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Introdução

à pesquisa
sobre musicoterapia no
contexto do autismo

Dr. Gustavo Schulz


Gattino
Introdução

• A pesquisa em musicoterapia no contexto do autismo está em um momento de desenvolvimento


importante.

• Maior do que há dez anos atrás.

• Muito lento em comparação com outras áreas.


Um pouco sobre a história das pesquisas sobre
musicoterapia no contexto do autismo
• Teve o seu início junto a sistematização da profissão no período entre guerras.

• Estudos sobre os efeitos da música no contexto do autismo nos primeiros estudos.

• Desenvolvimento inicial nos Estados Unidos e no Reino Unido.

• Os estudos teóricos tiveram um papel fundamental desde o início da sistematização.


Um pouco sobre a história das pesquisas sobre
musicoterapia no contexto do autismo
• Apenas na década de 80 os estudos qualitativos tiveram um papel importante na área.

• Primeiras revisões sistemáticas a partir de 2004.

• Estudos quantitativos padrão-ouro (ensaios controlados randomizados) foram mais comuns a partir
de 2010.

• Em 2017 foi publicado o principal estudo sobre o tema (TIME-A).

• Em 2018, foi publicado o primeiro estudo com evidências neurológicas dos efeitos da musicoterapia
no contexto do autismo.
Principais centros de estudos sobre musicoterapia
no contexto do autismo
• Universidade de Aalborg (Dinamarca).

• Instituto Norce/Uni Helse (Noruega).

• Universidade de Melbourne (Austrália).

• Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

• Universidade de Haifa (Israel).


Principais investigadores no campo de
musicoterapia e autismo
• Monika Geretsegger (Áustria/Noruega)

• Cristian Gold (Noruega).

• Grace Thompson (Austrália).

• John Carpente (Estados Unidos).

• Cochavit Elefant (Israel).

• Tali Gottfried (Israel)

• Ulla Holck (Dinamarca).

• Jinhah Kim (Coreia do Sul).


Principais tipos de estudos em musicoterapia

• Estudos sobre os comportamentos musicais e o processamento auditivo-musical no contexto do


autismo.

• Estudos psicométricos (sobre avaliação em musicoterapia)

• Revisões sistemáticas

• Estudos teóricos.

• Estudos qualitativos.

• Estudos quantitativos
Principais estudos realizados no presente momento

• UNMUTED:
Understanding Music-Based Interventions to Encourage Social- Emotional Development in Groups of
Adults with Autism Spectrum Disorder (Katholieke Universiteit Leuven ,Bélgica)

• Music for Autism -M4A (Norce Institute, Noruega)

• Improvisational music therapy to improve social communication in autistic children (Anglia Ruskin
University
Principais livros a serem publicados sobre
musicoterapia e autismo
• Music therapy and the autism spectrum: an integrative overview (Gustavo Schulz Gattino, Barcelona
Publishers)

• Music Therapy with Autistic Children in Aotearoa, New Zealand (Daphne Rickson)
Principais tipos das pesquisas em musicoterapia

• Estudos sobre os comportamentos musicais e o processamento auditivo-musical no contexto do


autismo.

• Revisões sistemáticas

• Estudos teóricos.

• Estudos qualitativos.

• Estudos quantitativos
Principais funções das pesquisas em musicoterapia
no contexto do autismo
• Auxiliar no estudo das diferentes práticas de avaliação, planejamento e tratamento em
musicoterapia.

• Comprovar hipóteses e perspectivas/conceitos teóricos.

• Criar perspectivas/conceitos teóricos.

• Realizar estudos para verificar aspectos subjetivos dentro do contexto do autismo.

• Realizar estudos de eficácia (situações ideais) e de eficiência (situações reais).


Principais funções das pesquisas em musicoterapia
no contexto do autismo
• Apresentar evidências quantitativas.

• Dar voz às pessoas dentro do espectro, assim como familiares e profissionais de outras áreas.

• Auxiliar na criação de políticas públicas.

• Facilitar a abertura de projetos em musicoterapia no âmbito público e privado.

• Criar novos postos de trabalho.

• Trazer informações para a prática docente sobre musicoterapia no contexto do autismo.


Algumas constatações importantes

• Existe uma grande lacuna entre quem pesquisa e quem atua na prática musicoterapêutica (ambas as
partes não sabem muito bem o que cada um faz).

• Os musicoterapeutas precisam usar as evidências de pesquisa para poder justificar a musicoterapia


como prática (tanto evidências quantitativas como relatos subjetivos).

• Faltam estudos de custo-efetividade para poder comprovar a importância da musicoterapia.


Algumas constatações importantes

• A quantidade de publicações sobre o tema ainda é pequeno em comparação com outras áreas de
atuação.

• Não existe um movimento unido dos musicoterapeutas que atuam nesta área em prol de um objetivo
comum para poder comprovar a importância da musicoterapia.

• Os musicoterapeutas que acreditam em uma perspectiva mais neurodivergente tem conflitos


conceituais e políticos com os musicoterapeutas que tem um viés mais comportamental.

• Da mesma forma, os musicoterapeuta improvisacionais tem conflitos conceituais e políticos com os


musicoterapeutas comportamentais.
Algumas constatações importantes

• Boa parte dos musicoterapeutas não conhece as principais pesquisas sobre musicoterapia e autismo.

• Muitos musicoterapeutas têm dificuldade para sintetizar e explicar a importância das pesquisas sobre
musicoterapia e autismo, bem como sobre o que elas representam.

• Existe uma certa desconfiança da comunidade científica, principalmente pelo principal estudo (com
mais participantes, TIME-A) não ter apresentado evidências importantes.

• Toda e qualquer investigação sobre musicoterapia e autismo é fundamental sobre para uma maior
desenvolvimento da disciplina.
O que os musicoterapeutas precisam saber sobre
pesquisas sobre musicoterapia no contexto do autismo?

• Resumir os principais benefícios (sejam qualitativos ou quantitativos).

• Descrever os principais conceitos teóricos de acordo com a perspectiva escolhida.

• Explicar as evidências das principais práticas de intervenção (musicoterapia improvisacional, musicoterapia


comportamental,, familiar, etc.).

• Especificar a diferença das pesquisas em relação aos diferentes perfis, faixas etárias e necessidades atendidas dentro do
espectro

• Explicar o papel da música dentro da musicoterapia no contexto do autismo segundo os dados das diferentes
investigações.

• Deixar claro o que ainda não se sabe ou que tem pouca evidência.

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