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Índice

Introdução................................................................................................................................................5
Conceito de táctica...................................................................................................................................6
Táctica ofensiva.......................................................................................................................................6
Táctica ofensiva individual.......................................................................................................................6
Táctica ofensiva de grupo.........................................................................................................................7
Ecrã..........................................................................................................................................................7
Bloqueio...................................................................................................................................................7
Cruzamento..............................................................................................................................................7
Cortina......................................................................................................................................................7
Táctica ofensiva de equipa (colectiva)......................................................................................................7
Táctica defensiva......................................................................................................................................8
Táctica defensiva individual.....................................................................................................................9
Táctica defensiva de grupo.......................................................................................................................9
Táctica defensiva de equipa......................................................................................................................9
Defesa Individual em todo o campo.......................................................................................................10
Defesa Individual no meio campo..........................................................................................................10
Defesa Individual próximo a área de golo..............................................................................................10
Guarda-redes..........................................................................................................................................12
Regras básicas........................................................................................................................................13
Sanções disciplinares..............................................................................................................................17
Conclusão...............................................................................................................................................20
Bibliografia............................................................................................................................................21

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Introdução
Falar das tácticas defensiva e ofensiva numa disputa desportiva de andebol, é o mesmo que
referir das suas importâncias e utilidades acima de tudo. Nesta ordem de ideias, importa referir
que estes elementos permitem ao jogador de andebol resolver eficientemente as tarefas do jogo.
No entanto, as tácticas defensivas e ofensivas são as mais utilizadas e comuns no andebol actual.
Estão também ilustrados neste trabalhos, as tarefas e limitações do guarda-redes, elemento
indispensável na realização de uma partida de andebol. As regras de andebol, não deixam de ser
mencionadas porque tudo quando se fala de competição, envolve um juiz que faz valer as regras
dentro da quadra. Nisto, importa referir também que, as normas de jogo de andebol são uma
componente importante para os atletas de andebol assim sendo, a apresentação das regras deve
suceder, de uma forma facilitada, em dois momentos divergentes: no transcorrer da elucidação
visionária do jogo (em que se apresentam as regras mínimas, imprescindíveis à prática do jogo) e
no girar do jogo (fazendo com que os adolescentes envolvidos na modalidade, aprendam as
demasias regras, de uma forma progressiva e interactiva, sem grandes exigências intelectiva.

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Conceito de táctica
Entende-se táctica o complexo de acções individuais, ou colectivas, com o objectivo de criar uma
situação favorável para finalizar ou para dar continuidade a acção ofensiva, assim como para a
recuperação da posse da bola.

Táctica ofensiva
Contra-ataque é a passagem rápida de defesa para o ataque geralmente com um jogador, causado
pela perda de bola pelo adversário. Pode ser realizado por um jogador que rouba a bola e sai
sozinho ou através de um passe a longa distância executado pelo guarda-redes ou por um
companheiro seu.

Quando não for possível ultrapassar o adversário, ou este regressou mais rapidamente à defesa,
ou a bola foi rematada ao lado da baliza ou saiu do campo de outra maneira, Segue-se um ataque
posicional, que se utiliza quando:

a) A defesa está formada e já não é possível ultrapassá-la no meio campo;

b) Deve-se retardar o jogo;

c) Deve-se poupar energias.

Distinguem-se, nesta fase, a parte dos sistemas que se abordarão mais tarde, vários tipos de
comportamento táctico de cada jogador e de grupos de jogadores, os quais se resumem no
conceito de táctica de uma equipe no ataque.

Táctica ofensiva individual


Considera-se como táctica ofensiva individual (meios tácticos individuais), a forma de superar a
resistência do adversário ou dos adversários sem ajuda do companheiro utilizando
conscientemente um conjunto de acções, em uma situação de jogo ofensivo.

A necessidade de executar, rápido e bem, fintas e deslocamentos para ganhar espaço/vantagem ou


impedir essa vantagem, para rematar “forte e rápido” longe da baliza ou em situações de choque
com o adversário, conduzem a que a capacidade física dos jogadores, assim como a táctica
individual, seja elevada, de forma a resolverem com eficácia os problemas do jogo (SOARES,
1995).

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Táctica ofensiva de grupo
Por táctica de grupo (meios tácticos de grupo) (progressão sucessiva, ecrã, bloqueios,
cruzamentos e cortinas) entende-se ser a interacção entre dois ou 3 jogadores através das suas
acções individuais tendo como um dos principais objectivos a criação da superioridade numérica
para uma melhor situação de finalização.

Como refere RIVIERE (1980) “as relações a dois são as sílabas, as relações a três as palavras que
formam a frase, ou seja, o jogo a seis”. Das acções tácticas de grupo, a progressão sucessiva é a
acção dinâmica de passagem, sem bola, pelo espaço de acção de um defensor suscitando nele a
dúvida sobre a responsabilidade de marcação num dado momento.

Ecrã
Acção de interposição do tronco, com ou sem bola, normalmente de costas para o defensor, para
impedir que este inicie o seu movimento de saída a um atacante, normalmente em benefício deste
para impedir a continuação da movimentação do defensor para acompanhar o atacante que esteja
a marcar.

Bloqueio
Acção de interposição do tronco, com ou sem bola, para impedir a continuação da movimentação
do defensor para acompanhar o atacante que esteja a marcar. O bloqueio deve ser utilizado com a
intenção de aproveitar as regras da defesa (estandardizadas) para proveito das acções de ataque.

Cruzamento
Acção de tentativa de entrada com bola, após simulação, no espaço entre dois defensores,
atacando o impar. Produz-se uma troca de posto específico.

Cortina
Acção dinâmica de passagem, sem bola, pelo espaço de acção de um defensor suscitando nele
dúvidas sobre a responsabilidade de marcação num dado momento. É levada à prática, pode
dizer-se, de forma inconsciente, mais frequentemente do que por vezes se imagina.

Táctica ofensiva de equipa (colectiva)


A táctica colectiva (sistemas de jogos de ataque) representa a soma das acções individuais,
devidamente coordenadas, que se desenvolvem através de procedimentos específicos para obter
situações vantajosas.

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Da revisão bibliográfica, praticamente a maior parte dos autores destacam que, no ataque contra
defesas organizadas, são utilizados os seguintes sistemas de ataque: 3:3 e 4:2.

Sistema ofensivo 3:3

O sistema ofensivo 3:3, é considerado um sistema tradicional de andebol. Têm-no sido ao longo
dos tempos e, apesar da evolução do jogo, tem mantido essa estrutura de base. É ponto de partida
que responde em termos equilibrados às necessidades do jogo no ataque, ocupando todo espaço.

Sistema ofensivo 4:2

O sistema atacante 4:2 compõe-se de quatro primeiras linhas - dois pontas e dois laterais e dois
segundas linhas (dois pivôs).

Táctica defensiva
Segundo TEODORESCU (1984), “o processo defensivo representa a fase fundamental do jogo
de andebol na qual uma equipa luta para entrar na posse da bola com vista à realização de acções
ofensivas, sem cometer infracções e sem permitir que a equipa adversária obtenha golo”.

O objectivo básico da defesa é de restringir o tempo e o espaço disponível dos atacantes,


mantendo-os sob pressão e negando- lhes a possibilidade de poder progredir no terreno de jogo.
Os defesas estabelecem assim, o primeiro passo para a recuperação da posse da bola.

E o objectivo principal do processo defensivo é a defesa da baliza. Isto acontece logo após a
perca da posse da bola. O desrespeito por este objectivo, poderá comprometer o resultado do
jogo, ou seja, a vitória. Por outras palavras, os erros cometidos no processo defensivo saldam-se
habitualmente pelo sofrer de golos, não consolidando assim os sucessos do seu próprio ataque.

O guarda-redes também deve se comunicar com sua equipa, (pois possui maior visão de jogo por
estar fora dos lances de ataque) incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus
companheiros no ataque. No quadro abaixo são apresentadas diferentes fases da defesa, propostas
por CASTELO (1994).

Tal como na táctica ofensiva, é referida na táctica defensiva: a táctica individual (meios tácticos
individuais defensivos), de grupo (meios tácticos defensivos de grupo) e colectiva (meios tácticos
defensivos de equipa) (ZERHOUNI, 1980; LAROSE, 1992; MORENO, 1993; MERCIER &
CROSS, s.d.).

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Táctica defensiva individual
O andebol nos dias de hoje, exige uma participação activa dos defensores, na procura de um
perfil de actuação não dependente dos movimentos ofensivos, mas autónomo no seu
funcionamento e sempre integrado em modelos que busquem condicionar o ataque de forma
sistemática.

O trabalho defensivo individual deve possuir intenções tácticas que provoquem erros ofensivos
como a dissuasão, importante para limitar a acção de jogadores com bola (impares.) ou para
combinar com acções de intercepção (pares ou impares) (impar - conceito de acção ofensiva
executada pelo atleta tendo como referencial o oponente direito do seu companheiro. Para que a
intercepção possa ter êxito, por exemplo, o defensor deve oferecer linha de passe, mantendo-se a
uma distância eficaz relativamente ao portador da bola e ao possível receptor.

O jogador que utiliza o bloco deve procurar a trajectória de remate próxima do braço executor,
por sua vez, o guarda-redes adapta-se à situação correspondendo-lhe zonas da baliza onde
teoricamente o defensor possa ter menos interferência (LATYSHKEVISH, 1991).

Táctica defensiva de grupo


O essencial da táctica defensiva de grupo é o método utilizado por um grupo de jogadores
segundo normas defensivas preparadas previamente ou resultantes da adaptação ao jogo de
ataque do adversário. Estas acções designam-se por combinações de defesa.

Dada a interactividade do jogo, o primeiro exercício pode atingir características do segundo e


vice-versa, no entanto os dois defensores devem ter como propósito controlar os oponentes de
forma a estarem sempre no seu campo visual (LATYSHKEVISH, 1991).

Táctica defensiva de equipa


Actualmente as equipas de andebol utilizam num mesmo jogo vários sistemas defensivos. Estas
mudanças de marcação estão fundamentadas segundo Antón (1990), na intenção de recuperar a
posse de bola através das incertezas que são submetidos os atacantes diante da variação e
alternância das acções tácticas defensivas obrigando os mesmos a actuar de forma improvisada.

A defesa homem a homem, como referem STEIN & FEDERHOFF (1981), “consiste no despique
pessoal directo e permanente do defesa com o seu adversário “directo”, que ele deve vigiar com
base no próprio sistema defensivo ou em virtude da atribuição de uma tarefa individual concreta”.

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O momento de inicio para marcar individualmente, segundo Zioli, (s/d), pode ser imediatamente
a perda da posse de bola. Entretanto, dependendo da intenção e do objectivo de sua utilização, ela
pode ser efectuada em três locais diferentes (STEIN & FEDERHOFF, 1981) e
(LATYSHKEVICH, 1991).

Defesa Individual em todo o campo.


Utilizada quando a equipa defensora necessita da bola e resta pouco tempo para o final do jogo.
Pode ser também uma forma de evitar o contra-ataque direito do adversário (CUETO et al.,
1992). É uma defesa muito perigosa e sujeita ao insucesso, pois pode ocorrer erro nos
emparelhamentos. A possibilidade dos defensores serem fintados aumenta em virtude do espaço.
Sua principal vantagem está na surpresa e impacto causado pela pressão exercida pelos
defensores na saída de bola junto à área de golo. LATYSHKEVISH (1991) recomenda para a
possibilidade de colocá-la em uso diante de equipas mal preparadas fisicamente e com pouca
experiência. Para obterem os resultados esperados os defensores devem ser rápidos, activos e
contarem com boa técnica individual nas acções defensivas.

Defesa Individual no meio campo


Inicia-se na metade do campo. É uma defesa mais cautelosa e têm como ponto forte um bom
espaço e tempo para definição dos emparelhamentos, mesmo assim continua como factor de
desvantagem a sua grande profundidade.

Defesa Individual próximo a área de golo


Nesta situação, a defesa individual pode parecer uma defesa zonal 3:3, pois ela adapta-se a
distribuição ofensiva do adversário. Caracteriza-se por ser a mais segura das marcações
individuais. Ela evita os remates de longas distâncias e oferece poucos espaços para progressões
dos adversários. Em casos de fintas e desmarques dos atacantes, a defesa é compacta e permite
ajudas por vários defensores.

Sistema defensivo 6:0

Neste sistema, temos uma óptima defesa, pois não permite uma movimentação livre do pivô
contrário, tendo como ponto forte defensivo o centro da área, porém deve ser utilizado quando o
adversário não possui bons jogadores que rematam forte da área de lançamento livre.
TENROLLER (2004), considera a defesa 6:0 a mais indicada para colocarmos em prática a nível
escolar, por ser uma defesa de fácil visualização e aprendizagem pelos alunos, além de ser mais

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eficiente e não exigir um alto nível de preparação física, sendo a mesma aplicável contra qualquer
tipo de ataque. O sistema defensivo 6:0 significa seis na linha de defesa, ou seja, seis jogadores
na segunda linha de defesa e nenhum na primeira, é um sistema de defesa simples e por isso serve
de base para os outros sistemas, pois esses seis jogadores tomam posição na linha junto da área
da baliza ou um pouco à frente desta (linha dos 6 metros), portanto formam apenas uma linha de
defesa. Relativamente às desvantagens, podemos destacar as seguintes: Frágil às finalizações de
meia distância, pois não tem profundidade; perturba muito pouco a liberdade de movimento do
adversário; ineficaz para recuperar a bola do adversário.

Sistema defensivo 5:1

É composto por duas barreiras de jogadores, uma delas formada por cinco jogadores próximos à
linha dos 6 metros e, a outra linha, com um jogador. A função específica do jogador avançado é
bloquear a acção do jogador atacante (grande rematador) (deve perseguir sempre o adversário, na
zona central evitando o remate a baliza).

Utiliza-se este sistema contra equipas com bons jogadores de seis metros e um bom passador e
especialista em remate de meia distância. Este sistema tem muitas facetas na sua aplicação uma
vez que pode utilizar-se tanto de maneira muito ofensiva como muito defensiva.

Sistema defensivo 4:2

É composto por duas linhas. A primeira linha é composta por dois jogadores próximos à linha de
nove metros, para dar maior combate aos rematadores. E a segunda linha é composta por quatro
jogadores próximos a linha de seis metros para impedir a penetração e os remates dos
adversários.

Tem com vantagens: Pode ser bem utilizado contra um ataque com dois pivôs; forte na zona
central; tem amplitude e profundidade; dificulta remates de curta e longa distância e dificulta
passes. Relativamente às desvantagens podemos destacar as seguintes: Fraco contra o sistema de
ataque 3:3; facilita os ataques dos pivôs e cobre bem a zona central da defesa com sua amplitude
e profundidade.

Sistema defensivo 3:3

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Sistema com três jogadores actuando à frente da área do lançamento livre, e três infiltradores
(pivôs) dentro da área, colocados equidistantes próximos à linha da área do guarda- redes. É um
dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade próximos à área do guarda-redes.

Vantagens: Oferecer boas possibilidades de contra-ataque; dificultar remates de nove metros.


Desvantagens: é ineficiente contra equipas bem organizadas; facilitar as infiltrações e dificultar a
cobertura. O sistema defensivo 3:3 é o sistema limitado, mas que proporciona aos iniciantes
melhores possibilidades de um aprimoramento de suas habilidades individuais.

Sistema defensivo 3:2:1

Existe a deslocação de todos para a zona onde está a bola, formando quase uma linha em relação
ao eixo da mesma. É formada por três linhas de defesa, uma com três jogadores sobre a linha de
seis metros outra com dois em uma linha intermediária entre seis e nove metros e a terceira linha
sobre os nove metros com um jogador.

Objectivo: neutralizar completamente à movimentação adversária antecipando-se ao central


atacante impedindo-o de executar o passe para a infiltração no bloqueio defensivo. Vantagens:
Pode adaptar-se facilmente quando o adversário muda sua forma de ataque, em princípio sem
modificar-se; o jogador de posse de bola está constantemente vigiado por dois defensores; tem
amplitude e profundidade, jogada ofensivamente perturba o jogo dos atacantes na zona de remate
de meia distância e oferece boas possibilidades para o contra-ataque.

As tácticas defensivas e ofensivas apresentadas acima são as mais utilizadas e comuns no andebol
actual. Como existem adversários e sistemas defensivos diferentes a figura do treinador é
importantíssima nesse momento.

Guarda-redes
O guarda-redes de andebol é o elemento mais importante da equipa. Esta, deve ser uma das frases
mais conhecidas no mundo do andebol.

O guarda-redes de andebol é o jogador mais observado pelos espectadores, é nele que recaem as
culpas dos golos e nem sempre lhe é dado o mérito das grandes defesas. Muitas vezes, são as suas
intervenções que contribuem para o espectáculo de um jogo.

Mas, apesar do guarda-redes ser um jogador de destaque numa equipa de andebol, não podemos
diminuir o mérito dos restantes jogadores que constituem essa mesma equipa. Um outro papel

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importante que o guarda-redes tem é o de tentar manter uma boa harmonia entre a defesa e o seu
trabalho, visto que o andebol é, essencialmente, um jogo colectivo.

Tecnicamente o guarda-redes coloca-se no meio da baliza (figura 16), um pouco à frente da linha
de golo. As pernas estão afastadas lateralmente, com os pés separados cerca de 20 a 30 cm, e
levemente flectidas. O peso do corpo distribui-se uniformemente pelas duas pernas. As mãos
conservam-se abertas e descontraídas. A posição deve ser descontraída e repousada, não forçada
(STEIN & FEDERHOFF, 1981).

STEIN & FEDERHOFF (1981) referem, por outro lado, que as acções de ataque, no seu
desenvolvimento táctico, devem estar no campo visual do guarda-redes.

A ausência de preocupação por parte dos treinadores na preparação dos seus guarda-redes, pode
ser um forte motivo para a crescente desmotivação e consequente abandono por parte destes
jogadores. Pois é difícil para um guarda-redes compreender a importância e a responsabilidade
que lhe são atribuídas, uma vez que a sua preparação é quase sempre “deixada ao acaso”.

No treino de guarda-redes o treinador pode ter como referência as diferentes escolas, mas nunca
deve impedir o aparecimento e desenvolvimento do estilo individual deste jogador, uma vez que
não existe uma técnica única para todos os guarda-redes. O treino de guarda-redes deve ser
específico e individualizado, não quer isto dizer que não deve estar incluído o trabalho com a
restante equipa, mas sim que tem de contemplar todas as exigências deste posto específico.

O guarda-redes é o jogador mais importante e onde, na maior parte das vezes, se encontram todas
as atenções de um jogo devido ao facto de este poder ser o elemento mais desequilibrador e
influenciador do resultado final.

Regras básicas
1. Equipas

Cada equipa é constituída até 14 jogadores, em que 7 jogadores são efectivos (6 de campo e um
guarda-redes) e os restantes 7 jogadores são suplentes, podendo um ou mais serem guarda-redes.
Não há limite para o número de substituições.

2. Tempo de jogo O tempo de jogo é de 60 minutos, divididos em duas partes de 30


minutos cada, com intervalo de 10 minutos. Caso o jogo se encontre empatado e seja

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necessário determinar um vencedor, é jogado um prolongamento com 2 partes de 5
minutos cada, separadas por 1 minuto de intervalo.

3. Guarda-redes

É permitido:

 Tocar a bola com qualquer parte do corpo para defender, dentro da área de baliza;
 Mover-se livremente com a bola dentro da área de baliza, sem as restrições dos jogadores
de campo, desde que não demore a executar o lançamento de baliza;
 Abandonar a área de baliza sem a bola e participar no jogo, mas fica sujeito às regras que
se aplicam aos jogadores de campo.
 Demorar a execução de um lançamento de baliza;
 Pôr em perigo o adversário numa acção defensiva;
 Abandonar a área de baliza com a bola controlada;
 Tocar a bola que esta está parada ou a rolar no solo fora da área de baliza, enquanto ele
está dentro da área de baliza;
 Levar a bola para a área de baliza quando esta está parada ou a rolar no solo fora da área
de baliza;
 Entrar na área de baliza a partir da área de jogo com a bola;
 Tocar a bola com o pé ou a perna abaixo do joelho, quando esta está parada no solo na
área de baliza ou movendo-se em direcção à área de jogo;
 Atravessar a linha restritiva do guarda-redes (linha dos 4 m), durante a execução de um
lançamento de 7 metros pelo adversário.
4. Área de baliza

Só ao guarda-redes é permitido entrar na área de baliza. Existe violação da área de baliza quando
um jogador de campo a tocar com qualquer parte do corpo, incluindo a linha de área de baliza
(6m).

Quando um jogador de campo viola a área de baliza, deve-se assinalar: Lançamento de baliza,
Lançamento livre, Lançamento de 7 metros. Quando um jogador envia a bola para a sua própria
área de baliza: -caso a bola entre na baliza, é golo; -caso a bola fique na área de baliza, ou se o
guarda-redes tocar a bola e esta não entrar na baliza, é lançamento livre; -caso a bola saia pela
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linha de saída de baliza, é lançamento de reposição em jogo; -se a bola atravessar a área de baliza
e voltar para a área de jogo, sem ser tocada pelo guarda-redes, o jogo continua.

5. Jogar a bola

É permitido: -Lançar, agarrar, parar, empurrar ou bater na bola, usando as mãos (abertas ou
fechadas), braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos: o guarda-redes pode também defender a bola
com os pés; Segurar a bola nas mãos por um tempo máximo de 3 segundos, com uma ou ambas
as mãos; Dar um máximo de 3 passos com a bola; lançar a bola ao solo uma vez e a apanhá-la
novamente; -bater a bola no solo repetidamente com uma mão (drible) e agarrá-la novamente;
fazer rolar a bola no solo de forma continuada com uma mão e depois agarrá-la novamente; Jogar
a bola enquanto de joelhos, sentado ou deitado no solo; Passar a bola de uma mão para a outra.

Não é permitido: Tocar a bola mais de uma vez, após ter sido controlada, sem ter tocado no solo
ou na baliza; Tocar a bola com o pé ou perna abaixo do joelho; Um jogador com a bola apoiar um
ou ambos os pés fora do terreno de jogo (mesmo que a bola esteja dentro do terreno de jogo).

6. Faltas e conduta antidesportiva

É permitido a cada jogador: -Utilizar braços e mãos para bloquear ou ganhar posse da bola;
Utilizar o corpo para obstruir um adversário, mesmo quando este não tem posse da bola;
Estabelecer contacto corporal com um adversário, frente a frente e de braços dobrados, e manter
este contacto para controlar e acompanhar o adversário.

Não é permitido ao jogador:

 Arrancar ou bater na bola que se encontra nas mãos do adversário;


 Bloquear ou empurrar um adversário com os braços, mãos ou pernas; Prender,
segurar, empurrar, ou lançar-se contra o adversário em corrida ou em salto.
6. O Golo

Um golo é válido quando a bola ultrapassa completamente a linha de baliza, desde que nenhuma
violação às regras tenha sido cometida pelo rematador ou um companheiro de equipa antes ou
durante o remate.

O jogo é ganho pela equipa que marcar maior número de golos no tempo regulamentar.

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7. Lançamento de saída

O jogo começa com lançamento de baliza executado por uma das equipas. na segunda metade do
jogo, as equipas mudam de campo, e o lançamento de saída efectuado pela equipa que não o
tenha executado no começo do jogo. Após marcação de golo, o jogo é retomado com um
lançamento de saída executado pela equipa que sofreu o golo.

Execução do lançamento de saída: -É executado em qualquer direcção a partir do centro do


terreno de jogo; Após o apito do árbitro, deve ser executado dentro de 3 segundos; O jogador que
executa deve estar com pelo menos um pé em contacto com a linha central e o outro pé sobre ou
atrás da linha, até que a bola saia da sua mão; Os outros jogadores da equipa do executante não
podem atravessar a linha central antes do sinal de apito.

8. Lançamento de reposição em jogo

É lançamento de reposição em jogo quando a bola cruzou completamente a linha lateral, ou


quando um jogador de campo da equipa que defende foi a último a tocar a bola antes de esta
cruzar a linha de saída de baliza da sua equipa. É lançamento de reposição em jogo quando a bola
toca no tecto ou num objecto fixo sobre o terreno de jogo. O lançamento de reposição em jogo é
executado: -sem sinal de apito dos árbitros pelos adversários da equipa que tocaram a bola por
último antes de esta cruzar a linha ou tocar no tecto ou num objecto fixo; -no local onde a bola
atravessou a linha lateral, -no canto, caso a bola tenha atravessado a linha de saída de baliza,
tocada por um jogador de campo defensor; O lançador tem que estar de pé com um pé sobre a
linha lateral até que a bola saia da sua mão. Os adversários deverão estar a um mínimo de 3
metros do lançador, sendo permitido estar junto à sua linha de área de baliza, mesmo se a
distância entre eles e o lançador for inferior a 3 metros.

9. Lançamento de baliza

É assinalado lançamento de baliza quando: Um jogador da equipa atacante viola a área de baliza;
Um guarda-redes controla a bola na área de baliza; Um jogador da equipa atacante tenha tocado a
bola que estava parada ou a rolar no solo dentro da área de baliza; quando a bola atravessa a linha
saída de baliza, depois de ter sido tocada em último lugar pelo guarda-redes ou um jogador da
equipa atacante. O lançamento de baliza é executado pelo guarda-redes, sem sinal de apito do
árbitro, a partir da área de baliza por cima da linha de área de baliza.

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10. Lançamento livre

É marcado quando existe uma infracção às regras por parte de um jogador/equipa, implicando a
perda de posse de bola. O lançamento livre é executado no local onde a infracção ocorreu. Os
adversários têm que permanecer a uma distância mínima de 3 metros do executante.

11. Lançamento de 7 metros

É marcado quando uma clara oportunidade de marcação de golo é impedida, em qualquer parte
do terreno de jogo. A execução do lançamento de 7 metros: -é um remate directo à baliza, dentro
dos 3 segundos que se seguem ao sinal de apito do árbitro; -o executante deve posicionar-se atrás
da linha de 7 metros, e não deve tocar ou atravessar essa linha antes de a bola deixar a sua mão; -
o executante ou um companheiro de equipa não podem jogar de novo a bola após a execução de
um lançamento de 7 metros, até que a mesma toque um adversário ou a baliza; -os colegas de
equipa do executante têm que se posicionar fora da linha de lançamento livre até que a bola tenha
deixado a mão do executante; -os jogadores da equipa adversária têm que estar fora da linha de
lançamento livre no mínimo a 3 metros de distância da linha dos 7 metros, até que a bola deixe a
mão do executante; -o lançamento de 7 metros deverá ser repetido, a menos que um golo seja
marcado, se o guarda-redes atravessa a linha dos 4 metros antes de a bola deixar a mão do
executante. Não é permitida a substituição do guarda-redes quando o executante está pronto para
executar o lançamento de 7 metros.

Sanções disciplinares
As sanções podem ser atribuídas a jogadores e a oficiais das equipas (treinadores, dirigentes,
etc.). Uma advertência (cartão amarelo) é atribuída sempre que: -existir uma conduta
antidesportiva; -a acção é dirigida principalmente ou exclusivamente ao adversário e não à bola. -
a um jogador não deve ser dado mais de uma advertência, e a uma equipa não devem ser dadas
mais de 3 advertências. Uma exclusão de 2 minutos aplica-se quando: um jogador faz uma
substituição irregular; -um jogador comete faltas repetidas (2ª advertência ao mesmo jogador, 4ª
advertência à equipa); -um jogador tiver conduta antidesportiva repetida dentro ou fora do terreno
de jogo; -existe conduta antidesportiva de qualquer um dos oficiais de uma equipa, a equipa será
reduzida no terreno de jogo de um jogador; -existe uma desqualificação de um jogador ou oficial
de equipa. Uma desqualificação (cartão vermelho) aplica-se: -quando há conduta antidesportiva
de um dos oficiais de equipa, depois de um deles ter sido previamente sancionado com uma
advertência e uma exclusão de 2 minutos; -quando há infracções que colocam em perigo a
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integridade física do adversário; -em caso de conduta antidesportiva grave de um jogador ou um
oficial de equipa, dentro ou fora do terreno de jogo; -em caso de uma agressão por parte de um
jogador antes do encontro ou durante um procedimento de desempate; -em caso de agressão por
parte de um oficial de equipa; -devido a uma terceira exclusão de 2 minutos para o mesmo
jogador. -o jogador ou oficial da equipa tem que abandonar o jogo e o campo, e a sua equipa fica
durante 2 minutos sem um jogador em campo. Uma expulsão aplica-se: -quando um jogador é
culpado de uma agressão durante o tempo de jogo, dentro ou fora do terreno de jogo; -o jogador
expulso tem que abandonar o terreno de jogo e não pode ser substituído.

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Conclusão
As tácticas defensivas e ofensivas são as mais utilizadas e comuns no andebol actual. Como
existem adversários e sistemas defensivos diferentes a figura do treinador é importantíssima
nesse momento. O guarda-redes é o jogador mais importante e onde, na maior parte das vezes, se
encontram todas as atenções de um jogo devido ao facto de este poder ser o elemento mais
desequilibrador e influenciador do resultado final. As regras de jogo de andebol são um elemento
importante para os jogadores de andebol Assim sendo, a apresentação das regras deve ocorrer, de
uma forma simplificada, em dois momentos distintos: no decorrer da explicação teórica do jogo
(em que se apresentam as regras mínimas, imprescindíveis à prática do jogo) e no decorrer do
jogo (fazendo com que os jovens aprendam as restantes regras, de uma forma progressiva e
interactiva, sem grandes exigências cognitivas.

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Bibliografia
CASTELO, J. (1994): Futebol. Modelo Técnico – Táctico do Jogo. Edições FMH. Lisboa.
CUETO, M.; IGLESIAS, R. & GRACIA, j. (1992). Iniciación al Balonmano. Madrid: Augusto
E. Pila Teleña,.
LATYSHKEVICH, L. (1991). Balonmano. Barcelona: Paidotribo.
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