da terra 6, 7 e 8

DIRETOR: HENRIQUE NEVES

ANO 46 | N. 2233
AVEIRO REGISTOU A MELHOR 18 ALUNOS DE ESPINHO
01 DE MARÇO DE 2023 MARCA DE SEMPRE VIAJARAM ATÉ
EDIÇÃO DIGITAL NO TURISMO EM 2022 AOS PAÍSES BAIXOS
SEMANÁRIO
JORNAL REGIONAL DE ESPINHO

ESPINHO ADIA
PARA ABRIL
A TRANSFERÊNCIA
DE COMPETÊNCIAS
NO DOMÍNIO
DA AÇÃO SOCIAL
da terra
10 e 11

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2 01 DE MARÇO DE 2023
nascente
50 ANOS, 50 ESPECTÁCULOS DO TPE:
“O SORRISO DO GATO”
“O Sorriso do Gato” foi um espectáculo
colectivo que se realizou em 2009. No mesmo
palco, e pelo terceiro ano consecutivo, o
Teatro Popular de Espinho, o Núcleo de Dança
Contemporânea Mov’in-Mento e a Academia
de Música de Espinho reuniram-se para
protagonizar uma nova iniciativa na sequência
da abertura do Auditório de Espinho (2006).
A iniciativa artística multidisciplinar
debruçou-se sobre o universo do imaginário
infanto-juvenil e dos contos tradicionais.
Mas, de acordo a edição de 17 de Novembro
de 2009 do Maré Viva, “O Sorriso do Gato”
esteve longe de ser uma peça para crianças.
Contou histórias de infância percepcionadas
pelos adultos. Foi como se tratasse de
uma viagem, uma excursão sem rumo bem
Secção do Ambiente
regressa este mês
à limpeza das dunas
em Silvalde
No próximo dia 21 de março, a secção
do Ambiente da Cooperativa Nascente irá
recomeçar a actividade de arrancar chorões
junto às zonas dunares.
Ficha Técnica
Diretor Henrique Neves
Vice-Diretor Ricardo Gouveia
Editor e Redator Principal Joel de Oliveira
Projeto gráfico António Coxito
Redator Rafael Oliveira
Fotografia Joel de Oliveira
Paginação Beatriz Silva
Apoios e Parcerias Cristina Novo
Publicidade Margarida Pinho
Tesouraria Cristiano Ribeiro
Promoção Institucional Catarina Ferreira
Colaboradores André Ramada, Sara Francisco e Rosa Amaral
definido, onde lugares improváveis e ficções
impossíveis aconteceram. Actores, bailarinos,
músicos e cantores mergulharam neste
universo encantado de memórias e fantasias
que contaram com a assinatura artística de
António Paiva.
Nesta fusão entre diferentes disciplinas
artísticas, a irreverência e o humor
também marcaram presença. Cada um dos
participantes trouxe um baú de recordações
para uma representação intergeracional
que se concretizou num bosque repleto de
janelas com surpresas escondidas.
No primeiro dia do ensaio colectivo, refere
essa edição, escolhiam-se os camarins e
os corredores e bastidores do Auditório de
Espinho enchiam-se de adereços. No chão,
Nesse dia, que marca o início da Primavera,
pelas 10h00, a secção do Ambiente irá com
uma turma da CerciEspinho até às dunas de
Silvalde, no lado sul, para arrancar chorões
de forma a ganhar espaço para as plantas
dunares nativas.
O chorão é considerado uma espécie
invasora desde 1999 em Portugal. Trata-se
de uma planta exótica, porque foi trazida da
África do Sul e introduzida em vários países
Redação e Paginação Rua 62 n. 251 4500-366 Espinho
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E-mail jornal@mare-viva.pt
Redação e Secretaria Rua 62 n. 251 4500-366 Espinho
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Número de registo do Título 104499, de 28/06/76
Depósito Legal 2048/83
Os textos de Opinião publicados nesta edição são da inteira
responsabilidade dos seus autores, não vinculando, direta
ou indiretamente, o cariz editorial e informativo deste jornal.
eram concebidos os figurinos e pintado o
cenário do espectáculo. “Há fitas, sapatos,
tecidos, estandartes, colares, coroas e
pistolas por todo lado. Um urso e um cowboy
acabam de ser criados. Da cabeça de Idalina
Sousa, responsável pelos figurinos, já saíram
dezenas de personagens diferentes” – lê-se
no pequeno excerto que retrata a azáfama
desses dias.
“O Sorriso do Gato” contou ainda com a
direcção musical e arranjos de Francisco
Seabra, a coreografia de Carolina Freire e
Eva Ramirez (“Rainha de Copas”, co-criação
de Margarida Ferreira) e a cenografia de
Meireles de Pinho.
por motivos ornamentais e medicinais, mas
também para conter o movimento de dunas e
controlar a erosão do solo. No entanto, a sua
capacidade de propagação vegetativa (de
se reproduzir sem semente), e de produção
e propagação de sementes, levou a que o
chorão rapidamente colonizasse grandes
áreas, tornando-se uma planta invasora, nos
locais onde foi introduzido.
Estatuto editorial:
O Maré Viva, enquanto propriedade de uma Cooperativa de
Ação Cultual e Jornal de carácter regional, propõe-se:
- Noticiar de forma independente, objetiva e isenta, todos os
factos importantes da vida política, social, cultural e desportiva
regionais;
- dar um especial ênfase a todas as manifestações de carácter
cultural, procurando, com a respetiva divulgação, contribuir
para o fomento cultural da região;
- Defender sempre, de forma intransigente, os princípios
constitucionais da República Portuguesa, procurando, desse
modo, contribuir para que sejam alcançados os grandes
desígnios nacionais;
- Respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética
profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins
comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou
deturpando a informação.
01 DE MARÇO DE 2023
opinião
Sara
Francisco
Engenheira
Biomédica
Manhãs
Saudosos os dias em que saía da cama
quinze minutos antes da hora do comboio,
quando toda a gente sabia que chegaria
tarde à primeira hora da manhã e nem por
isso havia problema. Acho que por isso, até
hoje, ainda não tive um trabalho com horário
de entrada. Isto de termos horários fixos
independentemente da hora que amanhece
torna tudo mais difícil, as manhãs são-me
mais penosas e a energia que me move
nos dias de amanheceres tardios, tarda ela
também a chegar.
Já não acordo à hora em que deveria estar
no lugar seguinte. Não porque cresci, mas
porque sou mãe de dois pequenos humanos
dependentes da roupa que se lhes é escol-
hida, da roupa que lhes é trocada, do cabelo
que lhes é penteado, do pequeno-almoço que
lhes é preparado, dos casacos que lhes são
vestidos e dos sapatos que lhes são calçados.
Eu continuo a ficar pronta em menos de 10
minutos. Visto qualquer coisa e, havendo
tempo como e penteio o cabelo. Quando uso
um gorro de manhã e não está muito frio é
porque o meu cabelo está impróprio para ser
visto. Entretanto estamos a entrar no carro
e alguém chora porque afinal queria mesmo
era trazer um livro e não um puzzle, outra
chora porque decidiu acordar uma hora
mais cedo e só quer que a outra não chore
para dormir uma sesta. É nesta altura que
eu começo a cantar. Às vezes, ainda não são
nove horas e eu já esgotei todo um reportório.
Mas não há choro, que ainda são adoráveis o
suficiente para acharem que a mãe tem um
timbre bonito, e pelo silêncio dou tudo.
Saímos do carro, tiro a mais velha, coloco-a
num lugar seguro e repito a ordem diária:
“Stop. Aguarda aqui”. Monto o carrinho de
bebé, enfio lá a criança mais nova e alguém
pergunta se preciso de ajuda. Agradeço,
aceno e explico que já estou habituada. Estou
e sei que se alguém intervier, a criança que
está em “stop” vai franzir o olhar e pôr-se em
perigo. Os rituais diários continuam, monto
e desmonto vezes infinitas os carrinhos de
bebé, canto outras tantas canções e sinto
que a manhã foi bem sucedida a maioria das
vezes. Mesmo quando eu tenho pouco ar de
sucesso e ainda nem comecei o trabalho que
me paga o salário.
Consegue-se que as crianças durmam o
que os seus cérebros precisam, não sejam
apressadas pelos pais, cresçam à velocidade
que mais lhes apraz e os seus pais trabalhem
a tempo inteiro, com horários e locais de
trabalho formais? Diria que é um trabalho
de malabarista, em que uma das bolas está
sempre demasiado perto do chão. E ainda
assim, não trocaria este trabalho por nenhum
outro.
Rosa
Amaral
Professora
e Formadora
Educação: Nesta luta,
que bandeira levamos
nas nossas mãos?
Em mais de 30 anos de trabalho, não
tenho memória de um momento de luta dos
professores que fosse tão prolongado e em
que todos estivessem tão determinados na
defesa da Educação e dos valores essenciais
à construção de uma sociedade democrática,
revindicando melhores condições laborais,
que passam por uma reorganização da car-
reira com revisão do modelo de avaliação
docente, com claras implicações numa pos-
sível revisão do Estatuto, e a recuperação do
tempo de serviço prestado (6 anos 6 meses
e uns dias).
De repente, vejo o quadro de Delacroix
«A Liberdade guiando o povo» (1830) e
questiono-me: Teremos, de facto, tal como a
Liberdade daquele quadro, os jovens ao nosso
lado? Estará, efetivamente, o povo, leia-se, os
Encarregados de Educação e a Sociedade em
geral, a apoiar-nos? O que nos move, melhor,
o que também nos deveria mover nesta
marcha?
E não posso ignorar dois artigos que
li muito recentemente e os quais terei
necessariamente que evocar aqui de modo
a enquadrar o meu ponto de vista numa
tentativa de resposta à pergunta que me as-
sola o pensamento: Nesta luta, que bandeira
levamos nas nossas mãos?
Com o texto de opinião de Gonçalo M.
Tavares publicado no Expresso de 16 de
fevereiro, «Sobre a Educação: a matança dos
tenrinhos», senti um murro no estômago,
logo pelo título tão sugestivo. Retomando a
problemática das Provas e Exames Nacionais
e o acesso ao Ensino Superior, o olhar crítico
do escritor e a sua assertividade não podem
deixar de nos levar a refletir sobre o modelo
de ensino que a Escola apresenta: Estaremos,
ou não, a ser uma Escola que mais do que
«acender o fogo», procura «encher o balde»?
E invariavelmente, vêm-me ecos de profes-
sores que a propósito da avaliação formativa
dos alunos dizem claramente que «é muito
importante, mas no final, o que conta é a
nota e a avaliação externa». Por outro lado,
oiço alunos a dizerem-me que sentem, no
geral, não terem possibilidade de «partilhar
ideias ou referir assuntos que não estejam
3
diretamente relacionados com as matérias,
porque, para os professores, são uma
perda de tempo e a matéria é que tem de
ser dada». Posto isto, não posso estar mais
de acordo com Gonçalo M. Tavares quando
afirma, em síntese, que a «armadilha em
que grande parte do ensino e das diferentes
disciplinas caiu» é aquela em que os profes-
sores não perdem tempo com o fascinante
se o fascinante não é avaliado, pois deve ficar
«Fora de cena quem não é de cena: o que não
vem para o exame, se entra na escola, entra
para atrapalhar, diz o programa e a avaliação
e dizem depois, por vezes, os pais, os profes-
sores ou os próprios alunos.» De facto, tenho
outros alunos que em vez de valorizarem
metodologias que lhes permitem construir
conhecimento, querem ser vasos de receber,
pois é-lhes mais confortável ouvir.
Em que ficamos, afinal?
Com Sampaio da Nóvoa, primeiro no artigo
publicado no jornal Diário de Notícias (22 de
fevereiro), depois, com a Conferência a que
assisti on-line, promovida pela Academia das
Ciências de Lisboa (Instituto de Altos Estudos),
pude reforçar uma ideia que há muito venho
sustentando: Não há uma boa prática sem
que por detrás haja uma teoria de excelência
a iluminá-la.
Sublinho as palavras de Sampaio da Nóvoa,
numa visão para a transformação da Escola
de modo a que seja ela própria transforma-
dora: «o mais importante é sempre o trabalho
dos alunos, a forma como estudam, pro-
curam, criam, resolvem problemas, individual
e coletivamente. Ninguém se educa sozinho.
Precisamos dos outros para nos educarmos.
A pedagogia é tudo menos facilitismo. É
conseguir que os alunos trabalhem mais, e
não menos, mas que o façam com sentido,
emoção e curiosidade.»
E chegamos ao cerne da questão que
coloco. Qual é, afinal, a bandeira que levamos
nas nossas mãos, nesta luta em defesa da
Educação?
Acima de tudo, tem de ser uma bandeira
que nela tenha inscrita a determinação de:
- Inverter a tendência de que os alunos
terminam a Escola sem terem aprendido
praticamente nada;
- Promover e premiar nos alunos uma
cultura de trabalho, um “mergulho de pro-
fundidade”, a curiosidade sobre os assuntos
e não apenas um “dar notícia sobre”, uma
viagem “pela rama”, a satisfação pobre de
“mostrar que se sabe alguma coisa (pouca)”
seja sobre o que for;
- Conciliar, de vez, a ciência com as artes
e as humanidades, deixando bem claro que,
no seu conjunto e não de forma exclusiva,
Humanidades, Artes e Ciência são essenciais
a uma «conversa humana», à formação de
um verdadeiro Cidadão do Mundo.
Por fim, que esta seja uma bandeira que
garanta aos “tenrinhos” que não lhes matam
o sonho, por exemplo, de um dia serem
Professores!
4 01 DE MARÇO DE 2023
cultura
agenda
1 DE MARÇO - CONCERTO
The Black Wizards
Cineteatro António Lamoso
21h30
Um dos nomes mais internacionais do rock
psicadélico português apresenta-se em palco na
fase mais madura da sua carreira. Aos espetácu-
los apresentados em vários países e atuações
em inúmeros festivais junta-se a experiência de
três álbuns e atuações em conceituados palcos
nacionais, descritas pelo público como intensas
explosões de rock e emoções fortes. Joana, José
e Helena são os The Black Wizards e somam no
seu percurso trabalhos marcantes como “Lake of
Fire”, “What the Fuzz” e “Reflections”. Este concerto
é uma curadoria da Basqueiro - Associação Cul-
tural. A entrada terá o custo de 2,50 euros.
1 DE MARÇO - CINEMA
“Sabor”
Casino de Espinho
21h30
Bassley, um futebolista nigeriano que vive no
Vietname, não consegue ganhar a vida desde que
partiu a perna. Este homem, juntamente com
quatro mulheres de meia-idade para quem por
vezes trabalha, decidem escapar à desilusão da
vida quotidiana. Vão para uma velha casa onde
juntos criam um mundo especial para si próprios.
Mas esta utopia íntima não pode durar para sem-
pre. Para conferir destaque ao cinema asiático, o
FEST escolheu uma das obras de maior relevo do
Sudoeste asiático. Esta primeira longa-metragem
de Bao Le, que venceu o prémio Encounters no
Festival de Berlim, é uma obra elegante e ousada,
que conta ainda com um trabalho cinematográfico
distinto, que tornou Bao Le numa das figuras mais
promissoras do cinema mundial contemporâneo.
2 DE MARÇO - CONFERÊNCIA
Discussão pública: Carta Metropolitana
para a Cultura
Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva
17h45
A discussão pública em torno da “Versão Zero” da
Carta Metropolitana para a Cultura, que tem pas-
sado por vários municípios, chega, a 2 de março, a
Espinho. A Carta Metropolitana para a Cultura pre-
tende ser o principal instrumento de elaboração,
execução e análise das políticas culturais da Área
Metropolitana do Porto, preconizando “uma forma
de estar, de pensar, de fazer e de orientar Cultura
assente num conjunto de princípios e áreas pri-
oritárias de atuação partilhados por todos os seus
subscritores”. A Versão Zero é o resultado de um
esforço de consulta e diálogo iniciado em maio
de 2022 com os municípios, os agentes culturais,
a academia e a comunidade, e que se pretende
“aberto, participado e contínuo”. A participação
nas Sessões de Discussão Pública da Carta
Metropolitana para a Cultura em cada município
é aberta aos públicos e aos agentes culturais dos
municípios e condicionada a inscrição prévia em
formulário on-line, até 5 dias antes da respetiva
sessão.
3 DE MARÇO - CONCERTO
The Gift - Coral
Casa da Criatividade - São João da Madeira
21h30
Os The Gift estarão, no próximo dia 3 de março,
na Casa da Criatividade, em São João da Madeira, a
fim de apresentarem o seu mais recente trabalho,
“Coral”, editado em novembro de 2022. “Coral”
nasce da busca incessante por um som novo, a
partir do qual tudo se desenha e ganha forma.
É uma folha em branco que, aos poucos, vai
ganhando forma, conteúdo, e mensagem. “O Coral
nasce deste encontro. Desta folha em branco
que sempre foi a busca do som. O disco saiu
sem aviso. Saiu-nos de dentro. Não estávamos à
espera. O músico de hoje tem de seguir instintos,
mas sobretudo respeitar os impulsos. Nada se or-
ganiza com tempo. As coisas saem. Ou se aprovei-
tam, ou não” - descreve a banda. A digressão de
“Coral” é, para o coletivo, um desses “momentos
únicos”. “Por detrás da cortina de cada teatro e
auditório, um coro que enche o palco, e os The
Gift. Uns agarrados às letras, outros agarrados
ao laboratório rude da eletrónica. Coral ao vivo é
sobretudo uma celebração. Da vida. Do impulso.
De estarmos ainda aqui a seguir aquilo que não
se vê, o nosso instinto” - antecipam.
3 DE MARÇO - CONCERTO
“Les Métanuits”
Auditório de Espinho - Academia
21h30
O centenário do nascimento Gyorgy Ligeti é assi-
nalado em 2023. Ligeti foi um grande inovador das
linguagens musicais, ligando passado e futuro.
Foi a partir desse eixo que o duo constituído por
Émile Parisien e Roberto Negro reconstruíram,
profundamente, a sua obra. Grandes improvisa-
dores do jazz, inspiraram-se em Métamorphoses
Nocturnes, o primeiro quarteto para cordas
de Ligeti. Um projeto que transgride barreiras
estilísticas, dominado pela improvisação e es-
pontaneidade. Um concerto excitante que lança a
digressão de apresentação do álbum, na véspera
do seu lançamento oficial na Philarmonie de Paris.
4 DE MARÇO - COMÉDIA
Mafalda Creative - “Rainha da Net”
Europarque - Centro de Congressos
21h00
Depois do irrefutável sucesso da estreia “Rainha
da Net - Ao Vivo”, com todas as sessões esgotadas
em Lisboa e Porto, Mafalda Creative prepara-se
para percorrer as principais cidades do país,
prometendo aos fãs, um formato nunca antes
visto. “Rainha da Net - Ao Vivo” foi a estreia de
Mafalda Creative nos palcos, tendo esgotado duas
sessões no Capitólio em Lisboa, em menos de 48h
e na Super Bock Arena no Porto, na primeira se-
mana. Um formato disruptivo, em que o stand up
comedy ganha uma nova dimensão, aliando-se à
música e a momentos de interação e participação
do público e convidados de renome, recorrendo
a uma forte componente luz e imagem, sempre
no registo de proximidade e humor que lhe é
característico.
7 (A 11) DE MARÇO - TEATRO
“Uma ideia de justiça”
Teatro Carlos Alberto - TNSJ
11h00/15h00/19h00
O que é a justiça? E a injustiça? “Uma Ideia
de Justiça”, de Joana Providência, com texto de
Isabel Minhós Martins, é um espetáculo que traz
estas perguntas literalmente para cima da mesa,
uma mesa onde se tenta construir uma noção
de justiça. À sua volta, há cadeiras especiais
para sentar toda a gente: os que têm pernas
compridas, os que não conseguem estar quietos,
os que vêm sempre e os que não costumam
ser convidados. Sobre ela, vários adereços: por
exemplo, uma travessa cheia de fruta. Quem
tem mais fome? Quem ainda não comeu? Quem
tem direito a esta fruta? Levantam-se inter-
rogações parecidas quando são direitos, deveres
ou liberdades o que está em cima da mesa. Ao
abordar questões como a diversidade, a escolha,
a igualdade e a liberdade, o espetáculo quer
ser uma ferramenta de construção de justiça.
E responder à interpelação de Sophia de Mello
Breyner: “Aquele que vê o espantoso esplendor do
mundo é logicamente levado a ver o espantoso
sofrimento do mundo”.
01 DE MARÇO DE 2023
cultura
notícias
AUDITÓRIO DE ESPINHO ANUNCIA
CONCERTOS DO PRÓXIMO TRIMESTRE
O novo trimestre do Auditório de Espinho
| Academia (AdE) arranca em abril e já são
conhecidos os nomes que subirão ao palco
da sala espinhense nesse mês. Dave Doug-
las, trompetista norte-americano e nome
incontornável do jazz, junta-se em palco a
outro vanguardista do jazz – Joey Baron, no
dia 14 de abril. Dave Douglas & Joey Baron
Duo apresentam-se também no gnration, em
Braga, no dia 15, subindo depois ao palco na
Culturgest, em Lisboa, no dia 16. De um lado,
DOMENICO LANCELLOTTI E NORBERTO
LOBO EM ESTREIA MUNDIAL NO ADE
O Auditório de Espinho será uma das salas
de estreia do projeto “Pororó”, que junta
Domenico Lancellotti a Norberto Lobo e
mais dois músicos no mesmo palco. Esta
estreia absoluta está marcada par 13 de
maio. O brasileiro Domenico Lancellotti,
cantor, compositor, violinista, percussionista
e baterista brasileiro, junta-se a Norberto
Lobo, guitarrista português. A certa altura,
o brasileiro Domenico Lancellotti tinha que
Dave Douglas, prolífico trompetista, conhe-
cido pela amplitude estilística do seu trabalho
e pela sua extensa discografia. Do outro, Joey
Baron, baterista que fez parte da banda de
Bill Frisell durante uma década e colaborou
com nomes como Dizzy Gillespie, Tony Ben-
nett, Chet Baker, Laurie Anderson, Stan Getz,
David Bowie, Philip Glass ou Al Jarreau. Os
dois músicos cruzaram caminhos em Nova
Iorque, nos anos 1980, e colaboraram, desde
então, em várias ocasiões, como no primeiro
convidar um músico português para um
concerto num festival em França. Naquela
altura não conhecia muitos porque quando
chegou cá encontrou o país em quarentena,
mas admirava a música de Norberto Lobo. E
ganhou coragem para telefonar. O festival
não chegou a acontecer, mas o telefonema
foi mesmo bom. Como se a junção não fosse
única o suficiente, ainda aparecem nesta
adição os músicos Ricardo Dias Gomes, e o
5
projeto Masada, de John Zorn ou num sexteto
que homenageava Dizzy Gillespie. Uma
oportunidade imperdível para testemunhar a
cumplicidade entre dois músicos de excelên-
cia do jazz mundial.
Com duas atuações agendadas, 29 e 30 de
abril, é a vez de Vozes da Rádio, grupo vocal
masculino do Porto, se juntar aos alunos da
Escola Profissional de Música de Espinho,
para apresentarem o que resulta do Projeto
Benjamim que tem como objetivo proporcio-
nar aos alunos uma experiência musical de
interação e performance em concerto com
músicos e grupos da área “não clássica” O
Projeto Benjamin estreou-se, em palco, numa
colaboração com a banda Alright Gandhi, em
2019. Em 2021, colaborou com a cantora Lena
D’Água e, em 2022, com o cantor brasileiro
Castello Branco. Formados em 1991, na cidade
do Porto, os “Vozes da Rádio” sempre foram
caraterizados como um projeto bipolar.
Ora as suas canções são portadoras de
um charme e de uma subtileza aveludada,
ora são hilariantes exercícios da loucura
mundana. Ao vivo, as canções ganham uma
nova dimensão muito graças à eximia técnica
dos seus executantes e os momentos entre
cada canção revelam brilhantes humoristas
do improviso, onde tudo, mas tudo pode
acontecer. Os bilhetes para cada espetáculo,
assim como respetivas informações adi-
cionais estão disponíveis através do site do
Auditório de Espinho.
português João Pereira. É assim, aliás, que
nasce o nome “Pororó”: um encontro de rios,
onde eles afluem; tal como este coletivo
surge do encontro entre vários caminhos.
Ainda não sabem como classificar o som da
banda, mas também não sabem se é preciso.
O projeto promete surpreender, numa fusão
inesperada, mas apetecível. Os bilhetes estão
à venda na bilheteira local do AdE.
6 01 DE MARÇO DE 2023
da terra
DISPOSITIVO DE SALVAMENTO AQUÁTICO
DE ESPINHO TERÁ BASE PRÓPRIA
E SERÁ UNIDADE LOCAL
DE FORMAÇÃO ESPECIALIZADA
No passado sábado, 25 de fevereiro, a
Presidente da Câmara Municipal de Espinho,
Maria Manuel Cruz, o presidente da Escola
Nacional de Bombeiros (ENB) e o presidente
da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários do Concelho de Espinho firmaram
um memorando de entendimento com vista
à construção e constituição de uma Base do
Dispositivo de Salvamento Aquático (DSA),
que servirá também como Unidade Local de
Formação da ENB, especializada na área de
salvamento aquático. Recorde-se que já em
março de 2019 o Município havia assinado um
protocolo de colaboração com a AHBVCE para
garantir a existência do DSA. Ainda assim, o
PSD/Aveiro diz que
os municípios foram
“completamente
ignorados” no pacote
para a habitação lançado
pelo Governo
O presidente da Comissão Política Distrital
de Aveiro do PSD, Emídio Sousa, definiu
o pacote de medidas “Mais Habitação”,
recentemente lançado por António Costa,
como uma “ação de propaganda”, que não
trará “quaisquer resultados práticos”, e
onde os municípios foram “completamente
ignorados”. O responsável, que também
preside a Câmara Municipal de Santa Maria
da Feira, acusa o Primeiro-Ministro de
dispositivo ainda não dispõe de uma base
própria, e tem vindo a servir-se dos armazéns
de pesca existentes na Praia dos Pescadores,
em Silvalde. “Face a este constrangimento, e
de forma a dignificar a atividade e aumentar
o nível de prontidão do DSA, essencial para
a garantia da segurança dos veraneantes
e da atividade piscatória, o Município de
Espinho está agora disponível para fazer
nascer um novo edifício junto dos armazéns
de pesca em Silvalde, que conta já com um
projeto validado pela Agência Portuguesa do
Ambiente” - fez saber a autarquia. O DSA é
um dispositivo especializado com diferentes
graus de prontidão ao longo de todo o ano,
uma tendência de “quero, posso e mano”,
de uma atitude “totalitária e intolerável”,
causadora de uma “profunda preocupação”,
que só será “comparável ao período do
PREC”. “A destruição dos pequenos negócios
associados ao alojamento local e o ataque
ao direito de propriedade são inaceitáveis.
A estatização e apropriação ilegal que
se julgava já não caber nos cânones de
uma democracia liberal, está aí” - avalia o
social-democrata. Emídio Sousa considera
ainda que o “powerpoint” de António Costa
“atropela completamente a lei, e desrespeita
em absoluto a autonomia do poder local”.
“Foi com estupefação que a Distrital do
PSD leu o artigo de opinião da presidente
da Associação Nacional de Municípios no
Jornal de Notícias, no qual tece os maiores
DR
garantindo a intervenção em toda a frente
de praia do concelho e o apoio especiali-
zado aos nadadores-salvadores durante
a época balnear. Desde a sua criação, já
respondeu a 212 ocorrências, entre as quais
54 salvamento de náufragos. “A existência
deste edifício, aliada à realidade territorial,
experiência acumulada, modelo operacional
implementado e recursos especializados
existentes, torna Espinho um spot privile-
giado e adequado para a constituição de
uma Unidade Local de Formação da ENB, e é
nesse sentido que ocorreu a assinatura deste
memorando” - frisou a autarquia.
encómios ao alegado pacote de medidas
do governo. Luísa Salgueiro é presidente da
Associação Nacional de Municípios e assina
o artigo nessa qualidade, e sabe que os
municípios foram completamente ignorados
neste processo. [...]a líder da ANMP esquece
que a associação a que preside representa
todos os municípios portugueses, que estes
não foram ouvidos e que está em curso
uma completa secundarização do poder
local democrático. À presidente da ANMP
exige-se que represente e dialogue com o
governo de cabeça erguida, numa posição
de alguém que é eleito democraticamente,
que representa todos e que não está a fazer
fretes a ninguém” - reitera.
01 DE MARÇO DE 2023
AVEIRO REGISTOU A MELHOR MARCA
DE SEMPRE NO TURISMO EM 2022
Nunca existiram tantos turistas a visitar
Aveiro como em 2022: no ano transato,
o território registou cerca de 405 mil
dormidas, mais 32 mil do que em 2019,
que havia sido o melhor ano até então. As
visitas aos espaços museológicos também
aumentaram, com mais de 170 mil entradas
registadas. Para a subida anotada, na ordem
dos 8,6%, contribuíram principalmente os
valores registados nos meses de agosto
(mais de 55 mil dormidas), julho (mais de
47 mil dormidas) e setembro (mais de 41
mil dormidas). De realçar ainda os valores
PCP/Espinho dinamiza
jantar comemorativo
do 102º aniversário
do partido
Gaia vai investir mais
de dois milhões para ligar
o Jardim do Morro
ao centro histórico
Irene Vieira apresenta
novo trabalho no FACE
Cantor espinhense
José Raul comemora
60 anos de carreira
anotados em fevereiro de 2022, com perto
de 22 mil dormidas registadas (superando,
assim, o período homólogo de 2019, em que
se tinham registado mais de 18 mil) em 17,6%.
Em declarações à comunicação social, o
Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,
Ribau Esteves, deu nota de que o número
de dormidas mensais, em 2022, foi “sempre”
superior aos registados na pré-pandemia,
com a exceção dos meses de janeiro e março.
De notar também o acréscimo registado
no número de visitas a museus e espaços
museológicos: em 2022, contabilizaram-se
A Comissão Concelhia de Espinho do Partido
Comunista Português (PCP) vai retomar
a confraternização usual com um jantar
comemorativo do 102º aniversário do partido,
marcado para 11 de março, pelas 20h00, no
restaurante Paraíso de Espinho (rua 66).
Ricardo Galhardo, membro do Comité Central,
estará presente no evento. O PCP cumpre, a 6
Com o intuito de instalar três elevadores
responsáveis por fazer a ligação entre o
Jardim do Morro e a Rua Cândido dos Reis,
a Câmara Municipal de Gaia investirá 2,5
milhões de euros, apesar de o primeiro con-
curso público (já lançado) ter ficado deserto.
“Estamos a lançar um outro concurso”, as-
segurou Patrocínio Azevedo, vice-presidente
da autarquia, no final da reunião do executivo
A autora e cantora espinhense Irene Vieira
irá apresentar o seu mais recente trabalho
discográfico, “Canções para Espinho”, no
auditório do Fórum de Arte e Cultura de
O cantor espinhense José Raul está a pre-
parar-se para celebrar 60 anos de carreira,
num espetáculo marcado para este sábado, 4
de março, pelas 21h30, e que terá como palco
o Centro Multimeios de Espinho. O certame
contará com a presença e atuação de alguns
7
DR
pouco mais de 170 mil entradas, mais do que
as 167 mil anotadas em 2019. Estamos, assim,
perante um crescimento na ordem dos 1,9%,
com maior incidência na segunda metade
do ano transato. Recorde-se que, em 2024,
a cidade de Aveiro será a Capital Portuguesa
da Cultura. Estará também representada
na Bolsa de Turismo de Lisboa, que arranca
precisamente hoje, 1 de março. Os portu-
gueses continuam a ser os que mais visitam
Aveiro, seguindo-se os turistas espanhóis,
franceses, holandeses e alemães.
de março, o seu 102º aniversário e, depois da
interrupção trazida pelo contexto pandémico,
os militantes e simpatizantes do concelho de
Espinho voltam a poder sentar-se em torno
de uma mesa e confraternizar, recordando
a história do partido, e “celebrando a vida e
o futuro dos ideais comunistas” - anseia o
partido, em comunicado.
municipal da passada segunda-feira. A inten-
ção da autarquia é a de poder vir a instalar
ainda um quarto elevador, responsável pela
ligação entre a Serra do Pilar e o Jardim do
Morro, sendo que esta vontade carecerá de
um parecer favorável da Direção Regional de
Cultura do Norte (DRCN), que ainda não foi
possível obter.
Espinho (FACE) no próximo dia 10 de março,
pelas 21h30. A apresentação da sessão estará
ao encargo de Teresa Vieira. A iniciativa conta
com o apoio da Câmara Municipal de Espinho.
rostos da música local, entre eles Irene Vieira,
o coletivo Remédio Santo, Costinha, Maria
Sameiro, Nelo Silva e José Manuel Batista. Os
bilhetes poderão ser adquiridos na bilheteira
do Centro Multimeios.
8 01 DE MARÇO DE 2023
18 ALUNOS DE ESPINHO RUMARAM
ATÉ AOS PAÍSES BAIXOS
Um grupo de 18 alunos do 10.º ano, do
Agrupamento de Escolas Manuel Gomes de
Almeida, viajaram até aos Países Baixos para
visitar as principais instituições e pontos de
interesse deste estado-membro da União
Europeia. A actividade decorreu dado o
intercâmbio estabelecido com a escola
Fortes Lyceum, em Gorinchem, no sul do país.
Além da cidade anfitriã, os alunos tiveram
a oportunidade de visitar Amesterdão, Haia
(cidade que alberga a sede do parlamento
neerlandês), o Tribunal Internacional de
Justiça das Nações Unidas e o Tribunal Penal
Internacional.
“Frutecas e Regina
Vitaminas” vence
concurso escolar sobre
alimentação saudável
A turma do 2.º A da Escola Básica de Anta
foi a vencedora do concurso escolar “A
História do Frutecas” com o conto “Frutecas
e Regina Vitaminas”. O trabalho desenvolvido
pelos alunos será publicado na caderneta “O
Texto vencedor: “Frutecas
e Regina Vitamina”
“Olá, Cenourinha!”, era assim que cumpri-
mentavam a Regina à entrada da escola.
Era uma menina de pele clara, cabelo ruivo,
sardenta, meiga e tristonha. Era uma criança
com pouca cor! Num domingo à tarde, Regina
brincava às escondidas com os primos, no
parque da cidade. A menina escondeu-se,
escorregou por uma gruta escura e húmida.
PUB INST
a maré chega pelo correio
Esta visita do grupo português foi acompan-
hada pelas professoras Marisa Rocha e Sara
Castro. O programa incluiu várias activi-
dades escolares, como as visitas guiadas
a monumentos e locais emblemáticos e
o tempo destinado ao convívio e troca de
saberes entre alunos e as famílias que alber-
garam os portugueses. Entre várias acções
realizadas, destaca-se a visita ao Museu
Marítimo Nacional, o passeio de barco pelos
canais do rio Amstel, em Amesterdão, ou
ainda a ida até Kinderdijk, localidade próxima
de Roterdão, onde se encontra a maior
concentração de moinhos de vento ainda em
Frutecas” do próximo ano lectivo.
Já a história “O Frutecas e Moranguinha”, da
turma do 2ºA da Escola Básica Integrada Sá
Couto, foi o trabalho que ficou em segundo
lugar. O mesmo foi eleito mediante a votação
do público, que decorreu na página do Face-
book do Município de Espinho, com 277 votos.
A iniciativa, promovida pela Câmara Munici-
pal de Espinho, desafiou todas as turmas do
1.º Ciclo do Ensino Básico para a elaboração
de uma história sobre a mascote do projecto
“AAAh”, gritou a menina antes de cair num
local fantástica. Era uma aldeia colorida,
com casas redondas, tinha uma ponte que
atravessava um rio que alimentava um belo
pomar, chamava-se Frutilândia. Os seus
habitantes eram frutas felizes e falavam uma
língua especial, o vitaminês.
O presidente da aldeia era o Frutecas,
uma laranja sábia que não deixava faltar
vitaminas, cálcio… à população. Ali, ninguém
sofria da diabetes, dores nos ossos ou gripes.
tesouraria@nascente.org.pt
DR
funcionamento. O projecto contemplou ainda
acções de intercâmbio cultural preparadas
na escola e nas actividades de exterior,
apresentadas em sala de aula.
“O encontro deu a conhecer as diferenças
entre os dois países, nomeadamente os
sistemas educativos, os hábitos alimentares
e mesmo a ocupação de tempos livres, tendo-
se revelado uma experiência enriquecedora e
inesquecível” – lê-se numa publicação.
A segunda fase do intercâmbio escolar
decorrerá entre 11 a 18 de Março, com a
visita dos parceiros holandeses à cidade de
Espinho.
de alimentação saudável: “O Frutecas”.
De acordo com a autarquia, “o desafio foi
superado”. O Júri que escolheu a história
vencedora foi presidido pela presidente da
Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel
Cruz, pelo editor José Augusto Nunes Car-
neiro, e pela nutricionista do ACES Espinho/
Gaia, Ana Maria Mendes. Os prémios do con-
curso serão entregues às turmas vencedoras
durante este ano lectivo, nos respectivos
estabelecimentos de ensino.
Frutecas, ao ver Regina, levou-a ao con-
sultório do Dr. Melão e ele detetou-lhe falta
de vitaminas. Pudera, Regina não comia fruta
nem legumes, achava que esse era o motivo
de a chamarem Cenourinha! Frutecas levou
a menina ao pomar. Maravilhada com aquela
variedade de fruta, Regina deu uma trinca
numa pera e nesse momento acordou. Teve
um sonho, mas olhou para o lado e viu a pera
mordida! A partir daí o seu aspeto melhorou,
passando a chamar-se “Regina Vitamina”.
ASSINATURA DIGITAL
01 DE MARÇO DE 2023
o explicador
E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?
O QUE É?
Após a semana passada o “Explicador” ter
voltado a sua atenção para a Inteligência
Artificial, hoje o tema passa também pela
Inteligência, mas deixa de fora a tecnologia.
Inteligência emocional… O que é? Porquê que
é importante? É possível melhorá-la? Estas
são algumas das perguntas que o artigo
desta semana procura responder.
A inteligência emocional é uma capacidade
humana que consiste na habilidade de
reconhecer, compreender e gerir as próprias
emoções, assim como as emoções dos out-
ros. Embora muitas vezes seja ignorada ou
subestimada, a inteligência emocional é um
componente-chave para o bem-estar pessoal
e para o sucesso das relações interpessoais
e profissionais.
Que aptidões estão
relacionadas com
esta inteligência?
A inteligência emocional abrange uma série
de capacidades como o autoconhecimento,
a capacidade de gerir a vida, consciência
social e empatia. O autoconhecimento, por
exemplo, envolve a compreensão das nos-
sas próprias emoções, incluindo as forças,
fraquezas, virtudes, defeitos, motivações e
valores. A capacidade de gerir a vida não é
difícil de perceber, mas é complicado de se
conseguir. Implica a pessoa ser capaz de
controlar as suas emoções e comportamen-
tos, de forma a evitar reacções impulsivas
e garantir que responde apropriadamente a
situações difíceis ou momentos inesperados.
A consciência social está relacionada com
a compreensão das emoções dos outros,
incluindo a capacidade de identificar as suas
necessidades e sentimentos. Já a empatia é a
destreza de se conseguir colocar no lugar do
9
outro e sentir ou compreender a emoção que - Empatia: pratique-a. Ao colocar-se no
a pessoa está a vivenciar. lugar dos outros e tentar compreender as
suas perspectivas, isso pode ajudá-lo a con-
Porquê que esta inteligência struir relações mais saudáveis e a resolver
conflitos mais eficazmente;
é importante? - Aprendizagem contínua: aprender sobre
A inteligência emocional pode ser aplicada a inteligência emocional é uma parte im-
em diversas situações da vida, incluindo nos portante do processo de desenvolvimento
relacionamentos interpessoais, na resolução pessoal e da própria inteligência.
de conflitos, em negociações, na gestão de Para concluir, a inteligência emocional
equipas e liderança. Quando a pessoa tem é uma capacidade fundamental para ser
consciência das suas próprias emoções e se bem-sucedido na sua vida pessoal, familiar
revela capaz de as gerir e compreender as e profissional. Contribui para o bem-estar
emoções dos outros, estará mais preparada próprio e das pessoas que o rodeiam. Embora
para lidar com desafios e construir relações possa ser difícil de a desenvolver, a inteligên-
fortes e saudáveis. Além disso, a inteligência cia emocional é tão ou mais importante que
emocional também pode ajudar a prevenir o a inteligência a que estamos acostumados a
stress e a ansiedade e, consequentemente, ouvir.
aumentar a satisfação pessoal e profissional.
Fontes utilizadas: Psychology Today; Goleman, D.
Embora a inteligência emocional seja
uma aptidão importante, muitas pessoas (1995). Emotional Intelligence: Why It Can Matter
ainda têm dificuldade em desenvolvê-la. No More Than IQ; Salovey, P., & Mayer, J. D. (1990).
Emotional intelligence. Imagination, Cognition and
entanto, existem diversos métodos e estraté-
Personality, 9(3), 185-211.
gias que podem ser adoptados para melhorar
a inteligência emocional.
PUB
E como posso melhorá-la?
Não existe uma fórmula mágica que, da
noite para o dia, permita melhorar exponen-
cialmente a inteligência emocional. No
entanto, há algumas recomendações:
- Comunicação eficaz: aprender a comu-
nicar de forma clara e assertiva pode ajudar
a prevenir conflitos e construir relações mais
fortes e saudáveis;
- Autoconhecimento: ao dedicar uma parte
do seu tempo para reflectir, explorando as
suas emoções, valores e crenças, isso pode
ajudar a compreender melhor a sua natureza
e até a responder de forma mais eficaz às
situações;
10
da terra
ESPINHO ADIA PARA ABRIL
A TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS
NO DOMÍNIO DA AÇÃO SOCIAL
Reunida na passada quinta-feira, 23 de
fevereiro, a Assembleia Municipal de Espinho
deliberou, de forma quase unânime, o adia-
mento da transferência de competências no
campo da ação social para abril. A proposta
de prorrogação foi votada favoravelmente
pelos vogais do PS, PSD, e CDU, tendo contado
ainda com a abstenção do Bloco de Esquerda.
Na discussão inicial em torno do tópico, Ana
Rezende, vogal da CDU, firmou que o partido
“não concorda” com o processo de transfer-
ência de competências e que, por isso, votaria
favoravelmente “todo e qualquer adiamento
que a lei permita”. Incentivou, também, o
Executivo Municipal a pronunciar-se sobre
o assunto; na abertura das intervenções, Le-
onor Fonseca, responsável pela Ação Social,
optou por não se manifestar. Fê-lo depois da
intervenção da vogal da CDU, justificando-se,
e frisando não o ter feito já que “as alterações
às informações prestadas na última Assem-
bleia não foram assim muito significativas”.
Mas até foram: a tutela disponibilizou uma
verba extra de cerca de 90 mil euros para o
município, neste desígnio. “Esta verba será
acrescentada à que já existia... Peço desculpa
se são estiver a ser precisa em relação aos
números: são 300 ‘e tal’ mil, e 90 ‘e tal’ mil,
agora acrescidos. De qualquer maneira, se
a lei nos permitisse prorrogar o prazo desta
transferência, ou ter alguma opção, talvez
também não a assumíssemos. Atendendo a
que tem de ser assumida, assim o faremos”
- notou a vereadora. Leonor Fonseca explicou
ainda que “era suposto” estas competências
terem sido assumidas até ao final de dezem-
bro, e que o município pretende protocolar
“com as instituições que estão no terreno,
como a ADCE, o Centro Social de Paramos, ou
a Cerci-Espinho” o serviço de atendimento e
acompanhamento social, e ainda os trabal-
hos relacionados com o Rendimento Social
de Inserção (RSI). “Estas instituições continu-
arão a prestar este serviço, com os técnicos
que têm a fazê-lo, e que o sabem fazer
bem; a autarquia assumirá, para além dos
protocolos, as despesas relacionadas com
os funcionários e também a manutenção das
instalações. Serão também colocados em
prática os apoios eventuais: a palavra final
será da autarquia, em conjunto com as insti-
tuições.” - frisou. Para a vereadora, no campo
da ação social, “não ocorrerão grandes alter-
ações àquilo que já se passa hoje”, reiterando
que as pessoas “não vão ficar beneficiadas,
nem prejudicadas”. “ Tentaremos manter a
maior normalidade possível, fazendo com
que as instituições continuem a funcionar,
consigam manter os seus recursos humanos,
e abranger toda a população neste serviço
de acompanhamento social, onde estão
incluídas todas as famílias com necessidade
do RSI” - disse. Leonor Fonseca considerou
também que o município de Espinho “está
bem”, comparativamente àquela que é a
realidade nacional, já que nos grandes ter-
ritórios, “como Porto, Lisboa, ou Coimbra”, os
técnicos são confrontados com “um enorme
volume processual”. “Em Espinho, percebe-
mos que o rácio atribuído, e o número de
técnicos que as instituições tinham, fará
com que cada técnico possa trabalhar sem
qualquer constrangimento. Mantendo os
mesmos técnicos, as mesmas instituições,
e fazendo uma distribuição desses rácios
distribuídos pela Segurança Social, con-
tinuaremos a fazer o mesmo trabalho. Nas
primeiras negociações que tivemos com
as instituições, existiam algumas valências
que não estavam acauteladas; com este
reforço de verba [cerca de 90 mil euros],
conseguimos cumprir com essas despesas, e
ainda conseguimos tirar o excedente para os
apoios eventuais” - sublinhou. A responsável
garantiu, assim, que todo o processo de
transferência de competências no domínio
social ocorreria “sem qualquer sobressalto,
sem despedimentos nas instituições”.
01 DE MARÇO DE 2023
“A pergunta que aqui se
coloca, é: para Espinho,
esta transferência de
competências é boa, ou
má? É melhor do que o que
tínhamos, é igual, ou pior?”
Da bancada do PSD, Paulo Leite fez saber
que o partido votaria favoravelmente a pror-
rogação proposta, por “razões semelhantes
às apontadas pela CDU”. Expressou, também,
“algumas dúvidas” relativas aos procedimen-
tos em curso. “ A explicação que a senhora
vereadora acabou de nos dar foi pouco pre-
cisa. Fala em 300 ‘e tal’, e 90 ‘e tal’ mil. Falta
saber quanto representa este ‘tal’. Disse que
a transferência de competências decorrerá
sem sobressaltos, sem despedimentos... Isso
significa que existia algo que poderia correr
mal, é isso? No fundo, a pergunta que aqui se
coloca, é esta: para Espinho, esta transferên-
cia de competências é boa, ou má? É melhor
do que tínhamos, é igual, é pior? É transferir
responsabilidades, sem que o envelope
financeiro as cubra? É isto que precisamos
todos de saber” - firmou. Na resposta, Leonor
Fonseca pediu desculpa por não ter “trazido
os valores exatos”. “Não trouxe o documento
onde os tinha” - justificou, e acrescentou
- “Posso dizer, com toda a certeza, que o
aumento é de 90 mil euros. Não sei precisar
se este valor será acrescido aos 325 ou 375
mil. Comprometo-me a fazer chegar estes
valores à Assembleia” - elencou a respon-
sável. Respondendo às “dúvidas” levantadas
pelos sociais-democratas, Leonor Fonseca
admitiu que o processo “poderia ter corrido
mal”, caso o envelope financeiro não fosse
capaz de garantir que todos os técnicos pu-
dessem continuar a cumprir as suas funções
nas instituições. “ Isso não aconteceu, mas
esteve em risco de acontecer: no final de
01 DE MARÇO DE 2023
2021, quer as instituições, quer nós, Executivo,
estávamos muito apreensivos. A comissão
de acompanhamento da Segurança Social
foi reunindo frequentemente connosco, e
chegamos a um consenso” - revelou. Uma
potencial alteração no corpo técnico poderia
conduzir à “perda” de um “elo de ligação” cul-
tivado entre os profissionais, e os agregados
dos quais estão encarregados. A autarquia
criou ainda um regulamento para o acesso a
apoios eventuais (água, luz, medicamentos),
assume o seu lugar de “tarefeira”, e está
“limitada” a assumir os recursos humanos
e a efetuar o pagamento das despesas.
“ Não é uma situação muito confortável,
mas sendo obrigatória, ajustamo-nos. Fico
muito orgulhosa por conseguir, em rede,
fazer estes protocolos com as instituições,
e perceber que estão a trabalhar connosco
de uma forma muito leal” - disse Leonor
Fonseca. Numa segunda intervenção, o vogal
do PSD voltou a ‘carregar’ no assunto; desta
vez, Paulo Leite garantiu que “isto não é coisa
boa”, e desafiou a Câmara Municipal (PS) a
manifestar-se contra a medida decretada
pelo Governo Central (também ele, PS).
“O nosso Executivo está demasiado fraco;
não têm condições políticas fortes, como
já dissemos anteriormente, para enfrentar
uma situação destas. Isto não é bom. Na
anterior Assembleia, a senhora Presidente
dizia que só iria responder no momento às
questões colocadas em torno da Educação,
e que as restantes seriam respondidas
posteriormente. Ainda não vi, nem recebi,
qualquer resposta às interrogações feitas, o
que demonstra impreparação do Executivo.
Não temos [PSD] quaisquer dúvidas disso -
avaliou o vogal, e continuou - “ Temos uma
Câmara que, na verdade, tem uma Presidente
que não foi eleita Presidente de Câmara, mas
sim vereadora. E temos um vice-presidente
que nem se quer tinha sido eleito à primeira;
entrou agora, depois dos outros terem saído,
e já é vice-presidente”.
“É impossível que esta
Câmara esteja confortável
com isto. Ou não têm
a noção do que isto abarca,
ou então isto vai sobrar,
ou faltar, para algum lado”
Do lado da CDU, e depois de escutadas as
explicações da vereadora responsável pelo
pelouro, Ana Rezende ficou “ainda mais preo-
cupada”. “De alguma maneira, o Município
teve de fazer um estudo, um levantamento
das reais necessidades em matéria de apoios
sociais. Nesse estudo, não sabendo se ele foi
feito ou não, terá sido feito um levantamento
das necessidades financeiras também. Não
obstante terem conseguido negociar esta
tranche de 90 mil euros, será que, no global,
o envelope financeiro corresponde ao estudo
feito e às necessidades levantadas? Essa é
a grande questão. E pelas suas palavras,
parece-me que não” - frisou. Leonor Fonseca
confirmou a realização desse levantamento
prévio. Assim, a vogal da CDU pediu que o
relatório com as conclusões do estudo fosse
remetido a todos os vogais da Assembleia,
para que os mesmos se possam “debruçar
sobre o assunto”. Leonor Fonseca considerou
“óbvia” a feitura de um estudo diagnóstico
das necessidades do território, e admitiu que
as primeiras versões “não cobriam, de forma
alguma, as necessidades”. “Ainda assim,
aquilo que nos preocupa, e já preocupava a
Segurança Social, é que os apoios eventuais
nunca são demais. São pequenas ‘bolsas de
oxigénio’. Obviamente que se existir, de re-
pente, um acréscimo enorme de agregados
com carências, não vão chegar os apoios
eventuais. Mas já não chegariam nos casos
da Segurança Social. É recorrente termos,
todos os meses, pessoas que necessitam
destes apoios, e a Segurança Social não ter
dotação orçamental. É lamentável, mas é o
que acontece” - explanou. A vogal da CDU
deixou ainda um aviso, relativo aos apoios
eventuais. “Registei o que disse relativamente
aos apoios eventuais. Quem anda nos tribu-
nais, no âmbito dos processos de promoção
e proteção, têm de ser desencadeadas me-
didas de apoio junto da família natural ou de
retaguarda. E essas medidas, que se podem
traduzir num pequeno apoio para pagamento
de uma renda, ou consultas de psicólogo,
vinham sendo asseguradas pela Segurança
Social. Do que entendi, parece que a Câmara
não estará muito confortável com o envelope
financeiro que vem aí. [...] É uma falácia
quando diz que os problemas já existiam
quando era a Segurança Social; não vamos
estar a comparar orçamentos e dotações,
com o de uma Câmara. Pelas contas que fiz,
estaremos a falar em menos de meio milhão
de euros. É impossível que esta Câmara
esteja confortável com isto. Ou não têm a
noção do que isto abarca, ou então isto vai
sobrar, ou faltar, para algum lado” - reforçou.
“Espinho não é exceção,
nem está imune, à inflação
galopante, à perda
de condições de vida,
e à pobreza”
João Matos, vogal pelo Bloco de Esquerda,
disse que o partido “acompanha” as razões
elencadas pelo PSD e pela CDU, e que, por
isso, se iria abster na votação da proposta. “O
Bloco abster-se-á. Condenamos esta trans-
ferência de competências imposta, que em
nada responde aos interesses populares. É a
burocratização do Estado no seu melhor. Por
isso, não importa se ela é feita hoje, ou depois:
terá a nossa abstenção” - vincou. O eleito
teceu críticas a Leonor Fonseca, acusando
a vereadora da Ação Social de se apresentar
na discussão do tópico “completamente
impreparada”, e de responder às questões
levantadas “com frases motivacionais”. “Sa-
bíamos todos que esta questão não poderia
transitar para a reunião seguinte; estamos a
11
falar de políticas sociais, que contrariem as
gritantes e crescentes desigualdades. Este
município não é exceção, nem está imune, de
modo algum, à inflação galopante, à perda de
condições de vida, e à pobreza. A vereadora
com responsabilidades, que vem já do ante-
rior Executivo, e tem uma larga experiência
de governo do município, vem aqui comple-
tamente impreparada, e responde-nos com
frases motivacionais. Exigia-se maior rigor”
- avaliou.
AM unânime na saudação
ao Dia Internacional da
Mulher e na promoção
do trabalho “justo” dos
profissionais da escola
pública
Foi de forma unânime que a Assembleia
Municipal de Espinho votou favoravelmente
as saudações ao Dia Internacional da Mulher,
comemorado a 8 de março, apresentadas
pela CDU e também pelo Partido Socialista.
Na apresentação da sua saudação, Ana
Rezende, pela CDU, frisou que a legislação
“continua a ser insuficiente para contrariar
certos flagelos sociais” a que as mulheres
estão sujeitas, entre eles a “violência no
namoro, a violência doméstica, as diferenças
salariais, a precariedade, e o assédio”. Já
a saudação socialista, apresentada pelo
próprio presidente da Assembleia Municipal,
José Carvalhinho, concentrou-se mais em
construir uma resenha histórica, fazendo
menção a vários momentos relevantes,
como a conquista do direito de voto pelas
mulheres. Aprovada de forma unânime foi,
também, a moção apresentada pelo Bloco
de Esquerda, intitulada “Promover a escola
pública e o trabalho justo dos profissionais
que a constituem”. O documento prevê a
recomendação, ao Governo, da recuperação
de todo o tempo de serviço dos docentes,
“garantindo-lhes o seu posicionamento no
escalão remuneratório correspondente ao
tempo prestado, em conformidade com
os requisitos estabelecidos no Estatuto
da Carreira Docente”; a revisão do regime
de recrutamento e mobilidade do pessoal
docente nos ensinos básico e secundário;
e ainda a criação de um regime específico
de aposentação dos docentes, de forma a
garantir o término de atividade num tempo
“justo”, e assegurar a “inadiável” renovação do
corpo docente. Foi ainda dado a conhecer o
relatório de atividades de 2022 da Comissão
de Proteção de Crianças e Jovens de Espinho
(CPCJ). A Assembleia Municipal de Espinho
volta a reunir-se no próximo dia 7 de março,
terça-feira.
12
espaço
cidadão
QUEIXAS CONTINUAM A SUBIR:
RECLAMAÇÕES DIRIGIDAS ÀS AUTARQUIAS
LOCAIS CRESCERAM 5% EM 2022
Uma informação revelada pelo Portal da
Queixa, no início de fevereiro, dá nota da
evolução crescente das reclamações dos
munícipes dirigidas às autarquias: em 2022,
foram mais de duas mil comunicações (mais
5% do que em 2021). Entre os principais
motivos de contacto estão vetores como o
ambiente, as infraestruturas, e também os
licenciamentos. Os dados mostram ainda
que as câmaras municipais de Albufeira, Vila
Franca de Xira, Viana do Castelo, Póvoa de
Varzim e Évora foram as que menos queixas
motivaram; no extremo oposto, as autarquias
de Lisboa, Vila Nova de Gaia, Almada, Loures
e Oeiras foram as que mais comunicações
PUB
receberam. A Câmara Municipal do Porto foi
a que anotou um maior decréscimo no mont-
ante de queixas em 2022, tendo reduzido
o valor em mais de metade (cerca de 55%),
assim como fez Sinta (menos 50%) e também
Valongo (com menos 31%).
A plataforma dirigida aos consumidores
destaca ainda os licenciamentos como a
principal fonte motivadora de reclamações,
tendo somado um total de 581 queixas em
2022; em segundo lugar aparece o ambiente,
com 448, e logo depois as infraestruturas,
com 428. De registar ainda que a tendência
continua a ser crescente em 2023: até 15 de
fevereiro, o número de queixas quase atingia
as 300, mais 49% do que as registadas no
período homólogo de 2022. Lisboa, Almada,
Vila Nova de Gaia, Loures e Oeiras lideram
a lista de autarquias com mais queixas
recebidas neste período, entre 1 de janeiro e
15 de fevereiro de 2023. O estudo apontou a
Câmara Municipal da Nazaré como a autar-
quia que melhor responde aos problemas
identificados, com um índice de satisfação de
91 pontos (em 100), seguida de Alcochete (81,2
pontos) e Lagos (74,6 pontos). Desempenho
oposto têm as câmaras municipais de Seia,
Covilhã, Fafe e Montijo, com um índice de
satisfação a rondar os 10 pontos, “indicadores
que espelham a falta de resolução por parte
das entidades”, sublinhou o Portal da Queixa.
Na opinião de Pedro Lourenço, fundador
do Portal da Queixa, as autarquias “devem
01 DE MARÇO DE 2023
representar um serviço de proximidade
e confiança junto dos seus munícipes, na
tentativa de garantir a qualidade no usufruto
dos equipamentos, infraestruturas e serviços
públicos disponibilizados pelo Estado aos
seus contribuintes”. Mesmo tendo isto em
mente, o responsável reitera que “infeliz-
mente, esse propósito nem sempre é alcan-
çado, pela dificuldade na comunicação com
os cidadãos, devido à elevada burocracia que
ainda se verifica, principalmente nas autar-
quias de grande dimensão populacional”. Esta
poderia ser uma realidade contornada com o
automatismo e imediatez do digital, mas os
cidadãos continuam a verificar “uma enorme
dificuldade em obter soluções para os vários
problemas que relatam no Portal da Queixa,
por inoperância e ineficiência dos executivos
eleitos para o efeito”.
É de realçar também que o estudo teve
como incidência os concelhos da Área
Metropolitana de Lisboa (AML) e da Área
Metropolitana do Porto (AMP) sendo que, no
ranking final, oito dos dez primeiros lugares
são ocupados por municípios da AML, e os
restantes dois pela AMP. As Câmaras de Es-
pinho, Santa Maria da Feira, Ovar ou São João
da Madeira não aparecem nas trinta mais
fustigadas pelas reclamações.
Fonte: Portal da Queixa.
01 DE MARÇO DE 2023
desporto
1ª DISTRITAL: GD RONDA, ESMORIZ E ADN
COM BONS DESEMPENHOS NA JORNADA
A Norte, disputou-se, no passado fim de
semana, a 18ª jornada do Campeonato
Distrital - 1ª Divisão, com a Associação De-
sportiva de Nogueira da Regedoura (ADN) a
bater o rival local, Relâmpago Nogueirense,
por 0-1, naquele que era o encontro mais
antecipado do fim de semana. O golo da
ADN surgiu aos 64 minutos, por intermédio
de João Ferreira, e seria suficiente para
carimbar a vitória da formação no dérbi. Em
Badminton: AAE segue
na segunda posição
na Liga de Clubes
Disputaram-se, no sábado transato,
em Coimbra, a terceira, quarta e quinta
jornadas da Fase Regular da Liga de Clubes
da 1ª Divisão, prova por equipas que apura
o campeão nacional. A Académica de
Espinho (AAE) somou mais duas vitórias,
e sofreu também a primeira derrota (em
cinco jornadas disputadas). A AAE fez-se
representar por Mariana Neves, Inês Pardilhó,
Inês Lorga, Francisca Costa, Rui Tremoceiro,
Ginástica Rítmica: atletas
da Académica apuradas
para o Campeonato
da Europa e do Mundo
As ginastas da Associação Académica de
Espinho (AAE) Inês Fernandes e Maria Osório
fizeram história, ao garantirem, pela primeira
Sabseg: SC Espinho
começa a fase
de manutenção
com nova derrota
PUB INST
leia o que escreve
bom plano esteve, também, a ««o GD Ronda:
o emblema de Guetim recebeu e venceu o
Cucujães sem contestação (3-0), com golos
de Miguel Oliveira (6’), Alexandre Santos (64’)
e Leonardo Maia (86’). O SC Esmoriz respon-
deu da melhor forma à derrota da jornada
anterior: no domingo, no Estádio da Barrinha,
a formação de Ovar venceu o Mosteirô por
5-2, com três tiros certeiros de Ruben Martins
(7’, 37’ e 75’), e outros dois de Pedro Silva (86’)
Ivo Soares e Rodrigo Almeida. Vendo-se
obrigada a disputar três encontros de forma
consecutiva, e face à indisponibilidade física
de dois dos atletas, a equipa técnica preferiu
gerir a condição física dos jogadores e,
numa primeira partida, em que defrontou o
CHE Lagoense (campeão nacional), a vitória
foi para a equipa algarvia (5-0). Seguiu-se
o embate com o Famalicense, tendo a AAE
saído por cima (3-2), alcançada através dos
desfechos positivos por 2-0 nos jogos de
Singulares Homens (Rui Tremoceiro), Pares
Homens (Rodrigo Almeida e Rui Tremoceiro)
e Pares Mistos (Mariana Neves e Rodrigo
vez, o apuramento para o Campeonato da
Europa e do Mundo de Ginástica Rítmica.
Após dois momentos de observação e contra
a Seleção da AGL, que conta com as melhores
ginastas dos dois maiores clubes de Lisboa, a
Seleção da AGN, constituída pelas treinadoras
Sílvia Canelas e Joana Delgado, e as ginastas
Anamaro Couto e Mafalda Santos (EGA), Inês
Teve início, no passado fim de semana, a dis-
puta dos lugares de Manutenção/Descida a
Norte, do Campeonato Sabseg. A figurar nesta
competição, o SC Espinho entrou na jornada
inaugural da pior maneira, ao ser derrotado
pelo Mansores, pela margem mínima (1-0). O
agenda.mareviva@gmail.com
13
e Diogo Estevão (90’). Apesar da derrota, o
Relâmpago Nogueirense continua a liderar
a classificação, com 35 pontos; em segundo
lugar está o Paços de Brandão, com 32; em
quarto aparece o SC Esmoriz, com 29; uma
posição atrás, e com menos um ponto, está
o GD Ronda; a ADN vai subindo, aos poucos,
mas ainda está no nono lugar, com 21 pontos.
Almeida). Ao final do dia, a AAE defrontou e
venceu (5-0) o Clube de Badminton de Gaia,
o que faz com que o emblema espinhense
ocupe o segundo lugar da tabela classificativa,
e parta para as duas últimas jornadas (a
serem disputadas no final de março, em
Lagoa) com o apuramento para a fase final
(a disputar entre os primeiros quatro clubes)
praticamente garantido. De realçar ainda a
participação de Francisca Costa na equipa
espinhense que, com 13 anos, estreou-se
em provas do escalão sénior, fomentando a
aposta na formação do clube.
Fernandes e Maria Osório (AAE), e Sara Costa
(GST), conseguiram um apuramento contra
todas as expectativas para o Campeonato
da Europa em Baku (Azerbaijão), e para o
Campeonato do Mundo, a realizar-se em Cluj-
Napoca (Roménia).
golo que fez a diferença no encontro chegou
já perto do apito final: estavam jogados três
minutos de compensação quando Mohamed
Doumbia carimbou a vitória da equipa da
casa.
ESPAÇO DO LEITOR
14
TRAMPOLINS DA AA ESPINHO
EM DESTAQUE NOS DISTRITAIS
DE INFANTIS COM SEIS MEDALHAS
DE OURO
A Associação Académica de Espinho (AAE)
participou, no passado dia 25 de fevereiro, no
Campeonato Distrital de Infantis de Trampo-
lins, a primeira prova da época destinada aos
ginastas mais novos, tendo conquistado seis
Natação: SC Espinho
com 12 pódios e
50 recordes pessoais
no Regional de Infantis
Os nadadores da equipa de infantis do SC
Espinho estiveram presentes, no passado
fim de semana, no Campeonato Regional de
Inverno, disputado nas Piscinas do Complexo
Desportivo de Lazer de Estarreja. Os “tigres”
fizeram-se representar com dez nadadores,
sendo que o grande destaque da competição
recaiu sobre a nadadora Inês Borges (Infantil
B), que se sagrou campeã regional nos 100m
Costas, e vice-campeã regional nos 100m
Desporto Adaptado:
nadadores “tigres”
com três pódios no Troféu
de Natação Adaptada
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medalhas de ouro, quatro de prata e uma de
bronze. Na prova, que decorreu no Pavilhão
de Desportos de Vila do Conde, participaram
nove ginastas dos “mochos”, sendo que o
principal destaque terá de ser conferido a
Livres, tendo ficado ainda em quarto lugar
nos 200m Costas, e 200m Estilos. Em bom
plano esteve também Guilherme Martins
(Infantil A), ao sagrar-se vice-campeão
regional nos 100m Mariposa, e ao conquistar
a terceira posição nos 200m Mariposa.
Francisca Branco (Infantil A) também fez
boa figura, ao sagrar-se vice-campeã
regional dos 200m Mariposa; prestação
idêntica teve António Neves (Infantil B),
que foi vice-campeão regional nos 200m
Mariposa, e ficou ainda em terceiro nos 200m
Livres. Outras prestações de relevo: Adriana
Trindade classificou-se em terceiro lugar nos
100m Livres; Oleksandr Sadovnikov (Infantil A)
No passado domingo, 26 de fevereiro, a
equipa de natação adaptada do SC Espinho
participou no I Troféu de Natação Adaptada,
tendo estado representada com três
nadadores, acompanhados pelo treinador
Tiago Marques. João Amaral (S14) venceu
a prova dos 50m Bruços, e obteve ainda o
terceiro lugar nos 100m Bruços; Diogo Cruz
Dança desportiva:
Daniel Gonçalves e
Juliana Sá Couto são
vice-campeões nacionais
das “Dez Danças”
Daniel Gonçalves e Juliana Sá Couto
sagraram-se vice-campeões nacionais das
“Dez Danças” no escalão Adultos/Intermédios,
competição que inclui as cinco danças latinas
e as cinco danças standard, e na qual o SC
Espinho participou pela primeira vez. A
01 DE MARÇO DE 2023
Filipe Cardoso, que arrecadou três medalhas
de ouro, sendo campeão distrital nas três
especialidades: duplo-minitrampolim, tram-
polim individual e trampolim sincronizado. Em
bom plano esteve também Leonor Borges,
que se tornou campeã distrital em duplo-
minitrampolim e vice-campeã em trampolim
individual. De relevar ainda o par que a atleta
formou com Inês Oliveira, no trampolim
sincronizado, e que resultou na conquista
do título de vice-campeãs distritais para a
AAE. Quem também esteve em bom plano foi
Henrique Relvas que, para além da medalha
de ouro que conquistou em trampolim sin-
cronizado, alcançou também a medalha de
bronze em trampolim individual, e um quarto
lugar em duplo-minitrampolim. Por equipas,
a equipa masculina, composta por Filipe
Cardoso, Gabriel Rodrigues, Henrique Relvas
e Simão Oliveira tornou-se campeã distrital
em duplo-minitrampolim e trampolim. No
plano feminino, a formação composta por
Iris Ramos, Margarida Silva, Inês Oliveira,
Leonor Borges e Maria Bonito conquistou
também o título de vice-campeã em duplo-
minitrampolim e trampolim.
alcançou a terceira posição nos 100m Bruços;
Mariana Azevedo (Infantil A) ficou em terceiro
nos 100m Bruços. As nadadoras Francisca
Branco, Mariana Azevedo, Beatriz Moreira e
Adriana Trindade sagraram-se Vice-Campeãs
Regionais nos 4x100m Livres no escalão de
Infantil A. Os nadadores Beatriz Azevedo,
Oleksandr Sadovnikov, Guilherme Martins e
Adriana Trindade classificaram-se em 3º
lugar nos 4x100m Estilos Misto. No final da
competição foram alcançados 12 Pódios (1 de
ouro, 5 de prata e 6 de bronze) e batidos 50
recordes pessoais, incluindo tempos parciais.
(S14) conquistou a segunda posição nos
50m Costas. Este foi um troféu organizado
pela Secção de Desporto Adaptado do
Futebol Clube do Porto, em parceria com a
ANCNP - Associação de Natação do Centro
Norte de Portugal e realizado nas Piscinas de
Campanhã, no Porto. Estiveram presentes 128
nadadores, em representação de 20 clubes.
competição decorreu em Lisboa, no passado
dia 25 de fevereiro. Mas os destaques dos
pares da secção de dança desportiva do
SC Espinho não ficam por aqui: nas provas
abertas, o par constituído por Bruno Valinho
e Beatriz Lima subiu ao pódio, e conquistou
o terceiro lugar em Adultos/Open; Gabriel
Mendes e Leonor Neves alcançaram a
quinta posição em Juniores/Base; André
Silva e Vanessa Nuno classificaram-se na
sexta posição em Adultos/Base. A próxima
competição para o conjunto de dançarinos
acontece já no dia 18 de março, em Paredes.
01 DE MARÇO DE 2023 15
No passado fim-de-semana, a secção de
ACADÉMICA DE ESPINHO Voleibol masculino da Associação Académica
de Espinho recebeu as equipas do Vitória

DESCE AO ÚLTIMO LUGAR SC e da AJ Fonte do Bastardo em sua casa,

acabando por não conseguir conquistar

APÓS DUAS DERROTAS CASEIRAS

qualquer triunfo. Apesar do início demolidor
no jogo frente ao Vitória SC, a Académica de
Espinho “perdeu o gás” e acabou por sucum-
bir frente à equipa visitante no jogo realizado
no passado sábado. Este encontro era
determinante para a formação espinhense,
uma vez que, entre os dois adversários, seria
o jogo mais acessível. O resultado ficou 1-3
(25-13, 18-25, 21-25, 20-25). Por sua vez, a AJ
Fonte do Bastardo encontrava-se nos lugares
cimeiros e acabou por conquistar mais uma
vitória frente aos academistas por 1-3 (25-19
| 22-25 | 18-25 | 15-25). Face à prestação do
fim-de-semana, a Associação Académica de
Espinho desceu até ao último lugar da clas-
sificação do “grupo dos primeiros”. Na última
jornada da segunda fase, que se realiza a 4
de Março, a equipa do concelho de Espinho
desloca-se até ao Centro de Congressos de
Matosinhos para defrontar o Leixões.

DR

Hóquei em Patins:
Academistas estiveram
perto de surpreender
o líder do campeonato
Já na modalidade de hóquei em patins,
o encontro entre a Académica de Espinho
e a “líder” Juventude Pacense terminou
numa derrota por 2-3. No entanto a equipa
espinhense chegou a estar à frente no
marcador neste jogo realizado a 25 de
Fevereiro. Se a Juventude Pacense, que
regista apenas uma derrota em 16 jogos na
2.ª Divisão Nacional – Zona Norte, pensou que
a sua deslocação até Espinho seria fácil, os
academistas provaram que a determinação
colectiva poderia ter ditado um resultado
diferente. Ainda que a Juventude Pacense
tenha marcado o golo inaugural, a Académica
de Espinho respondeu da melhor forma
com os golos de “Piolho” e Tomás Ferraz.
Mas esta vantagem não foi suficiente. Na
segunda metade do jogo, os homens da
Juventude Pacense encontraram o caminho
da finalização para marcar os dois golos
que lhes iriam garantir o triunfo. No próximo
dia 7 de Março, terça-feira, a Académica de
Espinho desloca-se até ao reduto da equipa
B do AD Valongo. Actualmente, a equipa de
Espinho encontra-se na nona posição com 16
pontos. Soma quatro vitórias, quatro empates
e oito derrotas.

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16 01 DE MARÇO DE 2023
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uma nova maré