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"A chegada" é um filme que, frequentemente, causa em seu espectador o questionamento sobre o

que é real e o que é imaginado. A história é apresentada através de uma sucessão de flashbacks de
Louise Banks (Amy Adams) em uma aparente solidão, cuja distração é um constante toque em uma
porta de vidro quebrando, da qual não sabemos a razão. Cinco naves interplanetárias surgem em
diversas partes do mundo, criando uma grande comoção e, principalmente, uma grande incerteza.
Louise Banks é chamada para ajudar um dos navios que aterrizou nos Estados Unidos, mais
precisamente em Montana e, junto com o físico Ian Donnelly (Jeremy Renner) se dirigem para o local
para tentar estabelecer contato com os alienígenas.

O diretor Denis Villeneuve propõe ao espectador uma experiência sensorial, de forma que podemos
sentir em nossa própria pele todas as sensações dos personagens, de sua alegria em desvendar o
mistério da linguagem alienígena, ao medo em relação ao destino da humanidade. A câmera é usada
propositalmente com movimentos sutis, o que contribui para que o espectador se sinta dentro da
história. A trilha sonora original, composta por Jóhann Jóhannsson, também colabora nessa imersão,
criando uma sonoplastia impactante, que nos ajuda a entender a fundo a reflexão proposta pelo
filme.

Porém, apesar de todos esses pontos positivos, o filme acaba pecando em sua narrativa, que se
torna um pouco confusa e, em determinados momentos, um tanto enfadonha. Embora a história
seja fascinante, algumas passagens são maçantes e causam uma lentidão na trama, tornando-a
cansativa em alguns momentos.

Em geral, "A chegada" é uma obra cinematográfica intrigante, que nos faz refletir sobre o nada
subestimado tema do encontro de diferentes culturas, e do quanto a linguagem é importante na
comunicação entre os seres humanos, com uma mensagem final emocionante. Apesar de alguns
pontos negativos, vale muito a pena assistir, sobretudo para quem gosta de um filme reflexivo e
emocionante.

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