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2 2020
OSTEOARTRITE NA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR: REVISÃO DE LITERATURA
SOBRE OS FATORES ETIOLÓGICOS
OSTEOARTHRITIS IN THE TEMPOROMANDIBULAR JOINT: A REVIEW OF THE
LITERATURE ON THE ETIOLOGICAL FACTORS
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Universidade Federal de Santa Catarina
anapaula.martins@ufjf.edu.br
RESUMO
A osteoartrite é uma patologia articular que acomete a articulação temporomandibular - ATM,
caracterizando-se pela deterioração e abrasão da cartilagem articular, com espessamento e
remodelação local do osso subjacente. Dessa forma, o propósito desse estudo foi realizar uma revisão de
literatura com enfoque nos fatores etiológicos da osteoartrite relacionados à ATM. O primeiro fator é a
capacidade adaptativa do indivíduo, que está associada à condição geral de saúde, que quando diminuída
contribui para alteração no remodelamento da ATM, mesmo quando as tensões biomecânicas estão
dentro da tolerância fisiológica normal. Doenças sistêmicas podem influenciar o metabolismo da
fibrocartilagem, afetando a capacidade de adaptação da articulação e provocando distúrbios
degenerativos. Os fatores mecânicos (macrotraumas; parafunção; microtraumas) causam mudanças
estruturais. Nos casos de macrotraumas, na região condilar, podem causar degeneração da cartilagem
articular e produção de mediadores inflamatórios e de dor. A parafunção produz compressão anormal e
forças de cisalhamento capazes de iniciar o deslocamento do disco e alterações degenerativas da
eminência condilar e articular. O mecanismo de sobrecarga funcional promove o colapso da lubrificação
da articulação, devido a degradação do ácido hialurônico pelos radicais livres. A influência hormonal, o
sexo feminino pode estar predisposto ao remodelamento disfuncional da ATM, e essa preponderância
sugere um possível papel dos hormônios sexuais (estrogênio; prolactina) como moduladores dessa
resposta. Assim, baseado na literatura, conclui-se que dentre os fatores etiológicos da osteoartrite, a
sobrecarga mecânica é considerada a causa mais comum das alterações degenerativas que provocam
mudanças estruturais e funcionais.
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ABSTRACT
Osteoarthritis is a joint pathology that affects the temporomandibular joint (TMJ), characterized by
deterioration and abrasion of the articular cartilage, with local thickening and remodeling of the
underlying bone. Thus, the purpose of this study was to perform a literature review focusing on the
etiological factors of the osteoarthritis related to TMJ. The first factor is the adaptive capacity of the
individual, which is associated with their general health condition, which when reduced contributes to a
change in TMJ remodeling, even when biomechanical stresses are within normal physiological tolerance.
Systemic diseases may influence the metabolism of fibrocartilage, affecting the adaptive capacity of the
TMJ and causing degenerative disorders. Mechanical factors (macrotraumas, parafunction,
microtraumas) cause changes in the structure of the joint. In cases of macrotraumas, in the condylar
region, they can cause degeneration of the articular cartilage and the production of inflammatory
mediators and pain. The parafunction produces abnormal compression and shear forces capable of
initiating disc displacement and degenerative changes of the condylar and articular eminence. The
mechanism of functional overload promotes the collapse of joint lubrication, due to the degradation of
hyaluronic acid by free radicals. The female hormonal influence may be predisposed to the dysfunctional
remodeling of TMJ, and this preponderance suggests a possible role of sex hormones (estrogen and
prolactin) as modulators of this response. Thus, based on the literature, it is concluded that among the
etiological factors of osteoarthritis, mechanical overload is considered the most common cause of
degenerative changes that cause structural and functional changes.
INTRODUÇÃO
A osteoartrite (OA) é uma A OA na ATM pode provocar dor,
patologia articular comum que afeta quando as alterações ósseas estão ativas
também a articulação temporomandibular (Wang et al., 2015; Okeson et al., 1989).
(ATM) (Tanaka et al., 2008). Quando os Além disso, disfunção, má oclusão dentária
limites fisiológicos do remodelamento são e redução na qualidade de vida relacionada
excedidos, alterações degenerativas à saúde podem estar presentes (Wang et
patológicas se desenvolverão (Milam, al., 2015), levando a uma variedade de
2005). O processo patológico, não- deformidades morfológicas e funcionais
inflamatório, é caracterizado por (Zarb e Carlsson, 1999). A OA pode ser
deterioração e abrasão da cartilagem classificada em primária, quando a causa
articular e espessamento e remodelação não pode ser determinada, ou secundária,
local do osso subjacente (Zarb e Carlsson, quando a causa real pode ser identificada
1999; Schiffman et al., 2014), assim como (Okeson et al., 1989). Em ambos os casos, à
também da eminência articular (Schiffman medida que ocorre o remodelamento
et al., 2014). Essas alterações são funcional, a condição se torna estável,
frequentemente acompanhadas pela embora as alterações ósseas ainda
superposição de alterações inflamatórias permaneçam (Nishioka et al., 2008).
secundárias (Tanaka et al., 2008). Portanto, A frequência de OA na ATM,
a osteoartrite pode ser uma via final segundo Abrahamsson et al., 2017, foi de
comum para várias condições articulares, 44% para o autorrelato dos sintomas e 67%
incluindo distúrbios inflamatórios, quando se utilizou a tomografia
endócrinos, metabólicos, de computadorizada (TC) cone beam para
desenvolvimento e biomecânicos (Zarb e diagnóstico. A OA na ATM apresenta uma
Carlsson, 1999). alta predominância no sexo feminino (Israel
et al., 1998; Manfredini et al., 2010; Zhao et
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al., 2011; Kim et al., 2016), e afeta apresentando, assim, significado clínico
principalmente mulheres após a puberdade (Brooks et al., 1992).
e durante os anos reprodutivos (Warren e A presença de crepitação que define
Fried, 2001; Nekora -Azak, 2004; Kapila et clinicamente a OA na ATM pode estar
al., 2009). Na idade mais avançada, tem ausente, e sua definição clínica é
sido sugerido que a idade poderia refletir consistentemente relatada como de baixa
um acúmulo intrínseco de dano tecidual sensibilidade ao usar o diagnóstico
devido a um declínio gradual nas radiológico como padrão-ouro (Schiffman
capacidades celulares de adaptação (Luder, et al., 2014). Segundo Laheim et al. (2015),
2002). os achados radiológicos e os sintomas da
Para o diagnóstico de OA na ATM, ATM são pouco correlacionados.
a Academia Americana de Dor Orofacial Em virtude das severas consequências
(AAOP) elegeu que o indivíduo precisa clínicas da OA e da ampla faixa etária de
enquadrar-se em alguns critérios, acometimento, o objetivo dessa revisão de
considerando a necessidade de apresentar literatura foi apresentar os fatores
pelo menos uma das seguintes condições: etiológicos relacionados à ATM.
presença de qualquer ruído articular, nos
últimos 30 dias, durante movimento REVISÃO DE LITERATURA
mandibular ou função; ou relato de
qualquer ruído presente durante o exame. Acredita-se que a ATM esteja em
Durante o exame clínico, deve-se detectar, constante estado de remodelação
durante a palpação, a presença de (turnover da matriz celular e extracelular)
crepitação em pelo menos 1 dos (Arnett et al., 1996). O principal objetivo da
movimentos de abertura, fechamento, remodelação é manter relações funcionais
lateralidade direita e esquerda ou protrusão e mecânicas entre as superfícies articulares.
(Schiffman et al., 2014). Quando o O remodelamento é uma resposta
diagnóstico necessita ser confirmado, a biológica essencial às demandas funcionais
tomografia computadorizada é normais, garantindo a homeostase da
considerada como meio mais confiável forma e função articular e as relações
(Ahmad et al., 2009), apresenta pelo menos funcionais e oclusais (Milam et al., 1995;
um dos seguintes achados: cisto Smartt et al., 2005). Além disso, o
subcondral, esclerose generalizada ou remodelamento pode ocorrer na presença
osteófito (Schiffman et al., 2014). de mudanças na capacidade adaptativa do
Achatamento e/ou esclerose hospedeiro (Milam et al., 1995) ou há
cortical são considerados achados aumento de carga na ATM, estimulando a
indeterminados para doença degenerativa síntese de matrizes extracelulares
articular e pode representar variação (Stegenga et al., 1989; Milam et al., 1995).
normal, idade, remodelação ou precursor O estresse mecânico excessivo
para doença articular degenerativa inicial também pode provocar desequilíbrio na
(Schiffman et al., 2014). Um estudo homeostase, mesmo na ausência de
epidemiológico mostrou que o fatores predisponentes (Arnett et al.,
achatamento mínimo do côndilo e / ou 1996a; Milam et al., 1995).
eminência foi observado em 35% das ATMs Os mecanismos moleculares
em pessoas assintomáticas, não exatos da doença degenerativa da ATM não
são completamente conhecidos. São
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Além disso, na cartilagem condilar com (Vuorio et al., 1982). Os radicais livres
osteoartrose da ATM, o número de vasos rapidamente despolimerizam o ácido
sanguíneos e osteoclastos está aumentado hialurônico in vitro, o que pode implicar na
na área subjacente à camada de células degradação do ácido hialurônico in vivo.
hipertróficas, onde vários condrócitos Além disso, a degradação do ácido
expressando VEGF são detectados (Tanaka hialurônico pode levar à destruição da
et al., 2005a). Uma vez que o VEGF cartilagem em termos da expressão
desempenha um papel importante não aumentada de MMPs (Ohno-Nakahara et
apenas no recrutamento de células al., 2004). Como nem fluidos sinoviais
endoteliais, mas também no recrutamento saudáveis nem inflamatórios contêm
de osteoclastos (Niida et al., 1999), o VEGF atividade de hialuronidase, presume-se que
tem função de sobreposição no suporte da espécies reativas de radicais oxidativos
reabsorção óssea osteoclástica. Então, o causem despolimerização do ácido
aumento nos osteoclastos estimulados hialurônico (McNeil et al., 1985).
pelo VEGF pode induzir a destruição da Várias citocinas pró-inflamatórias
cartilagem, facilitando a invasão vascular foram detectadas no líquido sinovial obtido
na cartilagem condilar (Tanaka et a., 2008). de pessoas com desarranjo interno da ATM
A sobrecarga também causa o e osteoartrite (Kubota et al., 1998; Hamada
colapso da lubrificação da articulação, et al., 2006). Destas citocinas, o fator de
como resultado da degradação do ácido necrose tumoral e interleucina-1 e -6,
hialurônico pelos radicais livres (Nitzan, produzidas principalmente por macrófagos
2001). Com a sobrecarga, o aumento da estimulados, desempenham papéis cruciais
pressão intra-articular, quando excede a na patogênese da artrite reumatoide e da
pressão de perfusão capilar, causa hipóxia osteoartrite, no que diz respeito à
temporária, que é corrigida pela aceleração e progressão da degradação da
reoxigenação na cessação da degradação cartilagem, pois promovem a reabsorção
pela sobrecarga. Foi relatado que esse ciclo óssea através da diferenciação e ativação
de hipoxia-reperfusão libera espécies de de osteoclastos (Boyle et al., 2003).
radicais oxidativas reativas não A inflamação neurogênica tem sido
enzimaticamente (Grootveld et al., 1991). citada como uma possível mediadora da
Entre outros efeitos das espécies reativas alteração morfológica condilar (Kido et al.,
de radicais oxidativos nas articulações 1993). A tração ou compressão de terminais
sinoviais estão a inibição da biossíntese e nervosos periféricos na articulação pode
degradação do ácido hialurônico, ambos evocar a liberação de neuropeptídeos
causando acentuada redução na (substância P, peptídeo relacionado ao
viscosidade do líquido sinovial (Grootveld gene da calcitonina [CGRP]) nos tecidos
et al., 1991). circundantes. Esses neuropeptídeos
É provável que ocorra degradação causam hipotensão local, levando ao
do ácido hialurônico nas articulações extravasamento de plasma e à migração de
patológicas devido à despolimerização da leucócitos dos capilares. Essas células
cadeia do ácido hialurônico pela presença migratórias iniciam uma reação
de espécies reativas de radicais livres inflamatória, tipificada pela síntese e
oxidantes (McNeil et al., 1985; Kawai et al., secreção de citocinas pró-inflamatórias
2000) ou à biossíntese anormal do ácido (interleucina-1 [IL-1], fator de necrose
hialurônico pelas células sinoviais tipo B tumoral [TNF]) (Basbaum & Levine, 1991;
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Laurenzi et al., 1990; Lotz et al., 1988; Said, μg / dia. Descobriram que E2 agravou OA
1990; Yaksh, 1988; Cavagnaro et al., 1989; na TMJ induzida por IAM em ratos OVX. E2
Jonakait & Schotland, 1990; Eskay & Eide, potencializou histopatologicamente e
1992). Estas citocinas podem, por sua vez, radiograficamente a degradação da
estimular a produção, liberação e/ou cartilagem e a erosão do osso subcondral e
ativação da enzima que degrada a matriz, a esclerose da OA na TMJ induzida por IAM.
bem como ativar tanto a fosfolipase A2 Além disso, E2 potencializou a expressão
como a ciclooxigenase, levando à produção dos genes pró-apoptóticos na família de
de prostaglandinas e leucotrienos. receptores de morte na cartilagem
As prostaglandinas, como a PGE2, condilar. O antagonista do receptor de
podem sensibilizar os terminais nervosos estrogênio ICI 182780 bloqueou
periféricos da região, levando a uma parcialmente os efeitos de E2 na OA da TMJ
contínua liberação de neuropeptídeos pró- e na expressão dos genes pró-apoptóticos,
inflamatórios. Os neuropeptídios atraem as demonstrando que o E2 agrava a AO na
células progenitoras de osteoclastos e TMJ em um modelo animal. Este estudo
osteoblastos para a área afetada, revelou os efeitos prejudiciais do
sustentando, assim, o processo estrogênio na degradação da cartilagem e
inflamatório. As citocinas inflamatórias na erosão do osso subcondral e na esclerose
podem aumentar a síntese desses da OA na TMJ induzida por IAM em ratos.
neuropeptídeos em um mecanismo de Kapila et al (2009) evidenciaram que o
retroalimentação positiva (Cavagnaro et estrogênio induz metaloproteinases da
al., 1989; Jonakait & Schotland, 1990; matriz no disco da ATM, o que sugere que o
Eskay & Eide, 1992). Portanto, o processo estrogênio pode contribuir seletivamente
inflamatório produzido pela estimulação de para as doenças da ATM.
terminais nervosos periféricos na ATM Por fim, como visto a osteoartrite
pode levar a um ciclo de autoperpetuação possui caráter multifatorial, estando
(Nishioka et al., 2008; Takahashi et al., relacionada com uma gama de fatores que
1998). predispõem o desenvolvimento da doença.
A familiarização do profissional, cirurgião
Influência Hormonal dentista, com os agentes causais é
O sexo feminino pode estar imprescindível para otimização da
predisposto ao remodelamento capacidade de diagnosticar, planejar e
disfuncional da ATM, e essa tratar o indivíduo acometido pela
preponderância sugere um possível papel enfermidade.
dos hormônios sexuais (isto é, estrogênio,
prolactina) como moduladores dessa
resposta (Arnett et al., 1990). CONCLUSÃO
Wang et al (2013) examinaram os efeitos do De acordo com a literatura revisada,
estrogênio na OA na TMJ induzida por doenças sistêmicas, processos de
iodoacetato monossódico (IAM). Ratas envelhecimento, fatores hormonais e
foram distribuídas aleatoriamente e comportamentais e a sobrecarga mecânica
igualmente em 5 grupos: ratos controle, representam os principais grupos de
ovariectomizados e ovariectomizados fatores etiológicos da osteoartrite na ATM.
tratados, respectivamente, com 17β- Desses, a sobrecarga mecânica é
estradiol (E2) nas doses de 0 μg, 20 μg e 80 considerada como o fator mais comumente
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