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Quando estudar?
Nós sempre estudamos errado: do ensino fundamental ao médio, da faculdade à pós-
graduação, estudamos para ir bem nas provas, tirar boas notas e ser aprovado. Sempre,
sempre e sempre. Mas quando se chega em grandes etapas-teste da vida (vestibulares,
concursos ou provas para cargos específicos), você percebe que não sabe o mínimo. Muitos
fracassam e nem sabem o porquê.
"Oras, eu estudei muito, sempre tirei boas notas e nunca reprovei, por que não consigo
passar nisso e continuo fracassando?" A resposta é simples: estudo no tempo errado.
As pessoas sempre estudam no dia de uma prova ou, no máximo, no dia ou semana
anterior. Isso não é estudar. Isso é colocar um pouquinho de informação embaralhada
na memória de curto prazo apenas para tirar uma boa nota e passar de ano/semestre. E o
problema é que se aprende a ser assim. Não é uma culpa exclusiva das pessoas. Os alunos
fazem apenas aquilo que é cobrado deles pela escola ou pelos pais: ir bem nas provas, tirar
boas notas e passar de ano. Mas não é assim que se estuda de verdade. Não é
assim que se estuda para aprender.
Para aprender algo, você deve estudar para que aquele conteúdo vá para a
parte permanente da memória.
O equivalente a memória RAM do cérebro (memória de curto prazo) é o hipocampo. Que
fica no miolo do sistema límbico. É essa região a atingida quando se estuda em cima da
hora.
Envolvendo o hipocampo como uma casca de árvore está o córtex. Que é o responsável
pela memória de longo prazo. Seria o equivalente a um HD.
Escrever na RAM é fácil, e apagar dela é mais fácil ainda. Já escrever no HD é mais difícil.
Quanto estudar?
Depende do ritmo de cada pessoa e da disciplina em si. Dez minutos ou cinco horas? Você
deve achar seu ritmo.
Aprender é reter uma informação para sempre.
Deve-se se prestar atenção na armadilha de só estudar o que gosta e negligenciar o que não
gosta. Afinal, isso só te tornará melhor naquilo que você já é bom e pior naquilo que você já
é ruim.
O neurônio permite, dependendo de determinadas condições, a passagem de um pulso
elétrico para outros neurônios, abrindo e fechando circuitos. Ele recebe informações
através dos dendritos e, de acordo com a intensidade com a qual chegam, dispara um pulso
elétrico, através do oxônio, para ativar os dendritos de outro neurônio por meio de ligações
denominadas sinapses.
Para isso, nos neurônios existem algumas substâncias químicas que permitem esse
funcionamento, e em caso de utilização intensa, essas substâncias podem se esgotar em
30 ou 40 minutos.
Para continuar desempenhando o seu papel, se faz necessário um certo descanso nos
tempos de estudo.
Parecido com a técnica Pomodoro, o Prof. Pier indica o estudo - com concentração máxima
- por 30 minutos, e 10 minutos subsequentes para descanso. Nos 10 minutos de
descanso indica-se realizar atividades físicas como caminhar um pouco ou se alongar. Mas
em hipótese alguma deve se utilizar equipamentos com tela.
Existe a possibilidade de se criar alguns ajustes dependendo de pessoa para pessoa:
estender o estudo para 40 ou 50 minutos e o descanso para 15 ou 20 minutos, por
exemplo. Mas nunca mais do que isso.
Na aula você não aprende, na aula você entende.
Você só vai aprender de verdade no estudo solitário.
Como estudar?
Estudo pós-aula. Entre a aula e a noite de sono.
Como a transmissão de um pulso elétrico de um neurônio ao outro no cérebro é bem mais
lenta do que a de um computador, por exemplo, para superar essa lerdeza, nosso cérebro
usa um truque chamado de processamento paralelo: várias partes do cérebro
conseguem realizar tarefas diferentes e ao mesmo tempo.
3. Estudar pouco: mas todo dia! Você precisa se organizar e ter método. Além
de um local silencioso e calmo. Quando uma grande quantidade de pessoas comete
um equívoco, dificilmente ele será percebido. As pessoas fazem as coisas por costume, e
raramente se questionam sobre os reais motivos dos seus comportamentos. É por isso que
as pessoas estudam errado a vida toda. Porque todo mundo estuda errado a vida toda, e
porque são ensinados a estudar errado a vida toda. “Se cinquenta mil pessoas repetirem a
mesma imbecilidade, nem por isso deixará de ser uma imbecilidade” – Anatole France.
Seu cérebro é capaz de se tornar mais inteligente, desenvolvendo mais
habilidades e conhecimentos. Mas esse é um processo lento. A dose de
crescimento diária é muito lenta. Por isso, estudar pouco, mas estudar todos
os dias.
5. Ler muito: ler, ler e ler. Leitura é lazer. O melhor lazer possível, diga-se de passagem.
Ler e ouvir rádio exercitam a imaginação, e cada vez mais a imaginação está se tornando
escassa nas pessoas. Graças a TV, internet, etc. Ao contrário do "o homem fala porque
pensa", na verdade, nós pensamos porque falamos. O ato de falar, ou seja, a capacidade de
encadear símbolos para se comunicar que faz com que o ser humano seja capaz de
concatenar o raciocínio, o pensamento abstrato. Falar = transmissão/recepção de sinais.
Para falar, ou seja, se comunicar, é necessário conhecer um determinado código, o
português, por exemplo. Aumente seu vocabulário: lendo muito e pesquisando o
significado de palavras que não souber. Interpretação: é importante criar imagens
mentais nas leituras. Einstein já dizia: “a imaginação é muito mais importante que o
conhecimento”. Só escreve bem quem lê bem e só lê bem quem lê muito e só lê
muito quem lê por prazer. A lentidão na leitura, a necessidade de ler várias vezes um
texto para entendê-lo, é causada pela falta de hábito de leitura, basicamente.
“Consuetudinis magna vis est – Grande é a força do hábito” – Cícero.
Um pouco de cibernética
O cérebro humano tem uma característica de retroalimentação: as pessoas mais
inteligentes tendem a se tornar cada vez mais inteligentes e as pessoas menos inteligentes,
vão, com o tempo, se tornando cada vez menos inteligentes.
Isso acontece porque quanto mais inteligente você for (causa), mais curiosidade
terá, mais interesse terá em aprender, aceitar desafios e etc. (efeitos). Todos
esses efeitos tendem a aumentar a causa, que por sua vez, aumentará os
efeitos, e assim sucessivamente.
Por outro lado, quanto menos inteligente uma pessoa for, menos interesse ela
terá por atividades que estimulem o raciocínio, mais preguiça mental ela terá,
mais tempo ela passará na frente de uma TV, consequentemente reduzindo
sua inteligência e incentivando os efeitos negativos.
Independente da situação em que se está, como alguém inteligente retroalimentando sua
própria capacidade mental, alguém estagnado ou alguém diminuindo sua inteligência,
depende basicamente de seu próprio esforço para conseguir aumentar sua inteligência em
um ciclo eterno.
Respostas:
2x2=4
4 x 9 = 36
Idades respectivas = 2, 2 e 9 anos.
Número da casa 2 + 2 + 9 = 13
Respostas:
1. D
2. C
3. C
4. B
5. C
Referências
The Computational Brain - Patricia S. Churchland, Terrence J. Sejnowski
(Amazon)
O Pensamento Artificial: Introdução à Cibernética - Pierre de Latil (Amazon)
Neural Networks: A Comprehensive Foundation - Simon Haykin (Amazon)
In the Palaces of Memory: How We Build the Worlds Inside Our Heads -
George Johnson (Amazon)
The Making of Memory: From Molecules to Mind - Steve Rose (Amazon)
Introdução à Cibernética - W. Ross Ashby (Amazon)