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Resenha do artigo “Evolução do empreendedorismo no brasil baseada nos indicadores

do Global Entrepreneurship Monitor (GEM)”

O artigo buscou evidenciar, de forma muito compreensível, a evolução do empreendedorismo


no Brasil nos últimos 13 anos (2001 até 2013), tendo em vista que esse assunto afeta milhões
de brasileiros. Foi utilizado para o estudo dados secundários obtidos pelas pesquisas do
Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Os autores sabiamente entenderam que, de alguma forma, o empreendedorismo
influenciava o crescimento e desenvolvimento do país. Assim, tornou-se importante estudar e
conhecer a atividade empreendedora, bem como o perfil do empreendedor, pois sabendo
dessas informações haveria uma contribuição positiva para identificar as estimativas desta
atividade e, desse modo, ajudar a sociedade brasileira. Os indicadores do Global
Entrepreneurship Monitor (GEM) tornou possível uma melhor visão da realidade, esse
projeto é considerado o mais ambicioso e de maior impacto até o momento no que se refere
ao acompanhamento do empreendedorismo nos países.
Segundo Silva et al. (apud GEM, 2017, p. 36, grifo nosso) “os empreendedores podem ser
orientados por oportunidade, quando motivados pela percepção de um nicho de
mercado em potencial, ou por necessidade, quando motivados pela falta [...] de trabalho e
renda”.
De acordo com Silva et al. (apud SCHUMPETER❑1, 1949) “o empreendedor é aquele que
destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela
criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”.
Através desses referenciais teóricos, os autores puderam conhecer, de forma minuciosa, o
perfil do empreendedor brasileiro. Segundo Silva et al. (apud LIMA E MENDES, 2003) os
perfis dos empreendedores de PME’s brasileiras podem ser caracterizados como: “bem
intencionados, porém amadores, empíricos, sem planejamento, desinformados, sem
capacitação, resistentes às mudanças, inovações e com baixa escolaridade”.
Assim, a classificação utilizada, de forma perfeita, pelo GEM aos empreendedores foi da
seguinte forma: o primeiro grupo foi classificado como empreendedores por oportunidade, é
o grupo daqueles que identificam no ambiente alguma oportunidade para ser explorada e são,
geralmente, movidos pelo desejo de realização, e o outro grupo por necessidade, o qual o faz
por falta de alternativas de trabalho no mercado formal ou informal.
Os resultados obtidos pelo GEM dos anos de 2001 até 2013, analisaram a evolução do
empreendedorismo no Brasil. Em 2001, a maior parcela dos empreendedores eram
1 SCHUMPETER, J. A.. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito,
juro e o ciclo econômico. São Paulo: Nova Cultura, 1997.
masculinos, mas em 2013 esse número foi equiparado. Tratando-se dos empreendedores
iniciais por faixa etária em relação ao total de empreendedores no Brasil, em 2001, a maior
parte dos empreendedores tinham entre 35 e 44 anos de idade, e no ano de 2013, a maior
parte dos empreendedores tinham entre 25 e 34 anos de idade. Uma mudança que revela a
vontade dos indivíduos mais novos de se tornarem empreendedores.
Com base nas análises realizadas dos relatórios do GEM entre 2001 e 2013, os resultados são
favoráveis ao empreendedorismo no Brasil. O país pode apresentar um crescimento
significativo em relação ao empreendedorismo, como também um avanço da contribuição do
sexo feminino na economia. Contudo, a elevada burocracia e a elevada carga tributária do
país são fatores que podem atenuar o crescimento do empreendedorismo no Brasil.

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