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TEMA:
Formações Precâmbricas em Moçambique
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• FORMAÇÃO - Unidade fundamental da classificação litoestratigráfica, corpo rochoso
caracterizado pela relativa homogeneidade litológica, forma comumente tabular, geralmente
com continuidade lateral.
• SUÍTE - Unidade constituída pela associação de diversos tipos de uma única classe de rocha
intrusiva ou metamórfica de alto grau.
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3. Formações Precâmbricas em Moçambique
3.1 Introdução
• A geologia de Moçambique é caracterizada pela ocorrência de um
embasamento cristalino com rochas de idade Precâmbrica (Arcáico e
Proterozóico) e por rochas de idade Fanerozóica posteriores as rochas
Precâmbricas (GTK, 2006).
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Tabela.1 – Mostra a escala do tempo geológico
(idades segundo Gradstein & Ogg, 1996)
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3.1 Introdução (Continuação)
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3.1 Introdução (Continuação)
Fig.1 – Retrata as principais unidades geológicas na zona Centro de Moçambique, que segundo (GTK 2006),
6 são
designadas provisoriamente por Terreno do Gondwana Sul, Oeste e Este.
3.1 Introdução (Continuação)
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1. Complexo de Mudzi (A3Mq) (Continuação)
• As unidades mapeáveis são: rochas félsicas que compreendem monzonito,
monzodiorito, granitóides e gneisses, subordinados por rochas máficas que
incluem: gneisses granodioríticos, metagabros e anfibolitos. A idade usando o
método de U-Pb em magmas varia de 2600 a 2710 Ma.
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3. Grupo de Manica (A3M) (Cont.)
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3.2.2 Rocha Proterozóicas em Moçambique (Terreno do Gondwana Sul)
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2. Grupo de Rushinga (P1R) Cont.)
• A Formação do Rio Embuca inclui (da base ao topo): quartzito, gneisse
quartzo-feldspático, meta-arcóseo associado com anfibolito e xisto biotítico.
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3. Grupo Gairezi (P1Z) (Cont.)
• Os clastos compreendem outras rochas, como xistos, gneisses graníticos e
granodioríticos. Finas intercalações de mármore estão expostas na parte norte.
As análises de SHRIMP, sugerem uma idade máxima de 2041±15 MA e
proveniência Arcaica para sedimentos do mesmo.
4. Complexo Báruè
• Complexo Báruè (fig.3) foi subdividido em dois grupos: Grupo de Macossa e
Grupo de Chimoio.
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4. Complexo Báruè (Cont.)
• O metagranito intrusivo nos metassedimentos siliciclásticos forneceu a idade
usando SHRIMP de 1119±21 MA.
Fig.3 - Complexo Báruè - Extracto da Carta Geológica de Moçambique 1: 250 000, Folha No. 1834
(Gorongosa). Fonte: Direcção Nacional de Geologia.
5. Suite Guro
• É composta por rochas máficas e félsicas. As rochas félsicas incluem granito,
gneisse e migmatito e as rochas máficas incluem metagabro. É atribuida a idade
magmática de zircão de 867±15 MA a Suíte Guro.
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3.3 Terreno do Gondwana Oeste
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1. Grupo de Chidzolomondo (P2CD)
• Este grupo, como ilustra a figura 4, é composto por duas porções: a Sul e a
Norte.
Fig.4 - Grupo de Chidzolomondo - Extracto da Carta Geológica de Moçambique 1: 250 000, Folha No.
1834 (Gorongosa). Fonte: Direcção Nacional de Geologia.
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1. Grupo de Chidzolomondo (P2CD) (Cont.)
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2. Supergrupo de Zâmbuè (P2ZB) (Cont.)
• Grupo de Malowera consiste de uma variadade de meta-arcoses granitizados
da Formação de Metamboa que forma a unidade mais extensa deste
Supergrupo. Esta formação inclui também horizontes finos de rochas máficas
metavulcânicas.
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3. Supergrupo do Fíngoè (P2F)
• Consiste de uma grande variedade de rochas metassedimentares e
metavulcânicas. As rochas metavulcânicas mostram uma variação de
composições químicas, do basalto ao riolito.
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3. Supergrupo do Fíngoè (P2F) (Cont.)
• A Formação do Monte Rupanjaze compreende metavulcanitos máficos,
formações ferruginosas bandadas, rochas piroclásticas máficas, micaxistos e
metachertes. A Formação do Monte Muinga compreende (da base para o topo):
rochas metavulcânicas félsicas, máficas a intermédias, rochas amigdalóides
máficas e brechas vulcânicas.
• Foi obtida uma idade mínima de 1050±8 MA para este Supergrupo, a partir
de uma rocha granítica intrusiva a metavulcânica félsica. Uma idade directa e
mais precisa de 1327±16 MA para este supergrupo derivou da datação de um
seu membro metavulcânico.
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4. Grupo de Mualádzi (P2D)
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5. Grupo de Cazula (P2C)
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3.3.1 Rochas Intrusivas Irumide (Terreno do Gondwana Oeste)
• Destes dados deduz-se que a Suite do Rio Capoche pertence a uma das mais
antigas fases de magmatismo granítico na Província de Tete, apenas com os
granitos da Serra Chiúta como mais antigos.
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2. Granito da Serra Chiúta (P2CSgr)
• Nos granitóides metamorfizados da Serra Chiúta o tipo litológico é o granito
biotítico, com conteúdo variável em granada. A Sul, encontram-se restritos a
uma faixa descontínua em redor dos estratos de Chidzolomondo e a Nordeste,
encontram-se em contacto com os Granitóides do Rio Capoche.
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3. Suite de Cassacatiza (P2CZ) (Cont.)
• Estes granitóides intruem as rochas supracrustais dos Supergrupos de Zâmbuè
e do Fíngoè.
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4. Granitóides do Rio Tshafuro (P2RF) (Cont.)
• Com base na textura e na variação lateral em estrutura magmática, pode-se
inferir que os granitóides do Rio Tshafuro intruíram ao longo do contacto entre as
camadas do Grupo Chidzolomondo e os Granitos de Cassacatiza, incorporando
materiais de ambos.
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6. Granitóides da Serra Danvura (P2SD, P2SDp) (Cont.)
• São limitados pelos granitóides da Suite do Monte Sanja e pelas rochas
supracrustais do Fíngoè a norte e terminam nas rochas de cobertura do Karoo a
sul, incluindo o Granito do Monte Capirimpica.
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7. Suite de Tete (P2T) (Cont.)
• Possui uma superfície de cerca de 6.000 km2, estende-se desde os arredores
de Chitima a oeste, até quase à fronteira com o Malawi a este, atravessando o Rio
Zambeze e cobrindo a parte norte da cidade de Tete.
• A datação Sm-Nd sobre um gabro colhido pela GTK (2006) na Suite de Chipera,
considerada como sendo da mesma época e geneticamente relacionada com a
Suite de Tete, forneceu uma idade de 1047±29 MA (que é a idade da Suite de
Tete).
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8. Suite de Chipera (P2CP)
• Os gabros e anortositos da Suite de Chipera estão localizados a Norte do
extremo Este do Lago de Cahora Bassa e possuem cerca de 40 km por 10 – 12 km
de extensão. Ocorrem segregações de magnetite-ilmenite, mas em escala menor
quando comparadas com as que ocorrem na Suite de Tete.
• A datação Sm-Nd efectuada pelo Consórcio GTK (2006) num gabro de Chipera
forneceu uma idade de 1047±29 MA. Esta idade está em concordância com os
dados geocronológicos existentes para a Suite de Tete e apoia a ideia de que a
intrusão de Chipera e outras intrusões menores pertenceram inicialmente a um
único corpo ígneo intrusivo, em conjunto com a Suite de Tete.
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9. Suite do Monte Sanja (P2SJ) (Cont.)
• Estas rochas intruem o Supergrupo supracrustal do Fíngoè e correspondem aos
‘granitóides pós-Fíngoè’ sensu Hunting (1984).
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11. Granito de Marirongoè (P2MR)
• O Granito de Marirongoè está localizado na parte Norte do grande batólito
granítico da Suite de Cassacatiza. Forma um plutão arredondado, com cerca de
10 km de diâmetro, com afloramentos meteorizados, mostrando pigmentação
escura.
• Uma datação com U-Pb sobre zircão realizada pelo Consórcio GTK (2006)
forneceu uma idade de 1041±4 MA.
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3.3.2 Rochas Intrusivas Pan-Africanas (Terreno do Gondwana Oeste)
1. Suite de Matunda (P3M)
• A Suite de Matunda, com cerca de 900 km2 de superfície, composto por
gnaisses graníticos que formam uma estrutura em domo, com cerca de 40 km2
de área.
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2. Suite do Atchiza (P3A) (Cont.)
• A Suíte do Atchiza é uma suíte ígnea, que consiste de duas
sequências: Uma inferior ultramáfica, composta por litologias tais
dunitos e piroxenitos, e coberta por uma sequência superior
máfica composta por gabro, norito e diorito.
3. Suite de Sinda
• A Suite de Sinda é composta por muitos corpos de granito, os
quais intruem os metassedimentos do Supergrupo do Zâmbuè na
parte norte-oeste da Província de Tete.
• De acordo com Bingen et al. (2006) e Vila et al. (2006), seguintes unidades lito-
estratigráficas podem ser identificadas na Zona Norte de Moçambique: O
Complexo de Nampula composto pela Suíte Culicui, Grupo de Molócuè e Suite de
Mocuba; Complexo de Ponta Messuli; Grupo de Txitonga; Complexo de Unango;
Complexo de Marrupa; Complexo de Meluco; Complexo de Xixano; Complexo de
Montepuez; Complexo de Ocua; Grupo de Geci; Complexo de Muaquia;
Complexo de Lalamo; Complexo de Nairoto e Complexo de M'Sawize.
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1. Grupo de Angónia (P2A)
• Este Grupo composto por gneisses mesoproterozóicos agora foi reduzido
quando comparado com o Complexo de Angónia, anteriormente chamado,
segundo Hunting (1984). O Grupo de Cazula substitui as extensões oeste e
grandes áreas em redor e a norte do Zóbuè foram incorporadas nos gnaisses do
Monte Dezenza da Suite de Furancungo (GTK, 2006).
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3. Complexo de Nampula
3.1 Suite de Culiculi
• A verificação de campo do Consórcio GTK (2006) identificou as seguintes
unidades mapeáveis pertencentes a Suíte Culicui: Charnoquitos (P2NMch),
gneisse e migmatito (P2NMga), Gneisse e Leuco-granito (Granito < 5% minerais
máficos) (P2NMlcn) e Gneisse Granítico (P2NMfgr) (Cadoppi et al. 1987, Kröner
et al. 1997, DNG & Council for Geoscience 2007). O gneisse granítico desta Suíte
forneceu uma idade de 1077±26 MA.
6. Complexo de Unango
• Este complexo ocupa grande parte da zona Oeste da Província
de Niassa e anteriormente era designado por Grupo de Unango
Pinna et al. (1993). É exposto a sul do Graben de Maniamba do Karoo e se
estende até ao Malawi a sudoeste (Kröner et al., 2001).
8. Complexo de Meluco
• Este complexo anteriormente designado por Grupo de Meluco Pinna et al.
(1993). Este complexo consiste predominantemente de gnaisse granítico a
granodiorítico, subordinado por gnaisse tonalítico.
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9. Complexo de Xixano
• Estende-se desde a Sul-Sudoeste da fronteira com a Tanzânia até Este do Rio
Lugenda. Inclui parte do Supergrupo de Chiúre, anteriormente designado por
Pinna et al. (1993).
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10. Complexo de Montepuez
• O complexo de Montepuez Inclui parte dos Grupos Montepuez e Chiure,
anteriormente designados por Pinna et al. (1993) definidos como fazendo parte
do Supergrupo de Chiúre.
• A deformação forte faz com que a sucessão litológica fossem mais complexa e
com grandes variações. O paragnaisse neste complexo forneceu uma idade de
942±14 Ma e o mármore forneceu uma idade de (1100 e 1050) Ma (Melezhik et
al., 2007).
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11. Complexo de Ocua
• O Complexo de Ocua inclui litologias anteriormente consideradas como do
Grupo de Lúrio por Pinna et al. (1993). Os litotipos domonantes neste complexo
são: gnaisse granulítico com composições tonalíticas, dioríticas, a graníticas,
gnaisse anfibolítico a granulítico (Bjerkgard et al. 2006), assim como gnaisses
milonítico, quartzo-feldspático e granítico altamente deformados (Viola et al.,
2008).
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12. Grupo de Geci (Cont.)
• O Grupo de Geci inclui rochas vulcânicas de baixo grau metamórficos
(micaxistos e metaconglomerados), carbonatos, arenitos, conglomerados e
rochas com possíveis afinidades glaciais (Melezhik et al., 2006). As rochas deste
Grupo sugerem uma idade aparente deposicional de (590 a 585 ou 630 a 625)
Ma.
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16. Complexo de M'Sawize (Cont.)
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Recursos Minerais nos diferentes Terrenos
Terreno Gondwana Sul
• A faixa de rochas verdes de Utali-Manica para depósitos vulcanogênicos
maciços de sulfitos (VMS), depósitos de Ni nos komatiitos, depósitos de
ouro (+Cu+Ag), hospedados por BIFs e estructuras;
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• Os supracrustais metamorfisados e migmatisados Báruè possuem potencial
para depósitos de ouro estructuralmente hospedados. Assumindo-se que os
metasedimentos do Complexo Báruè foram empurrados ao topo do Cráton
Zimbabwe, a possível remobilizacão de metais por baixo aumenta a
potencialidade.
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Terreno Gondwana Oeste
• Supergrupo do Fíngoè (1327±16 M.a.), compreendendo rochas vulcânicas
félsicas e máficas, brechas vulcânicas, quartzitos ferruginosos bandados e
metachertes, possuem potencial para acomodar estruturalmente depósitos
de ouro e depósitos estratiformes de metais básicos.
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• O carvão ocorrendo nas Formações de Moatize e de Matinde* do Karoo
Inferior é, sem dúvida, o mais importante recurso mineral existente na área
de estudo.
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Terreno Gondwana Este
• Depósitos de ouro em vários ambientes (principalmente estructuralmente
controlados).
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