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Ide e Fazei Discípulos - Roger Greenway
Ide e Fazei Discípulos - Roger Greenway
SUMÁRIO
Prefácio..................................................................................................................
vii
Agradecimentos………………...............................................................................
ix
1
12. Os Ministérios de Oração, Cura e Exorcismo………..................................
97
13. Desenvolvimento de Liderança para o Crescimento da Igreja…………..…
105
14. O Desafio das Cidades…………................................................................
113
15. Missões Através de Palavra e Ações………………....................................
123
16. Pastores, Evangelismo e Missões…………................................................
131
17. O Suporte Financeiro de Missões…….......................................................
139
18. A Ética do Evangelismo e de Missões………….........................................
147
19. Missões e a Unidade entre os Cristãos………...........................................
155
20. Preparando para Tornar-se um Missionário………….................................
165
2
norte. O século XXI será o grande século para missões e sua maior
força estará nos países da região sul do mundo.
(3) A Bíblia é a nossa autoridade em missões. Ela revela a mensagem do
evangelho, os motivos corretos para missões e os objetivos e métodos
que agradam a Deus. Há uma necessidade urgente de que líderes
sejam treinados para o trabalho missionário e de que este treinamento
seja fundamentado e dirigido pelos valores bíblicos.
(4) O estudo de missões é importante para pastores, professores, líderes
de igrejas locais e estudantes que estão se preparando para o
ministério. Os cristãos devem ser informados sobre missões e
pessoalmente desafiados à “Grande Comissão” que Cristo deu à
igreja.
(5) Os cristãos devem compartilhar uns com os outros o que a Bíblia
ensina, e o que eles têm aprendido através de sua própria experiência
sobre o importante tema de missões.
(6) A paixão por Deus e um desejo ardente de que somente ele seja
adorado em todo lugar são os combustíveis que mantêm acessa a
chama de missões. O Espírito de Deus continuará a inspirar homens e
mulheres a missões até que a profecia de Habacuque 2:14 seja
cumprida: “Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do
Senhor, como as águas cobrem o mar”. E missões continuarão até
que este dia chegue.
Nenhum livro possui todas as respostas sobre como evangelizar o mundo
da maneira mais efetiva. Cada país e cada cultura são diferentes. As
circunstâncias mudam conforme o tempo e o lugar. O século XXI será diferente
de todos os períodos precedentes da história. Novas maneiras de comunicar o
Evangelho continuam a ser descobertas.
Jesus disse: “Ide e fazei discípulos”. A palavra traduzida como “ide” no
grego original está numa forma que expressa uma grande urgência. O que
Jesus estava dizendo, então, era: “Vamos logo! Não percam tempo!
Multipliquem-se até que pessoas de todas as nações, raças, tribos e línguas me
conheçam e me sigam!”.
Eu ofereço este livro aos servos de Cristo de todas as partes do mundo
que desejam sinceramente honrar a Cristo, construir sua igreja, e estender seu
Reino através da obediência à Grande Comissão. Lembrem-se das palavras de
Cristo e ajam do modo como ele lhes direcionar.
Agradecimentos
3
Sou grato, acima de tudo, ao trino Deus, o Autor de missões. E também,
gostaria de agradecer
4
PARTE 1
5
Capítulo 1
Desafios Mundiais
CRESCIMENTO POPULACIONAL
MOVIMENTO POPULACIONAL
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de um bilhão de pessoas deixaram seus lares em fazendas e em pequenas
vilas e se mudaram para as cidades. Isto significa que massas de pessoas
passaram a viver muito próximas umas das outras e podem ser mais facilmente
alcançadas pelo evangelismo. Alguns estudos têm mostrado que muitas
pessoas se tornam mais abertas a ouvir o evangelho quando se encontram num
novo ambiente.
Uma coisa que temos aprendido em missões é que as portas que estão
fortemente trancadas por muitos anos podem, de repente, se abrir. Deus nos dá
uma nova oportunidade de espalhar sua Palavra quando isso acontece e nós
devemos estar prontos a responder. Ao sinal de qualquer porta aberta, ouvimos
novamente a voz de Jesus, dizendo: “Ide e fazei discípulos”.
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permanecem fechados. Não há porta tão difícil que Deus não possa abrir. Mas,
ele trabalha segundo sua agenda e sua própria maneira.
BARREIRAS CULTURAIS
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grandes mesquitas. Cursos sobre Budismo e Hinduísmo são populares nas
universidades da América do Norte. O Espiritismo e as superstições, que as
pessoas achavam que haviam desaparecido, estão atraindo novos seguidores.
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Canadá e Estados Unidos o Cristianismo perdeu muito da força moral e
religiosa que tinha no passado.
Nos últimos dois séculos, a maior parte dos missionários veio dos países
do norte. No entanto, estes países têm agora se tornado campo missionário.
Necessitam ser evangelizados novamente. Enquanto isso, os centros de força
missionária estão se mudando para outras partes do mundo.
Ainda, algo mais precisa ser dito. Algumas partes do mundo estão se
tornando mais hostis ao Cristianismo. Os obreiros cristãos devem estar
preparados para as dificuldades. Os mulçumanos já são oponentes fortes e
organizados. Os hindus estão se tornando mais agressivos ao trabalho cristão.
Portanto, os discípulos de Cristo e, especialmente, os missionários e líderes de
igrejas devem se preparar para os desafios crescentes e, até mesmo, para as
perseguições.
O AUMENTO DA POBREZA
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Ao observarmos o mapa do mundo, notamos que aqueles países que
estão mais distantes de Cristo e do evangelho são também os mais pobres.
Semelhantemente, são países onde há grande opressão e injustiça. Portanto,
observamos uma conexão entre cativeiro espiritual e sofrimento físico e
injustiça.
Alguns deles vivem em vilas, outros em grandes cidades. Onde quer que
estejam, os pobres e os perdidos nos chamam para que levemos o evangelho e
a misericórdia cristã até eles. Não devemos ignorar seu clamor.
DA POPULAÇÃO DO MUNDO
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QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
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Capítulo 2
Jesus conciliou sua própria missão recebida do Pai com a missão que ele
deu aos seus discípulos, quando disse: “Assim como o Pai me enviou, eu
também vos envio” (João 20:21). É importante observarmos a ordem dos
“envios” nesta passagem. Primeiro, o Filho de Deus foi enviado pelo Pai, o que
torna Jesus o primeiro e divino missionário. Ele, por sua vez, enviou seus
discípulos, tornando-os missionários do evangelho. Nós aprendemos em outras
partes do evangelho de João que o Espírito Santo foi enviado por Deus para
suscitar testemunhas de Cristo e convencer o mundo do pecado, da justiça e do
juízo (João 14:25 e 26; 15:26 e 27; 16:7 e 8).
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cooperadores com ele. Deus nos chama para participarmos com ele no trabalho
de evangelizar o mundo. Ao ouvir isso, cada seguidor de Cristo deveria
responder do fundo do coração, como a virgem Maria o fez quando ouviu a
anunciação do anjo: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim
conforme a tua palavra” (Lucas 1:38).
Co-participantes no trabalho
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“Porque de Deus somos cooperadores;... edifício de Deus sois vós” (1
Coríntios 3:9).
Co-participantes no sofrimento
“Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta
das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja;
da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus,
que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de
Deus” (Colossenses 1:24 e 25).
Co-participantes no testemunho
Fomos chamados para edificar templos vivos para Deus Pai, o qual é o
único que deve ser adorado. Nós convidamos os pecadores a se reconciliarem
com Deus através do Filho que sofreu pelos nossos pecados. Nós testificamos,
juntamente com o Espírito, da verdade sobre Deus e a redenção através de
Jesus Cristo, como revelado nas Escrituras.
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João Batista disse: “Eu sou a voz” (João 1:23). Não apenas um som ou um
barulho, mas uma clara e inteligente voz humana é necessária para apontar
Jesus às pessoas. Isto tem sido verdade em todas as gerações. Deus usa
mensageiros. Como Paulo disse: “De sorte que somos embaixadores em nome
de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” ( 2 Coríntios 5:20).
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Outros cristãos conhecem mais sobre isso porque vivem em lugares onde
pagam um alto preço pela sua fé e por seu testemunho.
Em João 14 a 16, Jesus prometeu que o Espírito Santo viria e seria sua
testemunha. Ele daria poder aos discípulos para conhecerem e entenderem a
verdade, a fim de que pudessem declará-la ao mundo. A principal tarefa do
Espírito é suscitar testemunhas de Cristo através das vidas e dos lábios dos
crentes.
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pode ir além dos olhos e ouvidos físicos. Somente o testemunho do Espírito
pode falar com a voz que alcança a alma e muda o coração.
1. O que Francis DuBose quis dizer com as palavras “o Deus que envia”?
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Capítulo 3
Por que fazer missões? Por que cristãos contam aos outros sobre sua fé e
tentam persuadi-los a seguirem a Jesus? Por que as igrejas enviam
missionários e os suportam com suas doações? O que motiva as muitas
atividades que geram as “missões cristãs”, e o que elas almejam alcançar?
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Alguns motivos errados em se tornar um missionário podem ser:
Podem existir motivos errados escondidos nas mentes dos mais sinceros
missionários. Devemos estar atentos para isso e nos arrepender quando os
descobrirmos. Devemos pedir a Deus que os substitua pelos motivos corretos,
de modo que nosso serviço seja puro e aceitável a ele.
1. O desejo de que Deus seja adorado e sua glória conhecida entre todos os
povos da terra.
A glória de Deus diz respeito a tudo o que foi revelado sobre ele: seu
nome, sua santidade, seu poder, seu amor através de Jesus Cristo, sua
misericórdia, sua graça e sua justiça. O fim principal de toda a existência
humana, como nos afirma a primeira questão do Breve Catecismo de
Westminster, é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
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Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim
de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os
judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para com os
que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim
vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora
não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu
mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas
debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do
regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de
ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim
de, por todos os modos, salvar alguns (1 Coríntios 9:19 -
22).
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4. A preocupação de que igrejas cresçam e se multipliquem e de que o Reino
de Cristo seja estendido através de palavras e ações que proclamem a
compaixão e a justiça de Cristo a um mundo de sofrimento e injustiça.
UM SENTIMENTO DE URGÊNCIA
Nós lemos no livro de Apocalipse sobre a visão que João teve da grande
multidão que algum dia se reunirá diante do trono de Jesus Cristo. Ela é
composta de pessoas compradas pelo sangue de Cristo, procedentes “de toda
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tribo, povo, língua e nação” (Apocalipse 5:9). Estas pessoas nunca cessam de
adorar e louvar ao Senhor.
“Por que fazer missões?” Com tal visão diante de nós, como não fazer
missões?
2. Por que alguns elementos dos motivos errados podem ser encontrados
mesmo em sinceros missionários?
2. Explique o que você acha que o autor quis dizer com “igreja preguiçosa”.
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PARTE 2
O FUNDAMENTO BÍBLICO DE MISSÕES
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Capítulo 4
As bases do Antigo Testamento para missões
Bavinck afirma que sem Gênesis 1:1 não haveria Mateus 28:19 a 20. O
Deus que enviou seu Filho, Jesus, para se tornar o Salvador do mundo é o
mesmo que criou os céus e a terra e todos os povos do mundo. Deus não só
cria o mundo, mas governa sobre ele e assume a responsabilidade por todas as
sua criaturas. Ele quer a adoração exclusiva de todas as nações . O chamado
de Deus a Abraão e seus descendentes, o povo de Israel, para serem
separados das outras nações foi parte de seu plano de trazer a bênção da
salvação para todas as pessoas (Gênesis 12:3).
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MISSÕES E OS CONFLITOS ENTRE DIFERENTES COSMOVISÕES
Johannes Blauw e Roger E. Hedlund são dois eruditos que têm escrito
sobre os fundamentos do Antigo Testamento para missões. Blauw afirma que
desde o início Deus mantinha seus olhos em todas as nações e povos. Vemos
em Isaías 40 a 55 e no livro de Jonas que a preocupação universal de Deus é
clara no Antigo Testamento. Blauw diz que “há justificativa real para se falar do
chamado missionário de Israel. Este é chamado, sob a figura de servo, para
trazer justiça e luz às nações. Certamente, o mandamento missionário não pode
ser melhor formulado” (The Missionary Nature of the Church, 32)
27
de todas as das outras religiões e nisto reside a importância das missões
cristãs.
28
panteísmo pode ser encontrada entre os ambientalistas radicais, que identificam
o mundo criado com Deus.
Gênesis também ensina que ambos o mal e o bem existem, mas que o
mal não é eterno e que esta batalha terá fim. A boa nova da cosmovisão bíblica
é que, em Cristo, Deus trouxe para si mesmo a luta contra Satanás e o pecado.
Cristo e todos os que com ele estão já são vitoriosos.
30
a todos. Até mesmo os animais e o solo são preservados. Melhor de tudo, este
povo tem esperança, pois, pelo sacrifício que ele oferece, seu Deus perdoa
seus pecados, e ele aguarda o Messias que virá algum dia”.
Deus, porém, fez com que Israel se tornasse uma bênção para as nações,
apesar das suas falhas. Os judeus receberam e preservaram o Antigo
Testamento e o traduziram em grego, a língua mais usada nos dias dos
apóstolos. Escribas judeus inspirados mantiveram viva a idéia de que um dia
todas as nações e povos ouviriam a Palavra de Deus e a ela responderiam.
Cristo veio de Israel e ele é o Salvador do mundo (João 4:42).
1. Identifique, pelo menos, três salmos que falem sobre todas as nações
adorando a Deus
32
Capítulo 5
No início de seu ministério, Jesus seguiu para Nazaré, sua cidade natal.
Chegando lá, sendo sábado, ele entrou na sinagoga para adorar. Os líderes da
sinagoga o convidaram para ler as Escrituras e falar ao povo. Jesus leu as
palavras de Isaías 61:1 e 2:
Ele me enviou
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Tendo os olhos de todos voltados para si, Jesus adicionou: “Hoje se
cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lucas 4:21).
JESUS, O MISSIONÁRIO
Mateus foi escrito para os judeus, para ensiná-los sobre Jesus e fazer
deles o suporte para a missão da igreja junto aos gentios.
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Marcos era um “tratado” missionário para os gentios que precisavam de
um breve relato sobre a vida e os ensinamentos de Jesus
Jesus nos ensinou o que esperar em missões na estória dos quatro tipos
de terrenos (Mateus 13:1 a 23). A palavra do evangelho é levada a pessoas
resistentes, a pessoas que mostram interesse temporário, a pessoas que não
produzem frutos e, graças a Deus, a pessoas que são receptivas e frutíferas.
Esta estória tem dado nova visão e coragem aos evangelistas e missionários,
quando têm que se confrontar com estes quatro tipos de “terreno” entre as
pessoas.
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Cada um dos quatro Evangelhos termina com a “Grande Comissão”, após
contar a história da morte de Cristo e sua ressurreição. Jesus diz que sua
vontade é que seus discípulos levem o evangelho a todas as pessoas, em todo
lugar. As quatro passagens são:
Mateus 28:18 a 20
Marcos 16:15 a 18
Lucas 24:44 a 48
João 20:21 a 23
3. Para que tipo de leitores cada um dos quatro Evangelhos foi escrito?
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3. Como explicamos a soberania de Deus em missões e nossa
responsabilidade de levar o evangelho a todas as pessoas, à luz do que
Joel F. Williams disse sobre a parábola do semeador?
4. Discuta algumas outras parábolas que Jesus contou e como elas nos
ensinam sobre missões.
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Capítulo 6
Devemos ter em mente que por detrás das atividades humanas requeridas
em missões sempre está a mão divina. A atividade missionária é,
primeiramente, um trabalho do Deus trino. William J. Larkin Jr. nos lembra que: .
Larkin está certo quando afirma que o trino Deus é o autor, a fonte de
poder e o articulador de toda atividade missionária. O desenvolvimento desta
atividade representa um esforço muito acima da capacidade humana. Portanto,
ao final, seus resultados são devidos à soberana graça de Deus e toda a glória
deve ser dirigida a ele. Mantenhamos isso em mente enquanto focalizamos
nossa atenção no trabalho dos agentes humanos e nas condições que eles têm
enfrentado.
40
2. A oposição dos gentios
AS ABORDAGENS MISSIONÁRIAS
43
4. Muitos métodos diferentes
O Novo Testamento nada diz sobre muitas coisas que nos são comuns
hoje em dia, como por exemplo, os edifícios das igrejas. Nos primeiros duzentos
anos, nenhum edifício especial foi usado pela igreja. Havia muitas pregações,
mas nenhuma menção de “sermões formais” ou púlpitos. Os crentes pregavam
nas sinagogas, ao ar livre, nas suas casas e em edifícios alugados. Qualquer
lugar era bom, se as pessoas podiam ser reunidas para ouvir o evangelho.
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3. O que podemos aprender sobre as missões nos tempos do Novo
Testamento?
45
Capítulo 7
Harry R. Boer, que serviu como missionário na Nigéria por muitos anos,
disse o seguinte sobre este verso:
46
Em primeiro lugar, o Espírito Santo desperta um interesse em missões
nos corações dos discípulos. O zelo missionário, em seu nível mais profundo, é
um santo ciúme pela honra e glória de Jesus Cristo. Pode ser chamado de
“patriotismo pelo Reino de Cristo”. O pensamento de que milhões de pessoas
ainda adoram a falsos deuses e desprezam a Jesus Cristo é profundamente
perturbador para os cristãos cheios do Espírito. Nós desejamos que todas as
pessoas adorem ao único e verdadeiro Deus e a atividade missionária é o meio
através do qual isso se tornará realidade.
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um território gentio. E o eunuco etíope, que Felipe encontrou pelo caminho, era
considerado pelos judeus como “temente a Deus”.
Em Atos 10, entretanto, nós vemos que o Espírito Santo ensinou a Pedro
e à igreja que eles deveriam superar seus preconceitos, colocar fim às
separações e acolher os gentios na comunidade de fiéis. O “Pentecostes
gentio”, descrito em Atos 10:44-46, mudou o caráter da igreja. Daquele
momento em diante, as portas da igreja estariam escancaradas a todos.
As pessoas que deixam suas casas, irmãs, irmãos, pais, filhos e seu
país por causa de Cristo e do evangelho recebem especiais promessas e
recompensas (Mateus 19:29). Uma das maiores é a união espiritual entre
missionários e cristãos de outras terras e suportadores de missões de todo
lugar. O Espírito Santo é aquele que os une na “comunhão da Grande
Comissão”.
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(1) Confie na capacitação e orientação do Espírito Santo para a igreja, sem
prender-se à contínua dependência de líderes e de recursos financeiros
externos.
(2) Confie nos crentes locais, inclusive nos novos cristãos, para aprender da
Palavra de Deus, fazer o que é certo e administrar as atividades da igreja,
sem a interferência de outros para dizerem a eles o que devem fazer.1
50
maioria do “solo” nos campos onde trabalham é resistente ou cheio de
espinhos?
Pérgamo era uma cidade do primeiro século que tinha sido tão má que
Jesus a descreveu como o lugar “onde está o trono de Satanás” (Apocalipse
2:12-13). Mesmo assim, missionários plantaram ali uma igreja, cujos membros
permaneceram fiéis a Cristo apesar da perseguição sangrenta que sofreram
(verso 13). O seu testemunho foi de sofrimento e martírio. E a força de que eles
necessitavam veio da fonte de todo o poder, o Espírito Santo.
1
Os livros mais conhecidos de Allen são: Missionary Methods: St. Paul’s or Ours? e The
Spontaneous Expansion of the Church
51
Capítulo 8 - Os Métodos Missionários do Apóstolo Paulo
55
Os missionários de hoje podem aprender muito sobre como os primeiros
apóstolos passavam seu zelo por missões aos outros, examinando Romanos
16. Paulo menciona um grande número dos seus “companheiros de trabalho”
por nome, ambos mulheres e homens. Encontramos aqui uma chave para a
propagação inicial do evangelho nesta lista: a conversão era seguida de serviço,
e missões envolvia a todos.
J. H. Bavinck, um missiológo holandês e ex-missionário na Indonésia, se
impressionou com as repetidas referências sobre o papel dos pregadores leigos
no livro de Atos e nas epístolas de Paulo. Sobre isto escreveu:
O que dizer acerca das outras religiões com seus professores, livros
sagrados, e deuses a que adoram? Com que autoridade os cristãos proclamam
o evangelho aos seguidores de outra crença e buscam ganhá-los para a fé em
Cristo?
57
Os seguidores de outras religiões dizem que os cristãos não têm o direito
de defender que a fé cristã é a única religião verdadeira. Eles apontam as falhas
morais dos países do hemisfério norte como uma evidência da fraqueza do
Cristianismo. Dizem que deveríamos parar todo tipo de evangelismo em favor
da paz e harmonia no mundo. Afirmam que deveríamos “dialogar” ao invés de
fazer o trabalho missionário. Dialogar quer dizer conversar sobre semelhanças e
diferenças. Para eles, se assim o fizéssemos estaríamos promovendo o
entendimento, a tolerância e a aceitação mútua entre os seguidores de todas as
religiões.
Qual deve ser, então, a posição dos cristãos frente às outras religiões?
São elas totalmente falsas? Podem conter alguma verdade? Seus seguidores
adoram ao mesmo Deus dos Cristãos? Seus livros sagrados contam a verdade
acerca da salvação? J. H. Bavinck escreveu:
A totalidade do caráter da mensagem missionária é
determinada pela sua atitude em relação às religiões não-
cristãs, as quais tem que combater. (The Impact of Cristianity
on the Non-Christian World, 109)
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O apóstolo Paulo descreveu a condição espiritual dos efésios antes da
sua conversão a Cristo (Efésios 2:1-3). Disse que eles estavam mortos nas
suas transgressões e nos seus pecados, que eles seguiam o curso do mundo e
o príncipe do reino do ar (Satanás), e que eram objeto da ira de Deus.
Não há lugar na Bíblia onde o tema do evangelho e as outras religiões
seja melhor tratado do que no primeiro capítulo de Romanos. Paulo começa
descrevendo-o como uma mensagem de Deus, revelada nas Sagradas
Escrituras, centrada em Jesus Cristo, o Filho de Deus, e proclamada a todos os
povos, conclamando-os a obedecerem a Deus através da fé em Jesus Cristo.
Este evangelho é:
Muitos dizem que a verdade, até mesmo a verdade da salvação, pode ser
encontrada nas outras religiões. As pessoas apontam as coisas bonitas escritas
pelos místicos hindus e mulçumanos, e se perguntam: “Não há verdades
bonitas nas outras religiões”? “Será que pessoas que são profundamente
sinceras não podem ser salvas por outras religiões, assim como pelo evangelho
cristão”?
Ninguém pode negar que muitos seguidores de outras religiões são
profundamente sinceros. Algumas de suas poesias e canções até se parecem
com as orações e os hinos cristãos. Nós as ouvimos e nos perguntamos: “Quem
é o deus a quem oram e oferecem sua adoração? É este o tipo de adoração
que o Pai quer (João 4:23)”?
Os ensinamentos bíblicos são a única base confiável para responder a
estas questões. Não devemos especular sobre coisas de tamanha importância.
Devemos ouvir o que Deus mesmo revelou na Bíblia sobre seu trabalho entre
aqueles que não crêem ou conhecem o evangelho.
Primeiro, a Bíblia ensina que todo ser humano possui um conhecimento
misterioso de Deus. Este conhecimento nunca se tornará verdadeiro e salvador
porque é suprimido pela falsidade e maldade. Há, entretanto, um elemento de
verdadeiro conhecimento religioso na ignorância dos descrentes e entre suas
falsas idéias (Romanos 1:18-20).
Segundo, todos os seres humanos têm fome de Deus e buscam saciá-la
de um modo ou de outro. Deus criou todos à sua imagem e isto implica em que
ele nos colocou a necessidade e capacidade de conhecê-lo e de ter comunhão
com ele (Gênesis 1:26-27). João Calvino falou sobre “a semente da religião”
que Deus colocou em todo coração humano. Por si só, essa semente nunca se
tornará em fé no único e verdadeiro Deus.
61
A queda ocorreu e corrompeu todas as coisas (Gênesis 3). O
relacionamento que Adão e Eva desfrutavam com Deus foi quebrado. A partir
de então, a raça humana se afastou cada vez mais de Deus. As pessoas
inventaram suas próprias religiões, ao invés de adorarem ao Deus que lhes
criou. Esta é a razão por que existem multidões de religiões no mundo.
Terceiro, a Bíblia ensina que Deus não deixa de testemunhar a todos os
povos da terra (Atos 14:17). Deus tem falado a todas as nações de diversas
maneiras. Por causa disso, há elementos da verdade em todo lugar.
67
3. Cristo é único como o Mestre e a Manifestação da Verdade e Justiça
Há um estreito elo entre a verdade e a justiça, com relação à pessoa de
Cristo. Verdade significa conhecer algo como de fato é. Justiça se refere ao
comportamento moral correto. O problema, para os seres humanos, é que
somos injustos por natureza. Somos pecadores.
É aí que Jesus surge para prover a solução desse conflito. Somos feitos
justos através da expiação de Cristo, que suportou o castigo pelo nosso pecado.
Era plano de Deus para a redenção que a justiça perfeita de Cristo fosse
creditada a todos que nele cressem. Em 2 Coríntios 5:21 lemos: “Aquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos
feitos justiça de Deus”.
O artigo do CRE afirma o seguinte:
Tomé pergunta a Jesus: “Senhor, não sabemos para onde vais; como
saber o caminho?” e Jesus lhe responde: “Eu sou o caminho,e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:5-6). As três palavras-chave
(caminho, verdade e vida) têm uma pequena palavra em grego, a língua em que
o Novo Testamento foi escrito, que lhes antecede. Esta palavra tão pequena
indica que somente Jesus Cristo pode ser chamado por estas três palavras-
chave.
A mensagem é clara: Jesus Cristo tem uma relação exclusiva com Deus, o
Pai. Ninguém vem ao Pai, a não ser por meio de Jesus. Ele é o caminho da
vida, não da morte. Ele é verdadeiro em tudo que diz e faz. Satanás oferece
mentiras e morte. Jesus oferece verdade e vida. Confiar nele conduz à vida e a
Deus.
Bilhões de pessoas se empenham em descobrir de onde vieram, para
onde estão indo, e por que estão aqui neste mundo. O Evangelho de Jesus
Cristo oferece respostas verdadeiras a estas perguntas. É uma glória para
missões tornar o evangelho conhecido.
72
A oração é a nossa arma mais poderosa contra os ataques de Satanás.
Ela é uma “arma secreta” para os fiéis, a qual o inimigo não pode derrotar.
Paulo admitiu que via alguns problemas a serem tratados, em Romanos 15:30-
33. Ele pediu que os fiéis de Roma lutassem juntamente com ele nas orações a
seu favor (verso 30). Ele os queria como companheiros na batalha espiritual, à
medida que viajava numa missão muito difícil.
Mais tarde, Paulo estava numa cela da prisão de Roma, e pediu que os
colossenses orassem para que Deus abrisse uma porta, não para sua
libertação, mas, uma porta para o evangelho e sua proclamação de forma clara.
Ele disse:
Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos
abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo,
pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste,
como devo fazer (Colossenses 4:3-4).
Por que orar por missões? Paulo nos deu os motivos. Os missionários
precisam das nossas orações porque são pessoas com necessidades humanas
normais, fraquezas e problemas. São também pessoas as quais Deus usa, pois,
a estratégia missionária de Deus é de sempre alcançar o perdido através da
Palavra, dada pelos seus servos, que ele mesmo enviou (Romanos 10:14-15).
Os missionários são os alvos principais do ataque e da oposição de Satanás,
porque Deus os usa. Satanás é seu inimigo, bem como de Deus, e usa de
muitos métodos para impedir que o evangelho se propague. Satanás trata os
missionários como “invasores” do seu território, do qual ele não abre mão, nem
um centímetro sequer, sem uma batalha.
Deus capacita os missionários a conquistarem o território de Satanás,
através da oração. Ele lhes dá o poder de falar do evangelho com coragem e
clareza, e eles vêem as pessoas se arrependerem e voltarem a Cristo. Deus
73
abre portas e remove barreiras, em resposta às orações, e é glorificado à
medida que o seu Reino avança.
Não é de se admirar que Paulo pedisse às igrejas que orassem por ele.
Embora forte na fé, dotado como missionário e bem-sucedido no seu trabalho,
Paulo, mais do que qualquer outro, possuía um profundo senso de necessidade
da oração. Para ele, a oração era uma ação missionária.
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Mas, o que aconteceu? Duas semanas mais tarde, aquele
apresentador famoso havia se convertido! Isto me ensinou
uma lição. Deus escuta as nossas orações, e tem seus
próprios meios de respondê-las. Então, orem especificamente,
por pessoas específicas, mesmo aquelas com as quais vocês
não podem falar pessoalmente. E vejam as coisas
acontecerem (Prayer and Evangelism - 49)
Miller disse que muitos cristãos não testemunham porque têm medo de
fazer papel de tolos perante as pessoas que rejeitam o evangelho. Igualmente,
eles também não oram por pessoas específicas porque pensam que serão
expostas ao ridículo caso nada aconteça. Precisamos de uma nova unção de
ousadia espiritual para sermos específicos, tanto na oração como no
evangelismo. Só então aprenderemos o que o Deus poderoso e amoroso é
capaz de fazer.
PARTE 3
ALGUMAS QUESTÕES SOBRE MISSÕES
76
Jesus comissionou os discípulos a irem pelas cidades e vilas de Israel
curando os enfermos, expulsando demônios e pregando o evangelho do Reino
dos céus (Mateus 10). Esta era uma declaração de guerra contra o reino de
Satanás.
Jesus colocou num mesmo bloco os ministérios de cura, exorcismo e
pregação do evangelho. Os discípulos entenderam isto e, desde o começo, as
orações pela cura dos enfermos se tornaram parte do trabalho da comunidade
cristã. Nas igrejas cujos líderes não possuíam dons milagrosos havia um
ministro de oração pela cura (Tiago 5:14).
Cura e exorcismo não eram tão evidentes no ministério dos apóstolos,
como eram no de Jesus. Sinais e maravilhas ocorreram, mas não eram pontos
centrais da missão dos apóstolos. Paulo descreveu sua missão apostólica em
Romanos 15:18-20, dizendo que os sinais e milagres acompanhavam seu
ministério, e que eles eram um testemunho poderoso da verdade, a respeito da
qual pregava. Sua ênfase, entretanto, não estava nos sinais e milagres, mas na
pregação do evangelho.
77
1. Crer em espíritos invisíveis e em sua influência nas vidas humanas
é uma idéia religiosa poderosa ao redor do mundo.
As cartas de Paulo enfatizam que a nova vida dos fiéis, gerada e mantida
pelo Espírito Santo, é uma vida caracterizada pelo poder. O poder de mudar,
superar, servir e testemunhar.
Jesus disse a Paulo, numa luz vinda dos céus: “Para os quais eu te envio,
para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade
de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e
herança entre os que são santificados pela fé em mim” (Atos 26:17-18).
Satanás tem um grande poder, e ele não desiste de nenhum centímetro
sequer de seu território sem lutar. Paulo sabia que, como um missionário,
poderia ser um instrumento de Deus na derrota de Satanás e na libertação de
pessoas, pregando o arrependimento da idolatria e do pecado, a conversão a
Cristo como Salvador e Senhor, e a mudança radical das vidas pelo poder do
Espírito Santo (Atos 26:20).
81
Conseqüentemente, sua fé em Cristo não cresce como deveria e eles caem em
erros de sincretismo religioso.
82
A Igreja Presbiteriana no sul do México tem cerca de 1500 congregações,
mas apenas 350 ministros ordenados. O seminário que serve a estas
congregações produz apenas 25 a 35 formados por ano. Em conseqüência
disso, muitos ministros são responsáveis por cerca de cinco a quinze
congregações ao mesmo tempo. Devido à distância entre as congregações, os
ministros têm que viajar bastante. Não fosse pela carência de ministros, mais
igrejas poderiam ser plantadas.
Um formando do seminário na cidade de Bogotá, Colômbia, uma vez me
disse que não queria ser um ministro ordenado porque não queria ser como um
pastor que viaja de igreja para igreja. Sua denominação tinha poucos ministros,
e os que tinha estavam constantemente visitando as igrejas para batizar e
celebrar a Santa Ceia. “Eles se parecem como os padres católicos”, ele disse.
“Eles vão de igreja em igreja celebrando os sacramentos, mas não param para
conhecer o povo local, nem para ensiná-los através da palavra e do exemplo”.
As igrejas estão crescendo tão rapidamente em algumas partes do mundo
que os pastores não conseguem servi-las efetivamente. Há potencial para um
maior crescimento em outros lugares, mas não há suficientes ministros
treinados para organizar e liderar novas congregações. Todas as
responsabilidades recaem sobre o pastor, em algumas igrejas, e os leigos não
são motivados ou treinados a fazer coisa alguma.
Os apóstolos enfrentaram o desafio de levantar líderes para as igrejas
jovens, nos primeiros dias do Cristianismo. Eles não dependiam de seminários
para prover líderes às suas igrejas. Ao contrário, os primeiros missionários
treinavam os líderes da igreja local. Uma vez treinados, estes líderes não
buscavam pessoas de fora da congregação para prover a instrução semanal, o
cuidado espiritual de um pastor e a direção no evangelismo. Eles mesmos
tomavam conta de suas congregações e as viam crescer. A chave do seu
sucesso se devia ao treinamento de líderes locais para que realizassem o
ministério do evangelho na dependência do Espírito Santo, das Escrituras e da
Graça de Deus.
84
A história do ministério de Paulo na cidade de Éfeso começa em Atos
18:18. Paulo chegou lá com Priscila e Áquila, já próximo do fim de sua segunda
viagem missionária. Depois de ter pregado na sinagoga, as pessoas pediram
que ficasse ali por mais tempo. Ele rejeitou o pedido, mas prometeu retornar.
Enquanto isso, deixou Priscila e Áquila, um casal cristão dedicado, para
continuarem a lançar os fundamentos até a sua volta. O evangelista Apolo
chegou em Éfeso durante a ausência de Paulo, e se uniu ao ministério através
da pregação da mensagem de Jesus na sinagoga (Atos 18:24-26).
O capítulo de Atos 19 nos conta sobre o retorno de Paulo a Éfeso e sobre
o ministério que realizou na cidade. Paulo usava argumentos persuasivos com
os judeus na sinagoga e discussões diárias com os gentios numa escola
pública, a escola de Tirano. Milagres ocorreram e espíritos malignos foram
expulsos (versos 1-12). As pessoas se tornaram temerosas, e o nome de Jesus
tornou-se respeitado (verso 17). Os novos crentes confessaram seus pecados
publicamente (verso 18), mágicos queimaram seus livros secretos (verso 19), e
a Palavra de Deus se espalhou amplamente e com muito poder (verso 20). Os
homens que faziam ídolos, entretanto, viram seus negócios entrando em crise
porque muitas pessoas estavam se voltando a Cristo e, então, começaram um
tumulto (versos 23-41). Paulo deixou a cidade quando esse tumulto cessou.
Nós lemos a despedida de Paulo aos líderes da igreja de Éfeso em Atos
20. Paulo queria que eles se lembrassem, claramente, de como ele havia
plantado e organizado a igreja naquela cidade, e os desafiou, pela última vez, a
cumprirem suas responsabilidades fielmente, como os líderes do povo de Deus.
Paulo iniciou suas palavras de despedida revisando seus esforços iniciais
de evangelismo e de discipulado: visitou pessoas de casa em casa,
desenvolveu amizades profundas e amorosas com elas, pregou em público e
em particular, ensinou todas as coisas que eles necessitavam saber acerca de
Cristo e do evangelho, condenou os falsos ensinamentos, sofreu perseguição,
realizou trabalho manual para se sustentar financeiramente, derramou muitas
lágrimas quando ele e sua mensagem foram rejeitados. Sua vida e ministério
foram como um livro aberto para todos verem e lerem. Ele não tinha segredos.
O lema da sua vida era “viver por Cristo” e seu objetivo “testificar o evangelho
da Graça de Deus” (verso 24).
Paulo não somente ganhou convertidos no processo de seu ministério,
como também desenvolveu líderes locais, aos quais chamava de “anciãos” e
“pastores”. Quando partiu, Paulo havia preparado estes homens para
assumirem a responsabilidade de manter a direção espiritual da jovem igreja
85
cristã, sem a necessidade de depender dele ou de ninguém mais. Esta foi a
chave do sucesso de Paulo como missionário e plantador de igrejas.
86
Os plantadores de igrejas devem dar atenção especial para aqueles que
demonstram ter os dons espirituais para se tornarem líderes. Devem orar
freqüentemente com eles, trabalhar junto deles e, pacientemente, explicar-lhes
os alvos do ministério e mostrar-lhes como servir. Devem delegar mais e mais
responsabilidades às pessoas que foram treinadas. Se acontecerem frustrações
e as pessoas não corresponderem às expectativas, os plantadores de igrejas
devem repetir o processo até que líderes habilitados estejam prontos.
O alvo é alcançar um grupo de líderes locais que (1) sejam modelos de fé
e virtude em suas vidas, famílias e atividades diárias; (2) administrem os
negócios da igreja de acordo com os ensinamentos da Palavra de Deus e para
o bem dos seus membros; e (3) multipliquem nos outros as qualidades de um
líder.
MUDANDO DE PAPEL
AS MEGACIDADES DE AMANHÃ
*
Números ainda maiores são apresentados quando incluídas as áreas
metropolitanas. Os números acima dizem respeito apenas às cidades.
89
Agora, tenha em mente que cada uma destas pessoas é um ser humano
criado à imagem de Deus. Cada uma delas possui as mais variadas
necessidades, sendo a salvação em Jesus Cristo a maior delas. Que tremendo
desafio missionário nos aguarda nas cidades!
90
A vida para os pobres é difícil nas cidades. Eles são freqüentemente
vítimas de crimes e injustiças. Além do mais, um grande número de pessoas
continuam a chegar das pequenas cidades e vilas. Elas são atraídas para as
cidades como se puxadas por um imã invisível. Elas possuem grande
esperança e sonhos para o futuro, apesar da pobreza e sofrimento que
experimentam agora. E firmemente acreditam que, se não elas, certamente
suas crianças vão ainda usufruir uma vida melhor na cidade.
91
a. Pobreza
Entre 30 a 50% dos habitantes de muitas cidades encontram-se em
condição de pobreza ou miséria. Por isso, em muitos casos, o trabalho
missionário urbano demanda de nós uma estratégia abrangente que, ao mesmo
tempo, proclame o evangelho do amor salvador de Deus e o demonstre de
forma prática. Lidar, diariamente, com questões sociais e diferenças
econômicas é um problema muito comum para os missionários urbanos.
c. Pluralismo religioso
Muitas pessoas seguem uma religião singular enquanto vivem numa
pequena cidade ou vila. No entanto, num centro urbano encontramos pessoas
seguidoras de uma variedade de crenças e práticas religiosas. Por isso, o
missionário urbano talvez tenha que focalizar um dos grupos, mas deve estar
preparado para testemunhar para outros grupos também. Além disso, precisa
estar preparado para responder a pessoas que rejeitam toda religiosidade ou a
outros que respeitam todas religiões como igualmente verdadeiras.
d. Atitudes anti-urbanas
Muito do trabalho missionário foi desenvolvido, inicialmente, em áreas
rurais. Isso fazia sentido no passado, uma vez que muitas pessoas viviam nessas
comunidades. Agora, o desafio se encontra nas grandes cidades e nelas há um
número reduzido de missionários. Muitos deles acabam por ficar tão perturbados
com o barulho e tráfego nas cidades, com a poluição, os problemas sociais, a
criminalidade e lugares lotados, que preferem trabalhar em áreas rurais ou
pequenas cidades do interior. Certamente, estas áreas rurais e cidades menores
também precisam ouvir do evangelho. No entanto, mais atenção precisaria ser
dada às massas de pessoas não salvas e não alcançadas por igrejas nos
grandes centros urbanos.
e. Custo financeiro
92
Um dos maiores problemas para as agências missionárias é o alto custo
financeiro do trabalho urbano. A moradia para missionários é mais cara nas
cidades. Um terreno para construção de um templo geralmente custa quase
nada em vilas, e crentes locais podem envolver-se pessoalmente na obra. Nas
cidades, porém, os terrenos são caros, existem normas de construção a serem
seguidas, sindicatos de trabalhadores a pressionar e altos salários e taxas a
serem pagos. Estes e outros fatores levam os missionários a evitar os grandes
centros, em detrimento das pequenas cidades ou zonas rurais.
94
Numa linda manhã de domingo, enquanto observava centenas de pessoas
chegando para a adoração numa cidade do oeste da África, me perguntei:
“Como esta igreja teve início?” “Quem foi o primeiro a trazer o evangelho aqui?”.
A resposta foi a seguinte: “Uma mulher missionária veio para a cidade,
como enfermeira. Anteriormente à sua chegada, metade das nossas crianças
morriam antes de completarem cinco anos de vida. Então, a missionária vacinou
nossas crianças. Ela ensinou as mães a manterem suas crianças sadias. Ela
preveniu que nossas crianças morressem enquanto nos ensinava acerca de
Deus”.
A igreja naquela vila teve início a partir de missão através de palavra e
ação.
Eu visitei um ancião numa favela onde a maioria das pessoas eram
mulçumanas. Ele, seus quatro filhos, noras e netos haviam se tornado cristãos.
Então, lhe perguntei o que os havia tirado do Islamismo para a fé em Jesus
Cristo.
Ele me contou esta história: “Muitos cristãos vinham, toda semana, para
nossa comunidade e ensinavam a Bíblia a alguns poucos cristãos que viviam
aqui. Eles viam que éramos muito pobres, e ajudavam a todos, cristãos e
mulçumanos. Eles não faziam pouco caso de ninguém. Por muito tempo eu os
observei para descobrir suas verdadeiras intenções sobre nós. Eu não
conseguia entender por que eles ajudavam tanto os cristãos quanto os
mulçumanos da mesma maneira, e sem esperar nada em troca. Eles não eram
obrigados a fazer isso. Então, eu lhes perguntei o que os motivava a esta
atitude, e eles me responderam: ‘fazemos isto porque Deus se preocupa com
todos, de tal maneira que enviou Jesus para nos salvar quando morreu e pagou
por nossos pecados’. Deus se preocupa, e Jesus é quem pagou! Este era um
motivo que eu nunca tinha ouvido antes. Eu comecei a acreditar que era
verdade. Comecei a orar a Deus, em nome de Jesus Cristo. Meus filhos
seguiram meu exemplo e assim nos tornamos cristãos”.
Missões através de palavra e ação representam um testemunho poderoso.
Este tipo de missão abre as portas das casas, cidades e nações para o
evangelho. Segue o exemplo do próprio Jesus que “percorria todas as cidades e
povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando
toda sorte de doenças e enfermidades” (Mateus 9:35).
95
Pregar o Evangelho (“palavra”) e ajudar o pobre e o oprimido (“ação”)
eram realizados concomitantemente, através da história do Cristianismo. No
começo do século XX, entretanto, uma teologia liberal entrou em muitas igrejas,
negando ensinamentos básicos da Bíblia, tais como o nascimento virginal de
Cristo, a expiação e a sua ressurreição física. Esta teologia promoveu o que
chamamos, em missões, de “Evangelho Social”.
As pessoas que se identificavam com o Evangelho Social se engajavam
em ministérios entre os pobres, mas havia um problema. Elas não visavam
convertê-los à fé em Cristo como o Salvador dos pecadores perdidos. Elas não
ensinavam que a Bíblia é a regra de fé e de conduta cristã. Sua teologia liberal
abria mão dos ensinos mais básicos do evangelho.
Muitos cristãos que se fiavam na autoridade da Bíblia reagiram ao
Evangelho Social. Eles criam na necessidade de uma conversão pessoal a
Cristo e na plantação de igrejas, mas evitavam os ministérios sociais, a não ser
os de “socorro” em situações emergenciais. Uma parede, então, se erguia entre
a palavra e a ação em missões, a qual perdurou por cinqüenta anos.
Hoje, os cristãos de diversas partes do mundo trabalham para quebrar
esta parede. Eles querem reunir palavra e ação de modo que atuem juntos em
prol do Reino. Chamamos a isto de “holismo” em missões. Uma maneira
“holística” de fazer missões reconhece que ambas as necessidades espirituais e
materiais dos seres humanos são reais e importantes. E não é bíblico ignorar
qualquer uma delas.
TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
96
Devemos olhar para o livro de Gênesis a fim de entender o evangelho do
Reino. Ele ensina que todos os seres humanos foram feios à imagem de Deus
(Gênesis 1:26-27). Missões, do ponto de vista do Reino, leva o bem-estar das
pessoas muito a sério, assim como Deus o faz. Ele dá tanto valor aos seres
humanos que enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo, para redimi-los da
escravidão do pecado, de Satanás e do inferno. Cristo levou as pessoas tão a
sério que enviou seus discípulos ao mundo todo, pregando o evangelho do
Reino.
Missões, a partir da perspectiva do Reino, considera qualquer pessoa ou
sistema político e econômico que oprime os seres humanos como inimigo de
Cristo e do seu Reino. Oprimir os seres humanos é pecar contra Deus, pois
todos foram criados à sua imagem.
Não é de se admirar o fato de os opressores não quererem que o
evangelho se propague. Eles são inimigos das missões cristãs porque sabem
que a Palavra de Deus coloca em exposição seus caminhos malignos e ameaça
o reino de Satanás, ao qual representam. As pessoas que Cristo tem libertado
da escravidão do pecado e da morte não se submetem facilmente à opressão
que lhes é imposta pelos homens.
97
A vida do Reino é uma vida de verdade, justiça, misericórdia e amor. Ela é
proclamada com palavras e demonstrada pelas atitudes. O evangelho do Reino
envolve tudo. Convida para a transformação do coração e de toda a vida.
Direciona como vivermos individual, familiar e comunitariamente. Ensina-nos a
mostrar misericórdia ao pobre, defender o oprimido e buscar reconciliação entre
oposições.
Nós compreendemos quão grande e gloriosa é a tarefa das missões
cristãs quando observamos o quadro do evangelho do Reino. Através delas é
que o reino chega em lugares onde nunca esteve antes. A justiça do Reino é a
esperança do mundo.
98
4. A plantação e o desenvolvimento de igrejas que preguem a Palavra
e demonstrem compaixão pelos pobres deve ser o alvo de todo
programa de missões.
As igrejas são os faróis do reino de Deus. Não há esperança para os
pobres e os perdidos sem elas.
99
Proclamam ao mundo que, apesar das diferenças superficiais, os cristãos são
realmente um corpo. Servimos ao mesmo Rei, e seu nome é Jesus.
Há alguns anos atrás, o líder missionário John R. Mott falou sobre o papel-
chave dos pastores locais no mundo das missões.
100
Mott argumentou que, em muitos casos, o ponto fraco em missões está
nas igrejas locais e sem a ajuda dos pastores o problema não pode ser
resolvido. Eles determinam a direção que suas congregações tomam. Pastores
são mestres, modelos e líderes. O fogo das missões e do evangelismo estará
aceso nas congregações cujos pastores estão com os corações ardendo de
paixão em alcançar os perdidos.
Mott acreditava que pastores que não têm paixão por missões não podem
realmente ser ministros do evangelho. Eles são espiritualmente fracos. São
cegos para a mensagem missionária da Bíblia. Eles não podem entender que o
principal trabalho da igreja é tornar Cristo conhecido e amado através do
mundo. Eles não são cheios do Espírito de Cristo. Suas congregações têm um
vácuo de poder e visão em conseqüência disso, e as missões é que sofrem.
De fato, são raros os casos onde uma congregação evangeliza os
perdidos mesmo seu pastor sendo indiferente para com missões. Estas
permanecem vivas em tais congregações devido à forte influência de um ou
mais líderes leigos comprometidos. Porém, a visão missionária do pastor é que,
normalmente, vitaliza as missões na congregação. Deixe-me ilustrar isso.
Quem melhor do que Jesus para nos ensinar sobre evangelismo? Quem é
o Líder dos líderes? Jesus é chamado de Supremo Pastor em 1 Pedro 5:4.
Todos os outros líderes da igreja estão sob sua liderança. O texto de Hebreus
13:20 chama Jesus de o Grande Pastor, pois ele é o modelo perfeito a ser
seguido. Todos nós que fomos chamados para sermos líderes do povo de Deus
devemos prestar contas a Jesus acerca de como nos achegamos a ele no
nosso coração, nas nossas atitudes e condutas.
Olhemos para Jesus e seu ministério. Ele ensinou aos discípulos e
alcançou os perdidos. Ele mostrou o que pastores de verdade deviam fazer
através dos seus ensinamentos e do seu exemplo. Ele alimentou seu rebanho
enquanto ensinava. Ele buscou o perdido enquanto pregava de um lugar para
outro. Ele mostrou que amava o mundo ao enviar seus discípulos aos confins
da terra. Jesus demonstrou ter um coração de pastor de todas as maneiras
possíveis. Ele foi um pastor que, às custas de grande sacrifício pessoal, e até
mesmo a morte, veio para buscar e salvar o perdido.
Na parábola da ovelha perdida, Jesus descreveu a alegria que ele e o Pai
sentem quando uma ovelha perdida é trazida para casa (Mateus 18:12-14;
Lucas 15:4-7). O coração de Deus é revelado na figura do pastor carregando a
ovelha nos braços e trazendo-a de volta ao aprisco. Jesus é o exemplo perfeito
de como trazer os pecadores de volta a Deus e cuidar deles. Este é o ofício
sagrado dos pastores.
103
Nenhuma outra religião tem um Pastor ou Líder como Jesus, nem alguém
que se assemelhe ao pastor cristão. Jesus mostrou quão longe ele iria a fim de
salvar o perdido, através do seu sofrimento e sua morte. Ele foi para a cruz para
cumprir o propósito salvífico de seu Pai Celestial. O trabalho dos pastores e
missionários está ligado a esse propósito divino.
PAULO E TIMÓTEO
OS PASTORES-EVANGELISTAS DE HOJE
104
(2) dando exemplo pessoal de como pastores vêem e usam as
oportunidades que têm de contar do evangelho para os não-
salvos nas casas, ruas, nos hospitais e ônibus;
(3) organizando suas congregações, inclusive os jovens, em
atividades evangelísticas tais como estudos bíblicos nas prisões,
casas, escolas, nos escritórios, e através do serviço aos pobres
quando podem testificar do amor e da misericórdia de Deus
através de palavras e atitudes.
Charles L. Goodell diz o seguinte sobre o trabalho de um pastor em seu
livro Pastor and Evangelist (p. 110)
FAZEDORES DE TENDAS
106
está empregado tem a vantagem de se identificar com a escola ou
instituição para a qual trabalha.
“Fazedores de tendas” também enfrentam certos problemas. Um
deles é que seu trabalho diário ocupa muito do seu tempo e energia.
Outro problema é que seus patrões podem impedi-los de se engajar
em atividades religiosas de qualquer tipo.
Em alguns países é impossível ser um “fazedor de tendas”
porque o governo não permite que estrangeiros sejam empregados.
Eles podem entrar nesses países como visitantes, mas não podem
ganhar dinheiro. Os missionários, então, têm que depender dos fiéis de
outros lugares para providência de suas necessidades, quando não
existem cristãos locais que os suportem.
FILIPENSES 4:10-20
107
A primeira coisa que vemos quando examinamos esta passagem
da Escritura é que Paulo se alegrou quando os cristãos de Filipos
demonstraram preocupação com ele (verso 10). Eles haviam se
beneficiado através do seu ministério em Filipos, e agora se
preocupavam com as necessidades do apóstolo enquanto este
percorria outros lugares. Esta preocupação era evidência de seu
crescimento espiritual e sua sinceridade, o que trazia alegria a Paulo.
O apóstolo admitiu que estava com necessidades (verso 11) e
enfrentando sérios problemas (verso 14). Ele assegurou aos filipenses
que havia aprendido a estar contente em qualquer circunstância e a
depender de Cristo para tudo (versos 11-13). Entretanto, Paulo
realmente tinha necessidades materiais, e estava grato pelo fato dos
filipenses terem suprido sua carência.
Paulo elogiou os cristãos de Filipos porque, em contraste com
outras igrejas, eles o haviam suportado desde o princípio (verso 15).
Eles não foram tardios em aprender a importância de suportar missões,
mas aplicados aprendizes. Paulo foi a Tessalônica para pregar o
evangelho, depois de ter deixado Filipos. Mas, os filipenses
continuaram a enviar suporte financeiro e material para ele (verso 16).
Eles tinham o coração em missões!
Paulo estava na prisão, em Roma, quando escreveu aos
filipenses. Ele foi abençoado, mais uma vez, pelos seus presentes, aos
quais chamou de “aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a
Deus” (verso 18). Paulo lhes assegurou que Deus seria bom para com
eles, assim como eles haviam sido bons para com o seu servo
(verso19).
Podemos aprender alguns princípios básicos sobre o suporte
missionário a partir desta passagem das Escrituras. Primeiro, o suporte
deve ser feito de modo organizado. Paulo, algumas vezes, sofreu
carência de suporte porque algumas igrejas ou ignoravam suas
necessidades, ou não tinham em mãos os meios de fazer a ajuda
chegar até o apóstolo. Os filipenses tinham boas intenções, mas por
um tempo não tiveram a “oportunidade de mostrar isso” (verso 10).
A segunda lição é que o suporte deve ser coletado nas igrejas e
entregue aos missionários de um modo eficiente e responsável. Juntas
e agências missionárias são organizadas com o fim de entregar o
suporte das igrejas nas mãos dos missionários, onde e quando eles
108
necessitarem. E os missionários não sofrem necessidades quando
estas agências fazem bem o seu trabalho.
Uma terceira lição é que o suporte de missões é uma resposta
voluntária dos fiéis que, em gratidão a Deus pela salvação, suportam a
proclamação do evangelho. Os filipenses voluntariamente davam seus
presentes para suportar o missionário a quem amavam. Eles não
estavam pagando uma “taxa” ou tentando ganhar o favor de Deus.
Em quarto, seu suporte era mais do que o básico, era amplo.
“Recebi tudo e tenho abundância”, disse Paulo (verso 18). Os cristãos
em filipenses não eram culpados da falsa idéia de que os missionários
podem sobreviver com quase nada. Eles enviaram um de seus
membros, Epafrodito, para entregar as doações e também para ficar
com Paulo, ajudando-o.
Epafrodito ficou muito doente enquanto esteve com Paulo. Então,
o apóstolo decidiu que era melhor enviá-lo de volta à igreja em Filipos.
Paulo elogiou Epafrodito ao dizer que “por causa da obra de Cristo ele
havia chegado às portas da morte e se dispôs a dar a própria vida,
para suprir a vossa carência de socorro para comigo” (Filipenses 2:29-
30).
Uma quinta lição que podemos aprender é que o suporte de
missões deve ser feito, no decorrer dos anos, de um modo constante.
Paulo elogiou os filipenses pelo seu suporte fiel e constante (4:16).
Outras igrejas, algumas vezes, ignoraram suas necessidades (verso
15), mas Paulo podia contar com os fiéis de Filipos. A Bíblia não relata
os detalhes do sistema que eles usavam para levantar o sustento
missionário; mas os resultados eram claros, e a igreja foi elogiada pela
sua fidelidade.
Os missionários dependem da fidelidade dos fiéis em quem eles
confiam, ano após ano, para seu sustento em orações e doações.
Estes sustentadores são verdadeiros colaboradores na propagação do
evangelho.
Paulo escreveu, em Filipenses 1:4-5, sobre as orações oferecidas
a favor da igreja. Ele orava por eles com grande alegria por causa da
sua “parceria no [trabalho] do evangelho”. Não há maior privilégio para
a igreja e para o cristão do que este, de ser parceiro com os
missionários na proclamação do evangelho.
Finalmente, podemos aprender desta passagem que o sustento
missionário é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos
109
doadores (4:17). É uma oferta presenteada primeiramente a Deus, e
não aos homens (verso 18). Toda a glória pertence a Deus, e ele irá
recompensar ricamente aqueles que suportam o trabalho de missões
(versos 19-20).
A paixão pelas almas, que ardia no coração do apóstolo, era tão grande
que ele desejava fazer qualquer coisa pela pregação do evangelho. Ele estava
disposto a se tornar “escravo de todos, a fim de ganhar o maior número
possível” (verso 19) mesmo tendo muitos ‘direitos’. O suporte financeiro de
missões não será um problema quando a mesma paixão arder nos corações
dos missionários e das igrejas de hoje.
Uma mulher cristã, num grande escritório, escutava, dia após dia, uma de
suas colegas contar estórias de como seu marido lhe maltratava. A mulher
decidiu compartilhar sua própria história, depois de muita hesitação. Ela falou
com a mulher que vinha sendo abusada e lhe contou como Jesus tinha entrado
em sua vida e na vida de sua família, trazendo amor e paz onde só havia
conflito. Ela insistiu para que sua colega pedisse para que Jesus viesse habitar
na sua vida e na vida de seu marido.
112
A colega se irou e acusou aquela mulher cristã de “proselitismo”. Além
disso, dirigiu-se ao supervisor delas e se queixou de que sua crença religiosa
tinha sido violada. Ela acusou aquela cristã de estar tentando forçá-la a aceitar
a sua religião. O supervisor advertiu à sua subordinada cristã que se isso
acontecesse novamente ela seria despedida.
Fatos como este estão acontecendo mais e mais freqüentemente. O
evangelismo, mesmo que feito de um modo humilde e amoroso, provoca ira em
algumas pessoas. Os cristãos são acusados de invadir a privacidade dos outros
quando testemunham da sua fé. As pessoas dizem que somos arrogantes
porque cremos em Cristo como único caminho a Deus. Eles dizem que não
respeitamos as outras crenças.
Isto suscita questões como as que se seguem:
Missões e evangelismo são atividades éticas, ou expressões de
arrogância e agressão religiosa?
Se dissermos que todas as religiões são igualmente válidas e pararmos
de tentar mudar a crença de outros povos promoveríamos paz na
comunidade?
Qual a diferença entre evangelismo e proselitismo?
Há regras que separem métodos legítimos e ilegítimos de trabalho
missionário?
O chamado à conversão é um insulto aos seguidores de outra fé?
Estas questões nos levam ao coração do evangelho. Nós as
examinaremos, agora, e buscaremos respostas bíblicas.
Este texto das Escrituras deixa claro que o comportamento ético deve
caracterizar as palavras e ações dos evangelistas e missionários. Suas
intenções não devem ser as de serem servidos, e seus métodos não devem ser
enganosos de modo algum. Não deve haver qualquer sugestão de busca de
benefícios pessoais através da proclamação do evangelho. A Palavra do
evangelho deve ser pregada, acima de tudo, sem alterações e descrédito.
117
1. Descreva as características do proselitismo
2. Descreva as características do evangelismo
3. Mostre como o texto de 1 Tessalonicenses 2:2-7 serve como guia para
os verdadeiros evangelistas
Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que
vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de
que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu
me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens
dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu
em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para
que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como
também amaste a mim” (João 17:20-23)
120
construir outro no mesmo local. Outro grupo queria comprar um terreno um
pouco afastado dali para a construção.
Segundo, um grupo queria outras mudanças, e chegou a ser denominado
de “liberal” em sua teologia. Queria mudanças na liturgia e no modo como o
pregador pregava. Queria mais evangelismo e novos ministérios entre os
jovens. Queria, também, um prédio que fosse adequado a esses ministérios.
Terceiro, o conflito tinha a ver com aqueles que desejavam o poder.
Certos membros tinham sempre controlado a igreja e queriam permanecer no
controle. Após muitos meses de controvérsias, a igreja se dividiu, o pastor saiu
e muitas pessoas ficaram feridas.
Alguma coisa deveria ter sido feita a fim de reconciliar os lados, em todos
estes casos, mas ninguém agiu em tempo. Por que permitimos que os conflitos
continuem, quando eles nos prejudicam e ao nosso testemunho no mundo?
Vejamos algumas razões:
A maioria de nós evita o envolvimento com pessoas em conflito,
especialmente quando são irmãos ou irmãs em Cristo, pastores e
missionários.
Poucos de nós sabem identificar os problemas, resolver os conflitos e
curar as feridas que causam.
A maioria dos cristãos tem vergonha dos conflitos e acha que eles irão
desaparecer se forem ignorados.
Alguns cristãos assumem que nada pode ser feito para a solução desses
conflitos.
1. Atos 6:1-7
121
Um conflito teve início muito cedo na vida da igreja, acerca do modo como
algumas viúvas estavam sendo injustamente tratadas. Isto poderia ter gerado
uma séria divisão na igreja; mas foi tratado de modo sábio e rápido, e o
evangelho continuou a se propagar em virtude disso (verso 7).
2. Gálatas 2:11-21
3. Atos 15:1-35
5. Filipenses 4:2-3
124
os fiéis seja estabelecida e mantida, pelo bem da igreja e do avanço das
missões.
125
O apóstolo Paulo se denominou, certa vez, como um prudente construtor
(1 Coríntios 3:10). Os edifícios em que ele trabalhou foram as igrejas de Jesus
Cristo (verso 9). O fundamento, a pessoa e a obra de Jesus Cristo (verso 11).
Tudo dependia deste fundamento.
Paulo sabia que ele não estava trabalhando sozinho. Outros fiéis
trabalhavam junto com ele, e muitos outros viriam depois dele. A questão para
todos os edificadores é a mesma: Qual a qualidade do seu trabalho (verso 13)?
A obra dos edificadores irá permanecer, ou ruirá nos tempos de adversidade?
Nós sabemos que os construtores necessitam das ferramentas adequadas
a fim de realizar um bom trabalho. Observe um exímio carpinteiro usando suas
ferramentas! Ele sabe exatamente quais as necessárias para cada projeto. Os
construtores são limitados no que realizam se não tiverem as ferramentas
certas. Entretanto, com elas podem construir lindas e duradouras coisas.
A aplicação para missões é óbvia. Todos que querem trabalhar para Deus
necessitam adquirir as ferramentas corretas, e devem aprender a manuseá-las.
As “ferramentas” são o conhecimento da Palavra de Deus e as qualidades
espirituais e experiências necessárias para a obra cristã.
A seguir apresentarei uma lista das ferramentas que, na minha opinião,
são necessárias para um trabalho missionário frutífero. Ninguém possui todas
elas, nem tão pouco serão necessárias todas as ferramentas o tempo todo.
Entretanto, eu lhes prometo que a maioria dessas ferramentas certamente será
indispensável no curso do seu ministério. Algumas delas serão necessárias já
no começo.
Todos aqueles que querem ser usados para a edificação da igreja de
Cristo através do trabalho missionário devem começar cedo a reunir as
ferramentas que irão precisar. Não esperem pela primeira experiência
missionária para começar. Adquiram, o quanto antes, o máximo de ferramentas
possíveis e aprendam a usá-las bem.
Vocês podem estar certos de que o serviço missionário irá testar a
qualidade do seu caráter cristão. Testará suas habilidades, mais do que vocês
imaginam. Comecem agora e empreguem todo esforço em edificar seus
conhecimentos para o ministério. Ganhem experiência no serviço ao Senhor. Se
vocês são casados, ou planejam se casar, incluam seus cônjuges no processo
de aprendizado de como usar as ferramentas adequadas para missões.
127
na organização e liderança da Escola Dominical, contanto que afastem a
crianças de mim. Eu não gosto de crianças!”
Aqui estava a razão de todos os problemas na Escola Dominical. A
pessoa responsável não amava as crianças! Algumas vezes, há missionários
que não amam as pessoas às quais estão tentando levar para Cristo. Alguns
pastores não amam suas congregações. Tais pessoas não abençoam o
trabalho cristão.
Peça a Deus que lhe dê um grande amor pelas pessoas dos mais
variados tipos, se você está pensando em se tornar um missionário. Gaste
tempo com o povo. Aprenda a entendê-lo e busque maneiras de servi-lo em
nome de Cristo. O amor é essencial em missões.
4. Alvos e Estratégias
Deus fez cada um de nós de um modo diferente, e ele usa todo tipo de
pessoa. Espera-se, geralmente, que um missionário seja disposto e capaz para
fazer de tudo. Isto pode levar à ansiedade e infelicidade.
Ganhem experiência em várias áreas de trabalho e aprendam quais são
seus dons antes de ir ao campo missionário. Que tipo de trabalho lhes dá a
maior satisfação? Busquem uma agência missionária que poderá enviar vocês a
um campo que melhor se encaixe aos tipos de dons que possuem.
INTRODUÇÃO
131
A motivação para o evangelismo vem do Espírito Santo que vive nos
corações de cada crente. O Espírito dá aos homens e mulheres o poder para
fazerem o que não lhes é possível com suas próprias forças, sempre que são
movidos a levar o evangelho aos outros. O Espírito abre portas e os guia
àquelas pessoas que Deus pretende chamar para si (João 6:44).
Há alegria no trabalho do evangelismo quando os pecadores se
arrependem e vêm para Deus. Há também frustrações quando elas se recusam
a ouvir a mensagem de Cristo e rejeitam seus mensageiros. Pode haver ainda
sofrimento e perseguição quando Satanás e seus servos tentam parar a
propagação do evangelho.
Esta instrução é para você que deseja ser instrumento de Deus para
chamar outros a Cristo e construir sua igreja. O Novo Testamento ensina que
Paulo e os outros apóstolos pregavam o evangelho e estabeleciam igrejas, por
onde quer que passassem. Eles não consideravam o trabalho do evangelismo
completo até que uma congregação de fiéis fosse estabelecida.
Somando-se aos apóstolos, muitos outros fiéis evangelizaram e
começaram novas igrejas. A maioria das igrejas do primeiro século foi iniciada
por leigos que, capacitados pelo Espírito Santo, trabalharam duro para espalhar
o evangelho.
Os passos que você encontrará a seguir são, basicamente, os mesmos
que os apóstolos e os outros tomaram. Eu estudei a Bíblia, orei por divina
inspiração sobre a obra de missões e tentei muitos métodos diferentes, por
muitos anos. Descobri que estes são os passos que produzem maior fruto, com
a bênção de Deus.
Acredito que se você seguir estes mesmos passos, Deus irá usar seus
esforços para atrair pessoas a Cristo e multiplicar igrejas. Que o Espírito Santo
possa lhe abençoar com o poder na proclamação da sua Palavra e com o fruto
que permaneça para a eternidade.
Como começar
Comece com uma oração pedindo a direção de Deus e o poder do Espírito
Santo. Ore para que portas e corações se abram. Ore pelas pessoas que você
planeja convidar. Ore para que Deus seja glorificado através da obra que você
pretende realizar.
Quem convidar
132
Convide os seus amigos, membros de sua família, vizinhos que não são
cristãos e todos aqueles que mostrarem interesse na mensagem Cristã.
Escolha uma hora que seja conveniente para a maioria das pessoas que
você espera que atendam ao estudo. Encontre um lugar onde haja pouca
interrupção e distúrbios.
Você e outro crente devem ser os líderes do encontro. Não sejam muito
formais. Sigam estas sugestões:
1. Expliquem, em poucas palavras, que vocês convidaram as pessoas
com o propósito de desfrutarem um tempo de comunhão, oração
pelas necessidades uns dos outros e estudo dos ensinamentos da
Bíblia.
2. Façam uma oração pedindo por divina ajuda e entendimento da Bíblia.
3. Leiam uma passagem da bíblica que já tenha sido cuidadosamente
escolhida de antemão. É prudente começar com os Evangelhos e
estudar o mesmo Evangelho a cada semana.
4. Expliquem a passagem bíblica, respondendo às quatro questões a
seguir:
Primeiro, o que estas palavras significaram para as primeiras
pessoas que as ouviram?
Segundo, o que elas nos dizem acerca de Deus e sua
vontade?
Terceiro, o que podemos aprender sobre Jesus, através delas?
Quarto, como devemos obedecer ao que elas ensinam?
Convidem as pessoas a levantarem questões sobre a passagem e sobre
como elas deverão aplicá-la em suas vidas.
5. Escolham um hino ou cântico para cantarem juntos. Ensinem as
pessoas a cantar novas canções cristãs.
6. Convidem a todos para falarem de suas necessidades e de seus
problemas, e orem por elas. Peçam aos fiéis, que estão crescendo na
fé, para orar pelos outros do grupo.
133
7. Convidem aqueles que possam ter perguntas adicionais ou problemas
pessoais para conversar com vocês mais tarde, ou logo após o
encontro.
8. Anunciem a hora e o lugar do próximo encontro, e estimulem cada
pessoa a trazer um amigo ou membro de sua família.
9. Sirvam chá, cafezinho ou refrescos antes do grupo se despedir.
A importância da visitação
Poucas coisas são mais importantes do que fazer visitas pessoais nas
casas de pessoas que mostram interesse no evangelho e atendem aos estudos
Bíblicos. Você deve omitir tais visitas apenas nos casos em que há uma
oposição severa ao evangelho por outros membros da família.
134
3. Você tem a oportunidade de falar, pessoalmente, para os membros da
família acerca da sua necessidade de salvação através do Senhor Jesus
Cristo, explicar o modo de obter esta salvação, e orar por eles.
O que é discipulado?
Lembre-se da comissão missionária de Jesus: Ide e fazei discípulos!
Jesus explicou o que ele queria dizer quando adicionou as instruções, (1)
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; e (2) ensinado-os a
guardar tudo que vos tenho ordenado (Mateus 28:19-20).
Os discípulos de Jesus sabem quem é o verdadeiro Deus e como ele
salva aqueles que acreditam nele, através de Jesus. Os discípulos ouvem a
Palavra de Deus e a seguem. “Fazer” discípulos significa informar às pessoas
sobre Deus e sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus.
Ser um discípulo significa crescer em entendimento da Palavra de Deus,
tentando fazer o que ela ensina, com a força que o Espírito Santo dá.
136
O discipulado significa adorar a Deus, louvá-lo, obedecer seus
mandamentos, estudar a Bíblia, servir às necessidades dos outros, ser parte da
comunhão da igreja e contar aos não-cristãos sobre a salvação através de
Cristo.
O discipulado significa colocar de lado o “velho homem que se corrompe
segundo as concupiscências do engano” e, pelo poder do Espírito Santo,
revestir-se do “novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão
procedentes da verdade” (Efésios 4:22-24).
Ensine a classe num horário que seja conveniente para aqueles que mais
desejam atendê-la. Pode ser necessário dar mais do que uma classe a cada
semana se as pessoas têm uma agenda muito ocupada. Dê a aula num lugar
onde vocês não sejam interrompidos ou perturbados.
O que estudar?
137
Estimule todos na classe a continuarem até que tenham estudado as
doutrinas principais acerca de Deus, da Salvação e da vida Cristã. Aqueles que
desejam ser batizados e se tornar membros da igreja devem assim fazê-lo.
Novas classes podem ser oferecidas, depois disso, àqueles que desejam
aprender a Palavra de Deus e seguir a Jesus.
138
3. Devem ser proclamados em nome do Deus trino, Pai, Filho e Espírito
Santo.
4. Devem ser acompanhados da leitura das Escrituras e da pregação do
evangelho.
Não basta reunir novos fiéis e organizar igrejas. Cristo quer que elas
cresçam na fé, no amor e serviço, tanto quanto em número. Os líderes devem
dar atenção especial para o seguinte:
140
1. Adoração
Jesus disse que seu Pai Celestial quer ser adorado “em espírito e em
verdade” (João 4:23). Isto significa que a nossa adoração deve vir dos
nossos corações e ser de acordo com a Palavra da verdade, a Bíblia.
Os elementos da adoração Cristã são os seguintes:
Cantar salmos, hinos e cânticos espirituais;
Orar, ambos individual e comunitariamente;
Ler e receber instrução da Palavra de Deus;
Dar dízimos e ofertas;
Expressar unidade e fé (algumas igrejas recitam o credo
apostólico, em uníssono);
Dar e receber a bênção de Deus.
2. A Sagrada Comunhão
Celebre a Santa Ceia, pelo menos, quatro vezes ao ano para fortificar
a fé dos membros. 1 Coríntios 11:23-34 dá instruções sobre como a Santa
Ceia deve ser observada.
3. Santidade
4. Disciplina
5. Educação
6. Ofertas
7. Evangelismo
Convide as pessoas que ainda não são cristãs a atenderem aos cultos
de adoração e ouvirem o evangelho. Trabalhe para o crescimento de igrejas
através da conversão de mais e mais novas pessoas. Multiplique o número
dos estudos Bíblicos em vários lugares e ajude-os até que se tornem
congregações, e igrejas.
8. Líderes
142
são enviados para lugares distantes são chamados de missionários, o
que significa “pessoas que são enviadas”.
10. Construções
Uma casa pode ser útil quando o número de membros é ainda pequeno.
Você necessitará, porém, de um lugar mais amplo à medida que este
número crescer. Tente conseguir um lugar que seja adequado para os
cultos de adoração, para os ensinos bíblicos e a comunhão. A igreja não é o
prédio, mas este é importante para a igreja administrar seus ministérios.
11. Oração
BIBLIOGRAFIA