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Almeida da Paz Armando Jonasse

Fanuel António Fane

Fernando Alberto Mubata

Feliciano Francisco

José Simango Simão

Relatório de aulas do campo

Licenciatura em Geologia

Universidade Pedagógica

Beira

2017
Almeida da Paz Armando Jonasse

Fanuel António Fane

Fernando Alberto Mubata

Feliciano Francisco

José Simango Simão

Relatório de aulas do campo

Relatório de aulas d campo, que tange


o estudo de afloramentos e descrição
das rocha, a ser entregue no
departamento ciência da terra e
ambiente delegação da beira

Docente: Dr. Manuel Simbe

Universidade Pedagógica

Beira

2017
Índice
1. Introdução............................................................................................................................4

2. Objectivos............................................................................................................................5

2.1. Objectivo geral.............................................................................................................5

2.2. Objectivos específicos..................................................................................................5

3. Localização geográfica da província de Manica.................................................................6

4. Stop 1: Serra Vumba............................................................................................................6

4.1. Reconstrução geológica do afloramento......................................................................7

5. Stop 2: Pedreira de Méssica.................................................................................................8

6. Stop 3: Formação Macequece (Nhamaxato)......................................................................9

7. Stop 4 – Formação de Vengo (Serra Vengo).....................................................................11

8. Stop 5 – Formação de Macequece (Penhalonga)...............................................................13

9. Stop 6 – formação de Vengo (Penhalonga).......................................................................14

9.1. Logui..............................................................................................................................14

11. Conclusão.......................................................................................................................16

12. Referência bibliográfica.................................................................................................17


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1. Introdução
O presente relatório da cadeira de geologia Moçambique tem objectivo consolidar os
conhecimentos teóricos na prática. A província de Manica é caracterizada por rochas arcaicas,
estas que são associados por minerais com uma importância económico muito elevado tais
como ouro, asbestos, talco e argilas bauxiticas, que são ricos em gibsite e caulinite, são
resultantes da alteração de rochas felsica do Grupo de Manica. Na discursão do relatório estão
patentes as informações observadas no campo, ao longo da incursão como tal: localização
geográfica e cartográfica das áreas observadas, descrição de amostras colhidas (quanto ao
quimismo, local de cristalização, percentagem em sílica, cor).
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2. Objectivos

2.1. Objectivo geral


 Descrever macroscopicamente as rochas do Grupo de Manica;

2.2. Objectivos específicos


 Identificar os tipos de rochas que afloram nas formações e complexos do Grupo de
Manica;
 Conhecer as rochas do arcaico que fazem parte do Grupo de Manica;
 Identificar as rochas presentes em cada formação que faz parte do Grupo de Manica.
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3. Localização geográfica da província de Manica


Manica é localizada no interior do Centro do País, tem como limites a Norte a Província de
Tete, a Sul as Províncias de Inhambane e Gaza, a Leste a Província de Sofala, e a Oeste o
Zimbabwe. A Província de Manica encontra-se numa das zonas mais elevadas de
Moçambique, sendo nela que nascem muitos rios que descem para Leste em direcção ao
Índico. Nas suas montanhas nascem águas de elevada pureza, sendo as da serra do Vumba já
comercializadas.

Província de Manica é constituída por cadeia montanhosas ocorrendo de sul a norte da


província numa faixa fronteiriça com o Zimbabwe constituído o denominado “Cratão de
Zimbabwe”.

Esta formação compreende especialmente basaltos, riolitos e lavas alcalinas. A maior parte
dos afloramentos formam cristas de cadeias montanhosas, algumas montanhas chegam a
atingir cerca de 1500-2000 metros de altitude. (Mocambique, 2005).

4. Stop 1: Serra Vumba


A serra Vumba localiza-se ao longo da estrada Manica - Chimoio, 5 km a leste de Manica,
com as seguintes coordenadas latitude 18° 57’ 13,8” S, longitude 32° 54’ 56” E, a conversão
das coordenadas em UTM, isto é metros, latitude 491109m e longitude 7904278m, tem como
altitude 771,4 m e precisão é de 6,4. A precisão varia quando se alcança o maior numero de
satélites, isto é, quanto maior for o numero de satélites, maior será a precisão.

A Serra Vumba é o prolongamento do Cratão de Zimbabwe que compreende as rochas do


arcaico superior de grupo de Manica. A 2gt (granodiorito tonalito) são rochas mais antigas do
arcaico que esta na Serra Vumba que se localiza a 5km de vila de Manica, pois estas rochas
apresentam uma composição TTG.

Descrição macroscópica da amostra A

Cor: leucocrática; Textura: fanerítica; Local de cristalização: intrusiva; Teor em sílica:


subsaturada; Quimismo: Acida; Minerais: quartzo e plagióclases.

Descrição macroscópica da amostra B

Cor: mesocrático; Textura: fanerítica; Local de cristalização: hipabissal; Teor em sílica:


saturada; Quimismo: intermédia; Minerais: micas, quartzo e feldspato.
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A B

Figura
1 – Amostras de mão colhidas na Serra Vumba (Autores, 2017).

4.1. Reconstrução geológica do afloramento


O afloramento apresenta corpo rochoso intrusivo, observando-se falhas, dobras e veios de
quartzo que sofreram oxidação devido os agentes da geodinâmica externa (água, sol, vento).
Reconstruindo os eventos geológicos ocorridos na área de estudo que é Serra Vumba, pode se
dizer:

1o evento: Na excesão do magma a superfície, a medida em que ia se cristalizando, levou


consigo minerais de quartzo na qual preencherão os espaços vazios, estes são designados de
veios e alguns veios de quartzo estavam dobrados.

2o evento: Já as falhas, formaram-se a partir de movimentos provocados a partir de um evento


tectónico, e por enormes pressões que sucedem de maneira vertical e horizontal, exercendo
uma grande força sobre rochas mais sólidas e rígidas, como por exemplo, as cristalinas.

Na execução do fenómeno, formam rupturas ou fendas nas extensões das rochas. Com isso,
acontece o deslizamento entre as rochas. Tais movimentos são responsáveis pelo surgimento
de escarpas e vales. As falhas podem surgir também em locais onde acontecem encontros de
placas litosferas.
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F
igura 2. A esquerda uma imagem com falha e direita a imagem com veios (autores, 2017)

5. Stop 2: Pedreira de Méssica


A pedreira de Méssica esta localizada no complexo de Mavonde, e esta entre rio Méssica e rio
Revué com as seguintes coordenadas Latitude: 18°00’15,3”S, Longitude: 33°05’15,7” E com
altitude de 677,8m e precisão de 4,6.

Na pedreira de Méssica constata-se uma homogeneidade das rochas que são os granitos
leucocrático, e na pedreira de Méssica observou-se a cordilheira do cinturão de Moçambique
que faz um contacto entre Proterozóico e arcaico e a cordilheira é tipicamente de
Moçambique.

Figur
a 3. A esquerda cordilheira de Moçambique e a direita granito leucocratico (autores, 2017).
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6. Stop 3: Formação Macequece (Nhamaxato)


A formação de Macequece (Grupo de Manica), com as seguintes coordenadas latitude 18° 57’
42,8” S, longitude 32° 49’43,6” E com 768,0 de altitude e a precisão de 4,9.

Formação de Macequece é completamente vulcânica, com o metamorfismo de baixo grau.


Durante o percurso em direcção ao ponto de estudo nota-se alguns fragmentos de rochas
serpentinito (rocha básica) que estão a sofrer o processo de metamorfismo e em termos do
grau de alteração avançados. ‘

Na percussão do afloramento constatou-se paleosolos avermelhados, estes que resultam da


alteração in situ, e a coloração vermelhada é devido a presença de minerais de ferro. Também
foi possível constatar a presença de Metachert, Quartzito, Carbonatitos que são constituídos
de quarzitos, Talcoxisto, xisto cloritico e ferríferas bandadas.

Fi
gura 4. Serpentinito bem aletrado (autor at all 2017). Figura 5. Ferríferas bandadas (autores, 2017)

No afloramento esta a ocorrer o processo exógeno, que esta originar acamamento formando
dobras, xisto com alguns acamamentos e pela cor da rocha é xisto cloritico.
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Figura 6. Xisto cloritico (autores, 2017)

Ao longo da observação do afloramento com uma altitude de 870m, nos deparamos com
alguns garimpeiros que exploravam ouro onde tem túneis de grande profundidade que já tem
6 anos a ser explorado pelos próprios.

Fi
gura 7. Exploração de ouro artesanal (autores, 2017)

No afloramento em estudo foi possível observar que não existem a heterogeneidade da rocha
e que estão submetida a meteorização originando solo, na qual apresentam uma coloração
avermelhados (solo residual), ou seja solo formado no mesmo local perto da rocha mãe. No
mesmo afloramento notou-se a presença de Paleosolos (solos formados a partir da
meteorização de rochas do arcaico) e algumas rochas muito alteradas com maior presença de
hematite, estes que são responsáveis pela coloração avermelhada dos solos.
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Figu
ra 8. Solos avermelhados observados na formação de Macequece (Autores, 2017).

7. Stop 4 – Formação de Vengo (Serra Vengo)


A serra Vengo (Grupo de Manica) localiza-se na província de Manica e possui as seguintes
coordenadas latitude: 18º 50’ 6,4” S, longitude: 32º 49’2,9” E com uma altitude de 856,7
metros e uma precisão de 4,6.

A constituição de Serra Vengo é basicamente de rochas sedimentares, com intercalações de


calhaus e conglomerados. Durante a observação do afloramento foi possível identificar uma
matriz onde estavam mergulhados vários calhaus proveniente de várias litologias. Pode-se
dizer havia predominância de conglomerados polimictico, porque há existência de vários
calhaus com diferentes litologias e composição provenientes de várias rochas. Nota-se que
alguns calhaus sofriam meteorização esferoidal, isto é, a meteorização ocorre de forma
circular. Também observa-se uma parede que engloba alguns calhaus, onde a hematite serve
de cimento para unir os calhaus, e constactou-se que esses calhaus e conglomerados sofreram
transporte.
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Figur
a 9. Intercalação de calhaus e conglomerados em uma matriz de hematite, (Autores, 2017).

Na observação macroscópica, é notório que a alteração in situ, formando-se em paleosolos


avermelhados, isto devido a presença de minerais que contem ferro, que vai fazendo com que
a coloração seja avermelhada.

Ainda no mesmo ponto nos deparamos com alguns garimpeiros onde exploravam ouro e com
a conversa com um dos proprietários da mina de ouro de nome Alex, na qual disponibilizou-se
em dar informações (incluindo trabalhadores) de como exploram ouro. Segundo Alex diz que
começou a extrair o ouro em 2011, e que um grama faz por 2500mt, em conversa com o
proprietário ele diz que o ouro na qual exploram é aluvionar e que eles seguem um filão
farejador do ouro.
Em companhia dos colegas e docentes, constatou-se que os métodos usados para extracção do
ouro que eles adequam é inadequado, pois eles usam métodos artesanais, colocando em risco
as suas própria vidas e há falta de equipamentos para auxiliar na extracção e para precaverem-
se das suas vidas como: fones, mascaras, entre outros.
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Fi
gura 10 – exploração artesanal do ouro (Autores, 2017)

8. Stop 5 – Formação de Macequece (Penhalonga)


A área de estudo fica localizada na estrada Manica- Penhalonga, esta que faz parte da
formação de Macequece, compreendida por rochas vulcânicas e tem as seguintes coordenadas
Latitude: 18°51’51,2”S, Longitude: 32°45’42,9” E com altitude de 859,6m e precisão de 6,4.

Na percussão do afloramento em direcção ao topo, observa-se que na base tem blocos de


rochas metavulcanica (meta-basalto)1 de maior granulometria e arredondados em relação ao
topo, que eram de granulometria médio, isto é, observa-se que os blocos de rochas
metavulcanica (meta-basalto) que estão no topo estão mais expostas a meteorização devido a
agentes atmosféricos, criando fissuras e soltura de partículas, fazendo com que reduza o
tamanho dos mesmos. Com base no conhecimento estratigráfico, no que diz respeito a
sistemas de deposição, pode-se dizer que os blocos que estão no topo são diferentes dos que
estão em profundidade, isto é, houve a deposição blocos de granulometria fina (na
profundidade) e depois de granulometria grossa (no topo), isso é comum em ambientes
fluviais.

Note: Os blocos do afloramento, são atravessados por corpo leucocrático (corpo intrusivo) e
também diques de basalto.

1
Metabasalto é uma rocha metamorfizada, isso ocorre quando uma rocha é submetida a temperaturas diferente
da sua formação, mas não alterando completamento o seu estado.
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Figura 11. Rocha metavulcanica, blocos arredondados (autores, 2017)

Descrição da amostra macroscopicamente

Cor: Melanocratica; Textura: Afanitica; Quimismo: básica; Teor de sílica: subsaturada.

9. Stop 6 – formação de Vengo (Penhalonga)


A área de estudo fica localizada em Penhalonga, esta que faz parte da formação de Vengo,
compreendida por rochas sedimentares, com as seguintes coordenadas Latitude:
18°49’48,5”S, Longitude: 32°45’23,5” E com altitude de 1245m e precisão de 3,8.

Na percussão do afloramento na qual saiu-se de cotas baixas e para cotas altas foi possível
constatar que na base do afloramento tem intercalações de corpos ígneos e no topo solo, isto
é, em altas altitudes os corpos rochosos sofrem mais meteorização devido aos agentes
atmosféricos (clima), que são muito baixas.

9.1. Logui
1245m de altitude – as rochas são submetidas a meteorização acentuada no topo do que na
base, no topo tem mais presença de solo;

1268m de altitude – solos argiloso, não há maior predominância de sedimentos, os solos


apresentam a cor escura e um pouco vermelhado;

1230m de altitude – solos totalmente avermelhado devido a presença de hematite;

1142m de altitude – solos argilosos claro com presença de grãos de rochas;


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1101m de altitude – solos avermelhados;

1000m de altitude – encontra-se um conjunto de calhaus com diferentes tamanhos com solo
avermelhado e xistos (metabasaltos).
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10. Conclusão
No âmbito da aula de campo da cadeira de Geologia de Moçambique, foi nos atribuídos este
trabalho de relatório acerca da incursão feita no campo e que o grupo chegou a conclusão de
que a província de Manica e muito rico em termos de geologia devido a ocorrência de varias
minerais de importância muito económico. Entretanto esses minerais estão associados em
rochas que se prolongam do Cratão de Zimbabwe até o Cratão de Moçambique, estas rochas
fazem parte do grupo de Manica. Constata-se que a maior parte dos afloramentos formam
cristas de cadeias montanhosas, comportando várias formações, grupos e complexos e em
especial a ocorrência de ouro aluvial que faz essa zona rica economicamente, a rocha mais
velha de Moçambique é A2gt (granodiorito tonalito) são rochas mais antigas do arcaico que
esta na Serra Vumba, pós esta rocha fica localizada a 5km de vila de Manica e a mesma rocha
é de composição TTG.
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11. Referência bibliográfica

Obras Citadas
Mocambique, R. d. (2005). perfil do distrito de manica provincia de manica. Mocambique:
ministerio da administracao estatal.

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