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Ministério da Educação
Aluísio Mercadante
Ministro
CAPES
Jorge Almeida Guimarães
Presidente
Governo do Estado
Ricardo Vieira Coutinho
Governador
Assessora de EAD
Coord. da Universidade Aberta do Brasil - UAB/UEPB
Cecília Queiroz
Editora da Universidade Universidade Estadual da Paraíba
Estadual da Paraíba Marlene Alves Sousa Luna
Reitora
Diretor Aldo Bezerra Maciel
Cidoval Morais de Sousa Vice-Reitor
Coordenação de Editoração
Arão de Azevedo Souza Pró-Reitora de Ensino de Graduação
Eliana Maia Vieira
Prática Pedagógica IV
Campina Grande-PB
2012
Sumário
I Unidade
Revendo Conceitos........................................................................7
II Unidade
Historiando a gramática .............................................................19
III Unidade
O lugar da gramática no ensino de Língua Portuguesa.................33
IV Unidade
Gramática e textualidade I..........................................................47
V Unidade
Gramática e textualidade II.........................................................61
VI Unidade
Em busca de uma prática pedagógica:
A tecnologia que ajuda a ensinar.................................................73
VII Unidade
O jornal na sala de aula: por uma prática pedagógica
interdisciplinar e interativa...........................................................89
VIII Unidade
Trabalhar com projetos: uma prática pedagógica necessária.......105
I UNIDADE
Revendo Conceitos
c) Ensino produtivo, que tem por objetivo dotar o aluno de novas ha-
bilidades linguísticas, ajudando-o a entender o uso da língua materna
Poderíamos dizer que Calvin está criando gíria ao atribuir “novos” significados
às palavras? Justifique.
4) Seria possível compreender exatamente o que Calvin quis dizer com “Você
não acha isso muito fiambre? É lubrificado! Bem, eu vou na fase”. Por quê?
Leituras Recomendadas
Para ler
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São
Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 19-31.
Para acessar
http://www.museudalinguaportuguesa.org.br
Portal do Museu da língua portuguesa, inaugurado na Estação da
Luz (SP) em março de 2006. É um ótimo site para pesquisar sobre a
língua portuguesa em todos os seus aspectos.
Historiando a gramática
Apresentação
A linguagem está presente em toda parte, permeando nossos
pensamentos, mediando nossas relações com os outros. Seu es-
tudo tem uma longa trajetória, embora a ciência que se ocupa
em estudá-la tenha se estruturado como área do conhecimento
autônomo e independente apenas na metade do século XIX.
Nas sociedades primitivas, a inexistência de estudos linguís-
ticos é um fato. À medida que as sociedades foram se tornando
mais complexas, surgiram condições favoráveis para o estudo
da linguagem, sobretudo a partir da invenção da escrita – esta
propiciou a percepção dos diferentes fenômenos linguísticos.
A tradição gramatical no Ocidente remonta aos gregos
da Grécia Antiga e, em virtude da “natureza filosófica de
seus estudos e da força do estudo do ‘certo’ e do ‘errado’,
nasceu na Grécia e a gramática no sentido que mantém até
hoje.” (SUASSUNA, 2001, p. 22).
Esta unidade vai ajudá-los (as) a entender a história da
gramática desde a Grécia Antiga até os dias de hoje e os ti-
pos de gramática existentes. Estude com atenção, estabeleça
relações de interação com seus colegas, tutores e professores
para tirar dúvidas e buscar os esclarecimentos necessários.
Bons estudos!
20 SEAD/UEPB I Prática Pedagógica IV
Objetivos
Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
História da gramática da
língua portuguesa
No século XVI. A escola brasileira era para a nobreza, tanto no
que diz respeito ao corpo discente, quanto ao corpo docente. É dessa
época a publicação da primeira Gramática da Língua Portuguesa, de
autoria de Fernão de Oliveira em Lisboa.
Conceituando gramática
Para conceituar Gramática, Travaglia (1996, p.24-29) recorre a
três sentidos:
De acordo com o primeiro sentido, a gramática é
um manual com regras de bom uso da língua que
devem ser seguidas pelos que querem expressar-se
de forma adequada. E cita Franchi (1991, p. 96):
“gramática e o conjunto sistemático de normas
para bem falar e escrever, estabelecidas pelos es-
pecialistas, com base no uso da língua consagrado
pelos bons escritores” e “dizer que alguém “sabe
gramática” significa dizer que esse alguém conhe-
ce essas normas e as domina tanto nocionalmente
quanto operacionalmente”.
BECHARA (1999, P.52) sugere que não devemos confundir dois ti-
pos de gramática: a descritiva e a normativa.
A gramática descritiva é uma disciplina científica que registra e
descreve um sistema linguístico em todos os seus aspectos (fonético-
-fonológico, morfossintático e léxico)
A gramática não é uma disciplina científica, mas sim, pedagógica
e relaciona fatos que são recomendados como modelo que devem ser
usados em circunstâncias especiais de convivência social
“A gramática normativa recomenda como se deve falar e escrever
segundo o uso e a autoridade dos escritores corretos e dos gramáticos
e dicionaristas esclarecidos”. É assim que BECHARA, (1999, p.52) de-
fine estes dois tipos de Gramática.
Vejamos o que o linguista Marcos Bagno diz sobre a gramática
normativa:
“Uma receita de bolo não é um bolo [...]. Também a gramática não
é a língua.
A língua é um enorme iceberg flutuando no mar do tempo, e a
gramática normativa é a tentativa de descrever apenas mais visível dele,
a chamada norma culta. Essa descrição, é claro, tem seu valor e seus
méritos, mas é parcial (no sentido literal) e figurado do termo) e não
pode ser autoritariamente aplicada a todo o resto da língua [...].
Para ler
2) ANTUNES, Irandé. Que gramáticas existem? In: ANTUNES, Iran-
dé. Muito Além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no
caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
Referências
ANTUNES, Irandé. Muito Além da Gramática: por um ensino de línguas
sem pedras no caminho, São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
(Estratégias de Ensino; 5)
O lugar da gramática no
ensino de Língua Portuguesa
(Millôr Fernandes)
OS DOIS LADOS
Deste lado tem meu corpo
tem o sono
tem a minha namorada na jenela
tem as ruas gritando de luzes e movimentos
tem o meu amor tão lento
tem o medo batendo na minha memória
tem o caminho para o trabalho.
Do outro lado tem outras vida vivendo da minha
vida
tem pensamentos sérios me esperando com flores
na mão
tem a morte, as colunas da ordem e da desordem.
Atividade II
1 - Observe o trecho de uma notícia:
Para ouvir:
VELOSO, Caetano. In: Velô. (CD). Universal Music, 1984.
A música de Caetano Veloso, ao mesmo tempo em que nos faz me-
ditar sobre nosso idioma, é um tributo do artista a sua língua materna.
Para acessar:
http://www. Revistalingua.com.br
Na revista língua, merecem destaque os artigos em que a profes-
soara Maria Helena de Moura Neves discute diferentes aspectos da
gramática do português, fazendo importantes considerações sobre o
modo como são descritos os fatos da língua pela gramática normativa
e o uso efetivo que deles fazem os falantes
Autoavaliação
Para avaliar seu desempenho como aluno(a) nesta unidade, produza um
texto contando sua história com o aprendizado da Gramática. Lembre-se de
experiências positivas e negativas que envolveram esse aprendizado.
Gramática e textualidade I
Apresentação
Nos últimos anos, as pesquisas nas áreas da linguagem e
do ensino de língua materna têm contribuído para mudar as
metodologias tradicionais utilizadas pela escola, buscando
caminhos para que os conteúdos explorados revelem ade-
quação teórica e sejam significativos para uma boa apren-
dizagem.
Mesmo com relação ao ensino de gramática, em que os
professores são mais avessos a mudanças, há propostas e
experiências que enfocam o desenvolvimento de habilidades
e competências e estimulam a continuidade do uso social da
linguagem já iniciados em casa e no convívio em sociedade.
Nesse sentido, surgem as gramáticas de texto com o ob-
jetivo de explicar alguns fenômenos linguísticos que a gra-
mática tradicional não dá conta. Estudaremos o texto como
elemento central do ensino de língua e os elementos de
textualidade que correspondem aos aspectos semânticos,
pragmáticos e cognitivos, primordiais para a organização
do texto.
Convido vocês a participarem desta oportunidade de
aprendizagem, em que juntos analisaremos questões signifi-
cativas para o futuro professor de língua portuguesa.
• linguística-de- texto,
• análise-do-discurso,
• análise-da-conversação;
• sócio-linguística,
• psico-linguística,
• etnografia-da-comunicação,
• etno-metodologia.”
Atividade I
1- Explique, com suas próprias palavras um conceito de texto coerente com o
que foi estudado até aqui.
Cidadezinha qualquer
A coerência
É muito comum ouvir enunciados como estes: “O seu texto não está
coerente”,” Sua roupa não é coerente com o ambiente”,” Sua prática
não é coerente com a teoria que você prega” etc. Mas, afinal, o que é
coerência?
Podemos dizer que a coerência se refere à possibilidade de se esta-
belecer um sentido para o texto, tornando-o significativo para os usuá-
rios. A coerência mantém uma estreita relação com a formação “ade-
quada“, “lógica” do texto no que diz respeito à formação em termos
de interlocução comunicativa. Sendo ela estabelecida na interação e
também na interlocução, numa dada situação comunicativa entre os
usuários da língua.
Para Platão e Fiorin (2004, p. 261), “Coerência deve ser entendida
como unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto harmôni-
co, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de
modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório,
nada desconexo. No texto coerente, não há nenhuma parte que não se
solidarize com as demais.”
Vamos observar se o
texto abaixo é coerente?
Imagine as falas seguintes, ditas por dois brasileiros aos amigos ao
final de uma mesma partida de futebol entre a Seleção Brasileira e a
Seleção da Argentina.
Atividade II
01- O haicai é uma forma poética de origem japonesa, composta por três versos
de cinco, sete e cinco sílabas. Leia a seguir um haicai do poeta brasileiro
Guilherme de Almeida.
Infância
Um gosto de amora
Comida com sol. A vida
Chamava-se “Agora”.
ALMEIDA, Guilherme. Os melhores poemas.
São Paulo: Global, 2004, p. 26.
Para concluir
O ensino de língua portuguesa, em geral, vem gerando polêmicas
ao longo dos anos, pois ainda é centrado na gramática tradicional.
Com o desenvolvimento da linguística textual que propõe uma forma
de ensinar a língua sob uma outra perspectiva – que o ensino de por-
tuguês se organize em torno do uso da língua: do ensino da leitura, da
produção de textos e da gramática, compreendida como uma prática
de reflexão sobre a língua e seus usos, necessária para a instrumentali-
zação dos alunos na leitura e na produção de textos.
Nesse sentido, vimos a importância do texto no ensino de língua
materna, os fatores de textualidade: coerência e coesão, na próxima
unidade estudaremos a intertextualidade, a informatividade, a aceitabi-
lidade, a situacionalidade e a intencionalidade, entre outros importan-
tes critérios de textualização.
Até lá!
Para acessar
http://www.instituto-camoes.pt
Site que apresenta informações sobre a língua portuguesa e suas
contribuições históricas com o objetivo de promover a língua e a
cultura portuguesas.
Resumo
A linguística textual parte para um enfoque de ensino de língua
portuguesa num sentido mais amplo, entendendo língua como uma
realização heterogênea, um conjunto de usos, isto é, as situações reais
de utilização. Volta-se para o texto, atividade verbal integradora que
implica em ouvir, falar, ler e escrever. A linguística textual apresenta
fatores gerais de textualidade: Coesão, coerência, intencionalidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e intertextualidade.
Referências
ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Gramática: análise e
construção do sentido. São Paulo: Moderna, 2006.
Gramática e textualidade II
Bons estudos!
A intertextualidade
Leia este famoso slogan de uma campanha de trânsito da década
de 70:
“Não faça do seu carro uma arma. A vítima pode ser você.”
Ao criar sua tira, Adão não tinha a intenção de imitar o slogan. Pre-
tendia sim, “dialogar” com o anúncio, citando-o em sua tira e criando
o humor a partir dele. Quando um texto cita outro, dizemos que entre
eles existe intertextualidade.
Segundo Cereja e Cochar (2008, p. 167), “Intertextualidade é rela-
ção entre dois textos caracterizada por um citar o outro.”
Koch e Travaglia (2005, p. 75) afirmam que “Há intertextualidade
na medida em que, para o processamento cognitivo de um texto, se
recorre ao conhecimento prévio dos outros textos.”
Dessa forma, a intertextualidade diz respeito à dependência de um
texto em relação a outro. Todos os textos são produzidos tendo outro(s)
como base. Em uma conversa, por exemplo, retomamos conversas an-
teriores, abordamos fatos sobre os quais tomamos conhecimento em
notícias já divulgadas em jornais, repassamos ideias colhidas em livros,
etc. O texto mais utilizado nas nossas produções é o senso comum.
Porém, nem sempre essas relações intertextuais acontecem da mes-
ma maneira: o diálogo pode ser ou não fruto da intenção de um au-
Atividade I
01 - O poema Canção do exílio, do poeta Conçalves Dias, já serviu de base
para uma infinidade de outros textos. Depois de ler o poema original, procure
identificá-lo no texto seguinte:
Canção do exílio
Gonçalves Dias
A aceitabilidade
A aceitabilidade é o outro lado da intencionalidade. Diz respeito,
portanto, ao receptor, que procura receber a mensagem do emissor
como um texto realmente coerente, coeso, relevante, refere-se à aceita-
ção da manifestação linguística por parte dos interlocutores, para isso,
o leitor/ouvinte geralmente esforça-se ao máximo para atribuir sentido
ao texto ainda que este possa parecer aparentemente incoerente.
Todo emissor tem, grosso modo, a intenção de dizer, e o receptor
tem a intenção de compreendê-lo.
Para alcançar a aceitabilidade do receptor, o emissor adota certas
estratégias, além de contar com sua cooperação. Tais estratégias, di-
zem respeito à autenticidade do que é dito, à pertinência das informa-
ções, clareza, precisão, etc. Nesse sentido, para que uma dissertação
argumentativa, por exemplo, seja aceitável, espera-se sobretudo a de-
fesa clara e coerente de um ponto de vista, apoiado em informações
relevantes.
Atividade II
01 - Leia o enunciado a seguir, geralmente veiculado em supermercados lojas,
shoppings, lojas de conveniência etc.
Autoavaliação
É de extrema importância a autoavaliação, pois oportuniza você, com seus
comentários, identificar os pontos positivos do processo ensino- aprendizagem
da aula, bem como e também os aspectos que ainda precisam de maiores
aprofundamentos, com vistas a melhorias no seu desempenho acadêmico.
Para tanto, teça comentários sobre a aula a partir do trecho de texto abaixo:
Para ler
Cordel Big Brother Brasil – Um programa imbecil, de Antônio Barreto.
Para refletir
“Olho por olho, e o mundo acabará cego.”, Mahatma Gandhi.
ANTUNES, Irandé. Língua texto e ensino outra escola possível. São Paulo:
Parábola Editorial, 2009.
Apresentação
A influência das novas tecnologias no contexto educacio-
nal se faz sentir de forma marcante, alterando o modo de
aprender e ensinar. Entre os professores e alunos a dissemi-
nação de computadores, internet, celulares, câmeras digi-
tais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma
infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações
diversas. Em relação aos professores, muitos são os questio-
namentos que os acompanham: Temor de que eles tomem
seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido?
Sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por
conhecê-los menos que os próprios alunos?
Seja qual for a resposta, de uma coisa temos a certeza,
hoje, os professores encontram, em suas atividades diárias,
crianças e adolescentes que convivem com os mais diversos
recursos tecnológicos. Diante desse fato, torna-se necessária
a formação de professores, a fim de que possam conhecer/
aprender como promover um trabalho de qualidade com
essas tecnologias na sala de aula para que esse público ágil
e ávido por informações seja plenamente atendido. O pro-
fessor deve estar consciente de que o mundo, há tempos,
vivencia uma série de mudanças, dentre elas, o uso das no-
vas tecnologias em sala de aula, embora de modo muito
vagaroso, parece ser uma realidade anunciada.
O grande questionamento essencial que se coloca é
como os professores devem atuar para que essas novas tec-
nologias sejam instrumentos pedagógicos que ajudem os
alunos a adquirirem as habilidades necessárias para pre-
parar os alunos para serem pessoas e profissionais críticos,
conscientes, prontos para acompanhar as mudanças sociais
e atuar de acordo com as exigências do seu tempo.
Objetivos
No final desta unidade esperamos que vocês
Os gêneros digitais e o
ensino de língua portuguesa
“Mas os pais nunca devem substituir o tempo que passam com seus
filhos por um computador. A chave de uma boa educação ainda é a
leitura e as brincadeiras com as crianças”.
Para acessar
www.fronteirasdopensamento.com.br
Para enfrentar esse mundo complexo e veloz que a tecnologia gera
e propõe novos desafios ao sistema educacional, surge o Fronteiras
Educação-Diálogos com Professores, um espaço para pensar a educa-
ção na contemporaneidade, refletir sobre o mundo digital e sua interfe-
rência decisiva na condição humana. É um convite à reflexão e também
à ação, incorporando novos elementos à prática diária do professor e
ao desenvolvimento do ensino.
Para ler
BONILLA,M. Escola Aprendente: Para Além da Sociedade da Informa-
ção. Rio de Janeiro: Editora Quartet, 2006.
O livro discute a possibilidade de construção de uma escola em que
as tecnologias de informação e comunicação sejam adotadas como
elementos estruturantes de uma nova forma de pensar da meninada e
não como apenas mais um recurso didático-pedagógico visando uma
educação que já não dá mais conta dos desafios impostos pela Socie-
dade do Conhecimento.
Autoavaliação
É de extrema importância a autoavaliação, pois oportuniza a você, com
seus comentários, identificar os pontos positivos do processo ensino-
aprendizagem da aula, bem como, dos aspectos que ainda precisam de maiores
aprofundamentos, com vistas a melhorias no seu desempenho acadêmico.
Para tanto, teça seus comentários sobre as afirmações abaixo:
Atividade I
Vamos pesquisar?
a) No Brasil
b) Em seu estado
A notícia
Sugestão 01
Esta atividade deve ser dividida em duas fases:
Fase I
• Sob a arientação do (da) professor a), reúna-se a um(a) colega.
• Escolham um acontecimento da atualidade para produzir uma
notícia. Vocês precisarão transmitir todos os detalhes da notícia:
o quê, quando, onde, como, por quê, com que consequências,
por intermédio de quem e com quem. ocorreram os fatos.
• O padrão de linguagem é a norma culta.
Sugestão 02
Análise de uma notícia
• Antes de tudo, é necessário que o professor estude e se aproprie
do conteúdo para que possa ajudar aos seus alunos nas desco-
bertas a partir das atividades desenvolvidas.
• O primeiro passo é levar para a sala de aula uma notícia atu-
alizada para que os alunos façam uma leitura individual ou
coletiva;
• Mostrar que a notícia é um gênero da linguagem jornalística
que tem como característica fundamental relatar e descrever
um fato.
• Explicar a estrutura da notícia: O título, o lead ou lide (as per-
guntas básicas: Como? Quem? Quando? Onde? Por quê? e o
corpo da notícia (o desenvolvimento da notícia).
• Fazer questionamentos sobre o conteúdo da notícia, pois essa
não deve ser vista como um simples relato neutro dos fatos
ocorridos. A realidade não é transposta diretamente para o pa-
pel, todo texto expreso em linguagem, passa pela interpretação
humana. Nesse momento, de acordo com a revista Nova Esco-
la ( setembro de 2011, p. 69), o professor deve:
Questionar:
• Por que esse acontecimento ou pessoa enfocada no texto é no-
tícia?
• Por que o jornal deu importância e dastacou esse assunto?
• Como o fato está apresentado?
• Qual imagem do acontecimento o texto passa para o leitor?
SUGESTÃO 03
O professor pode selecionar notícias com o mesmo assunto retira-
das de fontes diferentes e pedir que os alunos (em trios) identifiquem
suas características. Peça que os alunos escrevam em um papel o que
forem observando de semelhante entre elas. Dê um tempo para que
eles possam ler, discutir e relacionar o que se pede. Ande pela sala de
aula para observar as produções e ajudá-los quando necessário. Ao
final da primeira parte da atividade, o professor poderá escrever na
lousa as impressões dos trios e depois que todos tiverem falado o que
observaram dará os nomes corretos.
Os trabalhos poderão ficar expostos no mural da sala. Temos certe-
za de que será um excelente trabalho!
Atividade II
dica. utilize o bloco 1. Leiam nesta unidade o que foi explicado sobre “o jornal na sala de aula”;
de anotações para
responder as atividades!
2. Peça ajuda ao (a) tutor(ra) para orientá-lo como desenvolver a atividade;
6. Marquem um dia para fazer um chat (com a turma toda) e discutam sobre o
tema da reportagem.
Bom trabalho!
Leituras recomendas
Para ler
FARIA, Maria Alice Oliveira. O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto,
2002.
Nesse livro a autora faz uma reflexão sobre o trabalho com jornal
na sala de aula, mostrando que é possível trabalhar com jornal em
todas as séries do ensino fundamental e médio com atividades interes-
santes, criativas e produtivas.
Para assistir
Para acessar
www.observatóriodaimprensa.com.br
Neste site vocês vão encontrar diversas matérias jornalísticas do in-
teresse de todos os brasileiros.
Resumo
Pedimos aos alunos que leiam jornal e que se posicionem critica-
mente sobre os acontecimentos da realidade, este é o objetivo desta
unidade que iniciamos com um histórico sobre o jornal no Brasil. Em
seguida, fizemos algumas considerações sobre os gêneros jornalísticos
e o ensino de língua portuguesa. Mostramos também algumas suges-
tões de como trabalhar esses gêneros na escola procurando tornar a
aprendizagem mais significativa para os alunos.
Autoavaliação
dica. utilize o bloco
de anotações para
responder as atividades! Assista ao filme “O quarto poder” (indicado nas referências desta unidade) e
faça uma reflexão sobre o papel do jornalista na sociedade.
Apresentação
Refletir sobre sua própria prática pedagógica é muito im-
portante, nesse sentido, nos últimos tempos, muitos profes-
sores desejam aplicar práticas inovadoras, criativas e moti-
vadoras e que sejam bem compreendidas pelos alunos. Isto
é uma boa notícia.
Para isso, trabalhar com projetos pedagógicos pode ser
uma forma de atender a esses anseios dos professores. Os
projetos, além de dar sentido mais amplo às práticas esco-
lares, evita a fragmentação dos conteúdos e torna os alunos
corresponsáveis pela própria aprendizagem.
Nesta unidade, vamos entender o que é um projeto pe-
dagógico e sua importância para o processo ensino-apren-
dizagem.
Bons estudos!
A importância de se trabalhar
com projetos didáticos
É muito importante trabalhar com projetos didáticos porque quan-
do bem desenvolvido, representa um esforço investigativo, delibera-
damente voltado para encontrar respostas convincentes para questões
sobre um tema levantado pelos alunos, pelo professor ou pelo profes-
sor e alunos, que não se limita apenas à busca de respostas corretas
e abrangentes, mas compreende também o aprendizado de maneira
significativa do assunto pesquisado.
Sarmento (2002, p. 18) mostra as vantagens de se trabalhar com
projetos pedagógicos:
• Transforma um aluno em descobridor de significações nas
aprendizagens práticas;
• Oferece aos alunos a oportunidade de usar na prática as habi-
lidades operatórias adquiridas;
Além das razões expostas, o trabalho com Projetos oferece aos alu-
nos um contexto e muitos elementos para tomar decisões e a iniciativa
sobre as linhas de sua aprendizagem, assumir responsabilidades, ele-
ger entre os membros da equipe os responsáveis pelos diferentes papéis
e ir além dos limites de saberes restritos a um livro didático ou outra
fonte utilizada coletivamente.
Desenvolvimento
1ª etapa
Selecione contos que tenham bruxas como personagens prin-
cipais. Durante três semanas, leia em voz alta esses textos. Discuta que
sensações eles despertam e quais relações têm com os contos conhe-
cidos. Releia trechos para confirmar as interpretações ou retome partes
da história. Direcione a conversa para uma bruxa específica: como é o
comportamento dela? Quais suas qualidades e seus defeitos? Peça que
citem os recursos usados para gerar suspense e medo, por exemplo.
2ª etapa
Apresente a proposta do projeto: criar uma galeria de bruxas para
ser exposta no corredor da escola. Pergunte o que é preciso fazer para
construir a galeria. Que informações não podem ficar de fora para
que quem não leu as histórias possa conhecer as bruxas? Problematize
a conversa e proponha organizar coletivamente uma tabela que irá
ajuda-los (com três colunas: título do livro, nome da bruxa e caracte-
rísticas). Peça que a completem ao fim de cada leitura (seja o escriba).
Destaque não só as características descritas mas também as implícitas.
Promova desafios: por exemplo, localizar o que está escrito em um
trecho e copiar.
3ª etapa
Peça que, em dupla, escrevam informações sobre as bruxas pre-
sentes nos textos. Ajude-os perguntando: onde vivem as bruxas? Com
quem convivem? Elas se casam? Existem bruxas boas?
4ª etapa
Proponha que ditem coletivamente um texto sobre o que aprende-
ram a respeito das bruxas até então. Permita que nesse momento as
crianças tenham os contos para consultar e ver como as informações
são escritas.
5ª etapa
6ª etapa
Escolha alguns textos com problemas de escrita – como o escasso
uso de recursos descritivos – e discuta. Depois, oriente a revisão. Os
alunos das duplas devem se alternar para reescrever o texto definitivo.
Sugira que finalizem o desenho. Reúna os trabalhos escritos e as ilus-
trações e monte a galeria.
Atividade I
Retome o Projeto: Galeria de bruxas e ao invés de trabalhar com contos trabalhe
dica. utilize o bloco
com Crônicas. Faça as adaptações necessárias ao gênero e a série que você de anotações para
escolheu. Em seguida, elabore o seu Projeto. responder as atividades!
Autoavaliação
Com base nos estudos realizados nesta unidade, convido você a fazer um
comentário sobre o fragmento de reportagem abaixo. Avalie seu comentário e
se sentir dificuldade releia a unidade.