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“Maurizio Sarri foi o autor e o escultor desta “Grande Beleza” que foi a
temporada de 2017/2018 do SSC Nápoles. A equipa protagonizou um
futebol espetacular, notado e apreciado em todo o mundo!”
Aurelio De Laurentiis (Presidente do SSC Nápoles)
“O SSC Nápoles de Maurizio Sarri foi uma das melhores equipas que
alguma vez defrontei na minha carreira, talvez a melhor!”
Pep Guardiola (Treinador do Manchester City FC)
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Índice:
Introdução..........................................................................................iv
1. Modelo de Jogo do SSC Nápoles de Maurizio Sarri....................5
1.1. Sistema de Jogo Adotado....................................................................6
1.2. Princípios do Modelo de Jogo.............................................................7
1.2.1. Organização Ofensiva................................................................................7
2. Preparação Semanal.....................................................................69
2.1. “2ª feira”...............................................................................................70
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Introdução
Maurizio Sarri conseguiu tornar o SSC Nápoles da temporada de 2017/2018 uma das
melhores equipas de sempre a jogar futebol.
Admirado em todo o mundo, o treinador italiano lançou em definitivo o seu nome para
a ribalta do futebol, sendo um dos treinadores mais desejados do momento.
Terminaremos com a forma como Maurizio Sarri faz a preparação semanal da equipa
para os jogos (de acordo com os ensinamentos recolhidos na sua tese para a obten-
ção da licença UEFA Pro na Federação Italiana de Futebol).
Tal como o “Mister 33”, alcunha com que ficou conhecido desde os tempos em que
treinava na 6ª divisão italiana por ter 33 situações diferentes para marcar bolas para-
das, acreditámos que num futebol que cada vez mais é otimizado a todos os níveis, é
de crucial importância que todos os jogos sejam preparados até ao mais mínimo deta-
lhe.
Esperámos que esta obra seja útil a todos os treinadores e que desperte neles o dese-
jo de evoluir e de melhorar a cada dia.
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Neste capítulo será descrito o modelo de jogo do SSC
Nápoles na temporada de 2017/2018, equipa orientada
por um dos melhores treinadores italianos da atualidade.
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a) Saída a jogar em construção curta: este tipo de saída é quando a bola é colocada
num jogador posicionado no 1º terço do terreno de jogo, isto é, em zonas próximas da
própria baliza. Alguns dos comportamentos adotados pelo SSC Nápoles quando faz
este tipo de construção são referidos em seguida.
O Guarda-Redes deve ser seguro e confiante com a bola nos pés, providenciando
sempre um apoio recuado (preferencialmente fora da linha da baliza) aos seus cole-
gas que têm a bola nas imediações da sua baliza. É importante que tenha capacida-
de para jogar a bola com os dois pés, preferencialmente com o mesmo nível de de-
sempenho. Este apoio providenciado, será importante para tirar a bola de zonas com
maior densidade de adversários e levá-la para zonas mais livres, nomeadamente no
corredor contrário.
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ii) Colocação da bola num dos Defesas Centrais (normalmente no mais próximo
da bola) com o outro a garantir cobertura no corredor central:
Este tipo de movimentação por parte do Defesa Central que não recebe a bola vai per-
mitir a concretização de vários objetivos. Desde logo, protege-se a equipa de ficar vul-
nerável a uma eventual perda da bola já que mesmo que os adversários a consigam
recuperar, vai haver sempre a ocupação do espaço central para a proteção da baliza.
Consegue-se também a criação de mais uma possibilidade de passe seguro uma vez
que a distância para a bola encurta-se.
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Criar superioridade numérica atrás. Sempre que possível, deve garantir-se pelo me-
nos 3 linhas de passe, próximas e verticais, ao portador da bola. Com a criação deste
“losango” em relação à bola, é possível dar-se ao portador várias possibilidades de
passe e assim assegurar-se que a bola irá avançar mais facilmente no terreno de
jogo. Para que isto ocorra sucessivamente, quase todos os jogadores da equipa de-
vem movimentar-se para as imediações da zona onde o seu colega tem a bola. Este
aspeto também é fundamental para uma forte reação à perda da bola de forma se
conseguir recuperá-la de imediato ou equilibrar a equipa defensivamente.
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Com este tipo de posicionamento é também possível utilizar-se a dinâmica do “3º ho-
mem” para libertar a bola num colega de frente para o jogo.
Esta dinâmica é especialmente útil para que o Médio Centro, normalmente muito pres-
sionado pelos adversários, e habitualmente sem tempo nem espaço para receber a
bola, possa recebê-la nas costas do adversário que o pressiona, ficando assim de
frente para a baliza adversária e com possibilidades maiores de ler o jogo e optar pe-
las melhores soluções para fazer progredir a bola em direção da baliza adversária.
Sempre que possível todos os jogadores que recebem a bola sem oposição próxima,
devem virar-se de imediato, com uma boa receção orientada, para a baliza adversá-
ria. É também benéfica para aproveitar o posicionamento habitual do Extremo adver-
sário do lado da bola, a pressionar de muito perto o Defesa Lateral da equipa atacan-
te, para se conseguir avançar pelo corredor lateral com a colocação da bola nas cos-
tas do Extremo, ultrapassado pela entrada oportuna e atempada do Defesa Lateral da
equipa com a posse da bola.
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O Defesa Lateral da equipa atacante posicionado no lado da bola, deve sempre que
possível tentar receber a bola em espaços ligeiramente mais interiores e não junto à
linha lateral. Com este posicionamento garante que os seus colegas estarão mais pró-
ximos de si para poderem dar continuidade ao jogo e também compensar uma eventu-
al perda da bola. Isto permitirá que o Extremo do seu lado possa garantir mais uma
opção de passe junto à linha lateral de forma a haver a existência de pelo menos as 3
linhas de passe referidas anteriormente. Após a bola entrar no seu Extremo o Lateral
passa a ser o vértice mais recuado do “losango”, tendo assim que se aproximar da
zona da bola para dar cobertura ao portador e aproveitar os espaços livres para po-
der receber a bola ou se a equipa adversária estiver desequilibrada, poder fazer uma
sobreposição interior, ganhando as costas aos adversários junto à bola e recebendo-
a na frente. Se Lateral receber junto à linha lateral, o Extremo do seu lado deve ter a
preocupação de deslocar-se para dentro de forma a garantir que estão sempre em li-
nhas verticais diferentes e desta forma assegurar apoios em diagonal caso o seu cole-
ga receba a bola.
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Com espaço à sua frente livre de oposição, o portador da bola deve avançar com ela
de forma a atrair algum adversário para si. Esta atração irá fazer com que algum com-
panheiro de equipa fique disponível para receber a bola livre de oposição (irá tornar-
se o “homem livre”). É importante que o recetor da bola se posicione de uma forma
adequada para receber a bola de frente para a baliza adversária, isto irá fazer com
que consiga ler melhor o jogo e ser capaz de lhe dar continuidade da forma mais ade-
quada.
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b) Saída a jogar em construção média: este tipo de saída é quando a bola é colocada
num jogador posicionado no terço intermédio do terreno de jogo, isto é, em zonas pró-
ximas da linha de meio-campo. Alguns dos comportamentos adotados pelo SSC Ná-
poles quando faz este tipo de construção são referidos em seguida.
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Com a bola no corredor central e com o Guarda-Redes sem opção de passe para sair
a jogar desde trás, uma das soluções inovadoras de Maurizio Sarri para tentar manter
a posse da bola, é fazer a troca entre o Lateral e o Extremo de forma a que se benefi-
cie da maior qualidade no jogo aéreo do Lateral em relação ao Extremo. A partir daqui
o Lateral disputa a bola (preferencialmente numa zona anteriormente definida) envia-
da pelo seu Guarda-Redes e os seus colegas juntam-se nas zonas próximas para po-
derem ganhar as “2as bolas” e manter a sua posse.
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iii) Sob forte pressão colocar a bola no Ponta de Lança situado junto à linha de
meio-campo:
Os Defesas Centrais ao estarem sob pressão por parte dos adversários, normalmen-
te utilizam o Guarda-Redes como fuga a essa pressão. No entanto, a pressão normal-
mente é mantida e os atacantes adversários tentam recuperar a bola ao Guarda-Re-
des. Nesta situação, é importante que o Guarda-Redes manifeste comportamentos
de segurança (por exemplo, não tentar fintar os adversários que o pressionam) e opte
por colocar a bola longa para o seu Ponta de Lança que normalmente está situado
junto à linha de meio-campo. Ele deve tentar ficar com a sua posse e jogá-la com os
seus colegas que entretanto subiram no terreno de jogo e se aproximaram da zona
da bola (esta subida e aproximação é também importante para que se possa ganhar
uma “2ª bola”, caso o Ponta de Lança não consiga ficar com ela).
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c) Saída a jogar em construção longa: este tipo de saída é quando a bola é colocada
num jogador posicionado no terço final do terreno de jogo, isto é, em zonas próximas
da baliza da equipa adversária. Alguns dos comportamentos adotados pelo SSC Ná-
poles quando faz este tipo de construção são referidos em seguida.
ii) Portador da bola em zonas próximas da sua baliza sob pressão, deve enviar
a bola para atacante que garante profundidade à equipa:
A bola usualmente enviada para o corredor lateral e numa zona próxima da grande
área adversária, deve fazer com que os restantes colegas subam no terreno de jogo
para se aproximarem e alguns deles devem mesmo ocupar os seus lugares na área
adversária para responderem da forma mais adequada a um possível cruzamento.
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Progredir com a bola para atrair adversário e libertá-la em seguida num colega que es-
teja livre de oposição (“homem-livre”), preferencialmente em jogadores colocados nos
espaços entrelinhas no corredor central do terreno de jogo. Colega orientado em dia-
gonal para dar linha de passe e colocado nas costas do adversário que pressiona.
Possibilidade de a recuar para um dos Defesas Centrais que estão a dar Cobertura
Ofensiva ao portador da bola.
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Aproveitar o recuo do Ponta de Lança ou de algum dos Extremos para receber a bola
entrelinhas no corredor central e assim poder: a) rodar para a baliza adversária caso
esteja sem oposição próxima; b) devolver de frente para um dos três Médios Centro
(dinâmica do “3º homem”) que assim fica “orientado para o jogo” (possibilidade de vá-
rias combinações: Defesa Central-Extremo-Médio Centro / Médio Centro-Ponta de
Lança-Médio Interior / etc.) podendo realizar em seguida, passes em profundidade
para um dos Extremos ou para o Ponta de Lança (caso tenham possibilidades de se
isolar nas costas da linha defensiva ou possam receber a bola em situação de 1x1
com defesa adversário isolado e com coberturas defensivas afastadas - “dinâmica do
4º homem”).
Se Ponta de Lança ao recuar para receber a bola entrelinhas conseguir arrastar Defe-
sas Centrais adversários, um dos Médios Interiores deve aproveitar para entrar no es-
paço libertado nas suas costas (podendo até criar uma dinâmica de “3º homem em
progressão”).
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Quarteto defensivo a equilibrar a equipa atrás de forma a precaver uma eventual per-
da da bola. Defesas Laterais próximos dos Defesas Centrais (no corredor central).
Uma eventual subida de um Defesa Lateral para entrada com a bola em combinação
pelo seu corredor deverá ser precavida com o deslocamento do outro Defesa Lateral
para junto dos Defesas Centrais e criação de uma linha defensiva a três temporária.
No centro do meio-campo garantir também um equilíbrio posicional com a presença
de dois Médios Centro no corredor central para facilitar a circulação da bola e uma rá-
pida recuperação da bola logo após uma eventual perda.
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Jogadores sem bola devem estar sempre a procurar espaços livres de forma a pode-
rem receber a bola. Importante estarem posicionados diagonalmente em relação ao
portador da bola. O portador da bola após realizar o passe pode avançar e aproveitar
o espaço libertado pelo movimento dos seus colegas mais adiantados.
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Garantir sempre a máxima profundidade possível (pelo centro ou pelos corredores la-
terais) de forma a ter-se em todos os instantes a opção de receber a bola nas costas
da linha defensiva adversária. Possibilidade de haver trocas posicionais entre os joga-
dores para dar fluidez ao jogo ofensivo e para se garantir alguém sempre disponível
entrelinhas (por exemplo, se Ponta de Lança recua para dar opção entrelinhas, Médi-
os Interiores ou Extremos podem dar profundidade pelo centro do terreno de jogo en-
trando nas costas do Ponta de Lança). Se atacantes estão em condições de se isolar
nas costas da linha defensiva adversária devem ser utilizados em profundidade (fazer
desmarcação circular prévia de forma a se colocarem da melhor forma para recebe-
rem a bola enquadrados com a baliza e não ficarem em posição de fora de jogo). Se
Extremo do lado da bola vai para dentro, Lateral local deve subir e garantir a máxima
amplitude e profundidade (Laterais e Extremos devem procurar estar sempre em li-
nhas diferentes, fora/dentro, para facilitar a combinação entre eles). Normalmente o
sinal para a desmarcação em profundidade dos atacantes é o recuo da bola de um
dos corredores laterais para o corredor central para um médio que fica de frente e
com a “bola descoberta” em condições ótimas para isolar um companheiro (que ideal-
mente se encontra a alguma distância do último defesa e instantes antes do passe,
desmarca-
se rapida-
m e n t e
para as
costas da
linha defen-
siva em
profundida-
de).
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Avançar com a bola por um dos corredores laterais através da entrada do Lateral lo-
cal em profundidade caso os adversários fechem bem o seu corredor central não per-
mitindo a entrada da bola pelos espaços intralinhas para as zonas entrelinhas. Desen-
volvimento de vários tipos de triangulações ofensivas principalmente entre o Lateral,
Extremo e Médio Interior locais.
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Várias combinações ofensivas de forma a permitirem o remate, sem oposição, dos jo-
gadores colocados à entrada da grande área adversária (normalmente os Médios Inte-
riores e o Médio Centro). Normalmente combinar num dos corredores laterais para
atrair os adversários e depois libertar a bola num homem livre para remate no corre-
dor central. Necessidade destes jogadores que efetuam o remate serem capazes de
o fazer com um e outro pé de primeira ou após receção orientada da bola, de forma a
não perderem tempo a colocar a bola no pé dominante e assim perderem a vantagem
ganha em relação aos adversários. Defesas Laterais também podem por vezes ir
para dentro (em condução da bola ou quando a mesma se encontra no outro corredor
lateral) para em seguida rematarem desde fora da área. Quando atacantes têm a
bola dentro da área adversária devem ter sempre a opção de a recuar para a entrada
da área para que algum dos Médios possa realizar o remate exterior, esta opção é ex-
tremamente útil e perigosa quando a outra equipa opta por uma defesa muito recua-
da.
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ii) Recuar a bola para um colega “de frente” e entrada de atacantes em profundi-
dade:
Quando atacantes se encontram sem opções para avançar, podem recuar a bola
para algum colega que esteja “de frente” para o jogo (normalmente o Médio Centro),
que com a “bola descoberta” tenta isolar algum dos companheiros que efetuam a des-
marcação de rutura nas costas da linha defensiva adversária. Usualmente a corrida
de desmarcação deve ser realizada por algum dos atacantes que não fez o passe re-
cuado (normalmente encontram-se mais livres de marcação). Privilegiar a colocação
da bola numa das zonas laterais da grande área para evitar a intervenção do Guarda-
Redes a proteger as costas da sua linha defensiva. Ponta de Lança pode recuar para
arrastar os Defesas Centrais adversários da zona para onde se quer enviar a bola
(desde que a profundidade seja garantida pelo menos por dois colegas, um em cada
lado do campo).
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iii) Ponta de Lança a atuar como pivot ofensivo à entrada da área adversária:
Ponta de Lança com a capacidade para tabelar com os seus companheiros de forma a permitir-lhes rematar
sem oposição ou de se isolarem. Antes desta ação, o Ponta de Lança deve recuar para se afastar da marca-
ção cerrada dos Defesas Centrais adversários (caso estes o acompanhem, cria-se condições para que algum
jogador vindo de trás possa isolar-se nas costas da linha defensiva adversária pelo corredor central). Vários
tipos de situações beneficiam desta capacidade do Ponta de Lança:
- Extremos podem conduzir a bola de fora para dentro e tabelar com Ponta de Lança para remate posterior;
- Ponta de Lança pode receber a bola e rodar para a baliza adversária para depois ficar em posição privilegia-
da para rematar à baliza (idealmente junto a um dos postes). Para além da bola pelo solo, é importante que
consiga, por exemplo, receber e rodar sem a bola tocar no solo para de seguida rematar à meia-volta. Se o
conseguir fazer de um e do outro lado, com um pé e com o outro, ainda melhor;
- Médio Interior a passar para Ponta de Lança que em seguida coloca a bola para as costas da linha defensiva
adversária, no espaço entre Central e Lateral adversários, para a entrada de um dos Extremos (previamente
colocados ao lado dos Laterais adversários e preparados para ganhar em profundidade) de forma a ficarem
isolados e poderem marcar ou assistir o outro companheiro;
- Dinâmica de “1º a 4º homem” isto é, o Médio Interior (“1º homem”) passa para o Ponta de Lança e desmar-
ca-se em profundidade, Ponta de Lança faz passe para Extremo mais próximo, Extremo recebe a bola e iso-
la o Médio Interior que iniciou a sequência (“4º homem”);
- Ponta de Lança recebe a bola de um dos corredores laterais e em seguida serve um dos Médios Interiores
que aparecem de trás para o remate. É útil que o Ponta de Lança antes de passar a bola a aguente um pou-
co para que os adversários sejam atraídos para a zona da bola;
- Médio Interior
a avançar com
a bola pelo cor-
redor central e
a tabelar com
o Ponta de
Lança para se
isolar nas cos-
tas da linha
defensiva ad-
versária.
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- Avançar em drible para o interior e após ultrapassar os adversários, rematar desde fora da
área (normalmente para o poste mais afastado);
- Entrada para dentro com a bola e sobreposição exterior por parte do Lateral local para conse-
guir receber a bola à frente para a cruzar para uma das zonas predefinidas pela equipa;
- Médio Interior local sempre próximo do Extremo com a bola, para a poder receber e a rematar
à baliza (de primeira ou após a receber orientada);
- Extremo contrário junto ao Lateral adversário para poder receber a bola nas suas costas e fina-
lizar em zona privilegiada;
- Tabela do Extremo com o Médio Interior e entrada nas costas da linha defensiva adversária
com possibilidade de se isolar e rematar ou passar a bola para outro colega.
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Tabela com apoio amplo e profundo (Lateral ou Extremo) para em seguida se conse-
guir receber a bola nas costas da linha defensiva adversária, junto ao corredor lateral
para posterior cruzamento da bola para a área. Ocupação das zonas de finalização
predefinidas por três a quatro atacantes (Ponta de Lança ao 1º poste, Extremo contrá-
rio ao 2º poste, Médio Interior e Extremo locais numa segunda linha junto à marca de
pénalti para finalizar cruzamento recuado). Importância de se criar uma “diagonal posi-
tiva” para se poder marcar após cruzamento recuado, tendo sempre um ou dois joga-
dores aí posicionados. Desenvolver a capacidade de fazer remates acrobáticos.
- Médio Interior a tabelar com Extremo ou Lateral locais, amplos e profundos para re-
ceber à frente junto ao corredor lateral para cruzar;
- Médio Interior a dar a bola ao Extremo ou Lateral locais e a ir nas suas costas após
este levar a bola para dentro (entrar nas costas do colega para o qual passou a bola
para receber à frente).
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Quando Extremo tem a bola na sua posse e a linha defensiva adversária encontra-se
quase na mesma linha do colega que se opõe ao portador, é possível enviar a bola
pelas costas da linha defensiva para a contornar por trás de forma a que ela chegue
ao outro Extremo que se desloca para dentro (possibilidade de receber nas costas do
Lateral adversário que o marca ou possibilidade de se antecipar e ganhar a sua fren-
te).
Extremo oposto deve estar na mesma linha do adversário e próximo dele (evitar ficar
em fora de jogo e conseguir atacar a bola primeiro do que o adversário). Fundamental
tirar-se o cruzamento da zona de ação do Guarda-Redes adversário.
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vii) Extremos preparados para receber a bola em profundidade ao lado dos Late-
rais adversários:
Quando algum jogador conduz a bola pelo corredor central no terço ofensivo do cam-
po, os Extremos e/ou o Ponta de Lança, devem colocar-se ao lado dos Laterais adver-
sários (em máxima profundidade possível) para poderem receber a bola (em profundi-
dade ou no pé para receção orientada), para posterior remate cruzado junto ao poste
ou passe para o colega que entra do outro lado. Os atacantes devem colocar-se próxi-
mos dos Laterais adversários, garantindo sempre algum espaço para poder receber a
bola sem oposição, devem ter atenção para não ficarem em posição de fora de jogo.
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- Tentar numa 1ª fase, direcionar os adversários com a bola para os corredores late-
rais, de forma a se poder facilitar o trabalho de recuperação da bola ao ser mais fácil
evitar que ela saia daí em relação a quando ela se encontra no corredor central.
Existência de uma estrutura móvel de pressão (constituída pelos três atacantes, Mé-
dios Interiores e Lateral do lado da bola) e uma estrutura fixa de cobertura (Médio
Centro, Defesas Centrais e Lateral do lado oposto ao da bola).
- Esforço coletivo de toda a equipa para que a pressão surta efeito, com todos os joga-
dores cientes da necessidade de se recuperar a bola imediatamente após a sua per-
da, indo todos os jogadores rapidamente para as imediações da zona onde está a
bola.
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- Em todos os momentos a equipa deve garantir uma cobertura defensiva de uma li-
nha de três defesas (com permuta entre os Laterais consoante o lado onde se en-
contra a bola) e de um jogador (normalmente o Médio Centro), à frente desta linha
de três defesas, no corredor central, a dissuadir passes pelo centro e a direcionar o
jogo adversário para as linhas laterais de forma a dar mais tempo para que os seus
colegas ultrapassados possam recuperar as suas posições defensivas.
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- Pressão imediata sobre o portador da bola logo após a sua perda assim como do es-
paço em redor, por todos os jogadores integrantes da estrutura móvel de pressão
(encurtar espaços entre os jogadores e tentar ganhar a bola “pela frente ou por
trás”). Os jogadores da estrutura fixa devem vigiar o espaço nas costas da estrutura
móvel, principalmente o Médio Centro (privilegiando o fecho do corredor central, ten-
tando direcionar os adversários para um dos corredores laterais), mas fundamental-
mente devem procurar proteger os espaços em profundidade nas suas costas (as-
sim como o Guarda-Redes). Caso algum adversário ultrapasse a estrutura móvel de
pressão com a bola controlada e a conduza na direção da linha defensiva, os defe-
sas (três ou quatro) devem ir recuando para proteger a profundidade (e também ga-
nhar tempo para a recuperação defensiva dos seus colegas ultrapassados) até per-
to da sua grande área e depois algum deles sair na contenção ao portador da bola
com os restantes a dar cobertura defensiva (com a “dinâmica 1/3” - 1 na contenção
e 3 na cobertura, ou com a “dinâmica 1/2” - 1 na contenção e 2 na cobertura).
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- Esse fecho rápido da profundidade é vital para que se evite que a bola seja coloca-
da para as costas da linha defensiva (entre a linha defensiva e o Guarda-Redes),
contornando a defesa por trás.
- A proteção dos espaços numa “2ª linha” por parte dos Médios, é também importante
para se
evitar si-
tuações
de peri-
g o
a q u a n-
do de
algum
c r u z a-
mento
r e c u a-
do.
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Pressão forte e intensa sobre o portador da bola adversário (mesmo sobre o Guarda-
Redes quando recebe uma bola recuada por um companheiro e não a pode recolher
com as mãos), nunca deixando a bola “descoberta”. Tentar recuperar a bola rapida-
mente ou fazer com que adversários a joguem para fora ou para longe (facilitando a
sua recuperação). Na pressão ao portador da bola, principalmente quando há troca
de marcação, é necessário fazer movimentação para a bola (circular), que feche a li-
nha de passe para o adversário que ficou nas suas costas e haja algum colega próxi-
mo que divida a marcação entre o adversário que tinha e o que entretanto ficou livre
(isto acontece por exemplo quando o Ponta de Lança vai pressionar o Guarda-Redes
e tem de fechar a linha de passe, nas suas costas, para o Defesa Central que entre-
tanto deixou de marcar).
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Após o estudo às equipas adversárias, define-se quais são os jogadores que têm
mais dificuldade na construção do jogo ofensivo e quais são as zonas mais benéficas
para exercer pressão e recuperar a bola. Usualmente, nos jogos com as melhores
equipas, tentar direcionar os adversários para os corredores laterais e depois evitar
que a bola saia desse corredor através de uma grande pressão coletiva. É importante
também conhecer quais são os pés favoritos dos jogadores adversários mais recua-
dos para poderem ser direcionados para o seu “lado fraco”, facilitando a recuperação
da posse da bola. Para se ter sucesso, é preciso que os jogadores mais recuados
basculem também para o lado da bola e protejam os espaços nas costas dos colegas
que pressionam.
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v) Proteger a profundidade:
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O portador da bola da equipa adversária deverá ser pressionado constantemente até que se con-
siga recuperar a bola (recuperação direta: através de interceção ou desarme; ou, recuperação
indireta: bola colocada para fora do terreno de jogo ou entregue a algum companheiro). Deve
também haver constantes coberturas defensivas nas imediações da zona onde se tenta recupe-
rar a bola de forma a não se deixar nenhum colega do portador sem marcação próxima, aqui
pode-se falar de um posicionamento que “espelhe” os adversários que podem receber a bola.
Esta pressão forte e intensa dificulta a tomada das melhores decisões por parte do portador o
que facilita em muito o trabalho defensivo global da equipa. Necessidade de por vezes os Médi-
os Interiores saírem da linha média para pressionar o Defesa Central adversário que recebe a
bola do seu colega (pressionado pelo Ponta de Lança). Importante haver aqui uma troca de mar-
cação com algum colega que passa a preocupar-se com o que “abandona” (importância de ao
sair da
sua linha
para pres-
sionar ad-
versário,
faça deslo-
camento
que possa
dissuadir
passe nas
suas cos-
tas para o
que esta-
va a vigi-
ar).
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Diferenciar os comportamentos a manifestar de acordo com a “Bola Coberta”, “Bola Descoberta”, “Recuo Cur-
to da Bola” e “Recuo Longo da Bola”.
“Bola Coberta”: a bola está coberta quando um colega de equipa, ou o próprio portador da bola adversário, se
encontra próximo da bola entre a mesma e a baliza da equipa que não a tem em sua posse. Ao acontecer
esta situação, os jogadores das linhas mais recuadas podem estar mais preocupados com a proteção do espa-
ço entrelinhas já que não será fácil nesta situação, a bola ser colocada para as suas costas (estar no entanto
sempre atento a rápidas mudanças de situação que possam tornar favorável o envio da bola em profundidade
por parte do adversário).
“Bola Descoberta”: a bola está descoberta quando o portador adversário não tem oposição perto e está à von-
tade para poder colocar uma bola em profundidade ou para avançar com ela. Nesta situação, os jogadores
das linhas mais recuadas devem preparar-se para retroceder de forma a acompanharem uma eventual entra-
da dos adversários no espaço existente nas suas costas (importante também o Guarda-Redes vigiar o espaço
nas costas dos seus colegas mais recuados). Esse recuo deve ser veloz principalmente no momento em que
o portador faz o último apoio antes de enviar a bola.
“Recuo Curto da Bola”: quando a bola é recuada por um adversário para um colega próximo, i.é., a bola man-
tém-se praticamente na mesma zona, os jogadores mais recuados devem manter as mesmas posições e ter
cuidado com alguma bola colocada nas suas costas (o mesmo se aplica para uma bola curta passada horizon-
talmente, mas aqui deve haver também uma movimentação horizontal para o lado da bola).
“Recuo Longo da Bola”: quando a bola é recuada por um adversário para um colega afastado, i.é, a bola viaja
para outra zona, os jogadores mais recuados devem subir as suas posições no campo (empurrando os seus
colegas mais adi-
antados para a
frente), de forma
a ganharem
campo e restrin-
girem o espaço
de jogo para a
equipa contrá-
ria. Outros refe-
renciais para su-
bir no campo
para além da
bola recuada se-
rão: receção de
costas do adver-
sário, condução
da bola para
trás e bola longa
horizontal.
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Quando a equipa adversária se encontra sem soluções para ultrapassar a pressão in-
tensa que lhe é colocada, a reação natural é começar a enviar a bola longa para o
desvio do seu Ponta de Lança. A esta disputa aérea deverá sair o defesa mais próxi-
mo da zona de queda da bola, tentando ganhar a bola e se possível direcionando-a
para que um companheiro possa iniciar o ataque. Os outros três defesas deverão ga-
rantir a cobertura a três. Os médios e os atacantes deverão recuar rapidamente para
manter a equipa com todos os setores próximos entre si e facilitar a recuperação da
bola.
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Quando os atacantes adversários são procurados com passes de rutura para as cos-
tas da linha defensiva, os defesas que estão perto deles devem proteger a saída do
Guarda-Redes, fechando a via de progressão direta para a bola. Isto irá obrigar os ad-
versários a percorrerem mais distância, dando assim, mais tempo para que o Guarda-
Redes se apodere da bola.
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Os Médios Interiores (do lado onde a bola se encontra) devem sempre que possível
acompanhar os médios adversários que se desmarcam nas costas da linha defensi-
va. Ao realizar este trabalho vão permitir que os seus colegas (nomeadamente os De-
fesas Centrais e Médio Centro) se preocupem essencialmente com a defesa do espa-
ço central da grande área. Na impossibilidade do Médio Interior seguir a entrada do
adversário, deve ser o Defesa central local a acompanhá-lo, indo o Médio Centro
para o centro da área ocupar a posição do seu colega e compor a linha defensiva a
três.
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Defesa Lateral do lado da bola deve pressionar o portador adversário (1ª Linha de
Pressão) enquanto os outros três integrantes da linha defensiva deverão colocar-se
mais recuados a dar cobertura ao seu colega (2ª Linha de Cobertura - posicionada na
linha do Defesa Central mais próximo da bola e com os apoios virados para essa li-
nha lateral). Se o portador ultrapassa o Defesa Lateral, o Defesa Central próximo
pode sair na contenção, indo o Defesa Lateral rapidamente para o corredor central da
área proteger a baliza e compensar a saída do seu colega.
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Os defesas deverão formar uma “Linha Defensiva de 4” no corredor central (se a bola
tiver vindo do corredor lateral, o Defesa Lateral desse lado deve o mais rapidamente
possível ir para dentro para compor a linha a quatro), com os futebolistas próximos en-
tre si de forma a não existirem espaços entre eles para os adversários colocarem a
bola. Caso algum adversário conduza a bola em direção à grande área, um dos defe-
sas deverá sair à bola para o pressionar, enquanto os outros três integrantes da linha
defensiva deverão colocar-se mais recuados a dar cobertura ao seu colega (com os
apoios colocados de forma a poderem proteger o espaço em profundidade). Caso o
defesa que sai seja ultrapassado, passam de uma “Cobertura 1/3” para uma “Cobertu-
ra 1/2”, isto é, um defesa sai na pressão ao portador e dois colegas fazem a cobertu-
ra nas suas costas.
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Com a bola a 16 metros da linha de baliza, o Defesa Lateral local deverá pressionar o
portador e os outros três integrantes da linha defensiva deverão descer em diagonal
para o centro da grande área para protegerem a baliza, numa linha mais recuada. De-
vem orientar os apoios para o lado da bola e preocuparem-se em proteger o espaço
nas costas do colega à sua frente.
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Com a bola a 8 metros da linha de baliza, o Defesa Lateral local deverá pressionar o
portador. O Defesa Central mais próximo da zona onde se situa a bola, ligeiramente
mais baixo de modo a poder intercetar um eventual cruzamento ao 1º poste e evitar
uma potencial antecipação de algum adversário. Os outros dois defesas numa linha
intermédia em relação aos seus dois colegas a proteger o espaço à frente da baliza.
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Com a bola a 2 metros da linha de baliza, o Defesa Lateral local deverá pressionar o
portador e os outros três integrantes da linha defensiva deverão criar uma “Diagonal
Negativa” isto é, dar cobertura em diagonal iniciando com o Defesa Central mais próxi-
mo da zona onde se encontra a bola e terminando com o Defesa Lateral do lado opos-
to. O Médio Centro deverá colocar-se em linha com o Defesa Central do lado da bola
para ser capaz de intercetar um eventual cruzamento recuado para uma 2ª linha
(zona em que o Defesa Central do lado da bola está impossibilitado de intervir).
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Quando algum futebolista consegue intercetar a bola e colocá-la fora da grande área,
deve haver uma saída conjunta de todos os jogadores, ganhando-se o maior terreno
possível de forma a se afastarem das imediações da baliza. A velocidade de saída
deve ser adequada à situação, havendo necessidade de uma leitura do jogo de forma
a saberem se podem continuar a subir ou se haverá necessidade de parar e preparar
a defesa da profundidade.
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- Sempre que possível, os jogadores devem recuperar a bola de uma forma que per-
mita à equipa continuar com ela na sua posse. Temos então os “desarmes legais” e
as “interceções positivas” como elementos fundamentais neste momento. Serão
eles que permitirão que se possa sair a jogar desde trás com a bola controlada.
- A primeira intenção é conseguir tirar a bola da zona onde foi recuperada, vertical-
mente ou horizontalmente. Verticalmente: como opção de saída os jogadores procu-
rarão o Ponta de Lança, em profundidade (caso esteja em condições vantajosas em
relação aos adversários) ou no espaço entrelinhas (entre médios e defesas adversá-
rios). Caso receba em profundidade (usualmente com um movimento circular prévio
de forma a poder receber de frente para a baliza adversária) deverá progredir para a
baliza e em seguida tentar o golo ou assistir algum companheiro que entretanto che-
ga desde trás. Caso receba entrelinhas, com oposição distante, deve rodar para a
baliza adversária e atacar o espaço livre pelo corredor central enquanto os Extre-
mos ou Médios Ofensivos ocupam, um de cada lado, os espaços ao lado da última
linha defensiva adversária para poderem receber a bola e isolarem-se. Caso receba
entrelinhas, com oposição próxima, deve segurá-la e dar tempo para que os seus co-
legas subam no terreno de jogo para iniciarem a organização ofensiva. Horizontal-
mente: levar a bola, em condução ou através de um passe, para outro corredor já
que normalmente há uma grande densidade de adversários na zona onde se con-
quista a bola. Ao terem sucesso em tirarem a bola da “zona de pressão”, poderão
em seguida avançar pelos espaços livres criados (uma avanço sempre coletivo e
com os jogadores próximos, principalmente através da subida dos recuados em con-
sonância com a subida da bola). Muitas vezes para tirarem a bola da “zona de pres-
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- Neste terço do campo continua a ser importante a recuperação da bola de uma for-
ma que permita à equipa usá-la de imediato para criar oportunidades de golo, utili-
zando por exemplo os “cortes direcionados”.
- Como primeira opção e caso haja oportunidade de o realizar, o jogador que a recu-
pera procura de imediato colocar a bola em profundidade para a entrada do Ponta
de Lança nas costas da linha defensiva adversária (preferencialmente numa zona
em que o Guarda-Redes adversário tenha dificuldade em chegar).
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- Caso o Ponta de Lança não consiga receber a bola em profundidade, recua um pou-
co e disponibiliza-se entrelinhas. Ao receber a bola optará por rodar e avançar com
a bola para a baliza adversária (caso esteja sem oposição próxima) ou servir de pon-
to de ligação com um colega que esteja um pouco mais recuado mas de “frente para
o jogo” (dinâmica do “3º homem”) que em seguida opta por a conduzir ou a passar
para um colega melhor posicionado para avançar em direção à baliza adversária.
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Na ligação seguinte poderão ser observadas algumas das soluções encontradas pelo
SSC Nápoles para as várias situações de bola parada que os oponentes tiveram du-
rante a temporada de 2017/2018.
https://payhip.com/b/Afc2
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Na ligação seguinte poderão ser observadas algumas das soluções encontradas pelo
SSC Nápoles para as várias situações de bola parada que tiveram durante a tempora-
da de 2017/2018. Foram escolhidas as que se revelaram mais eficazes (golos ou
oportunidades de golo).
https://payhip.com/b/kndO
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2
Tendo como inspiração a tese de Maurizio Sarri para a
obtenção da licença UEFA Pro na Federação Italiana de
Futebol, mostraremos o que para o treinador italiano
deve ser o trabalho a realizar-se em cada um dos dias
da semana que antecedem a próxima partida. Ter-se-á
Preparação como referência a participação em jogos de domingo a
domingo.
Semanal
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Para Maurizio Sarri, a análise à partida anterior através do vídeo serve para se verifi-
car a diferença entre a partida preparada e aquela que efetivamente foi disputada.
Tem também objetivos de correção a médio prazo dos comportamentos pretendidos e
é importante para a programação dos treinos a realizar nos dias seguintes nomeada-
mente em relação à correção dos erros cometidos e à resolução dos problemas que a
partida colocou.
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Este vídeo ocupa-se exclusivamente dos problemas táticos surgidos durante a partida
e tem em consideração os seguintes aspetos (mostrados sequencialmente):
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- Para se obter a máxima atenção possível por parte de todos os jogadores é impor-
tante que o vídeo seja extremamente claro e que tenha uma curta duração (nunca
superior a 10-12 minutos).
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este processo não serve para culpar ninguém dos seus erros, mas sim para ajudar
ao crescimento individual e coletivo.
Neste relatório, para além dos aspetos táticos evidenciados no vídeo da análise à par-
tida anterior, tem-se em consideração outros aspetos que são também fundamentais
no desenrolar da partida. Os aspetos que analisam são os seguintes:
- Aspeto físico: Avalia-se a prestação da equipa sob o ponto de vista físico, decidindo
o treinador aquilo que deve ser dito à equipa e aquilo que deve ficar somente com a
equipa técnica (para se evitar que em certos momentos a condição física se torne
um álibi fácil para os jogadores).
Período da tarde:
- Aspeto mental;
- Aspeto comportamental;
- Aspeto físico;
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60-65% da V.A.M. ou ). O percurso pode ser executado numa única direção em linha
reta ou com algumas mudanças de direção, tipo vaivém.
Depois deste trabalho, os que jogaram na partida anterior realizam o seu progra-
ma individualizado, enquanto os que não jogaram a partida anterior fazem um
trabalho suplementar (que nesta semana consistiu inicialmente por 3 séries de 4 mi-
nutos dum exercício de posse de bola 5x5 num terreno de 40x25m, com mudança do
limite de toques de uma série para a outra - 1ª série a 3 toques; 2ª série a 2 toques e
a 3ª série a 1 toque, excluindo as bolas recuperadas que permitiam ao jogador que a
recuperou dar 2 toques - com 2 minutos de recuperação após cada série. Para o exer-
cício de posse de bola de 5x5 deve-se ter em atenção o objetivo aeróbio do treino
para a determinação do espaço a utilizar. Neste dia, os espaços devem ser bastante
amplos em relação ao número de jogadores de forma a que o trabalho orgânico preva-
leça em relação ao trabalho muscular. Em seguida realização de 2 séries de um jogo
de GR+5x5+GR de 6 minutos com 3 minutos de recuperação entre séries - 1ª série jo-
gada a 3 toques com golo válido ao 1º toque e a 2ª série jogada a 2 toques com golo
ao 1º ou ao 2º toque). Após a realização deste trabalho suplementar, os jogadores
que não jogaram na partida anterior realizam também o seu programa individualiza-
do.
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impressões que a equipa técnica recolhe da análise do vídeo da partida anterior as-
sim como da análise das sessões de treino.
Jogador: ________________________________________________________________________________
Trabalho de Compensação Físico: Postura para a cadeia posterior - Trabalho propriocetivo sem e com apoio
- Tonificação de flexores e adutores com elástico - abdominais dorsais lombares - Relaxar as costas na bola -
Traballho de Força nas máquinas.
Objetivo: Equilibrar os Flexores e ter alto o tónus muscular dos membros superiores. Libertar a tensão muscu-
lar na pélvis.
Trabalho de Compensação Técnico-Tático: Cálculo das trajetórias através da localização da zona de queda
da bola e da zona de ataque da bola usando os círculos. Ataque à bola após cruzamentos de várias zonas do
campo; Ataque à bola primeiro sem oposição e depois com adversários.
Objetivo: O 1º objetivo é perceber se o decadente ataque à bola que é o resultado final evidente na partida,
depende da dificuldade de perceber a trajetória da bola, do distúrbio realizado pelo adversário ou do medo de
falhar atacando assim a bola; o 2º objetivo é claramente a correção da lacuna evidenciada.
- Todos os dias antes da sessão de treino: postura - trabalho propriocetivo sem e com apoio - potenciação dos
flexores e adutores com elástico.
- 3ª e 5ª de manhã: Força nas máquinas, ATENÇÃO na eventualidade que o jogador tenha jogado a partida de
domingo à 3ª efetua somente Tonificação.
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4ª feira de manhã:
9h30m - Reunião habitual da equipa técnica para a organização das duas sessões de
treino previstas para este dia.
Objetivo: Para esta sessão de treino há um objetivo exclusivamente físico que neste
dia seria a “força específica”.
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4ª feira de tarde:
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No final da sessão a equipa técnica averigua se o objetivo físico do treino foi cumpri-
do através da análise dos dados obtidos através do dispositivo de monitorização da
carga de treino. O treinador e o treinador adjunto prosseguem com a análise ao próxi-
mo adversário.
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5ª feira de manhã:
9h30m - Reunião habitual da equipa técnica para a organização das duas sessões de
treino previstas para este dia.
Objetivo: Correção dos problemas encontrados ao nível setorial na última partida efe-
tuada. Para esta sessão de treino não há objetivos a perseguir do ponto de vista físi-
co pelo que o treino deverá ser essencialmente didático sem causar grande desgaste
físico aos jogadores.
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Organização:
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Reação à mudança de corredor do jogo depois de um passe para trás. Nesta exercita-
ção trabalha-se as mudanças de orientação do jogo para o Extremo do lado oposto,
coloca-se muita atenção na posição do corpo (que não deve ser nem muito fechada
para a bola nem muito aberta em relação ao campo) e no timing da basculação (de-
vem ter como referência o pé de apoio do adversário que faz a mudança de corredor
de forma a não arriscarem que o movimento seja feito com atraso).
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Situação semelhante à do exercício anterior mas com a diferença desta vez que a mu-
dança do corredor de jogo é realizada em profundidade. Assim sendo, o movimento
de basculação dos três jogadores que passam a fazer a cobertura após a mudança
do centro do jogo muda, de forma a que rapidamente passem a cobrir o espaço junto
à baliza para intercetarem um eventual cruzamento de primeira por parte do adversá-
rio. O Defesa Lateral do lado para onde a bola foi enviada deve bascular de forma a
fechar a linha de cruzamento ao oponente que recebe a bola.
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Aqui é treinada a situação de bola descoberta após esta ser recuada pelo Ponta de Lança
da equipa adversária para um seu colega. No último jogo esta situação criou dificuldades à
equipa. Apesar da linha defensiva se manter junta e alinhada a verdade é que procurou “jo-
gar em fora-de-jogo” o que originou situações de perigo por parte dos jogadores exteriores
da equipa oponente. O treinador posiciona-se próximo do jogador que recebe a bola recua-
da por parte do seu Ponta de Lança e depois decide se “a cobre” ou se a deixa “descober-
ta” (situação na qual o portador da bola avança na direção da linha defensiva). Quando a
bola é recuada a linha defensiva deve seguir a bola e “encurtar o campo”. Se a bola for co-
berta pelo treinador a linha defensiva deve “permanecer alta” no terreno de jogo. Se a bola
ficar descoberta a linha defensiva deve juntar-se e recuar no terreno de jogo até cerca de
20 metros da sua baliza (saindo aí um defesa na pressão ao portador, com os restantes
três defesas a dar cobertura nas suas costas, quando os adversários já não têm possibili-
dades de colocarem a bola em profundidade).
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Na ligação seguinte pode ser vista a tese de Francesco Calzona (treinador adjunto de
Maurizio Sarri), realizada para a obtenção do nível UEFA Pro na Federação Italiana
de Futebol, em que mostra os princípios da linha defensiva do SSC Nápoles e vídeos
de 27 exercícios utilizados para a treinar:
https://www.youtube.com/watch?v=7NBdcPS-ZtA
Após a sessão de treino, a equipa técnica prepara o vídeo da fase ofensiva da equipa
adversária para que seja mostrado é equipa durante o período da tarde.
5ª feira de tarde:
14h45m - Reunião com a equipa para se analisar a fase ofensiva da equipa adversá-
ria. O treinador mostra no quadro tático o sistema de jogo da equipa adversária e os
movimentos ofensivos que realizam. A reunião é concluída com a análise do treinador
adjunto ao vídeo realizado sobre o oponente.
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2. A escolha que é efetuada pelo Guarda-Redes para iniciar o jogo desde trás.
Em caso de iniciar com saída longa deve-se analisar a zona de queda da bola,
o jogador que ataca a bola e como e por quem são atacados os espaços nas
suas costas. Em caso de iniciar com saída curta analisa-se se privilegiam a saí-
da por uma certa zona ou se optam preferencialmente por algum jogador.
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O vídeo da fase ofensiva da equipa adversária tem também em conta todas as suges-
tões referidas aquando da análise da partida anterior, seja em termos da duração
(que deve ser breve e usualmente não exceder os 6/7 minutos), seja em relação à im-
plicação psicológica relativa ao momento atravessado pela equipa (mostrar o adversá-
rio a ter mais sucesso ou insucesso de acordo com o pretendido).
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Organização:
1. Fase didática contra o sistema de jogo habitualmente utilizado pela equipa ad-
versária e as suas dinâmicas, realizada a baixa intensidade como forma de
aquecimento.
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Os três defesas mostram grande qualidade quando têm a bola na sua posse, conse-
guindo alcançar o meio-campo com muita facilidade. Uma vez que a bola alcança o
meio-campo ofensivo optam por jogar muito com os Médios Ala ou com os Atacantes
(muito móveis e sempre a trocar de posições) e em seguida obrigam os adversários a
baixarem as suas linhas (o que se torna perigoso já que têm jogadores de grande efi-
cácia na frente). A decisão para este jogo será então de pressionar alto os adversári-
os, principalmente quando a bola está a ser jogada no seu terço defensivo (pelo Guar-
da-Redes e três defesas). A única variante em relação ao sistema de jogo habitual é a
subida de um Médio Interior para a linha do Ponta de Lança. É fundamental a reação
da equipa à primeira transmissão da bola por parte do Guarda-Redes adversário para
um dos seus três defesas, em que os dois jogadores mais adiantados devem isolar o
portador da bola dos outros dois colegas de forma a direcionar-se a bola para o corre-
dor lateral.
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Tendo-se decidido que a pressão intensa é fundamental para este jogo, se algum dos
Defesas Centrais dos corredores consegue ultrapassar com bola a linha dos dois ata-
cantes, a equipa não recua, continuando a pressão com o Médio Ala desse lado que
tenta trazer o adversário para dentro de forma a não se sofrer uma eventual inferiori-
dade numérica nesse corredor.
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2. Fase defensiva nos várias setores do campo contra o sistema de jogo e dinâmi-
cas utilizadas pela equipa adversária.
Duas equipas defrontam-se, uma equipa simula a equipa adversária e a outra desen-
volve os comportamentos pretendidos para a fase defensiva. Ao fim de algum tempo
as equipas trocam de papéis.
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- No setor médio do campo inicia-se a situação com a bola num dos dois Médios Cen-
tro da equipa adversária. A jogada usual é um dos Extremos recuar para receber a
bola nas costas da linha média adversária no corredor central e posterior entrada
em profundidade por parte do Médio Ala do seu lado. A opção tomada para contrari-
ar o jogo adversário é levar o seu Médio Centro com bola para o corredor central.
Se a bola passar pelo setor de meio-campo deve ser o Médio Centro que faz cober-
tura que deve tirar a linha de passe para o Extremo adversário ou então ele deve
ser seguido pelo Defesa Lateral local. No terreno de jogo a bola é colocada sempre
em jogo por um dos Médios Centro adversários que ao sinal do treinador, que indica
uma “bola descoberta”, os faz iniciar os movimentos previstos que devem ser resolvi-
dos da forma planeada. Após a conclusão de cada ação inicia-se de novo a situação
com a bola num dos Médios Centro.
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- No setor defensivo do campo inicia-se a situação num dos Extremos da equipa ad-
versária, que jogam “com os pés trocados” (isto é, um canhoto a jogar pelo corredor
direito e um destro a jogar pelo corredor esquerdo). Os seus movimentos habituais
são de tentativa de ligação com os outros dois atacantes que procuram receber em
profundidade ou então a colocação no Médio Ala do outro corredor que ataca em lar-
gura. O portador da bola deve ser pressionado pelo Médio Centro do seu lado (que
se for ultrapassado tem a cobertura do outro Médio Centro). Sempre que a bola esti-
ver “descoberta”, a linha defensiva deve absorver o ataque à profundidade por parte
dos adversários recuando no campo. O Médio Ala do lado oposto deve cobrir o “lado
débil” (lado oposto ao qual se encontra a bola). Não deixar que os jogadores se es-
queçam que sempre que a bola esteja “coberta” devem subir no terreno de jogo.
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Coloca-se uma linha a três-quartos do terreno de jogo. A equipa que simula a fase de-
fensiva deve defender a sua baliza e tentar passar com a bola controlada pela linha
de três-quartos. A outra equipa deve tentar chegar ao golo colocada em campo no sis-
tema de jogo habitual dos adversários e tentando replicar os seus movimentos. De-
pois de jogarem alguns minutos em igualdade numérica, os quatro jogadores mais adi-
antados só podem participar na fase defensiva após sinal do treinador (pelo que por
alguns segundos a equipa jogará em inferioridade numérica). Deve-se colocar aten-
ção na correção dos movimentos da equipa sempre que os adversários repõem a
bola em jogo de forma a que se faça uma boa gestão momentânea da inferioridade
numérica. A exercitação é concluída invertendo-se os papéis das suas equipas.
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6ª feira de manhã:
10h00m - Não há sessão de treino para os jogadores, mas a equipa técnica reune-se
para realizar as seguintes tarefas: preparação de mais dois vídeos para mostrar à
equipa, um abordando a fase defensiva da equipa adversária e o outro abordando as
bolas paradas da equipa adversária (a favor e contra). Deve-se também preparar o re-
latório individual dos jogadores que compõem a equipa adversária (usualmente estes
jogadores já estão registados na base de dados pelo que se procede apenas à atuali-
zação da sua ficha individual).
6ª feira de tarde:
14h45m - Reunião com a equipa para se analisar a fase defensiva da equipa adversá-
ria. A reunião decorre da mesma forma do que as anteriores, com o treinador a inter-
vir inicialmente para mostrar as caraterísticas e movimentos dos próximos adversári-
os na sua fase defensiva. Em seguida é mostrado o vídeo, pelo treinador adjunto,
para complementar a análise efetuada pelo treinador.
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O vídeo da fase defensiva da equipa adversária que é editado, leva em conta a mes-
ma lógica dos anteriores e tem a seguinte ordem:
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Objetivo: Este treino tem como objetivo tático a preparação da fase ofensiva da equi-
pa contra o sistema de jogo da equipa adversária e suas particularidades defensivas.
Do ponto de vista físico efetua-se um trabalho para o desenvolvimento da velocidade.
Como aquecimento realiza-se uma série de passagens a baixa velocidade por alguns
obstáculos elevados com o objetivo de mobilizar a anca e os membros inferiores. Em
seguida realiza-se um trabalho de desenvolvimento de velocidade e rapidez sem bola
em várias repetições com estímulos diferentes.
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Revisão dos princípios de jogo ofensivos da equipa, que são abordados todas as se-
manas independentemente da equipa adversária a defrontar. Treina-se a saída com a
bola desde trás pelos defesas, a ligação com os Médios Centro e Médios Ala e os mo-
vimentos dos atacantes.
Exercício de treino: Duas equipas defrontam-se, uma inicia desenvolvendo a ação pro-
posta pelo treinador e a outra defende passivamente. Aquando da conclusão da ação,
a outra equipa inicia velozmente o mesmo tipo de ações da equipa anterior, enquanto
a equipa que entretanto concluiu a ação, reorganiza-se defensivamente o mais rápido
possível.
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Nas saídas curtas treina-se a saída da pressão exercida pelos três atacantes adversá-
rios. Notando-se a tendência dos Extremos adversários seguirem principalmente os
Defesas Laterais, opta-se por aproveitar situações de 2x1 no corredor central. Para
se ultrapassar o Ponta de Lança adversário, o Defesa Central portador da bola deve
assumir a iniciativa de subir com a bola em sua posse. Depois, de acordo com a rea-
ção dos adversários passa a bola para o outro Defesa Central (que sobe no campo
com a bola até à linha de meio-campo) ou então passa a bola para o Defesa Lateral
se é pressionado pelo Extremo.
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Este bloco de trabalho era realizado com as duas equipas a alternarem de funções. A equi-
pa que simula os movimentos da equipa adversária deve permanecer bastante passiva en-
quanto a outra equipa tenta decidir, de acordo com as situações escolhidas, o mais veloz-
mente possível.
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4. Simulação competitiva.
Neste último bloco são trabalhadas as situações que se vão encontrar na próxima partida.
Uma equipa adota o sistema de jogo da equipa adversária e a outra assume o sistema de
jogo escolhido para a próxima partida. Nos primeiros 5 minutos obriga-se a que o Guarda-
Redes opte pelas saídas longas, nos seguintes 5 minutos deve optar pelas saídas curtas e
nos últimos 5 minutos, ao sinal do treinador, a “equipa adversária” tem a obrigação de en-
tregar a bola à outra equipa de forma a que ela possa desenvolver a transição ofensiva trei-
nada anteriormente. Em seguida as equipas trocam de funções.
Após o término da sessão de treino, a equipa técnica prepara o treino do dia seguinte, ten-
do como base o estudo realizado às bolas paradas ofensivas e defensivas da equipa ad-
versária. Decide-se a disposição defensiva a adotar nas várias situações. Decide-se tam-
bém, de acordo com a disposição da equipa adversária nas bolas paradas defensivas,
quais os esquemas a adotar (novos ou já realizados anteriormente) para se tirar proveito
das particularidades da outra equipa.
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2.6. “sábado”
sábado de manhã:
9h45m - Reunião com a equipa para se analisar as bolas paradas defensivas e ofensi-
vas da equipa adversária. A reunião decorre da mesma forma do que as anteriores,
com o treinador a mostrar as particularidades dos oponentes em certas situações.
São mostradas as situações em que os adversários criam mais perigo e as situações
em que são mais vulneráveis. Em seguida é mostrado o vídeo, pelo treinador adjunto,
para complementar a análise efetuada pelo treinador.
O vídeo das bolas paradas da equipa adversária, que é editado com a mesma lógica
dos anteriores, tem a seguinte ordem:
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Inicia-se a sessão de treino com uma mobilização articular dos membros superiores e
inferiores e conclui-se este bloco com uma série de exercícios para se trabalhar a ve-
locidade de reação.
19h45m - Reunião com a equipa para se analisar as caraterísticas individuais dos jo-
gadores adversários que jogarão no dia seguinte. Nesta reunião utilizam-se as fichas
individuais dos adversários preparadas no dia anterior. São resumidas à equipa, ad-
versário a adversário, as suas caraterísticas táticas, técnicas, físicas e psicológicas.
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2.7. “domingo”
domingo de manhã:
9h15m - Logo após o pequeno-almoço a equipa técnica reune-se para se definir os úl-
timos detalhes relativamente à partida, em particular as tarefas individuais de cada jo-
gador relativamente às bolas paradas defensivas e ofensivas. Depois desta breve reu-
nião, o treinador prepara a sua intervenção nas duas reuniões que vão decorrer com
a equipa antes do jogo de forma a ser breve e conciso.
- Aspeto Mental: preparação da equipa para ter as reações mentais adequadas em re-
lação às várias situações que poderão acontecer na partida e procura sobretudo de
criar-se uma forte motivação coletiva, de modo a terem uma boa prestação em cam-
po.
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Todos os aspetos são abordados de uma maneira geral, sem se entrar em detalhes
individuais.
14h30m - Assim que se chega ao estádio, junta-se a equipa no balneário para a últi-
ma reunião (breve) antes da partida. Esta reunião tem objetivos individuais, quer do
ponto de vista tático, mental e de motivação. Os tópicos tidos em consideração são
os seguintes:
- Titulares: só agora é comunicado à equipa quem será a equipa titular. Maurizio Sarri
pensa que cada jogador convocado tem a obrigação, mas também o direito, de sen-
tir-se parte da partida até ao último momento.
- Aspetos Táticos Individuais: a cada jogador são recordadas as funções que devem
desempenhar na fase ofensiva e na fase defensiva. Para cada jogador tenta-se dar
a motivação específica de caráter individual para a partida em questão.
No final desta reunião o treinador retira-se do balneário para permitir que os jogado-
res se sintam livres de viver os momentos que precedem a partida da forma mais
agradável e habitual possível.
16h30m - Início da partida. O jogo foi preparado pela equipa técnica até ao mínimo de-
talhe e procurou-se sobretudo durante a semana, colocar os jogadores em boas con-
dições para se exprimirem da melhor maneira possível em campo. Temos de ter no
entanto a consciência de que no jogo vão aparecer situações imprevistas às quais o
treinador, mas especialmente os jogadores (que são os verdadeiros protagonistas),
devem tentar fazer frente da melhor maneira possível.
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Durante a partida para haver uma leitura do jogo à qual escapem o menor número
possível de pormenores, faz-se uma divisão de tarefas entre o treinador e o seu adjun-
to.
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