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Nesta aula, você aprenderá a organizar defensivamente sua equipe. Dependendo do adversário e do momento da partida,
será necessário estabelecer estratégias diferentes e seus jogadores deverão estar preparados para tal.
Todo técnico deve ter sua loso a de defesa, que será passada aos jogadores por meio de algumas regras básicas, que, se
forem respeitadas, resultarão na forma de uma equipe defender. Claro que este enfoque pode variar de um técnico para o
outro, mas alguns conceitos são básicos e podem entrar em qualquer loso a de defesa adotada.
Objetivos
Uma vez que os jogadores tenham adquirido um bom nível nos fundamentos defensivos, o próximo passo é incorporar essas
destrezas individuais ao sistema defensivo da equipe. Seja utilizando defesa individual, zona ou combinada.
(Fonte: Shutterstock)
Princípios da defesa
A defesa tem como princípios:
Defender entre o atacante e a cesta. Di cultar a troca de passes e de arremessos.
Atrasar a progressão do adversário. Recuperar a posse da bola.
Fases da defesa
Temos as seguintes fases:
1 2
Defesa posicionada
Posicionamento de nitivo dos cinco defensores em seus
postos especí cos.
(Fonte: Shutterstock)
Posicionamento na quadra
Os sistemas defensivos entram em ação assim que a posse de bola passa para a equipe adversária, e podem ser previamente
combinados para serem executados, em relação à quadra, da seguinte forma:
½ quadra
É o mesmo conceito do item anterior, sendo que a ação
defensiva se iniciará quando o atacante passar para a
quadra de ataque.
Estes conceitos em relação à quadra podem ser aplicados a qualquer sistema defensivo
escolhido pelo técnico.
Defesa da bola
O defensor deve ser ensinado desde o início a marcar a bola
com agressividade e trabalhar bem os pés/pernas para não ser
cortado.
Defesa individual
A defesa individual tem como característica básica a responsabilidade de cada defensor marcar um determinado atacante.
A posição do defensor deve ser entre o atacante e a cesta a ser defendida. Esta é uma posição inicial básica que deve sofrer
ajustes de acordo com:
A posição da bola. A proximidade da cesta.
Em suma, cada um dos 5 jogadores em quadra estará marcando efetivamente um adversário. Obviamente haverá momentos de
trocas de marcação, dobras e ajudas.
A defesa individual pode ser executada de várias maneiras, de acordo com a orientação do técnico.
Defesa individual pressionada
Uma forma mais agressiva é a defesa pressionada, que dá
uma atenção especial ao atacante com bola e aos atacantes
com maior possibilidade de receber o passe.
Uma defesa individual pressionada exige muito treinamento e muita sintonia nas ações
defensivas dos jogadores, além de preparo físico diferenciado. Bem aplicada esta defesa
pode trazer muitas vantagens à equipe defensiva.
Cabe a este jogador fazer com que o adversário drible em direção às linhas laterais e de fundo. Forçar roubadas de bola
normalmente está associado a problemas com faltas.
Estes jogadores devem ter uma mão e um pé na linha do passe, e devem ter condições de manter os olhos no seu jogador e
na bola. Caso contrário, carão vulneráveis ao backdoor.
Ajuda
Qualquer jogador que está a dois ou mais passes da bola. A posição da ajuda se modi cará em relação à posição da bola. A
ajuda mais próxima da cesta é chamada de baixa, enquanto a mais próxima da linha do lance livre é chamada de alta.
Características da defesa individual
Cada defensor tem a função de marcar um atacante adversário:
Seus conceitos formam a base para a aprendizagem de todos os outros sistemas. Portanto, deve ser a primeira a ser
ensinada.
O marcador do homem da bola.
Os defensores negando passes.
Os defensores da ajuda.
(Fonte: Shutterstock)
9. Não perder o atacante nem a bola de vista (visão periférica
na ajuda).
(Fonte: Shutterstock)
Construção de um sistema defensivo
A construção de um sistema defensivo passa necessariamente por uma série de exercícios que, se praticados de forma
pedagogicamente progressiva, levam o jogador a entender o sistema como um todo.
Todos os princípios estabelecidos pelo técnico necessitam ser treinados separadamente, em um momento inicial, e depois
treinados em conjunto, até serem assimilados por todos jogadores.
Mesmo depois de estabelecido para toda a equipe, o sistema de defesa deve ser treinado separadamente durante toda
temporada.
Muitas situações podem ser previstas e treinadas, mas a equipe precisa estar preparada para agir por princípios e regras em
função de ações ofensivas apresentadas no jogo.
Percebe-se que a defesa por zona é bastante efetiva ao impedir penetrações e jogadas de 1
contra 1.
Dentre as possíveis justi cativas para se utilizar a defesa por zona, pode-se destacar:
Os jogadores da defesa podem evitar faltas mais facilmente, É possível que jogadores sicamente menos condicionados se
por estarem mais bem postados e mais protegidos por outros adaptem melhor, uma vez que devem se movimentar menos
jogadores. na defesa.
Conceitualmente, por ser menos complexa, permite que se
tenha mais tempo para treinar mais as jogadas de ataque.
É um “equalizador de forças”, pois di culta a atuação de Abre possibilidade para poucas jogadas de ataque e que
jogadores excepcionais. acabam sendo bastante similares.
Facilita o contra-ataque em virtude da organização dos
jogadores na defesa.
1. Alguns tipos de defesa por zona são mais vulneráveis para arremessos de 3 pontos.
3. O ataque pode tirar vantagem colocando um jogador melhor na zona de um jogador mais fraco da defesa.
5. A movimentação dos jogadores de defesa será determinada pela posição da bola, mas mantendo os limites de seu setor.
6. Embora este tipo de defesa tenha diversas formações possíveis, todas elas, de maneira geral, protegem mais a região
próxima da cesta, levando o ataque à nalização com arremessos fora do garrafão.
7. A construção da defesa por zona envolve todos os princípios da defesa individual, aplicados dentro do conceito de que cada
defensor permanecerá em sua região pré-determinada.
8. Os exercícios táticos deverão mostrar aos jogadores suas funções e responsabilidades, de forma progressiva, passando da
situação de 3 jogadores, depois 4 e nalmente o sistema completo de 5 jogadores. Esta progressão facilita a compreensão e
atuação dos defensores.
Atenção
1. Não se recomenda este tipo de defesa para jovens atletas, por limitar o desenvolvimento dos jogadores, tanto física quanto
tecnicamente.
2. Tal estratégia acaba se tornando e caz contra jovens, pois os mesmos não têm força para passar a bola para jogadores
mais distantes, além de não terem técnica su ciente para realizar arremessos de 3 pontos.
3. O professor de Educação Física deve formar atletas e não meramente vencedores de jogos. Diversas confederações no
mundo, inclusive a CBB, exigem nas suas competições que as equipes mais jovens joguem usando a defesa individual.
Pivô C (Center) 5
Todavia, ao jogar contra equipes que movimentam bastante a bola, este tipo de defesa demonstra ser vulnerável às in ltrações
partindo dos cantos da quadra.
Atenção
Diferencia-se da defesa 1-2-2 basicamente pelo posicionamento dos jogadores localizados no poste alto.
3-2 1-2-2
Defesa 1-3-1
Este tipo de defesa permite que a equipe saia mais rápido para
o ataque pois em virtude do posicionamento dos seus
jogadores, confere boas oportunidades para interceptação dos
passes.
Chamado de warrior. Deve cobrir toda linha de fundo da quadra. Não são raras as vezes nas quais as equipes utilizam seus
armadores para esta função.
Posições 2 e 3
Chamados de wings. São responsáveis por realizar a marcação nas laterais e possíveis dobras na marcação. Normalmente,
quando um está marcando em cima (mais próximo da linha de 3 pontos), o outro estará marcando embaixo (mais próximo
da linha de fundo).
Posição 4
Chamado de chaser. Deve ser atlético e ter grande capacidade de antecipação. Não deve permitir cortes pelo meio.
Posição 5
Chamado de center. Deve sempre permanecer entre a bola e a cesta, além de ter que manter a bola longe dos postes.
Neste caso, o homem que estiver marcando a bola deverá se comportar como na defesa individual, enquanto os demais utuam,
já que as trocas de marcação são prioritárias.
É uma defesa por zona com princípios da defesa individual, o que acaba confundindo o adversário quanto à estratégia de ataque
que ele deve utilizar.
Atenção
Independentemente do sistema defensivo, o conceito de “ lado forte 1 ” e “ lado fraco 2 ” da defesa deve ser claro.
Estes termos estão relacionados à localização da bola e à respectiva proximidade dos jogadores da defesa em relação aos
jogadores do ataque.
Imagine que há uma linha que se estenda da cesta até a metade do campo, dividindo a quadra em duas partes iguais. Se uma
equipe começa seu ataque com a bola do lado direito da quadra, esse é o “lado forte”. No entanto, quando a bola é passada para o
outro lado, o “lado forte” acaba sendo o lado esquerdo.
Atividade
1 - Quais são as fases da defesa?
Ala-armador
C (Center)
PF (power foward)
Ala
Lado forte1
Lado fraco2
Referências
De Rose Jr., D. Modalidades Esportivas Coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Próxima aula
Seleção da defesa que melhor se adapte ao seu time, ao adversário e à situação do jogo;
Avaliação de pontos fortes e fracos da sua equipe, bem como as ameaças e oportunidades geradas.
Explore mais
Dante De Rose - Características do Basquete e Metodologia - ENTB - Curso Nível I e III - BH/Jul.2011
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Dante De Rose (Parte 2) Características do Basquete e Metodologia - ENTB - Nível I/III - BH/Jul.2011
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