Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 - Avaliação de Pequenas Barragens
2 - Avaliação de Pequenas Barragens
BRASIL
6
MANUAL DE
Avaliação de
Pequenas Barragens
IRRIGAÇÃO
BRASÍLIA - DF
2002
Todos os Direitos Reservados
Copyright © 2002 Bureau of Reclamation
Os dados desse Manual estão sendo atualizados por técnicos do Bureau of Reclamation.
Estamos receptivos a sugestões técnicas e possíveis erros encontrados nessa versão. Favor
fazer a remessa de suas sugestões para o nosso endereço abaixo, ou se preferir por e-mail.
1ª Edição: Setembro de 1993
2ª Edição: Dezembro de 2002
Meio Eletrônico
Editor:
BUREAU OF RECLAMATION
SGA/Norte - Quadra 601 - Lote I - Sala 410
Edifício Sede da CODEVASF
Brasília - DF
CEP - 70830-901
Fone: (061) 226-8466
226-4536
Fax: 225-9564
E-mail: burec2001@aol.com
Autores
Peter J. Hradilek
Engº Civil – Especialista em Barragens – “Bureau of Reclamation”
Anexo 1 – Dimensionamento de Pequenos Açudes
Benedito José Zelaquett Seraphin – SUDENE – Chefe do GT. HME Coordenação Administrativa
Eric Cadier – SUDENE / ORSTON – Hidrologia / Dimensionamento – Coordenação Técnica
Flávio Hugo Barreto B. Silva – EMBRAPA – Classificação Hidropedológica das Bacias
Jean Claude Leprun – EMBRAPA – Classificação Hidropedológica das Bacias
Jacques Marie Herbaud – SUDENE / ACQUAPLAN – Hidrologia
Frederico Roberto Doherty – SUDENE / IICA – Hidrologia / Modelização
Paulo Frassinete de A. Filho – SUDENE / IICA – Hidrologia
Francois Molle – SUDENE / COOPERAÇÃO FRANCESA – Dimensionamento / Manejo da Água
Carlos Henrique Cavalcanti de Albuquerque – SUDENE / CISAGRO – Computação / Modelização
Paulo Henrique Paes Nascimento – SUDENE / CISAGRO – Computação / Modelização
Marc Montgaillard – SUDENE / ORSTOM – Computação / Modelização
Equipe Técnica do Bureau of Reclamation no Brasil
Catarino Esquivel - Chefe da Equipe
Ricardo Rodrigues Lage - Especialista Administrativo
Evani F. Souza - Assistente Administrativo
Revisão Técnica:
CODEVASF / DNOCS / DNOS / SUDENE / ESTADOS – Vários Especialistas
Composição e Diagramação:
Print Laser – Assessoria Editorial Ltda
Ficha Catalográfica:
CDU 627.82.004.15
Avaliação de Pequenas Barragens
APRESENTAÇÃO
O Bureau vem prestando estes serviços há mais de dezesseis anos. Neste período,
obteve um conhecimento bastante amplo sobre a agricultura irrigada, no Brasil. Devido a
este conhecimento e à grande experiência do Bureau, em assuntos de irrigação, o Minis-
tério da Integração Nacional, solicitou que fossem elaborados manuais técnicos, para
utilização por órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais), entidades priva-
das ligadas ao desenvolvimento da agricultura irrigada, empresas de consultoria, empreiteiras
e técnicos da área de irrigação.
Para sua elaboração contou com o trabalho de uma equipe de engenheiros e espe-
cialistas do “Bureau of Reclamation”, por solicitação do governo brasileiro.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 3
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
1.1 Objetivo do MANUAL ..................................................................................... 8
5 HIDROLOGIA ....................................................................................................... 31
5.1 Geral .......................................................................................................... 31
5.2 Vazão de Projeto .......................................................................................... 31
6 VERTEDOUROS .................................................................................................... 32
6.1 Escolha do Tipo de Vertedouro ....................................................................... 32
6.2 Descarga do Projeto de Vertedouro ................................................................. 32
6.3 Capacidade do Vertedouro ............................................................................ 33
6.3.1 Geral ............................................................................................. 33
6.3.2 Seção Vertente Tipo “Creager” (Ogee) ............................................... 33
6.3.3 Seção Vertente de Outro Tipo ........................................................... 33
6.3.4 Sangradouro sem Seção Vertente ...................................................... 33
ANEXO ........................................................................................................................ 34
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 70
INTRODUÇÃO
BARRAGENS DE
TERRA
Este tipo de barragem é apropriado para locais onde haja disponibilidade de solo
argiloso ou areno-siltoso/argiloso, além da facilidade de situar o vertedouro em uma das
margens, utilizando o solo escavado para construção da barragem, evitando, sempre
que possível, o bota-fora de material.
Tabela 2.1 Inclinação dos Taludes de Barragens Homogêneas sobre Fundações Estáveis
Para barragens zoneadas, a inclinação dos taludes é uma função das dimensões
relativas do núcleo impermeável e dos maciços laterais estabilizadores, como indicado na
Figura 2.2 e na Tabela 2.2.
Tabela 2.2 Inclinação dos Taludes de Barragens Zoneadas sobre Fundações Estáveis
De maneira geral, a estabilidade da barragem de terra com altura até 10m, que não
tenha problemas de fundação, fica assegurada pela adoção das seções recomendadas
nas Figuras 2.1 e 2.2 e nas Tabelas 2.1 e 2.2. Para seções diferentes das indicadas, é
necessária a realização de análises especiais. Deverão ser feitas análises de estabilidade
para três condições:
! Fim de construção;
Deverão ser feitas estimativas de vazão pelo maciço e pela fundação, levando-se
em conta os coeficientes de permeabilidade dos materiais. Os parâmetros podem ser
obtidos com base nos ensaios rotineiros, utilizando-se tabelas com valores típicos, sem-
pre que os fatores de segurança usados nas análises forem maiores ou iguais a 1,5 nos
primeiros casos, e iguais ou maiores de 1,2 no terceiro caso.
Para barragens de terra, a largura mínima da crista deve ser calculada pela fórmula
L = Z/5 + 3 metros, onde Z é a altura máxima da barragem e L, a largura mínima da crista.
Caso seja prevista uma estrada sobre a crista, a dimensão mínima sempre deverá ser de
5 metros.
b=h–d
(1) A seção for homogênea. Neste caso, o tapete termina a uma distância de Z +
1,5m do centro da barragem;
(1) Barragem zoneada com núcleo mínimo “B”. A zona à jusante deve possuir
características granulométricas, de modo que venha a funcionar como um
filtro. Caso contrário, é necessário um tapete drenante e um filtro inclinado
similar aos da Figura 2.1(c).
(2) Barragem zoneada com núcleo maior que o núcleo mínimo “B”. Note o talude
reverso no fim do núcleo. A zona de jusante deve possuir características
granulométricas, de modo que venha a funcionar como um filtro. Caso con-
Figura 2.6 Seções de Jusante Típicas de Barragens sobre Fundações Permeáveis sem
“Cut-Off”
f) Caso 2: Fundação Permeável Coberta (Cobertura Maior que 1m, Menor que a Pro-
fundidade do Reservatório) – O tratamento neste caso é apresentado nas Figuras
2.8 e 2.9. Normalmente a camada impermeável deve ser compactada. O núcleo
mínimo “A” (vide Figura 2.2) é aceitável neste caso. Se a camada permeável for
relativamente homogênea, e a camada impermeável for de uma espessura relati-
vamente pequena, a camada impermeável deve ser completamente penetrada por
uma vala drenante, como apresentado na Figura 2.8. Quando a espessura da cama-
da impermeável for demasiadamente grande para ser penetrada economicamente,
recomenda-se o uso de poços de alívio, como apresentado na Figura 2.9. É reco-
mendável um espaçamento inicial de 15 a 30m. Quando a barragem for homogênea
ou o maciço estabilizante lateral à jusante for de permeabilidade duvidosa, necessi-
ta-se de um tapete drenante;
! Fundações saturadas;
b) A área a ser limpa deve ter uma largura igual à base da seção transversal da barra-
gem, mais 3 metros para montante e para jusante. O material removido da opera-
ção de limpeza deverá ser transportado para locais fora da área das obras ou do
futuro reservatório;
Número Médio de golpes SPT dentro de Classificação Taludes das Bermas para Alturas da Barragem até:
Consistência uma profundidade da fundação igual a do Solo da
altura da barragem Fundação 12m 9m 6m 3m
2.7 Filtros
2.7.1 Geral
b) O material mais fino seja retido pelo filtro, evitando o carregamento de partículas
sólidas e, conseqüentemente, a formação de erosão regressiva (“piping”).
a) D(15) do filtro/D(15) da base maior ou igual a 5. (O filtro não deve ter mais de 5%
de grãos passando na peneira No. 200 – diâmetro igual a 0,075 mm.);
No anterior, D(ij) corresponde à ordenada “ij”% do material que passa nas penei-
ras. Isso significa que o material possui ij% de grãos mais finos.
Uma possível alternativa para os drenos de pé, especialmente nos casos de barra-
gens homogêneas, é o enrocamento de pé, protegido com camadas de filtros.
No caso das fundações permeáveis cobertas com uma camada de aluvião imper-
meável, que é de ocorrência freqüente, representa uma boa norma escavar a faixa imper-
meável, construindo-se, assim, uma vala drenante ao longo do pé do talude. O enchi-
mento deverá seguir os critérios dos filtros (Item 2.7.2). Esta vala deverá conter um dreno
de pé.
b) O espaçamento entre poços deve ser tal que intercepte a descarga freática, dre-
nando-a e, conseqüentemente, aliviando as subpressões. É recomendável um
espaçamento inicial de 15 a 30m;
d) Cuidados especiais devem ser adotados, quando da construção dos poços, a fim
de que perdure sua eficiência.
! “Riprap” lançado;
! “Riprap” arrumado;
! Solo-cimento;
! Revestimento de concreto;
! Pedras rejuntadas.
2.10.1.3 Solo-Cimento
BARRAGENS DE
CONCRETO
a) A largura do vale na cota da crista da barragem deve ser a mais estreita do trecho
barrável do rio;
a) A área situada sob a barragem e na qual a estrutura se apoiará deve ser limpa,
incluindo o desmatamento, destocamento e a remoção das camadas superficiais
de solo, até ser atingida a superfície da rocha sã.
b) A superfície da rocha deve ser limpa de matacões soltos, detritos ou outros mate-
riais. Todas as irregularidades da superfície que formem taludes negativos ou ba-
lanços serão eliminados com remoção do material ou por enchimento com con-
creto (concreto dental e/ou calda de cimento).
c) A área a ser limpa deve ter uma largura igual à largura da base da estrutura, mais
5m para montante e para jusante, tanto nas fundações do trecho central, como nas
fundações de ombreiras.
d) Os materiais extraídos das escavações deverão ser depositados em áreas fora do
local da obra e do reservatório.
BARRAGENS DE
ALVENARIA
Para ser viável a adoção de barragem de pedra argamassada, o local escolhido para
o barramento deve ter as seguintes características:
a) A área situada sob a barragem e na qual a estrutura se apoiará deve ser limpa,
incluindo o desmatamento, destocamento e a remoção das camadas superficiais
de solo, até ser atingida a superfície da rocha;
b) A superfície da rocha deve ser limpa de matacões soltos, detritos ou outros mate-
riais. Todas as irregularidades da superfície que formem taludes negativos ou ba-
lanços, serão eliminados por remoção do material ou por enchimento com argamas-
sa;
c) A área a ser limpa deve ter uma largura igual à largura da base da estrutura, mais
2m para montante e para jusante, tanto nas fundações do trecho central, como nas
fundações de ombreiras;
HIDROLOGIA
5.1 Geral
No caso específico de pequenas barragens até dez metros de altura, para os quais
a sua ruptura não teria como possível conseqüência perda de vida, interrupções de vias
de transporte de importância ou outros danos significantes, poderia ser utilizada a
metodologia delineada no Anexo deste MANUAL intitulado “Dimensionamento de Pe-
quenos Açudes”. A vazão de pico da cheia de projeto deve ser calculada pelas fórmulas
dadas no parágrafo 4.8.2 desse anexo. Os valores da cheia de projeto proporcionados
por esta metodologia correspondem ao dobro dos valores decenais. O período de retor-
no teórico destes valores oscila, aproximadamente, entre 100 e 150 anos.
VERTEDOUROS
De forma geral, podem ser definidas duas soluções básicas para o extravasamento
do excesso de água afluente ao local do barramento:
b) Caso não se possa construir um canal com largura adequada para resultar em
velocidades baixas, deve-se insistir com a alternativa de um canal extravasor, estu-
dando-se a proteção do fundo e dos taludes das margens do canal contra a erosão;
e) Deve ser ressaltado que podem ser levantadas hipóteses de soluções mistas, em
que exista mais de um órgão responsável pelo extravasamento.
Q = CLH3/2
Para uma seção vertente horizontal e larga, o valor típico de C é 1,7. Outras seções
possuem valores intermediários.
Se o canal extravasor não inclui uma seção vertente, sua capacidade deve ser
calculada com as fórmulas apropriadas para canais abertos.
ANEXO
Equipe Técnica
! Dr. Benedito José Zelaquett Seraphim – SUDENE – Chefe do GT. HME Coordena-
ção Administrativa.
1. Problemáticas do Dimensionamento
d) Outros aspectos, tais como impactos sociais, políticos e ambientais da obra, inser-
ção da obra no contexto sócio-econômico regional, modificação do regime
hidrológico causado pela represa, salinização futura da represa e o perímetro, etc;
Cada um desses elementos deve ser considerado como sendo um eventual fator
limitante. Assim, a dimensão da obra será, automaticamente, limitada pelo volume má-
ximo possível no local do barramento e/ou pelo capital disponível, etc.
Caso não haja, a priori, uma limitação evidente do tamanho da obra, propõe-se um
método de dimensionamento hidrológico, pressupondo que os únicos fatores limitantes
provêm da quantidade de recursos hídricos disponíveis.
Etapa 1
Etapa 2
Subetapa 2-1
Determinação, de acordo com a Tabela A.1, do valor de L600 (mm) de cada Unida-
de de Mapeamento de Solo (UM) identificada no mapa pedológico. L600 é a lâmi-
na escoada fictícia que corresponde ao escoamento médio de cada UM nas condi-
ções climáticas “padrões”.
Subetapa 2-2
Subetapa 2-2-1
Subetapa 2-2-2
Subetapa 2-2-3
Outros fatores:
Subetapa 2-3
Etapa 3
Subetapa 3-1
Subetapa 3-2
Nome da
Componente 1 % Componente 2 % Componente 3 % Componente 4 % L600
Associação de Solo
BAHIA
AQd3 AQd 70 LVd 30 3.0mm
Ce10 Ce.med.arg. 30 Ce.raso 50 Ce.vert. 20 28.0mm
LEe4 LEe.med.arg. 45 Ce.med.arg. 35 Ce.raso 20 17.2mm
LVd12 LVd.med.arg. 100 10.0mm
LVd16 LVd.med.arg. 50 PE.med/arg. 30 SIPd.med.arg. 20 17.5mm
LVd10 LVd.med.arg. 60 LVd.med.arg. 40 10.0mm
LVd11 LVd.med.arg. 70 PE.med/arg. 30 14.5mm
LVd13 LVd.med.arg. 100 10.0mm
LVd14 LVd.med.arg. 100 10.0mm
LVd1 LVd.arg. 100 15.0mm
LVd20 LVd.med. 55 AQd 45 2.8mm
LVd22 LVd.med.arg. 60 PE.med/arg. 40 16.0mm
LVd2 LVd.arg. 100 15.0mm
LVd21 LVd.med.arg. 100 10.0mm
LVd7 LVd.arg. 100 15.0mm
PE12 PE.med/arg. 65 LVd.med.arg. 20 BV 15 23.8mm
PE13 PE.med/arg. 50 LVd.med.arg. 30 AQd 20 15.5mm
PE44 PE.plin.abr. 50 PE.lat.aren/med 30 LVd.pp. 20 24.0mm
PLSe20 PE.abr. 40 PLSe.ind. 60 52.0mm
PLSe19 Pe.abr. 30 NC.plan. 20 PLSe.ind. 50 47.5mm
PLSe21 V 30 SS.ind. 15 PLSe.ind. 55 64.7mm
Rd1 Rd 50 AF 50 63.5mm
Rd2 Rd 25 AQd 25 LVd.med. 25 AF 25 33.0mm
REed1 REed 50 PLSe.ind. 30 Re 20 29.9mm
Zy Ce 86 LVe 14 10.0mm
CEARÁ
Ae3 PL.ind. 33 SH.ind. 33 Ae.ind. 34 72.9mm
AQd4 AQd 30 PE.plin.abr. 25 PE.med. 25 AQd 20 13.0mm
BV1 BV.trun. 55 25 PE.arg 20 49.7mm
BV2 PE.arg. 20 Re 35 BV.trun. 45 47.4mm
BV3 Re 20 NC.arg. 30 BV.trun. 50 48.5mm
NC11 Re 25 NC.arg. 35 NC.vert. 40 32.2mm
NC14 Re 30 NC.ind. 50 PL.ind 20 43.6mm
NC15 NC.ind. 40 Re 25 PL.ind 20 SS.ind. 15 56.8mm
NC3 Re 15 NC.arg. 50 PL.ind 20 SS.ind. 15 56.8mm
NC7 Re 35 NC.arg. 40 NC.vert.arg. 25 34.0mm
NC9 Re 20 NC.vert.arg. 50 PL.ind. 30 40.9mm
PE10 PE.arg. 40 Pe.abr. 30 PE.lat.arg. 30 33.4mm
PE11 PE.arg. 45 TRe.podz.arg. 30 Re.med.arg. 25 30.4mm
PE13 PE.arg 65 LEe.podz. 35 25.8mm
PE16 TRe.podz.arg. 25 PE.arg. 40 PE.raso.arg. 35 31.5mm
PE17 PE.arg 50 Re 20 NC.arg. 30 37.0mm
PE20 PE.arg 45 Re 40 PE.raso.arg. 15 37.0mm
PE22 PE.arg 50 Re 30 NC.ind. 20 37.0mm
PE23 PE.arg 50 PE.raso.arg. 30 Re 20 37.0mm
PE26 PE.arg 40 Re 35 NC.arg. 25 37.0mm
PE27 PE.arg 45 Re 20 NC.arg. 35 37.0mm
PE29 PE.abr. 55 Re 25 NC.vert.arg. 20 28.0mm
PE30 PE.abr. 50 PE.arg. 20 Re 30 31.0mm
Nome da
Componente 1 % Componente 2 % Componente 3 % Componente 4 % L600
Associação de Solo
CEARÁ (cont.)
PE32 PE.plin.abr. 40 PE.arg. 25 PL.ind. 20 LHd.arg. 15 56.8mm
PE36 PE.plin.abr. 45 LVe.podz.med. 35 PE.arg. 20 25.8mm
PE38 PE.raso 35 Re 30 PE.arg. 20 NC.med. 15 37.0mm
PE39 PE.abr. 25 PE.raso.abr. 40 Re 35 34.0mm
PE4 PE.arg. 55 PE.arg. 25 Re 20 37.0mm
PE42 PE.raso abr. 70 REe.frag. 30 27.4mm
PE6 PE.arg. 40 PE.arg. 30 Re.med.arg. 15 AF 15 45.0mm
PE8 PE.arg. 45 PE.arg. 35 Re 20 37.0mm
PE9 PE.arg. 45 Re 35 Bv.trun. 20 41.6mm
PL1 PE.raso.abr. 15 PL.ind 50 SS.ind. 35 84.3mm
PL3 PL.ind. 50 SS.ind. 30 AF 20 90.5mm
PL4 Re 20 PL.ind. 50 SS.ind. 30 79.9mm
PL6 Re 20 PL.ind. 45 SS.ind. 35 82.6mm
Re11 Re 45 Re 40 Pe.arg. 15 35.0mm
Re18 Re 35 NC.ind 30 PL.ind. 20 SS.ind. 15 56.8mm
Re19 Re 55 NC.ind 30 PL.ind. 15 41.9mm
Re23 Re 60 PE.arg. 25 AF 15 45.0mm
Re25 Re 60 PE.arg. 25 AF 15 45.0mm
Re26 Re 50 AF 50 63.5mm
Re5 Re 60 PE.arg. 40 37.0mm
Re6 Re 65 PE.raso.arg 35 37.0mm
Re8 Re 45 NC.arg. 30 AF 25 50.3mm
Re9 Re 40 Re 30 PE.arg. 30 37.0mm
Red10 Red 45 AF 35 SS.ind. 20 73.2mm
Red1 REd.frag. 100 5.0mm
Red11 Red 45 NC.arg. 35 PL.ind. 20 43.6mm
Red2 REd.frag. 55 SS.aren.med. 25 AF 20 52.0mm
Red5 Red 50 PE.arg. 20 NC.ind. 30 37.0mm
Red9 Red 65 NC.arg. 20 SS.ind. 15 50.2mm
REe3 REe 80 AF 20 20.4mm
PARAÍBA
Ce1 Re.arg. 40 Ce.lat.med. 60 17.8mm
Ce2 Re 25 PE.orto 25 Ce.lat.med. 50 21.0mm
NC1 Re 40 NC 60 37.0mm
PE2 PE.orto. 100 37.0mm
PE3 PE.orto. 55 Re 45 37.0mm
PE6 PE.med. 55 Re 30 AF 15 32.9mm
Re1 Re.med. 100 37.0mm
Re18 Re 50 AF 50 63.5mm
Re2 Re.med. 100 35.0mm
Re5 Re 85 AF 15 45.0mm
Nome da
Componente 1 % Componente 2 % Componente 3 % Componente 4 % L600
Associação de Solo
PERNAMBUCO
AQd1 AQd 100 0.0mm
Ce2 Re 25 PE.orto 25 Ce.lat.med 50 21.0mm
LVd12 LVd.ind.hum. 100 15.0mm
LVe2 LVe.med. 60 PE.orto 40 17.8mm
NC2 Re 35 NC 40 NC.vert. 25 34.0mm
NC6 NC.plan. 55 BV 45 30.4mm
NC7 NC.plan. 70 V 30 25.0mm
NC8 Re 20 NC 30 NC.vert. 50 31.0mm
PE1 PE.orto 100 37.0mm
PE10 PE.med. 100 15.0mm
PE11 Re 30 AF 20 PE.med. 50 36.6mm
PE14 PE.arg. 55 Re.med. 25 AF 20 47.6mm
PE17 PE.arg. 60 Re.med. 40 37.0mm
PE19 LVe.med. 25 SC.ind. 25 PE.med. 50 12.5mm
PE3 PE.orto 50 PE.arg. 35 NC.plan. 15 35.2mm
PE5 PE.orto 60 Re 20 REe.frag. 20 30.6mm
PE6 PE.abr.arg. 70 Re 30 37.0mm
PE7 PE.plin.abr. 100 37.0mm
PE9 PE.med. 60 PE.arg. 40 23.8mm
PL1 PL 100 70.0mm
PL10 Re 35 AF 20 PL 45 62.5mm
PL2 Re 40 AF 15 PL 45 59.8mm
PL3 NC.vert. 35 PL 65 54.3mm
PL4 Re 20 NC 30 PL 50 53.5mm
PL7 Re 25 NC.vert. 30 PL 45 48.2mm
PV3 PE.orto 100 37.0mm
Rd1 Rd.aren. 100 37.0mm
Rd2 Re 50 AQd 50 18.5mm
Re10 Re 50 AF 50 63.5mm
Re4 Re 40 REe.frag. 35 PL 25 34.1mm
Re5 Re 40 AF 30 PE.med. 30 46.3mm
Re7 Re 40 AF 25 PL 35 61.8mm
Re9 Re 50 AF 50 63.5mm
REe1 REe.frag. 100 5.0mm
REe2 Re 30 AF 20 REe.frag. 50 31.6mm
REe3 REe.frag. 35 PE.med. 35 Re 30 18.1mm
REe5 REe.frag. 40 AF 30 SS.ind. 30 66.5mm
REe8 Re 25 REe.frag. 55 SS.ind. 20 37.0mm
SS2 Re 25 NC.vert. 35 SS.ind. 40 68.0mm
V1 V 100 25.0mm
V2 V 100 25.0mm
Nome da
Componente 1 % Componente 2 % Componente 3 % Componente 4 % L600
Associação de Solo
RIO GRANDE DO NORTE
Ae4 SH.ind. 30 Ae.ind. 70 55.0mm
Ce1 Ce.arg. 70 Re.med.arg. 30 37.0mm
Ce4 Ce.arg. 55 LVe.arg. 30 Re.med.arg. 15 30.4mm
LVd1 LVd.arg. 100 15.0mm
LVd3 LVd.med. 100 5.0mm
LVe2 LVe.podz.med. 40 AQd 30 PE.lat.med. 30 6.5mm
NC1 Re 30 NC 70 37.0mm
NC2 PE.med. 35 Re 20 NC 45 29.3mm
NC3 PE.med. 25 Re 35 NC 40 31.5mm
NC4 PE.raso.med. 35 Re 25 NC 40 37.0mm
PE1 LVe.cam.arg. 15 PE.orto 60 Re 25 33.7mm
PE2 PE.med. 60 PE.raso.med. 40 23.8mm
PE3 Re 30 PE.med. 40 NC 30 28.2mm
PE4 PE.med. 45 PE.raso.med. 30 NC 25 27.1mm
PE5 PE.raso.med. 30 Re 20 REe.frag. 25 NC 25 29.0mm
PE6 PE.abr.med. 50 LVe.podz.med. 30 AQd 20 9.0mm
Re13 Re 50 NC.vert. 30 V 20 31.0mm
Re15 PE.raso.med. 35 Re 50 AF 15 45.0mm
Re16 Re 50 AF 50 63.5mm
Re4 Re.med. 60 NC 40 37.0mm
Re6 Re 60 NC.vert 40 32.2mm
REe2 PE.raso.med. 30 Re 20 Re.frag. 50 21.0mm
SS1 SS.ind. 100 125.0mm
Etapa 4
Cálculo de L(p) – Lâmina média anual escoada na bacia, pelo ábaco da Figura A.3
ou pela fórmula:
Etapa 5
Etapa 6
Etapa 7
Etapa 8
Etapa 9
Avaliação, eventual, dos riscos e das conseqüências das rupturas dos açudes situ-
ados à montante.
Etapa 10
Etapa 11
3. Informações Necessárias
! Análise hidroquímica dos solos a serem irrigados e da água a ser utilizada, visando
avaliar os riscos de salinização;
b) Quando a bacia for muito pequena, a sua delimitação nos mapas e fotos deve ser
respaldada com uma visita ao campo, a fim de que se tenha um menor erro na
determinação da superfície da BHD;
Etapa 1
! Para áreas com menos de 5km2, utilizar fotografias aéreas ou mapas precisos
(escala 1:50.000 ou 1:25.000);
! Para áreas com mais de 25km2, podem-se usar mapas topográficos na escala
de 1:100.000, cuja precisão é suficiente, em todos os casos.
Se houver condições para uma escolha entre diversas escalas de mapas, deve-se
lembrar que o planímetro é o instrumento que apresenta maior precisão para medir
superfícies médias entre 20 e 100 cm2.
Etapa 2
Os valores centrais propostos para os L600 de cada solo foram determinados con-
siderando-se as condições médias existentes atualmente no sertão, para os principais
fatores suscetíveis de influenciarem o escoamento. Esses fatores são, por exemplo, o
estado da cobertura vegetal, o número de taludes, o relevo, a densidade de drenagem.
Quando um desses fatores atinge um valor que não pode ser considerado normal,
devem ser averiguadas as causas e realizadas as correções.
Subetapa 2.1
1) O sertão norte, caracterizado por um período chuvoso único, centralizado nos meses
de fevereiro a abril;
3) Numa zona de transição situada entre a zona litoral atlântica leste e o sertão, as
precipitações são de dois tipos: algumas são de origem convectivas, como no ser-
tão, outras são oriundas de frentes chuvosas oceânicas atenuadas pela distância.
Este segundo tipo de precipitação apresenta, geralmente, duração maior e intensi-
dades menores que o primeiro, e ocorrem durante o período de abril a agosto; são
mais favoráveis para a agricultura, mas provocam convectivas de mesma altura.
Informações Quantitativas:
Nas zonas cristalinas, na região do sertão e com uma pluviometria anual de 600mm,
as lâminas escoadas anuais da média das bacias variam entre 35 a 45mm, o que
corresponde ao coeficiente de escoamento anual de 6 a 8%. Entretanto, esse valor pode
ser multiplicado ou dividido por um fator de 2, 3 ou 4, de acordo com as condições
fisiográficas específicas locais.
o que corresponde a um acréscimo (ou a uma diminuição) de 40% por cada 100
mm de acréscimo (ou de diminuição) do total pluviométrico anual P.
Definições
! A lâmina escoada é uma lâmina de água fictícia que, se fosse repartida sobre
toda a Superfície da Bacia Hidrográfica de Drenagem, teria o mesmo volume
que o volume escoado. Essa lâmina pode ser comparada com lâmina precipi-
tada;
Nessas bacias, o volume da cheia decenal pode ser da ordem de grandeza da lâmi-
na média anual.
As características hidrodinâmicas dos solos das bacias foram escolhidas como prin-
cipais fatores de classificação das B.H.D., pelas seguintes razões:
b) O solo é formado pela ação das intempéries climáticas sobre as rochas geológicas.
Por esse motivo, o solo integra e encontra-se fortemente dependente das outras
características fisiográficas, como: geologia, declividade, vegetação e clima;
! Brunos Não Cálcicos Indiscriminados (NC ind.): fase pedregosa, relevo suave on-
dulado e ondulado mais solos Litólicos Eutróficos (Re): textura arenosa e média
fase pedregosa e rochosa, relevo suave ondulado e ondulado abstrato de gnaisse
e granito mais Planossol Solódico (PL ind.): textura arenosa/média e argilosa fase
relevo plano e suave ondulado mais Sololetz Solodizado (SS ind.): textura areno-
sa/média e argilosa, fase pedregosa relevo plano e suave ondulado, todos A fraco
fase caatinga hiperxerófila.
! 40% de NC ind.
! 25% de Re
! 20% de PL ind.
! 15% de SS ind.
! Cálculo da Lâmina L600:
Subetapa 2.2
Subetapa 2.2.1
Estes números mostram a influência muito forte que pode ter a cobertura vegetal.
Entretanto, deve-se ressaltar que essas variações correspondem à experimentação que
implicaram, geralmente, em um desmatamento total, raramente observado em bacias
maiores.
* Deve-se considerar, sobretudo, o grau de proteção de cobertura do solo e da intercepção da chuva causada pela vegetação.
Assim, um pasto em bom estado, ou seja, onde as plantas criam uma camada fechada que protege totalmente o solo,
pode ser considerado como uma unidade bem conservada, pois é equivalente, em termos de intercepção de chuva, a
uma caatinga nativa. As zonas de solo nú, desprovido de cobertura vegetal e compactado, devem ser consideradas como
muito degradadas.
No caso de uma pequena bacia e para os grupos de solos 1, 3, 4.1 e 4.2, propomos
multiplicar o valor de L600 por um fator de correção CV, que poderá variar entre 0,5 e 2,
segundo o grau de conservação ou de deterioração da vegetação. No entanto, recomen-
da-se não utilizar valores de CV inferiores a 0,75 ou superiores a 1,5, salvo em casos
extremos.
Subetapa 2.2.2
Subetapa 2.2.3
Como já foi explicado, a classificação por grupo de solo integra e depende de mui-
tos outros fatores: natureza geológica do subsolo, influência do clima, do relevo, etc.
Essas correções só deverão ser realizadas no caso de anomalias visíveis, tais como:
Podem-se, também, nesse caso, efetuar correções dos valores de L600 dos solos
suscetíveis a muitas variações.
Assim, a L600 dos aluviões, cujo valor central foi fixado em 25mm, pode variar, na
realidade, entre 0, no caso de aluviões arenosos, e mais de 100mm, no caso de aluviões
argilosos.
O valor central de L600 dos Planossolos que foi fixado em 70mm, pode diminuir
consideravelmente quando o horizonte arenoso for muito espesso. Essa diminuição é
agravada pelo fato de que os Planossolos mais espessos e suscetíveis de maior intercepção
de água, encontram-se na parte baixa da toposeqüência.
A L600 dos afloramentos de rocha, que foi fixada em 90mm, pode, também, variar
muito, em função da permeabilidade e da espessura do solo situado embaixo dos
afloramentos e da superfície efetivamente coberta pelos afloramentos.
Frisa-se, novamente, que a realização dessa etapa relativa a “outros fatores corre-
tivos” precisaria ser, na medida do possível, evitada e que só deveria ser realizada por
pedólogos já experimentados na aplicação do presente método de classificação.
O valor da lâmina L600 corrigida de toda a BHD é a média ponderada dos L600 de
cada Unidade de Mapeamento (UM) por suas superfícies. Utilizar a seguinte fórmula:
Etapa 3
4.3.1 Determinação do Total Anual Médio das Precipitações a partir do Mapa de Isoietas
Subetapa 3.1
Nas bacias menores, quando os gradientes pluviométricos não são elevados, pode-
se admitir que todas as unidades de solo da bacia recebem a pluviometria anual P.
Caso contrário, as isoietas que interessam a BHD deverão ser traçadas. O cálculo
da pluviometria média deverá ser realizado para cada unidade de solo, seja por
planimetragem, seja efetuando um cálculo simplificado, aplicando-se a fórmula:
Pmaxi + Pmin
Pi=
2
Quando a diferença entre Pmax e Pmin é superior a 300mm, a unidade de solo deve
ser subdividida em duas partes pela isoieta média, e os cálculos da chuva média deverão
ser realizados, separadamente, para cada subunidade.
Subetapa 3.2
Etapa 4
A lâmina parcial de cada unidade de solo Ui pode ser calculada a partir de L600
corrigida, da precipitação média e do coeficiente climático C, sendo Si a superfície ocu-
pada pela unidade de solo Ui e S a superfície total da BHD (vide Figura A.3).
Si
li = x L600 corrigida x C x e ~ supA(p-600)
S
Caso Geral Zona de Transição ou Bacia Muito Heterogênea Bacia com L600 >100 mm
0,0033 0,0040 0,0025
Σ
n
L(p) = li
Etapa 5
Ve = S L(p) x 1000,
Considera-se o caso de uma pequena bacia de 48km2, situada no Ceará (vide Figura
A.4 e Tabela A.5).
Superfície do
Unidade de Mapeamento Composição em % Precipitação (mm)
Mapeamento Pedológico
32km2 NC 15 NC.ind.-40% Re-25% 650
PL.ind.-20% SS.ind.-15%
10km2 PL 3 Pl.ind.-50% SS.ind.-30% 700
Af-20%
6km2 Re 23 Re-60% PE.arg.-25% 750
Af-15%
Cálculo de L(p):
L(p) (NC 15), lâmina corrigida para uma pluviometria média P de 650mm da Unida-
de de Mapeamento, é calculada através da seguinte fórmula, admitindo um coeficiente
“A” de 0,0033:
Obs: Aproveita-se este exemplo para mostrar como foi determinado o L600 de
cada unidade de mapeamento. A Tabela A.1 fornece, por exemplo, para a unidade
NC 15, as seguintes unidades de solo:
O Valor de L600 da unidade de solo NC deve ser calculado pela seguinte fórmula:
Etapa 6
Distingue-se um primeiro caso em que este açude pode ser intensiva e integral-
mente utilizado para irrigação, logo depois do inverno, de maneira a minorar as perdas
por evaporação e infiltração. Deve-se lembrar que 54% do volume total do açude encon-
tram-se, em média, estocados na camada superior, correspondente ao primeiro quarto da
profundidade).
Tal caso torna-se possível quando o abastecimento é assegurado por outra fonte
(cisterna, cacimba, poço, outro açude maior, rio perene, etc.).
No segundo caso, o açude, embora seu próprio tamanho implique que haja, geral-
mente, outras fontes de abastecimento possíveis em caso de estiagem, é a base normal
do abastecimento (as outras fontes estão muito distantes, etc.). Embora isto implique
em grandes perdas, em termos de volume, restringe-se o uso a cultivos de vazante,
piscicultura, além do abastecimento.
Neste caso, o uso para irrigação deve ser restrito e definido para pouco prejudicar
a segurança do abastecimento (utilização quando o açude está cheio, para minorar o
rebaixamento decorrente da irrigação).
No caso em que o açude pode ser totalmente liberado para irrigação, o tamanho
do açude deverá ser maior e o tamanho do perímetro dependerá da escolha de cultivos
perenes ou não.
c) Grande açude – O grande açude tem capacidade suficiente para assegurar sua
perenidade, mesmo em caso de seca excepcional. Um perímetro pode ser adjunto,
dimensionando-o em função da segurança desejada para o abastecimento.
Etapa 7
! Freqüência de sangria;
! Freqüência de esgotamento;
! Plano cultural:
4.7.2 Dimensionamento
Esses valores devem ser modificados, caso o açude esteja servindo, também, de
reserva para abastecimento.
! A redução do perímetro deverá ser de 50%. Isto acarreta uma diminuição da renta-
bilidade econômica e do TIR (que passa, no exemplo, a 18%, para um perímetro de
5ha);
! A capacidade do açude deve ser aumentada até 60% – 70% do volume anual médio
escoado.
O volume sangrado anual médio passa de 75% a 60% do volume escoado anual
médio mas, sobretudo, a irregularidade das sangrias (e dos volumes transmitidos à
jusante) aumenta (o açude passa a sangrar um ano sobre dois, valor que pode variar em
função da irregularidade da chuva local).
! Um açude de volume igual (ou superior) ao volume anual escoado médio poderá
irrigar um perímetro dobrado (20ha, no exemplo) sem reduzir muito a segurança
do abastecimento;
! Para tal açude, apenas 50% dos escoamentos são transmitidos para jusante (pelo
sangradouro). A irregularidade aumenta: ocorrem sangrias 4 anos sobre 10;
! Para um açude de volume igual ao dobro do volume escoado anual médio, apenas
30% dos escoamentos é transmitido, havendo sangria somente 2 (ou 3) anos so-
bre 10. Neste caso, as condições são propícias à concentração dos sais no açude;
Etapa 8
Chuva
! O volume total precipitado (em m3), que corresponde ao produto da lâmina preci-
pitada em m pela superfície da BHD em m2;
Cheia
ƒ
C
Ve= Q(t) dt
Chama-se lâmina escoada (Le) uma lâmina de água fictícia que, repartida sobre
toda a superfície da BHD, teria um volume igual ao volume escoado. A lâmina escoada
pode ser diretamente comparada com a lâmina precipitada.
Período de Retorno:
A maior parte dos parâmetros anteriores, que caracterizam cada cheia, são susce-
tíveis de análises em termos estatísticos para determinação das características de cheias
de freqüências ou período de retorno determinado.
Cheia de Projeto:
A distribuição estatística dessas fortes chuvas (que têm, geralmente, a mesma ori-
gem climática) é bastante homogênea em todo o Nordeste semiárido (vide Tabela A.6).
Como conseqüência, os volumes escoados das fortes cheias serão, então, princi-
palmente, função da superfície da BHD.
b) Velocidade de escoamento nos leitos dos rios, que será função do relevo, da
declividade e dos obstáculos nos leitos (curvas, pedras, vegetação);
Onde:
FC é um fator de correção que pode variar entre 0,5 e 1,2 que integra correções
oriundas dos fatores seguintes:
L/1 1 2 3 4 5 6 7
Cform 1 1 0,85 0,75 0,70 0,65 0,63
Coeficiente de Gravelius 1,12 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7
Uma atenção especial deve ser dirigida ao tipo de bacia cujo curso de água principal
é dobrado, conforme Figura A.7.
As cheias desse tipo de bacia são menos perigosas. Cdren pode ser diminuído no
máximo de 25%, variando, então, entre 0,75 e 1.0.
As cheias desse tipo de bacia serão mais perigosas. Cdren pode ser aumentado no
máximo de 15%, variando, então, entre 1 e 1,15 (vide Tabela A.8).
O coeficiente Crel pode variar entre 0,6 e 1,1. O relevo padrão corresponde a relevo
de ondulado a forte, com declividades transversais da ordem de 10 a 15% longitudinais
de 0,5 a 2%.
Quando o relevo for muito mais forte (ou seja, montanhoso e escarpado), Crel
poderá subir para 1,10 ou excepcionalmente para 1,20, quando o leito dos riachos for liso
e desprovido de vegetação (baixos coeficientes de MANNING), permitindo, assim, uma
evacuação rápida das cheias (vide Tabela A.9).
Assim, por exemplo, uma bacia composta de solos do grupo 3, apresentando de-
gradações importantes em uma proporção Sdegr de sua superfície avaliada em Sdegr =
20%, terá um coeficiente Cdegr de 1,10, calculado da seguinte maneira:
Frisa-se que essa correção Cdegr só deverá ser realizada quando uma parte impor-
tante da BHD (superior a 10 e 15% em todos os casos) for efetivamente degradada. Não
devem ser levadas em conta degradações localizadas e de pequena superfície (estradas,
campo de futebol).
Figura A.10 Características das Cheias – Tempo de Base Médio em Função da Superfície –
Bacias Cristal
Figura A.11 Características das Cheias – Tempo de Base médio em Função da Superfície –
Bacias Sedimentadas
BIBLIOGRAFIA
“Design of Small Dams”; U.S. “Bureau of Reclamation”; Denver, CO, U.S.A.; 1987.
Manual de Microcentrais Hidroelétricas; Ministério das Minas e Energia, Eletrobrás, D.N.A.E.E.; Rio de
Janeiro, RJ, Brasil; junho 1985.
Curso de Barragens de Terra, Volume I; D.N.O.C.S., L. Hernani de Carvalho; Fortaleza, CE, Brasil; 1983.
Cursos de Barragens de Terra, Volume II; D.N.O.C.S., L. Hernani de Carvalho; Fortaleza, CE, Brasil;
1984.
Instruções Gerais a Serem Observadas na Construção das Barragens de Terra; Ministério do Interior,
D.N.O.C.S.; Fortaleza, CE, Brasil; 1981.
“Federal Guidelines for Dam Safety”; “Federal Emergency Management Agency”; Washington, DC,
U.S.A; Junho 1979.
“A Guide to Design and Construction of Medium Sized Earth Dams in Rhodesia”; “Ministry of Water
Development”,D.N. Shaw; Harare (então Salisbury), Zimbabwe (então Rhodesia); Julho 1977.
Roteiro para Projeto de Pequenos Açudes; D.N.O.C.S., Vicente de Paulo P.B Vieira e Antonio Gouveia
Neto; Fortaleza, CE, Brasil; 1983.
“Criteres de Project des Barrages” – “Bulletin 61”; ”Commision Internacionale des Grade Barrages”;
Paris, France; 1988.
BIBLIOGRAFIA –
ANEXO
Aguiar, F.G. de – Estudo Hidrométrico do Nordeste Brasileiro - IFOCS.B., Rio de Janeiro, jan/mar,
1940. V. 13, n. 1.
Assunção, M.S. de; Leprun, J.C.; Cadier, E. Avaliação dos Recursos Hídricos das Pequenas Bacias do
Nordeste Semiárido: Açu, Batateiras, Missão Velha e Quixabinha; Características Físico-Climáti-
cas. (Síntese dos resultados). Recife, SUDENE-DRN-HME, 1984. 52 pg. il. (Brasil. SUDENE.
Hidrologia, 22). “Convênio SUDENE/ORSTOM”.
Barreto, F.H.; Leprun, J.C.; Cadier, E.; Cavalcante N. Ma. da C; Herbaud, J.J.M. Classificação Hidrológica
de Pequenas Bacias
Hidrográficas no Nordeste Semiárido. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, VIII. ABID, Foz do
Iguaçu, 1989. Anais do... V.1, pg. 666-676. São Paulo, 1989.
Berton, S. “La maitrise des crues dans les bas-fonds. Petits Microbarrages en Afrique de l’quest”.
Paris, 1988. 474 pg. il. Dossier nº 12. GRET (“Groupe de Recherche et d’échanges Technologiques”).
Brasil. SUDENE. Plano de Aproveitamento Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste do Brasil.
Recife, 1980. Fase I, 13 volumes.
Brasil. SUDENE. Divisão de Hidrogeologia. Mapa Hidrogeológico do Nordeste (folha 9). Recife, 1968.
Brasil. SUDENE.GEVJ. Estudo Geral de Base do Vale do Jaguaribe. Recife, 1967. SUDENE/ASMIC, V.5,
Monografia Hidrológica, Bibliografia.
Cadier, E. Método de Avaliação dos Escoamentos nas Pequenas Bacias do Semiárido. Recife, SUDENE-
DRN-HME, 1984. 75 pg. il. (Brasil.SUDENE.Hidrologia, 21). “Convênio SUDENE/ORSTOM”.
Cadier, E.; Albuquerque, C.H.C. de; Araújo Filho, P.F.; Nascimento P.H. de A.; Montgaillard, M.
Dimensionamento de Pequenos Reservatórios Superficiais do Nordeste Semiárido. In: Simpósio
Brasileiro de Recursos Hídricos, VIII. ABID, Foz do Iguaçu, 1989. Anais do..., V. 1, pg. 202-225
São Paulo, 1989.
Cadier, E.; Cochonneau, G.; Gusmão, A.C.S. Estudo Estatístico das Precipitações Diárias no Estado de
Pernambuco. In: Simpósio Brasileiro de Hidrologia e Recursos Hídricos, IV. Fortaleza, 198l. Anais
do... ABRH. V. 1, pg. 4l4-22.
Cadier, E.; Freitas, R.J. Bacia Representativa de Sumé. Primeira Estimativa dos Recursos de água.
Campanhas 73/80. Recife, SUDENE-DRN, 1983. 180 pg. il. (Brasil. SUDENE. Hidrologia, 14). “Con-
vênio SUDENE/ORSTOM”.
Cadier, E.; Freitas, R.J.; Leprun, J.C. Bacia Experimental de Sumé-PB; Instalação e Primeiros Resulta-
dos. In: Simpósio Brasileiro de Hidrologia e Recursos Hídricos, V. Blumenau, 1983. Anais do...
Blumenau, ABRH, 1983. V. 1 pg. 69-90.
Cadier, E.; Lanna, A.E.; Menezes, M. et al. – Avaliação dos Estudos Referentes aos Recursos Hídricos
das Pequenas Bacias do Nordeste Brasileiro. In: Simpósio Brasileiro de Hidrologia e de Recursos
Hídricos, VII. Anais do... ABID, Salvador, 1984.
Campello, S. “Modélisation de l’éàcoulement sur des petits cours d’eau du Nordeste (Brésil)”. Paris,
ORSTOM, 1979. 121 pg. il. Bibliografia, Tese.
Campello, S. et al. Planificação, instalação e operação de uma rede de bacias representativas em fase
de rotina: experiência da SUDENE. In: Simpósio Brasileiro de Hidrologia e Recursos Hídricos, V.
Blumenau, 1983. Anais do ... Blumenau, ABRH, 1983. V. 1 pg. 25-38.
Casenave, A.; Valentim, C. “Les états de surface de la zone sahélienne. Influence sur l’infiltration” .
Paris, 1989. Editions de l’ORSTOM. 229 pg.
CIEH – “Departement Hydrologic. Etude des pluies journalieres de fréquence rare dans les états
membres du CIEH. Rapport de synthese”. CIH, Ouagadougou, 1985.
Dubreuil, P. “Le rôle des parametres caractéristiques du milieu physique dans la synthese et
l’extrapolation des données hudrologiques recueillies sur bassins représentatifs. In: Symposium
sur les Résultats de Recherches sur Bassins Représentatifs et Expérimentaus”. Wellington. AISH-
Publication, 96. 1970.
EMBRAPA. Seleção de áreas e Construção de Barreiros para Uso de Irrigações de Salvação no Trópi-
co Semiárido. Circular Técnica 3. Petrolina, l98l.
Estados Unidos. “Department of Agriculture. Agricultural Research Service. Soil and Water
Conservation Research Division. Field Manual for Research in Agricultural Hydrology. Washing-
ton D.C., 1986, 214 pg. (Agriculture Handbook, 224)”.
Estados Unidos. “Bureau of Reclamation Publications. Design of Small Dams. 856 pg. Third edition
1987. 2 maps cloth Bound”.
France. “Ministere de l’Agriculture. Groupe de travail permament pour les barrages en aménagement
rural. Techniques des Barrages en Aménagement Rural”. Paris, 1977. 325 pg.
Hargreaves, G. “Monthly Precipitation Probabilities for Northeast Brazil. S.L. University Utah State,
Department of Agricultural and Irrigation Engineering”, 1973. 423 pg.
Herbaud, J.J.M.; Magalhães, F.X. de; Cadier, E.; et al. Bacia Representativa de Juatama. Relatório
Final. Recife, SUDENE-DPG-PRN-HME, 1989. 153 pg. (Brasil.SUDENE.Hidrologia, 24). “Convênio
SUDENE/ORSTOM”.
Herbaud, J.J.M.; Lins, M.J.A.; Assunção, M.S. de; et al. Bacia Hidrográfica Representativa de Ibipeba.
Relatório Final. Recife, SUDENE-DPG-PRN-HME, 1989. 219 pg. (Brasil. SUDENE. Hidrologia, 27).
“Convênio SUDENE/ORSTOM”.
Laraque, A. Simsal Um Modelo de Previsão da Salinização dos Açudes do Nordeste Brasileiro. In:
Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, VII. ABID, Foz do Iguaçu, 1989. Anais do..., Salvador,
1989.
Laraque, Alain. Estudo e Previsão da Qualidade da água dos Açudes do Nordeste Semiárido Brasilei-
ro. Recife, SUDENE-DPG-PRN-HME, 1989. 91 pg. il. (Brasil.SUDENE.Hidrologia, 26). “Convênio
SUDENE/ORSTOM”.
Leprun, J.C. Primeira Avaliação das águas Superficiais do Nordeste. Relatório de fim de convênio de
manejo e conservação do solo do Nordeste brasileiro. Recife, SUDENE-DRN, 1983. 91-141 pg.
“Convênio SUDENE/ORSTOM”.
Leprun, J.C.; Assunção, M.S.; Cadier, E. Avaliação dos Recursos Hídricos das Pequenas Bacias do
Nordeste Semiárido. Características Físico-Climáticas. (Primeira Síntese dos Resultados Obti-
dos). Recife, SUDENE-DRN-HME, 1983. 71 pg. il. mapas. (Brasil. SUDENE. Hidrologia, 15). “Con-
vênio SUDENE/ORSTOM”.
Nouvelot, J.F.; Ferreira; P.A.S.; Cadier, E. Bacia Representativa do Riacho do Navio. Relatório Final.
Recife, SUDENE-DRN-HME, 1979. 193 pg. il. (Brasil.SUDENE.Hidrologia, 6). Bibliografia. “Convê-
nio SUDENE/ORSTOM”.
Puech, C.; Chabi-Gonni, D. “Méthode de calcul des débits de crue décennale pour les petits et moyens
bassins versants en Afrique de l’Ouest et Centrale (2e édition)”. CIEH, Ouagadougou, 1984. 9l pg.
Pungs, J.P.; Cadier, E. Manual de Utilização dos Sistemas BAC e DHM. Banco de Dados Hidrometeo-
rológicos da SUDENE. Recife, SUDENE-DRN-HME. l985. 139 pg. il. (Brasil.SUDENE.Hidrologia,
23). “Convênio SUDENE/ORSTOM”.
Ribstein, P. “Modeles de crues et petits bassins versants au sahel. Montpellier, 1990. 3l7 pg. Université
des Sciences et Techniques du Languedoc (These de Doctorat)”.
Rodier, J.A.; Ribstein, P. “Estimation des caractéristiques de la crue d\cennale pour les bassins versants
du SAHEL couvrant 1 a 10 km2”. Montpellier, 1988. ORSTOM. 133 pg.
Rodier, J.A. “La transposition des résultats des bassins représentatifs et ses problemes. Cahiers
ORSTOM, série Hydrologie”. Paris, 1982. 19(2), pg. 115-27.
Rodier, J.A. “Evaluation de l’écoulement annuel dans le Sabel tropical africain. Paris, ORSTOM, 1975.
121 pg. il. (Travaus et Documents de l’ORSTOM, 46"). Bibliografia.
Rodier, J.A.; Auvray, C. “Estimation des débits des crues décennales pour les Bassins Versants de
superfícies inférieures à 200 km2”. Paris, ORSTOM-CIEH, 1965. 30 pg. il.
Rodier, J.A. “Ecoulement de surface dans les bassins perméables du Sahel. Comparaison avec d’autres
bassins perméables tropicaux. Hydrologie continentale”. Vol. 4, nº 2. Paris, 1990. ORSTOM. pg.
123-138.
S.C.S. (“Soil Conservation Service”). “Urban Hydrology for Small Watersheds Technical Release 55.
Department of Agriculture”, U.S.A., 1975.
Thornthwaite, C.W.; Mather, J.C. “Instructions and Tables for Computing Potential Evapotranspiration
and Water Ballance. Centertan, 1957. Drexel Institut of Technology (Publications in Climatology,
3)”.
Toebes, C.; Ourivaev, V. “Representative and Experimental Bassins, an International Guide for Research
and Pratice”. Paris, UNESCO, 1970.
Vieira et al. Descrição da Rede de Bacias Representativas e Experimentais do Nordeste Brasileiro. In:
Simpósio Brasileiro de Hidrologia e Recursos Hídricos, V. ABRH, Blumenau, 1983. Anais do ...
Fortaleza, 1983. v. 1, pg. 39-66.
Obs.: Faltam referências dos outros mapas de solo e hidrológicos do Nordeste, a serem sugeridos
por LEPRUM, Sl CAMPELLO, BUREC e DNOCS.