Gabarito da Lista 03 de MAT 2453

Prof. Jean Cerqueira Berni∗

“Eu vejo, eu esqueço. Eu escrevo, eu lembro. Eu faço, eu aprendo.”

(1) Com o auxílio de uma calculadora, determinar um valor de n0 ∈ N tal que, para todo
n > n0 as desigualdades abaixo sejam válidas:

√
(a) | n 0.5 − 1| < 10−3 ;

Solução: Tem-se:

√ √ √
| 0.5 − 1| < 10−3 ⇐⇒ 1 − 10−3 < 0.5 < 1 + 10−3 ⇐⇒ 0.999 < 0.5 < 1.001
n n n

⇐⇒ (0.999)n < 0.5 < (1.001)n

Duas condições, portanto, devem ser satisfeitas simultaneamente: (0.999)n < 0.5 e
0.5 < (1.001)n . Estas inequações são equivalentes (devido à bijetividade da função
logarítmica) às inequações:

log1.001 0.5 < n, que sempre ocorre, pois log1.001 (0.5) < 0
e:

log0.999 (0.5) < n

A inequação acima se inverteu porque a função logarítmica com base entre 0 e 1 é
estritamente decrescente, ou seja, (0.999)n < 0.5 ⇒ log0.999 (0.5) < log0.999 (0.999)n =
n. Com o auxílio de uma calculadora, obtemos log0.999 0.5 ≈ 693
(b) (0.9)n < 10−3

Procedemos analogamente ao item (a): tem-se que:

(0.9)n < 0.001 ⇐⇒ log0.9 (1.001) < n ⇐⇒ 66 < n

∗ jeancb@ime.usp.br

1
  
1
(c)  − 0 < 10−6

n!
Solução: Tem-se:
 
1 
 − 0 < 0.000001 ⇐⇒ 1000000 < n!
 n! 

Verifica-se, por inspeção, que se 9 < n então 1000000 < n!, e basta tomarmos
n0 = 9.
 
1 
(d)  n − 0 < 0.001.

2
Solução: Tem-se:
 
1
 − 0 < 0.001 ⇐⇒ −0.001 < 1 < 0.001

 2n  2n
Com o auxílio de uma calculadora, verifica-se que log 1 (0.001) ≈ 10. Assim, basta
2
tomarmos n0 = 10.

(2) Calcular os seguintes limites, justificando cada passo:

(a) limx→2 (3x + 1) = 7 x n − x0n

(e) limx→ x0 , onde n ∈ N
x2 − 9 x − x0
(b) limx→3 √ √
x−3 4
x− 4 2
3x + 5 (f) limx→2
(c) limx→1 x−2
4x − 2
x3 + 1 x3 + 1
(d) limx→−1 2 (g) limx→−1
x −1 x2 + 4x + 3

Solução:

(a): A função f ( x ) = 3x + 1 é polinomial, de modo que é contínua em qualquer ponto

do seu domínio. O limite será igual a f (2) = 3 · 2 + 1 = 7, ou seja, limx→2 (3x + 1) =
3 · 2 + 1 = 7.
x2 − 9
(b): A função g( x ) = não está definida em x0 = 3. No entanto, note que para
x−3
qualquer x 6= 3 tem-se:

x2 − 9 ( x + 3) · ( x − 3)
= = x + 3,
x−3 ( x − 3)

2
Como essas funções coincidem em todo ponto, exceto em 3, segue dO Teorema que:

x2 − 9
lim = lim ( x + 3)
x →3 x − 3 x →3

Como a função x 7→ x + 3 é contínua (por ser polinomial), segue que:

lim ( x + 3) = 3 + 3 = 6
x →3

e assim:

x2 − 9
lim = lim ( x + 3) = 3 + 3 = 6.
x →3 x − 3 x →3

(c): Notamos aqui que 4 · 1 − 2 = 4 − 2 = 2 6= 0, de modo que 1 pertence ao domínio da

3x + 5
função fracional x 7→ , e como esta função é contínua, segue que:
4x − 2
3x + 5 3·1+5 8
lim = = = 4.
x →1 4x − 2 4·1−2 2
(d): Tem-se que −1 zera o denominador da expressão acima, de modo que não pertence
ao domínio da função racional. Vamos, então, simplificar a expressão. Para todo x 6= −1
e x 6= 1 vale:

x3 + 1 ( x 2 − x + 1) · ( x + 1) x2 − x + 1
= =
x2 − 1 ( x + 1) · ( x − 1) x−1

Como a função x 7→ ( x3 + 1)/( x2 − 1) coincide com x 7→ ( x2 − x + 1)/( x − 1) em

] − 2, 0[\{−1}, segue dO Teorema que:

x3 + 1 x2 − x + 1 3
lim 2
= lim =− .
x →−1 x − 1 x →−1 x−1 2
(e): Recorde que:

x n − x 0 n = ( x − x 0 ) · ( x n −1 + x n −2 · x 0 + x n −3 · x 0 2 + · · · + x 2 · x 0 n −3 + x · x 0 n −2 + x 0 n −1 )

de modo que, para qualquer x 6= x0 tem-se:

x n − x0 n
= x n −1 + x n −2 · x 0 + x n −3 · x 0 2 + · · · + x 2 · x 0 n −3 + x · x 0 n −2 + x 0 n −1
x − x0

3
 e pelO Teorema, tem-se:

x n − x0 n
lim = lim x n−1 + x n−2 · x0 + x n−3 · x0 2 + · · · + x2 · x0 n−3 + x · x0 n−2 + x0 n−1
x → x0 x − x0 x → x0

e como a função é contínua, tem-se:

lim x n−1 + x n−2 · x0 + x n−3 · x0 2 + · · · + x2 · x0 n−3 + x · x0 n−2 + x0 n−1 = n · x0 n−1 .

x → x0

(f): Tem-se que:

√
4
√
4 √ √ √ √
4 √ √
4
x− 2 = ( x + 2) · ( 4 x + 2) · ( 4 x − 2)

de modo que, para qualquer x 6= 2 vale:

√ √ √ √
4
x− 4 2 4
x− 4 2
= √ √ √ √ √ √
x−2 ( x + 2) · ( 4 x + 4 2) · ( 4 x − 4 2)
e portanto, pelO Teorema:
√ √
4
x− 4 2 1 1
lim = lim √ √ √ √ = √
x →2 x−2 x →2 ( x + 2 ) · ( 4 x + 4 2 ) 4
4 23
(g): Temos, para qualquer x 6= −1 e x 6= −3:

x3 + 1 ( x 2 − x + 1) · ( x + 1) x2 − x + 1
= =
x2 + 4x + 3 ( x + 1) · ( x + 3) x+3

e portanto, pelO Teorema:

x3 + 1 x2 − x + 1 3
lim 2
= lim =
x →−1 x + 4x + 3 x →−1 x+3 2
(3) A função:

f : R →R (
2x, se x ≤ 1,
x 7→
1, se x > 1

4
 é contínua em x0 = 1? Justifique.

Solução: Sabe-se que as funções h( x ) = 2x, x ∈] − ∞, 1] e g( x ) = 1, x ∈]1, ∞[ são ambas

contínuas. O único ponto onde pode haver descontinuidade é, portanto, x0 = 1. Para
verificar se o limite existe e é igual ao valor de f (1) = 2 · 1, calculamos os limites laterais:

lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim 2x = 2

x →1− x →1 x →1
x <1

lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim 1 = 1

x →1+ x →1 x →1
x >1

Como os limites laterais são distintos, segue que o limite não existe, e a função não é
contínua em x0 = 1.
√
(5) Dado ε > 0, procure um intervalo I =]4 − δ, 4[ tal que se x ∈]4 − δ, 4[, então 4 − x < ε.
De que limite se está verificando a existência e qual é o seu valor?
√
Solução: Tem-se 4 − x < ε se, e somente se, 4 − x < ε2 , de onde se conclui que
4√− ε2 < x. Assim, tomar δ = ε2 é suficiente para garantir que x ∈]4 − ε2 , 4[ implica
4 − x < ε. Aqui estamos verificando que:
√
lim 4 − x = 0
x →4−

(6) Dado
√ ε > 0, procure um intervalo I =]5, 5 + δ[, δ > 0, tal que se x ∈]5, 5 + δ[, então
x − 5 < ε. De que limite se está verificando a existência e qual é o seu valor?

√
Solução: Tem-se x − 5 < ε se, e somente se, x − 5 < ε2 , de onde se conclui que
x < 5 + ε2 . Assim, tomar δ = ε2 é suficiente para garantir que x ∈]5, 5 + ε2 [ implica
√
x − 5 < ε. Aqui estamos verificando que:
√
lim x − 5 = 0
x →5+

f (x)
(7) Se limx→−2 = 1, calcule:
x2
(a) limx→−2 f ( x )

Solução: Como o limite do produto é o produto dos limites, segue que limx→−2 f ( x ) =
x2 · f ( x )
 
2

f (x)
limx→−2 = limx→−2 x · limx→−1 2 = 4 · 1 = 4.
x2 x

5
 f (x)
(b) limx→−2
x
f (x)
Solução: Como o limite do produto é o produto dos limites, segue que limx→−2 =
x
x · f (x)
 
f (x)
limx→−2 = (limx→−2 x ) · limx→−2 2 = −2 · 1 = −2.
x2 x
(8) Seja:
(
3 − x, se x < 2
f (x) = x
+ 1, se x > 2
2
(a) Determine limx→2− f ( x ) e limx→2+ f ( x );

Solução: Temos:

lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim 3 − x = 3 − 2 = 1.

x →2− x →2 x →2
x <2 x <2

x 2
lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim + 1 = + 1 = 2.
x → 2+ x →2 x →2 2 2
x >2 x >2

(b) Existe limx→2 f ( x )? Se sim, qual é? Se não, por quê?

Solução: O limite não existe porque os limites laterais são distintos.

(c) Determine limx→4− f ( x ) e limx→4+ f ( x )

Solução: Temos:
x
lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim + 1 = 2 + 1 = 3.
x →4− x →4 x →4 x →4 2
x <4 2< x <4
x
lim f ( x ) = lim f ( x ) = lim + 1 = 2 + 1 = 3.
x →4+ x →4 x →4 2
x >4

(d) Existe limx→4 f ( x )? Se sim, qual é? Se não, por quê?

Solução: Como os limites laterais coincidem, o limite existe e é igual a 3.

(9) Calcular os seguintes limites, justificando as passagens:

6
 sin(3x )
(a) limx→0
x
Solução: Temos, para todo x 6= 0:

sin(3x ) 3 sin(3x ) sin(3x )

= · = 3·
x 3 x 3x
Fazendo u( x ) = 3x, tem-se limx→0 u( x ) = 0, de modo que:

sin(3x ) sin(3x ) sin(3x ) sin(u)

lim = lim 3 = 3 · lim = lim = 3 · 1 = 3.
x →0 x x →0 3x x →0 3x u →0 u
sin(5x )
(b) limx→0
sin(3x )
Solução: Temos, para todo x 6= 0, ± n3·π , para n ∈ Z:

sin(5x )
sin(5x ) x sin(5x ) x
= · = sin(3x )
sin(3x ) x sin(3x )
x
e portanto:

sin(5x )
sin(5x ) x sin(5x ) x
lim = lim · = lim sin(3x )
x →0 sin(3x ) x →0 x sin(3x ) x →0
x
e:

sin(5x ) sin(5x ) sin(5x )

· 55 5 · limx→0
lim x = lim x = 5x
x →0 sin(3x ) x →0 sin(3x ) · 33 sin(3x )
3 · limx→0 3x
x x
Fazendo u( x ) = 5x, tem-se limx→0 u( x ) = 0, e fazendo v( x ) = 3x, tem-se limx→0 v( x ) =
0 de modo que:

sin(5x ) sin(5x ) sin(5x ) sin(u)

lim = lim 5 = 5 · lim = 5 · lim = 5 · 1 = 5.
x →0 x x →0 5x x →0 5x u →0 u
sin(3x ) sin(3x ) sin(3x ) sin(v)
lim = lim 3 = 3 · lim = 3 · lim = 3 · 1 = 3.
x →0 x x →0 3x x →0 3x u →0 v
1 − cos( x )
(c) limx→0
x2
Solução: Para todo x 6= 0 tem-se:

7
 1 − cos( x ) 1 − cos( x ) 1 + cos( x ) 1 − cos2 ( x ) sin2 ( x ) 1
2
= 2
· = 2
= 2
·
x x 1 + cos( x ) x · (1 + cos( x )) x 1 + cos( x )

de modo que:

1 − cos( x ) sin2 ( x ) 1 sin2 ( x ) 1

lim 2
= lim 2
· = lim 2
· lim
x →0 x x →0 x 1 + cos( x ) x →0 x x →0 1 + cos( x )

se cada limite existir e for um número real. Note que:

lim 1 + cos( x ) = 1 + cos(0) = 2

x →0

e portanto:

1 1
lim =
x →0 1 + cos( x ) 2
Também:

x 7→ x2
é contínua
2  2
sin2 ( x ) ↑

sin( x ) sin( x )
lim = lim = lim = 12 = 1.
x →0 x2 x →0 x x →0 x
e portanto:

1 − cos( x ) sin2 ( x ) 1 1 1
lim 2
= lim 2
· lim = 1· = .
x →0 x x →0 x x →0 1 + cos( x ) 2 2
tan( x ) − sin( x )
(d) limx→0
x3
n·π
Solução: Tem-se, para todo x 6= 2 ,n ímpar:
 
sin( x ) 1
tan( x ) − sin( x ) = − sin( x ) = sin( x ) · −1
cos( x ) cos( x )
de modo que:

   
1 1
sin( x ) · −1 −1
tan( x ) − sin( x ) cos( x ) sin( x ) cos( x )
lim = lim = lim · =
x →0 x3 x →0 x · x2 x →0 x x2

8
  
1
−1
sin( x ) cos( x )
= lim · lim
x →0 x x →0 x2
contanto que cada limite exista e seja um número real. Mas:

sin( x )
lim =1
x →0 x

1 − cos( x ) (1 − cos( x )) · (1 + cos( x ))

   
1
−1
cos( x ) cos( x ) cos( x ) · (1 + cos( x ))
lim = lim = lim =
x →0 x2 x →0 x2 x →0 x2

sin2 ( x ) sin2 ( x ) 1 1 1
= lim 2
= lim 2
· lim = 1· =
x →0 x · cos( x ) · (1 + cos( x )) x →0 x x →0 cos( x ) · (1 + cos( x )) 1 · (1 + 1) 2
 
1
(e) limx→0 x · sin
x
Solução: Temos, para todo x 6= 0:
 
1
    sin
1 1 1 x
x · sin = 1 · sin = 1
x x
x x
 
1
sin
sin( x ) x
Observação: limx→0 = 1 = limx→∞ 1
= 1.
x x
Assim, fazendo u = 1x , tem-se limx→ u( x ) = 0, e portanto:
 
1
sin
x sin(u)
lim 1
= lim = 1.
x →∞ u →0 u
x

(10) Preencha os espaços em branco na demonstração de que limx→2 ( x2 − 3x ) = −2:

9
 
“Seja ε > 0 dado. Tome δ = min 3, 4ε . Se x satisfaz 0 < | x − 2| < δ então:

|( x2 − 3x ) − (−2)| = | x2 − 3x + 2| =
= | x − 1| · | x − 2|, (pois x2 − 3x + 2 = ( x − 1) · ( x − 2))
≤ (| x − 2| + 1) · | x − 2| (pois | x − 1| = | x − 2 + 2 − 1| ≤ | x − 2| + |1| = | x − 2| + 1)
< (3 + 1) · | x − 2|, (pois | x − 2| ≤ 3 ⇒ | x − 2| + 1 ≤ 3 + 1)
≤ 4δ, (pois | x − 2| < δ)
ε ε
≤ 4 , (pois δ ≤ ) =
4 4
= ε00

(11) Neste exercício você vai demonstrar que:

lim ( x3 − 4) = −3
x →1

(Passo 1) Dado ε > 0, encontre uma condição suficiente para que ocorra:

|( x3 − 4) − (−3)| < ε
Dica: expresse esta condição em termos de uma desigualdade envolvendo | x − 1|.

Solução: Temos |( x3 − 4) − (−3)| = | x3 − 4 + 3| = | x3 + 1| = |( x − 1) · ( x2 + x + 1)|.

Assim, uma condição equivalente, e portanto suficiente, é | x − 1| · | x2 + x + 1| < ε.
(Passo 2) Encontre o valor mínimo, M, assumido por x2 + x + 1;

Solução: usamos a fórmula para encontrar o vértice da parábola de equação y =

x2 + x + 1, e encontramos x = −1/2, correspondendo ao valor mínimo M = 43 .
(Passo 3) Encontre algum η > 0 tal que x ∈]1 − η, 1 + η [ implique 0 < M ≤ x2 + x + 1 ≤ 5.

Dica: Desenhe o gráfico da função f ( x ) = x2 + x + 1.

Temos:

10
 y
5

3 y = x2 + x + 1

1 3 P
4

−1− 12 1 − 12
1 1 + 12
2 3 4 5 x
−1

Podemos escolher qualquer número real η tal que se 1 − η < x < 1 + η então:
3 2
4 < x + x + 1 ≤ 5. Resolvendo a inequação, obtemos:
√
3 2 1 −1 + 17
≤ x + x + 1 ≤ 5 ⇐⇒ − < x <
4 2 2
√
Com o auxílio de uma √calculadora, percebemos que (−1 + 17)/2 ≈ 1.561552, de
modo que 23 < (−1 + 17)/2. Uma condição suficiente para isto pode
h ser √dadai
1 −1+ 17
expressando x em qualquer intervalo centrado em 1 e contido em 2 , 2 .
Escolhemos, por exemplo:

1 1
1− < x < 1+
2 2
√
1 −3 + 17
e η = satisfaz a condição requerida. Na verdade, qualquer η <
2 servirá.
2
(Passo 4) EPara o valor de η dado no Passo 3, encontre valores M, N ∈ R tais que:

M ≤ x2 + x + 1 ≤ N.

11
 3 2
+ 32 + 1 = 19 1 3 3
≤ | x2 + x +


Solução: Como 2 4, tem-se que se 2 ≤x≤ 2 implica 4
19
1| ≤ .
4
1
(Passo 5) Encontre um limitante superior e um limitante inferior para com x ∈
x2 + x + 1
]1 − η, 1 + η [.

3 19
Solução: Como em nosso caso tem-se 4 ≤ | x 2 + x + 1| ≤ , segue que:
4
4 1 4
≤ 2 ≤
19 | x + x + 1| 3

(Passo 6) Determine um δ (em termos de ε) tal que 0 < | x − 1| < δ ⇒ |( x3 − 4) − (−3)| < ε.
 
4ε
Solução: O Passo anterior nos sugere tomar δ = min η, . Vejamos que esta
19
condição é suficiente:
19 4
Como δ ≤ η, tem-se que | x − 1| < δ implica | x2 + x + 1| ≤ , e como δ ≤ ε,
4 19
4ε
tem-se | x − 1| < 19
Assim, se | x − 1| < δ, então:

19 19 4ε
|( x3 − 4) − (−3)| = | x − 1| · | x2 + x + 1| < · | x 2 + x + 1| < · =ε
4 4 19

12