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SISTEMA TATICO NO FUTSAL

O futsal é uma das modalidades que vem se destacando muito no cenário brasileiro
mundial, na educação física e um dos esportes mais querido dos alunos. Hoje em dia quase
todos praticam o futsal, mas muitas pessoas acham que é só entrar em quadra e jogar não
conhecem os sistemas táticos. O termo sistema tático é utilizado para descrever o posicio-
namento dos atletas em uma quadra de acordo com a função exercida por cada um, este
posicionamento tático esta intimamente relacionada as ações dos adversários pois a dinâmi-
ca do futsal e muito complexa e a troca de posição entre os jogadores e constante pela exi-
gência de uma intensa movimentação e as equipes costumam modificar seus sistemas táti-
cos dentro de uma mesma partida, em virtude de possível ineficiência diante do sistema uti-
lizado pelo adversário. Os sistemas podem ser ofensivos e defensivos, os ofensivos são
2x2 que se caracteriza pelo posicionamento de dois atletas na quadra defensiva e dois na
quadra ofensiva, 3x1 esse sistema e responsável pela nomenclatura das posições no futsal,
2x1x1 se caracteriza por dois jogadores na defesa outro no meio da quadra e um mais
avançado denominado pivô, 1x2x1 caracteriza por um jogador na defesa dois alas mais adi-
antados e o pivô, 1x3 caracteriza quando o pivô esta com a posse de bola e os dois alas
avançam para a meia quadra ofensiva, 4x0 esse sistema se assemelha muito com o 3x1 a
diferença e que o pivô também entra no rodízio, 1x4 esse sistema foi criado com as modifi-
cações nas regras onde o goleiro pode atuar fora de sua área, 3x2 esse sistema é uma vari-
ação do 2x2 mas goleiro ajuda nas armações das jogadas e o defensivo são os tipos de
marcações individual que se caracteriza pelo confronto direto de dois jogadores o chama-
do homem a homem e que e o posicionamento da equipe defensora de acordo a equipe
adversária e a marcação por zona que se caracteriza em atribuir a cada jogador da equipe
uma zona definida da defesa, com incumbência de ocupá-la e defendê-la nesse sistema
marca-se a bola não o jogador . Os sistemas táticos trazem muitas vantagens para as equi-
pes que sabem atuar em todos eles pois ocorre uma grande rotatividade pelo lado das equi-
pes adversárias tanto ofensivamente quanto defensivamente e cada equipe a ser enfrentada
tem sua forma diferente de usar as suas táticas por isso devem estar bem treinados em to-
dos os sistemas.
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A tática é o estudo, a orientação e a execução de manobras ofensivas e defensivas
de uma equipe durante o jogo. É a preparação da equipe por meio de instruções básicas e
especializadas que, ao lado de informações sobre o adversário, são planejadas com a finali-
dade de suplantar o inimigo durante a partida. Assim sendo, podemos definir tática como:

“Uma forma racional e planejada de aplicar um sistema e seus vários es-


quemas, a fim de combinar o jogo de ataque e defesa, tirando proveito
de todas as circunstâncias favoráveis Da partida, com o objetivo de domi-
nar o adversário e conseguir a vitória.”

FATORES QUE INFLUEM NA TÁTICA DE JOGO

1) Adversário: é o principal fator que influi na tática de jogo a ser definida. Se o adver-
sário for uma equipe tecnicamente muito boa, o esquema de marcação deve ser mais caute-
loso; do contrário, procura-se jogar mais ofensivamente. O sistema empregado pelo inimigo,
os jogadores mais habilidosos, os mais fracos e os pontos críticos do adversário são alguns
pontos de referência que um técnico deve ter em mente para organizar taticamente sua
equipe.

2) Condição Técnica: A técnica individual dos jogadores é também fator de extrema


importância para a definição tática a ser empregada por uma equipe. Se esta for composta
por jogadores altamente técnicos, esses elementos terão maior facilidade de desenvolver
esquemas e, conseqüentemente, envolver o adversário, visto que determinadas jogadas de-
pendem da habilidade dos jogadores, seja para reter a bola, para efetuar um drible ou para
controla-la antes de executar um passe. Nesse caso, é fundamental salientar que a tática só
sobrevive com a técnica.

3) Condição Física: o condicionamento físico deve ser considerado na elaboração do


plano tático, bem como a condição física do adversário. A execução dos esquemas táticos
deve ser condizente com o estado físico de seus jogadores, visto que é inadmissível, por
exemplo, que se implante um esquema de marcação homem a homem na quadra toda sem
que os jogadores estejam perfeitamente condicionados para realizar essa função.

4) Aspectos Psicológicos: Os jogadores devem estar tranqüilos, confiantes e motiva-


dos para realizar as jogadas durante a partida. A união do elenco também é ponto funda-
mental no aspecto psicológico, pois influirá positivamente nos atletas. O fato de jogar na
quadra do adversário, ás vezes, pode trazer uma preocupação maior. A torcida, em sua
maioria, é adversa, e até os torcedores da própria equipe podem, por exemplo, vaiar um
atleta que cometa algum erro durante o jogo. Há jogadores que, no calor da partida, não
consegui se controlar; outros, em momentos decisivos, não rendem o que deles se espera-
va. Enfim, muitos são os fatores psicológicos que influem no rendimento tático de uma equi-
pe. É grande a importância desses fatores durante o jogo, como também a necessidade de
os treinadores estudarem essa matéria a fim de dar suporte psicológico para seus jogado-
res, para que não seja perdido todo um trabalho tático.

5) Situações ocorridas durante a partida: alguns gols de vantagem ou desvanta-


gem, um atleta expulso, má colocação na quadra etc. são alguns itens que podem influir na
mudança de sistemas e esquemas de jogo. É necessário que o treinador tenha capacidade
de observação para que, em contato com os atletas, possa usufruir das situações decorren-
tes do jogo ou se prevenir quanto a elas.

6) Dimensões da quadra: Esse é um fator muito importante, pois pode favorecer – ou


não- certos esquemas táticos, tanto ofensivos quanto defensivos.
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7) Regras: A tática de jogo é elaborada de acordo com as regras. Sem regras, não
existe tática. O futsal é um esporte que teve suas regras bastante modificadas, o que provo-
cou a criação de novas situações de jogo – a tática de jogo foi alterada em virtude das mu-
danças nas regras.

8) Regulamento: toda competição tem seu regulamento e, dependendo dele, uma


equipe poderá alterar sua tática de jogo. O saldo ou a quantidade de gols marcados ou so-
fridos, o confronto direto, o número de vitórias, a vantagem de se jogar por um empate etc,
são itens do regulamento que interferem no plano tático de uma equipe.

MINUTOS DE REFLEXÃO TÁTICO


A tática exige raciocínio

A tática é diferente da técnica, que é automática. O jogador executa os fundamentos sem pensar, pois
os gestos técnicos (passe, chute, domínio etc.) são realizados por reflexo, uma vez que estão sob a área de ação
da medula, que controla os impulsos nervosos.
Assim a tática exige raciocínio. Os jogadores têm que pensar naquilo que vão realizar em cada situação do
jogo: os padrões de movimento, os posicionamentos, as jogadas não acontecem por reflexo, mas sim de-
pois que o cérebro processou uma informação, racionalizou e decidiu executar uma ação.

Com efeito, ressaltamos a importância de os jogadores terem um perfeito conhecimento das suas fun-
ções e obrigações durante o transcorrer de uma partida de futsal. A tática é planejada, estudada, organizada, e
quanto mais os jogadores estiverem cientes do que deles se esperam, mais eles se esforçarão para atingir os
objetivos traçados.

Muitos jogadores jogam futsal sem pensar, apenas com o instinto, com suas habilidades técnicas, que
se tornaram automáticas. Muitos desses jogadores são de alto nível, entretanto muitas vezes acontece de, ao
receberem uma função tática, terem seu rendimento diminuído. São jogadores que não foram devidamente
orientados taticamente e se tornaram acomodados demais para executar uma função tática, principalmente
quando se trata de marcação.

Aos técnicos, portanto, caberá a função de estimular os jogadores a pensar. Devem determinar algu-
mas obrigações táticas para jogadores e chamar sua atenção quando não as cumprirem. Tanto técnicos como
jogadores devem estar cientes de que o futsal é um esporte coletivo;assim, os jogadores devem jogar de manei-
ra homogênea, sempre um ajudando, corrigindo ou facilitando o trabalho do outro. Para que essa condição seja
alcançada, os jogadores têm que estar o tempo todo concentrados e pensando no que fazer em cada situação do
jogo.

As jogadas táticas requerem uma ótima sintonia entre os jogadores que as executam. Cada uma terá
uma importante função a ser cumprida, nem que seja apenas um simples deslocamento. Sempre haverá uma
razão para executar uma função.
Ao pensar em executar uma função, o jogador estará pensando no exato momento de um passe, de uma
movimentação, para onde se deslocar a fim de receber a bola ou abrir um espaço para penetração de outro
jogador; enfim, deverá estar sintonizado com os demais jogadores da equipe e saber bem quais são as suas
funções táticas.

Todos os jogadores devem estar pensando a mesma coisa, todos devem se empenhar para que as jo-
gadas tenham início, meio e fim conforme programado. Todos as jogadas planejadas pela equipe devem obe-
decer a algumas normas de procedimento. Por exemplo: toda jogada deve oferecer no mínimo duas opções
para sua execução; toda jogada deve levar em consideração o fator erro, ou seja, se a jogada não for concluída
por erro ou por habilidade do adversário para neutraliza-la, que conduta os jogadores devem adotar? O observe
que é de fundamental importância o jogador raciocinar para decidir executar uma ação já prevista no planeja-
mento tático, e não agir apenas instintivamente.

Ao evidenciarmos que a tática exige raciocínio e que os jogadores devem estar concentrados e empe-
nhados em cumpri-la fielmente, vale ressaltar que a capacidade técnica individual, assim como o poder de
improvisação de alguns jogadores, e fator de extrema importância para o fortalecimento de uma equipe e con-
tribui acentuadamente para um resultado positivo no jogo.
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SISTEMA

Podemos definir o sistema como alocação dos jogadores em quadra com o objetivo
de anular as manobras ofensivas da equipe adversária (defender) e confundir seus dispositi-
vos para marca o gol (atacar).
O sistema pode ser de ataque – 2x2, 2x1x2, 3X1, 1X3, 4X0, 1X4, 1X2X1 etc. – ou de
defesa – marcação por zona de marcação homem a homem ( individual )

SISTEMA 2 X2

Esse sistema utiliza dois jogadores na defesa e dois no ataque. É o sistema de jogo
mais simples que uma equipe pode adotar. Por essa razão, é o sistema mais utilizado nas
categorias menores, pelos principiantes e pelas equipes de menor condição técnica.

Esse sistema pode ser considerado a causa primária do sistema 3 x 1 – 1 x 3, pois a


formação 2 x 2 se dá tanto quando a equipe ataca como quando defende (fig. 133). Quando
um dos atacantes recua para dar mais estrutura à defesa ou um defensor apóio o ataque
tem início o sistema 3 x 1 – 1 x 3.

O sistema 2 x 2 não oferece muitas opções de jogadas, em razão da colocação dos


jogadores em quadra, o que torna tanto o ataque como a defesa deficientes ou carentes de
mais apoio; no entanto, apesar das limitações, podem se conseguir bons resultados.

Figura 133

SISTEMA 3 X 1 – 1 X 3
Esse sistema se caracteriza pela existência de um jogador fixo na defesa, dois alas
que fazem o vaivém de defesa e ataque e um pivô que joga sempre mais adiantado, tanto
quando ataca como quando defende. É um sistema em que a equipe ataca e defende com
três jogadoras.

A formação 3 x 1 ( fig 134 ) se dá quando a equipe inicia suas manobras ofensivas


no seu setor ofensivo com três jogadores, que se movimentam procurando um espaço para
receber e tocar a bola até o pivô; quando se defende, cabe ao fixo a zona central e as dois
alas, as duas zonas laterais da quadra. O pivô deve se colocar no centro da quadra, tendo
como função o primeiro combate ao adversário em qualquer setor da quadra. Nessa forma-
ção inicial de defesa podem ocorrer variações de cobertura ou de combate.
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Por sua vez, a formação 1 x 3 se verifica a equipe está no ataque, ou seja a bola foi
tocada para o pivô e os alas avançam para a meia quadra adversária para realizar manobras
defensivas na tentativa de chute a gol. O fixo só deverá ir ao setor ofensivo em casos ex-
cepcionais e, quando acontecer, deverá haver cobertura naquele setor.

Esse sistema oferece uma gama de opções no que diz respeito a ações ofensivas, e
é mais utilizado pelas equipes que possuem jogadores de maior gabarito técnico.

Figura 134

SISTEMA 4 X 0
O Sistema 4 x 0 é o mais moderno posicionamento utilizado no futsal e caracteriza -se
pela colocação de 4 jogadores no setor defensivo na armação das jogadas . E também co-
nhecido com 4 em linha e exige um constante movimentação dos jogadores. Na Europa,
principalmente na Espanha, è muito utilizado em virtude das dimensões das quadras que,
quase em sua maioria, medem 40 x 20 m.

No Brasil começa a ganhar adeptos porque è um sistema que possibilita uma grande
combinação de movimentos e uma alternância de posicionamentos que dificultam muito a
marcação adversária. O Sistema 4 x 0 também oferece amplas opções de jogadas, por esta
razão é hoje um dos mais utilizados pelas equipes de alto nível ( fig 135 ) .

Figura 135
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SISTEMA 1 X 4
Com as modificações realizadas nas regras oficiais do futsal um novo sistema de jogo
foi criado. Falamos da permissão do goleiro em atuar fora de sua área de meta, o que permi-
tiu a opção de um novo posicionamento dos jogadores para atacar a equipe defensorA, pro-
curando estabelecer uma superioridade numérica afim de facilitar a posse de bola e, conse-
qüentemente a finalização das jogadas . Nos dias atuais, esse sistema 1 x 4 é uma excelen-
te estratégia de jogo que esta sendo bastante utilizada , principalmente nos momentos finais
de uma partida , onde a equipe que está em desvantagem lança mão deste recurso visando
tornar a equipe muito mais defensiva . O posicionamento 1 x 4 pode ser executados com os
próprios goleiros das equipes, desde que possuam uma boa condição técnica para jogador
com os pés , ou então colocando um jogador de linha na posição de goleiro ( fig . 136 ) .

Figura 136 Figura 137

Figura 138

SITEMAS 1 X 2 X 1 E 2 X 1 X 1
Esses sistemas de jogo são utilizados nos lances de saída de bola no tiro de meta,
onde os jogadores se posicionam adotam esses sistemas com o intuito de provocar uma
reação na marcação da equipe adversária, e logo realizam movimentações pra confundir
seu dispositivos defensivos, e conseguir executar suas jogadas sem que a equipe defensora
consiga neutralizar o lance. Esses sistemas podem ser considerados com variantes dos
sistemas 2x2, 3x1 – 1x3 e 4x0 (fig. 137 e 138).

SISTEMA DE MARCAÇÃO HOMEM A HOMEM


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Na marcação homem a homem ou individual (fig. 139), o defensor marca individu-
almente o jogador que lhe é indicado, acompanhando-o por toda a quadra. Esse sistema
pode ser dividido em marcação sob pressão e sob meia pressão. Nesse sistema marca-se o
jogador, não a bola.

A marcação sob pressão exige que o marcador exerça o combate direto ao oponente
em qualquer setor da quadra, procurando evitar que ele receba a bola. Na marcação por
meia pressão, o combate no setor de ataque se dá somente sobre o oponente que recebe
ou que está de posse da bola, não sendo necessário o combate sobre o jogador que está
sem bola, ficando o responsável por esse jogador mais retraído, a fim de dar cobertura ao
companheiro que efetua o combate direto sobre aquele que está com a bola, além de guar-
necer o setor central da quadra. No setor defensivo, a marcação é efetuada sob pressão.

Figura 139

SISTEMA DE MARCAÇÃO POR ZONA

O sistema de marcação por zona (figura 140) consiste em atribuir a cada jogador da
equipe uma zona definida de defesa, com a incumbência de ocupa-la e defendê-la integral-
mente. Nesse sistema marca-se a bola, não o jogador.

Na marcação por zona, o combate é exercido sobre o jogador contrário mais direta-
mente quando ele penetra na zona confiada ao defensor, sem que, no entanto, este seja
obrigado a acompanha-lo fora dela.

O sistema de marcação por zona é muito vantajoso, pois favorece a cobertura de de-
fesa, tomando a marcação altamente eficaz, além de ser muito propício aos contra-ataques
toda vez que a bola é tomada do adversário.

Figura 140

ESQUEMAS
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O esquema é definido como a síntese da tática, ou seja, jogadas de ataque e defesa
criadas e aplicadas durante o jogo.

Na seqüência deste trabalho citaremos vários esquemas táticos ofensivos e defensi-


vos, como também esquemas para cobranças de laterais, escanteios, faltas e saídas de jo-
go.

MINUTOS DE REFLEXÃO TÁTICO


A tática de jogo e os tipos de passe

Quando uma equipe sofre um tipo de marcação mais forte, sob pressão do adver-
sário, sua troca de passes assim como a manutenção de posse de bola fica mais difícil
virtude da diminuição do espaço livre. Assim sendo, para que a equipe continue mantendo
a posse de bola deverá fazer várias movimentações entre os seus jogadores com o intuito
de dificultar a ação do adversário, pois é muito mais difícil marcar um jogador em movi-
mento do que um jogador parado.

Deverá também adotar como estratégia um tipo de passe que consiga neutralizar a
marcação dos oponentes. Por exemplo: quando uma equipe não possui uma variação de
movimento e sua intenção é rapidez na conclusão da jogada, o passe longo é o mais indi-
cado porque faz uma ligação direta da defesa (setor de armação da jogada) com o ataque.
Ressalta-se, porém, que para colocar um passe longo é necessário criar um espaço vazio
na quadra adversária, que será conseguido com a movimentação do povo atraindo seu
marcador, além do deslocamento veloz de um jogador que parte do seu setor defensivo e
se apresenta no setor de ataque para receber o passe longo e finalizar a jogada.

Esse passe, que na verdade é um lançamento, geralmente é feito pelo alto é apre-
senta um grau de dificuldade maior tanto para quem o realiza com para aquele que o re-
cebe, exigindo precisão de um e boa recepção de outro.

No entanto, quando a equipe almeja sair para o ataque tocando a bola, deverá en-
curtar a distancia do passe para dificultar a ação marcadora da equipe contrária, sendo
exigidos nesse caso, movimentação veloz, com muitas fintas e mudanças de direções, e
um bom trabalho de grupo, visto que os jogadores devem se apresentar próximos da bola
para receber um passe curto.

Numa outra situação em que o adversário realiza um tipo de marcação mais recua-
da, optando pela marcação em sua meia quadra, o passe curto aliado a uma ordenada
movimentação é o melhor caminho para “furar” o bloqueio defensivo dos oponentes, evi-
tando o passe longo que, no caso de uma interceptação, ocasionará o contra-ataque do
adversário.

MANOBRAS OFENSIVAS

As manobras ofensivas ocorrem quando uma equipe está com a posse de bola e
procura, por meio da troca de passes, movimentos, infiltrações e chutes à meta adversária, a
realização de gols e, conseqüentemente, a vitória.

A atração principal do futsal é a marcação de gols. Uma partida com muitos gols fará
o publico vibrar, mesmo que o nível técnico das equipes deixe a desejar. Num jogo sem
gols, porém, para haver vibração e entusiasmo por parte da torcida será necessário que am-
bas as equipes se apresentem em alto estilo.
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Para marcar gols é preciso que a equipe pratique o futsal em conjunto, pois ninguém
ganha o jogo sozinho. O conjunto é que desequilibra uma partida. Logicamente, o talento de
alguns jogadores favorece em certos momentos, mas a equipe que não soma e não multipli-
ca seus jogadores ao longo do tempo de jogo não divide o adversário.

É preciso também instruir atacantes nos movimentos de desmarcação pronta e eficaz,


a fim de buscar os espaços vazios. Para que, diante de uma defesa segura e bem plantada,
um passe possa surtir resultados favoráveis o jogador necessita procurar um espaço livre
para receber a bola em boas condições, antes mesmo que o companheiro que fazer o passe
receba a bola. Já os demais jogadores da equipe devem estar em movimento a fim de sur-
preender o adversário e colocarem-se em condições favoráveis para receber o passe. Por
isso, até o jogador que execute o passe deve movimentar-se imediata e rapidamente em
busca de outra posição, onde possa voltar a receber a bola.

Também por isso, o jogador que recebe um passe não deve esperar a bola, mais sim
ir ao seu encontro, pois assim não só conseguirá antecipar-se ao adversário com ficará em
condições de fazer um passe ou chutar a gol – aliás, o treinamento constante dos chutado-
res é importantíssimo!

MINUTOS DE REFLEXÃO TÁTICO


Detalhes táticos

Para que a tática seja aplicada é necessário obedecer certos princípios básicos e
organizar alguns detalhes táticos que, pó um lado, visam beneficiar a armação e
conclusão das jogadas e, por outro, objetivam dificultar toda a ação defensiva do
adversário. Citamos alguns desses detalhes: pé de habilidade dos jogadores, velo-
cidade da bola passes e locais estratégicos para tocar e receber a bola.
Ao organizar uma jogada, o técnico deve levar em consideração os itens
citados, por exemplo, em muitas jogadas será preferível posicionar o jogador ca-
nhoto do lado direto da quadra, principalmente quando ele é o responsável pela
finalização da jogada, visto que correndo da lateral para o meio terá mais facilidade
para chutar, além de ter um ângulo de gol muito maior.
Os deslocamentos usando fintas e mudanças de direções são extrema im-
portância para conseguir se livrar da marcação adversária e receber a bola com
mais espaço. A distância dos passes, a velocidade da bola e os locais para tocar
ou receber a bola são elementos fundamentais na armação das jogadas.
Uma equipe será melhor quando maior for à riqueza de recursos táticos que
possuir. Não basta movimentar, deverá saber para onde e como se movimentar:
não basta tocar a bola, mas sim saber como, quando e para onde tacá-la. A quali-
dade de uma equipe está diretamente relacionada com o seu acervo de detalhes
técnico-táticos e

com a maneira como são aplicados


PADRÃO durante uma partida.
DE JOGO

Padrão de jogo em futsal significa movimentação, deslocamento, troca de posição de


forma planejada. Organizada e padronizada, que tem como objetivo confundir a marcação
adversária, provocando erros em seu posicionamento, para infiltração da bola na defesa
contrária e, em conseqüência, o chute a gol.
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O padrão não é sistema nem esquema de jogo. Ocorre, porém, que os esquemas po-
dem ter origem nos padrões de jogo, pois se encaixam perfeitamente na movimentação dos
jogadores. Outro fator positivo é que os movimentos dos jogadores ficam padronizados, o
que facilita a troca de posições entre eles e a eventual ocupação de espaços vazios que são
criados.

Existem vários tipos de padrões de jogo e alguns detalhes devem ser considerados
em sua execução: pé de habilidade dos jogadores, velocidade da bola e dos deslocamentos,
distância do passe, mudanças de direções e fintas, locais estratégicos para tocar e receber a
bola etc.

O tipo de padrão de jogo a ser adotado deve ser coerente com o sistema implantado
por uma equipe, assim como o sucesso de cada padrão deve ser relacionado com tipo de
marcação da defesa contrária.

FONTE:

MUTTI Daniel, Futsal – Da Iniciação ao Alto Nível – 2.ed. São Paulo; Photer, 2003.

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