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Estas estrelas são conhecidas aqui no Brasil como “guardas” ou “guardiãs” da cruz,
pois como que apontam para o Cruzeiro do Sul, facilitando sua localização no céu.
Elas fazem parte da constelação do Centauro (oficialmente Centaurus), que
representa um ser cuja metade superior era o tronco, os braços e a cabeça de um
homem, e sua metade inferior, o corpo e as pernas de um cavalo.
Centauro é formada pelas estrelas que estão em volta do Cruzeiro do Sul, exceto
aquelas ao sul da cruz, que compõem a constelação de Mosca. A mais brilhante
estrela é Alfa Centauri (ou Alfa do Centauro). É a estrela mais próxima da Terra, com
exceção do Sol. Enquanto o último está a aproximadamente 150 milhões de
quilômetros de nosso planeta, Alfa Centauri fica a quarenta trilhões de quilômetros de
nós.
Como estão muito distantes, quando olhamos para as estrelas, vemos na verdade a
luz que delas saiu muitos anos atrás. Estamos, portanto, vendo o seu passado. Se
Alfa Centauri, por exemplo, explodir no momento em que lê esse texto, você só verá a
explosão no céu daqui a quatro anos e quatro meses.
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Regulus é uma das quatro estrelas que os antigos persas tinham como referência
para dividir o céu de acordo com o ciclo das estações (as outras eram Aldebaran, da
constelação de Touro; Antares, da constelação de Escorpião; e Fomalhaut, da
constelação do Peixe Austral). Quatro mil anos atrás, o Sol estava na direção de
Regulus (e portanto na direção da constelação de Leão) no dia de início do verão.
Outras estrelas da constelação do Leão são: Denébola, aquela que marca a “cauda”
do Leão, é também branco-azulada e está a 42 anos-luz da Terra; Algeiba, a “juba” do
Leão, é um sistema duplo de estrelas (uma alaranjada e outra amarela) situado a 130
anos-luz; Zosma, o “dorso”, fica 70 anos-luz e tem coloração branca.
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Vênus e os
Discos voadores
O astro que mais chamará a atenção durante a madrugada do
outono/inverno (além da periódica presença da Lua) será o planeta Vênus,
que reaparecerá imponente na alvorada, como “Estrela D’Alva”. Nas
épocas em que este planeta torna-se visível, são comuns os relatos sobre
aparição de “discos voadores”. Isto se deve ao intenso brilho do astro e aos
efeitos que a atmosfera nele produz (mudanças de coloração, brilho e
posição). E, é claro, ao desconhecimento que a maioria das pessoas tem a
respeito, o que permite a exploração malandra do tema.
Romildo Póvoa Faria, da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários
da Unicamp, é coordenador do Planetário de Campinas e autor, entre outros,
dos livros Fundamentos de Astronomia (Papirus) e Visão para o Universo
(Ática) .