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MARTINS, José de Souza.

O tempo da fronteira retorno à controvérsia sobre o tempo histórico


da frente de expansão e da frente pioneira. Tempo Social; Ver. Sociol. USP, São Paulo, 8(1): 25-
70, maio de 1996

Segundo Alistair Hennessy (1978, p.3) as sociedades latino-americanas ainda estão no estágio
da fronteira. Isso significa que as relações sociais e políticas estão, de certo modo, marcadas
pelo movimento de expansão demográfica sobre as terras “não ocupadas” ou
“insuficientemente” ocupadas.

Na América Latina, de acordo com Martins (1996), a ultima grande fronteira corresponde a
Amazônia brasileira.

 Refletir como a fronteira destaca/evidencia as diferenças que permeiam entre sujeitos


e classes considerando suas opostas/distintas concepções e intenções.

O golpe militar estabeleceu na Amazônia um imenso cenário de ocupação territorial massiva,


violenta e rápida, processo que continuou, mesmo atenuado, com a reinstauração do regime
político civil e democrático em 1985.

 Quando se trata de concepções a fronteira evidência o que pode estar no cerne dos
conflitos: a diferença entre o direito gerado pelo trabalho na terra de posse, as terras
tradicionalmente ocupadas pelos indígenas e o direito dominante da propriedade.

A história contemporânea da fronteira, no Brasil, é a história das lutas étnicas e sociais.

O que há de sociologicamente mais relevante para caracterizar e definir a fronteira no Brasil é


a situação de conflito social. A fronteira é essencialmente o lugar da alteridade

HENNESSY, Alistair

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