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Posições / Funções
São usadas, geralmente, no basquete, três posições: alas, pivôs e armador. Na maioria das equipes temos
dois alas, dois pivôs e um armador.
Posição 1 - Armador
Usualmente, o jogador mais baixo de uma equipe de basquete tende a assumir a função de armador da
equipe. Essa é a posição 1 do esporte, que, em inglês, recebe o nome de point guard.
Porém, é claro que o armador não é escolhido somente por sua altura. O jogador que atua na posição 1 é o
responsável por organizar as jogadas de ataque e definir quais movimentos devem ser feitos até o arremesso.
O armador é, portanto, como uma extensão do treinador em quadra. Sabe quando o jogador com a posse de
bola levanta a mão indicando algum número com os dedos? Isso ocorre quando o armador está sinalizando
aos companheiros qual jogada deve ser feita.
Com a bola nas mãos, os armadores também podem fazer infiltrações e buscar as bandejas ou optar por
arremessos de longa distância. Essas características estão diretamente relacionadas ao planejamento tático
da equipe e a quais outros jogadores estão em quadra.
Posição 3 – Ala
O jogador de basquete que atua na posição 3 é chamado de ala e, como o nome indica, joga pelos lados da
quadra. Em inglês, essa posição recebe o nome de small forward.
O ala é o jogador que melhor mescla as funções extremas de armador a pivô. No ataque, podem terminar
jogadas de costas para a cesta, enquanto podem ser utilizados para impor sua condição física sobre
armadores na defesa.
Posição 4 – Ala pivô
O ala-pivô é o jogador de basquete que atua mais próximo da cesta e dentro do garrafão, mas tem mais
mobilidade que os pivôs. Na NBA, essa posição recebe o nome de power forward ou ala de força.
Na defesa, o jogador da posição 4 tem a função de bloquear os adversários e pegar rebotes. Já no ataque, o
power forward atua tanto dentro do garrafão quanto realiza arremessos de média distância.
Posição 5 - Pivô
O pivô é o jogador mais alto e mais forte de uma equipe de basquete. Ele atua dentro do garrafão tanto no
ataque quanto na defesa, sempre perto da cesta. Na NBA, o jogador da posição 5 recebe o nome de center.
Historicamente, os melhores pivôs eram atletas que se impunham pela força física, como Shaquille O’Neal.
Porém, com a revolução recente da NBA, esses jogadores têm sido mais exigidos em funções fora do garrafão
e sendo mais ágeis também no jogo de costas para a cesta.
As mudanças do basquete exigem uma nova postura ofensiva. Porém, defensivamente, os pivôs seguem
sendo responsáveis por proteger o garrafão, pegar rebotes e dar tocos nos adversários que tentam
infiltrações.
Tática
Sendo a tática uma capacidade senso cognitiva que se baseia em processos psicofisiológicos, através da
captação e transmissão de informações advindas do meio (o jogo, por exemplo), a sua interpretação e a
elaboração de respostas, tendo como base os conhecimentos pré-adquiridos, objetivando a melhor solução
para um determinado problema (DE ROSE JÚNIOR e TRÍCOLI, 2005).
Já a tática coletiva, se apoia na própria tática individual e reúne pequenos núcleos de jogadores, ou até a
equipe toda, abrangendo circunstâncias mais complexas e que dependem de um sincronismo de ações, que
após serem predefinidas, configuram as diferentes estratégias desportivas, que por sua vez, buscam a visão
do “macro”, do conjunto, de forma sistêmica, relativamente ao jogo, pois a tática individual ocupa-se da visão
“micro”, no sentido particular em relação ao todo, e, a tática coletiva, quando aplicada ao Basquetebol,
constitui-se do plano teórico de (re) organização da equipe a curto, médio ou em longo prazo (FERREIRA e DE
ROSE JÚNIOR, 2003).
Estas mesmas estratégias são definidas por fatores como o tipo e a duração de uma temporada/competição,
o material humano disponível, os adversários, situações momentâneas de uma competição/jogo, a
classificação da equipe na tabela, ou seja: a estratégia é responsável pelas adequações necessárias para se
alterar o planejamento da equipe, onde outros três aspectos também são fundamentais:
Primeiro, a estratégia a ser estabelecida a partir de um objetivo principal e outros específicos. Segundo, deve-
se elaborar o planejamento prévio da atuação a curto, médio e longo prazo. E, por fim, todos os aspectos que
interferem na atuação da equipe devem ser considerados (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).
Assim, a estratégia consiste no “saber o que fazer”.
Sistemas Ofensivos
Os sistemas táticos ofensivos no basquete tem o objetivo exclusivamente de ampliar o leque de alternativas
para pontuar.
A equipe deve trabalhar a posse de bola para criar desequilíbrios na defesa e colocar jogadores em boas
condições de arremesso.
Em um ataque no basquete, há três situações que devem ser observadas:
Manter a posse de bola o máximo possível dentro dos 24 segundos permitidos pela regra;
Desequilibrar a defesa adversária;
Finalizar a jogada de ataque com precisão.
Na missão de converter mais cestas, há diferentes posicionamentos que podem ajudar uma equipe a superar
a marcação adversária.
Sistemas de defesa
O ato de defender envolve alguns princípios fundamentais, como primeiro marcar, antecipando-se aos gestos
técnicos dos adversários; cumprir com sua missão específica na marcação; ajudar na marcação de outros
jogadores; e deslocar-se em função da movimentação dos adversários e da bola.
A defesa inicia-se, imediatamente, quando a equipe ofensora perde a posse de bola, o que resulta na
transição defensiva, podendo ser subdividida em:
defesa temporária - através do prolongamento da transição defensiva, tendo o defensor que retornar à sua
quadra em linha reta e o mais rápido possível, na intenção de não predispor vulnerabilidade a sua equipe;
defesa organizada - que consiste no período em que os jogadores ocupam suas posições específicas no
campo defensivo;
defesa em sistema - que se dá logo após a ocupação destas posições específicas de defesa, resultando na
realização das ações táticas, na intenção de impedir ou dificultar as movimentações e as finalizações (REIS,
2005).
No Basquetebol, existem dois tipos básicos de defesa:
um, que se baseia na marcação por zona ou por regiões da quadra, onde o jogador responsabiliza-se por
uma determinada área do campo de jogo, e, outro que se fundamenta na marcação, específica, de um
determinado jogador, denominada de marcação individual.
Entre as variações, cita-se a marcação por zona 3x2, utilizada quando a equipe defensiva é “eficiente nos
rebotes”, com bons e altos pivôs.
Assim, por subentender-se uma grande possibilidade do adversário ser induzido aos arremessos, e, por
consequência ao erro, forma-se uma linha de três defensores na parte superior do garrafão, e outra de dois
mais próximos à cesta, auxiliando que a equipe defensiva saia, rapidamente, para o “contra-ataque”, logo
após a conquista do rebote defensivo. Conforme modelo: DEFESA 3 x 2
Outro tipo é a zona 2x3, preferida quando a equipe defensiva não possui um rebote tão eficiente como no
exemplo anterior, fazendo-se necessário, portanto, a formação inversa a 3x2, através de uma linha de três
reboteadores posicionados logo abaixo da cesta, na intenção de garantir o rebote defensivo, e uma segunda
linha de dois defensores na região superior do garrafão, impedindo as infiltrações e os arremessos daquela
região, bem como viabilizando os contra-ataques, caso a equipe recupere a bola através do rebote defensivo.
Conforme modelo: DEFESA 2 x 3
Um terceiro tipo é a zona 1x3x1, que deve ser eleita quando se enfrenta uma equipe que atua com dois pivôs,
altos e bons tecnicamente, e que realizam triangulações eficazes, bem como com bons arremessadores de
média distância e das laterais do garrafão.
Para tanto, monta-se uma linha de três marcadores no centro do garrafão e outros dois jogadores
isolados; um deles, logo na cabeça e o outro próximo ao aro, com o primeiro intencionando evitar a penetração
do armador adversário por esta região, e o segundo, ainda com a finalidade de continuar garantindo o rebote
defensivo. É justamente esta linha de três marcadores no centro do garrafão que dificultará a referida atuação
dos pivôs adversários, que triangulam e trocam de posicionamento constantemente, como também os dois
marcadores externos da mesma linha de três, por ficarem alocados fora da área restritiva, possibilitam a
marcação dos jogadores que arremessam daquela região. Como exemplo, forma-se um desenho em formato
do sinal de + (mais). Conforme a figura: DEFESA 1 X 3 X 1
Como vantagens, a marcação por zona no basquete:
o diminui o desgaste físico;
o impede infiltrações;
o melhora o posicionamento para o rebote defensivo;
o mantém a equipe preparada para puxar um contra-ataque após o rebote.
Em contrapartida, a marcação por zona permite uma vulnerabilidade defensiva se a equipe que tem a posse
de bola se posicionar de uma forma que explore espaços abertos na quadra. Isso pode ser feito com a
concentração de mais jogadores nas zonas onde houver menos defensores.
Outra desvantagem da marcação por zona é a vulnerabilidade para arremessos de 3. Enquanto esse sistema
bloqueia as infiltrações, ele permite que os adversários, com uma rápida troca de passes, consigam ficar livres
para chutes do perímetro. Assim, a marcação por zona deve ser bem treinada para não ser passiva e
conseguir bloquear os bons arremessadores.
MARCAÇÃO INDIVIDUAL
Neste tipo de marcação, que originalmente surgiu com o próprio Basquetebol, é, geralmente, bastante
eficiente, mas, leva a um número maior de faltas, em face ao maior contato físico dos marcadores com os
atacantes; razão pela qual exige equipes com um bom banco de reservas (REIS, 2005).
A marcação individual é utilizada quando um jogador de defesa marca “homem a homem” um atleta da equipe
adversária. Ou seja, cada defensor deve acompanhar especificamente um jogador do time que tem a posse
de bola.
Normalmente, a definição de qual jogador deverá ser marcado por cada defensor leva em consideração as
posições dos atletas no time e também a altura.
Então, a principal característica é uma marcação específica, de cada oponente, sendo nesta de fundamental
importância equivaler habilidades técnicas, funções táticas, competências físicas e etc., no momento de
eleger marcadores e jogadores a serem marcados.
Por fim, ainda existe a denominada - marcação individual pressão - que pode ser executada em todo quadra,
ou apenas na sua metade.
É o sistema que tem como principal característica a situação de um contra um, ou seja, cada defensor marca
um atacante determinado. Para exercer essa marcação o defensor deve obedecer aos seguintes princípios:
ficar entre o atacante e a cesta, se o atacante estiver com bola, manter a distância de um braço, se o atacante
estiver sem bola, poderá antecipar o passe, ajudar o lado da bola ou ainda flutuar do lado oposto a ela.
O objetivo é induzir os atacantes ao erro, pressionando-os, e, compelindo-os a precipitarem o passe, errarem
um drible, perderem a posse de bola, esgotarem o tempo de posse de bola (no campo defensivo ou ofensivo)
ou terem que realizar uma tentativa de arremesso de forma precipitada ou emergencial.
Alguns fatores são fundamentais para que uma marcação individual seja bem executada:
Equilíbrio defensivo: mesmo no ataque, a equipe deve pensar em como será feita a volta para a defesa, para
evitar sofrer contra-ataques e bandejas;
Postura: o defensor deve estar sempre posicionado entre o adversário e a cesta, com os joelhos levemente
flexionados, sem encostar os calcanhares no chão. É importante também utilizar os braços para dificultar as
ações de quem tem a posse de bola.
Pressão: pressionar a bola depende das características do adversário e também das estratégias adotadas
pelo treinador para neutralizar quem tem a bola. O ideal é que a pressão obrigue o adversário a fazer o passe.
Flutuação: ainda que a marcação seja individual, um jogador pode ajudar seu companheiro que foi superado
pelo adversário que ele marcava. Assim, é preciso “flutuar” entre o oponente que está sendo marcado e a
bola, para fazer trocas na marcação se necessário.
Ajuda na marcação: como consequência da flutuação, a ajuda é utilizada para que um jogador “dobre” a
marcação sobre quem tem a posse de bola. Se for bem executada, ela obriga o adversário a fazer o passe.
Recuperação: quando é realizada a ajuda na marcação, dois jogadores marcam um mesmo adversário.
Consequentemente, um oponente ficará livre. Na recuperação, o atleta que fez a ajuda deve recuperar seu
posicionamento, mas sempre se preocupando em adotar a postura correta e sem saltar, para que não haja
um corte e um desequilíbrio defensivo, ou até uma falta.
Defesa de bloqueio: a equipe que ataca tende a fazer bloqueios na marcação para impedir que o marcador
fique próximo de quem tem a posse de bola. Assim, a equipe que defende deve analisar qual estratégia
adotar. O marcador de quem realiza o bloqueio pode trocar a marcação e passar a acompanhar o adversário
que tem a posse da bola ou os dois defensores podem “dobrar” a marcação sobre o atacante que tem a bola,
tentando isolá-lo.
Dobra no pivô: a ajuda na marcação ou “dobra” pode ser feita quando o pivô ou outro atacante está perto da
cesta com a posse de bola e tem vantagem física sobre seu marcador. Nesse caso, a defesa deve estar
atenta para a recuperação, já que a dobra no pivô deixará um jogador livre para receber a bola no perímetro
e fazer o arremesso.
Rebote: se a marcação individual for bem executada, a equipe que ataca será obrigada a fazer o arremesso
sem o posicionamento ideal para não “estourar” os 24 segundos de posse de bola. Assim, é fundamental que
os defensores estejam atentos ao rebote, com o posicionamento que afaste os adversários do aro e, assim,
possam saltar para pegar a bola.
Esses modelos são utilizados no basquete de alto nível e depende de muito treinamento.
A observação de jogos anteriores do adversário pode ser determinante para entender momentos certos de
variação na marcação.