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Tema

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Métodos de Treino

Métodos Específicos de Preparação

Métodos Competitivos

1
Enquadramento
Teórico

A metodologia específica do futebol


suporta-se pela programação e aplicação
de meios de treino que, recriem
condições contextualmente similares
aquelas que ocorrem durante a luta
competitiva.

(1) Aos jogadores melhorarem as suas


prestações desportivas, alargando os
limites das suas capacidades de carácter
individual e colectivo

(2) Ao treinador, reflectir e analisar,


quais as possibilidades de influenciar
positivamente os factores que possam
limitar essa prestação.

Competitivos 2
Conceito

São meios específicos de preparação


dos jogadores e das equipas, sendo em
tudo semelhantes à essência e natureza
da competição do jogo de futebol.

No quadro dos métodos específicos de


treino, são aqueles que mais se
aproximam, do ponto de vista estrutural e
funcional, das exigências e das condições
reais inerentes à luta competitiva.

Competitivos 3
Objectivos
1. Fomentar a aproximação das condições
de treino às da competição
Correlaciona-se os meios de treino às
exigências da competição

2. Potenciar as diferentes missões


tácticas específicas
(1) Ampliar a iniciativa dos jogadores
(2) Lidar com múltiplas relações

3. Modelar e aperfeiçoar o trabalho da


equipa (sincronização e articulação)

4. Avaliar o modelo de jogo adoptado


(desenvolvimento e reformulação)

5. Observar as atitudes, valores e


convicções dos jogadores

6. Fomentar um tempo e ritmo


competitivo

7. Evocar uma direcção da equipa


(estabelecem-se modos específicos de
comunicação entre o treinador e a equipa)
Regras
1. Factor regulamento
Reduzindo, Mantendo ou ampliando as
prescrições regulamentares
2. Factor espaço
(1) Próximas ou idênticas à competição
(2) Estabelecer corredores e sectores
3. Factor tempo
Dominante temporal
(1) Estabelecimento de tempos chave
(2) Variação temporal da actividade
(3) Divisão do tempo em parciais
Dominante táctico/técnica
(1) Valorizar o nº de acções realizadas
(2) Valorizar o nº de vezes que o
objectivo foi conseguido
(3) Valorizar os objectivos particulares
4. Factor número
(1) Nº de contactos na bola
(2) Nº de acções de passe por ataque
(3) Nº de jogadores
5. Factor operacional
(1) Desenvolver um roteiro de modo a
retirar informações
(2) Estabelecer aspectos prioritários de
análise da situação competitiva
(3) Promover substituições
Competitivos (4) Favorecer vários intervalos
Regras
6. Factor organização
A. Prática do jogo
Desenvolvem-se em condições próximas
da realidade competitiva, em que o
treinador dá um maior ênfase sobre
determinadas aspectos específicos da
organização da equipa.
B. Jogos de treino
Têm como objectivo, a quantidade de
movimentação e o ritmo de jogo sejam o
mais próximo possível da realidade
competitiva.
C. Experimentação do plano táctico/
estratégico
Têm como objectivo verificar o
comportamento da equipa sob a
necessidade do cumprimento de um plano
táctico/estratégico específico.
D. Jogos preparatórios
A sua estrutura de base é concordante
com a competição coincidindo no
conteúdo, nos fundamentos estruturais e
na orientação geral.
Limitações
1. Escolher a equipa adversária
(1) Proveniência da equipa adversária
(2) Nível de rendimento
(3) Objectivos do método de treino

2. Atender ao período anual de treino


(1) Pré-competitivo
(2) Competitivo
3. Controlar os níveis de fadiga
(1) Compatibilizar a necessidade dos
jogadores
(2) Evitar elevadas concentrações de
fadiga

4. Respeitar as leis do jogo

5. Precaver conflitos

6. Atender à capacidade dos jogadores


Verificar se todos os jogadores estão
preparados para suportar este método de
treino
Organização

Desequilíbrio numérico Em função do tempo de jogo Em função do tempo de jogo


Podemos estabelecer 6 períodos diferentes
1. Estabelece-se uma relação numérica 1. No inicio o treinador estabelece que uma
de jogo cuja concretização do golo terá a
diferenciada logo desde o início. das equipas tem uma vantagem de 1 ou 2
seguinte valorização (exemplo para uma
golos.
prática de jogo com a duração total de 30
2. Inicia-se o método com o mesmo nº de minutos):
jogadores (11x11) e após 10 ou 20 minutos 2. Antes do inicio do jogo, uma das equipas
uma das equipas reduz o nº dos seus tem direito à marcação de 2 ou 3 grandes
1. Entre 0 e os 5 minutos o golo vale 2.
elementos para 10 e após o mesmo período penalidades.
2. Entre 5 e os 10 minutos o golo vale 1.
de tempo para 9. 3. Entre 10 e os 15 minutos o golo vale 1.
3. Ao longo da prática e em função do
4. Entre 15 e os 20 minutos o golo vale 1.
3. Reduz-se o nº de jogadores de uma decorrer de determinados períodos de
5. Entre 20 e os 25 minutos o golo vale 2.
equipa em função da marcação do seu 1º tempo (por ex: em cada 10 ou 15 minutos) é
6. Entre 25 e os 30 minutos o golo vale 3.
golo (passando a equipa a jogar com 10 concedido 1 golo a uma das equipas.
jogadores) e do seu 2º golo (passando a
equipa a jogar com nove jogadores). 4. No final do jogo 1 das equipas tem a
possibilidade de converter 1 ou 2 grandes
penalidades.

Competitivos 8
Organização

Variando a duração do jogo Dividindo o tempo em parciais Em função da sucessão de golos


Sempre que uma das equipas concretizar o Estes métodos são organizados a partir da Pode-se estabelecer os seguintes aspectos
golo, reduz-se a duração do jogo (por divisão do tempo de jogo em parciais (por (a atribuição dos golos extra é independente
exemplo: cinco minutos). caso a equipa em e x e m p l o : d e 1 5 m i n u t o s ) , s e n d o do facto dessa equipa estar ou não em
desvantagem no marcador conseguir igualar contabilizados os resultados em cada um vantagem no resultado do jogo):
a partida, será reposto o tempo retirado. destes parciais.
1. A equipa que marcar 2 golos consecutivos
Os jogadores desenvolvem as suas acções Considera-se assim, que cada parcial seja ser-lhe-á atribuído 1 golo extra.
num quadro temporal variável, tendo que se considerado como uma competição isolada
empenhar para atingir o máximo número de de todas as outras. 2. A equipa que marcar 3 golos consecutivos
golos, por forma a diminuir o tempo de jogo ser-lhe-á atribuído 2 golos extra.
e, consequentemente reduzir as No caso de não haver diferenças
possibilidades da equipa adversária. significativas no resultado das duas equipas 3. A equipa que marcar 4 golos consecutivos
durante os parciais estipulados, faz-se com ser-lhe-á atribuído 3 golos extra.
que tudo seja decidido no último parcial,
tornando esta prática do jogo altamente
competitiva.

Competitivos 9
Organização

Em função da equipa que marca primeiro Em função das situações fixas de jogo Em função de determinada acção individual

Estabelece-se as seguintes condições: De forma a aumentar a frequência da Po d e m o s e s t a b e l e c e r a s s e g u i n t e s


execução de situações de bola parada: situações:
1. Atribuição da vitória, em caso de
igualdade no resultado no marcador, à 1. A equipa ao acumular três lançamentos 1. Golos concretizados a partir de uma
equipa que atingir em primeiro lugar um de linha lateral tem direito a substituir o 3º combinação táctica directa valem o dobro.
determinado golo (o primeiro, o segundo ou lançamento pela marcação de um pontapé
o terceiro). de canto. 2. Golos concretizados a partir de situações
de cruzamento valem o dobro.
2. Atribuição de golos extra à equipa que 2. A equipa ao acumular três pontapés de
conseguir em primeiro lugar um determinado canto tem direito a substituir o 3º pela 3. Golos concretizados através de remates
resultado (por exemplo: 2-0 passa para 3-0, marcação de um livre directo em qualquer de longe (mais de 25 metros) valem o triplo.
2-1 passa para 3-1, 3-2 passa para 4-2 ou 3-1 espaço perto da grande área adversária.
passa para 4-1). 4. Golos concretizados através de acções
3. A equipa ao acumular três livres directos ofensivas com 5 ou menos passes (desde a
tem direito a substituir o 3º pela marcação recuperação à finalização) valem o triplo.
de uma grande penalidade.

Competitivos 10
Organização

Sob condições de marcação individual Com objectivos tácticos variáveis Com remates de longa distância

Podemos prescrever as seguintes situações: Quando uma das equipas consegue A prática do jogo decorre sob condições
concretizar o golo o seu objectivo, quando regulamentares, excepto no que se refere às
1. Marcação individual dos adversários de posse de bola, é de mantê-la durante o situações de finalização que devem ser
durante todo o tempo de prática do jogo. maior tempo possível, evitando assim, que a efectuadas antes de uma linha limite
equipa contrária possa atingir o golo. estabelecida.
2. Marcação individual em certos períodos
de tempo. Por ex: 5 minutos sem marcação Logo que a equipa adversária concretiza o A excepção a esta prescrição decorre das
individual, seguido de 5 minutos de golo, as equipas alteram o seu objectivo situações em que o remate é realizado nos
táctico passando a equipa que sofreu o golo, espaços apropriados para o efeito e havendo
marcação individual.
procurar concretizá-lo, enquanto que a ressalto defensivo se pode recarregar dentro
outra equipa mantém a posse da bola ou fora da zona restritiva.
3. Marcação individual dos adversários é
realizada por determinados jogadores de um
sector de jogo da equipa.

Competitivos
Organização

Com equipas organizadas sob reduzida profundidade Com mudanças do ângulo de ataque Em função do nº de toques na bola

Nestes métodos de treino os golos só são A prática do jogo pode ser organizada Os métodos de treino que prescrevem
considerados se todos os jogadores prescrevendo a necessidade do processo limitações no número de toques na bola por
estiverem posicionados no meio-campo ofensivo se desenvolver através de acções deintervenção sobre esta (um ou dois toques),
adversário. passe que devem ser dirigidos para determina o aumento de processamento da
Obriga-se assim, que a sua equipa reduza a diferentes espaços de jogo por forma a informação e de tomada de decisão por
variar constantemente o ângulo de ataque, parte dos jogadores, acelera a execução da
sua profundidade ofensiva (a distância entre caso contrário perde-se a posse da bola. resposta táctico-técnica de resolução da
o jogador mais adiantada e o jogador mais situação elevando o ritmo das acções dos
recuado). Neste sentido o terreno de jogo é dividido jogadores e aproxima a lógica do exercício
Deste modo potencia-se o desenvolvimento em 8 ou mais zonas que servem para circular às condições reais no qual decorre a
de processos ofensivos com reduzida a bola entre os jogadores da equipa. Esta competição.
profundidade, que se traduz por um prescrição não é aplicada nas zonas
aumento da concentração de jogadores no predominantes de finalização.
espaço de jogo e tornando a equipa mais
compacta.

Competitivos
Organização

Reacção Perda da Posse de bola Introdução de 2ªs bolas Em função das decisões do árbitro

Nestes métodos de treino obriga-se a De modo a aumentar a imprevisibilidade e Eleger um árbitro (por ex: treinador
equipa a reagir rapidamente à perda de aleatoriedade das situações competitivas o adjunto) que desenvolve as suas decisões:
posse de bola, estipulando um determinado treinador poderá introduzir uma 2ª bola
tempo (por ex: 5 a 7 segundos) para a sua durante a actividade. 1. Concedendo infracções pouco evidentes
mais a uma do que a outra equipa.
recuperação.
Estas condições induzem os jogadores a 2. Evidenciando mais infracções num certo
aumentar os seus níveis de atenção e período de tempo de jogo sensível.
Caso a equipa não o consiga organiza-se c o n c e n t r a ç ã o m e n t a l , a n t e c i p a n d o 3. Expulsando durante 5 minutos um
num bloco defensivo mais perto da sua constantemente quando e onde se poderá determinado jogador por não ter refreado o
própria baliza introduzir a 2ª bola em termos ofensivos e seu temperamento.
defensivos. 4. Agravando a infracção verificada,
mudando-a para perto da grande área
adversária.
5. Variando condições de parcialidade para
uma ou outra equipa.

Competitivos

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