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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4

2 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO FUTEBOL ....................................... 5

3 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO FUTSAL .......................................... 7

4 REGRAS DE FUTEBOL .................................................................. 10

4.1 O Campo de Jogo ..................................................................... 10

4.2 A Bola ........................................................................................ 20

4.3 Os Jogadores ............................................................................ 22

4.4 O Equipamento dos Jogadores ................................................. 29

4.5 O Árbitro .................................................................................... 30

4.6 A duração do Jogo .................................................................... 30

4.7 O Início e o Reinício do Jogo .................................................... 31

4.8 A Bola em Jogo e fora de Jogo ................................................. 31

4.9 Impedimento .............................................................................. 32

4.10 Faltas e Incorreções ............................................................... 33

4.11 Tiros Livres............................................................................. 33

4.12 Tiro Penal (Pênalti) ................................................................ 34

4.13 O Arremesso Lateral .............................................................. 34

4.14 O Tiro de Meta ....................................................................... 34

4.15 O Tiro de Canto...................................................................... 35

5 AS REGRAS DO FUTSAL ............................................................... 35

5.1 Quadra de Jogo ......................................................................... 35

5.2 A Bola ........................................................................................ 36

5.3 Número de Jogadores ............................................................... 37

5.4 Equipamento dos Jogadores ..................................................... 39

5.5 Os Árbitros ................................................................................ 40


5.6 Árbitro/Anotador e Cronometrista .............................................. 40

5.7 Duração da Partida.................................................................... 40

5.8 Bola de Saída ............................................................................ 41

5.9 Bola em Jogo e Fora de Jogo ................................................... 42

5.10 Contagem de Gols ................................................................. 42

5.11 Impedimento .......................................................................... 43

5.12 Faltas e Incorreções ............................................................... 43

5.13 Tiros Livres............................................................................. 44

5.14 Tiro Penal ............................................................................... 45

5.15 Tiro Lateral ............................................................................. 46

5.16 Arremesso de Meta ................................................................ 47

5.17 Tiro de Canto ......................................................................... 47

6 MÉTODOS DE ENSINO NO FUTEBOL E FUTSAL ........................ 48

7 HABILIDADES BÁSICAS PARA FUTSAL E FUTEBOL ................... 54

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 58


1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é


semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro –
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!
2 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO FUTEBOL

Existem diversas teorias sobre a origem do futebol. Estudos mostram que


jogos com bola já eram praticados por diferentes culturas desde a Antiguidade.
Entretanto, o futebol como esporte moderno, com regras universais,
temporalidade e espaço para a prática, surgiu apenas no século XIX. Na
Inglaterra, foram criadas as primeiras regras do futebol, dentre elas, que o
esporte deveria ser jogado apenas com os pés. A uniformidade da prática
promoveu um crescimento na quantidade de jogos e torneios pelo país. Nesse
contexto, foi fundada a primeira associação de futebol (The English Football
Association), existente até hoje. A partir de então, rapidamente se disseminou
pela Europa e diversas associações de futebol europeias foram criadas.
(SALVADOR, 2016)
Com a grande popularidade do futebol pela Europa, em 1904, foi criada a
Fédérartion Internationale de Football Association (Fifa), maior entidade mundial
da modalidade. (SALVADOR, 2016)
O futebol atual apresenta uma intensidade de jogo muito maior do que no
passado: as corridas são mais curtas e mais velozes, são realizados mais
passes, há uma maior quantidade de passes certos e a bola se desloca com
muito mais velocidade (BARNES et al., 2014; WALLACE; NORTON, 2014, Apud
SALVADOR, 2016).
Além disso, os materiais esportivos utilizados durante a partida mudaram
bastante. As vestimentas utilizadas são bastante diferentes das que utilizamos
hoje. Outro material que mudou significativamente foram as chuteiras.
Atualmente as chuteiras são mais leves, com cravos mais finos e compridos. São
compostas por materiais sintéticos que geram maior estabilidade e duração
(HILGERS; WALTHER, 2011, Apud SALVADOR, 2016).

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A origem do futebol no Brasil

Se algum dia você já pesquisou ou ouviu falar sobre a origem do futebol


no Brasil, provavelmente ouviu falar no nome Charles Miller. O brasileiro é
conhecido como o “pai do futebol”. Há relatos de que o futebol já era praticado
no Brasil antes de ser disseminado por Charles Miller, mas foi ele que apresentou
a modalidade de forma organizada, com regras e a introduziu aos clubes
esportivos da época. O brasileiro passou grande parte da sua infância e
adolescência estudando na Inglaterra durante o século XIX. Foi lá que aprendeu
a jogar o recém-criado futebol moderno. Ao voltar para o Brasil em 1984 para
trabalhar na companhia de ferro, Charles trouxe consigo bolas de futebol e as
regras universais. (SALVADOR, 2016)
A partir da disseminação da modalidade no Brasil, em 1894 foi fundado o
primeiro clube de futebol nacional, o São Paulo Athletic Club (São Paulo/SP).
Abaixo são apresentadas as datas de fundação dos primeiros clubes esportivos
do país. (SALVADOR, 2016)

1894 - São Paulo Athetic Club


1898 - Associação Atlética Mackenzie Colege
1899 - Sport Club Internacional
1899 - Sport Club Germânia
1900 - Sport Club Rio Grande
1900 - Associação Atlética Ponte Preta
1901 - Clube Náutico Capibaribe
1902 - Fluminense Foot Ball Club
1903 - Grêmio Foot Ball Porto Alegrense
1904 - Bangu Atlético Clube
1904 - Botafogo de Futebol e Regatas
1905 - Clube de Remo
1905 - Sport Club do Recife
1908 - Clube Atlético Mineiro
1909 - Coritiba Foot Ball Club
1909 - Sport Club Internacional

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1910 - Sport Club Corinthians Paulista

Com a rápida popularidade do futebol no Brasil, era necessária a criação


de uma entidade que organizasse o esporte nacionalmente. Em 1916, foi criada
a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), responsável pela organização
de todos os esportes no país. Por muitos anos, as modalidades esportivas não
possuíam confederações próprias, sendo todas organizadas pela CBD. Apenas
em 1979, a CBD foi substituída pela recém-criada Confederação Brasileira de
Futebol (CBF). (SALVADOR, 2016)

3 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO FUTSAL

Diferentemente do futebol, que teve sua origem na Europa, o futsal é


considerado um esporte sul-americano. Mais jovem do que o futebol, o futsal foi
criado apenas na década de 1930, no Uruguai. Na época, o Uruguai havia
sediado a primeira Copa do Mundo de Futebol (1930) e sido campeão da
competição. A população respirava futebol. Mas, dada a dificuldade de reunir 22
jogadores em campos em condições ideais para a prática, as pessoas passaram
a praticar o esporte em quadras com um menor número de jogadores. Vendo o
crescimento da prática, o professor uruguaio Juan Carlos Ceriani Gravier definiu
as regras da modalidade e denominou-a de indoor football. (SALVADOR, 2016)
Outras versões sobre a origem do futsal defendem que a modalidade
surgiu na cidade de São Paulo, na década de 1940. No entanto, a versão
uruguaia é a oficialmente reconhecida pela Fifa. É importante lembrar que,
quando criada no Brasil, a modalidade foi nomeada de futebol de salão.
(SALVADOR, 2016)
Até 1942, as regras já tinham sido distribuídas a todos os representantes
na América do Sul. Na década de 40, no Brasil, através das ACMs (Rio e São
Paulo), o Futebol de Salão se populariza, chegando a escolas e clubes
recreativos. Curiosamente, houve um momento, nessa mesma década, que a
sua prática chegou a ser proibida nas ACMs por conta da sua violência e
indisciplina. São Paulo foi a única exceção. (CARVALHO FILHO, 2017)

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A década de 50 foi marcada, no Futebol de Salão, pelo surgimento de
diferentes federações regionais: a Federação Metropolitana de Futebol de Salão
(RJ), em 1954, foi a pioneira; depois, vieram a Federação Paulista (1955),
Gaúcha (1956), Cearense (1956) e Paranaense (1956). A Confederação
Brasileira de Desportos (CBD), em 1958, oficializou a prática e uniformizou as
regras do Futebol de Salão, tendo organizado também o primeiro campeonato
brasileiro de seleções, com o Rio de Janeiro sagrando-se campeão em 1959.
(CARVALHO FILHO, 2017)
Durante a década de 60, o Futebol de Salão expandia-se a pela América
do Sul, principalmente após a criação da Confederação Sul-Americana de
Futebol de Salão em Assunção, Paraguai, no ano de 1969. Com isso, inicia-se
uma série de competições no continente de clubes e seleções. No Brasil, é criada
a primeira competição de clubes; antes, só havia a de seleções estaduais, a Taça
Brasil, em 1968. (CARVALHO FILHO, 2017)
Na década de 70, fundada no Rio de Janeiro (1971), surge a Federação
Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA) com 32 países participantes. Em
1979, com a extinção da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), cria-se,
então, a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) em Fortaleza, no
Ceará. Nas décadas de 60 e 70, o Futebol de Salão, como desporto ordenado e
regulamentado, expandia-se, principalmente pelo continente Sul-Americano.
(CARVALHO FILHO, 2017)
Os primeiros contatos entre FIFA E FIFUSA surgiram, sem sucesso,
também nos anos 70.
As primeiras competições internacionais no Futebol de Salão
aconteceram nos anos 80. O primeiro campeonato pan-americano foi em 1980,
no México. No entanto, a mais importante delas foi em 1982: o primeiro
campeonato mundial (São Paulo, Brasil). O Brasil sagra-se campeão e o
Paraguai é vice. Nesse mesmo período, a FIFUSA migra do Rio de Janeiro para
São Paulo e, em 1983, autoriza a prática do Futebol de Salão feminino. Em 1985,
é realizado o segundo Campeonato Mundial de Futsal (Espanha): Brasil
campeão e Espanha vice. O terceiro campeonato mundial acontece na Austrália,
em 1988, com o Paraguai conquistando o título, deixando o Brasil em segundo
lugar. (CARVALHO FILHO, 2017)

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No final de 1988, iniciam-se as negociações para que a FIFA encampasse
a FIFUSA. Precisamente em 19 de janeiro de 1989, reúnem-se comissões
dessas entidades, iniciando a discussão sobre a unificação do Futebol de Salão
e o Futebol de cinco (uma espécie de versão do Futebol de Salão criada pela
FIFA). Em cinco de setembro de 1989, fica acertado, em Zurique (Suíça), que a
FIFUSA se dissolveria e a FIFA ficaria responsável pelo Futsal. Com isso, após
várias reuniões (ao longo de 1989), homologam-se a fusão FIFA/FIFUSA
(23/11/1989, em São Paulo) e a transformação do nome Futebol de Salão para
Futsal. Para a FIFA, o Futsal foi criado a partir da fusão do Futebol de cinco com
o Futebol de Salão. Antes mesmo da consolidação dessa fusão, a Holanda, em
1989, sedia o quarto mundial e é vice diante do Brasil na final (o primeiro
organizado pela FIFA). (CARVALHO FILHO, 2017)
Na década de 90, organizado pela FIFA, o Futsal se expande e cresce em
vários continentes. O quinto mundial de seleções acontece em Hong Kong
(1992): o título fica com o Brasil e os Estados Unidos, com o vice-campeonato.
O quinto título brasileiro acontece em 1996, na Espanha, com os “donos da casa”
ficando em segundo lugar. Nesse mesmo ano, é criada aquela competição que
se tornou, até os dias de hoje, a mais importante do Brasil: a Liga Nacional de
Futsal. Nesse momento, o Futsal torna-se o desporto mais praticado no Brasil,
superando até mesmo o Futebol de Campo. (CARVALHO FILHO, 2017)
Na década de 2000, o Futsal feminino, apesar de ter se reunido em 2001
pela primeira vez, faz com que a seleção brasileira de Futsal feminino ganhe
espaço cada vez maior no Brasil e no mundo. Em terras brasileiras, a
modalidade, entre as mulheres, além de ter campeonatos semelhantes ao
masculino na Taça Brasil e no Campeonato Brasileiro de Seleções, desde 2005
realiza, todos os anos, a Liga Futsal Feminina. (CARVALHO FILHO, 2017)
A cada temporada, o que se vê é o crescimento do número de
participantes nos campeonatos, o que eleva a qualidade técnica e o interesse do
torcedor. Aos poucos, está havendo crescimento do investimento no Futsal
feminino. O desenvolvimento da categoria entre as mulheres é uma aposta em
todo o mundo, tanto que a Seleção Brasileira de Futsal feminina já é destaque
internacional. A equipe brasileira é tetracampeã sul-americana (2005, 2007,
2009 e 2011) e hexacampeã mundial (edições de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014

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e 2015). As jogadoras, assim como os homens, também ganharam o mundo:
nos campeonatos dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia, existem atletas
brasileiras atuando. (CARVALHO FILHO, 2017)
No Futsal masculino, em 2000 (Guatemala), na sétima edição do mundial,
a Espanha ganha o seu primeiro título, derrotando o Brasil na final. Através do
COB (Comitê Olímpico Brasileiro), em 2003, o Futsal é incluído nos Jogos Pan-
Americanos de 2007 no Rio de Janeiro, com a seleção brasileira sagrando-se
campeã. Ainda em 2003, a Federação Paulista lança um projeto em prol do
Futsal chamado: “Eu quero Futsal Olímpico”. No ano de 2004, na China, a
Espanha conquista o bicampeonato em final contra a Itália (pela primeira vez, o
Brasil não disputa uma final de Campeonato Mundial). Em 2008, o Brasil torna-
se hexacampeão mundial em final contra a Espanha. A competição é promovida
no Brasil. Em 2012, mais um campeonato para o Brasil, tornando-se
heptacampeão. A Espanha é vice. Na Copa do Mundo de 2016, pela segunda
vez em sua história, o Brasil não participa de uma final, sendo eliminado pelo Irã
na fase de oitavas. Nesse campeonato, a Argentina se sagra campeã, com a
Rússia em segundo lugar. (CARVALHO FILHO, 2017)
Nos dois últimos campeonatos mundiais, houve a participação de 24
seleções, e hoje já são mais de 130 países filiados à FIFA, um número maior do
que as nações pertencente à ONU (Organização das Nações Unidas).
(CARVALHO FILHO, 2017)

4 REGRAS DE FUTEBOL

4.1 O Campo de Jogo

Superfície do campo

O campo de jogo deve ser de superfície totalmente natural ou, se o


regulamento da competição permitir, de superfície totalmente artificial. Também,
se o regulamento da competição permitir, o campo de jogo pode ser totalmente

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natural e artificial – sistema híbrido (Não pode haver uma zona do campo com
grama natural e outra com grama artificial). (CBF, 2021).
A cor das superfícies artificiais deve ser verde.
Quando forem utilizadas superfícies artificiais em jogos de competição
entre equipes representativas de federações nacionais de futebol filiadas na
FIFA, ou em jogos internacionais de competições de clubes, a superfície deve
cumprir os requisitos do Programa de Qualidade da FIFA para gramas artificiais
ou do International Match Standard, salvo se a IFAB conceder uma autorização
especial. (CBF, 2021).

Marcação do campo

O campo de jogo deve ser retangular e marcado com linhas contínuas que
não podem constituir qualquer perigo. As linhas demarcatórias dos campos com
grama natural podem ser feitas com grama artificial, desde que não constituam
perigo. As linhas fazem parte integrante das áreas que delimitam.. (CBF, 2021).
Apenas as linhas indicadas na regra 1 devem ser marcadas no campo de
jogo. Quando forem usadas superfícies artificiais, outras linhas são autorizadas,
desde que sejam de cor diferente e que se distingam claramente das linhas do
futebol. (CBF, 2021).
Apenas as linhas indicadas na regra 1 devem ser marcadas no campo de
jogo. Quando forem usadas superfícies artificiais, outras linhas são autorizadas,
desde que sejam de cor diferente e que se distingam claramente das linhas do
futebol. As duas linhas de marcação mais compridas denominam-se linhas
laterais. As duas mais curtas chamam-se linhas de meta ou de fundo. O campo
de jogo é dividido em duas metades (meio de campo) por uma linha de meio de
campo (linha central) que une os pontos médios das linhas laterais. (CBF, 2021).
O centro do campo é marcado com um ponto situado no meio da linha de
meio de campo, em volta do qual é traçado um círculo com um raio de 9,15
metros. (CBF, 2021).

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Podem ser feitas marcações fora do campo de jogo, a 9,15 metros desde
os vértices dos quartos de círculo dos tiros de canto e perpendiculares às linhas
de meta e laterais.
Todas as linhas que marcam o campo de jogo devem ter a mesma largura
e devem ter no máximo 12 centímetros. A linha de meta deve ter a mesma
largura dos postes das metas e dos travessões.
O jogador que fizer marcas não autorizadas no campo de jogo deve ser
advertido com Cartão Amarelo-CA, por conduta antidesportiva. Se o árbitro
perceber a marcação durante o jogo, o jogador só deve ser advertido quando a
bola estiver fora de jogo. ((CBF, 2021).

Dimensões

Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (2021) O comprimento das


linhas laterais deve ser superior ao das linhas de meta.

• Comprimento das linhas laterais: • Comprimento das linhas de meta:


mínimo 90 m (100 jardas) mínimo 45 m (50 jardas)
máximo 120 m (130 jardas) máximo 90 m (100 jardas)

Dimensões para jogos internacionais

• Comprimento (linhas laterais): • Comprimento (linhas de meta):


mínimo 100 m (110 jardas) mínimo 64 m (70 jardas)
máximo 110 m (120 jardas) máximo 75 m (80 jardas)

Os organizadores das competições podem determinar o comprimento das


linhas de meta e das linhas laterais dentro dos limites acima indicados.

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FONTE:cdn.cbf.com.br

Área de meta

São traçadas duas linhas perpendiculares à linha de meta, a 5,50 m do


interior de cada poste de meta. Essas duas linhas prolongam-se para dentro do
campo de jogo por 5,50 m e são unidas por uma linha paralela à linha de meta.

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O espaço delimitado por essas linhas e pela linha de meta chama-se área de
meta. (CBF, 2021).

Área penal (área de pênalti)

São traçadas duas linhas perpendiculares à linha de meta, a 16,5 m do


interior de cada poste de meta. Essas duas linhas prolongam-se para dentro do
campo de jogo por 16,5 m e são unidas por uma linha traçada paralelamente à
linha de meta. O espaço delimitado por essas linhas e pela linha de meta chama-
se área penal (área de pênalti). (CBF, 2021).
Em cada área penal será feita a marca do tiro penal (pênalti) a 11 m do
meio da linha que une os dois postes da meta e deles equidistante. No exterior
de cada área penal (área de pênalti) é traçado um arco de círculo com 9,15 m
de raio, tendo por centro a marca do tiro penal (pênalti). (CBF, 2021).

Área de tiro de canto

A área de tiro de canto é marcada por um quarto de círculo com raio de 1


metro, a partir de cada bandeira de canto e no interior do campo. (CBF, 2021).

FONTE:cdn.cbf.com.br

Postes de bandeiras

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Em cada vértice das áreas de tiro de canto devem ser fixados postes de
bandeira, com 1,5 m, no mínimo, de altura, cuja ponta não pode ser pontiaguda
e nos quais devem ser colocadas bandeiras. (CBF, 2021).
Postes e bandeiras também podem ser colocados no meio do campo, no
mínimo a 1 m de distância das linhas laterais, fora do campo.

Área técnica

De acordo com (CBF, 2021). As áreas técnicas são para os jogos


disputados em estádios que oferecem lugares sentados para os jogadores
substitutos, substituídos, oficiais de equipes e devem respeitar as seguintes
diretrizes:

 As áreas técnicas podem se estender no máximo 1 m para cada


lado dos assentos existentes e ficar no mínimo a 1 m de distância
da linha lateral do campo;
 Recomenda-se que se utilizem marcações para delimitar as áreas
técnicas;
 O número de pessoas autorizadas a utilizar as áreas técnicas deve
ser definido no regulamento das competições.
 Os ocupantes das áreas técnicas:

- Devem ser identificados antes do começo do jogo, de acordo com


o regulamento da competição;
- Devem comportar-se de maneira adequada;
- Devem permanecer dentro dos seus limites, salvo circunstâncias
especiais, como, por hipótese, um médico ou fisioterapeuta, se
autorizado pelo árbitro, entrarem no campo para examinar um
jogador lesionado.
 Somente uma pessoa de cada vez está autorizada a dar instruções
táticas desde a área técnica.

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Metas

As metas são colocadas no centro de cada linha de meta.


As metas são constituídas por dois postes verticais equidistantes das
bandeiras de canto e unidos na parte superior por uma barra horizontal
(travessão). Os postes e a barra horizontal devem ser de material aprovado;
devem ter forma quadrada, retangular, redonda, elíptica, ou uma combinação
destas formas básicas e não devem constituir qualquer perigo.
A distância entre os dois postes é de 7,32 m e a distância da borda inferior
da barra transversal ao chão é de 2,44 m.
A posição dos postes em relação à linha de meta deve ser de acordo com
os gráficos.
Os postes da meta e a barra transversal devem ser de cor branca e devem
ter a mesma largura e espessura, não devendo exceder os 12 cm.
Os postes da meta e a barra transversal devem ser de cor branca e devem
ter a mesma largura e espessura, não devendo exceder os 12 cm. Se a barra
transversal partir ou for deslocada, o jogo deve ser interrompido até que seja
reparada ou recolocada no seu lugar. O jogo deve ser reiniciado com uma bola
ao chão. Se não for possível reparar o travessão, o jogo deve ser encerrado.
Não é permitido o emprego de uma corda ou de qualquer outro material flexível
ou perigoso para substituir a trave. O jogo deve ser reiniciado com uma bola ao
chão. (CBF, 2021).
Podem ser fixadas redes nas metas e no chão, por trás das metas, desde
que sejam devidamente apoiadas e não interfiram nas ações dos goleiros.
As metas (inclusive as móveis) devem ser fixadas ao chão de maneira
segura. (CBF, 2021).

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FONTE:cdn.cbf.com.br

Tecnologia de linha de meta (TLM)

O sistema de TLM pode ser utilizado para verificar se um gol foi marcado,
e assim dar suporte ao árbitro para tomar a decisão. (CBF, 2021).
Se a TLM for usada, podem ser autorizadas modificações à estrutura das
metas, de acordo com as especificações estipuladas no Programa de Qualidade
da FIFA para TLM e com as Regras do Jogo. A utilização de TLM deve estar
prevista no regulamento da competição.

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A TLM aplica-se somente à linha de meta e apenas para determinar
quando um gol for marcado.
A indicação da marcação de um gol deve ser imediata e automaticamente,
em cerca de um segundo, confirmada apenas ao árbitro do jogo pelo sistema de
TLM (através do relógio do árbitro por vibração e sinal visual).
Se a TLM for usada em jogos de competição, seus organizadores devem
garantir que o sistema está certificado de acordo com os seguintes padrões:

 FIFA Quality PRO;


 FIFA Quality;
 IMS – INTERNATIONAL MATCH STANDARD.

Um Instituto independente de testes deve verificar com rigor a


funcionalidade dos sistemas dos vários fornecedores de tecnologia, de acordo
com o Programa de Qualidade da FIFA para a TLM. Se a tecnologia não
funcionar de acordo com o Manual de Testes, o árbitro não pode utilizar o
sistema TLM e deve reportar este incidente às autoridades competentes. (CBF,
2021).
Quando for utilizada a TLM, o árbitro deve testar a funcionalidade da
tecnologia antes do jogo, de acordo com o estabelecido no Programa de
Qualidade da FIFA no Manual de Testes de TLM.

Publicidade comercial

É proibido qualquer tipo de publicidade comercial, real ou virtual, no


campo de jogo, no espaço delimitado pelas redes das metas, nas áreas técnicas
e na área de revisão do árbitro (ARA) e a menos de um metro das linhas
demarcatórias do campo, desde o momento em que as equipes entram no
campo de jogo e até saírem para o intervalo e desde o momento em que
regressam, após o intervalo, até ao final do jogo. Em particular, é proibido o uso
de qualquer tipo de publicidade nas metas, redes de metas, postes e bandeiras
de canto, onde nenhum tipo de equipamento (câmaras, microfones, etc.) pode
ser fixado. (CBF, 2021).

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Além disso, a publicidade vertical deve situar-se no mínimo:

 A 1 metro das linhas laterais do campo de jogo;


 A mesma distância da linha de meta que seja igual à profundidade
da rede da meta;
 A 1 metro de distância da rede da meta.

Logotipos e emblemas

É proibida a reprodução real ou virtual de logotipos e emblemas


representativos da FIFA, confederações, federações nacionais de futebol,
organizadores de competições, clubes e de outros órgãos no campo de jogo, nas
redes das metas e nas áreas que estas delimitam, nas metas e nos postes de
bandeiras de canto, durante o tempo de jogo. A reprodução dos referidos
logotipos ou emblemas só é permitida nas bandeiras dos mastros de canto.
(CBF, 2021).

Árbitros Assistentes de Vídeo – AAV (VAR)

Nos jogos com uso de AAV (VAR), deve haver uma sala de operação de
vídeo e, pelo menos, uma área de revisão no campo. (CBF, 2021).
A sala de operação de vídeo é o local onde o árbitro assistente de vídeo-
AAV (VAR), seu assistente-AAAV (AVAR) e o técnico de operação (replay)
executam seu trabalho. Essa sala pode ser localizada no próprio estádio ou em
local distante. Durante o jogo, somente pessoas autorizadas podem entrar na
sala de vídeo ou se comunicar com o VAR, o AVAR ou com o técnico de
operação (replay). (CBF, 2021).
Um jogador, um jogador substituto, um jogador substituído ou oficial de
equipe que entrar na sala de vídeo será expulso.
Nos jogos com AAV (VAR) deve haver pelo menos uma Área de Revisão-
ARA no campo, para que o árbitro possa realizar uma revisão. A Área de Revisão
será:

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• Localizada em lugar visível fora do campo de jogo;
• Claramente demarcada;

Todos os jogadores, jogadores substitutos, jogadores substituídos ou


oficiais de equipe que entrarem na área de revisão serão advertidos com cartão
amarelo-CA.

4.2 A Bola

Características e medidas

Segundo a (CBF, 2021) toda bola deverá:

 Ser esférica;
 Ser feita de material adequado;
 Ter circunferência de 70 cm no máximo e de 68 cm no mínimo (27-
28 in);
 pesar no máximo 450 g (16 onças) e no mínimo 410 g (14 onças)
no começo do jogo;
 Ter pressão equivalente a 0,6 – 1,1 atmosferas (600 – 1100
g/cm2) ao nível do mar
Todas as bolas utilizadas em jogos disputados em competição oficial
organizada sob os auspícios da FIFA ou confederações devem conter um dos
seguintes logotipos:

FONTE:cdn.cbf.com.br

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Cada um destes logotipos ou referências indica que a bola foi testada
oficialmente e que satisfaz às especificações técnicas definidas, pois respeitam
as especificações mínimas estipuladas na Regra 2, que devem ser aprovadas
pelo IFAB. As instituições habilitadas a efetuar os testes em questão devem ser
aprovadas pela FIFA. (CBF, 2021).
Quando a tecnologia da linha de meta (TLM) é utilizada, as bolas com
tecnologia integrada devem possuir um dos logotipos acima referidos.
As federações nacionais de futebol podem exigir nas suas competições a
utilização de bolas que possuam um destes três logotipos.
Nos jogos disputados em competições da FIFA, das confederações ou
das federações nacionais de futebol, é proibida qualquer espécie de publicidade
comercial na bola. Somente o logotipo da competição, o nome do organizador
da competição e a marca do fabricante podem ser postos na bola. O regulamento
da competição pode impor restrições quanto ao tamanho e quantidade desses
emblemas. (CBF, 2021).

Substituição de bola defeituosa

Se a bola ficar defeituosa:

 O jogo será interrompido e;


 Reiniciado com execução de uma bola ao chão.

Se a bola ficar defeituosa antes ou no momento da execução de um tiro


de saída, tiro de meta, tiro de canto, tiro livre, tiro penal, tiro livre da marca penal
ou arremesso lateral, o jogo será reiniciado de acordo com a correspondente
regra.
Se a bola ficar defeituosa depois da execução, para frente, de um tiro
penal (pênalti) ou de um tiro livre da marca penal e antes de tocar em qualquer
jogador, no travessão ou nos postes da meta, o tiro será repetido.
A bola não pode ser substituída durante o jogo sem autorização do árbitro.

21
Bolas adicionais

Bolas adicionais podem ser colocadas em volta do campo para serem


utilizadas no decorrer do jogo, desde que satisfaçam às exigências estipuladas
na Regra 2, sendo sua utilização controlada pelo árbitro. (CBF, 2021).

4.3 Os Jogadores

Número de Jogadores

As partidas são disputadas por duas equipes compostas por no máximo


de 11 jogadores cada, um dos quais jogará como goleiro. Nenhum jogo
começará nem continuará se uma ou ambas as equipes tiverem menos de sete
jogadores. (CBF, 2021).
Se uma equipe ficar com menos de sete jogadores, porque um ou mais
jogadores abandonaram o campo de jogo deliberadamente, o árbitro não é
obrigado a interromper o jogo imediatamente, porque pode aplicar a regra da
vantagem, mas a partida não poderá ser reiniciada, após a bola sair de jogo, se
a equipe continuar sem o número mínimo de sete jogadores. (CBF, 2021).
Se o regulamento da competição determinar que os nomes de todos os
jogadores e dos substitutos devem ser relacionados antes do início da partida, e
se qualquer equipe começar o jogo com menos de 11 jogadores, somente os
jogadores e substitutos cujos nomes foram indicados na relação inicial poderão
completar a equipe e participar da partida quando chegarem. (CBF, 2021).

Número de substituições

- Competições oficiais:

22
O número máximo de substituições em competições oficiais é 05 (cinco)
e deve ser estabelecido pela FIFA, confederações e associações nacionais,
exceto para as competições das respectivas principais divisões de ambos os
gêneros (masculino e feminino), inclusive nas competições internacionais de
clubes, nas quais o número máximo de substituições é 03 (três). (CBF, 2021).

- Outros jogos

Em jogos de seleções nacionais “A” podem ser feitas no máximo seis


substituições. Em outros jogos é possível utilizar um número maior de
substituições, desde que:

 As equipes envolvidas cheguem a um acordo quanto ao número


máximo de substituições;
 O árbitro seja informado antes do início do jogo.

Se o árbitro não for informado, ou se as equipes não chegarem a um


acordo antes do início do jogo, não serão permitidas mais do que seis
substituições.

Procedimento de substituição

Os nomes dos substitutos devem ser comunicados ao árbitro antes do


início da partida. Um substituto não designado desta forma não pode participar
da partida. (CBF, 2021).
De acordo com a (CBF, 2021) a substituição de um jogador por um
substituto deve obedecer às seguintes condições:

 O árbitro deve ser informado antes da realização de qualquer


substituição;
 O jogador a ser substituído deve receber autorização do árbitro
para sair do campo de jogo, exceto se já houver saído;

23
 Deve sair pelo ponto mais próximo da linha delimitadora do campo,
salvo se o árbitro indicar que o jogador deve sair pela linha do meio
de campo ou por outro ponto (por razões de segurança ou por
lesão).
 O jogador a ser substituído deverá dirigir-se imediatamente para a
área técnica ou para o vestiário e não poderá participar do jogo
novamente, exceto nos casos em que as substituições ilimitadas
sejam permitidas;
 Se o jogador a ser substituído se recusar a deixar o campo de jogo,
o jogo deve continuar sem que a substituição seja realizada.

O substituto só pode entrar no campo de jogo:


 Durante uma paralisação da parida;
 Pela linha de meio de campo;
 Depois que o jogador a ser substituído houver saído do campo de
jogo;
 Após receber autorização do árbitro.

A substituição considera-se consumada no momento em que o substituto


entra no campo de jogo. A partir desse momento, o jogador que saiu passa a ser
um jogador substituído e o substituto passa a ser um jogador e pode participar
de qualquer reinício do jogo. Um substituto pode dar reinício ao jogo, mas antes
deve entrar no campo de jogo. (CBF, 2021).
Todos os jogadores substitutos, independentemente de jogarem, assim
como os substituídos, estão sujeitos à autoridade do árbitro. (CBF, 2021).

Troca de goleiro

Segundo a (CBF, 2021) qualquer jogador pode trocar de posição com o


goleiro desde que:

 O árbitro seja previamente informado da troca;

24
 A troca seja efetuada durante uma paralisação de jogo.

Infrações e sanções

Para a (CBF, 2021) se um substituto iniciar o jogo em lugar de um jogador


indicado para ser titular e o árbitro não for informado dessa mudança:

 O árbitro permite que o substituto continue em jogo;


 Nenhuma sanção disciplinar deve ser aplicada ao substituto;
 Um jogador designado pode tornar-se um substituto (vice-versa);
 O número de substituições não será reduzido;
 O árbitro deve registrar o fato para as autoridades competentes.

O procedimento de uma substituição durante o intervalo ou antes de uma


prorrogação deve ser completado antes da partida ser reiniciada. Se o árbitro
não for informado, o jogador substituto pode continuar a jogar e não deve sofrer
punição disciplinar. O fato deve ser informado no relatório às autoridades
competentes. (CBF, 2021).
Se um jogador trocar de posição com o goleiro sem sua autorização, o
árbitro:
 Permite que o jogo continue;
 Deve advertir ambos os jogadores com Cartão Amarelo, na
primeira oportunidade em que a bola estiver fora de jogo, a menos
que a substituição tenha ocorrido no intervalo da partida ou da
prorrogação ou mesmo antes da prorrogação ou da cobrança de
tiros livres da marca penal.

Por qualquer outra infração a esta regra:

 Os jogadores devem ser advertidos com Cartão Amarelo-CA;


 O jogo deve ser reiniciado com tiro livre indireto do local em que a
bola se encontrava no momento da interrupção do jogo.

25
Jogadores e substitutos expulsos

Um jogador ou substituto expulso:

 Antes de ser entregue a relação de jogadores não pode ser


relacionado;
 Depois de entregue a relação e antes do início do jogo pode ser
substituído por um substituto designado, sendo que este não pode
ser substituído; o número de substituições que a equipe pode
efetuar não é reduzido;
 Após o início do jogo não pode ser substituído.

Um substituto inscrito que seja expulso antes ou depois do tiro de saída


do jogo não pode ser substituído.

Pessoas extras no campo de jogo

O treinador e os outros oficiais de equipe relacionados (com exceção dos


jogadores e dos jogadores substitutos) são oficiais de equipe. Qualquer pessoa
que não conste da relação de uma equipe como jogador, jogador substituto ou
oficial de equipe é considerado como agente externo. (CBF, 2021).
Se um oficial de equipe, um substituto, um substituído, um jogador
expulso ou um agente externo entrar no campo de jogo, o árbitro deve:

 Interromper o jogo, mas apenas se houver interferência no jogo;


 Ordenar sua saída do campo de jogo na primeira paralisação do
jogo;
 Tomar as medidas disciplinares apropriadas.

Se o jogo for interrompido e a interferência for causada por:

26
 Um oficial de equipe, um substituto, um jogador substituído ou um
jogador expulso, o jogo deve ser reiniciado com um tiro livre direto
ou tiro penal (pênalti);
 Um agente externo, o jogo deve ser reiniciado com uma bola ao
chão. Se a bola estiver entrando na meta e a interferência não
impedir um jogador defensor de jogar a bola, o gol deve ser
marcado, se a bola entrar na meta, ainda que tenha havido contato
com a bola, salvo se a bola entrar na meta adversária.

Jogador fora do campo de jogo

Se, depois de ter deixado o campo de jogo com autorização do árbitro,


um jogador voltar ao campo de jogo sem sua autorização, o árbitro deve:

 Interromper o jogo (mas não imediatamente, se o jogador não


interferir no jogo ou se uma vantagem puder ser concedida);
 Advertir o jogador com Cartão Amarelo por ter entrado no campo
de jogo, sem a sua autorização;
 Ordenar a saída do jogador do campo de jogo.

Se o árbitro interromper o jogo, seu reinício deve ser:

 com um tiro livre direto, executado do local da interferência;


 Com um tiro livre indireto do local em que a bola se encontrava no
momento da interrupção, se não houver interferência.

Se um jogador ultrapassar uma das linhas limítrofes do campo de jogo em


razão de um movimento do jogo não comete qualquer infração. (CBF, 2021).

Gol marcado com pessoa extra no campo de jogo

27
A CBF, 2021 diz que se após a marcação de um gol e antes de o jogo ser
reiniciado, o árbitro perceber que uma pessoa extra se encontrava dentro do
campo de jogo no momento em que o gol foi marcado:
O árbitro deve invalidar o gol se a pessoa extra era:

 Jogador, jogador substituto, jogador substituído ou jogador expulso


ou oficial da equipe que marcou o gol. O jogo deve ser reiniciado
com um tiro livre direto, executado do local em que a pessoa extra
estava;
 Agente externo que interferiu no jogo, a menos que o gol haja sido
marcado de acordo com a situação descrita em “pessoas extras no
campo de jogo”. O jogo deve ser reiniciado com bola ao chão.

O árbitro deve validar o gol se a pessoa extra era:

 Um jogador, um jogador substituto, um jogador substituído, um


jogador expulso ou oficial da equipe que sofreu o gol;
 Um agente externo que não interferiu no jogo.

Em todos os casos, o árbitro deve ordenar a saída da pessoa extra do


campo de jogo. ((CBF, 2021).
Se, após a marcação de um gol e após o jogo haver sido reiniciado o
árbitro perceber que uma pessoa extra estava em campo no momento em que o
gol foi marcado, o gol não pode ser invalidado. (CBF, 2021).
Se a pessoa extra ainda continuar no campo de jogo, o árbitro deve:

 Interromper o jogo;
 Ordenar a saída da pessoa extra;
 Reiniciar o jogo com uma bola ao chão ou com um tiro livre,
conforme seja apropriado.

O árbitro deve informar este fato às autoridades competentes.

28
Capitão de equipe

O capitão de uma equipe não desfruta de qualquer privilégio, mas tem um


certo grau de responsabilidade pela conduta de sua equipe. (CBF, 2021).

4.4 O Equipamento dos Jogadores

Segundo a CBF, 2021 o equipamento obrigatório do jogador compõe-se


das seguintes peças separadas:
• camiseta com mangas;
• calções;
• meias – se for usada fita adesiva ou qualquer material na parte exterior
das meias, deve ser da mesma cor da parte da meia em que é aplicada ou que
cobre;
• caneleiras – devem ser feitas de material apropriado, de modo a garantir
uma proteção razoável e devem ser cobertas pelas meias;
• calçado.

Se um jogador perder acidentalmente o calçado ou uma caneleira, deve


recompor o equipamento logo que possível e, o mais tardar, na primeira
paralisação do jogo; se, antes de o fazer, jogar a bola e/ou marcar um gol, o gol
é válido.
Equipamentos de proteção não perigosos, tais como, protetores de
cabeça, máscaras faciais, joelheiras e cotoveleiras, feitos de materiais
maleáveis, leves e acolchoados, assim como bonés de goleiros e óculos
desportivos, são autorizados.
Não é permitido aos jogadores (inclusive os substitutos, substituídos e
expulsos) usar quaisquer equipamentos eletrônicos ou sistemas de
comunicação (exceto onde os EPTS forem permitidos)
O oficial de equipe que usar equipamentos não autorizados ou que utilizar
os permitidos de modo inadequado deve ser expulso.

29
4.5 O Árbitro

O jogo é disputado sob o controle de um árbitro, que tem total autoridade


para cumprir as regras do jogo. (CBF, 2021).
Equipamento obrigatório:

• Apito(s);
• Relógio(s);
• Cartões vermelhos e amarelos;
• Bloco de notas (ou outro meio de registrar as ocorrências do jogo).

4.6 A duração do Jogo

O jogo terá duração de dois períodos iguais de 45 minutos cada, que só


poderão ser reduzidos se houver acordo entre o árbitro e as duas equipes, antes
do seu início e desde que haja previsão no regulamento da competição. (CBF,
2021).
Os jogadores têm direito a um intervalo entre os dois períodos, que não
deve exceder 15 minutos. É permitida uma pequena parada para hidratação no
intervalo da prorrogação (não excedente de um minuto). O regulamento da
competição deve definir claramente a duração desse intervalo, que só pode ser
modificado com permissão do árbitro. (CBF, 2021).
Cada período deve ser acrescido do tempo perdido, em razão de:

• substituições;
• avaliação de lesões ou transporte de jogadores para fora do campo de
jogo; • perdas de tempo;
• sanções disciplinares;
• paradas por motivo médico autorizadas no regulamento da competição,
ou seja, pausas para drinques, hidratação (não excedente de um minuto) e as

30
pausas para resfriamento (com tempo entre noventa (90) segundos e três (03)
minutos);
• períodos usados nas checagens e revisões do AAV (VAR);
• qualquer atraso significativo para o reinício do jogo (exemplo: celebração
de gols).

O quarto árbitro deve indicar o tempo adicional mínimo decidido pelo


árbitro no final do último minuto de cada período de jogo. O tempo adicional pode
ser aumentado pelo árbitro, mas não reduzido. (CBF, 2021).

4.7 O Início e o Reinício do Jogo

O jogo começará com um tiro inicial (saída) no começo de cada um dos


períodos, inclusive das prorrogações e depois que um gol for marcado. Os tiros
livres (diretos e indiretos), pênaltis, arremessos laterais, tiros de meta e tiros de
canto são também formas de reiniciar o jogo (regras 13 a 17). A bola ao chão é
uma forma de reinício do jogo, quando o árbitro o paralisa sem que haja previsão
de seu reinício de uma das formas acima. (CBF, 2021).
As infrações cometidas com a bola fora de jogo não alteram a forma do
seu reinício.

4.8 A Bola em Jogo e fora de Jogo

A bola estará fora de jogo quando:

• transpuser completamente uma linha de meta ou lateral, quer pelo chão


ou pelo alto;
• o jogo for interrompido pelo árbitro;
• tocar em um oficial de arbitragem, permanecer no campo de jogo e:

31
- Uma equipe iniciar um ataque prometedor;
- A bola entrar diretamente em uma das metas; ou
- A posse da bola passar para a outra equipe.

Em todos os casos acima, o jogo será reiniciado com uma bola ao chão.

A bola estará em jogo em todas as demais situações, inclusive quando


tocar em um oficial de arbitragem, nos postes e nos travessões das metas ou
nos mastros de tiro de canto, desde que permaneça no campo de jogo. (CBF,
2021).

4.9 Impedimento

Estar em posição de impedimento não constitui infração. (CBF, 2021).


Um jogador estará em posição de impedimento quando:

• qualquer parte de sua cabeça, corpo ou dos pés estiver na metade do


campo adversário (excluída a linha de meio de campo).
• qualquer parte de sua cabeça, corpo ou dos pés estiver mais próximo da
linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário.

As mãos e os braços dos jogadores, inclusive dos goleiros, não são


considerados.
Um jogador em posição de impedimento no momento em que a bola for
jogada ou tocada por um companheiro de equipe (o momento do primeiro ponto
de contato com a bola, ao ser tocada ou jogada, é que deve ser considerado) só
deve ser punido se participar ativamente do jogo:
• Interferindo no jogo ao jogar ou tocar na bola, passada ou tocada por um
companheiro; ou
• Interferindo em um adversário de uma das seguintes maneiras:
- Impedindo um adversário de jogar ou de poder jogar a bola ao
obstruir claramente sua linha de visão;

32
- Disputando a bola com o adversário;
- Tentando claramente jogar a bola que se encontre próxima de si
e quando essa ação causar impacto no adversário;
- Praticando uma ação óbvia que tenha impacto claro na
possibilidade de o adversário jogar a bola.
• Ganhando vantagem da posição de impedimento por jogar a bola ou
interferir em um adversário, quando a bola haja sido:
- Rebotada ou desviada em um dos postes ou no travessão da
meta, em um oficial de arbitragem ou em um adversário;
- Jogada por um adversário para fazer uma “defesa deliberada”.

4.10 Faltas e Incorreções

Os tiros livres, diretos, indiretos e pênaltis só podem ser marcados por


faltas e infrações cometidas quando a bola estiver em jogo. (CBF, 2021).

4.11 Tiros Livres

Os tiros livres são direto e indireto e são concedidos a favor da equipe


adversária do jogador, do jogador substituto, do jogador substituído, do jogador
expulso ou o do oficial da equipe que cometer a falta ou infração. (CBF, 2021).
A CBF, 2021 diz que todos os tiros livres devem ser executados do local
onde a infração for cometida, exceto nas seguintes situações:
• os tiros livres indiretos, a favor da equipe atacante cometidos na área de
meta da equipe adversária, são executados do ponto mais próximo da linha da
área de meta, paralela à linha de meta;
• os tiros livres a favor da equipe defensora, cometidos em sua área de
meta, podem ser executados de qualquer ponto dessa área de meta;
• os tiros livres por infrações decorrentes de um jogador entrar, regressar
ou sair do campo de jogo sem autorização do árbitro devem ser executados do
local onde a bola se encontrar quando o jogo for interrompido. Contudo, se um

33
jogador deixar o campo em razão de uma ação de jogo e cometer uma infração
fora do campo de jogo, o jogo será reiniciado com um tiro livre, a ser executado
sobre a linha limítrofe do campo, do ponto mais próximo do local onde a infração
for cometida; nas infrações punidas com tiro livre direto, um tiro penal será
marcado se a infração for cometida nos limites da área de pênalti do jogador
infrator;
• A regra também determina outros pontos para execução dos tiros livres.

4.12 Tiro Penal (Pênalti)

Um tiro penal será marcado se um jogador cometer uma infração punível


com tiro livre direto dentro de sua própria área penal ou mesmo fora do campo
de jogo, em razão de uma saída de campo como parte do jogo. (CBF, 2021).
Um gol pode ser marcado diretamente de um pênalti.

4.13 O Arremesso Lateral

Um arremesso lateral será concedido a favor da equipe adversária do


jogador que tocar por último na bola antes de sair totalmente do campo pela linha
lateral, pelo chão ou pelo alto. (CBF, 2021).
Não pode ser marcado um gol diretamente de um arremesso lateral:

• se a bola entrar na meta adversária – será marcado o tiro de meta;


• se a bola entrar na meta do executante – será marcado tiro de canto.

4.14 O Tiro de Meta

Um tiro de meta será marcado quando a bola ultrapassar completamente


a linha de meta, pelo chão ou pelo alto, depois de ser tocada por último em um
jogador da equipe atacante, sem que um gol haja sido marcado. (CBF, 2021).

34
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de meta, mas somente
contra a equipe adversária; se a bola entrar diretamente na meta do executante,
será marcado um tiro de canto a favor da equipe adversária.

4.15 O Tiro de Canto

Um tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar completamente


a linha de meta, pelo chão ou pelo alto, e tocada por último em um jogador da
equipe defensora, sem que um gol haja sido marcado. (CBF, 2021).
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de canto, mas somente contra
a equipe adversária; se a bola entrar diretamente na meta do executante, será
marcado tiro de canto a favor da equipe adversária. (CBF, 2021).

5 AS REGRAS DO FUTSAL

As primeiras regras do futebol de salão foram criadas pela FIFUSA, que


organizava as competições da modalidade inicialmente. Mas, com o surgimento
do Futsal sob a chancela da FIFA, alterações importantes foram realizadas.
(CARVALHO FILHO, 2017)
Atualmente, o Futsal possui o mesmo número de regra do Futebol, com
características equivalentes. Por exemplo, a regra número 1 no Futebol trata do
campo de jogo; no Futsal, da quadra de jogo. A regra 2 de ambas as modalidades
se refere à bola, e assim por diante. (CARVALHO FILHO, 2017)

5.1 Quadra de Jogo

Para as competições nacionais nas categorias masculinas adulto e Sub-


20, a quadra de jogo terá medidas de no mínimo 38 metros de comprimento por
18 metros de largura, com área de escape de no mínimo 1,5 metro. No entanto,

35
para as Ligas Futsal masculina e feminina, essas medidas serão definidas nos
regulamentos das competições. (CARVALHO FILHO, 2017)
Para os certames nacionais nas categorias femininas adulto, Sub-20,
Sub-17 e Sub-15, bem como nas categorias Sub-17 e Sub-15 masculinas, a
quadra de jogo terá medidas de no mínimo 36 metros de comprimento por 18
metros de largura, com área de escape de no mínimo 1,5 metro.
Nas competições estaduais, as dimensões das quadras poderão ser
regulamentadas pelas Federações locais. Já nas partidas internacionais a
quadra de jogo deverá ter um comprimento mínimo de 38 metros e máximo de
42 metros, com a largura mínima de 20 metros e a máxima de 25 metros.
(CARVALHO FILHO, 2017)

5.2 A Bola

A bola é esférica, o invólucro de couro macio ou de outro material


aprovado. Deve estar calibrada conforme especificação do fabricante, entre 06
(seis) e 09 (nove) libras. Quando largadas a uma altura de 02 (dois) metros deve
subir a uma altura de 50 (cinquenta) a 65 (sessenta e cinco) centímetros.
Referências das bolas usadas nas competições nacionais. A bola oficial das
competições nacionais sempre é definida pela CBFS. (CBFS, 2021)

36
Fonte: federacaopaulistadefutsal.com.br

5.3 Número de Jogadores

O jogo é disputado entre duas equipes compostas, cada uma, por no


máximo 05 (cinco) jogadores, um dos quais é o goleiro. O jogo não será iniciado
ou continuado se uma ou ambas as equipes tiverem menos de 03 (três)
jogadores. (CBFS, 2021)
Em todos os jogos os jogadores e membros das comissões técnicas, que
forem relacionados em súmula, antes do início do jogo, podem chegar a qualquer
momento apresentar seu documento e participar do mesmo. Os jogadores e
membros das comissões técnicas, que não forem relacionados antes do início
do jogo, não podem participar do jogo. (CBFS, 2021).
Um número ilimitado de substituições será permitido durante o jogo. Em
competições oficiais patrocinadas pela FIFA, Confederações ou Federações,
podem ser utilizados no máximo 09 (nove) substitutos. O regulamento da
competição deve estipular a quantidade de jogadores. (CBFS, 2021).

37
Se os árbitros não tiverem sido informados ou um acordo não for
alcançado antes do início do jogo, não serão permitidos mais de 10 (dez)
substitutos. (CBFS, 2021).
As substituições poderão ser realizadas com a bola em jogo ou fora de
jogo. Para substituir um jogador, devem ser observadas as seguintes condições
ou disposições: (CBFS, 2021).

a) O jogador deve sair da quadra de jogo pela zona de substituição de


sua própria equipe, salvo nos casos excepcionais previstos na regra;
b) O jogador a ser substituído não precisa da autorização de nenhum
dos árbitros para sair da quadra de jogo;
c) Os árbitros não precisam autorizar a entrada do jogador substituto;
d) O jogador substituto não pode entrar na quadra de jogo até que o
jogador a ser substituído abandone a quadra de jogo;
e) O substituto deve entrar na quadra de jogo através da zona de
substituição de sua própria equipe;
f) Uma substituição completa-se quando um substituto entra na quadra
de jogo pela zona de substituição de sua própria equipe, após
entregar seu colete nas mãos do jogador substituído, exceto se este
tiver que sair da quadra de jogo por outro local autorizado por um dos
árbitros, devendo neste caso entregar o colete ao 3º árbitro/anotador
ou a um membro da comissão técnica;
g) Neste momento o substituto passa ser jogador e o substituído passa
ser reserva;
h) Em certas circunstâncias, o substituto pode ter sua entrada negada,
por estar com o seu uniforme ou equipamento em desacordo com as
disposições da regra ou regulamento;
i) O jogador reserva que não completou o procedimento de substituição
corretamente não pode reiniciar o jogo com tiro lateral, tiro penal, tiro
livre, tiro de canto, arremesso de meta, etc. Ou executar qualquer
cobrança antes de entrar na quadra;
j) O jogador substituído pode voltar a participar do jogo;
k) Todos os jogadores reservas estão submetidos à autoridade e
jurisdição dos árbitros, independente de terem participado ou não do
jogo;
l) Os árbitros devem coibir as substituições feitas tentando ludibriar a
própria arbitragem e a equipe adversária. Caso aconteça deve aplicar
cartão amarelo ao infrator e reiniciar o jogo com tiro livre indireto se a
bola estiver em jogo a favor da equipe adversária. Em todos os casos
sempre deve ser aplicada a lei da vantagem;
m) Se for realizada uma substituição durante o intervalo de jogo, ou
antes, de qualquer dos períodos suplementares, o substituto deve
entrar pela zona de substituição informando antes ao terceiro
árbitro/anotador;
n) O colete não pode ser lançado, arremessado ou atirado para o
companheiro, caso isso aconteça o jogador infrator deve ser punido

38
com cartão amarelo. O jogo é reiniciado com a cobrança de um tiro
livre indireto observando sempre a lei da vantagem;
o) Não é permitido realizar substituições durante o pedido de tempo
técnico. Após o sinal informando o término do tempo técnico, os
jogadores devem retornar para dentro da quadra e após fazerem as
substituições;
p) Não permitir que os jogadores reservas fiquem próximos das metas,
repondo a bola ao goleiro de sua equipe.

5.4 Equipamento dos Jogadores

Os jogadores não podem utilizar nenhum equipamento ou objeto que seja


perigoso a eles ou aos demais jogadores, inclusive qualquer tipo de joia.
(CARVALHO FILHO, 2017)

Camisa de manga curta ou longa sem botões ou zíper. O capitão de cada


equipe deve usar uma braçadeira em um dos braços para identificação. Os
jogadores podem se apresentar alguns usando manga curta e outros usando
manga longa, calção curto, o goleiro pode usar calça de agasalho sem zíper,
meiões. Se utilizarem fitas adesivas ou material similar na parte externa, esta
deve ser da mesma cor dos meiões na parte que é usada. (CBFS, 2021).

As caneleiras deverão estar completamente cobertas pelos meiões e


confeccionadas em material apropriado que ofereça proteção ao jogador
(borracha, plástico, poliuretano ou material similar). O tênis deve ser
confeccionado com lona, pelica ou couro macio, com solado e revestimento
lateral de borracha ou material similar. (CARVALHO FILHO, 2017)
Quando um jogador perder acidentalmente alguma peça de seu
equipamento na disputa da bola, os árbitros devem permitir que o jogador
conclua a jogada até ficar sem a posse da bola, não sendo permitido recebe-la
de volta até recompor seu equipamento. Se o jogador receber essa bola de volta,
será penalizado com um Tiro Livre Indireto sem aplicação de cartão . (CBFS,
2021).

39
5.5 Os Árbitros

As partidas serão controladas por dois árbitros (árbitro principal e árbitro


auxiliar), que terão plenos poderes para fazer cumprir as Regras de Jogo de
Futsal. (CBFS, 2021).
No caso de interferência indevida ou conduta incorreta do árbitro auxiliar
ou de outros membros da equipe de arbitragem, o árbitro principal dispensa seus
serviços, providencia sua substituição e informa as autoridades competentes.
(CBFS, 2021).
Os árbitros poderão modificar uma decisão unicamente quando se derem
conta de que tomaram uma decisão incorreta desde que não tenham reiniciado
ou, dependendo do caso, terminado a partida. (CBFS, 2021).

5.6 Árbitro/Anotador e Cronometrista

Ainda de acordo com (CBFS, 2021). No futsal dois árbitros assistentes


podem ser nomeados, um 3º árbitro/anotador e um cronometrista, que deve
desempenhar suas funções de acordo com as Leis do Jogo de Futsal. Eles estão
posicionados fora da quadra de jogo, na altura da linha divisória e no mesmo
lado das zonas de substituição. O cronometrista deve permanecer sentado junto
a mesa de anotações, enquanto o 3º árbitro/anotador pode desempenhar suas
funções sentado ou em pé.
O 3º árbitro/anotador e o cronometrista devem ter um cronômetro manual,
plaquetas para indicação das faltas acumulativas, bandeirolas vermelhas para
indicar a equipe que está com cinco faltas e súmula para registrar todas as
ocorrências do jogo. (CBFS, 2021).
No local terão à disposição uma mesa com cadeiras para poderem
exercer corretamente suas funções. (CBFS, 2021).

5.7 Duração da Partida

Segundo (CBFS, 2021). O tempo de duração de um jogo é cronometrado,


dividido em dois períodos iguais, tanto no masculino como no feminino.
40
Considerando a menor resistência do organismo em formação e não poder exigir
de jogadores de reduzida idade um excessivo esforço físico, os tempos de
duração dos jogos serão os seguintes:
• Para a categoria Adulta, Sub-20 e Sub-17, serão de 40 (quarenta)
minutos, divididos em dois tempos de 20 (vinte) minutos;
•.Para a categoria Sub-13 e Sub-11 é de 30 (trinta) minutos, dividido em
dois tempos de 15 (quinze) minutos;

• Para a categoria Sub-09 e Sub-07 é de 26 (vinte e seis) minutos,


dividido em dois tempos de 13 (treze) minutos;

• Para as outras categorias, faixas etárias menores, as entidades


estaduais deverão determinar ou homologar a fixação de tempo especial de
duração da partida.

5.8 Bola de Saída

No início da partida, a escolha de lado ou saída de bola será decidida por


meio de sorteio procedido pelo árbitro principal. A equipe vencedora do sorteio
escolherá a meia quadra onde irá iniciar jogando, e a equipe perdedora terá o
direito à bola de saída do jogo. (CBFS, 2021).

Todos os jogadores, exceto o que vai executar o tiro de saída, devem


estar em sua meia quadra de jogo. Os jogadores adversários devem ficar a
uma distância mínima de 03 (três) metros da bola até que a mesma seja
chutada e se mova com clareza. (CBFS, 2021).

A bola estará em jogo assim que seja chutada com o pé e se mova com
clareza em qualquer direção. Se a bola de saída o jogador chutar diretamente
na meta adversária tocando ou não em algum jogador e entrar na meta o gol é
válido. Se chutar em direção a própria meta e a bola entrar diretamente o gol
não é válido e reinicia o jogo com tiro de canto em favor da equipe adversária.
(CBFS, 2021).

Para a bola de saída não se conta os 04 (quatro) segundos. Se o


jogador demorar um tempo considerável, o árbitro adverte verbalmente e na
reincidência aplica cartão amarelo. (CBFS, 2021).

41
5.9 Bola em Jogo e Fora de Jogo

Segundo (CBFS, 2021) em uma partida de Futsal, podemos considerar


que a bola estará fora de jogo quando:

• Atravessar completamente, quer pelo solo, quer pelo alto, as linhas laterais
ou de meta;
• O jogo for interrompido pelo árbitro;
• A bola bater no teto ou em equipamentos de outros desportos colocados
nos limites da quadra de jogo, o jogo é reiniciado com a cobrança de tiro
lateral a favor da equipe adversária à do jogador que desferiu o chute, na
direção e do lado onde a bola bateu.

Da mesma forma, se considera que a bola não está em jogo se tocar


em um membro da equipe de arbitragem, permanece dentro da quadra e
além disso:

• Uma das equipes inicia um ataque promissor;


• A bola entra diretamente para a meta;
• A equipe perde a posse da bola.

Nestes três casos a cima, em que a bola toca em um membro da


equipe de arbitragem, o jogo será paralisado e reiniciado com bola ao
chão.

Já a bola que está em jogo nas demais situações, inclusive se entrar


em contato com um membro da equipe de arbitragem ou tocar em um dos
postes ou travessão e permanecer na quadra de jogo. (CBFS, 2021).

5.10 Contagem de Gols

No Futsal, se um jogador, ao cobrar um tiro de canto, tiro lateral ou tiro


livre direto ou indireto, retardar a bola para a própria meta e ela penetrar
diretamente, o gol não será válido: será tiro de canto. Se tocar em qualquer
jogador, inclusive o goleiro, o gol será válido. (CBFS, 2021)

Se o goleiro lançar a bola com as mãos e entrar diretamente no gol


adversário, o gol não será válido e o jogo será reiniciado através de um
arremesso de meta. Se neste lançamento a bola raspar ou tocar em qualquer
jogador e entrar na meta, o gol será válido. (CBFS, 2021)

42
Se ao segurar ou arremessar a bola, estando ela em jogo, o goleiro
permitir que a bola entre e ultrapasse inteiramente a sua própria linha de meta,
entre os postes e sob o travessão de meta, o gol é válido, o árbitro valida como
gol contra. (CBFS, 2021)

Se não foi gol um dos árbitros assinalar um gol e a bola não ultrapassou
totalmente a linha de meta entre os postes e o travessão e imediatamente
percebe seu erro, o gol é anulado e o jogo será reiniciado com bola ao chão.
(CBFS, 2021)

5.11 Impedimento

No livro oficial de regras, seja da FIFA, entidade que organiza o Futsal em


nível internacional, ou da CBFS (Confederação Brasileira de Futsal de Salão),
constam os seguintes dizeres: “Não existe impedimento no Futsal”. (CBFS,
2021).

5.12 Faltas e Incorreções

As faltas e incorreções serão penalizadas no Futsal com os chamados


Tiro Livre Direto ou Tiro Livre Indireto em diferentes situações de jogo expostas
na regra oficial da modalidade. (CBFS, 2021).
De acordo com a CBFS 2021 será concedido, também, um tiro livre
indireto em favor da equipe adversária quando o goleiro cometer uma das
seguintes infrações:
• Controla a bola com as mãos dentro de sua área penal ou fica de posse
em sua meia quadra de jogo por mais de 4 (quatro) segundos;
• Após haver tocado na bola em qualquer parte da quadra, volta a tocar
nela em sua meia quadra quando jogada intencionalmente por um companheiro
de equipe, sem que a bola tenha sido jogada ou tocada por um adversário;
• Tocar ou controlar a bola com suas mãos, dentro de sua área penal,
depois que um jogador de sua equipe tenha passado a bola deliberadamente
com o pé;

43
• Tocar ou controlar a bola com as mãos dentro de sua área penal, vinda
diretamente de um tiro lateral, de canto, direto e indireto, cobrado por um
companheiro;
• O ato de receber a bola uma segunda vez de um companheiro na
quadra adversária e conduzi-la para sua meia quadra é considerada como
segunda devolução sendo punida com tiro livre indireto. Na quadra de ataque
pode receber normalmente a bola;

• Se o goleiro defender a bola parcialmente, não será considerado como


primeiro toque e o companheiro poderá devolver ao goleiro, sem que tenha sido
jogada ou tocada em um atleta adversário.

A equipe infratora será punida com a cobrança de um tiro livre direto a ser
executado pelo adversário no local onde ocorreu a infração quando cometida
fora da área penal do infrator. Se cometida dentro da área penal do infrator é
marcado um tiro penal. Será também anotada em súmula como uma falta
acumulativa. (CBFS, 2021).

5.13 Tiros Livres

Os tiros livres no Futsal podem ser diretos e indiretos.


Um dos árbitros sinalizará um tiro livre direto, levantando um dos braços
na horizontal, indicando a direção em que deve ser cobrado, e o outro braço em
quarenta e cinco graus em direção à quadra de maneira que fique bem claro ao
3º árbitro/anotador e cronometrista que se trata de uma falta acumulativa.
(CARVALHO FILHO, 2017)
Através do tiro livre direto, se pode consignar diretamente um gol contra
a equipe que cometeu a infração. No entanto, se um jogador chuta a bola em
direção à própria meta e a mesma entra nela diretamente, o gol não será válido.
Será cobrado tiro de canto em favor da equipe adversária. Se a bola tocar em
qualquer jogador, inclusive o goleiro, e entrar, o gol será válido. (CARVALHO
FILHO, 2017)

44
A cobrança de um tiro penal deve ser feita da marca penal, cobrada
obrigatoriamente para frente, com a bola entrando em jogo tão logo seja
movimentada. (CARVALHO FILHO, 2017)
Um tiro livre direto sem barreira deve ser cobrado para frente com
intenção de chutar em direção à meta, não podendo a bola, em sua trajetória,
ser tocada por outro jogador da sua equipe.
Na súmula do jogo, devem ser registradas as cinco primeiras faltas de tiro
livre direto (faltas acumulativas) de cada equipe em cada período de jogo.
(CARVALHO FILHO, 2017)
Se o jogador cometer uma falta para tiro direto da sexta falta em diante,
na meia quadra adversária ou em sua meia quadra, no espaço que corresponde
à linha do meio da quadra e a uma linha imaginária ligando as linhas laterais e
passando pelo segundo ponto penal, essa cobrança deve ser da marca do
segundo ponto penal. (CARVALHO FILHO, 2017)
Se o jogador cometer uma falta para tiro direto da sexta falta em diante,
na sua meia quadra de jogo, no espaço que corresponde a uma linha imaginária
ligando as linhas laterais e passando pelo segundo ponto penal até a linha de
meta e fora da área penal, a equipe atacante decidirá se cobra do local onde
ocorreu a infração ou na marca do segundo ponto penal. (CARVALHO FILHO,
2017)

5.14 Tiro Penal

Será concedido um tiro penal contra a equipe que cometer uma das
infrações sancionadas com um tiro livre direto, dentro de sua área penal, quando
a bola está em jogo. Poderá ser marcado um gol diretamente de tiro penal.
(CBFS, 2021).
Será concedido tempo adicional para a execução de um tiro penal no final
de cada período ou no final dos períodos do tempo suplementar.

O goleiro defensor deve estar sobre a linha de meta, de frente para o


executor do tiro e entre os postes de meta até que a bola seja chutada e esteja
em jogo (CBFS, 2021).

45
Antes da cobrança de um tiro penal, o árbitro que vai para o fundo de
quadra, orienta o goleiro que só pode movimentar-se lateralmente, ou seja, em
cima da linha de meta, não pode adiantar-se enquanto a bola não for
movimentada. O outro árbitro deve afastar os jogadores a 05 (cinco) metros da
bola e atrás da linha imaginária da bola e não permitir a invasão de jogadores.
Caso ocorra a invasão antes da bola ser movimentada, o infrator ou infratores
devem ser punidos de acordo com a regra. (CBFS, 2021).

5.15 Tiro Lateral

O chamado tiro lateral será cobrado sempre que a bola atravessar


inteiramente as linhas laterais, quer pelo solo, quer pelo alto, ou tocar no teto.
(CARVALHO FILHO, 2017).
O retorno da bola à quadra de jogo dar-se-á com a movimentação da
mesma, com o uso dos pés, sendo a bola colocada no local onde a mesma saiu,
podendo ser jogada em qualquer direção, trabalho executado por um jogador
adversário daquela equipe que tocou a bola por último. (CARVALHO FILHO,
2017).
O jogador, no momento em que executar o tiro lateral, deverá fazê-lo com
uma parte de um dos pés sobre a linha lateral ou na parte externa da quadra de
jogo. Não pode estar com o pé totalmente dentro da quadra. (CARVALHO
FILHO, 2017).
O jogador que executar o tiro lateral não poderá tocar uma segunda vez
na bola enquanto outro jogador não tocar na mesma. Se tocar com a mão, será
penalizado com tiro direto, e se tocar com qualquer outra parte do corpo, será
tiro indireto.
Se um jogador executar o tiro lateral contra a própria meta, e a bola tocar
ou for tocada por qualquer jogador e penetrar na meta, o gol será válido. Se
penetrar na meta diretamente, o gol não será válido. Será cobrado tiro de canto
em favor da equipe adversária. (CARVALHO FILHO, 2017)
Se um jogador executar o tiro lateral contra a meta adversária, e a bola
tocar ou for tocada por qualquer jogador e penetrar na meta, o gol será válido.
Se penetrar na meta diretamente, o gol não será válido. Será cobrado arremesso
de meta em favor da equipe adversária.

46
Na execução do tiro lateral, a bola deverá estar apoiada no solo, ser
colocada na direção onde saiu, estar imóvel ou podendo mover-se levemente,
colocada sobre a linha lateral ou no máximo 25 (vinte e cinco) centímetros para
fora da linha. (CARVALHO FILHO, 2017)

5.16 Arremesso de Meta

Será considerado no Futsal arremesso de meta sempre que a bola


atravessar inteiramente a linha de meta pelo alto ou pelo solo, excluída a parte
compreendida entre os postes e sob o travessão de meta, após ter sido tocada
ou jogada pela última vez por jogador da equipe atacante. (CBFS, 2021).

A execução do arremesso de meta será realizada exclusivamente pelo


goleiro, com o uso das mãos, a execução do arremesso de meta é realizado
exclusivamente pelo goleiro, com o uso das mãos, lançando ou deixando cair
de qualquer ponto da área de meta. (CBFS, 2021).

Quando da execução de um arremesso de meta, os jogadores adversários


devem permanecer fora da área penal até que o arremesso seja executado. Se
o goleiro lançar rapidamente a bola, pode fazê-lo mesmo com jogadores
adversários dentro da área penal, desde que não atrapalhem o lançamento.
(CBFS, 2021).

5.17 Tiro de Canto

No Futsal, o tiro de canto se dá sempre que a bola ultrapassar


inteiramente a linha da meta, excluída a parte compreendida entre os postes e
sob o travessão de meta, quer pelo solo, quer pelo alto, após ter sido jogada ou
tocada pela última vez por um jogador defensor. (CBFS, 2021).
Poderá ser feito um gol diretamente de um tiro de canto somente contra a
equipe adversária. Se um jogador executar o tiro de canto contra a meta da
equipe adversária e a bola transpor inteiramente a linha de meta entre os postes
de meta e sob o travessão, tocando ou não em qualquer jogador, o gol é válido .
(CBFS, 2021).

47
Se um jogador chutar a bola contra a própria meta e a bola penetrar na
mesma diretamente, o gol não será válido. O árbitro determinará que a partida
seja reiniciada com a cobrança de tiro de canto a favor da equipe adversária. Se
a bola tocar em qualquer jogador e penetrar na meta, o gol será válido. (CBFS,
2021).
Se o jogador executar o tiro de canto com a bola fora do quadrante, o
árbitro manda repetir a cobrança e reinicia a contagem dos 04 (quatro) segundos
a partir dos segundos que já tinham passado após a primeira autorização, até
que seja cobrado corretamente ou ultrapasse os 04 (quatro) segundos. (CBFS,
2021).
Se um jogador chutar a bola no tiro de canto contra sua própria meta e a
bola penetrar na mesma diretamente, o gol não é válido. O árbitro determina que
o jogo seja reiniciado com a cobrança de tiro de canto a favor da equipe
adversária. Se a bola tocar em qualquer jogador e penetrar na meta, o gol é
válido. (CBFS, 2021).

6 MÉTODOS DE ENSINO NO FUTEBOL E FUTSAL

O conceito de método pode ser entendido como um caminho a ser


seguido para se atingir um determinado fim, objetivo. O método ideal é aquele
que motiva e estimula o aluno a aprender, sendo assim um elemento que facilite
o processo de aprendizagem por parte dos alunos. (CARVALHO FILHO, 2017)
Os métodos escolhidos devem variar de acordo com os objetivos
almejados. Seja qual for objetivo, é preciso escolher o método correto. Dentro do
processo ensino-aprendizagem, somente procedimentos de ensino adequados
à capacidade e realidade do aluno é que o estimularão e proporcionarão prazer,
alegria e motivação. (CARVALHO FILHO, 2017)
Atualmente, dois princípios ou eixos norteiam a metodologia do ensino
dos jogos esportivos, incluindo o Futebol e o Futsal:

• Analítico-sintético;
• Global-funcional.

48
No eixo analítico-sintético, o processo ensino-aprendizagem é realizado
em partes, em etapas, sendo baseado no ensino técnico e na repetição de
movimentos. (CARVALHO FILHO, 2017)
A ênfase principal da aula está na execução perfeita de técnicas pré-
estabelecidas. Para Greco (2001, p. 49), “o aluno conhece, em primeiro lugar,
os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada
fundamento técnico” (p. 78). Na medida em que o aluno domina melhor cada
exercício, passa a praticar uma nova sequência. (Apud CARVALHO FILHO,
2017)
O eixo é conhecido como “série de exercícios” que são regidos por
princípios metodológicos, tais como: do conhecido ao desconhecido (das partes
ao todo), do mais fácil para o mais difícil (diminuição gradativa da ajuda), do
simples para o complexo, do mais lento para o mais rápido etc. (CARVALHO
FILHO, 2017)
À medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, passa-se
a praticar uma nova sequência. Nesse princípio, corre-se o risco de usar o
mesmo tipo de aula/treino para alunos/atletas com perfis diferentes, podendo
causar danos para a formação dos mesmos. Os alunos, muitas vezes, se tornam
exímios executores de exercícios, porém possuem pouca familiarização com
reais situações de jogo. (CARVALHO FILHO, 2017)
Já no eixo global-funcional, a ideia principal é a formação de alunos
capazes de resolver problemas dentro de situações reais de jogo.
A metodologia acontece de forma progressiva através de atividades
lúdicas, jogos pré-desportivos (jogos com algumas alterações em suas regras,
utilização de formas de jogo menos complexas cujas regras vão sendo
introduzidas aos poucos) e reduzidos, fazendo com que o aluno aprenda a
técnica da modalidade juntamente com conceitos táticos necessários para o
desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas ocorrentes durante
o jogo. (CARVALHO FILHO, 2017)
Segundo Greco (2001), o princípio global-funcional caracteriza-se pela
intenção de adequar toda complexidade do jogo esportivo através da
apresentação de uma sequência de jogos recreativos acessíveis à faixa etária e

49
à capacidade técnica do aluno iniciante. Para o mesmo autor, essa metodologia
tem-se mostrado mais consistente se comparada à analítica, pois atende ao
desejo de jogar dos alunos, e, consequentemente, eles ganham em motivação
– e o processo ensino-aprendizagem é facilitado. (Apud CARVALHO FILHO,
2017)
Partindo desses princípios metodológicos, o professor pode optar pelas
seguintes concepções metodológicas de ensino dos jogos esportivos:

• Parcial;
• Global;
• Confrontação;
• Recreativo.

Método Parcial

Segue princípios do eixo analítico-sintético. Utiliza a repetição de séries


de exercícios para o domínio das técnicas consideradas como elementos
básicos para a prática do jogo. Entende-se que o jogo é composto por partes
que devem ser desenvolvidas separadamente devido à sua complexidade e à
dificuldade da aprendizagem da técnica ideal. (CARVALHO FILHO, 2017)
Entre as vantagens do método, podemos citar:

• Possibilita o domínio e aprimoramento da técnica ou de um elemento da


técnica individual, ou seja, cria oportunidades de um treinamento motor
correto e profundo de elementos isolados do jogo;
• As correções são diretas, fáceis de serem aplicadas e podem, muitas
vezes, ser bem compreendidas pelos alunos;
• O controle sobre progressos na aprendizagem é facilmente realizável;
• Dificilmente é criada uma situação de conflito entre os participantes;
• Permite trabalhar respeitando os limites e o ritmo de aprendizagem de
cada aluno.

50
Temos, também, algumas desvantagens:

• Não sacia o desejo de jogar do aluno, principalmente o iniciante;


• Pode-se tornar uma aula pouco motivante para uns e com alto grau de
exigência para outros;
• Muitas vezes o exercício realizado foge a uma situação concreta de jogo,
o que faz o iniciante não estabelecer uma relação entre a tarefa realizada
e sua utilização;
• Os alunos treinam habilidades individuais, mas, na maioria das vezes, não
as treinam da forma como serão exigidas posteriormente no jogo;
• Sob a pressão do jogo competitivo, as destrezas aprendidas podem não
funcionar;
• O relacionamento social é deficiente;
• Apenas padrões de movimentos estimulados pelo professor são
oferecidos.

Para Dietrich (1984, p. 38), ao “aprender-se um jogo, a finalidade não é


apenas aprender os elementos do jogo, como drible, chute a gol, mas aprender
ao mesmo tempo quais situações se deve driblar e quando se deve dar o chute
a gol. As experiências necessárias para tal são possíveis apenas no próprio jogo”
(p. 53). (Apud CARVALHO FILHO, 2017)
Greco (2001, p. 52) acredita que o método parcial apresenta como grande
deficiência o treinamento segmentado das partes para se chegar ao todo. Perde-
se a ideia do objetivo principal, apresentando-se como “conta-gotas” a situação
real do jogo. Isso faz com que a utilização pura do método parcial para iniciação
aos jogos esportivos coletivos seja descartada ou utilizada em menor escala.
Essa metodologia traz mais prejuízos do que vantagens para os iniciantes. (Apud
CARVALHO FILHO, 2017)

Método Global

51
Segue princípios do eixo global-funcional. Consiste na aprendizagem do
jogo em si através de uma sequência de jogos adaptados. Parte-se de jogos
mais simples, passando pelos mais complexos, até o jogo final. “Para chegar à
prática do esporte, o aluno passará por vários jogos preparatórios”. (GRECO,
200, p. 60, (Apud CARVALHO FILHO, 2017)
No método global, tem sido utilizado um processo de ensino que se chama
“série de jogos”. Segundo Schneiderat (1994 apud GRECO, 2001, Apud
CARVALHO FILHO, 2017), para assegurar o êxito do processo ensino-
aprendizagem, alguns princípios devem ser respeitados:

• A divisão dos jogos não deve abranger muitas partes, de tal forma que o
aluno consiga alcançar logo o jogo objetivado;
• As formas iniciais de jogos não devem ser mais difíceis que o jogo
objetivado (cuidado com as regras);
• Os alunos aprendem de forma mais intensa com jogos e pequenos
grupos, e em pequenos espaços.

Podemos apontar algumas vantagens desse método, tais como:


• Maior motivação por partes dos alunos;
• Prática constante (o que leva à vivência em situações reais de jogo);
• Possibilita desde cedo que o aprendiz comece a praticar o jogo;
• A técnica e a tática estão sempre juntas;
• Permite a participação de todos os elementos envolvidos, como o
movimento, a reação, percepção, ritmo e outros.

Já como desvantagens, temos:

• Não permite a correção de movimentos, atendimentos e avaliações


individuais;
• O aluno demora a perceber sua melhora nos elementos da técnica
individual, o que pode provocar certo desestímulo;
• Não proporciona uma avaliação eficaz sobre desempenho do aluno.

52
Método da Confrontação

Nesse método, “o jogo se aprende jogando”. Jogar o jogo em si com todas


suas regras e formas é a principal maneira de aprender o jogo. Para Greco
(2001, p. 75), o jogo não deve ser dividido em etapas ou tarefas a serem
aprendidas, pois, se isso ocorrer, a ideia do todo deixaria de existir. (CARVALHO
FILHO, 2017)
Como vantagens, temos:

• Proporciona uma grande socialização e motivação por parte dos


praticantes, pois aproxima rapidamente do objetivo final a aprendizagem,
que é a prática do jogo em si;
• Conhecimento da técnica do jogo e vivência do mesmo aprendidos ao
mesmo tempo;
• Organização mais fácil das aulas por parte dos professores: segundo
Greco (2001, p. 88), essa é a metodologia da “rola a bola”.
Já como desvantagens, podemos apontar:

• O número de variações é muito grande durante o jogo, o que faz com que
o aluno não diferencie aquilo que é importante ou supérfluo;
• Pode existir uma perda de motivação dos menos aptos, pois o sucesso
ocorre com menos frequência;
• Dificuldade de identificar erros técnicos e táticos;
• Nas situações de competição, podem surgir conflitos, muitas vezes em
virtude da diferença de rendimento e dos níveis de interesse;
• Pode sobrecarregar a capacidade do aluno, pois muitas vezes as
exigências da prática são muito complexas para iniciantes ou para os
menos aptos;
• O prazer e a alegria de jogar são importantes, porém a satisfação é maior
ao sentir sabe jogar. Quando se tem a sensação de que faz aquilo bem,
a motivação é maior, o que leva a querer praticar cada vez mais.

53
Método Recreativo

O método recreativo possui grande semelhança com o método global,


pois utiliza muitas vezes séries de jogos com diferentes formas e que,
dependendo do objetivo, permitem a aula/treinamento de uma maneira
recreativa. (CARVALHO FILHO, 2017)
Alguns autores o consideram sinônimo do método global. Defendem que
os alunos devem logo praticar o jogo que desejam aprender. A aprendizagem
acontece através de pequenos jogos, jogos adaptados e com regras
simplificadas. (CARVALHO FILHO, 2017)
O conceito recreativo do jogo esportivo destaca alguns valores dos
métodos global e parcial, como a prática constante do jogo e sua construção
através da seriação por partes de diferentes aspectos do jogo. Sendo assim, a
utilização de pequenos jogos, muitas vezes, permite que possam ser realizadas
as correções e o aperfeiçoamento de gestos técnicos. (CARVALHO FILHO,
2017)
De forma fracionada ou através de jogos, as atividades realizadas devem
ter o caráter lúdico, graus de dificuldade adequados e serem prazerosas para o
aluno. (CARVALHO FILHO, 2017)

7 HABILIDADES BÁSICAS PARA FUTSAL E FUTEBOL

Desempenho esportivo

Ao planejar uma aula esportiva, precisamos definir quais conteúdos


iremos desenvolver com nossos alunos. A escolha do conteúdo dependerá
principalmente das necessidades dos indivíduos. Portanto, antes de realizar o
planejamento das suas aulas, é importante conhecer bem a turma ou equipe pela
qual você está responsável. O processo de ensino será mais eficiente à medida
que os conteúdos ensinados forem voltados às necessidades dos alunos.
(AUGUSTO,2018)

54
Quando pensamos no desenvolvimento dos indivíduos no contexto
esportivo, vários fatores influenciam o desempenho e podem ser desenvolvidos
no processo de treinamento. Dentre esses fatores estão os aspectos
psicológicos, nutricionais, técnicos, táticos e físicos. Por isso, é necessária a
atuação conjunta de diversos profissionais (psicólogos, nutricionistas,
treinadores, preparadores físicos, médicos e outros) para garantir o bom
desempenho das equipes. (AUGUSTO,2018)
Nós (professores e treinadores formados em educação física) podemos
desenvolver três aspectos com nossos alunos: técnicos, táticos e físicos. É
importante perceber que essas habilidades são exigidas de forma conjunta
durante a partida. Portanto, no processo de ensino esportivo devemos promover
atividades que permitam o desenvolvimento desses três aspectos
simultaneamente, reproduzindo as exigências da partida. Muitos jogos utilizados
no processo de ensino do futsal e do futebol trabalham os aspectos técnicos,
táticos e físicos simultaneamente. Apenas por questões didáticas, vamos
apresentar os três aspectos em unidades distintas nesse livro. Iniciaremos nosso
estudo sobre o ensino da técnica no futsal e futebol. (AUGUSTO,2018)

Técnica esportiva

O termo “técnica” no esporte pode ser definido como uma atividade


motora ou uma sequência de movimentos utilizados para resolver problemas em
situações esportivas (LEES, 2002). Nesse sentido, se o praticante executa
qualquer movimento capaz de solucionar um problema imposto no momento da
partida, ele utilizou uma técnica para isso. (Apud AUGUSTO,2018)
Para outros autores, a técnica está relacionada a padrões de movimentos
biomecânicos que permitam atingir o melhor resultado esportivo. É comum
ouvirmos a palavra” técnica” para caracterizar um movimento correto. Nesse
sentido, de substantivo feminino, a palavra passa a ser utilizada como adjetivo

55
(DAOLIO; VELOZO, 2008). Por muito tempo o ensino da técnica foi (e ainda é)
supervalorizado na educação física, principalmente porque nosso modelo de
ensino de esporte está atrelado ao alto rendimento. (Apud AUGUSTO,2018)
Ao planejarmos as aulas de futsal e futebol na educação física escolar,
assim como na iniciação esportiva, precisamos pensar o ensino da técnica não
como um fim em si mesmo. O desenvolvimento técnico deve ser promovido com
o objetivo de garantir o funcionamento do jogo e não com o intuito de especializar
os alunos e alunas em gestos técnicos com o padrão biomecânico mais eficaz.
(AUGUSTO,2018)
Por muito tempo o domínio dos fundamentos técnicos foi sinônimo de bom
jogador. Entretanto, no jogo dinâmico de hoje em dia, vemos que somente o
domínio dos fundamentos técnicos não garante a formação de um jogador
inteligente (DAOLIO, 2002, Apud AUGUSTO,2018).
Vemos que um atleta inteligente é aquele capaz de resolver os problemas
do jogo e que em nenhum momento a inteligência é vinculada ao atleta “técnico”.
Assim, o domínio dos fundamentos técnicos pode ajudar a resolver os problemas
do jogo, mas não é o único responsável pelo sucesso do jogador. Reforçando
essa ideia, Garganta (1997, p. 17) afirma que a aprendizagem dos fundamentos
técnicos constitui apenas uma parte dos pressupostos necessários para que o
praticante seja capaz de resolver os problemas gerados na situação de jogo.
(Apud AUGUSTO,2018)

Fundamentos técnicos do futsal e futebol

Os fundamentos técnicos são os movimentos que dão sequência às


ações do jogo. Existem diversos fundamentos no futsal e futebol que também
são comuns às outras modalidades esportivas como futebol de areia, futevôlei,
futebol de 5 etc. Entre os fundamentos, podemos citar: passe, domínio, controle,
proteção, condução, drible, cabeceio, cruzamento, finalização e desarme. Cada
fundamento pode ser realizado de diversas maneiras, por exemplo, os passes
podem ser realizados em curta, média e longa distância. Os domínios podem ser
realizados com a parte interna, externa ou com a sola do pé. Cada fundamento
será explorado com mais detalhes nas próximas seções. (AUGUSTO,2018)

56
É importante lembrar que os fundamentos técnicos são utilizados com o
objetivo de solucionar um problema do jogo. Entre os problemas impostos pelas
partidas de futsal e futebol, podemos levantar os princípios ofensivos e
defensivos dos jogos esportivos coletivos que aproximam as equipes da vitória.
(AUGUSTO,2018)

Fonte: AUGUSTO,2018.

Para vencer uma partida de futsal ou futebol é necessário marcar gols e


evitar sofrê-los. Os princípios ofensivos e defensivos auxiliam nesses processos.
Quando uma equipe está em posse de bola, para marcar um gol, e
consequentemente vencer a partida, é necessário conservar a posse de bola,
progredir ao alvo adversário e finalizar. Em contrapartida, a equipe defensora
necessita recuperar a posse de bola, impedir a progressão do adversário e
proteger seu gol. Os fundamentos técnicos de passe, domínio, proteção,
condução, drible, cabeceio, cruzamento, finalização e desarme auxiliam os
jogadores a atingirem esses objetivos. (AUGUSTO,2018)
Scout técnico

Devido à importância dos fundamentos técnicos para o bom desempenho


das equipes (HUGHES; BARTLETT, 2002), parâmetros começaram a ser
coletados durante as partidas com o objetivo de direcionar o treinamento e
compreender a influência de cada fundamento no resultado do jogo. (Apud
AUGUSTO,2018)
Esse processo de coleta de informações durante uma partida é
denominado de análise de desempenho e pode utilizar como ferramenta de
coleta de dados o scout técnico. No scout são quantificadas as ações técnicas

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que ocorrem durante uma partida, assim como seu local de ocorrência e o
jogador que executou o fundamento. (AUGUSTO,2018)
O processo de coleta de dados durante as partidas pode gerar
informações importantes para o direcionamento dos treinamentos. Conhecer as
potencialidades e deficiências de cada atleta durante a partida é fundamental
para que os treinadores planejem os treinamentos com o objetivo de desenvolver
as deficiências e maximizar as potencialidades dos atletas. Além disso, o
conhecimento sobre as regiões do campo em que ocorrem as jogadas bem-
sucedidas e o time apresenta as maiores dificuldades também pode guiar o
treinamento. Da mesma forma, o conhecimento sobre o time adversário permite
a organização tática da equipe baseada nas limitações do oponente.
(AUGUSTO,2018)
Além da utilização pelas equipes esportivas, estudos têm aplicado
diferentes técnicas estatísticas para investigar a influência que cada fundamento
técnico tem no resultado final da partida. Normalmente são coletadas as
quantidades de finalizações, passes, cruzamentos e muitos outros fundamentos,
dos times que venceram e perderam a partida. Em seguida, por meio de técnicas
estatísticas apropriadas, são investigados os padrões de ocorrência desses
fundamentos em função do resultado do jogo. Os fundamentos frequentemente
encontrados como discriminantes de vitória e derrota são as finalizações,
finalizações ao gol e posse de bola (LAGO-PEÑAS et al., 2010; MOURA;
MARTINS; CUNHA, 2014, Apud AUGUSTO,2018).

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUIME, Diego Farias. Iniciação ao futsal: Método de Ensino Mais Utilizado


na Cidade de Belém do Pará. 2015

AUGUSTO, Júlia Barreira. Metodologia do Ensino do Futsal e Futebol.


Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 168 p. ISBN 978-85-
522-0565-4

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BALZANO, O. N. Abordagem Metodológica Utilizada no Treinamento
Integrado de Futsal e Futebol, na formação desportiva do atleta de futebol
de campo. Lecturas Educación Física y Deportes (Buenos Aires), v. 16, p. 156,
2011.

CARVALHO FILHO, José Veiga de. Metodologia do Ensino do Futebol e


Futsal. Rio de Janeiro: SESES, 2017. 160 p. ISBN: 978-85-5548-495-7.

CBF, Confederação brasileira de futebol. Regras de Futebol 2020/2021. Fifa


2021. 228p.

CBFS, Confederação brasileira de futebol de salão. Livro Nacional de Regras


de futsal 2021. Fortaleza 2021. 124p.

PERFEITO, Paulo José Carneiro. Metodologia de Treinamento no Futebol e


Futsal: Discussão da Tomada de Decisão na Iniciação Esportiva.
Orientador: Alexandre Luiz Gonçalves de Resende. 2009. 123 p. Dissertação
(Mestrado em Educação Física) - Universidade de Brasília - UNB, Brasília, 2009.

SALVADOR, Paulo César do Nascimento. Metodologia de Ensino de Futsal e


Futebol. Salvador: UNIASSELVI, 2016. 210 p.: il. ISBN 978-85-515-0024-8

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