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CURSO: Administração Pública POLO: Apucarana

ALUNO: Alexandre Henrique Gonçalves dos Santos

REFERÊNCIA

RONZANI, Dwight. Corrupção, Improbidade administrativa e poder público no


Brasil. Revista da Faculdade de Direito de Campos, Ano VII, Nº 10 – JUNHO
de 2007. Disponível em
http://fdc.br/Arquivos/Mestrado/Revistas/Revista10/Artigos/Dwight.pdf. Acesso
em 04/06/2022.

RESUMO

A presente resenha tem como foco o vislumbre da corrupção na gestão


pública brasileira, suas complicações causadas a todos os cidadãos, seus
impactos no cotidiano social e econômico brasileiro. Em grande parte, tais
frutos são devidos à grande perspicácia dos agentes públicos em utilizar-se do
cargo de gestor para obter ganhos ilícitos através de procedimentos públicos
que seriam destinados ao bem da população. Elucidará o motivo pelo qual o
país chegou a este estado de letargia, adormecido em um profundo sono de
insensatez e imoralidade. Desse modo, abordará a construção dessa cultura
omissa, que é galgada, em grande medida pela nítida fragilidade de nosso
sistema judiciário no que tange a procedimentos administrativos que punam
tais atitudes ímprobas referente a utilização dos recursos públicos e seus
estímulos para tais atos de ilegalidade.
CRÍTICA

Os casos de corrupção na administração pública brasileira vêm


ganhando destaque de forma progressiva. O veredito deixado por esses casos
é nítido, no qual assola veementemente a vida cotidiana da população.
A cidadania brasileira ao longo dos anos sempre se mostrou fragilidade,
pois com o mal uso de recurso públicos a população criou em seu íntimo um
sentimento de descontentamento e descrédito para com as questões político-
jurídicas da nação.
Atualmente chamada de improbidade administrativa, seus frutos são
decorrentes da falta de preparo técnico-administrativo para lidar com as
vicissitudes impostas pela sociedade brasileira, somando-se a isso, há a
ausência, não menos importante, de um elemento primordial que norteia
nossos pensamentos e atitudes, a moralidade. No que concerne à
administração pública, torna-se um aspecto chave na manutenção e gerencia
dos componentes públicos.
Neste contexto, a falta de moralidade dos agentes públicos atrapalha
sistematicamente o dia-a-dia dos cidadãos. A atual corrupção no setor público
brasileiro é derivada de tempos antigos. Os portugueses quando se instalaram
no país tupiniquim se utilizaram de muitos meios ilegais para obter poder e
vantagens, deixando assim a população à mercê de seus próprios esforços.
Uma das mazelas reconhecidas no Estado brasileiro é falta maciça de
investimentos em educar a própria população, cria-se neste caso um Estado
ignorante, alienado às questões centrais que guiam a cidadania.
Dessa maneira, tendo em vista todo estado de miséria e pobreza
acentuados no Brasil, pobreza não só material, mas sim a pobreza moral, ética,
pobreza da alma, certos cidadãos por falta de oportunidades na vida e também
por um certo sentimento de desprezo, optam por entrar no mundo do crime. O
tráfico de entorpecentes é um dos meios pelos quais as pessoas párias usam
para angariar recursos e assim manter a dignidade e sobrevivência. Tendo
percebido todo esse “mercado” a solta no país e gerando bons lucros aos
envolvidos, agentes públicos criam aliança com o mundo do crime, se
utilizando da influência pública e política para aumentar seu consideravelmente
seu patrimônio.
O crime organizado está intimamente relacionado a casos de
improbidade administrativa, um exemplo do mesmo são as milícias, que estão
alocadas em pequenos centros urbanos e periferias. Utilizam-se assim por
meio da força influenciadora que possuem, uma certa obrigação aos populares,
uma espécie de troca de favores nos quais estão vinculados a interesses de
políticos mal intencionados.
Sendo assim, à luz do tema, duas hipóteses devem ser levadas em
consideração, a primeira é a falta de estímulo aos populares, o devido
investimento rigoroso na formação do cidadão, a segunda hipótese é o extenso
consentimento dos gestores públicos para atos ímprobos, levando ao desgaste
e desconfiança no sistema judiciários brasileiro.
O sistema brasileiro promove a continuação de um círculo vicioso de
corrupção, independente da época, ele cria novas conexões, alicia novos
membros, amplia seu campo de atuação, cria-se novas organizações, em
grande escala corruptas, para manter em atividade o status quo imóvel, sem
alterações, perdurando com isso a letargia estatal no combate à improbidade
administrativa.
Deste modo, uma das saídas para que as pósteras gerações possam ter
uma vida menos difícil e com mais dignidade, a educação deve ter mais espaço
nas mesas de discussão dos governantes e sem vícios na gestão de recursos,
empregar dessa maneira uma raiz saudável de sensibilidade e discernimento
na mente de cada indivíduo, levando-os a questionar suas atitudes e também a
de terceiros, tecendo em suas vidas uma teia de conhecimento e sabedoria. A
mudança também deve vir de dentro da esfera pública, uma reciclagem de
pessoal pode ser implementada como medida de contenção aos elevados caso
de corrupção. Modificando a forma de pensar e a maneira de agir das pessoas
que possuem a gerencia dos recursos públicos em suas mãos, poder-se-á
cogitar a criação de uma revolução nas estruturas políticas do Estado
brasileiro.

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