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III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
Ponto-chave 1. O nitrogênio é essencial para a vida.
92. O nitrogênio constitui um elemento-chave da clorofila nas plantas, do
heme no sangue e dos aminoácidos (proteínas), ácidos nucléicos e trifosfato
de adenosina em organismos vivos (incluindo bactérias, plantas, animais e
humanos). O ciclo natural do nitrogênio é caracterizado pela disponibilidade
limitada de formas de nitrogênio para os organismos vivos; portanto, o ciclo
natural do nitrogênio é um sistema quase fechado, com o nitrogênio sendo
reciclado e reutilizado de forma eficaz. Devido a essa disponibilidade
limitada, o nitrogênio costuma ser um fator limitante para o crescimento das
plantas. A competição entre espécies de plantas pelas quantidades limitadas
de N disponível (e outros elementos limitantes do crescimento) é um fator
importante para a biodiversidade em sistemas naturais.
93. Em sistemas agrícolas, podem ser obtidas respostas significativas
no rendimento das culturas quando o N é adicionado como esterco
animal ou fertilizante, especialmente quando a aplicação é balanceada
com outros nutrientes essenciais. Estima-se que cerca de metade da
população mundial esteja agora viva devido ao aumento da oferta de
fertilizantes N, ilustrando o enorme impacto que o N teve no
atendimento das necessidades alimentares humanas, permitindo
assim que a população mundial se expandisse rapidamente (Erisman e
outros, 2008; Sutton e outros, 2013). As previsões sugerem que mais N
será necessário durante as próximas décadas se as dietas atuais forem
compatíveis com o aumento da população, especialmente na África e
partes da Ásia (Godfray e outros, 2010).
Ponto-chave 2. O excesso de nitrogênio tem uma série de efeitos negativos,
especialmente na saúde humana, nos serviços ecossistêmicos, na
biodiversidade, na água e nas mudanças climáticas.
94. As quantidades totais de N introduzidas na biosfera global
pelas atividades humanas aumentaram significativamente
durante o século passado, mais do que dobrando (Galloway e
outros, 2008), e agora ultrapassaram os limites críticos para o
chamado espaço operacional seguro para a humanidade (Steffen
e outros, 2015). Os efeitos deletérios do excesso de N na saúde
humana e na biodiversidade são mais evidentes em regiões com
agricultura intensiva, especialmente pecuária intensiva, áreas
urbanas e em grandes rios e áreas costeiras. O nitrogênio tem
efeitos de aquecimento e resfriamento no clima (Butterbach-Bahl
e outros, 2011b), além de contribuir para a destruição do ozônio
estratosférico (Alcamo e outros, 2013). Os efeitos negativos do
excesso de Nrno meio ambiente fornecem a justificativa para
medidas políticas de redução de emissões de N.
Ponto-chave 3. O nitrogênio existe em várias formas.
95. O nitrogênio é transformado de uma forma para outra
através de processos bioquímicos, mediados por
microorganismos, plantas e/ou animais, e através de
processos químicos, mediados por aumento de temperatura
e pressão, luz atmosférica e possíveis catalisadores (Smil,
2004; Hatfield e Follett, 2008; Schlesinger e Bernhardt, 2013).
96. Isso tem várias implicações: a maioria das formas de
nitrogênio são “reativas”, porque essas formas são facilmente
transformadas na biosfera em outra forma por meio de processos
biológicos, fotoquímicos e radiativos. Compostos reativos de
nitrogênio (Nr) incluir:
(a) Formas inorgânicas reduzidas, como amônia (NH3) e
amônio (NH+ 4),coletivamente (NHx);
42
(b) Formas inorgânicas oxidadas, por exemplo, NOx, ácido
nítrico (HNO3), ácido nitroso (HONO), óxido nitroso (N2O), nitrito
2 -) e nitrato (NO- 3);
(NÃO
(c) Formas orgânicas reduzidas, como uréia, aminas, proteínas e
ácidos nucléicos.
97. As formas reduzidas são doadoras de energia, doadoras de prótons
e aceitadoras de elétrons; a energia é capturada de processos
industriais e fixação biológica de nitrogênio, o que significa que NHx
é um recurso importante. As formas oxidadas são aceitadoras de
prótons e doadoras de elétrons. Uma forma reduzida, dinitrogênio (N2),
não é reativo (é quimicamente extremamente estável), pois é
necessária muita energia para quebrar a ligação entre os dois átomos
de N;
98. Todos os gases e líquidos Nrformas são tóxicas para humanos e
animais (e plantas) quando a exposição ocorre a concentrações
suficientemente altas. Os níveis de concentração tóxica diferem muito
entre as formas e entre os organismos.O nitrogênio é “duplo móvel”,
porque algumas formas são facilmente transportadas pelo ar e pela
água:
(a) O nitrogênio é transportado no ar como gases, como o
dinitrogênio (N2), óxido nitroso (N2O), NÃOx(incluindo NÃO e
NÃO2), ácido nítrico (HNO3), ácido nitroso (HONO) e amônia (NH
3), aminas e outros nitrogênios orgânicos voláteis (VON) e na
forma de aerossóis, incluindo partículas finas formadas entre
outras coisas, nitrato (NO- 3),amônio (NH+ 4)e
nitrogênio orgânico particulado (PON);
(b) O nitrogênio é transportado dissolvido em água como nitrato
(NÃO3-),amônio (NH+ 4 ),ureia (CO(NH2)2), dissolvido
nitrogênio orgânico (DON) e óxido nitroso (N2O), e é
transportado suspenso em água como nitrogênio orgânico
particulado (PON).
Ponto-chave 4. O mesmo átomo de N pode causar múltiplos
efeitos na atmosfera, nos ecossistemas terrestres, nos
sistemas de água doce e marinhos e na saúde humana.
99. Esse fenômeno é chamado de “cascata de nitrogênio”,
que foi definido como a transferência sequencial de Nr
através de sistemas ambientais e que resulta em mudanças
ambientais como Nrmove-se ou é armazenado temporariamente
dentro de cada sistema (Galloway e outros, 2003).
Ponto-chave 5. O nitrogênio se move do solo para as plantas e
animais, para o ar e corpos d'água, e vice-versa, e de uma
região para outra, como resultado de fatores naturais e
atividades humanas, que devem ser entendidas para o
manejo eficaz do N.
100. Os impulsionadores naturais são:
(a) A radiação solar, que impulsiona a fotossíntese, o ciclo
hidrológico, as diferenças de vento e temperatura e o fluxo de
massa no ar e na água;
(b) Gravitação, que impulsiona o movimento da terra e a
erosão;
(c) Tectônica da Terra, que causa terremotos e
vulcanismos;
(d) Raios e fixação biológica de nitrogênio, que formam
N reativo;
(e) Difusão turbulenta, difusão molecular e movimento browniano,
que impulsionam a dispersão de gases e partículas.
 Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
III

101. A taxa de ciclagem e os tempos de residência no ar, água e solo cultura, a densidade e distribuição do comprimento da raiz e o
diferem muito entre as formas de N. Na atmosfera, gases como o NH3, concentrações de NO
3 -e NH+ 4na solução do solo. Então

NÃOx, e HONO têm um curto tempo de residência no ar (dias, demanda pela cultura depende do tipo de cultura e variedade e
semanas), enquanto N2O permanece na atmosfera por mais de um clima. A taxa de absorção de N nas plantas geralmente segue a
século e N2ainda mais. Os tempos de residência estão relacionados cinética de Michaelis-Menten. Isso implica que um máximo
com a reatividade das formas N. Nos sistemas de água, os tempos de taxa é alcançada em um substrato saturado (NO- 3,NH+ 4)
residência do nitrogênio podem variar de anos a muitos séculos, concentração, de modo que o excesso de N não é usado e corre o risco
dependendo da natureza do aquífero e do armazenamento das águas de ser desperdiçado como poluição (seguindo a lei dos rendimentos
subterrâneas. decrescentes). Tanto a demanda de N da cultura quanto o suprimento
de N via solo são influenciados pelas condições do solo e do clima
Ponto-chave 6. As atividades humanas alteraram muito o
e gestão. Fontes dominantes de NO- 3e NH+ 4 no solo
ciclo natural do N e tornaram o ciclo do N mais permeável.
são (Marschner, 2012):
102. Mudanças no uso da terra, urbanização, criação de fertilizantes (a) Mineralização de nitrogênio organicamente ligado no solo;
nitrogenados inorgânicos e a globalização dos sistemas alimentares (b) Entradas via deposição atmosférica;
estão entre as mudanças mais fundamentais criadas pelas atividades
(c) Insumos via esterco animal, composto e resíduos;
humanas (Vitousek e outros, 1997; Fowler e outros, 2013). A
(d) Insumos via fertilizantes N inorgânicos.
urbanização e a globalização dos sistemas alimentares resultaram no
106. No entanto, algum N (por exemplo, NH gasoso3e não2
aumento do transporte de alimentos e rações produzidos em áreas
da deposição atmosférica ambiente) pode ser absorvido diretamente pelas
rurais (onde ocorre a depleção de nitrogênio) e para áreas onde
folhas das plantas (Sutton e outros, 1995; Sparks, 2009). Em
alimentos e rações estão sendo utilizados, especialmente em áreas
agroecossistemas não fertilizados, florestas e habitats naturais, as micorrizas
urbanas e em áreas com pecuária (onde o nitrogênio regional
(fungos do solo que vivem em associação com plantas) podem desempenhar
enriquecimento ocorre). A segregação espacial regional da produção e
um papel importante no transporte de nutrientes para as raízes das plantas.
consumo de alimentos e rações também é um dos principais fatores
Altos níveis de entrada de nitrogênio externo podem afetar o desempenho
pelos quais a eficiência do uso de N em todo o sistema alimentar
de tais simbioses micorrízicas.
diminuiu no mundo durante as últimas décadas (Lassaletta e outros,
2014; Oita e outros, 2016).
Ponto-chave 9. Alguns tipos de culturas são capazes de converter
dinitrogênio não reativo (N2) do ar em formas reativas de N
Ponto-chave 7. A natureza e as alterações humanas do ciclo do N
(amina, proteína) nas raízes das plantas através da associação
desafiam a realização tanto de uma economia circular quanto da
com bactérias verdes azuis especializadas. Essa fixação biológica
gestão sustentável integrada do N; formuladores de políticas e
de N é uma importante fonte de N reativo na biosfera, inclusive
tomadores de decisão de ambas as áreas podem aprender uns
na agricultura.
com os outros.

107. Culturas importantes incluem a família das leguminosas (Fabaceae

103. Muitos princípios da “economia circular” e “sistemas
ou Leguminosae) com táxons como feijão (soja), ervilha, alfafa, trevo e
circulares” também se aplicam aos princípios da gestão integrada
tremoço. Eles contêm bactérias simbióticas, especialmente rizóbios,
sustentável de N, incluindo os princípios de:
dentro de nódulos em seus sistemas radiculares, que são capazes de
(a) Redução de perdas;
converter N2em NH3a partir do qual são produzidas aminas (Herridge e
(b) Redução, reutilização e reciclagem de resíduos;
outros, 2008). Então2taxa de fixação depende
(c) Realinhamento e redução de insumos; na disponibilidade de NÃO-3e NH+ 4no solo; a taxa de fixação
(d) Reconsideração dos níveis de consumo de proteína (por é suprimida quando a disponibilidade de NO
3 -e NH+ 4no solo
exemplo, minimização do excesso); e é alto, e vice-versa. A taxa de fixação também depende da
(e) Alterar os sistemas para torná-los menos permeáveis e mais disponibilidade de energia química substancial (carboidratos) e
resistentes. outros elementos nutrientes essenciais, incluindo fósforo, cálcio e
104. O conceito de “economia circular do nitrogênio” (Sutton e molibdênio. N não simbiótico2a fixação por microorganismos de
outros, 2019), e circularidade de forma mais geral, tem origem na vida livre do solo pode representar uma entrada adicional de N
ecologia industrial (Jurgilevich e outros, 2016), que visa reduzir o reativo para os ecossistemas (Ladha e outros, 2016).
consumo de recursos e as emissões para o meio ambiente
Ponto-chave 10. Humanos e animais requerem proteína-N e
fechando o loop de materiais e substâncias, incluindo N e outros
aminoácidos para crescimento, desenvolvimento e
nutrientes. O aumento da circularidade na produção de alimentos
funcionamento, mas apenas uma pequena fração do N é retida
requer um repensar do crescimento econômico, dietas humanas,
no peso corporal em crescimento e/ou leite e ovo.
política agrícola e regulamentações relacionadas a fertilizantes e
desperdício de alimentos (De Boer e van Ittersum, 2018).
108. O restante é excretado, principalmente pela urina e fezes, e esse N
Ponto-chave 8. A maior parte do nitrogênio nas plantas é retirada de
pode ser reciclado e reaproveitado. A necessidade de proteína N (ou
solo via raízes na forma de nitrato (NO- 3) ou amônio
requisitos de aminoácidos) dos animais depende principalmente da
(NH4+), indicando que o NÃO3- e NH+ precisa estar em
4
categoria animal, peso corporal, taxa de crescimento, produção de leite
nas proximidades das raízes das plantas e disponível no momento certo para
e ovos, atividade (trabalho, pastejo) e reprodução (McDonald e outros,
ser eficaz para o crescimento das plantas.
2010; Suttle, 2010). A retenção de N na produção animal é fortemente
105. A absorção de N depende da demanda de N pelo dependente da raça do animal,

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III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
qualidade da alimentação, idade e manejo do rebanho, e geralmente
varia de 5 a 15 por cento na produção de carne bovina, 15 a 30 por
cento na produção de laticínios, 25 a 40 por cento na produção de
suínos e 40 a 50 por cento na produção de aves (Gerber e outros,
2014). O restante é excretado como uréia na urina (ácido úrico em
aves) e no esterco animal. Normalmente, metade de N
excreção é na forma de ureia (e amônia (NH+ 4))e
metade na forma ligada organicamente, dependendo do teor de
proteína da ração. O esterco animal e a urina fornecem uma fonte
valiosa de elementos nutrientes e C orgânico em sistemas
naturais e agrícolas. No entanto, esterco animal e urina também
são as principais fontes de amônia (NH3) e óxido nitroso (N2O)
emissões para a atmosfera e lixiviação de N para águas
subterrâneas e superficiais, dependendo do manejo e das
condições ambientais.
D. Princípios de gestão integrada de
nitrogênio sustentável na agricultura
109. São identificados vinte e quatro princípios de manejo
sustentável integrado de nitrogênio:
Princípio 1: O objetivo do manejo sustentável integrado do
nitrogênio na agricultura é diminuir as perdas de nitrogênio
para o meio ambiente para proteger a saúde humana, o clima
e os ecossistemas, garantindo produção alimentar suficiente e
eficiência no uso do nitrogênio, inclusive por meio de insumos
de nitrogênio adequadamente equilibrados.
110. Como insumo chave, juntamente com a água, a importância do N
para a segurança alimentar não pode ser exagerada. A eficácia do
manejo integrado sustentável de N na agricultura pode ser avaliada
por meio da aplicação de métricas consistentes (ver quadro III.1).
Princípio 2: Existem vários atores na agricultura e na
cadeia alimentar, e todos têm um papel e
responsabilidade na gestão do N.
111. Esses atores incluem:
(a) Fornecedores de fertilizantes, rações, germoplasma, sementes,
máquinas e empréstimos;
(b) Consultores, serviços de extensão, especialistas em contabilidade
e organizações financeiras;
(c) Agricultores;
(d) Indústrias de manuseio e processamento de produtos (produtos
agrícolas, laticínios, carne, estrume);
(e) Organizações varejistas;
(f ) Consumidores;
(g) Governos e ONGs, incluindo testes de alimentos; e
(h) Cientistas.
112. Evidentemente, os agricultores têm um papel direto a desempenhar na
gestão de N, aumentando a eficiência do uso de N e minimizando as perdas
de N para o meio ambiente. Portanto, os agricultores colhem os benefícios
econômicos e arcam com o ônus das medidas necessárias para diminuir as
perdas de N. A incorporação de certas medidas de N oferece benefícios
econômicos líquidos que podem contribuir para o planejamento de negócios
agrícolas e o desenvolvimento da economia circular. Para outras medidas, os
custos de implementação excedem o
44
benefícios agrícolas decorrentes da maior retenção de N no sistema
agrícola, e só podem ser justificáveis do ponto de vista ambiental,
sanitário e climático. Os custos líquidos ainda são difíceis de transferir
para (espalhar) outros atores na cadeia de produção – consumo de
alimentos, porque os agricultores têm pouco ou nenhum “poder de
mercado” em um sistema alimentar globalizado. Os agricultores
podem relutar em implementar medidas dispendiosas para reduzir as
perdas de N porque desejam maximizar a renda e temem perder
competitividade em relação aos agricultores que não implementam
medidas. Fornecer acesso a fundos/financiamento por meio de
instrumentos apropriados pode, portanto, precisar ser considerado
como parte da política para apoiar a transição para uma gestão de
nitrogênio sustentável mais integrada.Existe, portanto, uma
responsabilidade conjunta de todos os atores da cadeia alimentar,
incluindo os formuladores de políticas em vários níveis, para apoiar a
diminuição das perdas de N e compartilhar os custos e benefícios das
medidas de redução/mitigação de N. Isso deve ser feito em conjunto
com outras políticas críticas, incluindo a mitigação das mudanças
climáticas.
Princípio 3: Medidas específicas são necessárias para diminuir a
perda de N via específicas.
113. As principais vias de perda de N na agricultura são:
(a) NH3volatilização;
(b) Lixiviação descendente de (principalmente) nitrato para as águas subterrâneas e
depois para as águas superficiais;
(c) Fluxo terrestre e erosão de basicamente todas as formas de N para as
águas superficiais; e
(d) Processos de nitrificação-desnitrificação combinados
com as emissões gasosas de NOx, N2O e N2.
114. Esses caminhos são influenciados por um complexo de
fatores controladores, incluindo a disponibilidade e forma das
fontes de N, clima, solo e condições e manejo
geomorfológico/hidrológico.As medidas específicas da via
devem considerar fatores de controle específicos da via
(Hatfield e Follett, 2008; Bittman e outros, 2014; UNECE,
2013).
Princípio 4: Possíveis compensações nos efeitos das medidas de
redução de perdas de N podem exigir que sejam definidas
prioridades, por exemplo, quais efeitos adversos devem ser
tratados primeiro.
115. Na prática, o resultado dependerá de uma quantificação
– um pequeno efeito negativo de um tipo pode ser tolerado
quando há uma grande melhoria em outro lugar – e na orientação
política sobre como comparar a importância das questões (por
exemplo, N eutrofização versus emissões de gases de efeito
estufa através de N2O emissões versus efeitos na saúde humana
através do NH3emissões e formação associada de pequenas
partículas PM2.5(Sutton e outros, 2011)). Também pode haver
trade-offs agrícolas não-N e até mesmo trade-offs não-agrícolas. A
orientação política é necessária para informar essas prioridades e
avaliar adequadamente as opções de acordo com o contexto e os
impactos locais a globais.
Princípio 5: As medidas de controle de entrada de nitrogênio influenciam todos os
caminhos de perda de N.
116. Estas são medidas atraentes para diminuir as perdas de N de
forma integrada, porque as reduções na entrada de nitrogênio
(por exemplo, evitando o excesso de fertilizante, de excesso
 III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável

Caixa III.1:Métricas para avaliar a eficácia do manejo integrado de nitrogênio sustentável.

Um dos principais propósitos do manejo integrado de nitrogênio sustentável na agricultura é diminuir as perdas de N para o meio ambiente

para proteger a saúde humana, os ecossistemas, o clima e outros aspectos da economia e sustentabilidade, ao mesmo tempo em que garante a

produção agrícola e animal adequada (princípio 1).

Indicadores para refletir este princípio foram propostos pelo Painel de Especialistas em Nitrogênio da União Europeia (Oenema e outros, 2015),

com foco na Eficiência do Uso de Nitrogênio (NUE):

NUE = Soma de N saídas / Soma de N entradas................................................ ................................................ .........................(porcentagem, por cento)

N excedente = Soma de N entradas - Soma de N saídas................................................ ................................................ ........(kg N/ha/ano)

N em produtos colhidos ou outros utilizados................................................ ................................................ ................................(kg N/ha/ano)

Evidentemente, um NUE alto indica que a entrada N está sendo usada com eficiência. Um baixo excedente de N indica que o potencial
de perda de N e impactos no meio ambiente é baixo, com grande parte do N injetado recuperado em N nos produtos colhidos. A
abordagem é relevante de múltiplas perspectivas, para culturas, pecuária, sistema agroalimentar e em toda a economia (Bleeker e
outros, 2013; Sutton e outros, 2013; Westhoek e outros, 2015; Erisman e outros, 2018).

Os efeitos das medidas destinadas à redução de vias específicas de perda de nitrogênio são comumente expressos em termos de
eficiência de redução (AE), redução na perda de N e mudança geral na NUE:

AE = (perda ininterrupta de N - perda ininterrupta de N) / perda ininterrupta de N................................................ .............................(porcentagem, por cento)

Redução total na perda de N................................................ ................................................ ................................................ .............................(kg N/ha/ano)

Alterar NUE = (NUE revisado - referência NUE) / referência NUE................................................ .................(porcentagem, por cento)

Outra abordagem focada na redução do impacto ambiental global considera a redução global e nacional no total de “resíduos de nitrogênio”,

sendo esta a soma de todas as perdas de nitrogênio para o meio ambiente (incluindo N2e todos Nrformas). Essa abordagem se reflete na

ambição da Declaração de Colombo (PNUMA, 2019; Sutton e outros, 2019) de “reduzir pela metade o desperdício de nitrogênio” de todas as

fontes, como uma contribuição para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas:

(Resíduo N de referência - Resíduo N revisado)

Redução no desperdício total de N = (porcentagem, por cento)
...........................................................
(resíduos de referência N)

Enquanto a AE se concentra no desempenho de medidas específicas em cada forma de perda de N, a redução no desperdício total de N enfatiza o benefício

de todas as reduções nas perdas de N, por todas as abordagens nas escalas nacional, regional e global. Mais trabalho é necessário para acordar protocolos

internacionais para cada um desses indicadores para ajudar os países na preparação de conjuntos de dados e permitir a comparação informada de

diferentes valores de indicadores e valores-alvo.

proteína em dietas animais e de qualquer alimento humano com alta pegada mais está disponível para atender às necessidades de culturas e animais.

de nitrogênio) levam a um menor fluxo de nitrogênio em todo o sistema

117. Isso significa que a redução de uma forma de perda de N envolve
solo-alimentação-alimento, reduzindo as perdas de todas as formas de
o risco de aumentar outras formas de perda de N, algumas vezes
poluição por nitrogênio. Por exemplo, Westhoek e outros (2015) mostraram
denominadas “troca de poluição”, a menos que as entradas e saídas
que reduzir pela metade a ingestão de carne e laticínios pelos cidadãos
(incluindo o armazenamento de N nos solos) sejam alteradas. Para
europeus (que atualmente excede as necessidades de saúde) reduziria a
obter o benefício de uma medida para reduzir as perdas de N (e evitar
poluição de nitrogênio em 40% (para NH3) e por
a troca de poluição), o nitrogênio economizado pela medida precisa ser
25–40 por cento (para N2O e NÃO-3lixiviação) na ausência
compensado por entradas reduzidas de N ou aumento de N nas saídas
de quaisquer medidas técnicas. A razão para o intervalo de
colhidas (incluindo armazenamento de N no solo). Entradas reduzidas
N2O e NÃO- 3é que terras agrícolas substanciais
de N ou aumento da produção colhida são, portanto, uma parte
também podem ser liberados para outros propósitos, permitindo
essencial do manejo integrado de nitrogênio, ao mesmo tempo em
alternativas como o aumento da produção agrícola para exportação
que oferecem oportunidade para maior desempenho econômico
(redução líquida de 25 por cento) ou “medidas de ecologização”, que
(Oenema e outros, 2009; Quemada e outros, 2020).
proporcionam a redução máxima da poluição por nitrogênio (redução
líquida de 40 por cento). Mais avaliações são necessárias para Princípio 7: O saldo N de entrada-saída encapsula o
considerar o impacto do consumo de alimentos e bebidas não princípio de que “o que entra deve sair”, tornando-o
essenciais e não derivados de gado. um indicador-chave da gestão de N.
Princípio 6: Uma medida para reduzir uma forma de poluição 118. Com base na lei de conservação de massa, os insumos devem corresponder

deixa mais N disponível no sistema agrícola, de modo que aos resultados ou ser armazenados temporariamente na fazenda

45
III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável

Figura III.1:Conceito de entrada de nitrogênio - balanço de massa de saída de sistemas de produção de culturas mistas - pecuária

N saídas: N entradas:
colhido alimentar

cortar Aminoácidos

Atmosfera Atmosfera
NH3 N2O NÃOx N2 NH3 N2O NÃOxN2

N entradas: Produção agrícola : produção animal : N saídas:

fertilizante N - Tipo de cultura taxaFdprecisa
- Espécies de animais leite, carne,
N fixação - Área recortada - Número do animal ovo
N depósito Mmaannure
- Gerenciamento - Gerenciamento

NH4+ NÃO
3DON
- Npapel NH4+ NÃO
3DON
- Npapel

Águas subterrâneas e águas superficiais

Fonte:Modificado de Oenema e outros (2009).

Observação:O modelo “hole-in-the-pipe” (baseado em Firestone e Davidson, 1989) ilustra o “ciclo de vazamento de N” da produção agrícola e animal; mostra o destino dos
insumos de N na agricultura. Entradas e saídas em produtos úteis e emissões para o ar e a água mostram dependência na produção agrícola e na produção animal; uma
mudança na vazão de um fluxo de N tem consequências para outros, dependendo também da capacidade de armazenamento do sistema. As entradas totais devem
equilibrar as saídas totais, seguindo as correções para possíveis alterações no armazenamento dentro do sistema. O conceito é aplicável em escalas de campo, fazenda,
regional e global para todos os tipos de fazendas (Oenema e outros, 2009

sistema. Assim, N entrada = N saída em produtos colhidos (+
armazenamento temporal de N) – N perdas (ver figura III.1). Também ilustra
que o controle de entrada de N é um mecanismo principal para reduzir as
perdas de N. Também permite estratégias baseadas na maximização de N
em reservatórios de armazenamento, incluindo esterco, solo e plantas (por
exemplo, promovendo a absorção de N pelas plantas). São necessários
protocolos acordados internacionalmente para fazer esses N balanços de
entradas e saídas; N entradas e N saídas devem ser registradas de maneira
uniforme para permitir comparações justas entre fazendas e regiões e para
evitar viés.
Princípio 8: Combinar as entradas de nitrogênio com as necessidades das
culturas (também chamado de “fertilização balanceada”) e combinar as
entradas de proteína N com as necessidades do gado oferece oportunidades
(inclusive com o auxílio de técnicas e ferramentas de agricultura
de precisão).
120. A superfície da terra é muitas vezes inclinada e os solos muitas
vezes são heterogêneos por natureza, enquanto o clima é variável e
incerto, o que indica que as condições de crescimento das culturas, a
entrega de N no solo e os caminhos de perda de N são variáveis no
espaço e no tempo. Essas condições espacialmente diversas só podem
ser abordadas por técnicas de manejo agrícola de ajuste fino local
(como técnicas de “agricultura de precisão”, onde as ações de manejo
são ajustadas para cada local de campo) e uso de medidas de redução
de emissões específicas do local. Este princípio é aplicável à aplicação
em campo de fertilizantes orgânicos e inorgânicos (ver capítulo V).

para reduzir todas as formas de perdas de nitrogênio simultaneamente, o que
pode ajudar a melhorar o desempenho econômico ao mesmo tempo.
119. Portanto, aumentar a “produtividade do fator parcial” (definida como
produção da colheita por unidade de entrada de N) aumenta a eficiência do
uso de N e reduz todas as formas de perdas de N. Isso decorre diretamente
da lei de conservação de massa acima mencionada. Além disso, a lei dos
rendimentos decrescentes deve ser considerada ao combinar as entradas de
N com as necessidades da cultura; com o aumento da entrada de N, o
rendimento da cultura e a absorção de N aumentam apenas marginalmente,
enquanto as perdas de N tendem a aumentar progressivamente. Esses
princípios básicos também são válidos para a produção agrícola e animal e
para a produção de alimentos em geral.
Princípio 10: As variações espaciais na sensibilidade dos
habitats naturais às cargas de N provenientes da
agricultura destacam a necessidade de medidas de
manejo de N específicas do local e da região.
121. Uma abordagem fonte-via-receptor pode ajudar a atingir pontos
quentes específicos, vias específicas de perda de N e áreas sensíveis
específicas. Isso vale especialmente para habitats naturais que são sensíveis
ao carregamento de N em uma paisagem agrícola com fazendas de pecuária
intensiva; os últimos são provavelmente pontos quentes para NH3emissões,
enquanto os habitats naturais provavelmente são altamente sensíveis a
entradas de N via deposição atmosférica. O mesmo princípio se aplica a
reservatórios de água potável, lagos cristalinos, riachos e águas costeiras;

Princípio 9: Variações espaciais na vulnerabilidade de terras estes precisam de proteção especial para evitar a poluição. Esse princípio

agrícolas a perdas de N requerem medidas de gerenciamento fundamenta os benefícios adicionais do manejo de N no nível da paisagem

de N espacialmente explícitas em um campo e/ou paisagem (consulte o capítulo VI).

46

Princípio 11: A estrutura dos elementos da paisagem afeta a
capacidade de armazenar e amortecer os fluxos de nitrogênio. Isso
significa que os ecossistemas com alta capacidade de
armazenamento de N (por exemplo, florestas e terras agrícolas
não fertilizadas) tendem a amortecer os efeitos dos compostos de
N emitidos para a atmosfera, de modo que menos N seja
transferido para outros locais.
122. Este princípio aplica-se igualmente a faixas tampão não
fertilizadas e zonas ribeirinhas ao longo de cursos de água sensíveis ao
N. Florestas e terras agrícolas não fertilizadas são usos da terra com
capacidade de absorver e reciclar (utilizar) entradas de N da deposição
de N atmosférico (por exemplo, Dragosits e outros, 2006; cf. capítulo
VI). Áreas fronteiriças e zonas de transição também oferecem habitat
para a biodiversidade em uma paisagem agrícola para organismos
vulneráveis, como polinizadores. Desta forma, florestas, extensas
terras agrícolas e outras características da paisagem ajudam a
absorver e utilizar as entradas de N da deposição de N atmosférico ou
N que, de outra forma, seria perdido pelo fluxo lateral de água. Este
princípio é a base do planejamento para aumentar a resiliência geral
da paisagem, onde, por exemplo, a plantação de novas florestas (com a
função designada de capturar N) pode ser usada como parte de um
pacote de medidas para ajudar a proteger outros habitats (incluindo
outras florestas e ecossistemas onde os objetivos de conservação da
natureza são uma prioridade acordada). No entanto, os solos florestais
que recebem alta deposição de N a longo prazo podem se transformar
de um sumidouro em uma fonte de Nr
poluição; por exemplo, emitindo NOx(Luo e outros, 2012;
Medinets e outros, 2019). Isto também se aplica a faixas tampão e
zonas ribeirinhas ao longo dos cursos de água; a capacidade de
utilizar ou armazenar N reativo e/ou transformar N reativo em N2
podem mudar ao longo do tempo (capítulo VI).
Princípio 12: A fim de minimizar a poluição associada às perdas de N,
todos os fatores que definem, limitam e reduzem o crescimento da
cultura precisam ser abordados simultaneamente e em equilíbrio para
otimizar o rendimento da cultura e a eficiência do uso do N.
123. O rendimento da cultura, a absorção de N e a eficiência do uso de N dependem de:
(a) Fatores que definem o rendimento (tipo e variedade de cultura, clima);
(b) Fatores limitantes de rendimento (disponibilidade de todos os 14
elementos nutrientes essenciais e água, e qualidade do solo); e
(c) Fatores redutores de rendimento (competição por ervas
daninhas, incidência de pragas e doenças, ocorrência de sal
altamente solúvel e/ou compostos tóxicos no solo e poluição do ar
(por exemplo, ozônio) (van Ittersum e Rabbinge, 1997).
124. De acordo com a Lei do Ótimo, o efeito de aumento do
rendimento do nitrogênio é maior quando todos os fatores que
definem o rendimento estão em níveis ótimos e os fatores limitantes e
redutores do rendimento são anulados (De Wit, 1992). Isso terá,
portanto, um impacto nas perdas de N para o meio ambiente.
Portanto, otimizar o rendimento e a eficiência do uso de N e reduzir as
perdas de N na produção agrícola requer uma abordagem integrada:
(a) Seleção de variedades de culturas de alto rendimento, adaptadas
às condições climáticas e ambientais locais;
(b) Preparar canteiros de acordo com o tipo de semente da cultura
antes da semeadura/plantio e fornecer níveis adequados de todos
os elementos nutrientes essenciais e água; e
(c) Assegurar o controle adequado de ervas daninhas, manejo de
pragas e doenças e controle da poluição.
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
III
125. Como resultado dos fatores complexos envolvidos, a otimização
do rendimento continua sendo um desafio. Por exemplo, os
importantes efeitos benéficos e negativos das sequências de culturas
não são totalmente compreendidos. Existem questões emergentes de
resistência a pesticidas, espécies invasoras, mudanças climáticas, etc.
Princípio 13: A fim de minimizar a poluição associada às perdas de
N, todos os fatores que definem, limitam ou reduzem o
crescimento animal devem ser abordados simultaneamente e em
equilíbrio para otimizar a produção animal e a eficiência do uso de
N, o que também pode diminuir a excreção de N por unidade de
animal produzir.
126. A produção animal e a retenção de N em produtos de origem animal também
dependem de:
(a) Fatores que definem o rendimento (espécie animal e raça,
clima);
(b) Fatores limitantes da produção (qualidade da ração, disponibilidade de
todos os 22 elementos nutrientes essenciais e água); e
(c) Fatores redutores da produção (doenças, fertilidade, toxicidade,
poluição do ar, por exemplo, amônia, H2S, ozônio).
127. De acordo com a Lei do Ótimo, otimizar a produção
animal e a eficiência do uso de N na produção animal e
diminuir as perdas de N requer uma abordagem integrada:
(a) Seleção de espécies e raças animais adaptadas às
condições climáticas e ambientais locais;
(b) Assegurar a disponibilidade de ração e água de alta
qualidade, bom manejo alimentar e manejo do rebanho; e
(c) Garantir controle adequado de doenças, saúde, fertilidade e
poluição, incluindo aspectos de bem-estar animal (McDonald e
outros, 2010; Suttle, 2010).
128. A otimização deve levar em conta a fase reprodutiva,
incluindo o número de lactações, taxas de concepção,
peso ao nascer, etc. Este princípio e o anterior são válidos
igualmente para sistemas mistos de cultivo e produção
animal.
Princípio 14: Retardar a hidrólise de recursos contendo
uréia e ácido úrico ajuda a reduzir NH3emissões.
129. A hidrólise desses recursos produz NH3em solução e
aumenta o pH, portanto, diminuir a hidrólise ajuda a evitar as
maiores concentrações de amônio e pH, o que também pode
reduzir outras perdas de N ao evitar o excesso de N no curto
prazo. Este princípio está subjacente a várias medidas na gestão
de estrume e fertilizantes. Por exemplo, a separação imediata da
urina das fezes pode reduzir a NH3emissões porque a urina
contém a maior parte da ureia, enquanto as fezes são ricas na
enzima urease que decompõe a ureia para liberar CO2e NH3. O
mesmo princípio fundamenta o benefício de manter a cama de
frango seca para evitar a degradação do ácido úrico, que também
libera NH3. “Inibidores de urease” são substâncias adicionadas ao
fertilizante de ureia para reduzir NH3e outras perdas de N. Ao
reduzir a eficácia da enzima urease, esses produtos retardam a
hidrólise da ureia (Bitmann e outros, 2014).
Princípio 15: Reduzir a exposição de recursos ricos
em amônia ao ar é fundamental para reduzir NH3
emissões.
130. Portanto, reduzir a área de superfície e cobrir recursos
ricos em amônio reduz NH3emissões. A redução do pH (para
≤6,5) dos recursos ricos em amônia também diminui
47
III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
A
B nitrificação desnitrificação representa uma perda muito maior de
C de medidas técnicas específicas para reduzir N2O emissões de
Imagem 3:Permitir que os animais pastem reduz substancialmente as
emissões de amônia devido à rápida infiltração de urina e plantas
absorção (A,B, relevante para o princípio 15). No entanto, más condições de
pastagem podem aumentar outras perdas de nitrogênio (por exemplo,
água, falta de vegetação;C, relevante para o princípio 4) (fotografia ©
Ministerio Agricultura, Pesca y Alimentación, Espanha, 2021).
NH3emissões. Abaixar a temperatura dos recursos ricos em
amônio e a velocidade do vento acima da superfície também
reduz o NH3 emissões. Todas essas técnicas de redução de
emissões devem ser aplicadas considerando toda a abordagem
da cadeia de gerenciamento de esterco, para minimizar a perda
em estágios posteriores de qualquer N retido durante a primeira
parte da cadeia de gerenciamento (Bittman e outros, 2014).
Princípio 16: Desacelerar a nitrificação (o
48
oxidação do NH4+para NÃO3)- pode contribuir para diminuir
perdas de N e para aumentar a eficiência do uso de N.
131. Por causa de sua carga positiva, NH+pode ser mantido no solo
4
(dependendo da capacidade de troca catiônica do solo).
Isso significa que NH4+é menos móvel e menos vulnerável a
perdas por processos de lixiviação e nitrificação-desnitrificação
do que NÃO3-,a outra forma dominante de N no solo utilizada por
plantações. Portanto, promover condições que desacelerem
a oxidação biológica de NH+4para NÃO3- pode contribuir para
redução das perdas de N e aumento da eficiência de uso do N.
Inibidores de nitrificação sintéticos e inibidores de nitrificação
biológicos exalados pelas raízes e folhas das plantas retardam a
nitrificação e ajudam a conservar o N no sistema e, assim, podem
aumentar a eficiência do uso do N. No entanto, os possíveis
efeitos colaterais (a longo prazo) na saúde do solo (incluindo a
comunidade microbiana do solo) de tais estratégias devem ser
considerados (Medinets e outros, 2015; Lam e outros, 2017;
Coskun e outros, 2017; Norton e Ouyang, 2019).
Princípio 17: Algumas medidas destinadas a reduzir N2As emissões de O
também podem reduzir as perdas de N2, já que ambos estão
relacionados a processos de desnitrificação.
132. Por outro lado, medidas destinadas a minimizar a
desnitrificação para N2também pode reduzir N2O emissões.
Perdas de nitrogênio da agricultura via gás de efeito estufa N2O
representam uma perda relativamente pequena, mas N2O O é um
potente gás de efeito estufa e contribui para a destruição do
ozônio estratosférico (UNEP, 2013). O N associado2perda via
recursos N, embora N2perdas não têm um efeito negativo direto
sobre o meio ambiente. Assim, medidas que visem a redução
conjunta de N2O e N2perdas de processos de nitrificação-
desnitrificação podem contribuir para economizar recursos de N
dentro do sistema ao mesmo tempo.
Princípio 18: Alcançando N maior2As reduções da
agricultura requerem um foco na melhoria da eficiência
do uso de N em todo o sistema agroalimentar usando
todas as medidas disponíveis.
133. Isso requer consideração de mudanças em todo o sistema
nas dietas humanas, dietas de gado, manejo de fertilizantes e
recursos de nitrogênio biológico e reciclado. O requisito para uma
mudança mais ampla do sistema é devido ao potencial modesto
fontes agrícolas comparadas com metas ambiciosas de redução
do clima e ozônio estratosférico (Oenema e outros, 2013; PNUMA,
2013; Cayuela e outros, 2017; Thompson e outros, 2019). Ao
mesmo tempo, o foco na melhoria da eficiência total do sistema
fornece uma abordagem positiva que destaca os co-benefícios
econômicos, ambientais e de saúde.
Princípio 19: Espera-se que as estratégias destinadas a diminuir
conjuntamente as perdas de N, P e outros nutrientes da agricultura
ofereçam benefícios adicionais de abatimento/mitigação em
comparação com estratégias de abatimento de emissão de um único
nutriente, devido ao acoplamento entre os ciclos de nutrientes.
134. Por exemplo, as interações entre N e P afetam a
eficiência do uso de N e P na produção agrícola e animal, bem
como seus impactos na eutrofização das águas superficiais.
Uma disponibilidade subótima de P limita a absorção e
 Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
III

utilização de N e P na produção agrícola e animal e pode limitar os no C orgânico do solo e na qualidade do solo ao longo do tempo e os

efeitos da eutrofização do N nas águas superficiais. Por outro impactos das estratégias de sequestro de C no solo.
lado, uma disponibilidade subótima de N limita a absorção e 136. A proporção de carbono para nitrogênio na matéria orgânica do
utilização de P na produção agrícola e animal e pode limitar os solo varia aproximadamente de 10 a 15 (excedendo 30 em solos
efeitos da eutrofização do P nas águas superficiais (Conley e
orgânicos). Este intervalo bastante estreito tem uma série de
outros, 2009). No entanto, a disponibilidade excessiva de N e P
implicações. Primeiro, o sequestro de C no solo visa reduzir o dióxido
diminui as eficiências de uso de N e P, aumenta muito o risco de
de carbono (CO2) emissões para a atmosfera e melhoria da qualidade
perdas de N e P e exagera seus efeitos de eutrofização nas águas
do solo está associada ao sequestro de N no solo. Se isso resultar em
superficiais. Além disso, as perdas totais de N e P já foram
uma relação C:N mais baixa e, portanto, em uma maior renovação de N
estimadas para exceder os “limites planetários”, o que indica que
no solo, existe o risco de aumentar as perdas de N (incluindo N direto e
as perdas de N e P devem diminuir bastante (Steffen e outros,
indireto2O emissões), especialmente quando há pouca absorção de
2015; Springmann e outros, 2018). Embora esses pontos ilustrem
culturas. Em segundo lugar, armazenar C orgânico no solo significa
razões científicas para o gerenciamento vinculado dos ciclos de
que o C orgânico deve ser produzido primeiro. Embora isso possa ser
nutrientes (Sutton e outros, 2013), também existem barreiras
alcançado pelo aumento da produção agrícola, existe o risco de que o
sociais e políticas que devem ser abordadas, relacionadas ao
manejo necessário para aumentar a entrada de C no solo (ou seja,
desenvolvimento de narrativas multissetoriais (ar, água, clima,
resíduos da cultura) possa resultar em uma redução na eficiência do
etc.) e sensibilidades setoriais em relação à mobilização da
uso de N. Por exemplo, alcançar os objetivos da iniciativa “4 por 1.000”
mudança. Desta forma, um foco de nitrogênio fornece uma
pode levar a um armazenamento de N no solo quase equivalente ao
13
abordagem pragmática que encoraja ligações entre múltiplas
atual uso global anual de fertilizantes N (Van Groenigen e outros,
ameaças e ciclos de elementos, acelerando assim o progresso.
2017). As possíveis interações entre C e N no solo e os efeitos da
qualidade do solo e da eficiência do uso de N devem, portanto, ser
Princípio 20: Estratégias destinadas a otimizar o uso conjunto de N
levados em consideração em estratégias de manejo integrado de N
e água são mais efetivas do que fertilização única com N e
(Cassman, 1999). Além disso, a proteção da matéria orgânica do solo
estratégias de irrigação em condições semiáridas e áridas.
contra a degradação por, por exemplo, lavoura excessiva (mineração
135. As interações entre N e água afetam as eficiências de uso de N e de N) e erosão deve ter alta prioridade para poder sustentar a
água na produção agrícola, bem como afetam todas as vias de perda produtividade agrícola, especialmente em regiões com baixo aporte de
de N (Quemada e Gabriel, 2016). Uma disponibilidade subótima de N; por exemplo, África e Europa Oriental (Boincean e Dent, 2019).
água limita a absorção e utilização de N na produção agrícola e pode
reduzir a lixiviação de N e as perdas por desnitrificação, de acordo com
Princípio 22: Estratégias destinadas a reduzir NH3as emissões de
as características do solo; pode levar ao acúmulo de nitrato-N no solo.
esterco animal através da alimentação animal com baixo teor de
Além disso, a chuva e a irrigação por aspersão podem reduzir as
proteína precisam considerar os possíveis impactos das
perdas de N via NH3volatilização de fertilizantes de ureia e estercos de
manipulações da dieta no metano entérico (CH4) emissões de
animais aplicados à terra (Sanz-Cobena e outros, 2011). Por outro lado,
ruminantes.
uma disponibilidade subótima de N limita a eficiência do uso da água
137. Dietas ricas em proteínas conduzem a uma excreção
na produção agrícola. O acoplamento conjunto de N e gestão da água
relativamente alta de N, e os estercos resultantes têm um alto
também fundamenta o armazenamento seguro de adubos sólidos
potencial para NH3perdas por volatilização. Por outro lado, dietas com
para evitar escoamento e lixiviação. No entanto, uma disponibilidade
superótima de N e água diminui as eficiências de uso de N e de água e baixo teor de proteína conduzem a uma excreção relativamente baixa

aumenta muito o risco de perdas de N por lixiviação, erosão e de N, e os estercos resultantes têm baixo potencial para NH3perdas por

desnitrificação. A aplicação de quantidades específicas de água e N por volatilização. No entanto, algumas dietas com baixo teor de proteínas

meio de irrigação por gotejamento (fertirrigação) em regiões podem ter um conteúdo relativamente alto de fibras, o que é propício

semiáridas tem o potencial de aumentar significativamente a eficiência para HC entérico.4produção em ruminantes (Dalgaard e outros, 2015).

do uso de N e da água simultaneamente e minimizar as perdas de N. O metano é um potente gás de efeito estufa e os ruminantes são uma

Além disso, os rendimentos das culturas em escala global são das principais fontes de CH4emissões para a atmosfera no mundo.

principalmente limitados pela disponibilidade de água e N (Mueller e Evidentemente, o objetivo é encontrar os níveis ótimos de proteína e

outros, 2012). Isso enfatiza a necessidade de uma abordagem fibra na dieta de ruminantes, para minimizar ambos NH3e CH4emissões

integrada em que a disponibilidade de N e água sejam consideradas (Bittman e outros, 2014; Hristov e outros, 2019; Van Gastelen e outros,

em conjunto, especialmente nas regiões do mundo onde a produção 2019). Especialmente para ruminantes, é importante equilibrar a

de alimentos é limitada pela disponibilidade de água e N, e onde a degradabilidade da proteína (e possivelmente os taninos) com o nível

produção de alimentos deve aumentar para atender às demandas da de energia e disponibilidade, como altas concentrações de açúcar, que

crescente população humana (Godfray e outros, 2010). A irrigação deve também podem melhorar a palatabilidade e o consumo. O alto teor de

ser usada criteriosamente para conservar a água e evitar a salinização açúcar pode melhorar o processo de ensilagem, reduzindo assim as
do solo, especialmente em solos de textura fina. perdas por deterioração.

Princípio 23: O custo e a eficácia das medidas para reduzir as

Princípio 21: As estratégias destinadas a aumentar a eficiência perdas de N precisam levar em conta as restrições práticas e
do uso de N na produção agrícola e diminuir as perdas de N as oportunidades disponíveis para os agricultores na região
em terras agrícolas devem considerar possíveis mudanças onde a implementação é pretendida.

13 Consulte www.4p1000.org.

49
III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
medidas são discutidas nos capítulos IV-VI:
Imagem 4:A educação sobre práticas de nitrogênio é necessária para
ampliar a conscientização (fotografia: © Shabtai Bittman).
138. A eficácia e os custos devem ser examinados, tanto quanto
possível, nas condições práticas da fazenda, levando em
consideração o tamanho da fazenda e as limitações ambientais
básicas. As práticas de manejo precisam ser testadas na fazenda e
as boas práticas precisam ser compartilhadas entre a comunidade
agrícola. Fatores socioeconômicos, como educação e estrutura
etária da população agrícola, disponibilidade de mão de obra
qualificada e bons conselhos e acesso a financiamento, são
importantes. A análise de custo-efetividade deve levar em
consideração as barreiras de implementação, bem como os
efeitos colaterais das práticas em outras formas de N e gases de
efeito estufa, a fim de promover co-benefícios.
Princípio 24: O nível de toda a fazenda é frequentemente
um nível de integração principal para decisões de
redução/mitigação de emissões, e a eficácia geral das
medidas de redução/mitigação de emissões terá que ser
avaliada neste nível.
139. As interações entre diferentes medidas e interações
entre perdas de N e emissões de gases de efeito estufa (GEE)
podem ser bem avaliadas no nível do sistema agrícola como
um todo, incluindo a consideração da paisagem mais ampla,
interações regionais e transfronteiriças.
E. Ferramentas para apoiar o gerenciamento
integrado de nitrogênio
140. A caixa de ferramentas para o desenvolvimento de abordagens integradas
para a gestão de N contém ferramentas que são aplicáveis uniformemente, bem
como ferramentas mais específicas adequadas para apenas uma dimensão da
integração. Ferramentas comuns importantes são:
(a) Análise de sistemas;
(b) N orçamento de entradas-saídas;
(c) Modelagem de avaliação integrada e análises de custo-
benefício;
(d) Gestão da cadeia alimentar;
(e) Diálogo e comunicação com as partes interessadas; e
(f ) As chamadas Melhores Práticas de Gestão (BMPs).
141. Essas ferramentas para abordagens de gerenciamento integrado
de nitrogênio em geral são brevemente discutidas abaixo. Específico
50
(a)Análise de sistemasrepresenta o ponto de partida para o
desenvolvimento de abordagens integradas, pois fornece
informações necessárias para todas as dimensões da
integração. A análise de sistemas permite a identificação e
quantificação de componentes, processos, fluxos, atores,
interações e interligações dentro e entre sistemas. Ele fornece
uma ferramenta prática para discutir abordagens integradas ao
gerenciamento de N. Em essência, a análise de sistemas
abrange a visão de que mudanças em um componente irão
promover mudanças em todos os componentes do sistema.
Esses tipos de ferramentas são especialmente úteis na
interface ciência-política-prática.
(b)orçamentos de nitrogêniopermitem a comparação das entradas
e saídas de nitrogênio dos sistemas (por exemplo, uma fazenda,
uma bacia hidrográfica, um país) e dos compartimentos desses
sistemas. Os orçamentos de nitrogênio são uma ferramenta
indispensável, pois integram fontes de N e espécies de N para áreas
e/ou componentes bem definidos (Zhang e outros, 2020). Eles
permitem o cálculo do “balanço de nitrogênio”, que é a diferença
entre as entradas totais e as saídas totais. O balanço de nitrogênio
reflete a quantidade de N armazenado ou removido do sistema mais
as perdas de N do sistema para o ambiente mais amplo. Os saldos
de entrada-saída são ferramentas de gestão robustas e fáceis de
entender para agricultores (Jarvis e outros, 2011) e formuladores de
políticas. Eles são úteis porque ajudam a definir prioridades na
otimização de insumos e na redução de perdas não intencionais,
também fornecendo a base para monitorar a eficiência do sistema
ou excedentes susceptíveis de serem desperdiçados. Os orçamentos
de nitrogênio são ferramentas flexíveis, mas requerem protocolos
(como valores padrão apropriados para concentrações de N para
vários materiais) para registrar entradas e saídas de N de maneira
uniforme, de modo a permitir comparações justas entre fazendas e
entre setores e evitar viés (Leip e outros, 2011; UNECE, 2013).
(c)Modelagem de avaliação integradapermite
relações entre emissões, redução de emissões, impactos ambientais
e benefícios da mitigação de efeitos a serem simulados, incluindo
consideração de relações custo-benefício e estabelecimento de
metas. A modelagem de avaliação integrada também pode analisar
os possíveis efeitos das respostas da sociedade (atores) por meio da
análise de cenários. A estrutura DPSIR pode ser usada como ponto
de partida para analisar conceitualmente as relações de causa e
efeito; relaciona as forças motrizes da mudança ambiental (por
exemplo, crescimento populacional, crescimento econômico,
desenvolvimento tecnológico), às pressões sobre o meio ambiente
(por exemplo, Nremissões), ao estado do meio ambiente (por
exemplo, concentrações de N no ar e nas águas e deposição de N
em habitats naturais), aos impactos (por exemplo, saúde humana,
biodiversidade, crescimento econômico, eutrofização, serviços
ecossistêmicos) às respostas de sociedade (por exemplo, medidas
políticas, mudanças de comportamento; EEA, 1995). Exemplos de
avaliações integradas incluem revisões do Protocolo de Gotemburgo
pela Força-Tarefa sobre Modelagem de Avaliação Integrada (TFIAM/
CIAM, 2007). A análise custo-benefício (CBA) vai um passo além ao
expressar os custos e benefícios das medidas políticas em termos
monetários (Hanley e Barbier 2009; OCDE, 2018). Avaliação
ambiental estratégica
 Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
III

ENTRADA 266 EQUILÍBRIO DE NITROGÊNIO TOTAL DA FAZENDA (kg N/ha) SAÍDA 79

concentrados 165 Leite 69

Outros alimentos* 10 animais 10
Fertilizante mineral 50 Forragem, Culturas 0
Estrume, lixo 1 Estrume 0
Rebanho
Estrume, Não Ruminante 0
animais 0
leguminosas 10
Deposição 30 Cortar Estrume
Mineralização 0

MUTAÇÃO 49
Solo EXCEDENTE 140
concentrados 35 N-amônia 41
Outros alimentos* 28 NN2O 3
Fertilizante mineral 0 N2-NÃOx** 8
Estrume, lixo - 13 Solo*** 88
animais -1

* * N2,NÃOx=outras perdas gasosas de N no estábulo, armazenamento de esterco e armazenamento de ração

* Outros alimentos = volumosos, subprodutos e outros alimentos para animais * * * Solo = lixiviação de nitrato, mutação de nitrogênio no solo e outras perdas de N na fazenda

Imagem 5:Ilustração de um balanço de nitrogênio de uma fazenda inteira para uma fazenda de gado leiteiro. Essas abordagens podem ajudar a definir prioridades para
reduzir a poluição por nitrogênio e os recursos desperdiçados de nitrogênio (imagem redesenhada de imagem © Wageningen University & Research).

(SEA) também foi sugerido como uma ferramenta útil. A AAE é um
processo sistemático de apoio à decisão, com o objetivo de garantir
que os aspectos ambientais sejam considerados efetivamente no
planejamento de políticas e na elaboração de programas (Fischer,
2007; Ahmed e Sánchez-Triana, 2008). O Protocolo da UNECE sobre
Avaliação Ambiental Estratégica à Convenção sobre Avaliação de
Impacto Ambiental em um Contexto Transfronteiriço estabelece
requisitos juridicamente vinculativos.
(d)Avaliação e gestão da cadeia alimentarrefere-se
ao planejamento e gestão de atividades e informações
entre os atores em toda a produção de alimentos
– cadeia de consumo, incluindo fornecedores, indústrias de
processamento, varejo, empresas de reciclagem de resíduos e
cidadãos. Em essência, a gestão da cadeia alimentar integra a oferta
e a demanda de informações e atividades dentro e entre todos os
atores de toda a cadeia (Erisman e outros, 2018). As questões
específicas dizem respeito a:
(i) Como garantir que os consumidores tenham acesso e
conheçam alimentos nutritivos e tenham informações sobre
escolhas alimentares sustentáveis;
(ii) Como as demandas dos consumidores podem ser atendidas pelos
produtores, em termos, por exemplo, de qualidade, métodos de
produção e pegada de N;
(iii) Como os custos das medidas de redução de emissões
implementadas pelos produtores são remunerados entre os
atores da cadeia alimentar; e
(e)Diálogo e comunicação com as partes interessadas são
indispensáveis para a troca de pontos de vista dos atores
sobre questões de gestão de N. O diálogo com as partes
interessadas é a interação entre diferentes partes interessadas
para abordar problemas específicos relacionados a interesses
conflitantes e visões conflitantes sobre como o N e outros
recursos devem ser usados e gerenciados. A comunicação é
tanto a transferência de informações quanto o meio de
conscientizar e explicar o significado, propósito, metas e ações
de abordagens integradas para o gerenciamento de N para
todos os atores envolvidos. A comunicação clara é importante,
pois muitas vezes há ambiguidade no uso dos termos
“integrado” e “gestão” e clareza insuficiente sobre os objetivos e
ações necessárias. A comunicação (e o treinamento) pode
ajudar a tornar os conceitos-chave transparentes e, assim,
facilitar a adoção de metas e a implementação de medidas
acordadas na prática.
(f)Melhores práticas de gestão e medidas de redução/
mitigação. O conceito de melhores práticas de gerenciamento
(BMPs) inclui as melhores técnicas disponíveis (BATs) e as
melhores práticas de sistema (BSPs). No caso do azoto,
abrangem um conjunto de atividades e técnicas baseadas nos
princípios acima referidos para a gestão integrada e
sustentável do azoto. Uma possível definição de BMPs poderia
ser práticas de gerenciamento que demonstraram produzir, em
média, os melhores desempenhos na prática. Isso significa que,

(iv) Como o desperdício e as perdas de alimentos podem ser ao acordar e atribuir BMPs, os envolvidos devem primeiro

minimizados e como todos os resíduos na cadeia alimentar podem concordar com os critérios de desempenho relevantes e sua

ser reciclados de volta à terra cultivada. Esse tipo de gestão da cadeia ponderação. Como consequência, existem muitas visões de
ainda é pouco desenvolvido, exceto em setores específicos e cadeias BMPs, pois elas dependem de:
de processamento de alimentos. (i) Os objetivos (por exemplo, reduzir as perdas de N,

51
III
Princípios da gestão integrada de nitrogênio sustentável
alcançar alto rendimento e garantir que os valores mais
apropriados de eficiência de uso de N e/ou eficiência de uso de
água sejam aplicados, custo-benefício em escala de fazenda,
custo-benefício social);
(ii) O tipo de exploração (por exemplo, exploração agrícola, exploração
vegetal, exploração mista, exploração pecuária);
(iii) As condições socioeconômicas (por exemplo,
acesso a mercados, conhecimento e tecnologia); e
(iv) As condições ambientais (por exemplo, clima,
solo, hidrologia).
142. Dada esta complexidade e reconhecendo diferenças de
opinião sobre qual abordagem ou nível de ambição constitui
“melhor”, as opções nos capítulos IV–VI são simplesmente
referidas como “medidas”. As medidas são ações focadas na
redução de emissões ou mitigação de efeitos adversos, ou ambos.
F. Conclusões e recomendações
143. As seguintes conclusões podem ser tiradas em relação aos
princípios da gestão integrada sustentável do nitrogênio:
(a) O objetivo do manejo sustentável integrado do nitrogênio
na agricultura é minimizar as perdas de nitrogênio para o meio
ambiente e proteger a saúde humana, os ecossistemas e o
clima, garantindo níveis adequados de produção agrícola e
animal e eficiência no uso de N por meio de fertilização
equilibrada e princípios de economia circular . Os efeitos
negativos das perdas de N na saúde humana, nos serviços
ecossistêmicos, na biodiversidade, na água e no clima precisam
ser totalmente abordados;
(b) É importante ter uma compreensão dos drivers do ciclo N
com vazamento e dos processos de transformação de N. Isso
sustenta a compreensão de como a intensificação e a
especialização regional dos sistemas agrícolas afetam o ciclo do
nitrogênio. Tal entendimento é um pré-requisito para o
desenvolvimento de políticas efetivas de N para proteção do ar,
solo e água a fim de preservar a saúde humana, o clima e a
biodiversidade;
(c) A Lei do Ótimo, o modelo “hole-in-the-pipe” (ver
figura III.1) e a apreciação das interações entre o
nitrogênio e outros elementos são as principais razões
para focar no manejo integrado de N;
(d) Uma abordagem integrada e sustentável de gestão de N,
com base em uma série de pontos-chave relacionados à
ciclagem e gestão de N, é a base para políticas eficientes de
abatimento/mitigação de N e práticas agrícolas sustentáveis
que ajudam a estimular uma economia circular emergente de
nitrogênio;
(e) Abordagens integradas para o manejo sustentável do
nitrogênio fazem uso de cinco dimensões possíveis de
integração (capítulo III, seção B). Essas dimensões podem ser
combinadas;
(f ) O manejo integrado e sustentável do N utiliza as cinco
seguintes ferramentas, que podem ser combinadas: análise de
sistemas; orçamentos de nitrogênio; avaliação integrada;
diálogo e comunicação com as partes interessadas; e melhor
52
práticas de gerenciamento;
(g) As medidas consideradas como “melhores práticas de gestão”
para abater emissões e mitigar impactos são baseadas nos
princípios, dimensões e ferramentas acima mencionados. As
medidas são muitas vezes específicas do local e da região e,
portanto, representam um menu de opções a partir do qual podem
ser construídos pacotes coerentes de ações.
144. As seguintes recomendações podem ser feitas com
relação aos princípios do manejo integrado sustentável do
nitrogênio:
(a) As medidas para o manejo sustentável integrado do
nitrogênio devem ser baseadas nas dimensões, princípios e
ferramentas descritas no presente capítulo;
(b) A gestão integrada e sustentável do nitrogênio é necessária para
ajudar a alcançar múltiplos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, incluindo aqueles relacionados à saúde humana,
alimentação, água, clima e biodiversidade;
(c) Embora os agricultores sejam os principais gestores de N no
terreno, e também arcam com muitos dos custos e colhem alguns
dos benefícios das medidas de redução de emissões de N, todos os
atores sociais na cadeia de produção-consumo de alimentos,
incluindo formuladores de políticas e cidadãos, devem assumir a
responsabilidade de alcançar o manejo sustentável integrado do
nitrogênio, com remuneração justa para os gerentes de nitrogênio.
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55
56
 4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

Capítulo IV: Gado alojado, armazenamento de

estrume e processamento de estrume
Autores principais: Barbara AmoneLars Stoumann Jensen
Autores contribuintes:Karin Groenestein, Helmut Döhler, Odón Sobrino, Mark A. Sutton, Sergei
Lukin, Gabriele Borghardt, Sebastian Wulf e Cláudia M. d. S. Cordovil

A. Introdução e antecedentes medidas de abatimento/mitigação requerem um bom conhecimento

145. O azoto (N) pode assumir várias formas (ver figura IV.1),
incluindo o dinitrogénio atmosférico (N2) e uma ampla gama de
nitrogênio reativo (Nr), incluindo todas as formas de nitrogênio
que são biologicamente, fotoquimicamente e radiativamente
ativas. Compostos de nitrogênio que são reativos incluem
amônia (NH3) e amônio (NH+ 4 ),óxido nitroso (N2O),
óxidos de nitrogênio (NOx)14, nitrito (NO- 2),nitrato (NO3), ácido nítrico
(HNO3) e uma ampla gama de compostos orgânicos de nitrogênio (R-
NH2). Formas reativas de nitrogênio são capazes de se espalhar pelo
meio ambiente e causar impacto por meio de poluição atmosférica,
chuva ácida, perda de biodiversidade, etc.,15bem como afetando o
clima (Butterbach-Bahl e outros, 2011b). O projeto de
dos processos que influenciam a formação e emissão de todo Nr
compostos e N2no meio ambiente, onde o nitrogênio é perdido para
uma ampla gama de vias atmosféricas e aquáticas.
Amônia
146. Os princípios da formação de amônia e os fatores
que influenciam são bem conhecidos. A degradação da
substância orgânica contendo N resulta na formação de
amônia. Existe um equilíbrio entre amônia e amônia. O
grau em que a amônia forma o íon amônio depende do
pH da solução. Se o pH for baixo, o equilíbrio se desloca
para a direita: mais moléculas de amônia são convertidas
em íons de amônio. Se o pH for alto, o equilíbrio se
desloca para a esquerda: o íon hidróxido

Figura IV.1:Principais formas de nitrogênio que ocorrem no meio ambiente

óxido nitroso
dinitrogênio óxido nítrico

N2 N2O NÃO azoto

óxidos

amônia NÃO2 NÃOx

NH3 dióxido de nitrogênio

HNO3
NH4+ ácido nítrico

amônio
NÃO
3 -
nitrato
R-NH2 NÃO
- 2
compostos orgânicos de nitrogênio nitrito

Fonte:A figura foi criada para o presente documento.

Observação:A soma de todas as formas exceto N2é muitas vezes denominado nitrogênio fixo ou reativo (Nr).

14 Ver nota de rodapé 2.

15 Consulte www.n-print.org/node/5.

57
4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

abstrai um próton do íon amônio, gerando amônia. Veja a seguinte equação: H2O +
NH3�OH-+NH+ 4

147. As emissões de amônia são regidas pela diferença entre solução e atmosfera NH3pressão parcial. NH alto3
concentrações na solução e baixo NH3as concentrações na atmosfera circundante aumentam o NH3emissões. De acordo com a Lei de Henry,
as emissões de amônia também dependem da temperatura, com o aumento das temperaturas aumentando as emissões (ver figura IV).
Denmead e outros (1982) fornecem a seguinte equação:

NH3(solução)................................................ ................................................ ..........= (NH3(solução)+NH+4 (solução))/(1 + 100,09018+(2729,92/T)- pH)

onde
NH3(solução)................................................ ................................................ ..........= NH3concentração na solução
+
+
NH3(solução)+NH4(solução) ................................................ .....................= A soma NH3e NH4 na solução
T................................................ ................................................ .........................................= Temperatura na solução [K]

pH................................................ ................................................ .............................= valor de pH na solução

148. As emissões de amônia associadas ao alojamento dos animais, armazenamento de esterco e processamento resultam da degradação da uréia pelo

Figura IV.2:NH3concentração na solução em função da temperatura para pH 7,0 e pH 7,5 dado um valor constante
de NH4+em solução
CNH3, solution [g/m3]

Temperatura [°C]

Fonte:Depois de Denmead e outros (1982).

enzima urease onipresente, que resulta em NH+ 4formação. Óxido nitroso e dinitrogênio
A uréia é excretada principalmente na urina e, uma vez hidrolisada, é 149. Os gases N2O, NÃOxe n2são formados durante os processos
muito mais propensa a perdas de amônia do que o nitrogênio orgânico de nitrificação e desnitrificação no ambiente. O modelo de
excretado nas fezes. No caso das aves, o nitrogênio é excretado em “vazamento” desenvolvido por Firestone e Davidson (1989) mostra
grande parte na forma de ácido úrico, que se hidrolisa como a uréia N2O e NÃOxperdas como fluxos de vazamento durante a
para produzir amônia. Onde for possível secar as excretas (por nitrificação e desnitrificação (figura IV.3).
exemplo, na cama de frango), as estratégias podem se concentrar na 150. A nitrificação oxida o amônio via nitrito a nitrato. Este
redução da taxa de hidrólise do ácido úrico e da uréia. Uma vez processo é estritamente aeróbico. As bactérias nitrificantes
nitrogênio amoniacal (a soma de NH3+NH+4)é formado, autotróficas pertencem ao grupo difundido de Nitrosomonas,
as estratégias de alojamento animal e manejo de dejetos visam Nitrospira e Nitrobacter, que são capazes de crescer em carbono
evitar sua volatilização para a atmosfera; por exemplo, reduzindo dióxido (CO2), oxigênio (O2) e NH+. Disponibilidade
4 de NH+ 4

o acesso ao ar, reduzindo o pH ou mantendo a superfície do é principalmente o fator limitante, pois o CO2e O2estão disponíveis
estrume fresca (cf. figura IV.2). em abundância. Baixo pH, falta de fósforo (P) e temperaturas

58
 4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

Figura IV.3:Modelo de tubo com vazamento para N2O e NÃOxperdas durante a nitrificação e desnitrificação

NÃO2O NÃON2O

NÃO
2 -
NH4+ nitrificação desnitrificação N2
NÃO
3 -

Fonte:Depois de Firestone e Davidson (1989).

abaixo de 5°C ou acima de 40°C levam a uma redução nas atividades as concentrações também aumentam a taxa de desnitrificação, enquanto a

de nitrificação. Um teor de água de cerca de 60% da capacidade de baixa temperatura e o baixo pH limitam a atividade de desnitrificação.

retenção de água do solo é ideal para o processo de nitrificação.
151. Em valores baixos de pH, a nitrificação é realizada por bactérias e
fungos. Ao contrário dos nitrificadores autotróficos, eles precisam de fontes
de carbono para seu crescimento. Sua taxa de rotatividade é muito menor
em comparação com os nitrificadores autotróficos, mas uma rotatividade
total substancial ainda pode ser alcançada, pois uma ampla gama de
espécies tem a capacidade de nitrificação heterotrófica. N2A produção de O
durante a nitrificação é de cerca de 1 por cento, NOx
a produção varia entre 1 e 4 por cento das entradas de N
(Butterbach-Bahl e outros, 2011a).
155. A relação entre N2e n2A formação de O é governada
principalmente pela relação entre o aceptor de elétrons e o
agente redutor, e pelo O2concentração no substrato. N2só é
formado sob condições estritamente anaeróbicas
condições andawideC: NÃO3- razão. altas concentrações de nitrato
aumentar a taxa de N2Ó produção. Essas diferenças têm efeitos na
prática sobre as perdas de N do gado confinado e armazenamento de
esterco, de acordo com a extensão da disponibilidade de oxigênio e
carbono em diferentes sistemas.
Lixiviação e escoamento de nitratos e outros nitrogênios

152. A desnitrificação reduz o nitrato (NO- 3ao nitrito (NO2),
NÃOx, N2O ou N2quando a disponibilidade de oxigênio é baixa. NÃO- 3,NÃOx
e n2O todos servem como aceptores alternativos de elétrons quando O
2está faltando e, portanto, a desnitrificação ocorre apenas sob
condições estritamente anaeróbias. Molecular N2é o produto final da
cadeia de reação de desnitrificação e é o único processo biológico que
pode transformar nitrogênio reativo em N molecular não reativo2.
Bactérias desnitrificantes são heterotróficas e anaeróbias facultativas.
Isso significa que eles usam O2como um aceptor de elétrons e mudar
para elétrons alternativos
aceitadores (NÃO3-,NÃOxe n2O) quando a disponibilidade de oxigênio é
baixo. Bactérias desnitrificantes são comuns e apresentam alta
biodiversidade.
153. Os fatores de controle da desnitrificação foram
extensivamente investigados, principalmente em condições de
laboratório. Existem interações complexas entre os vários fatores
de influência, que fazem uma previsão real de N2O emissões no
tempo e no espaço são difíceis em condições práticas.
154. A desnitrificação é governada principalmente pela disponibilidade
156. A poluição difusa das águas subterrâneas e superficiais com N (e
fósforo) é um problema em muitas regiões do mundo, especialmente
em áreas com alta produção pecuária. Os estercos animais contêm
quantidades substanciais de matéria orgânica, N e P que, se
manejados de forma inadequada, podem ser perdidos no alojamento
dos animais, armazenamento de esterco ou após a aplicação no
campo.
157. As perdas de nitrogênio e matéria orgânica para os sistemas
aquáticos ocorrem principalmente por lixiviação através do perfil do
solo e por escoamento superficial quando a capacidade de infiltração
do solo é excedida. As emissões de fontes pontuais também podem
causar danos graves aos ambientes locais, por exemplo, no caso de
vazamentos de armazenamento de estrume. Nas águas superficiais, as
perdas causam problemas de eutrofização e proliferação de algas, e
em áreas que dependem do uso de águas subterrâneas, altas
concentrações de nitrato podem ser um problema para a qualidade da
água potável. Para água potável, o limite da União Européia
foi definido em um nitrato (NO- 3)concentração de 50 mg l−1(ver
Diretriz de Água Potável da União Européia)16. Uma vez lixiviado para as

de oxigênio. A desnitrificação começa quando o O2a concentração águas superficiais, esse N também pode se tornar uma fonte de emissão de

diminui para menos de 5 por cento (por exemplo, Hutchinson e óxido nitroso, que é um potente gás de efeito estufa. Além disso, a perda

Davidson, 1993). Este pode ser o caso em solos pouco aerados (por significativa de recursos de N também é um custo econômico para o

exemplo, alto teor de água, acima de 80% dos poros cheios de água), agricultor, e a produção de fertilizantes de N usa quantidades substanciais

mas também em solos onde um alto turnover biológico consome o de energia fóssil, causando aquecimento global e outras emissões

oxigênio mais rapidamente do que o suprimento. Fontes de carbono ambientais. Portanto, o manejo e o uso apropriados de adubos são

(C) facilmente degradáveis e alto teor de nitrato essenciais para minimizar a perda de nutrientes.

16 Diretiva do Conselho 98/83/CE de 3 de novembro de 1998 sobre a qualidade da água destinada ao consumo humano,Jornal Oficial das Comunidades
Europeias, L 330 (1998), pp. 32–58.

59
4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume
lixiviação e o impacto ambiental da agricultura.
Consideração dos fluxos de nitrogênio
158. As medidas para reduzir as perdas de azoto na alimentação do
gado, habitação e processamento de estrume devem ser consideradas
em relação a outras medidas descritas neste documento de orientação.
“A gestão do estrume é um continuum desde a geração pelo gado até
ao armazenamento e tratamento e, finalmente, à distribuição da
terra” (Chadwick e outros, 2011). Isso significa que existe potencial para
perdas de nitrogênio, carbono e fósforo em cada estágio desse
continuum. Uma abordagem de “fluxo de massa” foi usada por Webb e
Misselbrook (2004) para estimar NH3emissões do continuum de gestão
de estrume. Esta abordagem permite que os efeitos das medidas para
reduzir as emissões e conservar o N do esterco em um estado sejam
considerados conforme o esterco passa para o próximo estágio no
continuum. Da mesma forma, outras perdas gasosas de N, incluindo N
2O, NÃOxe n2, pode ser avaliada usando uma abordagem de fluxo de
massa de maneira semelhante à de Dämmgen e Hutchings (2008). A
importância dessa abordagem de sistema completo é que os efeitos
dos métodos de redução em um estágio são considerados nos estágios
a jusante (Sommer e outros, 2009; 2013), incluindo perdas de
nitrogênio para a água por lixiviação e escoamento.
B. Abordagem usada para descrever as medidas
de redução
159. As seções a seguir apresentam as principais práticas de
manejo e medidas de abatimento/mitigação que influenciarão a
utilização de N e perdas de gado alojado, armazenamento de
esterco, tratamento de esterco e processamento de esterco.
Algumas medidas irão mitigar todas as formas de perda de N,
enquanto outras podem mitigar uma via de perda de N específica
com pouco impacto ou um impacto negativo em outras vias de
perda de N. A redução aprimorada pode ser possível por meio da
implementação combinada de certos pacotes de medidas.
160. Após a descrição de cada medida, uma tabela (ver
tabelas IV.1–IV.23 e IV.25–IV.40) resume para cada forma de
perda de N a categoria UNECE para eficácia/praticidade de
implementação (usando a abordagem de ECE/EB.AIR/120;
Bittman e outros, 2014)17, e a magnitude do efeito de cada
medida. Opiniões especializadas são fornecidas para NH3
volatilização, perdas como N2O, NÃOxe n2, escoamento e lixiviação
perdas como NÃO
3,bem
- como as perdas totais de N em geral.
161. Quando se considera que uma medida resulta num aumento
das perdas de uma forma específica de azoto, é, por definição,
também atribuída à categoria 3 para essa forma de azoto. A
magnitude do efeito pode ser considerada como uma indicação
da “eficácia” da medida, distinta da medida em que a medida é
“aplicável” em diferentes contextos. Quando for necessário
esclarecimento, a magnitude do efeito de uma medida é descrita
em comparação com um sistema de referência especificado. Por
exemplo, no caso de alojamento de gado, isso incluiAD Libitum
alimentação, bem como armazenamento de chorume sem tampa
e sem fundo impermeável. Em algumas partes da UNECE
17 Ver capítulo I, par. 16–20, do presente documento para uma descrição das categorias UNECE e sistema para representar a magnitude do efeito.
60
região, o uso de certos sistemas de referência pode ser proibido,
por exemplo, devido aos níveis de poluição associados.
C Alimentação do gado
162. O teor de proteína bruta e a composição da dieta animal é o
principal fator de excreção de urina. O excesso de proteína bruta
(PB) que não é necessário para o animal é excretado e pode ser
facilmente perdido na cadeia de manejo de dejetos. A adaptação
da proteína bruta da dieta às necessidades do animal é, portanto,
a primeira e mais eficiente medida para mitigar as emissões de
nitrogênio. Esta medida reduz a perda de todas as formas de N
(ver figura IV.1) porque reduz a quantidade de azoto excretado.
Como há muita variação natural na eficiência de uso de nitrogênio
(NUE) entre animais individuais, a criação direcionada para melhor
NUE também pode ser uma opção.
163. A redução de PB na alimentação animal é uma das formas
mais econômicas de reduzir as emissões de N em toda a cadeia de
gerenciamento de esterco. Para cada redução percentual (valor
absoluto) no teor de proteína da ração animal, NH3as emissões
dos alojamentos de animais, armazenamento de esterco e
aplicação de esterco animal na terra diminuem de 5% a 15%,
dependendo também do pH da urina e do esterco. A alimentação
animal com baixo teor de proteína também diminui o N2emissões
de O e aumenta a eficiência do uso de N na produção animal.
Potenciais trade-offs com CH4as emissões da fermentação
entérica ainda não estão totalmente pesquisadas e precisam ser
avaliadas. No entanto, o uso eficiente de N é crucial para a
produção de leite ambientalmente correta. Além disso, não há
implicações para a saúde ou bem-estar animal, desde que os
requisitos para todos os aminoácidos sejam atendidos.
164. A alimentação animal com baixo teor de proteína é mais aplicável
a animais alojados. É menos aplicável para sistemas baseados em
pastagem com animais de pasto porque a grama é consumida pelos
animais em um estágio de crescimento fisiológico inicial e, portanto, é
tipicamente rica em proteína degradável. Deve-se notar que as
pastagens com espécies leguminosas (por exemplo, trevo, luzerna)
também têm um teor relativamente alto de proteína e, portanto,
podem estar associadas ao excesso de N na dieta para o gado.
Estratégias para diminuir o teor de proteína na forragem incluem:
adubação nitrogenada balanceada; pastoreio/colheita do prado numa
fase de crescimento fisiológico posterior, etc.; e alteração da ração de
sistemas baseados em pastagens, como o uso de alimentação
suplementar com rações com baixo teor de proteína.
1. Gado de leite e de corte
Medida Alimentar 1: Adequar a ingestão de proteínas na dieta (bovinos
de leite e de corte)
165. Reduzir a proteína bruta (PB) das dietas de ruminantes é uma
estratégia eficaz para diminuir a NH3e perda total de N. As
seguintes diretrizes são válidas:
(a) O teor médio de PB das dietas para gado leiteiro não
deve exceder 15-16 por cento na matéria seca (MS)
 Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume
4

(Broderick, 2003; Swensson, 2003). Para gado de corte com mais de Tabela IV.1:Resumo para cada forma de perda de N da
seis meses, isso poderia ser reduzido ainda mais para 12 por cento; categoria UNECE para eficácia/praticidade de implementação
e magnitude de efeito da Medida Alimentar 1

(b) A fase de alimentação pode ser aplicada de tal forma que o teor Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N
de PB das dietas leiteiras seja gradualmente reduzido de 16 por
cento da MS imediatamente antes do parto e no início da lactação UNECE
1 1 3a 1 2 1-2
Categoria
para menos de 14 por cento no final da lactação e a maior parte da
Magnitude
dieta seca período;
de efeito
�� ~�� ?a �� �� ��b
(c) A alimentação faseada também pode ser aplicada em bovinos de corte
aEspera-seque a medida reduza o NOxemissões, embora
de forma que o conteúdo de PB das dietas diminua gradualmente de 16 sejam
necessários dados experimentais para demonstrar isso.
para 12 por cento ao longo do tempo. Mais informações e custos bComo essa medida reduz as entradas totais de N, ela pode ajudar a aumentar a
associados podem ser encontrados na avaliação de custos do TFRN eficiência e a circularidade do sistema, reduzindo N mais amplore n2perdas.

(Capítulo 3.4 “Estratégias de alimentação com baixo nitrogênio em gado

Medida Alimentar 2: Aumentar a produtividade (gado de leite e de
leiteiro” em Reis e outros, 2015).
corte)
166. Em geral, aumentar a proporção de energia/proteína na dieta usando

capim “mais velho” (maior altura da superfície do pasto) ou cereais 169. Em geral, aumentar a produtividade do gado leiteiro em termos

forrageiros enfaixados e/ou complementando o capim com alimentos de alta de leite ou carne pode diminuir as emissões por unidade de produção

energia (por exemplo, silagem de milho) é uma boa estratégia comprovada animal. A produtividade otimizada também resultará na redução das

para reduzir os níveis de proteína bruta. No entanto, para sistemas de emissões de metano entérico. No entanto, os níveis ótimos de

produção de ruminantes baseados em pastagens, a viabilidade dessas produtividade variam de acordo com a raça e a região e também
estratégias pode ser limitada, pois pastagens mais velhas podem reduzir a devem levar em consideração o fato de que os ruminantes só podem
qualidade da alimentação, especialmente quando as condições para o cultivo lidar com uma certa quantidade de concentrados e requerem
de alimentos de alta energia são ruins (por exemplo, climas quentes) e, volumoso suficiente em sua dieta para se manterem saudáveis.
portanto, esses alimentos devem ser comprado. Assim, o aproveitamento
Tabela IV.2:Resumo para cada forma de perda de N da
total da produção de capim não seria mais garantido. Na ausência de outras
categoria UNECE para eficácia/praticidade de implementação
medidas, tal estratégia também pode arriscar o aumento das emissões de e magnitude de efeito da Medida Alimentar 2
metano.
Azoto Geral
167. Em muitas partes do mundo, a produção de gado é baseada em forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2 Perda N

pastagens ou parcialmente baseada em pastagens. Em tais sistemas, UNECE

2 2 3a 2 2 2
gramíneas ricas em proteínas e produtos de capim formam uma Categoria

proporção significativa da dieta, e os valores-alvo para PB podem ser Magnitude

de efeito
� ~-� ?a - � �b
difíceis de alcançar, dado o alto teor de PB de pastagens manejadas. O
teor de PB da grama fresca no estágio de pastejo (2.000 a 2.500 kg MS/ aEspera-se que a medida reduza o NOxemissões, embora
sejam
necessários dados experimentais para demonstrar isso.
ha) geralmente está na faixa de 18 a 20 por cento (ou até mais alto,
bComo essa medida reduz as entradas totais de N, ela pode ajudar a aumentar a
especialmente quando as leguminosas estão presentes), enquanto o eficiência e a circularidade do sistema, reduzindo N mais amplore n2perdas.
teor de PB da silagem de grama é frequentemente entre 16 e 18 por
cento e o teor de PB do feno está entre 12 e 15 por cento (por exemplo, Medida Alimentar 3: Aumentar a longevidade (gado leiteiro)

Whitehead, 2000). Em contraste, o teor de PB da silagem de milho está 170. A produtividade pode ser aumentada aumentando a produção de
apenas na faixa de 7 a 8 por cento. Por isso, dietas à base de capim
leite por ano e aumentando a quantidade de ciclos de produção de
geralmente contêm um excesso de proteína e a magnitude da
leite por animal. Dieta otimizada e condições de alojamento permitem
excreção elevada de N resultante depende fortemente das proporções
uma maior longevidade do gado leiteiro. Melhorar a longevidade do
de capim, silagem de capim e feno na ração e do conteúdo de proteína
gado leiteiro também diminui o número de gado jovem necessário
desses alimentos. O excesso de proteína e a resultante excreção de N e
para reposição. A redução de doenças endêmicas e o ganho genético
as perdas de N serão maiores para rações de verão apenas com capim
por meio de reprodução direcionada também pode agregar valor.
(ou rações com leguminosas) com pastejo de gramíneas jovens
intensamente fertilizadas ou misturas de gramíneas e leguminosas.
Tabela IV.3:Resumo para cada forma de perda de N da
categoria UNECE para eficácia/praticidade de implementação
168. A urina excretada por animais de pasto normalmente se infiltra no
e magnitude de efeito da Medida Alimentar 3
solo. Isso significa que NH3as emissões por animal são reduzidas ao
estender os períodos durante os quais os animais pastam em Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N
comparação com o tempo gasto com os animais alojados, onde as
UNECE
excretas são coletadas, armazenadas e aplicadas na terra. Deve-se 2 2 3a 2 2 2
Categoria
notar que o pastoreio de animais pode aumentar outras formas de
Magnitude
emissões de N (por exemplo, lixiviação de nitrato-N e N2emissões de de efeito
� ~-� ?a - � �b
O). No entanto, dado o efeito claro e bem quantificado na NH3
aEspera-se que a medida reduza o NOxemissões, embora
sejam
emissões, aumentar o período em que os animais ficam pastando o dia necessários dados experimentais para demonstrar isso.
todo pode ser considerada uma estratégia para reduzir as emissões bComo essa medida reduz as entradas totais de N, ela pode ajudar a aumentar a
eficiência e a circularidade do sistema, reduzindo N mais amplore n2perdas.
(ver capítulo V, Medida de Campo 18).

61
4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume
2. Porcos
Medida Alimentar 4: Adequar a ingestão de proteínas na dieta (suínos)
171. As medidas de alimentação na produção de suínos incluem: fase
de alimentação; formulação de dietas baseadas em nutrientes
digestíveis/disponíveis; e usando dietas suplementadas com
aminoácidos de baixa proteína e aditivos/suplementos alimentares.
Outras técnicas estão sendo investigadas (por exemplo, diferentes
rações para machos (javalis e machos castrados) e fêmeas) e também
podem estar disponíveis no futuro.
172. O teor de proteína bruta (PB) da ração suína pode ser reduzido se
o suprimento de aminoácidos for otimizado por meio da adição de
aminoácidos sintéticos (por exemplo, lisina, metionina, treonina,
triptofano, aminoácidos tipicamente limitantes, que são muito baixos
em rações normais de grãos) ou componentes especiais de ração,
usando a melhor informação disponível sobre “proteína ideal”
combinada com suplementação dietética. Lassaletta e outros (2019)
realizaram uma análise global para sistemas suínos que incluiu a
simulação de mudanças no PB. Mais informações e custos associados
podem ser encontrados na Avaliação de Custos do TFRN (capítulo 3.2
“Estratégias de alimentação com baixo teor de nitrogênio em porcos”,
em Reis e outros, 2015).
173. Uma redução de PB de 2 a 3 por cento na ração pode ser
alcançada, dependendo da categoria de produção de suínos e do
ponto de partida atual (Canh e outros, 1998). Foi demonstrado que
uma diminuição de 1 por cento de PB na dieta de suínos em
terminação resulta em um teor de nitrogênio amoniacal total (TAN) 10
por cento menor do esterco suíno e 10 por cento menor de NH3
emissões (Canh e outros, 1998). A inclusão de resíduos ou desperdícios
domésticos e industriais processados nas rações com relação energia/
proteína controlada é uma medida complementar que reduz a
dependência de alimentos importados. Esta medida também
representa uma redução de N a montanter
emissões associadas à produção de ração e emissões a
jusante associadas ao gerenciamento de resíduos (Lassaletta
e outros, 2019; zu Ermgassen e outros, 2016).
Tabela IV.4:Resumo para cada forma de perda de N
da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
implementação e magnitude de efeito da Medida
Alimentar 4
Azoto
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2
UNECE
1 1 3a 1 2
Categoria
Magnitude
de efeito
�� �� ?a �� ��
aEspera-se que a medida reduza o NOxemissões, embora
sejam
necessários dados experimentais para demonstrar isso.
bComo essa medida reduz as entradas totais de N, ela pode ajudar a aumentar a
eficiência e a circularidade do sistema, reduzindo N mais amplore n2perdas.
3. Aves
Medida Alimentar 5: Adequar a ingestão de proteínas na dieta (aves)
174. Para as aves de capoeira, o potencial de redução da excreção
de N através de medidas de alimentação é mais limitado do que
para os suínos porque a eficiência de conversão atualmente
alcançada em média já é alta e a variabilidade dentro de um
bando de aves é maior. Uma redução de CP de 1 a 2 por cento
pode ser alcançada dependendo da espécie e da corrente inicial
62
ponto, mas já é uma medida comprovada para produtores e
finalizadores. Pesquisas adicionais sobre nutrição aplicada estão
sendo realizadas nos Estados membros da União Européia e na
América do Norte e isso pode apoiar possíveis reduções no futuro.
Tabela IV.5:Resumo para cada forma de perda de N da
categoria UNECE para eficácia/praticidade de implementação
e magnitude de efeito da Medida Alimentar 5
Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2 Perda N
UNECE
1 1 3a 1 2 1
Categoria
Magnitude
de efeito
�� �� ?a �� �� ��b
aEspera-seque a medida reduza o NOxemissões, embora
sejam
necessários dados experimentais para demonstrar isso.
bComo essa medida reduz as entradas totais de N, ela pode ajudar a aumentar a
eficiência e a circularidade do sistema, reduzindo N mais amplore n2perdas.
D. Alojamento de gado
1. Alojamento de gado
175. Ao usar medidas para reduzir as emissões de todos os
tipos de animais de instalações de gado, é importante
minimizar a perda do N conservado durante o manuseio do
esterco, no armazenamento e na distribuição para maximizar
o benefício do custo de redução.
176. Os sistemas de alojamento para gado variam na região da
UNECE. Embora o alojamento solto seja mais comum, o gado
leiteiro ainda é criado em estábulos amarrados em alguns países.
Em sistemas de alojamento solto, toda ou parte das excretas é
coletada na forma de chorume. Em sistemas onde é produzido
esterco sólido (como sistemas à base de palha), ele pode ser
removido do aviário diariamente ou pode permanecer lá por até
toda a estação, como em estábulos de cama profundos. O sistema
mais comumente pesquisado é o “cubículo” para vacas leiteiras,
onde NH substancial3as emissões provêm de pisos de ripas e/ou
maciços sujos e de esterco em fossas e canais sob as ripas/piso.
Geral
Perda N Tem havido muito menos pesquisas para medir o NOx, N2O e N2
emissões de alojamento de gado, portanto, as recomendações em
1
alguns casos devem ser baseadas em princípios gerais e,
portanto, estão sujeitas a maior incerteza do que para NH3
��b
emissões desses sistemas.
177. Os sistemas de gado confinado são geralmente assentados sobre bases
de pedra ou concreto, de modo que não se espera a lixiviação direta de
nitrato, a menos que haja rachaduras nas bases associadas a má
manutenção. Escoamento de Nrcompostos de sistemas de alojamento de
gado podem ocorrer se as excretas dos lagos não forem corretamente
drenadas para os tanques de armazenamento (por exemplo, associadas a
eventos de inundação).
178. Embora as "paisagens duras" (normalmente áreas de concreto
adjacentes a laticínios) forneçam uma fonte significativa de emissões
de amônia fora dos currais, em algumas partes da região da UNECE, o
gado é mantido em áreas confinadas do lado de fora (por exemplo,
confinamento), onde Nrlixiviação, escoamento e perdas de N gasoso
podem ser substanciais.
 Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume
4

179. Considerações sobre o bem-estar animal tendem a levar a um A duração do período de inativação pode ser ajustada pela
aumento da área de caminhada suja por animal, aumento da dosagem de adição de ácido ou álcali (VDLUFA 2019).
ventilação e aumento geral das emissões. Mudanças no projeto do 185. Verificação de qualquer NH3as reduções de emissões do uso de
edifício para cumprir com os novos regulamentos de bem-estar animal
sistemas de estrume sólido versus sistemas à base de chorume e da
em alguns países (por exemplo, mudança de estábulo para alojamento
separação sólido-líquido devem considerar todas as etapas da emissão
em cubículos) irão, portanto, aumentar o NH3
(alojamento, armazenamento e aplicação no solo). Vantagens
emissões, a menos que medidas de redução sejam introduzidas ao mesmo
adicionais da separação sólido-líquido também podem ser esperadas
tempo para combater esse aumento.
durante a aplicação no solo, onde a urina (contendo a maior parte do N
180. Sistemas de esterco sólido versus chorume: é improvável que os amoniacal disponível) se infiltra mais facilmente devido ao seu menor
sistemas baseados em palha que produzem esterco sólido para gado emitam teor de matéria seca do que o chorume, reduzindo NH3
menos NH3nas casas de animais do que sistemas baseados em chorume. emissões. Embora o esterco sólido não se infiltre, ele consiste
Além disso, N2O, NÃOxe n2as perdas devido à (des)nitrificação tendem a ser principalmente em formas orgânicas de N, que são muito menos
maiores em sistemas baseados em serapilheira do que em sistemas suscetíveis a NH3emissões. Pouco se sabe sobre as consequências
baseados em lama. da separação sólido-líquido nas emissões de N2O, NÃOx, N2e
181. Enquanto o estrume sólido à base de palha pode emitir menos NH3 lixiviação de nitrato, embora não sejam esperados efeitos
do que o lodo depois de espalhado na superfície dos campos (ver, por adversos substanciais.
exemplo, Powell e outros, 2008), o lodo oferece uma oportunidade maior
Tabela IV.6:Resumo para cada forma de perda de N da
para métodos de aplicação de emissões reduzidas. categoria UNECE para eficácia/praticidade de implementação
182. As opções de abatimento para alojamento de gado podem ser e magnitude de efeito da Medida Habitacional 1
agrupadas nos seguintes tipos:
Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N
(a) Sistemas baseados em pisos e técnicas de gerenciamento
relacionadas (incluindo raspadores e robôs de limpeza); UNECE
1a 3 3 3 3 2
Categoria
(b) Sistemas baseados em serapilheira (uso de material orgânico
Magnitude
alternativo); de efeito
�� ? ? ? ? �
(c) Técnicas de gestão de lama ao nível do poço;
aA segregação imediata de urina e fezes reduzirá a NH3
(d) Técnicas de climatização interior; emissões substancialmente, da mesma forma que aumentou o período de
pastejo (categoria 1). No entanto, a separação subsequente da pasta
(e) Técnicas end-of-pipe (ventilação híbrida + previamente misturada é considerada menos eficaz (categoria 2) (cf. Bittman
técnicas de limpeza do ar) e técnicas de redução/ e outros, 2014, para. 159).

mitigação de GEE.
Habitação Medida 2: Limpeza regular de pisos em instalações de
183. Vários caminhos podem ser identificados para otimizar ainda mais
gado por raspadores dentados (gado)
as existentes e desenvolver novas técnicas de redução. A este respeito,
as técnicas de redução de emissões ao nível dos alojamentos dos
186. O sistema de “piso ranhurado” para alojamento de gado

animais devem ter como objetivo afetar um ou mais dos seguintes

leiteiro e de corte, empregando raspadores “dentados” que

fatores-chave importantes e/ou forças motrizes do processo de correm sobre um piso ranhurado, é uma técnica confiável para

emissão de azoto: reduzir NH3emissões. As ranhuras devem ser equipadas com

(a) Capacidade de drenagem do piso para transporte direto da urina
para o depósito de esterco;
(b) Tempo de residência de fontes abertas de urina/esterco;
(c) Área de superfície emissora de fontes abertas de urina/esterco;
(d) Atividade de urease em poças de urina;
(e) Temperatura e pH da urina/esterco (ver Medidas de
Habitação 6 e 8, respectivamente);
(f ) Temperatura do ar interno;
(g) Velocidades do ar nas superfícies emissoras (poças de urina e
superfície de estrume na fossa);
(h) Troca de ar entre o headspace do poço e o ar interno;
(i) Exaustão do ar interno.
perfurações para permitir a drenagem da urina. Isso resulta em
uma superfície de piso mais limpa e de baixa emissão, com boa
tração para o gado, evitando escorregões. A redução das
emissões de amônia varia de 25 a 46% em relação ao sistema de
referência (Smits, 1998; Swierstra e outros, 2001). Na ausência de
dados de medição, espera-se que o uso do sistema de piso
ranhurado tenha pouco impacto em outros Nre n2perdas, uma vez
que é direcionado principalmente para reduzir a exposição
imediata ao ar de excretas ricas em amônio.
Tabela IV.7:Resumo para cada forma de perda de N da
categoria UNECE para eficácia/praticidade de
implementação e magnitude de efeito da Medida
Habitacional 2

Habitação Medida 1: Separação imediata de urina e fezes Azoto Geral

forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N
(bovinos)
UNECE
184. A segregação física (por exemplo, manter separadamente) das 1 3a 3a 3a 3a 1
Categoria
fezes, que contêm urease, e da urina no sistema de alojamento reduz a
Magnitude
hidrólise da ureia, resultando em emissões reduzidas tanto do de efeito
�� -a -a -a -a �
alojamento como da distribuição de estrume (Burton, 2007; Fangueiro
aEmbora esta medida não reduza diretamente outros Nre
e outros, 2008a , 2008b; Møller e outros, 2007). Tanto a acidificação N2perdas, onde o NH- a poupança contribui para substituir os inorgânicos
3

quanto a alcalinização da urina segregada internamente inibem de entradas de fertilizantes de N recém-fixado, pode ajudar a aumentar a eficiência
e a circularidade do sistema, reduzindo N mais amplore n2perdas.
forma confiável a hidrólise da ureia.

63
4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

Habitação Medida 3: Limpeza regular de pisos em currais de Habitação Medida 5: Aumentar o material de cama (gado com
gado estrume sólido)

187. A limpeza completa de áreas de passeio em instalações de
gado leiteiro por raspadores mecânicos ou robôs tem o potencial
de reduzir substancialmente NH3emissões. A limpeza automática
deve ser realizada em intervalos regulares (por exemplo, de hora
em hora) para obter todos os benefícios da medida.
189. Material de cama em alojamento de animais pode afetar NH3,
N2O, NÃOxe n2emissões. As características físicas (capacidade de
absorção de urina, densidade aparente) dos materiais de cama
são mais importantes do que suas características químicas (pH,
capacidade de troca catiônica, relação carbono/nitrogênio) na

Tabela IV.8:Resumo para cada forma de perda de N da determinação de NH3emissões de pisos de celeiros de laticínios
categoria UNECE para eficácia/praticidade de (Misselbrook e Powell, 2005; Powell e outros, 2008; Gilhespy e
implementação e magnitude de efeito da Medida outros, 2009). No entanto, é necessária uma avaliação mais
Habitacional 3 aprofundada sobre o efeito da cama nas emissões para sistemas
específicos, levando em consideração todo o caminho de
Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2 Perda N gerenciamento de esterco. A abordagem pode ter uma interação
UNECE positiva com as medidas de bem-estar animal.
1 3 3 3 3 1
Categoria
Tabela IV.10:Resumo para cada forma de perda de N
Magnitude da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
de efeito
� - - - - �
implementação e magnitude de efeito da Medida
Habitacional 5
Medida de alojamento 4: Remoção frequente de chorume (gado)

188. A remoção regular de esterco líquido sob as ripas da casa Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N
para um depósito externo pode reduzir substancialmente o NH3
UNECE
reduzindo a superfície emissora e a temperatura de armazenamento 1 2 3 3 3 1
Categoria
da polpa. Uma temperatura de armazenamento reduzida também
Magnitude
resultará em uma redução das emissões de metano. de efeito
~/� ~/� ? ? ? ~/�
Tabela IV.9:Resumo para cada forma de perda de N da
Medida Habitacional 6: Climatização do celeiro para reduzir a
categoria UNECE para eficácia/praticidade de implementação
e magnitude de efeito da Medida Habitacional 4 temperatura interna e o fluxo de ar (gado)

190. Em casas com ripas tradicionais (sem inclinação, 1 por cento de

Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N inclinação ou ranhuras), a climatização ideal do estábulo com

UNECE isolamento do telhado e/ou ventilação natural controlada

1-2 3 3 3 3 1-2
Categoria automaticamente pode alcançar uma redução moderada de emissão
Magnitude (20 por cento) de NH3devido à diminuição da temperatura
de efeito
� - - - - �
(principalmente no verão) e redução das velocidades do ar (Bram e

Imagem 6:A limpeza regular do chão dos alojamentos de animais reduz as emissões de amônia (fotografia: © Conselho de Desenvolvimento de Agricultura
e Horticultura (AHDB)).

64
 4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

outros, 1997a, 1997b; Smits, 1998; Monteny, 2000). Na medida em que em toda a região ECE. Além disso, existem poucos dados sobre
tais sistemas esfriam o estrume armazenado, as emissões de metano depuradores para gado (Ellen e outros, 2008). Em qualquer situação
também serão reduzidas. onde o gado é alojado com ventilação forçada, esta medida pode ser

Tabela IV.11:Resumo para cada forma de perda de N considerada como categoria 1. Desenvolvimentos recentes consideram

da categoria UNECE para eficácia/praticidade de a combinação de ventilação direcionada de estábulos naturalmente

implementação e magnitude de efeito da Medida ventilados com purificadores de ar. Mais pesquisa e desenvolvimento
Habitacional 6 são necessários aqui.

Azoto Geral Tabela IV.12:Resumo para cada forma de perda de N

NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2
forma Perda N da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
UNECE implementação e magnitude de efeito da Medida
1 2-3 2-3 2-3 2-3 1
Categoriaa Habitacional 7
Magnitude
�� ~- - - - � Azoto Geral
de efeito
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N

aOnde dois números são mostrados nesta tabela separados por um hífen, UNECE
o primeiro número é para o efeito de redução da temperatura interna e o 1-2 3a 3a 3a 3a 1-2
Categoria
segundo número é para o efeito de redução do fluxo de ar sobre
superfícies cobertas de esterco Magnitude
de efeito
�� ?a ?a ?a ?a �a

Medida Habitacional 7: Uso de purificadores de ar ácidos (gado)
191. Purificadores de ar químicos ou ácidos são eficazes na diminuição de NH
3 emissões de instalações de suínos com ventilação forçada. No entanto, eles
aEmbora esta medida não reduza diretamente outros Nre n2perdas, onde
recuperou
Nrcontribui para substituir insumos de fertilizantes inorgânicos de N
recém-fixado, pode contribuir para aumentar a eficiência e a
circularidade do sistema, reduzindo o N mais amplore n2perdas.

ainda não podem ser geralmente implementados em alojamentos de gado

porque estes são em sua maioria naturalmente ventilados.
192. Foram testados diferentes tipos de pisos melhorados
baseados em ripas ou elementos maciços de concreto perfilado.
Esses projetos combinam a redução de emissões do piso
(aumento do escoamento de urina) e da fossa (redução da troca
de ar por abas de borracha nas ranhuras do piso). A eficiência da
redução de emissões depende das características técnicas
específicas do sistema.

193. Diminuir a quantidade de excrementos animais em sistemas de

alojamento de animais através do aumento do pasto é uma medida eficaz

para diminuir NH3emissões, conforme discutido mais adiante no capítulo VI.

As emissões anuais totais (incluindo alojamento, armazenamento e

distribuição) dos sistemas de produção leiteira podem diminuir em até 50%

com pastejo quase o dia todo, em comparação com animais totalmente

confinados. Embora o pastoreio aumentado seja um NH confiável3medida de

A redução de emissões para vacas leiteiras, a quantidade de redução de

emissões depende do tempo de pastejo diário e da limpeza da casa e área de

exploração. Em alguns casos, o pastoreio também pode contribuir para o

aumento da corrida.

off e lixiviação de NO- 3e outro Nrcompostos, bem como

N2O e NÃOxemissões. O pastoreio também pode estar associado ao
aumento da mobilização de patógenos.

2. Alojamento de suínos

194. Projetos para reduzir NH3as emissões dos sistemas de alojamento

de suínos foram descritas em detalhes no documento IPPC sobre as
Melhores Técnicas Disponíveis (BATs) (Santonja e outros 2017). Estes
aplicam os seguintes elementos principais:

(a) Reduzindo as superfícies de esterco, como pisos sujos, usando

B canais para superfícies de retenção de estrume e paredes

inclinadas. Pisos parcialmente ripados (~ 50% de área) geralmente

Imagem 7:Em alojamentos de animais com esterco sólido, adicionando cama emitem menos NH3, particularmente se as ripas forem revestidas de

suficiente (A) pode ajudar a absorver a urina e diminuir as emissões de metal ou plástico em vez de concreto, permitindo que o estrume
nitrogênio (Medida de Habitação 5), ao mesmo tempo em que beneficia o bem- caia rápida e completamente na fossa abaixo. As emissões das áreas
estar animal. A roupa de cama deixada por muito tempo fica molhada (B) e não ripadas são reduzidas por superfícies inclinadas e lisas,
também está associado a emissões mais altas (fotos: © Barbara Amon). localizando as instalações de alimentação e água para minimizar

65
4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume
incrustação dessas áreas e pelo bom controle climático no
prédio;
(b) Remoção frequente da lama da cava para um depósito de lama
externo com sistemas de remoção a vácuo ou por gravidade ou por
sistemas de descarga pelo menos duas vezes por semana;
(c) Tratamento adicional, como separação líquido/sólido;
desde que o armazenamento das frações separadas
mantenha baixas emissões;
(d) Circulação de águas subterrâneas ou outros agentes de resfriamento
em trocadores de calor flutuantes ou paredes de poços de chorume para
resfriar a superfície do estrume no poço subterrâneo a pelo menos menos
de 12°C. As restrições incluem custos e necessidade de localizar uma
fonte de água subterrânea longe da fonte de água potável;
(e) Alteração das propriedades químicas/físicas do
esterco, como diminuição do pH;
(f ) Utilizar superfícies lisas e fáceis de limpar (ver
acima);
(g) Tratamento do ar de exaustão por depuradores ácidos ou
filtros biológicos;
(h) Reduzir a temperatura interna e a taxa de ventilação,
levando em consideração o bem-estar animal e considerações
de produção;
(i) Redução do fluxo de ar sobre a superfície do esterco.
195. Para uma determinada largura de ripas de piso, o estrume drena
das ripas de concreto com menos eficiência do que das ripas revestidas
de aço e plástico e isso está associado a maiores emissões de NH3.
Observe que ripas de aço não são permitidas em alguns países por
motivos de bem-estar animal. Os efeitos de mídia cruzada foram
levados em consideração na definição de BATs para os vários projetos
de habitação. Por exemplo, descarga frequente de lama (normalmente
uma vez pela manhã e outra à noite) causa eventos de odor incômodo.
A lama de lavagem também consome energia, a menos que sejam
usados sistemas passivos operados manualmente.
196. Espera-se que o uso de cama de palha nas instalações de suínos
aumente devido à preocupação com o bem-estar dos suínos. Em
conjunto com sistemas de alojamento naturalmente ventilados
(controlados automaticamente), a palha permite que os animais
autorregulam sua temperatura com menos ventilação e aquecimento,
reduzindo o consumo de energia. Em sistemas com serapilheira, o
cercado às vezes é dividido em áreas sólidas com serapilheira e áreas
de esterco com ripas. No entanto, nem sempre os suínos usam essas
áreas da maneira desejada, usando a área de cama para fazer esterco
e a área de ripas para se refrescar no tempo quente. Geralmente, as
baias devem ser projetadas para acomodar o comportamento de
excreção desejado dos suínos para minimizar a incrustação de pisos
sólidos. No entanto, isso é mais difícil em regiões com clima quente.
Observe que a avaliação integrada do uso de palha deve considerar:
(a) O custo adicional da palha e limpeza dos currais;
(b) O possível aumento de emissões do armazenamento e
aplicação de esterco com palha; e
(c) O benefício de adicionar matéria orgânica da palha ao
solo.
197. O sistema de referência, comumente usado na Europa, é um piso
totalmente ripado com um fosso de esterco profundo embaixo e
66
ventilação mecânica; a emissão varia de 2,4 a 3,2 kg de NH3por suíno de
terminação por ano. Uma vez que os produtores/finalizadores são sempre
alojados em grupo, a maioria dos sistemas utilizados para o alojamento em
grupo de porcas são aplicáveis aos produtores. As emissões de diferentes
abordagens de abatimento/mitigação são comparadas com este sistema de
referência em termos da quantidade de redução de emissão (Bittman e
outros, 2014). A maioria dos dados disponíveis está no NH3, com poucos
dados sobre efeitos sobre N2O, NÃOx, N2
e lixiviação de nitrato. Os princípios subjacentes a essas perdas são
amplamente semelhantes aos dos sistemas de alojamento de gado,
reconhecendo as diferentes necessidades de alojamento dos suínos e as
características particulares dos excrementos suínos.
Medida Habitacional 8: Acidificação de chorume (alojamento de suínos e
bovinos)
198. Reduções em NH3As emissões podem ser alcançadas
acidificando o lodo para mudar o equilíbrio químico de moléculas
NH3para NH iônico4+.O esterco (especialmente a fração líquida)
é recolhido para um tanque com líquido acidificado (geralmente
com ácido sulfúrico, mas também podem ser usados ácidos
orgânicos, embora a um custo mais elevado) mantendo um pH
inferior a 6 (Bittman e outros, 2014; Fangueiro e outros, 2015). Em
sistemas de criação de suínos, foram observadas reduções de
emissões de 60 por cento ou mais (Kai e outros, 2008). Não se
espera que a medida afete outros Nrou N2perdas. Prevê-se que a
acidificação do chorume seja eficaz tanto para o chorume bovino
quanto para o chorume suíno, embora as medições até agora
tenham se concentrado na investigação do chorume suíno. Um
estudo (Petersen e outros, 2012) mostrou que a acidificação do
esterco bovino para pH 5,5 reduziu o NH3emissões em mais de 90
por cento e, ao mesmo tempo, reduziu as emissões do gás de
efeito estufa (GEE) CH4em 67 a 87 por cento. Como a nitrificação e
a desnitrificação são reduzidas, pode-se esperar que o método
também reduza as emissões de NOx, N2O e N2. Atenção deve ser
dada ao monitoramento do pH do solo e teor de metais se o lodo
acidificado for usado na agricultura. A acidificação interna
reduzirá o NH3emissões em toda a cadeia de gestão do estrume.
Além disso, a lama acidificada com ácido sulfúrico não é adequada
como única matéria-prima para a produção de biogás (mas pode
ser usada em menor proporção).
Tabela IV.13:Resumo para cada forma de perda de N
da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
implementação e magnitude de efeito da Medida
Habitacional 8
Azoto Geral
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N
UNECE
1 2 2 3a 2 1a
Categoria
Magnitude
de efeito
�� � ~/�? ~a � ��a
aEmbora esta medida não seja conhecida por reduzir o NO3-diretamente,
onde NH3-a economia contribui para substituir insumos de fertilizantes inorgânicos de
N recém-fixado (por exemplo, quando os regulamentos de fertilizantes exigem que o
valor melhorado do fertilizante seja levado em consideração), pode contribuir para
aumentar a eficiência e a circularidade do sistema, reduzindo o N mais amplore n2
perdas.
Medida Habitacional 9: Reduza a superfície emissora (porcos)
199. As emissões de amônia podem ser reduzidas em 25%
diminuindo a área de superfície do piso emissor por meio de
 4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

drenagem frequente e completa assistida por vácuo do chorume do
fundo do poço. Onde isso é possível, essa técnica não tem custo. Pisos
parcialmente ripados cobrindo 50 por cento da área do piso
geralmente emitem 15 a 20 por cento menos NH3, especialmente se as
ripas forem revestidas de metal ou plástico, que é menos pegajoso
para o esterco do que o concreto. A diminuição do risco de emissões
da parte sólida do piso pode ser alcançada por:
(a) Usando uma superfície inclinada (ou convexa) com acabamento
liso;
(Amon e outros, 2007). De referir que, em países quentes (por
exemplo, região mediterrânica), por questões sanitárias, a
limpeza do pavimento é feita com maior frequência com
consequências na composição da pasta, que pode chegar aos
98 por cento de água.
Tabela IV.15:Resumo para cada forma de perda de N
da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
implementação e magnitude de efeito da Medida
Habitacional 10

(b) Localização apropriada das instalações de alimentação e Azoto Geral

forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2 Perda N
água para minimizar a incrustação das áreas sólidas; e
UNECE
(c) Bom controle climático (Aarnink e outros, 1996; Categoria
1 3 3 3 3 1
Guigand e Courboulay, 2007; Ye e outros, 2008a,
Magnitude
2008b). de efeito
� - - - - �
200. Uma redução adicional da área de emissão pode ser
Medida de Alojamento 11: Remoção frequente de chorume (porcos)
conseguida tornando a área parcialmente ripada e o fosso abaixo
menores. Com a área de ripas menor, o risco de maior 203. A remoção regular de chorume sob as ripas da casa para um
incrustação da área sólida pode ser mitigado instalando uma depósito externo pode reduzir substancialmente o NH3
pequena segunda área de ripas com um canal de água embaixo reduzindo a superfície emissora e a temperatura de
do outro lado da baia onde os porcos tendem a comer e beber. O armazenamento da polpa. Uma temperatura de armazenamento
canal é preenchido com cerca de 2 cm de água para diluir reduzida também resultará em uma redução de metano (Amon e
qualquer esterco que eventualmente caia nele. Esta área ripada outros, 2007).
terá baixas emissões porque qualquer esterco jogado aqui será Tabela IV.16:Resumo para cada forma de perda de N
diluído. Este sistema combinado de canal de esterco e canal de da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
água pode reduzir NH3emissões em 40-50 por cento, dependendo implementação e magnitude de efeito da Medida
do tamanho do canal de água. Não se espera que esta Habitacional 11
abordagem tenha um efeito significativo nas emissões de N2 Azoto Geral
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2
ou outro Nrcompostos. forma Perda N

201. A redução da área de superfície emissora por meio de uma UNECE

1 3 3 3 3 1-2
Categoria
ou duas paredes de poço inclinadas, em combinação com pisos
Magnitude
parcialmente ripados e remoção frequente de esterco, pode de efeito
� - - - - �
reduzir as emissões em até 65 por cento. Reduzir a área de
emissão com calhas rasas em forma de V (máximo de 60 cm de Medida Habitacional 12: Aumentar o material de cama (porcos com
largura, 20 cm de profundidade) pode reduzir a emissão em estrume sólido)
instalações de suínos em 40 a 65 por cento, dependendo da 204. Material de cama em alojamento de animais pode afetar NH3, N2O,
categoria de suínos e da presença de pisos parcialmente ripados. NÃOxe n2emissões. As características físicas (capacidade de absorção
As calhas devem ser lavadas duas vezes ao dia com a fração de urina, densidade aparente) dos materiais de cama são mais
líquida (fina) da lama em vez de água; a lavagem com água dilui o importantes do que suas características químicas (pH, capacidade de
esterco e aumenta o custo de transporte e aplicação no campo. troca catiônica, relação carbono/nitrogênio) na determinação de NH3
Tabela IV.14:Resumo para cada forma de perda de N emissões de pisos de celeiros (Misselbrook e Powell, 2005; Powell e
da categoria UNECE para eficácia/praticidade de outros, 2008; Gilhespy e outros, 2009). No entanto, é necessária uma
implementação e magnitude de efeito da Medida avaliação mais aprofundada sobre o efeito da cama nas emissões para
Habitacional 9 sistemas específicos, levando em consideração todo o caminho de

Azoto Geral gerenciamento de esterco. A abordagem pode ter uma interação

forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
-
3 N2 Perda N positiva com as medidas de bem-estar animal. No entanto, abordagens
UNECE que beneficiam o bem-estar animal também podem ser operadas
1 3a 3a 3a 3a 1a
Categoria
como sistemas à base de chorume, com pouco suprimento de palha.
Magnitude
de efeito
�� -a ?a ?a ?a ��a
Tabela IV.17:Resumo para cada forma de perda de N
aEmbora esta medida não reduza diretamente outros Nre n2perdas, onde
o NH3-a da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
economia contribui para substituir insumos de fertilizantes inorgânicos implementação e magnitude de efeito da Medida
de N recém-fixado, pode ajudar a aumentar a eficiência e a circularidade
do sistema, reduzindo o N mais amplore n2perdas. Habitacional 12

Azoto Geral
Habitação Medida 10: Limpeza regular de pisos (porcos)
forma
NH3 N2O NÃOx NÃO
3 - N2 Perda N

202. A limpeza de pisos em instalações de suínos por raspadores UNECE

1 2 3 3 3 1
mecânicos ou robôs tem o potencial de reduzir substancialmente Categoria

NH3emissões. A limpeza automática deve ser realizada em Magnitude

de efeito
~/� ~/� - - - ~/�
intervalos regulares para obter todos os benefícios da medida

67
4
Gado alojado, armazenamento de estrume e processamento de estrume

Medida de Alojamento 13: Climatização do celeiro para reduzir a Lavadores de ácido demonstraram NH3eficiências de remoção de mais
temperatura interna e o fluxo de ar (porcos) de 90 por cento, dependendo de seus valores de ajuste de pH.
Depuradores e filtros biológicos também reduzem o odor e as
205. O resfriamento da superfície do esterco com ventiladores usando
partículas em 75% e 70%, respectivamente (Guingand, 2009). Mais
um sistema fechado de troca de calor é uma técnica com uma
informações são necessárias sobre a adequação desses sistemas na
eficiência de redução de 45 a 75 por cento, dependendo da categoria
Europa do Sul e Central. Os custos operacionais dos lavadores de ácido
do animal e da superfície das aletas de resfriamento. Essa técnica é
e dos filtros biológicos dependem especialmente do uso extra de
mais econômica se o calor coletado puder ser trocado para aquecer
energia para a recirculação da água e para superar o aumento da
outras instalações, como casas de desmame (Huynh e outros, 2004).
contrapressão nos ventiladores. Métodos de otimização estão
Em sistemas de lama, essa técnica pode ser frequentemente adaptada
disponíveis para minimizar custos (Melse e outros, 2012) e os custos
em edifícios existentes. No entanto, este sistema não é aplicável
serão menores para grandes operações. A abordagem também pode
quando a cama de palha é usada ou quando a ração contém muita
contribuir para a redução de N2O e NÃOx
forragem. Isso ocorre porque uma camada de resíduo flutuante pode
emissões, mas mais pesquisas são necessárias aqui.
se desenvolver no topo da pasta.
Tabela IV.19:Resumo para cada forma de perda de N
Tabela IV.18:Summary for each form of N loss of the
da categoria UNECE para eficácia/praticidade de
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementação e magnitude de efeito da Medida
implementation and magnitude of effect of Housing
Habitacional 14
Measure 13
Nitrogen Overall
Nitrogen Overall form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss
UNECE
UNECE 1 2 2 3a 3a 1
Category a
1 2-3 2-3 2-3 2-3 1
Category a
Magnitude
of Effect
�� � � -a -a ��a
Magnitude
of Effect
� - - - - �
a Although this measure does not directly reduce other NO - 3
a Where two numbers are shown in this table separated by a and N2 losses, where the recovered Nr contributes to replace
hyphen, the first number is for the effect of reducing indoor inorganic fertilizer inputs from newly fixed N, it can contribute to
temperature and the second number is for the effect of reducing air increased system efficiency and circularity, reducing wider Nr and N2
flow over manure-covered surfaces. losses.

Housing Measure 14: Use of acid air-scrubbers (pigs)
206. Treatment of exhaust air by acid scrubbers (mainly using
sulphuric acid) or biotrickling filters has proven to be practical
and effective for large-scale operations in Denmark, France,
Germany and the Netherlands (for example, see Melse and
Housing Measure 15: Use of biological air-scrubbers
(pigs)
207. Biological air-scrubbers operate with bacteria that
remove ammonia and odours from the exhaust air. Ammonia
captured in biological air-scrubbers typically undergoes

Ogink, 2005; Guingand, 2009). This is most economical when nitrification and denitrification associated with increased

installed in new houses, because retrofitting in existing emissions of N2O, NOx and N2. Recovery of the collected Nr

housing requires costly modification of ventilation systems.
in bioscrubbers may help offset this increase by reducing the
need for fresh N fixation and production of chemical
fertilizers.
Table IV.20: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Housing
Measure 15

Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss

UNECE
1 2 2 3 3 1
Category a

Magnitude
of Effect
�� 3a �a - �a �

a Ammonia captured in biological air-scrubbers typically

undergoes nitrification and denitrification associated with

increased emissions of N2O, NOx and N2. Recovery of the
collected Nr in bioscrubbers may help offset this increase by
reducing the need for fresh N fixation and production of
chemical fertilizers.

3. Poultry housing

Image 8: Fattening pigs on a low-emission straw system with solid 208. Designs to reduce NH3 emissions from poultry housing
manure (Housing Measure 12) (photograph: © Barbara Amon). systems have been described in detail in the document on
BAT under the European Union Industrial Emissions

68

Directive18 (Santonja and others, 2017), and apply the
following principles:
(a) Reducing the open surface area of emitting manure;
(b) Removing the manure frequently from the poultry
house to an external slurry store (for example, with belt
removal systems);
(c) Quickly drying the manure to reduce hydrolysis of uric
acid to ammonia;
(d) Using smooth, easy-to-clean surfaces;
(e) Treatment of exhaust air by acid scrubbers or
biotrickling filters (for example, biological air-scrubbers);
(f ) Lowering the indoor temperature and ventilation as
animal welfare and/or production allow, reducing
microbial processes that mobilize Nr losses.
209. Many of the measures listed for cattle and pigs are also
applicable to poultry systems, especially Housing Measures 2
and 9 (Reduce emitting surface), 6 and 13 (Barn climatization
to reduce indoor temperature and air flow) and 7 and 14 (acid
air-scrubbers). This section therefore focuses on additional
considerations for poultry housing. Further information can
be found in the IPPC Best Available Techniques Reference
document (Santonja and others, 2017) and the UNECE
Ammonia Guidance Document (Bittman and others, 2014).
210. Where poultry houses are disconnected from the ground (for
example, concrete base), emission-reduction measures for NH3
are not directly expected to affect nitrate and other Nr leaching
and run-off. For smaller farms, which are not required to comply
with national legislation (for example, BAT) for layers, and for free-
range poultry, pathways to the soil can also be anticipated. In
such cases, NH3 emission reduction including rapid drying and dry
storage of poultry litter may also have benefits to reduce Nr
leaching. In addition, expert observations have shown that
downward-pointing air exhausts onto porous ground surfaces
surrounding poultry houses can lead to localized increases of Nr
leaching and runoff into groundwaters. Reduction of NH3
emissions (and Nr
- containing dusts) can therefore also contribute to reducing such
hot spots of Nr leaching and run-off.
Laying hens
211. A wide range of regulations and minimum standards for
protecting laying hens exist across the UNECE region. For
example, in the European Union, regulations apply under
Council Directive 1999/74/EC19. Under the Directive, the use of
conventional cage systems has been prohibited since 2012.
Instead, only enriched cages (also called “furniture cages”), or
non-cage systems, such as litter (or deep litter) housing
systems or aviary systems, are allowed.
Housing Measure 16: Rapid drying of poultry litter
212. Ammonia emissions from battery deep-pit or channel
18 Directive 2010/75/EU of the European Parliament and of the Council of 24 November 2010 in industrial emissions (integrated pollution prevention and
control), Official Journal of the European Union, L 334 (2010), pp. 17–119.
19 Council Directive 1999/74/EC of 19 July 1999 laying down minimum standards for the protection of laying hens, Official Journal of the European
Communities, L 203 (1999), pp. 53–57.
Housed livestock, manure storage and manure processing
IV
systems can be lowered by reducing the moisture content of
the manure by ventilating the manure pit. The collection of
manure on belts and the subsequent removal of manure to
covered storage outside the building can also reduce NH3
emissions, particularly if the manure has been dried on the
belts through forced ventilation. The manure should be dried
to 60–70 per cent DM to minimize the subsequent formation
of NH3. Manure collected from the belts into intensively
ventilated drying tunnels, inside or outside the building, can
reach 60–80 per cent DM content in less than 48 hours, but in
this case exposure to air is increased, risking an increase in
NH3 emissions. Weekly removal from the manure belts to
covered storages reduces emissions by 50 per cent compared
with bi-weekly removal. In general, emissions from laying hen
houses with manure belts will depend on:
(a) The length of time that the manure is present on the
belts;
(b) The drying systems;
(c) The poultry breed;
(d) The ventilation rate at the belt (low rate = high
emissions); and
(e) The feed composition.
213. Aviary systems with manure belts for frequent collection
and removal of manure to closed storages reduce emission
by more than 70 per cent compared with the deep litter
housing system. While the primary drying poultry litter has
been on reducing NH3 emissions, keeping excreted N in the
form of uric acid can also be expected to reduce N2O, NOx and
N2, since this will also reduce nitrification and denitrification.
Dried poultry litter will therefore have a higher fertilizer value
for farmers, which should be compensated by using reduced
doses during land application (see chapter V), as compared
with decomposed poultry litter.
Table IV.21: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Housing
Measure 16
Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
UNECE
1 2a 2a 3a 2a 1
Category a
Magnitude
of Effect
�� ~/�a ~/�a ~/�a ~/�a ��
a Although this measure primarily focuses on NH3 abatement, the
stability of uric
acid in dried poultry litter can help to increase system efficiency and
circularity, decreasing wider Nr and N2
losses, and reducing the need for fresh Nr production.
Housing Measure 17: Use of acid air-scrubbers (poultry)
214. Treatment of exhaust air by acid scrubbers has been
successfully employed in several countries (Melse and
Ogink, 2005; Ritz and others, 2006; Patterson and Adrizal,
69
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

2005; Melse and others, 2012). In Germany, Hahne and others are influenced by:
(2016) counted 179 installed air-scrubbers in poultry (a) Drinking-water design and function (leakage and
installations and 1,012 scrubbers installed in pig houses. The spills);
main difference between pig systems and poultry houses is
(b) Animal weight and density, and duration of the
that the latter (especially with dried litter) typically emit a
growing period;
much larger amount of dust. Acid scrubbers remove 70–90
(c) Ventilation rate, use of in-house air purification and
per cent of NH3, and also remove fine dust and odour. To deal
ambient weather;
with the high dust loads, multistage air-scrubbers with pre-
(d) Use of floor insulation;
filtering of coarse particles have been developed (Ogink and
others, 2007; Melse and others, 2008). Yet some experts (e) Type and amount of litter;
consider this technique as only category 2 because of the (f ) Feed.
dust loading issue. 217. Reducing spillage of water from the drinking system: A
Table IV.22: Summary for each form of N loss of the simple way to reduce spillage of water from the drinking
UNECE category for effectiveness/practicality of system is by using “nipple drinkers” instead of “bell drinkers”.
implementation and magnitude of effect of Housing This approach should be integrated into wider systems
Measure 17 designed to keep poultry litter dry, as described under
Nitrogen Overall Housing Measure 16 (Rapid drying of poultry litter).
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
218. Air scrubber technology to remove NH3 from ventilation
UNECE air is highly effective, but not currently widely implemented
1 2 2 3a 3a 1
Category a
because of high installation and running costs. Packed-bed
Magnitude
of Effect
�� � � -a -a ��a filters and acid scrubbers currently available in

a Although this measure does not directly reduce other NO - 3

and N2 losses, where the recovered Nr contributes to replace
inorganic fertilizer inputs from newly fixed N, it can contribute to
increased system efficiency and circularity, reducing wider Nr and N2
losses.

Housing Measure 18: Use of biological air-scrubbers

(poultry)
215. Treatment of exhaust air by use of biotrickling filters
(biological air-scrubbers) has been successfully employed in
several countries (Melse and Ogink, 2005; Ritz and others,
2006; Patterson and Adrizal, 2005; Melse, Hofschreuder and
Ogink, 2012). Biological scrubbers have been found to reduce
NH3 emissions by 70 per cent of NH3, also removing fine dust
and odour. To deal with the high dust loads, multistage
airscrubbers with pre-filtering of coarse particles have been
developed (Ogink and Bosma, 2007; Melse, Ogink and Bosma,
2008). Yet some experts consider this technique as only
category 2 because of the dust loading issue and possible
trade-offs with increases of other Nr losses.
Table IV.23: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Housing
Measure 18

Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss

UNECE
1 3a 3a 3 3a 1
Category a

Magnitude
of Effect
�� �a �a - �a �a

a Ammonia captured in biological air-scrubbers typically undergoes

nitrification and denitrification, which is expected to increase

emissions of N2O, NOx and N2. Recovery of the collected Nr in
bioscrubbers may help offset this increase by reducing the need for
fresh N fixation and production of chemical fertilizers.
Broilers
216. To minimize NH3 emission in broiler housing, it is
important to keep the litter dry. Litter moisture and emissions
Image 9: Illustration of an ammonia scrubbing system in a
poultry house, showing ducting, and air inlet immediately
above the manure (Housing Measure 17). In the system shown,
ammonia is recovered for use as a fertilizer (see Nutrient
Recovery Measure 5) (photographs: © UVA, 2020;
ammoniatrapping.com).

70

the Netherlands and Germany remove 70–90 per cent of NH3
from exhaust air. Comprehensive measuring of air-scrubbers
is done by the German Agricultural Association (DLG, 2020),
based on a scientific standard testing frame. As with such
systems for laying poultry, questions about long-term
reliability due to high dust loads need to be further clarified.
Various multi-pollutant scrubbers have been developed to
also remove odour and PM (PM10 and PM2.5) from the exhaust
air (Zhao and others, 2011; Ritz and others, 2006; Patterson
and Adrizal, 2005). Implementation of both acid air-scrubbers
(Housing Measure 17) and biological air-scrubbers (Housing
Measure 18) for broiler housing is largely similar to that for
laying hens.
E Manure storage, treatment and
processing
1. Principles of manure storage, treatment and
processing
219. For livestock agriculture to become sustainable, an
optimal and efficient use of manure nutrients and organic
matter is essential. However, manure nitrogen may be easily
lost via gaseous emissions (NH3, N2O, NOx, N2) and leaching
of nitrate (NO 3- ) and other Nr compounds. Besides nitrogen
losses, animal and manure emissions of methane (CH4) to the
atmosphere must be reduced as far as possible, to limit
climate change impacts. Nitrate leaching and pollution of
watercourses with N, P and organic compounds are possible
if manures are not stored with impermeable barriers to
prevent leakages of slurry or leachate from solid manures.
220. Significant N losses may occur during storage of either
urine, faeces, or mixtures (slurries and farmyard manures/
deep litters), and simple treatment (for example, solid-liquid
separation) or more advanced processing (for example,
anaerobic digestion, ultrafiltration) may enable more
appropriate manure management with lower N losses.
221. The treatment of manures typically involves a one-step
operation to improve the properties of the manure. Expected
effects include: the improvement of the fluid properties (by
adding water or by separating solids); the stabilization of
volatile nutrients (by acidification); and a reduction in odour
nuisance (for example, aeration). Single-stage treatment of
manures is typically applied on farms in the proximity of
livestock buildings. The mass and ingredients of manures are
not, or are only slightly, changed by treatment systems.
222. The processing of manures generally describes more
complex and multi-step processes, which are used specifically
to produce new products. Such products may have higher
nutrient content, lower water content, free of undesirable
odours and hygienically safe. In most cases, manure
processing is used to produce marketable products that can
be used as fertilizers and soil conditioners, as well as
secondary raw materials (for example, fibres). Manure
processing technologies may either be located on farms or
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing
operated as central/decentral plants.
223. Manure treatment and processing always come at a cost,
both in economic, energy and environmental terms, so the
simplest option fulfilling the goal(s) should always be the
priority option:
(a) Direct land application;
(b) Simple treatment;
(c) Advanced processing (with (a) first, according to local
limitations, including those related to pollution).
224. Simple treatment and advanced processing are most
relevant when conditions (for example, high regional livestock
density, large manure N surplus relative to local crop
demand) favour overall environmental benefits from
treatment or processing. Such systems should be designed
with awareness of the need to avoid pollution swapping (for
example, reducing ammonia loss, but increasing nitrate
leaching somewhere else and vice versa).
225. Animal slurry composition is typically not ideal with
regard to low emission handling and crop fertilizing
properties. In particular, the high dry matter and carbon
content pose several problems during slurry storage,
application and crop utilization (see table IV.24). This
points to the opportunity for increased development of
systems to collect and store urine and dung separately
(Housing Measure 1), or to apply manure treatment by
solid-liquid separation.
226. High slurry dry matter tends to result in crust formation
on the slurry surface and/or in sedimentation on the bottom
of the slurry tank. In order to achieve an even distribution of
nutrients in the slurry, slurry must be mixed/homogenized
prior to application. Homogenization of slurry with high dry
matter content is energy consuming and increases NH3
emissions, as a larger volume of the slurry comes into close
contact with the atmosphere.
227. Slurry contains considerable amounts of easily
degradable carbon that serves as substrate for microbes.
During slurry storage, a continuous degradation of organic
matter can be observed. Degradation intensity is strongly
dependent on the slurry dry matter content. Amon and others
(1995) investigated changes in slurry composition over a 200-
day storage period for stored cattle, beef and pig slurry.
Degradation of organic matter was found to be significantly
greater with higher slurry dry matter content. Such slurry
degradation will include mineralization to form
of ammonium (NH +4 ) from organic matter. This points to an
opportunity for increasing the immediate fertilizer value of
the slurry, provided that storage is covered, thereby avoiding
NH3 emissions and benefiting from increased slurry NH + 4
content.
228. As conditions in slurry are anaerobic, degradation of
organic matter is always dominated by anaerobic pathways.
This means that both CH4 and CO2 are formed as end products
of the degradation process. It is thus to be assumed that high
dry matter slurry bears a greater risk for CH4 emissions,
contributing significantly to climate change. This also points
to the opportunity for CH4 and CO2 recovery;
71
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

for example, linked to anaerobic digestion for production of treatment options, which can be evaluated in relation to the
biogas (cf. Manure Measure 8). requirements listed in figure IV.4.

229. Environmentally friendly slurry application in the field
requires that the slurry be more evenly applied near or below
the soil surface. It is much more complicated to fulfil this
requirement when the slurry has a higher dry matter content,
causing a higher viscosity and less easy flow through
bandspreading hoses. Following application of slurry, NH3
emissions can be substantial and are found to increase with
an increase in slurry dry matter content, due to slower soil
infiltration (Sommer and others, 2013; Bitmann and others
2014). This emphasizes the importance of maintaining low dry
matter contents of slurries. By reducing NH3 and other
nitrogen losses, available N resources on farms are increased,
decreasing the need for additional N to be bought as
manufactured inorganic fertilizer.
231. In line with the objectives of the European Union Circular
Economy Action Plan20, there is an opportunity to encourage
the use of recycled nutrients that can replace nutrients
otherwise obtained from primary raw materials. The main
challenge is to use recycled nutrient resources with an
environmental performance that is equal to, or better than,
that of the primary nutrient resources they replace. Efforts
are ongoing across the European Union to develop manure
processing technologies that allow manure to be turned into
a safe and agronomically valuable resource that can be used
more widely21.
232. Techniques for simple manure treatment can be
classified as physical, chemical or biological (see figure IV.5;
Bernal and others, 2015). Furthermore, a number of different

230. The N availability to plants is difficult to calculate with options/technologies are available for further and more

high dry matter slurry, because a high dry matter content advanced processing of raw or treated manures for

drives increased microbial immobilization right after
application. The narrower the C/N-ratio, and the higher the
NH4 -N
+ content, the more slurry N is potentially available to
plants, whereas with a wide C/N-ratio, part of the slurry N is
immobilized in the soil N pool and becomes available only at a
later stage, which is often unpredictable or even too late,
causing increased risk of nitrate leaching. In addition, an
increase in slurry dry matter and subsequent soil N content
has the potential to increase rates of nitrification and
denitrification, increasing subsequent N2O, NOx and N2
losses (for example, Dosch 1996). It may thus be beneficial to
reduce slurry dry matter and carbon content at an early stage
of manure management. This leads to several manure
recovering and upgrading nutrients and organic matter from
different manure types (see figure IV.6). For slurries or other
liquid manures, such as digestate from anaerobic digestion of
manure and other biowaste, all treatment steps start with
mechanical separation into:
(a) A solid fraction that is relatively rich in organic N and P;
and
(b) A liquid fraction, with low P, but relatively high mineral N
and K contents.
233. Different simple techniques can be combined with each
other. This allows a wide variety of by-products to be
combined, resulting in highly variable distribution of organic
nitrogen, ammoniacal nitrogen, phosphorus, carbon and

Table IV.24: Problems and benefits resulting from slurry high dry matter and carbon content and low nutrient content

Problems

Storage Natural crust formation and sedimentation of solids, giving heterogenousconcentration of nutrients High

energy consumption per unit of nutrient for pumping and mixing

Potentially higher emissions of NH3, N2O, N2, CH4, and odour

Field application High potential risk of NH3 losses due to slow infiltration

Major technical effort required (at high economic cost) for even and low emission application

Suffering of crop plants due to scorching by broadcasted slurry

Crop utilization Less effective crop uptake of slurry N than from mineral fertilizer

Increased temporary N immobilization in the soil, increasing risk of lower crop N effect Higher

risk of denitrification and subsequent N2O and N2 emissions Crop N effect less predictable/

more variable than from mineral fertilizer

Benefits

Storage Natural crust formation may serve as a natural barrier, inhibiting NH3 transport to the atmosphere;
furthermore, the crust may have significant capacity for CH4 oxidation, due to its partial aerobic conditions
and high microbial activity

Field/soil High dry matter and carbon content contribute to maintenance of soil organic matter content and
biologically active soil

20 See https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=CELEX:52015DC0614. See

21 https://ec.europa.eu/jrc/en/research-topic/waste-and-recycling.

72

Figure IV.4: Effect of changes in slurry composition achieved by manure treatment
Manure treatment
change in slurry composition
Reduction of
dry matter content
¯ Need for mixing
¯ Energy consumption
¯ Requirement for
mixing before use
( )* Ammonia loss
(storage)
¯ Ammonia loss
(field application)
¯ Fouling of crops
¯ Viscosity
Source: The figure was created for the current document.
Note: Arrows indicate decrease (�) or increase (�) in the listed property. *If depending on natural crusting of manure to reduce emissions rather than other
types of cover.
other nutrients, which must be taken into account when
managing the different fractions.
234. There may be additional possible treatments of the liquid
phase. In order to save water without increasing the amount
of nitrogen supplied to the soil, and to favour the circular
economy of water, it is common to carry out successive
treatments of the liquid phase, so that the resulting product
can be used in fertigation. For example, in the south of Spain,
wetlands are being constructed to allow the reuse of water
for irrigation in areas of scarce availability. In addition to
nitrogen, many other characteristics have an influence on the
decision to choose a procedure, such as: the contribution of
organic matter; the formation of methane and other
greenhouse gases; the presence of other nutrients; type of
agricultural systems; salinity; weather; and, importantly in the
countries of Southern Europe, the water footprint.
235. Each of these processing pathways and resulting
products (see figure IV.6) has certain advantages and
disadvantages, and the net environmental benefits/impacts
and economic costs/profits differ greatly. A number of factors
must be considered when prioritizing the processing options
(Jensen, 2013):
(a) The primary aim should be nutrient recycling, mainly N
and P; N is consumed in the largest quantities, is expensive
and has impacts on energy consumption and greenhouse
gas (GHG) emissions, while P is a scarce and
Housed livestock, manure storage and manure processing
IV
Reduction of Increase of
carbon content NH4 -N
+ content
¯ N immobilization Fertilizer value
¯ Denitrification
¯ Microbial degradation
during storage
non-renewable resource, with the highest price;
(b) Splitting N and P into different fractions is generally
beneficial, as this enables more flexible and balanced
fertilization in accordance with the needs of many crops;
(c) The technology or combination of technologies applied
should preferably also produce energy or consume
relatively little energy, so net energy production should be
taken into account for both environmental and economic
reasons;
(d) Local solutions should be preferred, avoiding overly
high transport cost and impacts; regional or more central
solutions are therefore only justified if the economy of
scale via higher efficiency outweighs the negative impacts
of transporting the manure to a common facility;
(e) The quality of end-products and by-products is assessed
differently depending on the user’s perspective. For
instance, a manure combustion ash, where the majority of
the N has been lost, will not be appreciated by an organic
farmer, while a compost is highly appreciated for its soil-
ameliorating effect and slow release of N, even if some N is
lost in the process;
(f ) Biochars and compost may be valued highly by orchard
and vineyard producers for their effects on soilwater
holding capacity and nutrient retention, whereas
conventional crop production farmers may value mineral
concentrates and salts more highly. Production
73
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

Figure IV.5: Options for simple manure treatment

Manure treatment

Physical Biological Chemical

Mechanical • Aeration (nitrification) • Dilution (water)

• Mixing • Composting • Acidification
• Solid-liquid separation • Constructed wetlands • Adsorption clay/zeolite
• Ammonia stripping • Anaerobic digestion Additives
Thermal Additives • Enzymes
• Drying • Microorganisms • Other chemicals
• Evaporation
Electric
• Oligolysis

Source: The figure was created for the current document.

Note: Underlined options are commonly applied in some regions in full scale on commercial farms (mainly pig farms); other options are applied
either rarely or only in experimental/pilot scale – these are not dealt with further here, pending the availability of proof-of-concept and
documentation.

Figure IV.6: Options for combining simple treatment with more advanced processing of manures to recover and
upgrade nutrient and energy

Solid manure Slurry/digestate

Separation

Solid fraction Liquid fraction

Drying

Pelleting Pyrolysis Gasification Combustion Composting Precipitation Concentration NH3 stripping

Ash Salts Mineral concentrates

Red. P2O5 to P Chemical extraction

Organic Biochar Elemen- Ash based Compost Mineral

fertilizer fertilizer tal P fertilizer soil amendments fertilizers

Source: Modified from Jensen (2013).

Note: The options displayed result in widely different biobased fertilizers. Only a few are currently applied in full commercial scale; other are still at
the experimental/pilot stage (and are therefore not dealt with further here).

74
 Housed livestock, manure storage and manure processing
IV

of recovered, biobased fertilizer products should not be
supply driven (trying to solve a waste problem), but rather
demand driven (biobased fertilizers that the farmers want).
2. Abatement measures for manure storage, treatment
and processing
explains the benefit of using an impermeable base to reduce
nitrate leaching (cf. Manure Measure 5).
Table IV.26: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Manure
Measure 2

Manure storage Nitrogen Overall

form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
Manure Measure 1: Covered storage of manure (solid
UNECE
cover and impermeable base) 1-2 3 3 1 3 2
Category
236. A wide range of options are available for covered Magnitude
of Effect
� �? ? �� ~ �
manure storage using solid covers, including use of metal or
concrete tanks with solid lids, floating covers on lagoons, and
Manure Measure 3: Covered storage of solid manure
use of slurry bags, most of which are associated with
(dispersed coverings)
negligible ammonia emission if well operated (principle 15).
Further details of such systems are provided by Bittman and 239. Ammonia emissions can be significantly reduced when
covering solid organic fertilizers with dispersed coverings such as
others (2014). Less focus has been given to ensuring that
peat, clay, zeolite and phosphogypsum. The basis of the approach
solid manure (for example, farmyard manure and poultry
is to prevent contact of NH3-emitting surfaces with the air,
manure) is covered; for example, through use of plastic
especially when covering them with ammoniumabsorbing
sheeting. The reference system is taken as uncovered
substances (principle 15). Lukin and others (2014) found that total
storage, including a permeable surface, which explains the
NH3 emissions from poultry manure amounted to 5.9 per cent
benefit of using an impermeable base to reduce nitrate
when it was covered with peat, 4.7 per cent when it was covered
leaching (cf. Manure Measure 5).
with loam, 1.3 per cent when it was covered with zeolites, and 16.9
Table IV.25: Summary for each form of N loss of the
per cent when it was covered with phosphogypsum. These values
UNECE category for effectiveness/practicality of
are relative to NH3 emissions in the reference system with no
implementation and magnitude of effect of Manure
covering. Use of these simple materials to cover piles of organic
Measure 1
fertilizers thereby substantially reduces NH3 emissions into the
Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss

UNECE
1 3 3 1 3 1
Category

Magnitude
of Effect
�� ~ ? �� �� ��

Manure Measure 2: Covered storage of slurry (natural

crust and impermeable base)

237. Where slurries have a high dry matter content, and

stirring is minimized, these may form a natural crust during
storage, which is associated with substantially reduced
ammonia emission (Bittman and others, 2014). There is broad
agreement that crusting has an impact on gas release in
many ways:

(a) Enhanced resistance to mass transfer (Olesen and

Sommer, 1993);
(b) Oxidation of NH3 (Nielsen and others, 2010) and CH4
(Petersen and others, 2005); and
(c) Formation of N2O related to nitrification and
denitrification occurring in liquid–air interfaces near
airfilled pores present in crusts (Petersen and Miller, 2006).
238. Ammonia and CH4 may be consumed due to microbial
activity in the crust, leading to an emission reduction
(Petersen and Ambus, 2006; Nielsen and others, 2010), while
N2O production may be enhanced (VanderZaag and others,
2009). A comprehensive assessment of the current knowledge Image 10: Covered storage of liquid manure (Manure Measure 1)
on the effect of natural crusts can be found in Kupper and avoids contact with air and reduces both ammonia and odour
others (2020). The reference system is taken as uncovered emissions, while the containment provided also avoids aquatic
storage, including a permeable surface, which nitrogen losses (photograph: © Stallkamp).

75
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

atmosphere (Lukin and others, 2014). Protocols are needed to as uncovered storage, including a permeable surface, which
specify minimum thickness of each type of covering material. explains the benefit of using an impermeable base to reduce
Further testing is needed to assess the effect on N2O, NO and N2 nitrate leaching. Storage of solid manure on concrete areas is
emissions. Unless an impermeable base is used, the approach considered good agricultural practice for nitrate pollution but
risks significant nitrate leaching. A combination of Manure makes no contribution to reducing NH3 emissions
Measures 3 and 5 can reduce both Nr emissions to air and Table IV.29: Summary for each form of N loss of the
leaching losses to water. UNECE category for effectiveness/practicality of
Table IV.27: Summary for each form of N loss of the implementation and magnitude of effect of Manure
UNECE category for effectiveness/practicality of Measure 5
implementation and magnitude of effect of Manure Nitrogen Overall
Measure 3 form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss

UNECE
Nitrogen
NH3 N2O NOx NO3 - N2
Overall 3 3 3 1 3 2
form N Loss Category

Magnitude
UNECE
1 3 3 3 3 2 of Effect
~ ~ ~ �a ~ �a
Category

Magnitude a The approach can be considered as preferable to open field

of Effect
�� ? ? ~ ? � storage of solid manure but risks substantial emissions of other Nr
forms and N2.
Manure Measure 4: Storage of solid manure under dry
conditions
Simple Manure Treatment Measures
240. Simply storing manure in a dry place, out of the rain,
Manure Measure 6: Slurry mixing (during storage)
can also reduce nitrogen emissions from a range of Nr
242. Slurrymixing inthestorage isoneof themost commonly
compounds and N2. This is even more important for dried
applied manure treatment technologies. Slurry is thereby
poultry litter, where keeping manure dry and out of the rain
homogenized, typically shortly prior to field application, in
helps to avoid hydrolysis of uric acid to form ammonia.
order to achieve a more homogenous distribution of
However, poultry litter is hydroscopic and will emit some
nutrients across the field(s) to which the volume of the slurry
ammonia when in humid atmospheres, even when kept free
storage is applied. Apart from this, mixing does not offer any
of rain (for example, Elliot and Collins, 1982). Keeping solid
additional benefits compared to untreated slurry. Neither dry
manure dry during storage minimizes mineralization and
matter nor carbon content are reduced, and the C/N-ratio is
denitrification, which can give rise to N2O, NOx and N2
not altered. No significant changes in N2O or CH4 emissions
emissions, as well as reducing nitrate and other Nr leaching.
are expected, but NH3 may tend to increase, depending on the
The reference system is taken as uncovered storage,
extent and timing of mixing (mixing will tend to increase pH
including a permeable surface, which explains the benefit of
by promoting CO2 loss from slurry), so mixing should only be
storing under dry conditions to reduce nitrate leaching (cf.
done shortly before field application.
Manure Measure 5).
Table IV.30: Summary for each form of N loss of the
Table IV.28: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Manure
implementation and magnitude of effect of Manure
Measure 6
Measure 4
Nitrogen Overall
Nitrogen Overall form NH3 N2O NOx NO3- N2
form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss
N Loss

UNECE
UNECE 3 3 3 3 3 3
2 2 2 2 2 1 Category
Category
Magnitude
Magnitude ~/(�) ~ ~ ~ ~ ~
of Effect
� ~/� � � � �a of Effect

a Simple storage under dry conditions is most effective for dry
poultry litter to avoid hydrolysis of uric acid and associated
microbial processes.
Manure Measure 5: Storage of solid manure on a solid
concrete base with walls
241. Investments in this approach have been motivated
out of the need to reduce nitrate leaching and other Nr
leaching by avoiding run-off and infiltration into the soil. The
approach has the benefit of being low-cost, but risks
substantial NH3 emissions, while also being ineffective at
avoiding nitrification and denitrification, which contribute to
N2O, NOx and N2 emissions. The reference system is taken
Manure Measure 7: Adsorption of slurry ammonium
243. Slurry additives can act on a chemical, physical or
biological basis. Clay/zeolite mineral additives have been
shown to adsorb NH 4+-N and can thus potentially reduce NH3
losses. However, this can only be achieved effectively with
high amounts of additives; for example, it has been shown
that 25 kg of Zeolite per m3 slurry are needed to adsorb 55
per cent of NH +4 -N (Kocatürk and others, 2017, 2019). On
most commercial farms, it is neither logistically possible nor
economically profitable to add such high amounts of slurry
additives. Addition of biochar may also reduce NH3 emissions from
stored manure.

76
 Housed livestock, manure storage and manure processing
IV

15–20 per cent of all slurry applied in Denmark was acidified;

Birkmose, personal communication), and its high efficiency
for minimizing NH3 emissions has been documented in many
studies (see review by Fangueiro and others, 2015), with
emission reductions by >80 per cent possible. It is most
typical to acidify slurry using sulphuric acid (cheapest
industrial acid; also, the sulfate added serves as a relevant
plant nutrient source), although use of other acids is also
possible. Acidification also reduces methane formation very
effectively, by up to 67–87 per cent (Petersen and others,
2012). Reduced nitrification and denitrification decrease the
potential for N2O and N2 emissions, though further studies are
required to demonstrate efficiency for this. In one novel
A variant of this method, electricity is used to produce a plasma
that oxidizes N2 to NO and thence to nitrogen dioxide (NO2),
which converts in slurry to produce nitric acid (HNO3). In this
way, slurry acidification is achieved while augmenting the
nutrient value of the manure (Graves and others, 2019). More
research is needed to assess this option fully.
245. Costs for in-house acidification systems can be higher
than acidification during field application (Manure Measure
9), but are counteracted by additional benefits including:
improved in-house air quality benefiting animal and staff,
which may influence productivity; retention of more slurry N
throughout the manure management chain; and associated
savings in fertilizer costs.
Table IV.32: Summary for each form of N loss of the
B UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Manure
Measure 8
Image 11: Open storage of solid manure on a solid concrete
base with walls (A, B; Manure Measure 5) helps reduce nitrate and Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
other nitrogen leaching and run-off, but risks substantial ammonia
emissions to the atmosphere (photographs: © Sergei Lukin). UNECE
1 2 2 3a 2 1a
Category

Magnitude
of Effect
�� � ~/�? ~a � ��a
Table IV.31: Summary for each form of N loss of the
a Although this measure is not known to reduce NO - 3 directly,
UNECE category for effectiveness/practicality of where NH3-saving contributes to replace inorganic fertilizer inputs
implementation and magnitude of effect of Manure from newly fixed N (for example, when fertilizer regulations
require the improved fertilizer value to be taken into account), it
Measure 7
can contribute to increased system efficiency and circularity,
reducing wider Nr and N2 losses.
Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss
Manure Measure 9: Slurry aeration
UNECE
2 3 3 3 3 2
Category 246. Slurry aeration introduces oxygen into the slurry rapidly
Magnitude in order to allow aerobic microbes to develop. Oxidation of
of Effect
� ?a ?a ?a ?a �
organic matter to CO2 and H2O increases, and thus CH - 4

a Theeffect of ammonium adsorbing additives for stored slurry
on losses of N2O, NO x, NO3 -and N2 remains uncertain.
Manure Measure 8: Slurry acidification (manure storage)
244. An obvious way to minimize ammonia emissions from
stored slurry is to decrease pH by adding strong acids or
other acidifying substances. This can also be done in the
animal house (Housing Measure 8). Care must be taken to
ensure that a low pH is maintained to get the full benefit of
this measure. Slurry with a sufficiently reduced pH will also
emit less methane. This solution has been used commercially
since 2010 in countries such as Denmark (by 2018, around
production and emission is reduced. Odorous compounds are
degraded. Slurry dry matter content decreases. Thus, less
mixing is needed and technical properties of slurry are often
improved. However, successful aeration requires 200 m-3
oxygen per ton of slurry (Burton 1998).
247. Slurry aeration increases NH3 emissions and in energy
consumption. The potential for NOx emissions is also expected
to increase, as increased oxygen availability promotes
nitrification, while subsequently higher levels of nitrate
availability may increase other oxidized Nr losses and
denitrification. Only a few studies have quantified the extent
of these increases (Amon and others, 2006) and more

77
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing
research is necessary to allow a complete evaluation. In the
present context, an increase in denitrification to form N2 is
considered a waste of available Nr resources.
Table IV.33: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Manure
Measure 9
Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss
UNECE
3 3 3 3 3 3
Category
Magnitude
of Effect
�� �� �? ? ? ��
Manure Measure 10: Mechanical solid-liquid separation of
slurry fractions
248. During slurry separation, solids and liquids are
mechanically separated from each other. This results in two
fractions: a liquid slurry fraction, with relatively low dry matter
content compared with the slurry; and a solid fraction that
can be stored in heaps. Energy consumption for slurry
separation is relatively low but depends on the technology
used for separation. Dry matter content in the liquid fraction
is reduced by 40–45 per cent, and vice versa for the solid.
Carbon content in the liquid is typically reduced by 45–50 per
cent, with the C/N-ratio of the liquid decreasing from about
10:1 to about 5:1 (Amon 1995; Sommer and others, 2013). As
carbon is removed from the slurry, microbial degradation of
organic matter during slurry storage is reduced. However, the
opposite may be the case for the solid fraction, depending on
storage conditions.
249. The removal of solids reduces crust formation and
sedimentation of the liquid fraction in comparison with raw
slurry. Thus, less intensive mixing is necessary to homogenize
the slurry prior to application. Conversely, the potential for
ammonia losses is increased if slurry is stored without a
cover. Therefore, other emission-reduction measures during
storage of the liquid fraction need to be applied (Manure
Measures 1, 2 or 8). Efforts for low-emission application
techniques are also reduced as separated slurry has a lower
viscosity and flows more easily through band-spreading
hoses (Owusu-Twuma and others, 2017). Slurries with very
low dry matter content can be spread with simple
nozzlebeam-dischargers that can be operated on slopes >10
per cent, which is not possible with other band-spreading
techniques. Furthermore, separated slurry liquid fraction has
a low viscosity and infiltrates rapidly into the soil. Thus, plants
get less dirty, and ammonia emissions after liquid fraction
spreading are typically reduced. A substantial reduction of
ammonia emissions by slurry separation is therefore possible
for the liquid phase, especially following land application (for
example, Amon and others, 2006).
250. The liquid fraction of separated slurry has a narrow C/N-
ratio, which reduces the potential for both microbial N
immobilization in the soil and N2O emissions. Crop N
availability of the liquid fraction is therefore more predictable
and can be better calculated in order to match nutrient
78
requirements of crops to actual fertilization. Dosch (1996)
investigated fertilization with untreated and separated slurries
and found significantly higher denitrification rates with untreated
slurry. Separated slurry liquid fraction on the other hand resulted
in significantly higher crop yield. However, the solid fraction needs
to be handled with care during storage to avoid elevated
ammonia emissions. Furthermore, the solid fraction may become
a source of methane emissions, if not properly treated.
Alternatively, if the solid fraction is used as feedstock for biogas
production, this methane potential may be recovered and utilized
as renewable energy source. After application, the solid fraction
serves mainly as soil improvement and slow-release N fertilizer.
251. Slurry separation fulfils most requirements of
appropriate manure treatment. Costs could be further
reduced if the technology were more widespread and more
separators were on the market and available to farmers. As
the fertilizer value of the liquid fraction from separated slurry
is improved, mineral N fertilizer input can be reduced. The
slurry liquid fraction can be applied at the soil surface in a
growing crop with very simple low-cost slurry band spreaders
(for example, trailing hose, see chapter V) with a high uptake
efficiency and fertilizer replacement value. The main caveat to
the method is the difficulty of appropriate storage, handling
and utilization of the solid fraction; this needs to be low
emission (for example, Field Measure 11), in order not to
compromise benefits of the liquid fraction. An alternative is to
use the solid fraction as a feedstock in nutrient anaerobic
digestion (Manure Measure 11) with nutrient recovery.
Table IV.34: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Manure
Measure 10
Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
UNECE
1-2 2 3 3 2 2b
Category
Magnitude
of Effect
�� � ?a ?a � �a
a Although this measure is not known to reduce NOx and NO - 3
directly, where NH3-saving contributes to replace inorganic fertilizer
inputs from newly fixed N, it can contribute to increased system
efficiency and circularity, reducing wider Nr and N2 losses.
b The main emphasis of this approach is on reducing emissions from
the liquid fraction, which contains most of the ammoniacal nitrogen,
therefore implying: (a) the need to cover or acidify the liquid fraction
during storage; and (b) the opportunity to reduce NH3 emissions
during spreading of the liquid fraction (chapter V). Maximum
effectiveness of this approach also requires appropriate storage and
use of the solid fraction (for example, by covered storage, direct
incorporation into soil, or anaerobic digestion).
Manure Measure 11: Anaerobic Digestion
252. Anaerobic digestion of animal manures is mainly
implemented at present for bioenergy production reasons.
Improvement of manure quality is therefore typically
considered to be a “by-product” of anaerobic digestion.
However, when combined with nutrient recovery methods
(see figure IV.6; for example, Nutrient Recovery Measures

3–5), nutrient management can be considered as fully
integrated as a key goal in implementation of anaerobic
digestion. The value of products from anaerobic digestion
(biogas produced, available nutrients) can help provide an
extra income to farmers, enabling them to make investments
(for example, for adequate manure storage and application
technology).
253. Biogas production from animal manures through
anaerobic digestion aims at maximizing the biomethane yield.
Where no biogas recovery system is available, unintended
anaerobic degradation of organic substances into methane
during manure storage should be limited as far as possible, to
prevent emission to the atmosphere of this strong GHG. This
also maximizes the resource availability for subsequent
biogas production when facilities are available. Anaerobic
digestion can include heating of the manure to promote
digestion, leading to increased methane production, which
may be used in a variety of systems (for example, in
combined heat and power production). Anaerobic digestion
not only reduces methane emissions from subsequent
storage of the manure digestate, but the energy produced
typically substitutes consumption of use of fossil energy. Both
effects reduce anthropogenic greenhouse gas emissions.
254. Anaerobic digestion reduces manure carbon and dry
matter content by about 50 per cent (Amon and Boxberger
2000). Ammonium content and pH in digested slurry are
higher than in untreated slurry. Thus, the potential for NH3
emissions during subsequent slurry storage is increased.
Digested slurry therefore has to be stored in covered slurry
stores. These should be connected to the gas-bearing system
of the biogas plant, because methane is still formed after the
main digestion phase has taken place in the heated digester.
Due to the reduced dry matter content, biogas slurry can
infiltrate more rapidly into the soil, which tends to reduce
ammonia emissions after slurry application. However, the
increased NH 4+content and pH give rise to higher potential
for ammonia loss, especially after surface application. It is
therefore strongly recommended to apply biogas slurry with
low-emission techniques near or below the soil surface (for
example, band application or injection, chapter V).
255. It should be noted that the process of anaerobic
digestion itself does not reduce NH3 emission, but rather
provides the opportunity to reduce NH3 emission by virtue of
the requirement for a closed system. Similarly, anaerobic
digestion produces a digestate with high TAN content and
low dry matter content, which is more easily manageable to
increase crop nitrogen use efficiency than slurry or solid
manure with a high carbon content. These points mean that,
while anaerobic digestion increases the opportunity to reduce
NH3 emissions, achieving this will depend on the deployment
of an appropriate package of measures. The combined
implementation of anaerobic digestion (reducing dry matter
content, increased NH + and pH), covered
4 storage prior to use,
and low-emission application to land (for example, trailing
hose, injection) therefore considerably
Housed livestock, manure storage and manure processing
IV
reduces NH3 emissions. In addition, N immobilization and N2O
losses are likely to be smaller than from untreated slurry, due
to the removal of easily degradable organic substances
during the anaerobic digestion process. Energy consumption
for pumping and mixing is considerably reduced due to the
reduced dry matter content. When combined with
appropriate methods for low-emission land-spreading of the
digestate, anaerobic digestion therefore has multiple
benefits. In addition, it provides the opportunity for further
processing for more advanced forms of nutrient recovery,
including nutrient precipitation, concentration and ammonia
stripping (see figure IV.6; Nutrient Recovery Measures 3–5).
Table IV.35: Summary for each form of N loss of the
UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Manure
Measure 11
Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
UNECE
1a 2a 3 1a 2a 1
Category
Magnitude
of Effect
��a �a ?b ��b �a ��
a UNECE category and magnitude are given on the basis of
anaerobic digestion being implemented in combination with low-
emission land application of the digestate (for example, band-
spreading, injection, chapter V). Due to the high pH of anaerobic
digestate, ammonia emissions may otherwise increase (��).
b Although this measure is not known to reduce NOx directly, where
NH3 and N2
saving contribute to replace inorganic fertilizer inputs from newly
fixed N, it can contribute to increased system efficiency and
circularity, reducing wider Nr losses.
The requirement for an impermeable base implies less nitrate
leaching than storage/treatment of manure on a permeable
surface.
Manure Measure 12: Manure Composting
256. Composting of manure is done in order to create a stable
and odourless biobased fertilizer product, with lower
moisture content, while containing most of the initial
nutrients, free of pathogens and seeds (Jensen, 2013).
Composting significantly reduces mass (as a result of water
evaporation and volatile solids decomposition to release CO2)
and hence transport costs. However, it is difficult to avoid
some loss of manure N in the form of NH3 and the process
also emits greenhouse gases, with potential for increased N2
O and CH4 emissions, in addition to NOx and N2 (Chowdhury
and others, 2014). The N fertilizer value of composts is often
significantly lower than the N-rich manure components it is
made from, which is largely a result of associated NH3 and N2
emissions (Jensen, 2013). Composting on porous soil surfaces
may also be associated
with significant leachate, including NH + 4 , NO 3- and other Nr
compounds. Composting is typically a low-cost technology
but implies space requirements and energy consumption.
Overall, it is not therefore usually recommended to mitigate
nitrogen losses but may be preferred on other criteria (for
example, volume and weight reduction, compost product
stability, reduced odour, improved marketability and soil
amelioration).
79
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

Table IV.36: Summary for each form of N loss of the 257. In addition to these simple manure treatment options,
UNECE category for effectiveness/practicality of constructed wetlands have also been used to treat liquid
implementation and magnitude of effect of Manure manure (see Landscape Measure 5).
Measure 12
Advanced Manure Processing and Nutrient Recovery
Nitrogen Overall Nutrient Recovery Measure 1: Drying and pelletizing of
form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss
manure solids
UNECE
3 3 3 3(2) 3 2 258. Drying and pelletizing of solid manures, slurry or
Category

Magnitude digestate solids can be done to create a more stable and

of Effect
� ~/� � �(�a) � ~b
odourless biobased fertilizer product. Drying is energy
a If
conducted on an impervious surface with recovery of intensive and thereby relatively expensive, unless excess
composting leachate. energy (for example, from the combined heat and power
bA more favourable overall assessment for Nr may be achieved plant engine on a biogas plant) is freely or cheaply available.
for “closed vessel
composting” combined with acid scrubbing of exhaust air (cf. see Increased ammonia loss is inevitable in the process, unless
Nutrient Recovery Measures), which may be used in certain
contexts to manage biohazards, though significantly increasing exhaust filtering or scrubbing and recovery is applied, or the
implementation costs.
solids are acidified prior to drying. Drying is usually combined

B
Image 12: Two examples of on-farm anaerobic digestion facilities, which provide an opportunity to recover biogas and nitrogen rich
digestate (Manure Measure 11). The approach should be integrated with low emission spreading, ammonia
stripping or other nutrient recovery to avoid subsequent ammonia losses. (A, Digestion for a pig farm Russia, photograph ©
Sergei Lukin; B, System combined with photovoltaics in Germany, photograph © Shutterstock, www.shutterstock.com, ID:
430844485).

80
 Housed livestock, manure storage and manure processing
IV

with a pelletizing process to facilitate handling. The pelleted surface area, being potentially charged. This means that such
material can be marketed as an organic matter and P-rich soil biochar may be used for soil amendment, ameliorating soil pH
amendment; if acidified prior to drying, the resulting product and organic matter positively.
may also be rich in plant-available N (Pantelopoulos and Table IV.38: Summary for each form of N loss of the
others, 2017). UNECE category for effectiveness/practicality of
Table IV.37: Summary for each form of N loss of the implementation and magnitude of effect of Nutrient
UNECE category for effectiveness/practicality of Recovery Measure 2
implementation and magnitude of effect of Nutrient
Nitrogen Overall
Recovery Measure 1 form NH3 N2O NOx NO3 - N2 N Loss

Nitrogen Overall UNECE

NH3 N2O NOx NO3- N2 3(2a ) 3 2-3 3 3 3(2a )
form N Loss Category

UNECE
Category
3(1a ) 3 3 2 3 2 of Effect
Magnitude
of Effect
�(�a) ~? ~? ~? ~? ~�(�a)
a The method increases NH3 emissions unless combined with
acidification of slurry or scrubbing/
stripping (Nutrient Recovery Measures 4 and 5) of the exhaust air.
Nutrient Recovery Measure 2: Combustion, gasification or
pyrolysis
259. Combustion, thermal gasification or pyrolysis of manure
and digestate solids can be used to generate a net energy
output for heat and/or electricity production. However, at
present, the method leads to an almost complete loss of the
manure N, which is converted into gaseous N2, NOx and NH3.
Available advanced technologies (for example, selective non-
catalytic reduction, focus on denitrifying these Nr gases to N2.
In the absence of systems to minimize N2 formation and
recover the Nr gases, this measure cannot be considered
appropriate for abating overall N loss (category 3). Systems
currently under development to recover Nr gases can be
considered as having high potential (category 2).
260. At the same time, the approach produces ash or biochar
residuals. These ashes contain the non-volatile nutrients,
concentrated relative to the solids. They can be used as an
ash-based, P- and K-rich soil amendment or biobased
fertilizer. The availability of the remaining nutrients in the ash
is generally much lower than for the raw manure, whereas for
biochar it is in between ash and raw manure. Organic
compounds in the biochar that are produced are very
recalcitrant to biological decay and have a very large specific
Magnitude
�(�a) �(�a) �(�a) - �� ��
a Values in brackets reflect the benefit of additional process
controls (for example, selective (non-) catalytic reduction), which
work to minimize the NOx and NH3 emissions. However, current
methods still increase N2 emission, so that the Nr
resource is effectively wasted. This approach therefore tends to
reduce system-wide nitrogen use efficiency and contributes to
preventing progress towards a nitrogen circular economy.
Further development is required to couple minimization of N2
formation with effective recovery of Nr gases (Sutton and others,
2013).
Nutrient Recovery Measure 3: Precipitation of nitrogen
salts
261. Struvite (MgNH4PO4·6H2O) can be precipitated from
liquid manures, provided that the appropriate conditions
are present (pH ~9, a molar ratio 1:1:1 of Mg2+ : NH + 4 :
PO43-, conducive physical settling conditions). As such, the
precipitation of struvite is a method for removal and recovery
of both N and P from liquid manures. The method has been
developed for wastewater treatment, where P removal can
easily reach more than 70 per cent and it is commercially
available for sewage treatment plants, although not yet
widely applied. For manures, the struvite technique is
particularly relevant for anaerobically digested slurries and
the liquid fraction from digestate separation; hence, it has
been the subject of massive research in the past decade and
quite high removal efficiencies have been achieved (56–93 per
cent; see further review in Jensen, 2013). However, it
only works for the N already present as NH +4 and further
development is needed for appropriate application to liquid
manures and digestates. So far, only a few commercial-scale
plants are in operation worldwide. The main advantage of struvite
is its high concentration and similarity in physicalchemical
properties to conventional mineral N fertilizer.

Table IV.39: Summary for each form of N loss of the

UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Nutrient
Recovery Measure 3

Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss

UNECE
2 3 3 2 2 2
Category

Magnitude
of Effect
�a ?a ?a �a �a �a

a The table refers to precipitation of struvite only. As the approach

recaptures Nr for reuse, system-wide reductions in the main

losses of NH3, NO 3- and N2 can be expected. However, the actual
efficiencies remain to be demonstrated. This can be considered as
Image 13: Example of pelletized manure (Nutrient Recovery an enabling measure to reduce overall Nr and N2 losses, by
Measure 1) (photograph: © Sergei Lukin). mobilizing recovery and reuse of available Nr resources.

81
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

Nutrient Recovery Measure 4: Concentration of nitrogen ammonium nitrate has also been reported. Both compounds
salts and solutions can serve as raw materials for mineral fertilizers, and thus

262. Mineral concentrates are highly nutrient-rich solutions provide the opportunity for circular economy development as

that may be obtained via ultrafiltration, evaporation or part of the fertilizer industry’s commitment to include

reverse osmosis of the liquid fraction from separation of recovered and recycled Nr. In general, this is a well-known,

slurry or digestate. These mineral concentrates (the and generally effective technology. The main barriers are: the

retentate) may be directly applied to agricultural land, while relatively low N concentrations achievable in the scrubber-

the by-product water, which is low in nutrients (the liquid (and thus high logistic costs); and the quality
requirements for introduction of the scrubber-liquid into the
permeate), may be directly discharged to surface waters or
raw materials market for the fertilizer industry.
the sewage system. The greatest wealth of experience with
these technologies in Europe can be found in the livestock Table IV.40: Summary for each form of N loss of the
regions of the Netherlands and Belgium, where a number of UNECE category for effectiveness/practicality of
implementation and magnitude of effect of Nutrient
centralized and large-scale manure processing plants utilize a
Recovery Measure 5
range of technologies in combination (for example, anaerobic
digestion, solid-liquid separation, ultrafiltration/ reverse Nitrogen Overall
form NH3 N2O NOx NO3- N2 N Loss
osmosis/solids drying). Provided that the losses can be kept
to a minimum, the mineral fertilizer replacement value of the UNECE
Category
1a 1a 1a 1a 1a 1a
mineral concentrates can be relatively high, as they resemble
Magnitude
commercial liquid fertilizers, with nearly all the nutrients in a of Effect
�a �a �a �a �a ��a
mineral, plant-available form. However, to avoid gaseous NH3
a Thiscan be considered as an enabling measure to reduce
losses, this may require prior acidification or injection of the overall Nr and N2 losses, by mobilizing recovery and reuse of
concentrate into the soil (Jensen, 2013). At present, such available Nr resources. In this way, recovered Nr contributes to
replace inorganic fertilizer inputs from newly fixed N, thereby
approaches have significant energy requirements, so the increasing system efficiency and circularity.
challenge for the future must include improving energy
efficiency, with lower energy requirements per kg of
recovered nitrogen and other nutrients. As these
technologies are still under investigation, the UNECE
F. Best practices and priority measures
categories are currently uncertain (for example, category 2-3,
pending further assessment).
265. Best practices and priorities for the selection of
Nutrient Recovery Measure 5: Ammonia stripping and
abatement/mitigation measures must be based on the
recovery
following criteria:
263. Air stripping of NH3 is a process whereby the liquid
(a) Ease with which approaches can be implemented;
fraction after manure separation is brought into contact with
(b) Effectiveness;
air, upon which NH3 evaporates and is carried away by the
(c) Impact on environmental emissions;
gas. Instead of ambient air, “‘steam stripping”can be used
whereby steam replaces air as the ammonia carrier. Since
(d) Secondary effects;
evaporation occurs from the liquid surface, it is advantageous (e) Controllability;
to ensure that the liquid has a large surface area. This can be (f ) Cost efficiency.
achieved in a stripping column with structured packing, 266. Based on these criteria, we suggest the priority
where it spreads over the packing material in a thin film and measures listed below.
therefore has a considerably larger surface. The mass Livestock feeding
transport also increases with the concentration of NH3 (aq) in
267. The following priorities through livestock feeding help to
the liquid phase; hence, if pH and/or temperature is
reduce nitrogen losses:
increased, an increasing part of total ammoniacal nitrogen is
(a) Avoid N surplus from the very beginning of the
in NH3 (aq) form and the mass transport of NH3 increases
manure management continuum;
(Sommer and others, 2013). Altogether, this makes the
technology relatively energy demanding and costly, although (b) Adjust animal diet to animal performance (in line with

cheap/free surplus energy from, for example, a biogas- existing guidance in the UNECE Ammonia Framework

combined heat and power plant may reduce energy costs. Code, Bittman and others, 2014);

Alternatively, using selectively permeable membrane contact (c) Adapt animal diet to shift N excretion from urine to
systems at lower temperatures may offer a cheaper solution, faecal excreta;
if membrane fouling can be avoided. (d) Dairy cattle:
264. Ammonia released from an NH3 stripping column or (i) Reduction of crude protein content in the diet;
from a manure drying facility can be collected using wet (ii) Adapt diet and dairy production system to
scrubbing with an acid solution, typically sulphuric acid, to sitespecific conditions;
make ammonium sulfate (which is most common). (iii) Increase milk yield with moderate level of
Application of the approach using nitric acid to make concentrates;

82
 IV
Housed livestock, manure storage and manure processing

A B

C D
Image 14: Illustration of an ammonia stripping system gas permeable membrane technology (Nutrient Recovery Measure 5). (A),
Membranes in a slurry tank to trap ammonia from aqueous solution; (B), Detail of each membrane frame, thought which dilute
sulfuric acid is re-circulated; (C), Installation of membranes for gaseous ammonia recovery from a pig house; (D), Recovery outside a
free-range laying hen building. This system was estimated to recover nitrogen at €2.07
per kg (photographs A, B: @Itacyl, 2020; photographs C, D: © UVA, 2020; https://doi.org/10.3390/membranes10100270;
ammoniatrapping.com).

83
IV
Housed livestock, manure storage and manure processing
(iv) Increase production cycles per cow.
(e) Pigs:
(i) Reduction of crude protein content in the diet;
(ii) Multiphase feeding;
(iii) More use of food wastes (including from
processing and retail) as a way to reduce upstream
and downstream emissions.
Livestock housing
268. The following priorities help to reduce nitrogen losses
from livestock housing:
(a) Reduction of indoor temperature;
(b) Reduction of emitting surfaces, reduction of soiled
areas;
(c) Reduction of air flow over soiled surfaces;
(d) Use of additives (for example, acidification);
(e) Frequent removal of slurry to an outside store;
(f ) In the longer term: smart barns with optimized
ventilation (open housing) or ventilation air scrubbing
(closed housing), immediate segregation of urine and
faeces components, in-house acidification of slurry
(pigs and cattle).
Manure storage, treatment and processing
269. The following priorities help to reduce nitrogen loses and
to mobilize nitrogen recovery and reuse from manure
storage, treatment and processing:
(a) Store solid manures outside the barn on a solid
concrete base in a dry/covered location;
(b) Ensure tight slurry stores, and cover either by a solid
cover, or by ensuring sufficient natural crust formation;
(c) Use manure treatment where relevant to:
(i) Homogenize nutrient content for more even field
spreading to ensure that all available nutrient resources
are used effectively for crop growth;
(ii) Reduce slurry dry matter content, for example, by
solid-liquid separation, to enhance soil infiltration and
limit NH3 loss;
(iii) Increase slurry NH 4+content to maximize crop N
availability;
(iv) Lower pH by acidification to reduce NH3
volatilization and enhance fertilizer value;
(v) Apply manure treatment methods to enable
combined energy and nutrient recovery, for example,
anaerobic digestion, where relevant.
270. The use of manure advanced processing for N recapture
and production of value-added nutrient products from
recycled manure N resources should be focused on situations
where other effective options are not available, for example,
high-tech separation by filtration, reverse osmosis and NH3
scrubbing, drying of manure and digestate solids for organic
fertilizer production. Ideally, production of recovered,
biobased fertilizer products should not be supply driven
(trying to solve a waste problem), but rather demand driven
22 Council Directive of 12 December 1991 concerning the protection of waters against pollution caused by nitrates from agricultural sources, Official Journal
of the European Communities, L 375 (1991), pp. 1–8.
84
(biobased fertilizers that farmers want). However, this implies the
need to also address regional manure surpluses that can result
from large-scale livestock feeding operations.
G. Conclusions and research questions
271. It is clear that manure management has an impact on
quantities of Nr emissions (NH3, direct and indirect N2O
emissions, NOx emissions, NO - 3 leaching) and N2 emissions,
as well as emissions of CH4 and CO2. This applies at each stage
of the manure management continuum (Chadwick and
others, 2011). Since production of these gases, as well as of
leachable Nr, is of microbial origin, the dry matter (DM)
content and temperature of manure and soil are key factors
for farm manure management decisions that influence the
magnitude of N and greenhouse gas losses. There remains a
degree of uncertainty in emission rates of N and greenhouse
gases from different stages of manure management, and
researchers continue to investigate interactions of the
management and environmental factors that control
emissions. Some specific approaches to reducing N and
greenhouse gas emissions from livestock housing and
manure storage include: optimizing diet formulation;
lowemission housing technologies; manure processing; and
nutrient recovery. The technologies include: air-scrubbers;
covered manure storage; slurry separation and anaerobic
digestion; nitrogen concentration; and stripping methods.
272. Existing legislation across the UNECE region offers
opportunities to find “win–win” scenarios, with benefits in
reducing multiple forms of pollution. One example is the
European Union Nitrates Directive22, which has led to
development of Nitrate Vulnerable Zone action plans to prevent
application of animal manure, slurry and poultry manure (with
high available N content) in autumn, a practice that reduces N
losses, as well as direct and indirect N2O losses. Care is needed to
ensure that legislation does not lead to potential “pollution
swapping” (for example, unadjusted use of slurry injection to
reduce NH3 emissions at the expense of an increase in N2O
emissions, with no modification of N inputs. A core principle
(chapter III, principle 6) is that measures that reduce one form of
N loss need to be accompanied by either a reduction of fresh
nitrogen inputs, or an increase in harvested products, to maintain
mass consistency. In this way, what may at first seem a trade-off
at the field scale, can be seen at the landscape and regional scales
as an opportunity to move towards a more circular system with
lower overall N losses.
273. The nature of the N cycle and its interaction with the C, P
and other nutrient cycles demands a holistic approach to
addressing N and greenhouse gas emissions and mitigation
research at a process level of understanding. Systems-based
modelling must play a key role in integrating the complexity
of management and environmental controls on emissions.
Progress has been made to this end (Sommer and others,

2009), with some studies producing whole farm models
encompassing livestock production (del Prado and others,
2010).
Addressing environmental needs
274. Concepts for best practices to reduce adverse
environmental impacts depend on the following
integrated concepts:
(a) Relationship between nitrogen and greenhouse gas
emissions;
(b) Influence of climate change on nitrogen emissions;
(c) Interaction between abatement/mitigation and
adaptation measures;
(d) Interaction between nitrogen emissions and animal
welfare;
(e) Integrated assessment of the whole manure
management continuum;
(f ) Integrated assessment considering the three pillars of
sustainability: economy; environment; society;
(g) Interaction between consumer demand and nitrogen
emissions;
(h) Development of region-specific concepts for
sustainable intensification;
(i) Modelling of livestock production at the regional,
national and global scales;
(j) Economic impact of both the cost of the techniques and
the benefit to the farmer of reducing emissions and
retaining nitrogen as a fertilizer.
275. Concepts to reduce adverse environmental impacts
depend on the understanding at a process level of the
H. References
following:
(a) Assessment of emissions from naturally ventilated
barns;
(b) Assessment of emissions from new, animal-friendly
housing systems;
(c) Development of abatement/mitigation measures,
especially for naturally ventilated dairy barns (for
example, targeted ventilation and air-scrubbers,
manure acidification);
(d) Interaction between climate change and heat stress/
animal behaviour/emissions;
(e) Interaction between low-protein diets and N and
greenhouse gas emissions;
(f ) Interactions between N and greenhouse gas emissions
during housing, storage and application to field;
(g) Life-cycle assessment: for example, grass-based dairy
feeding versus low-protein dairy feeding;
(h) Feed and manure additives for improved N use
efficiency;
(i) Manure treatment for higher N use efficiency (increase of
nutrient availability, decrease of emissions) and potential of
processing to recover manure N into biobased fertilizers in a
circular economy.
276. Concepts to reduce adverse environmental impacts
depend on the development of flexible concepts for
environmental improvement:
(a) Climate and site-specific conditions vary across the
Housed livestock, manure storage and manure processing
IV
UNECE region and globally;
(b) All three columns of sustainability must be considered:
economic, environmental and social sustainability;
(c) Conflicts of interest must be addressed;
(d) Targeted approaches should be used according to the needs
of different regions.
277. Concepts to reduce adverse environmental impacts
depend on effective communication and interaction:
(a) Establishing networks to exchange manure
management information, connect people, and forge
partnerships;
(b) Launching an online knowledge hub on best practices
for livestock housing and manure management;
(c) Establishing a roster of experts to provide targeted
technical assistance and training, analysis and practical
implementation and policy support, relying heavily on
cofinancing and in-kind resources from partners;
(d) The development of best practice concepts is
challenging. Climate and site-specific conditions are highly
variable. It is essential to consider the three columns of
sustainability – economy, environment and society – and to
address synergies and potential conflicts of interest. This
inevitably leads to the conclusion that there will be no “one-
size fits all solution”. Best-practice concepts provide a basis
that offers guidance on the development of flexible
measures targeted for each specific region and context.
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Chapter V: Field application of organic
and inorganic fertilizers
Lead authors: Tom Misselbrook and Shabtai Bittman
Contributing authors: Roger Sylvester-Bradley, Cláudia M. d. S. Cordovil,
Jørgen Olesen, Robert M. Rees and Antonio Vallejo
A. Introduction and background
278. Nitrogen (N) is the nutrient recovered in largest
quantities from soil by agricultural crops, and the availability
of N to crops has a dominant impact on crop yields and
nutritional quality, and hence the ability of farms to produce
food for humanity. Management of the different N inputs to
agricultural soils will influence the subsequent N cycling, N
utilization by crops and losses of N in different forms to the
environment. Until now, the focus has largely been on
controlling individual N loss pathways, for example, nitrate
leaching (European Union Nitrates Directive), ammonia
(Gothenburg Protocol, European Union National Emissions
Ceilings Directive23 and Habitats Directive) and nitrous oxide
(Kyoto Protocol to the United Nations Framework Convention
on Climate Change), with guidance given accordingly (for
example, UNECE Ammonia Guidance Document, Bittman and
others, 2014). It is critical when trying to develop a more
joined-up approach to N guidance to have a good
B. Nitrogen inputs to agricultural land
understanding of how management practices and targeted
abatement/mitigation measures have an impact on the whole
N cycle rather than just on specific pathways. This requires an
understanding of how human activity, including farming, is
able to affect all nutrient cycles, and especially N, which is
highly dependent on microbiological activities and hence
particularly sensitive to soil carbon, moisture and
temperature. This chapter discusses integrated approaches
to reducing N losses to air and water from N inputs to
agricultural land, highlighting the major inputs and loss
pathways, while describing the most important measures and
prioritizing recommendations for abatement/mitigation for
policymakers and practitioners.
279. This chapter should be read in conjunction with chapter
IV regarding the management of livestock manures. An
integrated approach to reducing N losses throughout the
entire manure management chain needs to be taken to
ensure that the benefit (for example, reduced losses) of
measures taken during the livestock housing and manure
storage stages is maintained during the field application
stage. The aim is to ensure that nitrogen savings made in
previous stages are not subsequently lost through poor
management associated with field application of manures.
This connection is very important for NH3, where it is
necessary to minimize contact of manure with air throughout
23 Directive (EU) 2016/2284 of the European Parliament and of the Council of 14 December 2016 on the reduction of national emissions of certain
atmospheric pollutants, amending Directive 2003/35/EC and repealing Directive 2001/81/EC, Official Journal of the European Union, L 344 (2016), pp. 1–31.
V
Field application of organic and inorganic fertilizers
the manure management chain (principle 15).
280. The term “inorganic fertilizers” is used throughout this
chapter to refer to manufactured inorganic and
organomineral fertilizers, often referred to as “synthetic”
fertilizers. This includes all mineral N fertilizer types such as
ammonium nitrate and ammonium sulfate, and also urea
(and ureabased fertilizers). Although urea is chemically an
organic molecule, it is typically categorized as an “inorganic”
fertilizer because it is usually manufactured from inorganic
materials (NH3 and CO2) and grouped with other inorganic
fertilizers, such as ammonium nitrate, phosphate and sulfate.
With the development of circular economy recapture of N
from organic sources for production of inorganic fertilizers
(for example, Nutrient Recovery Measures 3–5), such
distinctions are becoming increasingly flexible.
281. Nitrogen is applied directly to agricultural land as a crop
nutrient in the form of manufactured inorganic fertilizers, as
organic fertilizers such as livestock manure (including urine),
or as other organic amendments deriving from waste or
byproducts (for example, sewage sludge, household and food
wastes, food-processing residue, animal rendering, digestate
from anaerobic digestion, composts). For the purposes of this
chapter, all these sources are considered as organic or
inorganic fertilizers.
282. For managed livestock manures, an integrated approach
should account for improved practices during the storage,
handling and/or processing of manures (chapter IV),
potentially resulting in more and/or higher availability of N at
land application. Grazed land will receive N in a less managed
form, usually through uneven dung and urine deposition by
grazing livestock. Managed land will also receive N inputs
from biological fixation by legumes and non-symbiotic
microbes, from wet and dry atmospheric deposition of N
species and, more indirectly, from the recycling of crop
residues; these inputs are discussed at the landscape scale in
chapter VI.
283. Together, these direct and indirect inputs are estimated
to total approximately 27 million tons of N per year for the
European Union (see figure V.1). Note that these are
89
V
Field application of organic and inorganic fertilizers

Figure V.1: Estimate of N inputs to agricultural soils for European Union 28 (Gg N per year) for 2014

Gg N yr-1 7%
4%
Inorganic fertilizer 10,875
12%
Applied manure 4,765
40%
Other organics applied 615

Crop residues 4,985

Grazing returns 3,160 18%

Biological N fixation 1,000

2,060
2%
Atmospheric deposition
17%

Source: Values derived from the 2016 greenhouse gas (GHG) inventory submission to the United Nations Framework Convention on Climate
Change (UNFCCC) by the European Union (see: https://unfccc.int/process/transparency-and-reporting/reporting-and-reviewunder-the-
convention/greenhouse-gas-inventories/submissions-of-annual-greenhouse-gas-inventories-for-2017/submissions-ofannual-ghg-
inventories-2016), with the exception of biological N fixation and atmospheric deposition, which were derived from Leip and others, (2011) for
the year 2002.
Note: Inputs from crop residues, grazing returns and, to some extent, managed animal manure, represent recycling of N within the
agricultural system.

not all new N inputs to land; for example, grazing returns,
crop residues and some of the applied manure represent a
recycling of N previously removed from the soil as forage or
feed for animals and subsequently returned in a different,
and often more reactive, form. The characteristics of these
different sources of N and their management are important
in determining and improving the agronomic value to crop
and forage production and reducing potentially damaging
impacts on the environment and climate. Across the UNECE
region, existing legal frameworks limit N inputs to agricultural
land in certain vulnerable regions (such as those covered by
the Nitrates Directive within the European Union). Further
sources of guidance on practices for reducing the impact of
agricultural practices on N and P leaching to water are listed
in appendix I of this document.
284. Inorganic fertilizers represent the largest category of N
inputs to agricultural land across much of the UNECE region,
as illustrated for the European Union in figure V.1. In the
absence of other N inputs, fertilizer N commonly doubles
crop yields and fertilizer N is therefore vital to the profitability
and productivity of crops in all parts of the UNECE region.
Inorganic N fertilizers are used by almost all farms in the
UNECE region, other than those committed to “organic”
production (although even these can use some forms of
inorganic fertilizer, including rock phosphate). There are a
number of different formulations and blends of N-containing
manufactured fertilizers used in Europe, but these can be
broadly considered to deliver N in the chemical form of
ammonium, nitrate or urea. Ammonium and nitrate
are directly available for plant uptake (with different plant
preferences and tolerances), although ammonium will also
convert to nitrate in the soil through the microbial oxidative
process of nitrification, which releases acidifying H+ ions into
the soil solution. Ammonium and nitrate behave differently in
the soil, with ammonium more susceptible to losses via
ammonia volatilization, while nitrate is more susceptible to
losses via denitrification (as gases N2O, NOx and N2) and
leaching (NO 3- ). Urea hydrolyses after contact with moist
soils in the presence of the ubiquitous urease enzyme to form
ammonium (and subsequently nitrate); the hydrolysis process
is associated with an increase in pH near the granules, which
greatly increases the susceptibility to losses via ammonia
volatilization.
285. Inorganic fertilizers containingonly nitrogen (referred to
as “straight nitrogen products”) include granular ammonium
nitrate (AN), calcium ammonium nitrate (CAN), urea and liquid
urea ammonium nitrate (UAN). Anhydrous ammonia is a
liquid (gas under pressure) fertilizer that requires special
equipment and safety measures, and suitable soil conditions
for injection-application (for example, trafficable soils that are
not too hard or stony for the penetration of injector tines).
Nitrogen combinations with other nutrients include
ammonium sulfate, diammonium phosphate and potassium
nitrate. Ammonium nitrate and CAN represent the major
fertilizer forms used in Europe, while urea use predominates
in the wider UNECE region, including in North America and
Central Asia. In Europe, urea (either as straight urea or UAN)
accounts for only approximately 25 per cent of total fertilizer

90

N use (based on statistics from the International Fertilizer
Association24 ), but this may be increasing in some European
countries, which poses a risk of increasing ammonia
emissions. Fertilizers Europe and Eurostat25 estimate that urea
imports to the European Union roughly doubled from ~2.4
million tons in 2000/2001 to 4.8–5.3 million tons in 2015–
2017.
286. The major livestock types for which managed manure is
applied to land are cattle (dairy and beef ), pigs and poultry.
Cattle and pigs excrete N as urea and complex organic
compounds, but the urea quickly dissociates to ammonia
during livestock housing and manure storage, so manure
applied to soils contains N in organic and inorganic forms
(ammonium and nitrate and, for poultry, uric acid and urea).
Manure characteristics depend on livestock diet and
performance, housing (including bedding use) and manure
storage systems and any subsequent processing prior to land
application (as described in chapter IV). See below for further
information on manure characteristics:
(a) For cattle and pigs, manure type can be categorized as
either slurry, consisting of mixed urine, faeces and water
with relatively little bedding material (straw or wood
shavings) and with a dry matter content typically in the
range 1–10 per cent, or as a more solid farmyard manure
(FYM) consisting of urine and faeces mixed with large
amounts of bedding material (typically straw) having a
higher dry matter content (>15 per cent);
(b) Slurries will typically contain 40–80 per cent of the N in
the ammonium form, with the remainder as organic N and
very little as nitrate, due to anaerobic conditions;
(c) Farmyard manure typically contains a much lower
proportion of the N in the ammonium form, due to
volatilization and nitrification of ammonia, and may contain
a small fraction in the nitrate form. The organic N in FYM
will mineralize to ammonium over time, becoming available
for crop uptake, but is also susceptible to the N loss
pathways to water and air;
(d) Pig manure will typically have a higher total N and
available (inorganic) N content than cattle manure,
depending on feeding and management practices;
(e) For poultry, manure can generally be categorized as
litter, deriving from systems where excreta are mixed with
bedding (for example, broiler and turkey houses) or as
manure where excreta are collected, generally air-dried,
without bedding material (for example, laying hens). Both
have relatively high dry matter contents (>30 per cent) and
higher total N contents than cattle or pig manures.
Between 30–50 per cent of poultry manure N may be labile
as uric acid or ammonium;
(f ) Livestock manures also vary regarding the content of other
essential and non-essential nutrients, and application rates may
be limited by the concentration of phosphorus (P) rather than N
because of their relatively high P:N ratios compared to crop
uptake;
24 See www.ifastat.org/databases/plant-nutrition. See
25 http://epp.eurostat.ec.europa.eu/newxtweb.
26 Most nitrogen in urine is in the form of urea. Although this is a small organic compound, for example, (NH2)2CO, it rapidly hydrolyses to release
ammoniacal nitrogen (NH3 and NH + 4 ) plus carbon dioxide (CO2).
V
Field application of organic and inorganic fertilizers
(g) The mineralization/immobilization, availability and
utilization of manure N is strongly influenced by the C:N
ratio of manure and soil, soil pH, soil moisture and
temperature, as well as spreading techniques such as
subsurface placement.
287. Cattle and sheep can spend a substantial proportion of
the year at pasture grazing, depending on regional soil and
climate characteristics and management systems, and some
pigs and poultry will also spend time outdoors under certain
production systems (for example, “free-range”). Pigs have
behavioural traits that result in specific areas being
designated for dunging/urinating, whereas cattle and sheep
will excrete more randomly across the grazed area, with
higher loadings in camping areas (where animals prefer to sit)
or high traffic areas. During grazing, dietary N not retained by
the animal is deposited directly back to the pasture in highly
concentrated patches as dung and urine. Dung contains
mostly organic N forms, which will subsequently mineralize at
a rate dependent on soil and environmental factors, whereas
N in urine is effectively in an inorganic form26 and immediately
susceptible to losses via ammonia volatilization, leaching and
denitrification (Selbie and others, 2015). Under dry conditions,
both urine and faeces patches may create small dead areas of
grass, reducing N uptake, or may increase grass growth. In
addition, the grass in dung patches may be avoided for a time
by cattle, a behaviour which may be associated with avoiding
intestinal worms. Intensively managed grazing will generally
favour more uniform deposition of manure and urine and
more even grass production and consumption (as well as
larger N losses).
288. A range of other N-containing organic amendments are
applied to agricultural land. While the total amount applied is
currently small, this is likely to increase (and be encouraged)
as the concept of the circular economy becomes more
prevalent. The processing of such organic amendments may
increase (for example, anaerobic digestion) or decrease (for
example, composting) the plant availability of N. These
materials may be liquids (for example, digestates) or solids
(for example, composts), deriving from human wastes, food
processing, green wastes, etc., and, for the purposes of this
chapter on inorganic and organic fertilizers, they are implicitly
included in discussions regarding management of livestock
manures. Even though this recycling is important for the
overall sustainability of society, the additional N added to
agricultural systems from other organic amendments is likely
to be smaller than manure and fertilizer inputs due to the
magnitude of available mass flows and distances to crop
production. There may also be barriers to farmer and
consumer acceptance of some materials (including livestock
manures) because of concerns regarding contaminants such
as trace metals, microplastics, pathogens, antibiotics and
hormones and possibly nanoparticles. Processing these
products for easier transport and reuse can add significant
additional costs.
91
V
Field application of organic and inorganic fertilizers

Figure V.2: Estimate of N losses from agricultural soils in European Union 28 (Gg N per year) for
the year 2014

Gg N yr-1
16%
NH3 emission 2,075

N2O emission 350 3%

<1%
NOx emission 75
49%
N2 emission 4,100

Leaching and runoff 6,365

32%
Total 12,965

Source: Values are derived from the 2016 GHG inventory submission to UNFCCC by the European Union (see: https://unfccc.int/process/
transparency-and-reporting/reporting-and-review-under-the-convention/greenhouse-gas-inventories/submissions-of-annualgreenhouse-gas-
inventories-for-2017/submissions-of-annual-ghg-inventories-2016), with the exception of NOx and N2 emissions, which were estimated as a
ratio of reported N2O emission based on Leip and others, (2011).

C. Nitrogen losses from land and therefore represent a key target area for interventions to
meet national and international emission reduction targets.

289. Estimates of N losses from agricultural soils across the 291. The impacts of N losses from agricultural soils on the
European Union 28 region are given in figure V.2. These loss environment will vary spatially, according to the variation in
estimates are subject to large uncertainties, but imply that 50 per the underlying driving factors influencing losses (for example,
cent or more of N inputs to agricultural soils in this region de Vries and Schulte-Uebbing, 2019). Such factors include

(including atmospheric deposition) are subsequently lost to the density of livestock, intensity of cropping, soils and climate, as

environment through gaseous emissions, leaching and run-off, well as socioeconomics and governance systems that

with the remaining 50 per cent being recovered by crops (field regulate N inputs at the farm and regional scales (including
spatial distribution of farms). A large proportion of ammonia
losses associated with imported crops are not considered). Of the
emissions from N applied to agricultural soils may be
field losses, almost half are via leaching and run-off and another
redeposited locally, with potential impacts through
third as dinitrogen (N2) via denitrification. Dinitrogen is
eutrophication and acidification, but a proportion will also be
environmentally benign, but this represents a large loss of
subject to longer-range transport and processes associated
agronomically useful N, so mitigating its loss enables agricultural
with aerosol and particulate formation, with subsequent
N inputs to be reduced, with subsequent savings in other parts of
human health and biodiversity implications. Similarly, N
the system (including manufacture of fertilizer N). Since N losses
losses through leaching and run-off will have local, catchment
in the field are subject to the elements, more extreme and
and, potentially, regional effects on water quality, depending
unpredictable weather events as a result of climate change
on the flow pathway and the N transformation and reduction
increase the challenges of land management to minimize N
processes along this pathway (Billen and others, 2013). Nitric
losses, particularly to water. In expanding clays prone to cracking,
oxide (NO) and nitrogen dioxide (NO2) (together NOx) are
especially on untilled soils, drought promotes soil cracking, which
environmental pollutants involved in photochemical reactions
may contribute to bypass flow of water (irrigation or rain) and N.
in the troposphere and are the main precursors of ground-
level ozone in rural areas. For these reactive N species
290. Emissions of nitrous oxide (N2O) and NOx
27
are therefore, a good understanding of source-receptor
estimated by Leip and others, 2011 (see figure V.2) to account relationships is required, including appropriate spatial and
for smaller proportions of the total N loss from agricultural temporal distributions. In contrast, nitrous oxide (N2O) has a
soils compared with dinitrogen and ammonia emissions and global, rather than local, impact as a greenhouse gas and
nitrogen leaching/run-off. However, agricultural soils are stratospheric ozone depleting substance (Bouwman and
among the most significant emission sources for these gases others, 2013).

27 See footnote 2.

92