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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Departamento de engenharia Geológica

Campus Universitário de Pemba – Bairro Eduardo Mondlane

Geologia de Moçambique

RESOLUCAO DE FICHA DE GM

Discentes:

Francine da Silva Flábio

Docente: Desejo Mechequene, Lic.

Pemba, 2024
1. Explique qual é a influência Geológica e Tectónica da falha Sanângoé.

R: A falha de sanangoe ou zona de cisalhamento de sanangoe (ZCS) no ponto de vista geológico


constitui a fronteira entre os terrenos do Gondwana Oste e Sul. A suite de tete é considerada uma
massa de empurrão alóctone sendo que agora a sua maior parte esta localizada ao sul da zona de
cisalhamento de sanangoe, mas tendo sido originada provavelmente a partir de terreno do
gondwana oeste que este localizado na parte note da zona de cisalhamento de Sanagoe.

2. Explique a razão do desmembramento do antigo Grupo de Luia e mencionar as unidades


emergentes.

R: Inicialmente, durante o mapeamento foram identificadas series de unidades metamórficas


individuais, que incluíam as granulites luarize, o grupo capoche e os migmatitos de
chidzolomomdo, com relações estruturais e temporais entre essas unidades não compreendidas e
estas foram agrupadas para o mapa final com o nome do grupo Luia. Mais tarde com o novo
mapeamento feito pela GTK, mostraram que existe uma distribuição do grau de metamorfismo
mal compreendida o que resultou no desmembramento do grupo Luia em várias unidades, a saber:
Granito rio, Capoche, Granito Mussata, grupo de Chiizolomondo e grupo de Cazula.

3. Explique a diferença entre os Granitos de Furancungo e os Granitos de Macanga.

R: Granito de Furancungo: são rochas tipicamente não magnéticas, nas cartas radiométricas, o
granito mostra assinaturas positivas claras de K e U, com Th a se encontrar menos presente. E
principalmente composto por granito biotitico porfiritico típico, cinzento roseado, de grão
grosseiro, comumente rico em fenocristais de feldspato potássico. Os granitos de Furancungo, com
uma datação convencional U/Pb sobre zircão forneceu uma idade de 1041+-4 M.a.

Os granitos de Macanga são caraterizados por apresentarem uma assinatura radiométrica elevada
em Th-U-K, são granitos bastantes maciços, com cor rosea e cinzenta clara e apresenta grão medio.
Aos zircões do granito de Macanga fornecem uma idade magnética entre 350 e 659 M.a.
4. As diferenças entre o Grupo de Rushinga e o Grupo de Gairezi.

R: Esses dois grupos estão integrados na cadeia de irumide tendo origem em bacias possivelmente
do tipo interarcos na bordadura dos cratões. Quanto a datação, Pinna et al. (1986) considera o
grupo de Gairrezi como equivalente lateral do grupo de Rushinga. o grupo de Rushinga subdivide-
se em monte pitão e rio Embuca. Estes grupos é constituído por gneisses e migmatitos bandados,
associados a quartzitos feldspáticos, meta-arcoses e calcários cristalinos. Esta associação litológica
confunde-se mais para sul com a do grupo de Gairezi. O grupo de Rushinga apresenta uma
deformação completa, onde sobressaiam as dobras deitadas. Quer o grupo se Rushinga, quer o de
Gairezi afloram a sul e a norte da Zâmbia, onde são agrupados no supergrupo de Muva. As
principais diferenças relevam-se no monte Pitão que é constituído por Anfibolito bandado, Gneisse
calco-silicato, mármore inferior, biotite gnaisse, mármore superior e quartzito superior.

5. Porque é que o complexo de Nampula inclui todas as rochas a sul do Lúrio?

R: O complexo de Nampula inclui todas as rochas a sul do Lúrio pois estas são todas da mesma
idade (meso proterozoico), apresentam mesmo tipo de estruturas deformacinais resultantes do
retrabalhamento Pan-Africano e por serem rochas do mesmo grau de metamorfismo, ou seja, essas
rochas resultaram do mesmo processo, isto e, do retrabalhamento e deposição de sedimentos pan-
africanos sucedidos por dobramento, metamorfismo e intrusões magmáticas durante o ciclo Pan-
Africano.

6. Qual é a semelhança existente entre Alto Benfica e Angónia?

R: A semelhança entre o alto Benfica e o grupo de Angónia esta no facto de estes terem sido
formados pela orogenia Pan-Africana.

7. Quais as unidades novas no arcaico entre o mapa de 1987 e o de 2008?

R: As unidades novas no arcaico entre o mapa de 1987 e 2008 são:


Complexo de Mudzi

Complexo de Mavonde

Grupo de Munhimga

8. Qual a relação entre os limites geográficos da nova unidade com as antigas unidades?

R: A relação entre os limites geográficos das novas unidades comas antigas unidades, porem não
houve nenhuma alteração na carta geológica de 1987 assim como a de 2008, no entanto o grupo
de manica sofreu uma restrição para dar lugar a novas unidades mencionadas no número anterior.

9. Explique qual a diferença entre Mavonde e Mudzi.

R: A grande diferença entre esse complexo reside no tipo de litologias que cada um apresenta.

O complexo Mavonde é ígneo, constituído por granitoides caracterizados por composição granítica
e tonalitica, ganisses máficos e metagabros são tipo de rochas subordinadas. Os granitoides
apresentam geralmente cor cinza e possuem granulação bastante fina a média, sendo variavelmente
foliadas e gradando localmente a rochas porfiréticas.

O complexo Mudzi é metamórfico, é constituído ortognaisses félsicos, que compreendem a maior


parte das rochas do complexo, incluindo gnaisses, granitos migmatitos granulolitos, Complexo
Mudzi é metamórfico, as rochas estão expostas ao longo da margem norte do Cratão Zimbabwe e
se estendem ininterruptamente até Moçambique, na região de Cuchamano, povoado de
MudzeChizimwe. É constituído por Ortognaisses Félsicos, que compreendem a maior parte das
rochas do complexo, incluindo gneisses graníticos, migmatitos e granulitos."

10. Mencione as unidades que desapareceram na Carta Geológica de 1987 e explique porquê.

R: Várias unidades litoestatigráficas patentes na carta de 1987 desapareceram, com particular


destaque ao Complexo de Barué, em que na carta de 2008 não constam algumas unidades
litoestatigráficas, nomeadamente: o Grupo de Nhamatanda, Madzuire, Changara, Canxixe e
Matambo.

11. Diferencie as litologias de Rushinga e Macossa

R: Rushinga: pertence ao proterozoico inferior e o metamorfismo é de fáceis anfibolíticas, porém


foi reportado o pico de metamorfismo de fáceis granulíticas no Zimbabwe, é caracterizado por
rochas graníticas e granodioríticas intrusivas e metavulcânicas, como o granito de Rushinga, xistos
e quartzitos .Tem sido subdividido em Moçambique em Formação Rio Embuca (quartzo-
feldspática apelítica) Formação Monte Pitão (P1RP), mármores e rochas calco-silicatadas e
Formação de Nhamassolo.

Macossa: pertence ao proterozoico médio e este grupo faz parte do Complexo de Barué e é
intrudido por rochas plutónicas de várias composições. Maioritariamente as rochas de Macossa
são de origem supracrustal e incluem sequências originadas numa fácies marinha pouco profunda.
É caracterizado por rochas sedimentares do Paleozoico e rochas ígneas, principalmente granitos,
que são encontradas na região de Macossa, em Moçambique. As rochas sedimentares incluem
calcários, siltitos, argilitos e arenitos, enquanto as rochas ígneas incluem granitos, sienitos e
dioritos

12. Encontre as razões que ditaram o redimensionamento do complexo de Báruè entre o


conhecimento em 1987 e em 2008, mencionando as características principais do antigo
Complexo de Báruè e o novo Complexo de Báruè.

R: O redimensionamento do Complexo de Báruè entre o conhecimento em 1987 e em 2008 foi


ditado principalmente por avanços no conhecimento geológico da região e por uma melhor
compreensão da estratigrafia e da evolução tectônica da área. Algumas das principais razões que
contribuíram para essa revisão incluem:

Avanços em técnicas de mapeamento geológico, como imagens de satélite de alta resolução e


tecnologias de sensoriamento remoto, que permitiram um mapeamento mais detalhado e preciso
da geologia da região.
Melhorias na datação radiométrica e análise de fósseis, permitindo uma melhor correlação entre
as diferentes unidades litoestatigráficas na região.

No complexo Barué distinguiram várias unidades lito-estratigráficas nesse complexo que não
podem ser identificadas como entidades separadas nas imagens de satélite e mapa geofísicos.
Como consequências, estas subunidades não foram mantidas no complexo de Barué recém
definido.

A parte norte do antigo Barué, ao sul de tete é composta por litologias que estão em contraste
com os outros, particularmente, a suite de guro Neoproterozoico desta parte de Moçambique não
continua para o sul do presente grupo Mtambo e, assim, o que implica uma ruptura em geologia,
particularmente visível nos dados radiométricos.

As características do antigo complexo de Barué:

O antigo Complexo de Báruè era caracterizado por uma série de unidades lito estratigráficas de
idade proterozoica, nomeadamente o grupo Nhamatanda, grupo Mdzure, grupo Changara, grupo
Canxixe e grupo Mtambo. incluindo granitos, gnaisses, xistos, quartzitos e metabasaltos.

As características do novo Barué:

O novo Complexo de Báruè inclui uma série de unidades lito estratigráficas mais detalhadas e
uma melhor definição das antigas, incluindo a subdivisão de algumas unidades em subunidades
mais detalhadas em que o complexo de Barué foi dividida em dois blocos principais, cada um com
suas próprias características. O bloco norte do grande complexo Barué e agora designado como o
grupo de Mtambo, enquanto o bloco sul compõe o recém complexo Barué redefinido e reduzido,
e subdividido em grupo Macossa e grupo Chimoio. O novo complexo também apresenta uma
distribuição espacial diferente das rochas, com a identificação de novas unidades lito
estratigráficas e a revisão da posição e extensão de algumas unidades previamente identificadas.
13. Mencione as razões que levaram a reinterpretação de geologia de Moçambique em 3
grandes terrenos.

R: A reinterpretação de geologia de Moçambique em ter grandes terrenos deve-se ao fato de as


unidades lito-estratigráficas constituintes do território moçambicano podem ser convenientemente
divididas entre um sôco cristalino com idade arcaica-câmbrica e uma cobertura de rochas com
idade fanerozoica. O sôco cristalino compreende um conjunto heterogéneo de paragnaisses
supracrustais metamorfizados, granulitos e migmatitos, ortognaisses e rochas ígneas. Do ponto de
vista geodinâmico, é normalmente aceite que o sôco cristalino de Moçambique é composto por
três terrenos diferentes, que colidiram e se amalgamaram durante o Ciclo Orogénico Pan-africano
(COPA). Anteriormente à amalgamação pan-africana, cada terreno era caracterizado por um
desenvolvimento geodinâmico individual e específico. Provisoriamente, estes terrenos são
designados por Gondwana Este, Gondwana Oeste e Gondwana Sul.

14. Quais as grandes diferenças entre os litotipos ao Norte de Lúrio e ao Sul do mesmo.

R: Os litotipos ao norte e ao sul de Lúrio apresentam diferenças significativas em sua


composição, idade e história geológica. Enquanto ao norte predominam as rochas ígneas e
metamórficas de idade pré-cambriana, ao sul predominam as rochas sedimentares do Paleozoico.

A norte do Lúrio é constituído por: Gnaisse tonalitico bandado (P2MRbn), Leucognaisse


migmatito (P2MRnc), Paragnaisse rico em quartzo (P2MRqp), Quartzo-feldspato gnaisse
(P2MRqv), Xisto verde de pedra verde metagabro (P3TXgb), Arenito, Grauvaque e xisto
(P3TXsg), metassedimentos (P3LMss); Paragnaisse (PsXbg), Quartzo-mica ganisse e xisto
(P)Xqm).

A sul do Lúrio é constituído por: Gnaisse biotite bandado, migmatito (P2NMgmc), Quartzo-
feldspato gnaisse (P2NMam); Gnaisse metapelitico, migmatito (P2NMpt), Granada-silimanite e
mica gnaisse (P2NMgs), Gnaissita anortita (P2NMan), Gnaisse Rpala (P2NMmd), Gnaisse
leucogranito (P2NMlc), Gnaisse granítica diatexitica, migmatita (P2NMgg).
15. Fale da Geologia económica do proterozoico moçambicano.

R: A Geologia Econômica do Proterozoico moçambicano é caracterizada por uma grande


variedade de recursos minerais, incluindo depósitos de ouro, cobre, níquel, ferro, carvão, grafite,
titânio, entre outros. Esses depósitos estão associados a várias formações geológicas, incluindo
intrusões de granito, cinturões greens tone e bacias sedimentares.

A geologia económica do proterozoico moçambicano consiste em metassedimentos do


proterozoico Gairezi e grupos Umkondo ao longo da fronteira com exibições anfitriãs Zimbabwe
de ferro, cobre e calcário. Grafite é encontrado em Proterozoico, gnaisses e xistos, geralmente nas
proximidades de pedras calcarias, como pequenas disseminações ou como pequenos veios estreitos
e pequenas lentes. No Nordeste de Moçambique, perto de Alto Ligonha, pegmatitos, recursos
tântalo significativa em associação com colômbio subordinado, antimónio e bismuto, bem como
minerais de lítio, industrial e gema de qualidade, berilo e quartzo, mica e feldspato. Tântalo e
nióbio são os recursos mais importantes com a mineração de imediato potencial. Depósitos de
classe mundial de carvão ocorrem na parte inferior do supergrupo Karoo. Estes depósitos estão
entre os maiores e mais importantes recursos minerais de Moçambique, alem de minerais de areis
pesadas depositadas ao longo da costa em dunas e areias de praia. Para alem disso, no proterozoico
destacam-se as mineralizações de Cianite e Silimanite, manganês e de pedras semipreciosas.

16 e 17 são repetição.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS

Afonso, R. S., Ferra, M., & Marques, J. M. (1998). A Evolucao Geiologica de Mocambique.
Portugal-Lisboa : Instituto de Investigacao Cientifica tropical-Lisoa & Direcao Nacional
de Geoologia- Maputo.

GTK CONSORTIUM . (2006). Notícia Explicativa / Map Explanation Tome / Volume 2. Maputo:
National Directorate Of Geology & Ministry Of Mineral Resources.

CONSORTIUM, G. (2006). NOTÍCIA EXPLICATIVA Volume 1.

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