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MANUAL DO PARTICIPANTE

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Sumário
1. ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS – NR 16 ............................................................. 2
1.1. ANEXO 1 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS ..................... 9
1.2. ANEXO 2 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES COM INFLAMÁVEIS ....................................... 11
ESTUDO DE CASO: MOVIMENTAÇÃO DE BAGAGEM EM AEROPORTOS .............................. 18
1.3. ANEXO 3 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS
OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE
SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL ............................................................................... 19
1.3.1. ESTUDO DE CASO COM ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA ............................................... 21
1.4. ANEXO 4 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA ....... 22
1.4.1. PRIMEIRA POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO .................................................... 23
1.4.2. SEGUNDA POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO .................................................... 23
1.4.3. TERCEIRA POSSIBILIADADE DE ENQUADRAMENTO ................................................. 27
1.4.4. QUARTA POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO....................................................... 31
1.4.5. ESTUDO DE CASO COM PROXIMIDADE EM ENERGIA ELÉTRICA............................. 33
1.4.6. ESTUDO DE CASO DA EXPOSIÇÃO A ENERGIA ELÉTRICA EM S.E.P. ..................... 34
1.4.7. NÃO É DEVIDO O ADICIONAL ........................................................................................ 37
1.4.8. QUANTO A FORMA DE EXPOSIÇÃO ............................................................................. 38
1.5. ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA – ANEXO 5 ............................................. 38
1.5.1. ESTUDO DE CASO DA ATIVIDADE DE MOTOCICLISTA .............................................. 38
1.6. ANEXO * - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES
OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS .............................................................................................. 39

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1. ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS – NR 16

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PASSO A PASSO PARA O ENQUADRAMENTO LEGAL:

A atividade
esstá Área de Artigo 193
listada no risco da CLT
anexo?

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Estudo de caso: CAMINHÃO COM TANQUE MODIFICADO

O Autor alega na inicial que:

“O veículo conduzido pelo Reclamante ao longo do contrato, foi modificado pelas Reclamadas,
quanto ao volume de combustível armazenado em seus tanques.

A capacidade original foi ampliada para um total de 1.100 litros nos tanques do Cavalo, e além
desse montante, o tanque da câmara fria, armazena mais 95 litros. Assim, quando abastecido o
veículo sai do posto de combustível com 1.195 litros de diesel.

Nesse sentido, percebe-se que, com o acréscimo dos tanques suplementares, a quantidade de
combustível transportado passou a extrapolar os limites estabelecidos pela NR 16 da Portaria
n. 3.214/78, que são de duzentos litros para inflamáveis líquidos, senão vejamos o que diz o item
16.6 da referida NR, ipsis litteris:

“16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer


vasilhames e a granel, são consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o
transporte de pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis
líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para inflamáveis gasosos liquefeitos.” (Grifei)

A Reclamada alega na contestação que:

“Afirmam o reclamante que faz jus ao adicional de periculosidade vista que pela Reclamada
teria sido majorada a capacidade do tanque de combustível para 1.100 litros nos tanques do
“cavalo” bem como e somado aos 95 litros do tanque da câmara fria, pelo que, ante a tais
premissas postula pela condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de
periculosidade.

“A priori”, de se esclarecer e desde já impugnar a alegação de que a Reclamada teria acrescido


tanque de combustível complementar – majorando a capacidade dos referidos, eis que tal fato
jamais ocorreu, já que o(s) veículo(s) coduzido(s) pelo de cujus sempre contaram unicamente
com o(s) tanque(s) de combustíveis originais de fábrica.

Sendo assim, a verdade é que jamais houve instalação, pela Reclamada, de tanque de
combustível suplementar, o que por si só conduz o pleito a improcedência.

15.2 “Ad cautelam”, mesmo que houvesse sido instalado o “dito” tanque suplementar e/ou
majorado a capacidade do referido, o que se frisa não ocorreu e aqui se faz unicamente por
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argumentação, da mesma forma não mereceria guarida o pleito, já que a existência de tanque
suplementar e/ou “transporte” de tal “litragem” não se assemelha e/ou pode ser
considerada/equiparada ao transporte de combustíveis, uma vez que utilizado para consumo
do próprio caminhão.”

TEXTO INICIAL DA NR 16:

16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos desta Norma
Regulamentadora - NR.

16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de


adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.

16.2.1 O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da periculosidade,


mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos
termos do artigo 195 da CLT.

16.4 O disposto no item 16.3 não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho nem a realização
ex-officio da perícia.

16.5 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades ou operações perigosas
as executadas com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou auto catalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e
atritos.

16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames


e a granel, são consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas
quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco)
quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.

16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo


próprio dos veículos, não serão consideradas para efeito desta Norma.

Texto 16.6.1.1. Não se aplica o item 16.6 às quantidades de inflamáveis contidas


acrescentado
nos tanques de combustível originais de fábrica e suplementares,
certificados pelo órgão competente.

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CARACTERÍSTICAS DOS TANQUES DE COMBUSTÍVEL

TANQUE DE COMBUSTÍVEL DO CAMINHÃO


O veículo inspecionado possui dois tanques com as seguintes
características:

Kit T/BIASE, alum, R124AI200-03 CE CR; Kit tanque 730mm LM/LC, 1200Lts,
SR R 124 6x2 3 eixo bal. Todos e.e. 3.550mm, CE.I.M, classe III 600L + LC
Classe III.

Resta comprovado que foi instalado dois tanques com capacidade de 600L
cada um de óleo diesel.
Ambos os tanques são do fabricante de nome METALÚRGICA BIASI LTDA.
Localizado entre a câmara fria e a cabine do caminhão.

TANQUE DE COMBUSTÍVEL DA CÂMARA FRIA


O tanque auxiliar serve para manter o sistema de ar frio no interior da
câmara fria. Fabricado em fibra, com capacidade de até 180L de óleo
diesel.

JUSTIFICATIVA

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16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos


veículos, não serão consideradas para efeito desta Norma.

16.6.1.1. Não se aplica o item 16.6 às quantidades de inflamáveis contidas nos


tanques de combustível originais de fábrica e suplementares, certificados pelo
órgão competente.

CONCLUSÃO

Considera-se como condição ACEITÁVEL e NÃO PERICULOSA, conforme NR


16 da Portaria 3214/78, pois as quantidades de inflamáveis contidas nos
tanques de combustível originais de fábrica e suplementares caso em tela,
certificados pelo órgão competente.

1.1. ANEXO 1 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS


(Redação dada pela Portaria SSMT n.º 2, de 2 de fevereiro de 1979)

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1.2. ANEXO 2 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES COM INFLAMÁVEIS

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ESTUDO DE CASO: A GARÇONETE DA LOJA DE CONVENIÊNCIA DE UM POSTO DE


GASOLINA

A Autora alega na inicial que:

“A atividade desenvolvida pela autora enquadra-se no disposto no § 1º do Art. 193 da


CLT, o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% (trinta por cento) sobre o salário devido, UMA VEZ QUE TRABALHAVA DENTRO
DA ESTRUTURA DO POSTO DE COMBUSTÍVEIS, SERVINDO PRÓXIMO ÀS BOMBAS, EM
RISCO EMINENTE, o que restará indubitavelmente provado em instrução
processual/perícia, esta última se assim entender V. Ex.ª necessário”

A Reclamada alega na contestação que:

“A Reclamante não tem direito à percepção do adicional de periculosidade. Os tribunais


pacificaram o entendimento que, o simples fato de trabalhar em uma lanchonete

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localizada ao lado do posto de combustível não faz jus à percepção do adicional de


periculosidade”

AMBIENTE DE TRABALHO:
A Autora quando no desenvolvimento de sua função de GARÇONETE, permaneceu
habitualmente nessa função, durante todo o período laborativo no mesmo local na cidade de
FRANCISCO BELTRÃO/PR.

Vista externa do Restaurante Área interna do Restaurante

ATIVIDADES DA AUTORA CONFORME INICIAL:


Atividades desenvolvidas FREQUÊNCIA

Bater o ponto no início e no término da jornada laborativa no


Duas vezes ao dia
computador localizado nas bombas de abastecimento do
Posto de Gasolina.
Atendem os clientes, servem alimentos e bebidas nas mesas. Diariamente durante
Retiram os utensílios das mesas e colocam na bancada para quase o tempo todo
serem lavados pelo setor de cozinha. do expediente.

Retirar o lixo gerado pelo restaurante (somente da área


comercial, exclui-se a cozinha e sanitários), acondicioná-los
Uma vez por dia
no carrinho e conduzi-lo até o depósito de lixo, localizado no
pátio do Posto de Gasolina.

Limpar o piso interno do Restaurante, utilizando-se de um


balde de aproximadamente 10L, despejar uma quantidade
5 a 10 minutos diários
mínima de detergente e álcool, umedecer o pano de limpeza
no final do expediente
dentro desta solução, torcer o pano e com auxilio de um
rodo, realizar a limpeza do local.

Passar o pano tipo flanela, umedecido em álcool sobre as


Várias vezes ao dia
mesas, logo após ter sido utilizada pelos clientes.

Retirar bebidas no depósito e repor nas geladeiras. Uma vez por dia.

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5m

ATIVIDADE 3: “bater o ponto” no início e no final da jornada instalado na


bomba de abastecimento.

DISTÂNCIA AFERIDA: 0m
Detalhe do sistema eletrônico do
controle de presença de funcionários

Justifique e fundamente!!!!!

JUSTIFICATIVA

1. m. nas operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos.

2. V. Operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos:


a) atividades ligadas diretamente ao abastecimento de viaturas com motor de explosão.

CONCLUSÃO

Não há enquadramento legal conforme NR 16 da Portaria 3214/78, considera-


se como condição NÃO PERICULOSA visto que as atividades não estão
ligadas diretamente ao abastecimento de viaturas com motor de explosão.

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ESTUDO DE CASO: MOVIMENTAÇÃO DE BAGAGEM EM AEROPORTOS

Informar a atividade
conforme item 1, do
anexo 2.
Informar o
entendimento da
atividade anterior
conforme item 2, do
anexo 2.
Informar a área de risco
conforme item 3 do
anexo 2.

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1.3. ANEXO 3 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A


ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES
PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL

PASSO A PASSO:

O PROFISSIONAL
TEM QUE TER O
CURSO DE A ATIVIDADE
VIGILANTE E TER DEVE FAZER
UM VÍNCULO PARTE DO ITEM
EMPREGATÍCIO 3, DO ANEXO 3

A EMPRESA
DEVE ESTAR
REGISTRADA NA
POLICIA FEDERAL

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O PROFISSIONAL TEM A ATIVIDADE DEVE


QUE TER O CURSO DE
VIGILANTE E PRESTA
FAZER PARTE DO
SERVIÇO EM UMA ITEM 3, DO ANEXO
EMPRESA PÚBLICA 3

A EMPRESA
PÚBLICA NÃO
PRECISA ESTAR
REGISTRADA NA
POLICIA FEDERAL

Os profissionais de segurança pessoal ou patrimonial são denominados vigilantes, de


acordo com o artigo 15 da Lei 7.102, de 20 de junho de 1983.

O referido artigo expressa que o vigilante, "é o empregado contratado para a execução
das atividades definidas nos incisos I e II do caput e §§ 2º, 3º e 4º do art. 10". Ou seja,
para "proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas;
realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga."

Quanto ao texto do ANEXO 3:

1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física são
consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os


trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança


privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente
registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas
alterações posteriores.

b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em


instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens
públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta.

Das atividades do profissional:

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Primeiro, verifique se a EMPRESA tem registro no MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Segundo, verifique se ele é
habilitado como VIGILANTE. Terceiro, verifique a ATIVIDADE no quadro.

1.3.1. ESTUDO DE CASO COM ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA

O Autor realizava o monitoramento de locais, através de sistemas eletrônicos


de segurança na BASE da empresa na cidade de PORTO VELHO - RONDÔNIA
e sua função específica era atender todas as empresas clientes do Estado do
Paraná. Quando ocorria algum sinistro o Autor realizava o contato via telefone
para o Atendente de Alarmes verificar a ocorrência. O Autor não tinha o curso
de VIGILANTE.

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JUSTIFICATIVA

CONCLUSÃO

1.4. ANEXO 4 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA


ELÉTRICA

LEI Nº 12.740 e aprovada pela Portaria MTE Nº 1078 DE 16/07/2014

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1ª POSSBILIDADE DE
ENQUADRAMENTO
a) que executam atividades
ou operações em instalações
ou equipamentos elétricos
energizados em alta tensão

2ª POSSIBILIDADE DE
ENQUADRAMENTO
2. Não é devido o
pagamento do adicional nas b) que realizam atividades ou
seguintes situações operações com trabalho em
proximidade, conforme
estabelece a NR-10

4ª POSSIBILIDADE DE 3ª POSSIBILIDADE DE
ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO
c) que realizam atividades ou operações
d) das empresas que operam em em instalações ou equipamentos
instalações ou equipamentos elétricos energizados em baixa tensão
integrantes do sistema elétrico de no sistema
potência - SEP elétrico de consumo - SEC

1.4.1. PRIMEIRA POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO

Que executam atividades ou operações em instalações ou


equipamentos elétricos energizados em alta tensão
Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

1.4.2. SEGUNDA POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO

Que realizam atividades ou operações com trabalho em


proximidade, conforme estabelece a NR-10

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Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode


entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com
extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou
equipamentos que manipule. (Glossário).

Dessa forma, atinge, inclusive, os trabalhadores em ambientes circunvizinhos


sujeitos às influências das instalações ou execução de serviços elétricos que
lhes são próximos, tais como: trabalhadores nas instalações telefônicas, TV
a Cabo e iluminação pública instaladas em estruturas de distribuição e
transmissão de energia elétrica, ou trabalhadores em geral (construção,
manutenção, operação não elétricas), mas que realizam suas atividades
e serviços na zona controlada definida no anexo II.

Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada,


acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo
com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de
trabalho.

Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não


segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de
tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

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Legenda:
Rr = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona de risco.
Rc = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona controlada
ZL = Zona livre
ZR = Zona de risco, restrita a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos
apropriados de trabalho.
ZC = Zona controlada, restrita a profissionais autorizados.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície construída com material resistente e dotada de dispositivos e requisitos de segurança.

A Norma estabelece espaços radiais mínimos de risco e controlados, através da


criação das “zona de risco”, “zona controlada” e demais espaços externos a essas
zonas, denominados de “zona livre”, conforme planificado na figura 1. Este anexo
II fundamenta os subitens 10.6.2; 10.7.1; 10.7.7; 10.8.9.

A delimitação é realizada pelo distanciamento (raio de risco-Rr) e (raio controlada-Rc)


que circunscrevem os espaços aéreos, delimitando assim os volumes chamados de
zonas de risco e controlada. O volume controlado contém o volume de risco.
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As dimensões variáveis dos raios, constantes da tabela apresentada, são


determinadas em função da tensão nominal do circuito ao qual pertence o ponto
energizado, de forma a criar um volume espacial no entorno desse ponto,
estabelecendo-se condições restritivas de acesso, somente permitido aos
trabalhadores “autorizados” e mediante a aplicação de procedimentos
específicos. Por exclusão, também delimita as áreas livres.

O ingresso na zona controlada ou de risco inclui, além, obviamente, do corpo ou parte


do corpo do trabalhador, também as extensões condutoras, representadas por
materiais, ferramentas ou equipamentos que o trabalhador porte, sustente ou
manipule e que ingressem, total ou parcialmente, na zona controlada, isto é, no espaço
radial delimitado no entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível
e de dimensões variáveis com o nível de tensão, conforme condições e tabela
dispostos no anexo I.

Naturalmente, qualquer trabalho ou atividade realizados nessa zona e condições,


mesmo não envolvendo as instalações elétricas, seja de natureza mecânica, pintura,
inspeção, instrumentação ou outra qualquer, deverá ser executado exclusivamente
por trabalhador autorizado e mediante procedimentos de trabalho desenvolvidos e
definidos especificamente para a seqüência de operações e/ou tarefas necessárias,
que no caso em análise trata de serviços em instalações elétricas energizadas ou nas
suas proximidades e portanto assume especial relevância e responsabilidade.

A figura 2 estabelece o mesmo conceito de espaços radiais circunscritos no ar e


que estabelecem a delimitação das zonas, contudo permite a redução desses espaços
mediante a interposição de superfície de separação física adequada, que segregue e
confine o perigo e assegure zona livre, a partir do exterior da superfície. Essa condição
pode ser obtida com instalação de invólucros (quadros, painéis, caixas, com acesso
restrito) e barreiras (portas, paredes, telas apropriadas, etc..., com acessos restritos).

FONTE: MANUAL DE AUXÍLIO NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA


NR10 COMENTADA

1.4.3. TERCEIRA POSSIBILIADADE DE ENQUADRAMENTO

Que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos


energizados em baixa tensão no sistema elétrico de consumo - SEC, no caso de
descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR10 - Segurança em
Instalações e Serviços em Eletricidade

As medidas de proteção coletiva são providências estratégicas


abrangentes ao coletivo dos trabalhadores expostos à mesma condição,
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de forma a eliminar ou reduzir, com controle, as incertezas e eventos


indesejáveis, destinadas a preservar a integridade física e a saúde dos
trabalhadores, usuários e terceiros.

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas


devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção
coletiva aplicável, mediante procedimentos, às atividades a serem
desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

Comentários:

No desenvolvimento de todos serviços em instalações elétricas, incluindo-se


implicitamente o meio ambiente de trabalho onde se realizam os serviços,
devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção de
caráter coletivo, que visam a prevenção de acidentes do conjunto de
trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente (item 10.1.1), com a
situação de risco. As medidas de proteção complementam-se, normalmente,
com a aplicação de equipamento de Proteção Coletiva (EPC), definido como
dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva,
destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores,
usuários e terceiros (glossário).

É conceito universal que as medidas de proteção coletiva devem ser


planejadas e desenvolvidas com a análise de risco realizada (item 10.2.1) e
aplicadas mediante procedimentos, entendido como forma padronizada do
proceder (fazer) ou implantar a medida de proteção programada. O
procedimento deve ser documentado, divulgado, conhecido, entendido e
cumprido por todos os trabalhadores e demais pessoas envolvidas.

Deve-se ainda observar que a palavra “prioritariamente”, empregada no


texto, determina aquilo que tem a preferência de execução e impõe a
condição de seletividade e que a possibilidade da aplicação de medidas de
proteção coletiva deve, obrigatoriamente, se antecipar a todas as demais
medidas de proteção possíveis de adoção na situação considerada.

1.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem,


prioritariamente, a desenergização elétrica conforme
estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança.

Comentários:

Impõe-se que a desenergização elétrica, aplicada conforme definição


contida no item 10.5.1, dentre todas as medidas de proteção coletiva ao risco
elétrico, deve ser a primeira a se considerar, ou seja, ter a primazia de estudo
da viabilidade para a aplicação. Quando a medida de proteção coletiva
“desenergização elétrica” for impossível de aplicação, na sequência seletiva
de escolha da medida de controle coletiva a ser adotada, deve-se empregar a
“tensão de segurança”.

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Tensão de segurança é a medida de proteção coletiva que emprega a extra


baixa tensão, com tensão máxima estabelecida segundo a natureza
dacorrente elétrica, (contínua ou alternada) e influências ambientais
(resistência elétrica do corpo e contato com potencial de terra).

O uso da extra baixa tensão como medida de proteção das pessoas contra
os choques elétricos é tratado na NBR-5410 /2005 no item 5.1.2.5 sob o título
de SELV (separated extra low voltage) e PELV (protected extra low voltage).
Sua aplicação correta exige o atendimento de uma série de requisitos
específicos.

1.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no


subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de
proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automático de alimentação, bloqueio do
religamento automático.

Comentário
Trata-se de um subitem e, portanto, subordinado ao anterior - 10.2.8.2,
determinador de que quando não forem viáveis de aplicação das medidas de
segurança “desenergização e tensão de segurança”, na situação
considerada, ficam liberadas a adoção de outras medidas de segurança de
proteção coletiva, exemplificando-se:

Isolação das partes vivas: processo que consiste na interposição ou


separação das partes energizadas, mediante a aplicação de materiais
eletricamente isolantes, de forma a impedir a passagem de corrente elétrica.
(tratado no anexo B da NBR-5410/2005)

Barreiras: dispositivo que impede todo e qualquer contato com as partes


vivas. As barreiras não devem ser removíveis sem o uso de chaves ou
ferramentas ou, alternativamente, sem que as partes protegidas sejam
previamente desligadas. A Barreira, associada a “regra do dedo”, visa
impedir que as partes energizadas sejam acessadas pelos dedos, o que
equivale dizer que as barreiras não devem apresentar aberturas que permitam
a inserção de corpo sólido com diâmetro superior a 12 mm. (tratado no anexo
B da NBR-5410/2005 - IP2X da IEC 60529:2001).

Invólucro: Dispositivo ou componente envoltório de separação das partes


energizadas com o ambiente, destinado a impedir qualquer contato com
partes internas energizadas (quadros, caixas, gabinetes, painéis...) (tratado
no anexo B da NBR-5410/2005)

Obstáculos: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o


contato por ação deliberada (correntes, fitas, cordões, cones,...) – Esta
medida é aplicável somente em locais onde o acesso é restrito a pessoas
advertidas ( glossário)

Sinalização: É uma medida simples e eficaz para prevenir acidentes de


origem elétrica. A sinalização é um procedimento de segurança que promove
a identificação (indicação, informação, avisos...), as orientações (instruções
de bloqueios, de direção...) e advertências (proibição, impedimentos) nos
ambientes de trabalho, devendo ser aplicada para situações envolvendo os

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serviços e instalações elétricas. A sinalização pode ser fornecida através de


sistemas luminosos, sonoros ou visuais.

Seccionamento automático de alimentação: Princípio de proteção contra


choques por contatos indiretos, que consiste em provocar o seccionamento
de um circuito de forma automática pela ação de um dispositivo de proteção
(disjuntores, fusíveis,...). Este método é utilizado como proteção para impedir
que na ocorrência de falta (contato) entre parte viva e massa ou parte viva e
condutor de proteção, se originem tensões entre massas e terra, superiores
ao limite denominado máxima tensão de contato permissível com duração
superior a tempos pré determinados.

A aplicação deste princípio de proteção depende dos esquemas de


aterramento (TN; TT; IT), das influências externas dominantes (umidade...) da
existência de proteções adicionais. (NBR5410/2005 item 5.1.2.2.4)

As proteções adicionais compreendem equipotencialização suplementar ou


o uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR) com
corrente diferencial residual igual ou inferior a 30 mA. Estes dispositivos não
se constituem em uma proteção completa e não dispensam o emprego de
outra medida de proteção contra contatos diretos, porem são obrigatórios
quando os circuitos alimentarem equipamentos usados em locais externos
às edificações ou locais sujeitos à umidade.

Bloqueio do religamento automático: sistema normalmente aplicado aos


circuitos do SEP – Sistema elétrico de Potência, que impede o religamento
automático de um circuito da rede elétrica na ocorrência de uma
irregularidade. Esse procedimento de bloquear o religamento automático é
utilizado para trabalhos em linhas vivas e ao potencial, de tal forma a que o
sistema não se reenergize automaticamente no caso de ocorrência de uma
falta (contato entre fases ou entre fase e terra).

1.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado


conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos
competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas
Internacionais vigentes.

Comentário

Aterramento elétrico é uma ligação elétrica efetiva, confiável e adequada à


terra, entendida como a massa condutora com potencial elétrico
convencionadamente, igual a zero.

Em algumas situações de trabalho é obrigatória a adoção de aterramento


elétrico temporário, que consiste da ligação elétrica efetiva confiável e
adequada intencional à terra, destinada a garantir a equipotencialidade e
mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica
(glossário).

Este recurso de segurança será mencionado no item de trabalhos em


instalações desenergizadas (10.5).

As normas técnicas referem-se aos esquemas de aterramento, que consistem


da forma como os circuitos elétricos se relacionam com o potencial de terra
(TN; TT; IT – NBR 5410/2005 - item 4.2.2.2)

30
2020

Existem outros usos do sistema de aterramento direcionados à finalidades


funcionais, para garantir a operação confiável das instalações e
equipamentos e a finalidades de proteção (SPDA – NBR 5419).

1.4.4. QUARTA POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO

Das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do


sistema elétrico de potência - SEP, bem como suas contratadas, em
conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no
quadro I deste anexo.

Sistema Elétrico de Potência (SEP):


conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

4.1 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção,


operação e manutenção de redes de linhas aéreas ou subterrâneas de alta e
baixa tensão integrantes do SEP:

a)Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes


de: verificação, inspeção, levantamento, supervisão e fiscalização; fusíveis,
condutores, para-raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores,
transformadores, capacitores, medidores, reguladores de tensão, religadores,
seccionalizadores, carrier (onda portadora via linhas de transmissão), cruzetas,
relé e braço de iluminação pública, aparelho de medição gráfica, bases de
concreto ou alvenaria de torres, postes e estrutura de sustentação de redes e
linhas aéreas e demais componentes das redes aéreas;

b)Corte e poda de árvores;

c)Ligações e cortes de consumidores;

d)Manobras aéreas e subterrâneas de redes e linhas;

e)Manobras em subestação;

f)Testes de curto em linhas de transmissão;

g)Manutenção de fontes de alimentação de sistemas de comunicação;

h)Leitura em consumidores de alta tensão;

i)Aferição em equipamentos de medição;

j) Medidas de resistências, lançamento e instalação de cabo contra-peso;

k) Medidas de campo eletromagnético, rádio, interferência e correntes


induzidas;

l)Testes elétricos em instalações de terceiros em faixas de linhas de transmissão


(oleodutos, gasodutos etc);
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2020

m) Pintura de estruturas e equipamentos;

n) Verificação, inspeção, inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e


supervisão de serviços técnicos;

o) Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos,


transformadores, disjuntores, chaves e seccionadoras, condensadores, chaves
a óleo, transformadores para instrumentos, cabos subterrâneos e subaquáticos,
painéis, circuitos elétricos, contatos, muflas e isoladores e demais componentes
de redes subterrâneas;

p) Construção civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de


dutos, dutos, condutos, canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de
inspeção, câmaras;

q) Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de


dados e supervisões de serviços técnicos.

4.2 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção,


operação e manutenção nas usinas, unidades geradoras, subestações e
cabinas de distribuição em operações, integrantes do SEP:

a) Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relés,


chaves, disjuntores e religadoras, caixas de controle, cabos de força, cabos de
controle, barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas anti-
incêndio e de resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores,
equipamentos eletrônicos, eletromecânico e eletroeletrônicos, painéis, para
raios, áreas de circulação, estruturas-suporte e demais instalações e
equipamentos elétricos;

b) Construção de: valas de dutos, canaletas, bases de equipamentos, estruturas,


condutos e demais instalações;

c) Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos


elétricos;

d) Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levantamentos de


circuitos e equipamentos elétricos, eletrônicos de telecomunicações e tele
controle.

QUADRO I

ATIVIDADES ÁREA DE RISCO


I. Atividades, constantes no item 4.1, de a) Estruturas, condutores e
construção, operação e manutenção de equipamentos de linhas aéreas de
redes de linhas aéreas ou subterrâneas de transmissão, subtransmissão e
alta e baixa tensão integrantes do SEP, distribuição, incluindo plataformas e
energizados ou desenergizados, mas com cestos aéreos usados para execução
possibilidade de energização acidental ou dos trabalhos;
por falha operacional. b) Pátio e salas de operação de
subestações;
c) Cabines de distribuição;

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2020

d) Estruturas, condutores e
equipamentos de redes de tração
elétrica, incluindo escadas,
plataformas e cestos aéreos usados
para execução dos trabalhos;
e) Valas, bancos de dutos, canaletas,
condutores, recintos internos de
caixas, poços de inspeção, câmaras,
galerias, túneis, estruturas terminais e
aéreas de superfície correspondentes;
f) Áreas submersas em rios, lagos e
mares.
II. Atividades, constantes no item 4.2, de a) Pontos de medição e cabinas de
construção, operação e manutenção nas distribuição, inclusive de
usinas, unidades geradoras, subestações e consumidores;
cabinas de distribuição em operações, b) Salas de controles, casa de
integrantes do SEP, energizados ou máquinas, barragens de usinas e
desenergizados, mas com possibilidade de unidades geradoras;
energização acidental ou por falha c) Pátios e salas de operações de
operacional. subestações, inclusive consumidoras.

III. Atividades de inspeção, testes, ensaios, a) Áreas das oficinas e laboratórios de


calibração, medição e reparos em testes e manutenção elétrica,
equipamentos e materiais elétricos, eletrônica e eletromecânica onde são
eletrônicos, eletromecânicos e de executados testes, ensaios, calibração
segurança individual e coletiva em e reparos de equipamentos
sistemas elétricos de potência de alta e energizados ou passíveis de
baixa tensão. energização acidental;
b) Sala de controle e casas de
máquinas de usinas e unidades
geradoras;
c) Pátios e salas de operação de
subestações, inclusive consumidoras;
d) Salas de ensaios elétricos de alta
tensão;
e) Sala de controle dos centros de
operações.
IV. Atividades de treinamento em a) Todas as áreas descritas nos itens
equipamentos ou instalações integrantes anteriores
do SEP, energizadas ou desenergizadas,
mas com possibilidade de energização
acidental ou por falha operacional.

1.4.5. ESTUDO DE CASO COM PROXIMIDADE EM ENERGIA ELÉTRICA

Manutenção Manutenção de tomada Eletricista mecânico


iluminação pública industrial
e/ou instalação
cabeamento
telefônico
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

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2020

1.4.6. ESTUDO DE CASO DA EXPOSIÇÃO A ENERGIA ELÉTRICA EM S.E.P.

O Autor alega na inicial que:

“O Reclamante laborava em local altamente energizado tendo que transitar, em meios a


cabos de alta tensão, transformadores, condensadores, e outros agentes energizados,
ou com capacidade de energização, acidental ou provocada. A reclamada nunca
reconhecei o direito da reclamante na percepção do respectivo adicional, faz jus ao
recebimento de adicional de periculosidade, na base de 30%, calculado sobre seu
conjunto remuneratório, mês a mês, por todo o período laborado, com os reflexos
legais.”

A Reclamada alega na contestação que:


“Afirma a parte autora que tendo em vista as condições de trabalho as quais estava
submetida, trabalhando em local altamente energizado, em meios a cabos de alta tensão,
transformadores, condensadores, e outros agentes energizados, faz jus a percepção do
adicional de periculosidade, na base de 30%, calculado sobre o seu conjunto
remuneratório, desde a contratação em 24.07.2011 até o término do contrato de trabalho,
com os reflexos.

Nesse sentido, destaca a reclamada que conforme ficha de registro e função exercida
pela reclamante, que era a de Assistente Administrativo Sênior, não fazia jus a
percepção financeira do adicional de periculosidade.

Conforme descritivo de função de cargo de Assistente Administrativo Sênior, cargo


exercido pela reclamante, a Sra. Luciane não realizava atividades ou operações
perigosas, que por sua natureza implicassem em riscos por motivo de exposição a
energia elétrica.

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2020

As atividades laborais da reclamante eram na área administrativa. A reclamante não


ficava exposta e nem tampouco tinha qualquer contato com qualquer agentes
energizados que pudessem, por algum motivo, causa risco a reclamante.

Ocorre que, conforme o art. 818, da CLT, "A prova das alegações incumbe à parte que
as fizer." Nesse desiderato, caberia ao autor fazer prova de suas alegações, ônus este
do qual não se desincumbiu.

Ademais, há de se ressaltar ainda a nítida má-fé praticada pela parte autora em pleitear
o pagamento do título de periculosidade a que não faz jus, pelo que pleiteia a reclamada
a condenação da autora nas penalidades cabíveis, conforme o disposto no art. 80 e 81,
do NCPC.

Improcede o pedido.”

Consta da inicial que o Autor laborou nas instalações administrativas e


adentrava na SUB ESTAÇÃO.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS CONFORME INICIAL

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Através de sistema eletrônico e planilhas, realizar controles de horas


trabalhadas, espelho ponto, frota, fornecedores e outros relativos aos
recursos humanos.

ASSINATURA DE ESPELHO PONTO E ACOMPANHAMENTO DE


VISITANTES NA SUBESTAÇÃO

Semanalmente deslocar-se até a subestação para pegar a assinatura em


documentação de funcionários.
Acompanhar os visitantes durante a obra da subestação.
Acompanhar os visitantes após a obra finalizada.

SETOR ADMINISTRATIVO

O setor administrativo é uma edificação no complexo eólico, distante


da subestação.

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2020

SUBESTAÇÃO

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2020

JUSTIFICATIVA
4.2 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e
manutenção nas usinas, unidades geradoras, subestações e cabinas de distribuição em
operações, integrantes do SEP:
a) Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relés, chaves,
disjuntores e religadoras, caixas de controle, cabos de força, cabos de controle, barramentos,
baterias e carregadores, transformadores, sistemas anti-incêndio e de resfriamento, bancos
de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos, eletromecânico e
eletroeletrônicos, painéis, pararaios, áreas de circulação, estruturas-suporte e demais
instalações e equipamentos elétricos;
b) Construção de: valas de dutos, canaletas, bases de equipamentos, estruturas, condutos e
demais instalações;
c) Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos;
d) Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levantamentos de circuitos e
equipamentos elétricos, eletrônicos de telecomunicações e telecontrole.
CONCLUSÃO
Considera-se como condição aceitável e NÃO PERICULOSA conforme
NR 16 ANEXO 4 da Portaria 3214/78, visto que a trabalhadora NÃO
DESENVOLVEU NENHUMA ATIVIDADE conforme item 4.2 do referido
anexo.

1.4.7. NÃO É DEVIDO O ADICIONAL

a) nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações ou equipamentos


elétricos desenergizados e liberados para o trabalho, sem possibilidade de energização acidental,
conforme estabelece a NR-10;

b) nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos alimentados por extra-


baixa tensão;

c) nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso de
equipamentos elétricos energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos,
desde que os materiais e equipamentos elétricos estejam em conformidade com as normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as
normas internacionais cabíveis.

NBR 5410
NBR IEC 60439-1

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2020

1.4.8. QUANTO A FORMA DE EXPOSIÇÃO

O trabalho intermitente é equiparado à exposição permanente para fins de pagamento integral


do adicional de periculosidade nos meses em que houver exposição, excluída a exposição
eventual, assim considerado o caso fortuito ou que não faça parte da rotina.

1.5. ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA – ANEXO 5


1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de
trabalhador em vias públicas são consideradas perigosas.

2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:

a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o


local de trabalho ou deste para aquela;

b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira
nacional de habilitação para conduzi-los;

c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.

d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o


fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

1.5.1. ESTUDO DE CASO DA ATIVIDADE DE MOTOCICLISTA

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2020

O Motociclista faz a ronda de motocicleta dentro de um Residencial privado,


qual é o enquadramento legal?

JUSTIFICATIVA

CONCLUSÃO

1.6. ANEXO * - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES


IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

RAIO X RAIO X DIAGNÓSTICO RAIO X


ODONTOLÓGICO AEROPORTO
SIM NÂO SIM NÂO SIM NÂO

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