comum de e , isto é, e .
ii) é o maior inteiro positivo com tal propriedade.
Neste caso denotamos o mdc entre e por ou simplesmente . Se , então dizemos
que os números e são primos entre si.
Teorema (Teorema de Bachet-Bèzout): Se é o mdc de e , então existem números inteiros e tais que
e) Se , então ;
f) Se e , então .
Algoritmo de Euclides
Teorema (Algoritmo de Euclides): Dados dois inteiros positivos, e , aplicamos sucessivamente a divisão euclidiana para
obter a seguinte sequência de igualdades
até algum dividir . Assim, o , ou seja, é o último resto não-nulo do processo de divisão anterior.
Definição: Sejam e inteiros diferentes de zero. O mínimo múltipo comum, resumidamente mmc, entre e é o inteiro
positivo que satisfaz as seguintes condições:
i) é um múltiplo comum de e , isto é, e ;
ii) é o menor inteiro positivo com tal propriedade.
Neste caso denotamos o mmc entre e por ou por .
Proposição 5: Sejam e . Então valem as seguintes afirmações:
a) se é múltiplo comum de e , então ;
b) ;
c) .
Observação: Nem sempre é possível achar soluções para uma equação diofantina linear. Se uma equação deste tipo tem uma
solução na verdade ela ter uma infinidade de soluções.
Definição: Um inteiro positivo é dito primo se os únicos divisores que ele tem são 1 e ele próprio; caso contrário, é dito
composto.
Observação: De modo geral o número 1 não é considerado nem primo nem composto.
Proposição 8: Um inteiro positivo é primo se, e somente se, satisfaz a seguinte propriedade
Definição: Um número é chamado número de Mersenne quando puder ser escrito na forma .
Demonstração
Teorema (Teorema Fundamental da Aritmética): Todo número natural maior que 1 pode ser escrito como um produto
onde é um número natural, e é primo para todo . Além disso, a fatoração em é única se
exigirmos que .
(Versão Simples) Se distribuirmos pombos em casas, então alguma das casas contém dois ou mais pombos.
Em cada casa , coloca-se um único pombo, denotado por . O pombo restante, denotado por , deve ir
para alguma das casas, juntando-se ao que já se encontrava contido nela.
Demonstração
A prova deste princípio vale de uma simples contagem dos pombos contidos em todas as casas depois de distribuídos. Com
efeito, suponhamos pelo contrário que em cada casa não existe mais do que um pombo, então contando todos os pombos
contidos nas casas não teremos mais do que pombos, contradizendo isto a hipótese de termos pombos
distribuídos nas casas.
(Versão Alternativa) Se a soma de números naturais é igual a , então existe pelo menos um deles que não é maior que
, assim como existe pelo menos um deles que não é menor que .
(Versão Geral) Se distribuirmos pombos em casas, então alguma das casas contém, pelo menos, pombos.