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ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA
(Versão I)
I - SACRAMENTO DO BATISMO
A) – PREPARAÇÃO
A PASTORAL DO BATISMO
OS ENCONTROS DE PREPARAÇÃO
11. Os pais com comprovada formação doutrinal, por seu engajamento pastoral em
determinada comunidade, não se eximam dos encontros de preparação; antes, procurem
colaborar com os agentes da pastoral do batismo com seu testemunho e assim possam
motivar os outros pais a seguirem o mesmo caminho de vivência cristã e de participação
efetiva na comunidade paroquial.
12. Concluído o ciclo dos encontros de preparação, seja conferido aos pais um
comprovante de participação, com validade estabelecida de dois anos. Para os casos
especiais, o comprovante será emitido com validade única e delimitada para o batismo
em questão.
DA INSCRIÇÃO
13. As famílias que pedem o batismo para os seus filhos sejam cordialmente
atendidas e bem orientadas sobre a preparação para o Sacramento. A ninguém, exceto
no caso dos impedimentos previstos pelo vigente direito eclesial, seja negada a
possibilidade de receber o sacramento do batismo. Contudo, por razões pastorais, o
batismo pode ser adiado. Não haja, entretanto, discriminação a nenhum fiel.
14. A acolhida aos pais que pedem o batismo para seus filhos é um momento de
especial importância pastoral. Devem ser recebidos, portanto, com fraterna atenção e
alegria. Haja para isso um local adequado, com dia e hora determinados para esse
momento, precedendo a preparação para o sacramento. No caso dos pais que, por razões
justas, não podem inscrever seus filhos para o batismo no dia e hora determinados pela
paróquia, eles devem ser acolhidos excepcionalmente noutro momento pela pastoral do
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batismo. Na inscrição, devem ser informados sobre o dia, local e hora dos encontros de
preparação. Seja dada atenção redobrada à acolhida fraterna dos pais que não possuem a
devida inserção na comunidade, para que sirva de estímulo a uma vida nova.
15. A paróquia ou área pastoral prepare um folheto a ser entregue aos pais, com
todas as informações sobre os passos que se devem dar no processo de preparação
batismal.
16. Recomenda-se que o pároco instrua e oriente a (o) secretaria (o) paroquial a
respeito da importância do batismo para a vida cristã. Dessa forma, se tornarão aptos
para oferecer aos pais e padrinhos não apenas um fraterno acolhimento, mas também
todas as informações necessárias.
18. No caso dos pais em situação matrimonial irregular perante a Igreja, compete ao
pároco recebê-los com caridade pastoral, animando-os a regularizar, quando possível, a
situação. Nesse trabalho, a ajuda da pastoral do batismo é de suma importância.
Recomenda-se que, quando tais pais se recusam a resolver sua situação irregular, nos
casos em que tal solução depende apenas da iniciativa deles, sejam motivados a adiar o
batismo dos filhos, motivando-os a rezar e a refletir, na esperança de uma mudança de
atitude.
19. No caso em que a regularização da vida matrimonial não for possível, o batismo
não deve ser negado e não falte a esses pais especial apoio da comunidade paroquial
para que possam ter uma vida cristã e garantir aos filhos a educação na fé da Igreja
Católica. Em tais situações, exige-se, ainda mais, a missão dos padrinhos. As condições
para que alguém possa assumir a função de padrinho ou madrinha encontram-se
descritas nos cc. 872-874 do vigente Código de Direito Canônico.
22. As pessoas que atuam na inscrição para o batismo, devem ser bem preparadas
para acolher os pais com atenção e cordialidade.
B) - CELEBRAÇÃO
OBSERVAÇÕES GERAIS
25. O sacramento do batismo, por imprimir caráter indelével, uma vez recebido
validamente, não pode ser repetido. Por isso, é preciso sempre ter em conta a validade
ou não do batismo administrado pelas Comunidades cristãs não-católicas. A este
respeito, compete ao pároco indagar convenientemente acerca do rito utilizado na
celebração em questão, considerando-se o seguinte1:
1
Cf. CDC Cânon 868.
6
27. Não havendo perigo de morte, o sacramento do batismo deve ser administrado
observando-se fielmente o rito prescrito nos livros litúrgicos aprovados e as orientações
contidas neste Diretório. Ninguém tem o direito de lhes acrescentar, suprimir ou
modificar seja o que for por sua própria iniciativa.
28. O celebrante, conforme está previsto nas respectivas partes do rito, pode ser
auxiliado por outros presbíteros ou diáconos, e igualmente por leigos, nas partes que
lhes cabem, sobretudo se forem numerosos os batizados.
29. Ainda que a função de batizar seja confiada especialmente ao pároco, tenha-se
presente que são ministros ordinários do sacramento do batismo: o bispo, o presbítero e
o diácono2.
2
Código de Direito Canônico, c. 869, comentário de Pe. Jesus Hortal, em abril de 1983.
7
31. Todos os leigos, uma vez que são considerados membros de um povo sacerdotal,
em primeiro lugar os pais, e em razão de ofício, os catequistas, as parteiras, as senhoras
que se ocupam de obras assistenciais, sociais e familiares, e de enfermos, como também
médicos e cirurgiões, procurem aprender, conforme sua possibilidade, a maneira correta
de batizar em caso de necessidade. Os presbíteros, os diáconos e os catequistas
procurem informá-los acerca disto.
O RITO DO BATISMO
33. A água para o batismo deve ser natural e limpa, seja para comprovar a
veracidade do sinal, seja por motivo de higiene.
34. A fonte batismal e, conforme o caso, o recipiente que contém a água para a
celebração sejam conservados com a devida dignidade.
35. O sacramento do batismo pode ser conferido por imersão, que demonstra mais
claramente a participação na morte e ressurreição do Senhor Jesus, ou por infusão3.
36. A água com a qual se administra o batismo deve ser benta de acordo com as
normas litúrgicas, ordinariamente, na própria celebração batismal. Os santos óleos
utilizados na celebração do batismo devem ser recentes e conservados em lugar digno4.
41. Respeitado o direito dos pais de registrar em fotografia ou vídeo esse momento
de grande importância na vida de seus filhos, compete à equipe da pastoral do batismo
orientar fotógrafos e cinegrafistas, de modo que, ao realizar sua tarefa, não venham a
perturbar o bom andamento da celebração litúrgica. Não são permitidos às paróquias
celebração de contratos de exclusividade com empresas prestadoras de serviços nas
áreas de fotos e filmagens.
QUESTÕES DIVERSAS
46. É próprio do padrinho ou madrinha assistir ao adulto que vai ser batizado, no
processo de sua iniciação cristã. No caso do batismo de criança, deve conjuntamente
com os pais apresentar a criança e velar para que ela tenha vida cristã8.
47. Para ser admitido à função de padrinho ou madrinha, é necessário que tenha
completado dezesseis anos, ser católico, confirmado, ter recebido a Eucaristia e levar
uma vida de acordo com a fé cristã católica e com o múnus que vai desempenhar e não
esteja incurso em nenhuma penalidade canônica9. Por isso, quando casados, exige-se do
padrinho e/ou madrinha também o casamento religioso.
48. No que diz respeito à idade, havendo justa causa, o pároco ou o ministro
celebrante podem admitir exceção10.
50. Segundo o teor do cânon 874 § 2, quem é batizado e pertence a uma comunidade
eclesial não católica, somente seja admitido junto com um padrinho católico e apenas
6
Cf. Cân. 856.
7
Cf. Ritual do Batismo no 94-96.
8
Cf. Cân. 872; 873.
9
Cf. Cân. 872.
10
Cf. Cân. 874.
9
como testemunha do batismo11. Aqueles que não são batizados, não sejam admitidos sob
hipótese alguma, para o encargo de padrinho ou madrinha de batismo.
52. Por motivo de segurança, assim que finalizado, uma cópia transcrita de cada
livro deve ser enviada para o Arquivo da Cúria Arquidiocesana.
53. O registro de cada batizado deve ser feito o mais brevemente possível e nele
deve constar o nome do batizando, data e local de seu nascimento, bem como do
ministro celebrante, dos pais e padrinhos, do local e data da celebração do batismo e do
nascimento do batizado. No caso dos filhos adotivos (cf. c. 877 § 3), siga-se o quanto
prescrito na legislação complementar da CNBB ao Código de Direito Canônico: “na
inscrição dos filhos adotivos, constará não só o nome do adotante, mas também o dos
pais naturais, sempre que assim conste do registro civil”.
54. Para evitar possíveis e graves inconvenientes, o registro do batismo não pode ser
feito apenas no computador ou qualquer outro meio eletrônico, ainda que se permita o
uso destes meios como recursos suplementares de registro, sem prejuízo do registro em
livro autêntico.
55. Na falta de um atestado autêntico, quando por incúria não se fez o registro do
batismo ou tenha ocorrido o extravio do Livro de assentamento de batizados, a fim de
não causar prejuízo algum, basta a declaração de uma só testemunha acima de qualquer
suspeita ou o juramento do próprio batizado, se este recebeu o santo batismo em idade
adulta.12 Permite-se o registro posterior da celebração de batizados, desde que fundado
em testemunhos sólidos por parte de pessoas dignas de crédito, mesmo sob juramento.
56. O registro e a certidão de batismo não podem sofrer qualquer modificação sem a
expressa autorização do Ordinário do Lugar. A autorização deve ser anotada na própria
certidão e arquivada. A certidão de batismo deve ser assinada pelo pároco ou vigário
paroquial, e nela devem constar possíveis anotações marginais existentes.
57. Seja observado com presteza e cuidado o quanto prescrito no c. 535 § 2 acerca
das anotações à margem no Livro de assentamento de batizados: “No livro de batizados
seja anotada também a confirmação, como ainda o que se refere ao estado canônico dos
fiéis, por motivo de matrimônio, salva a prescrição do cân. 1133, por motivo de adoção,
de ordem sacra recebida, de profissão perpétua emitida em instituto religioso e de
mudança de rito; essas anotações sejam sempre referidas na certidão de batismo”.
11
Cf. Cân. 874 § 1 n. 2.
12
Cf. Cân. 874 § 2.
10
ACOMPANHAMENTO PÓS-BATISMAL
58. Tendo em vista a importância do sacramento do batismo para a vida cristã, faz-
se necessário que a pastoral do batismo promova um cuidadoso acompanhamento das
famílias dos batizados, a fim de que estas possam cumprir os compromissos assumidos
em nome de seus filhos.
59. Este acompanhamento das famílias deve ser feito por toda a comunidade
paroquial, mas especialmente pela pastoral familiar, coadjuvada pelos movimentos,
pastorais e associações religiosas presentes na paróquia.
BATISMO DE ADULTOS
62. A pessoa adulta que pretende receber o batismo deve ser bem acolhida e
devidamente preparada, por meio do processo catecumenal, percorrendo as várias etapas
previstas pelo “RICA” - “Ritual de iniciação cristã de adultos”.
66. Cada paróquia tenha catequistas formados para a devida preparação dos
catecúmenos.
67. As crianças situadas na faixa etária entre 07 (sete) e 14 (catorze) anos de idade, e
ainda não batizadas, devem ser preparadas para o batismo pela pastoral catequética, à
parte das que já são batizadas. O batismo destas crianças deve ser administrado
conforme o rito para adolescentes, prescrito no RICA.
68. O batismo dos que já completaram 14 (quatorze) anos de idade, deve obedecer
às diversas etapas do RICA.
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01. A crisma ou confirmação é um dos sete sacramentos, integrando à iniciação cristã com
o batismo e a Eucaristia. “No batismo, os neófitos recebem o perdão dos pecados, a
adoção de filhos de Deus e o caráter de Cristo, pelo qual são agregados à Igreja e
começam a participar do sacerdócio de seu salvador (1 Pdr 2,5 e 9)” (Paulo VI,
Constituição apostólica Divinae consortium naturae). A confirmação completa a obra
iniciada no batismo (At 8,15-17; 19,5ss), levando quem a recebe à plenitude e à
maturidade espirituais (Ef 4,13) por uma comunicação especial do Espírito Santo que
consagra para o testemunho cristão. Por isso, o rito da confirmação dá relevo ao dom do
Espírito em vista do testemunho que o cristão é chamado a dar em sua vida (At 1,8; Lc
12,12; Jo 15,15-26; 16,1-15).
02. “Pelo sacramento da confirmação, aqueles que renasceram no batismo recebem o dom
inefável, o próprio Espírito Santo. São enriquecidos por ele com uma força especial (LG
11) e, marcados pelo caráter deste sacramento, ficam mais perfeitamente unidos à Igreja
e ‘mais estreitamente obrigados a difundir e defender a fé por palavras e atos, como
verdadeiras testemunhas de Cristo’(AG 11). Finalmente, a confirmação está de tal modo
ligada à sagrada Eucaristia, que os fiéis já marcados com o sinal do batismo e da
confirmação são inseridos plenamente no corpo de Cristo pela participação na
Eucaristia (PO 5)” (Paulo VI, Constituição apostólica “Divinae consortium naturae”).
04. Deve haver em cada paróquia, área pastoral ou capelania uma equipe para coordenar o
processo de preparação dos crismandos para a recepção do sacramento da crisma. Os
que compõem esta equipe são denominados catequistas de crisma.
05. Os locais onde ordinariamente deve ocorrer a preparação e a realização da crisma são as
capelas ou comunidades que integram a paróquia, área pastoral ou capelania. Quando
realizada em colégio, a catequese de preparação da crisma deverá ter à frente uma
equipe de catequistas, com a aprovação e acompanhamento do capelão, do pároco ou
administrador da paróquia ou área pastoral. Neste caso, os crismandos devem ser
incentivados, ainda mais, a participar da vida de sua comunidade paroquial.
13
06. A equipe de catequese de crisma deve fazer o planejamento da formação a ser oferecida,
motivando os crismandos a participarem da vida da comunidade, especialmente das
missas, e não apenas das atividades específicas. O tempo de duração da preparação para
a crisma seja ordinariamente de dois anos, não podendo jamais ser inferior a um ano.
07. Para ser catequista de crisma, é preciso ter completado a iniciação cristã, participar da
vida da Igreja, dar testemunho da fé, ter a idade mínima de 16 anos e ter recebido a
devida preparação a ser oferecida pela Escola Arquidiocesana de Catequese ou pela
Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília para atuar nesta pastoral específica.
09. A comunidade também deve ser motivada a valorizar a crisma, a acolher e apoiar os
crismandos. É importante acolher publicamente os crismandos já no início da
preparação e, especialmente, na celebração da crisma.
OS CRISMANDOS
11. A inscrição e a preparação para a crisma devem ocorrer na paróquia, área pastoral ou
capelania onde os crismandos residem ou participam regularmente, assim como nas
escolas autorizadas para a catequese crismal. A inscrição deve ser feita, ordinariamente,
pelo próprio crismando, ou por seu responsável.
12. O crismando deve apresentar no ato de sua inscrição para a catequese crismal um
documento válido de identificação, para obtenção dos dados pessoais e do respectivo
endereço residencial. É preciso certificar-se acerca da recepção válida do batismo
daqueles que solicitam a inscrição. Sendo conveniente, pode-se solicitar a lembrança ou
certidão do batismo.
13. Seja preparado um folheto a ser entregue ao crismando, no ato da inscrição, com todas
as informações sobre as atividades programadas em preparação para a crisma. É
importante que este ato seja realizado pelo padre ou catequista de crisma que
aproveitará a ocasião para estabelecer diálogo com o crismando, e sobre as suas
disposições para receber a confirmação.
14. O crismando deve ter a idade mínima de catorze anos de idade, a serem completados ao
menos até o meio do ano em que se inicia a preparação.
14
17. Jamais se utilizem os termos “curso de crisma” ou “aula” para designar a preparação
para a crisma ou catequese crismal, especialmente quando realizada em escolas. Sejam
chamados “encontros” de formação ou de preparação para a crisma.
18. Os encontros devem ser semanais. A duração de cada encontro dependerá das dinâmicas
adotadas, devendo ser de uma a duas horas.
19. O método a ser utilizado deve ser participativo e dialogal, com momentos para ver,
iluminar, agir, avaliar, celebrar, integrando fé e vida, conforme as orientações da Igreja
e o roteiro de temas proposto pela coordenação arquidiocesana de catequese.
20. Além dos encontros semanais, outras atividades devem ser programadas, tais como dias
de formação, seminários, tempos especiais dedicados à oração, retiros espirituais, de
modo a favorecer maior interiorização dos conteúdos e a abertura de coração à ação do
Espírito Santo. A catequese deverá proporcionar o conhecimento da Palavra de Deus, a
atitude orante, a participação na comunidade, a prática do amor fraterno e a vivência da
fé.
21. A catequese crismal deverá ajudar os crismandos a terem a Bíblia nas mãos,
proporcionando o conhecimento da Palavra de Deus e estimulando-os à leitura orante da
Bíblia. A Bíblia seja utilizada nos encontros de preparação.
22. A catequese crismal, assim como toda a catequese, não deve se resumir à transmissão de
conhecimentos, mas levar os crismandos à experiência do encontro com Jesus Cristo e à
participação na vida da Igreja, especialmente nas celebrações eucarísticas.
24. Na preparação para a crisma, o crismando seja ajudado a discernir e a viver a sua
vocação. Dedique-se momento especial à consideração das vocações sacerdotal,
religiosa e laical, bem como a vocação para o matrimônio.
15
A CELEBRAÇÃO DA CRISMA
28. Na celebração da crisma, seja sempre utilizada a missa própria da confirmação, exceto
nas ocasiões não permitidas pela Liturgia (Natal, Páscoa, Quaresma, Solenidades...).
Nas missas paroquiais nos domingos do tempo comum, permite-se a utilização do
prefácio próprio da crisma, bem como o uso de paramentos vermelhos.
30. A fórmula a ser utilizada na renovação das promessas do batismo é aquela prevista no
Ritual da Confirmação. Não se permite o uso de fórmulas tomadas de folhetos litúrgicos
que não respeitem o conteúdo integral definido pela Igreja para esse momento.
31. No momento da unção com o óleo crismal, enquanto o Bispo dirige a palavra a cada
crismando, se houver canto, que seja suave, para não atrapalhar esse diálogo. Para
permitir uma clara compreensão do nome do crismando, pelo Bispo, sugere-se a
confecção de crachás facilmente legíveis, a serem utilizados pelos crismandos ao menos
no momento da unção.
33. O Arcebispo pode delegar para ministrar a crisma os bispos auxiliares, eméritos
residentes na Arquidiocese, o vigário geral, os vigários episcopais, os vigários forâneos
ou outro sacerdote, conforme a necessidade pastoral o indicar.
35. É preciso zelar para que a celebração da crisma seja realizada segundo o ritual previsto
pela Igreja, com simplicidade, sem acréscimos (comentários, mensagens, gestos...) que
desfigurem o sacramento ou tornem longa demais a celebração, transformando-a em um
mero evento social. Os gestos a serem devidamente enfatizados são os que compõem o
Rito da Confirmação. Toda paróquia, área pastoral ou capelania tenha o Ritual da
Confirmação entre os seus livros litúrgicos.
36. As vestes dos crismandos sejam simples, evitando-se tudo o que possa desfigurar a
natureza da celebração sacramental.
37. O pároco ou o padre responsável pela catequese crismal deve acompanhar a preparação
da liturgia e, depois de aprová-la, apresentar ao ministro que vai presidir a celebração da
crisma.
38. O número de crismandos para a celebração não deve ser excessivo. Por isso,
recomenda-se que seja, ordinariamente, de até cem crismandos.
40. Enquanto possível, assista ao crismando um padrinho, a quem cabe cuidar que o
crismado se comporte como verdadeira testemunha de Cristo e cumpra com fidelidade
as obrigações inerentes a esse sacramento (cân. 892).
41. É conveniente que se assuma como padrinho ou madrinha a mesma pessoa que assumiu
esse encargo no batismo (cân. 893).
42. Para que alguém desempenhe o encargo de padrinho ou madrinha, é necessário que
preencha as condições exigidas pela Igreja para este encargo (cân, 874): 1º) Seja
designado pelo próprio crismando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na
falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse
encargo; 2º) Tenha completado dezesseis anos de idade; 3º) Seja católico, crismado, já
tenha recebido o sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o
encargo que vai assumir; 4º) Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica; 5º)
Não seja pai ou mãe do crismando.
43. O crismando seja orientado a respeito da escolha dos padrinhos, no momento da
inscrição ou no início da preparação, devendo indicá-lo tão logo possível.
QUESTÕES DIVERSAS
Contribuição
46. Ocorrendo a justa necessidade de solicitar aos crismandos alguma outra contribuição
para eventuais despesas com a preparação ou a celebração da crisma, é necessário
distinguir claramente o que se refere à contribuição a ser entregue para a Arquidiocese,
instruindo os crismandos a respeito. Em quaisquer casos, jamais se deve onerar os
crismandos, seus padrinhos ou familiares, criando despesas desnecessárias ou de grande
valor.
Pós-Crisma
47. Deve haver em cada paróquia livro de registros de crismas, em duplo volume, nos quais,
celebrada a crisma, sejam feitas, com presteza e com toda diligência, as devidas
anotações nos livros paroquiais destinados a esse fim. O registro deverá ser feito na
paróquia pela secretaria, em sintonia com a equipe de catequese da crisma. O segundo
volume do livro de registros de crismas, ao seu término, deve ser entregue à Chancelaria
da Arquidiocese para arquivamento.
48. A paróquia deverá fornecer aos crismados uma lembrança comprovando a recepção do
sacramento da crisma.
FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICO-CANÔNICA
1.
As paróquias, áreas Pastorais e capelanias devem ter a equipe de liturgia
responsável por toda a vida litúrgica da paróquia e as equipes de celebração
responsáveis pelas celebrações litúrgicas individualmente consideradas, para promover
a participação ativa e consciente dos fiéis nas celebrações litúrgicas, segundo as
diretrizes e normas da Igreja.
2.
Nas celebrações litúrgicas, o ministro ordenado ou fiel leigo, exercendo suas
funções, faça tudo e somente aquilo que lhe compete, segundo as disposições da Igreja.
Os que servem o altar, leitores, animadores e componentes do grupo coral exercem
também um verdadeiro ministério litúrgico. Desempenhem, portanto, sua função com
piedade sincera e ordem, imbuídos de espírito litúrgico e preparados para executar as
suas partes, perfeita e ordenadamente16.
3.
As equipes de celebração deverão preparar bem a liturgia, com a devida
antecedência, evitando improvisação ou acertos de última hora. Esta equipe deverá
definir com o ministro ordenado (sacerdote), ou a ele apresentar previamente, os cantos
das partes comuns (ato penitencial, hino de louvor, santo, aclamações, cordeiro), bem
como informá-lo a respeito das iniciativas propostas para a liturgia e de eventuais
motivações especiais (7º dia de falecimento, aniversários, comemorações,
acontecimentos, eventos).
13
João Paulo II, Catecismo da Igreja Católica, n. 1324.
14
1Cor 15,28.
15
João Paulo II, Código de Direito Canônico, cân. 897.
16
S.C. no. 28-29.
19
4.
A instalação e testes da aparelhagem de som e a afinação de instrumentos
deverão preceder a assembleia que começa a reunir-se para a celebração, com o devido
tempo, deixando-se aos fiéis um tempo razoável de silêncio para a sua preparação
imediata à celebração.
5.
As “intenções” para as celebrações eucarísticas sejam, ordinariamente, marcadas
na secretaria paroquial, e excepcionalmente no momento que precede à mesma
celebração, devendo as intenções solicitadas ser anunciadas antes do início da missa.
6.
É indispensável que cada equipe de celebração promova reuniões periódicas
para a adequada preparação da liturgia e que os membros da equipe possam chegar à
Igreja com a devida antecedência.
b) Liturgia da Palavra
7.
Devem-se seguir as leituras e o salmo propostos pela Igreja para cada dia ou
celebração litúrgica, conforme o Diretório Litúrgico, principalmente nos domingos,
festas e solenidades de preceito. Nas celebrações dedicadas especialmente às crianças,
pode-se fazer apenas uma leitura além do Evangelho. Nestes casos, recomenda-se a
leitura do texto do antigo testamento, por se encontrar mais estreitamente ligado ao
texto evangélico.
8.
As leituras e o salmo responsorial sejam sempre proclamados no ambão, mesa
reservada exclusivamente à proclamação da Palavra de Deus, que deverá estar
devidamente ornamentada e situada em local de destaque, ressaltando a dignidade da
Palavra de Deus. O comentarista deverá utilizar uma estante à parte, de porte mais
simples do que a da mesa da Palavra. As preces da comunidade poderão ser proferidas
na mesa da Palavra. As leituras e o salmo responsorial sejam feitos diretamente da
Bíblia ou do Lecionário; jamais diretamente do folheto litúrgico.
9.
Os leitores devem ser pessoas devidamente preparadas para esta função, que
ocupa lugar de destaque na liturgia. A fim de evitar improvisação, os leitores deverão
ser previamente orientados e preparar antecipadamente a respectiva leitura.
10.
Orientem-se os leitores, animadores e encarregados das preces, a respeito do uso
adequado dos microfones e do modo de proclamação da Palavra de Deus.
11.
Os leitores e o salmista deverão participar da celebração eucarística em local
próximo da mesa da Palavra, de acordo com a índole do ministério que desempenham,
de modo a não dispersar a atenção da assembleia, no exercício de suas respectivas
funções.
20
12.
Os leitores e o salmista deverão estar devidamente trajados para tanto, de modo
condizente com a dignidade do ministério que exercem, evitando-se roupas curtas ou
decotadas, ou ainda aquelas, que possam denotar sensualidade.
13.
Os comentários litúrgicos não devem ser longos; seu sentido deve ser o de
oferecer elementos que ajudem a compreensão de cada parte da celebração.
14.
No mês de setembro, ao início da missa (após a oração da coleta) recomenda-se
vivamente que se faça a entrada solene do livro das sagradas escrituras, a ser posto em
local de destaque no presbitério.
15.
O salmo pode ser cantado e deve ser aquele proposto pela Igreja para a ocasião;
não seja substituído por outro canto litúrgico ou de animação.
16.
A aclamação ao Evangelho proposta pelo Lecionário pode ser substituída por um
canto apropriado à índole do momento, isto é, deve ser claramente um canto de
aclamação.
17.
As preces dos fiéis não sejam limitadas àquelas propostas pelos folhetos
litúrgicos; sejam incluídas as necessidades locais, eventos da comunidade. Respeite-se
sempre o caráter universal das preces, apresentando-se as intenções fundamentais
propostas pela Igreja na Introdução Geral do Missal Romano.
c) Liturgia Eucarística
18.
As cadeiras do presidente da celebração e dos concelebrantes não deverão ser
colocadas em frente do altar, a fim de respeitar a sua dignidade e não encobri-lo, mas
em lugar mais adequado para a presidência da assembleia litúrgica.
19.
Não se devem colocar sobre a mesa do altar folhas, livros supérfluos ou outros
objetos. O local apropriado para os objetos a serem utilizados na celebração é a
credência.
20.
O recolhimento das ofertas não deve estender-se além da apresentação das
oferendas.
21.
A comunhão deve vir ordinariamente do altar e não do sacrário. Por isso, deve-
se providenciar o número de âmbulas suficientes para que todos comunguem, com
hóstias consagradas na mesma Santa Missa em que participam.
22.
A comunhão aos fiéis sempre será dada pelos ministros na forma estabelecida
pelas normas litúrgicas e nunca servida pelos próprios fiéis diretamente. Respeite-se o
modo legítimo de recepção da sagrada comunhão, nas mãos ou na boca, ajoelhados ou
de pé, segundo as disposições dos fiéis e orientações da Igreja.
21
23.
Para a comunhão sob duas espécies, observar o que se dispõe na Introdução ao
Missal Romano ou no Diretório Litúrgico da CNBB 17. Quando for realizada, orientem-
se os fiéis sobre o sentido e o modo respeitoso de recebê-la.
24.
Sejam proferidas unicamente as Orações Eucarísticas constantes no Missal
Romano. Pela sua dimensão essencialmente eclesial, elas não podem ser modificadas.
d) Cânticos na Celebração
25.
Os cânticos constituem parte integrante da celebração litúrgica. É importante
cantar a liturgia e não na liturgia. Por isso devem integrar-se harmonicamente nas
celebrações, respeitando-se as suas características: a índole do tempo litúrgico, a índole
do momento ou parte da celebração em que se adequem, aos textos bíblicos propostos,
bem como as características da assembleia litúrgica.
26.
A equipe de celebração deve ajudar toda a assembleia a cantar. Em caso de
haver coral ou grupo de canto litúrgico, recorde-se que a sua função ordinariamente é a
de incentivar, animar e sustentar o canto da assembleia, não substituí-lo, nem encobri-
lo.
27.
Os instrumentos musicais devem proporcionar a participação de todos (a equipe
de celebração e do povo) e não encobrir ou atrapalhar o canto da assembleia. Observem-
se as normas litúrgicas a respeito do uso de instrumentos musicais nos vários tempos
litúrgicos, especialmente na quaresma e no advento. Em alguns casos, considerando-se
o espaço diminuto, recomenda-se a não utilização de baterias e guitarras elétricas.
28.
Quando se utiliza folheto litúrgico, a escolha dos cantos deve levar em conta o
que aí se propõe. Contudo, o critério principal não será o folheto em si mesmo, mas a
índole dos cantos propostos e da assembleia com a qual se celebra. Cantos que
apresentem maior grau de dificuldade ou não favoreçam a participação do povo devem
ser substituídos por outros, respeitadas as características do tempo litúrgico.
29.
É importante valorizar com o canto os seguintes momentos da celebração: sinal
da cruz, ato penitencial, hino de louvor, creio, refrão da oração dos fiéis, santo,
aclamações da oração eucarística, aclamação após a consagração, o amém antes do Pai
nosso (doxologia), a oração do Pai nosso, o cordeiro de Deus, o canto da comunhão e o
de ação de graças. Deve-se, no entanto, cuidar para não sobrecarregar a celebração,
prolongando-a indevidamente com excesso de cantos.
30.
O ato penitencial, o hino de louvor, o salmo responsorial, o santo, o creio, o Pai
nosso e o cordeiro não podem ser substituídos por outros cantos religiosos ou por
adaptações que não traduzam seu conteúdo essencial.
17
Diretório Litúrgico 2003 pág. 281.
22
31.
O canto de acolhida acompanha a procissão do presidente da celebração e seus
auxiliares, introduzindo a comunidade no espírito da celebração; não deve ser
prolongado e termina quando o presidente chega ao altar.
32.
Durante a consagração, não se deve colocar fundo musical. Após a consagração,
pode-se cantar a aclamação ao mistério eucarístico prevista no missal.
33.
Cantos após a comunhão não são parte obrigatória da celebração; quando
propostos, devem respeitar o momento litúrgico, constituindo expressão clara de oração
e louvor. Não devem ter a função de preencher o tempo. Não se deve utilizar o
momento pós-comunhão para reflexão ou avisos, encenações e apresentações que
distraiam da oração e do silêncio.
34.
Os avisos ou comunicações a serem feitas à assembleia deverão ser dados de
modo breve e claro antes da bênção final, por pessoas preparadas.
35.
Os cânticos litúrgicos deverão acompanhar o tempo próprio do ano litúrgico e os
ritos litúrgicos em que são usados. Preferencialmente, recorra-se aos Hinários Litúrgicos
aprovados pela CNBB.
36.
A importância dos cantos não exclui a necessidade de momentos de silêncio
prescritos na Liturgia.
37.
As equipes deverão ensaiar os cantos em reuniões estabelecidas e, se
conveniente, ensaiar com o povo antes das celebrações, evitando prolongar-se, para não
causar atraso na celebração.
38.
A equipe de celebração deve se sentir parte integrante da assembleia litúrgica,
procurando dar testemunho de participação atenta, de verdadeira piedade, nas orações,
cantos, escuta da Palavra, na atenção à homilia e na comunhão. É necessário celebrar
com o povo e não para o povo. Seu ministério é um modo de se celebrar e não mero
cumprimento de funções enquanto outros celebram.
39.
O lugar da equipe de celebração deve favorecer a participação e a integração de
seus membros na assembleia litúrgica.
40.
As ações da equipe de celebração sejam testemunho e estímulo para a
assembleia, evitando-se tudo o que possa atrapalhar e causar distração, como, por
exemplo, conversas, movimentação excessiva, afinação de instrumentos e idas à
sacristia.
23
41.
A equipe litúrgica deve favorecer a pontualidade no início da celebração e a
harmonia desta.
42.
É importante que a assembleia litúrgica sinta-se bem acolhida pela equipe de
celebração. A equipe poderá exprimir o acolhimento fraterno recebendo as pessoas às
portas da Igreja ou no comentário inicial.
43.
A participação dos membros da equipe de celebração na comunhão eucarística
seja organizada de tal forma que ninguém deixe de comungar, para ficar cantando ou
tocando.
44.
A necessidade da preparação dos que vão participar da eucaristia brota da
grandeza mesma do mistério da fé que celebramos.
45.
A preparação da primeira Eucaristia objetiva o aprendizado do essencial da
doutrina católica sobre o credo, os sacramentos, os mandamentos e a oração; a formação
para a vivência cristã no culto e no agir cristão no mundo, além da preparação específica
e próxima para a recepção dos sacramentos da penitência e da eucaristia. A preparação
deve ser também uma oportunidade para os catequizandos conhecerem: Jesus Cristo e
sua missão, a Palavra de Deus, a Igreja e as fórmulas da fé.
46.
A preparação para a primeira eucaristia de crianças, quanto ao tempo de duração
e a idade dos catequizandos, deve seguir as orientações da coordenação da catequese na
Arquidiocese.
47.
Esta preparação seja confiada a catequistas, com a devida capacitação doutrinal
e comprovado testemunho de fé e vida cristã, sob a supervisão do pároco, administrador
paroquial ou vigário paroquial.
48.
Esta preparação seja feita nas sedes paroquiais, capelas ou comunidades
eclesiais. Quando em escolas, somente após entendimento da diretoria da escola com o
respectivo pároco e sua equipe catequética paroquial, observando-se sempre o
cronograma de temas propostos pela Arquidiocese de Brasília, bem como o controle de
participação dos catequizandos nas celebrações paroquiais das Santas Missas.
49.
Ao longo da preparação, as crianças e adolescentes devem ter momentos de
oração e retiro, sejam orientados para a participação mais constante nas celebrações da
24
missa dominical, sejam também formados para a leitura da Bíblia e para a oração diária,
para o sentido missionário da fé, sua pertença à Igreja e participação em sua missão.
50.
Sejam também eles incentivados a reconhecer que Deus chama o cristão para
diversas vocações e ministérios na Igreja, entre elas, a vida sacerdotal e religiosa
consagrada, a vida da família cristã, dispondo-os assim a servir ao Senhor segundo esses
carismas.
51.
Se entre os que fazem sua preparação para a primeira eucaristia houver crianças
e jovens que não são batizados, a preparação para o batismo deve ser feita ao mesmo
tempo em que é realizada a preparação para a primeira eucaristia. O batismo delas seja
realizado segundo as orientações contidas no presente Diretório.
52.
Em data próxima à da primeira eucaristia, realize-se a primeira confissão,
sempre feita individualmente, inserida numa celebração penitencial ou ao menos
precedida por uma adequada preparação e acolhida.
53.
Cada comunidade, ao preparar crianças e adolescentes para a primeira
Eucaristia, reserve um tempo para a preparação dos pais dos neo-comungantes. Nesses
encontros, sejam retomados os temas centrais da fé cristã, com o objetivo de
revigoramento do seu testemunho de fé, por meio da participação na vida sacramental e
apostólica da Igreja.
54.
Sejam criadas oportunidades para os pais e outros familiares dos catequisandos
se aproximarem dos sacramentos da penitência e da Eucaristia, dispondo-se assim, à
plena participação com seus filhos.
58.
O pároco, de preferência, deverá presidir a celebração da primeira eucaristia, ou
em seu lugar, qualquer sacerdote por ele designado.
59.
Os catequizandos, seus pais e catequistas tenham especial participação na
liturgia da primeira eucaristia.
60.
Empenhem-se os párocos ou responsáveis, para que o número dos neo-
comungantes não seja excessivo em cada celebração.
61.
Sejam as celebrações da primeira eucaristia revestidas de simplicidade, mas bem
preparadas e participadas. As vestes dos neo-comungantes sejam simples e de bom
gosto, evitando-se o luxo e despesas desnecessárias. Os templos sejam ornamentados
com simplicidade, sem excessos.
62.
Os cantos sejam entoados pelos neo-comungantes com a participação da
assembleia.
63.
Os fotógrafos e cinegrafistas sejam devidamente instruídos a colaborar com a
celebração, evitando a dispersão da assembleia. O bom senso dos responsáveis deverá
definir os momentos em que as fotografias e filmagens deverão ser feitas.
64.
Seja dado um acompanhamento pastoral aos recém-iniciados na vida eucarística.
A comunidade paroquial é co-responsável pelo seu acompanhamento e amadurecimento
na fé.
65.
Este acompanhamento poderá se realizar, dentre outras atividades pastorais: 1)
pela celebração de eucaristias com crianças; 2) formação de grupos de evangelização
com adolescentes e pré-adolescentes; 3) aproveitamento de algumas crianças para o
exercício de funções litúrgicas, como acólitos; 4) ou de outras funções pastorais, como o
trabalho da infância missionária, juventude missionária; 5) encontros específicos para
crianças, com manhãs ou tardes de formação; 6) encaminhamento para o catecumenato
crismal, quando chegar o momento apropriado; 7) celebrações penitenciais para
crianças e adolescentes.
a) Adoração Eucarística.
26
66.
Cuide-se para que os sacrários para a entronização do Santíssimo Sacramento
sejam feitos de material resistente, com suficiente garantia de inviolabilidade e fixos.
Haja um cuidado especial com a chave do sacrário.
67.
Multipliquem-se momentos especiais de adoração e de louvor à Santíssima
Eucaristia, realizando horas santas com bênçãos do Santíssimo Sacramento, em
momentos determinados e devidamente preparados.
68.
Os pastores da Igreja incentivem os fiéis a expressarem a fé na presença real de
Cristo na eucaristia, dando sentido aos gestos de genuflexão ao Santíssimo Sacramento
ao entrar e sair da igreja ou capela do Santíssimo e da adoração silenciosa às sagradas
espécies conservadas nos sacrários.
69.
Mantenha-se sempre acesa a lâmpada do Santíssimo Sacramento, como
indicativa da presença real de Cristo que se faz eucaristia.
70.
Cuide-se que o templo e, de modo especial, a capela do Santíssimo Sacramento
sejam respeitados como lugar sagrado, propiciando clima de silêncio e oração.
71.
"Deve-se cuidar que nas exposições transpareça claramente a relação do culto ao
Santíssimo Sacramento com a missa. Evite-se na exposição todo aparato que de
qualquer modo possa contrariar o desejo de Cristo ao instituir a santíssima eucaristia,
sobretudo, para nos servir de alimento, remédio e conforto" (Ritual n. 82).
72.
"Durante a exposição do Santíssimo Sacramento proíbe-se a celebração da missa
no mesmo recinto da igreja ou oratório. (...) Se a exposição se estender por um ou mais
dias, deverá ser suspensa durante a celebração da missa" (Ritual n.83).
73.
"O ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento é o sacerdote ou o
diácono que, no fim da adoração, antes de repor o Sacramento, abençoa com ele o povo.
Na ausência do sacerdote e do diácono, ou estando legitimamente impedidos, poderão
expor publicamente a Santíssima eucaristia para a adoração dos fiéis e depois repô-la o
acólito instituído e outro ministro extraordinário da sagrada comunhão. A estes não é
permitido, no entanto, dar a bênção com o Santíssimo Sacramento" (Ritual n. 91).
74.
Para a exposição do Santíssimo Sacramento, sua adoração e bênção, sejam
sempre seguidas as normas e rituais próprios, conforme o "Ritual para o culto
eucarístico fora da missa".
27
75.
O povo cristão dá testemunho público de fé e piedade para com o Santíssimo
Sacramento, especialmente na solenidade do Corpo e Sangue do Senhor – Corpus
Christi. Na Arquidiocese de Brasília, seja ordinariamente celebrada com uma missa e
procissão reunindo o Clero e todas as Paróquias da Arquidiocese.
76.
"Convém que a procissão com o Santíssimo Sacramento se realize após a missa
na qual se consagrará a hóstia a ser levada na procissão. Nada impede que a procissão
seja feita também após uma adoração pública e prolongada, mas sempre depois da missa
e não antes dela" (Cf. Ritual n. 103).
77.
d) Normas específicas
a) quanto à adoração ao Santíssimo Sacramento, observe-se o previsto no ritual de culto
à sagrada eucaristia fora da missa, tal qual aprovado pela Sé Apostólica;
c) quanto aos encontros (por exemplo, de jovens, de casais ou outros grupos eclesiais)
que solicitem capela com o Santíssimo para as equipes de vigília, o zelo pela Sagrada
eucaristia fica confiado ao pároco ou ao diretor espiritual do movimento.
28
IV - SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
I. Fundamentação teológica
23. Para dar cumprimento ao cânon 508 § 2, mantendo-se o que prescreve o cânon
566 § 2 e o cânon 976, na Arquidiocese de Brasília, todos os presbíteros provisionados
ou com uso de ordens, gozam de faculdade de ouvir confissões; possuem, igualmente, a
faculdade não delegável de absolver censuras latae sententiae não declaradas, nem
reservadas à Santa Sé.
a) a concessão supracitada se refere à absolvição de censuras para penitentes
primários e não reincidentes; para estes casos, ressalva-se o estabelecido no c.
1355 acerca da reserva da absolvição aos bispos.
Notas Complementares
32
I. Fundamentação Teológica
1.
“Pela sagrada unção dos enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda
entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e
salve (cf. Tg 5,14-16). Exorta esses mesmos doentes a que livremente se associem à
paixão e morte de Cristo (cf. Rm 8,17; Col 1,24; 2Tm 2,11-12; 1Pd 4,13) e contribuam
para o bem do Povo de Deus” (Vaticano II, Lumen Gentium, 11).
2.
Os Evangelhos atestam amplamente quanto o próprio Senhor se empenhou em
cuidar corporal e espiritualmente dos enfermos, ordenando-nos a fazer o mesmo. “A
compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de todo o tipo são
um sinal evidente de que ‘Deus visitou o seu povo’ (Lc.7,16) e que o Reino de Deus
está bem próximo. Jesus não só tem poder de curar, mas também de perdoar os pecados:
ele veio curar o homem inteiro (...). Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem
é tão grande que ele se identifica com eles: ‘Estive doente e me visitastes’ (Mt. 25,36)”
(Catecismo da Igreja Católica, 1503).
3.
“Este sacramento confere ao enfermo a graça do Espírito Santo, que contribui
para o bem do homem todo, reanimado pela confiança em Deus e fortalecido contra as
tentações do maligno e as aflições da morte, de modo que possa não somente suportar,
mas combater o mal e conseguir, se for conveniente à sua salvação espiritual, a própria
cura. Este sacramento proporciona também, em caso de necessidade, o perdão dos
pecados e a consumação da penitência cristã” (Ritual da unção dos enfermos e sua
assistência pastoral, Introdução, 6).
4.
O Concílio Vaticano II, na constituição Sacrosanctum Concilium, propõe o uso
do nome “unção dos enfermos”, substituindo o de “extrema unção”, por corresponder
melhor à natureza deste sacramento (cf. n. 73).
5.
“Na epístola de Tiago se declara que a unção deve ser dada aos doentes, para
que os alivie e salve. Portanto, esta sagrada unção deve ser conferida com todo empenho
e cuidado aos fiéis que adoecem gravemente por enfermidade ou velhice” (Ritual da
unção dos enfermos e sua assistência pastoral, Introdução, 8).
34
6.
“Se um enfermo que recebeu a unção recobrar a saúde, pode, em caso de recair
em doença grave, receber de novo este sacramento. No decorrer da mesma
enfermidade, este sacramento pode ser reiterado se a doença se agravar. Permite-se
receber a unção dos enfermos antes de uma cirurgia de alto risco. O mesmo vale
também para as pessoas de idade avançada, cuja fragilidade se acentua” (Catecismo da
Igreja Católica, 1515).
1. “Também às crianças a sagrada unção seja conferida, desde que tenham
atingido tal uso da razão (por volta de 7 anos completos) que possam encontrar
conforto no sacramento” (Ritual da unção dos enfermos e sua assistência
pastoral, Introdução, 12).
2. “Na dúvida se o doente já atingiu o uso da razão, se está perigosamente
doente, ou se já está morto, administre-se este sacramento” (cfr. c. 1005).
3. “A sagrada unção pode ser dada aos doentes privados dos sentidos ou
do uso da razão, desde que se possa crer que provavelmente a pediriam, se
estivessem em pleno uso de suas faculdades” (Ritual da unção dos enfermos e
sua assistência pastoral, 14; cfr. Código de Direito Canônico, c. 1006).
4. “Não se administre a unção dos enfermos aos que perseverarem
obstinadamente em pecado grave manifesto” (c. 1007).
7.
“Somente os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da unção dos
enfermos. É dever dos pastores instruir os fiéis sobre os benefícios deste sacramento.
Que os fiéis incentivem os doentes a chamar o sacerdote para receber este sacramento.
Que os doentes se preparem para recebê-lo com boas disposições, com a ajuda de seu
pastor e de toda a comunidade eclesial, que é convidada a cercar de modo especial os
doentes com suas orações e atenções fraternas” (Catecismo da Igreja Católica, 1516).
8.
A administração da unção dos enfermos deverá ser realizada de modo a
expressar a dignidade do sacramento, enquanto verdadeira ação litúrgica, em clima de
oração, envolvendo, ao máximo possível, a participação do próprio enfermo e da
comunidade eclesial. A participação ativa e consciente dos familiares do enfermo na
celebração da santa unção deve ser favorecida e estimulada, especialmente quando
realizada na própria casa.
9.
Para bem preparar e organizar a celebração dos sacramentos, o sacerdote deverá
informar-se sobre a situação do enfermo, a ser levada em consideração ao dispor o rito,
na escolha das leituras bíblicas e orações, conforme a diversidade de situações
contempladas pelo ritual da unção dos enfermos.
35
10.
Pode-se fazer a celebração comunitária da unção dos enfermos, ao mesmo
tempo, para diversos doentes, desde que eles se encontrem devidamente preparados e
estejam dispostos no local da celebração de modo a serem identificados (Cfr. Código de
Direito Canônico, c. 1002).
11.
O óleo dos enfermos deve ser conservado de modo condizente com a sua
dignidade, em local apropriado.
12.
É proibido o uso do óleo dos enfermos fora da administração do sacramento da
unção dos enfermos, em outras celebrações ou orações junto aos doentes.
13.
“Aos que estão para deixar esta vida, a Igreja oferece, além da unção dos
enfermos, a eucaristia como viático. Recebida neste momento de passagem para o Pai,
a comunhão do Corpo e Sangue de Cristo tem significado e importância particulares. É
semente de vida eterna e poder de ressurreição, segundo as palavras do Senhor: ‘Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no
último dia’ (Jo 6,54)”. (Catecismo da Igreja Católica, 1524).
14.
“Tem a obrigação de receber o viático todos os batizados que possam receber a
sagrada comunhão. Portanto, todos os fiéis em perigo de morte, seja qual for a causa,
estão submetidos ao preceito de receber a sagrada comunhão; os pastores devem, pois,
cuidar que a recepção deste sacramento não seja protelada, mas que os fiéis possam ser
nutridos por ele ainda em plena lucidez” (Ritual da unção dos enfermos e sua assistência
pastoral, 27).
15.
Seja implantada em todas as paróquias e áreas pastorais a pastoral da saúde,
organizando-se em equipe a assistência pastoral aos enfermos e outras atividades
específicas, cuidando-se bem da formação dos agentes desta pastoral.
16.
Os presbíteros, os ministros extraordinários da sagrada comunhão e outros
agentes de pastoral desenvolvam uma pastoral conscientizadora sobre o sentido do
sacramento da unção dos enfermos. De modo especial, na pastoral da saúde e na
catequese, haja empenho para superar concepções inadequadas a respeito deste
sacramento e propor a doutrina da Igreja.
17.
Recomenda-se uma missa especial para os doentes e idosos no tempo
quaresmal ou no tempo pascal, sendo possível, próximo à Páscoa, com a celebração
36
VI - SACRAMENTO DA ORDEM
I. Fundamentação Teológica
01. “A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus
Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto, o
sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus: o Episcopado, o Presbiterado
e o Diaconado” (Catecismo da Igreja Católica, 1536).
02. A respeito dos bispos, afirma o Concílio Vaticano II que “mediante a imposição
das mãos e as palavras da sagração, é concedida a graça do Espírito Santo e impresso o
caráter sagrado de tal modo que os bispos, de maneira eminente e visível, fazem as
vezes do próprio Cristo, Mestre, Pastor e Pontífice e agem em seu nome” (Lumen
Gentium, 21). “Os bispos, com seus auxiliares presbíteros e diáconos, receberam o
encargo de servir a comunidade, presidindo no lugar de Deus ao rebanho do qual são
pastores, como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo”,
sucedendo aos Apóstolos, como pastores da Igreja (Lumen Gentium, 20).
03. Os presbíteros, “solícitos cooperadores da ordem episcopal”, exercendo seu
ministério unidos aos bispos, “em virtude do sacramento da ordem, segundo a imagem
de Cristo, sumo e eterno sacerdote, são consagrados para pregar o evangelho, apascentar
os fiéis e celebrar o culto divino, de maneira que são verdadeiros sacerdotes do novo
testamento”, no grau próprio do seu ministério (Lumen Gentium, 28).
04. Aos diáconos “são-lhes impostas as mãos, não para o sacerdócio, mas para o
ministério. Porquanto, fortalecidos com a graça sacramental, servem ao povo de Deus
na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o bispo e seu
presbitério” (Lumen Gentium, 29).
V. Diáconos Permanentes
20
Cf. cân. 1066 – Legislação Complementar da CNBB ao CDC.
42
e) Primeira hipótese: cópia da certidão do casamento civil, caso tenha sido realizado
previamente no cartório; Segunda hipótese: caso seja casamento religioso com efeitos
civis, deverá ser pedida ao cartório a certidão de habilitação para casamento religioso
com efeitos civis;
Parágrafo primeiro: Após junção dos documentos exigidos (ou de parte considerável
deles, para entrega posterior dos restantes), a sua entrega deverá ser efetuada na igreja
43
12. Estes casos especiais exigem licença do Ordinário do lugar para a celebração
lícita do casamento:
a) Matrimônio de vagos (ciganos, artistas de circo, ambulantes, etc.): são
aqueles que não possuem domicílio nem quase-domicílio em qualquer lugar;
b) Matrimônio que não possa ser reconhecido ou celebrado civilmente (cfr.
C.D.C. cân. 1071): são os casamentos daqueles que se encontram impedidos pela Lei
Civil23;
21
Cf. cân. 1083 – 1094.
22
Cf. cân. 1071 e 1124 – 1125.
23
Encontramos alguns no Código Civil Brasileiro, art. 183: "VII – o cônjuge adúltero com o seu
co-réu, por tal condenado; XI – os sujeitos ao pátrio poder, tutela, ou curatela, enquanto não
obtiverem, ou lhes não for suprido o consentimento do pai, tutor, ou curador (art. 212); XII – as
mulheres menores de 16 [dezesseis] anos e os homens menores de 18[dezoito]; XIII – o viúvo ou
a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal (art.
225) e der partilha aos herdeiros; XIV – a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser
44
1. Impedimento de idade: O homem antes dos dezesseis anos completos e a mulher antes
dos catorze também completos não podem contrair matrimônio válido;
2. Impedimento de Impotentia Coëundi: ou seja, a impotência para copular, antecedente e
perpétua, absoluta ou relativa, por parte do homem ou da mulher, dirime o matrimônio
por sua própria natureza. Se o impedimento de impotência for duvidoso, por dúvida,
quer de direito, quer de fato, não se pode impedir o matrimônio nem, permanecendo a
dúvida, declará-lo nulo. A esterilidade não proíbe nem dirime o matrimônio, salva a
prescrição do cân. 1098 24;
3. Impedimento de vínculo matrimonial anterior : tenta invalidamente contrair matrimônio
quem está ligado pelo vínculo de matrimônio anterior, mesmo que este não tenha sido
consumado. Ainda que o matrimônio anterior tenha sido nulo ou dissolvido por
qualquer causa, não é lícito contrair outro, antes que conste legitimamente e com certeza
a nulidade ou a dissolução do primeiro 25;
4. Impedimento de disparidade de culto: é inválido o matrimônio entre duas pessoas, uma
das quais tenha sido batizada na Igreja católica ou nela recebida e que não a tenha
abandonado por um ato formal, e outra não é batizada;
5. Impedimento de ordem sagrada: tentam invalidamente o matrimônio os que receberam
ordens sagradas;
6. Impedimento de profissão religiosa feita por voto de castidade público perpétuo em
instituto religioso de direito pontifício: tentam invalidamente o matrimônio os que estão
ligados por voto público perpétuo de castidade num instituto religioso;
7. Impedimento de rapto de cônjuge: entre um homem e uma mulher arrebatada
violentamente ou retida com intuito de casamento, não pode existir matrimônio, a não
ser que depois a mulher, separada do raptor e colocada em lugar seguro e livre, escolhe
espontaneamente o matrimônio;
8. Impedimento de crime: quem, com o intuito de contrair matrimônio com determinada
pessoa, tiver causado a morte do cônjuge desta, ou do próprio cônjuge, tenta
invalidamente este matrimônio. Tentam invalidamente o matrimônio entre si também
aqueles que, por mútua cooperação física ou moral, causaram a morte do cônjuge;
9. a) Impedimento de consanguinidade em linha colateral: Na linha colateral, é nulo o
matrimônio até o quarto grau, inclusive. O impedimento de consanguinidade não se
multiplica. Nunca se permita o matrimônio, havendo alguma dúvida se as partes são
consanguíneas no segundo grau da linha colateral; b) Impedimento de consanguinidade
em linha reta: Na linha reta de consanguinidade, é nulo o matrimônio entre todos os
ascendentes e descendentes, tanto legítimos como naturais. Nunca se permita o
matrimônio, havendo alguma dúvida se as partes são consanguíneas em algum grau de
linha reta;
10. Impedimento de afinidade: A afinidade em linha reta torna nulo o matrimônio em
qualquer grau. O parentesco de afinidade “se origina de casamento válido, mesmo não
consumado, e vigora entre o marido e os consanguíneos da mulher, e entre a mulher e os
consanguíneos do marido” (cfr. c. 109);
24
Não se trata, nesse caso, de impotentia generandi, ou seja, impotência de gerar filhos,
advinda de esterilidade de algum dos cônjuges, que não constitui impedimento para o
casamento.
25
Casos assim devem ser encaminhados para o Tribunal Eclesiástico para serem julgados, nos
termos do Código de Direito Canônico (cfr. Cân 1085).
46
14. A celebração do matrimônio deve ser bem participada pelos noivos, suas
famílias e convidados. Para isso, seja preparada, de acordo com o ritual próprio
estabelecido pela Igreja, pelo pároco, a equipe de celebração e os noivos, de modo a
realçar o seu significado cristão e favorecer a sua vivência espiritual. A celebração do
matrimônio, assim como dos demais sacramentos, é sempre ação eclesial, a ser vivida
em comunidade.
15. Todos os que participam da celebração do matrimônio são testemunhas,
diante da Igreja e da sociedade, do caráter público do compromisso matrimonial. Com
esta participação, a comunidade se compromete a rezar pelo lar que se inicia e a apoiá-
lo: a) no âmbito canônico, a forma estabelecida contempla a exigência de assinatura de
duas testemunhas, com a indicação dos seus respectivos endereços; b) para o âmbito
civil se exige a confecção de uma ata própria, com a assinatura de quatro testemunhas,
com a indicação de seus respectivos endereços.
16. Em linha de princípio, as paróquias não oferecerão serviços de
ornamentação, sendo da total responsabilidade dos nubentes escolherem a empresa que
julgarem apta para tal: a) as secretarias paroquiais fornecerão aos nubentes uma folha
contendo todas as normas para uso do espaço da Igreja, a ser devidamente entregue
pelos próprios nubentes à firma encarregada da decoração; b) Compete aos nubentes
esclarecer junto à firma encarregada pela ornamentação que é obrigatório o
cumprimento das normas contidas na folha que, necessariamente, deverão dar ciência à
empresa; c) A empresa encarregada pela ornamentação deve, necessariamente, entrar
em contato com a secretaria paroquial para os esclarecimentos quanto às regras em
vigência na paróquia, pelo menos 15 dias antes da celebração religiosa do matrimônio,
cabendo a ela a preparação da ornamentação (confecção ou montagem dos arranjos)
dentro da igreja paroquial, bem como o uso de tablados ou de biombos.
utensílios da igreja; alterar a disposição dos bancos e amarrá-los com fitas ou arames;
fazer uso de fogos de artifício no interior da Igreja;
c) Compete ao pároco estabelecer, segundo a disposição física de cada templo, o
local para o genuflexório, bem como as cadeiras destinadas aos noivos, pais e
padrinhos;
d) O genuflexório, bem como as colunas de vidro ou de madeira a serem
utilizadas para a ornamentação dos corredores ou do presbitério (altar) deverão,
necessariamente, possuir uma proteção em sua base para se evitar danos ao piso da
Igreja (riscos no granito ou mármore);
e) É expressamente proibido colocar arranjos com velas de cera ou similar (de
qualquer tipo), seja nos corredores, seja no presbitério (altar), para permanecerem
acesas durante a celebração, não havendo exceção para nenhum caso;
f) Os arranjos e objetos utilizados pelas empresas responsáveis pela decoração
devem ser retirados imediatamente após a celebração, competindo às mesmas empresas
a limpeza da nave central da igreja paroquial dos remanescentes das flores e outros lixos
produzidos;
g) A Igreja não se responsabiliza pela guarda dos arranjos e objetos da
ornamentação;
h) Deverão ser informados, no prazo máximo de 30 dias antes da cerimônia
religiosa do casamento, à secretaria paroquial, os nomes das empresas de cerimonial,
ornamentação, fotografias, sonorização e filmagens, bem como aqueles dos seus
responsáveis, com a indicação dos números de telefones (fixos e celulares), para
eventuais contatos que se fizerem necessários.
26
Cf. cân. 1108 § 1 e 2.
27
Cf. cân. 1111 § 1 e 2.
49
29. Celebrado o matrimônio, o registro do ato deve ser feito em livro próprio,
na paróquia onde ele foi realizado, na primeira semana após a cerimônia: a) permite-se
o uso de meios eletrônicos (computadores) para o registro matrimonial, mantendo-se,
todavia, a exigência da respectiva anotação manual nos livros próprios; b) o registro em
livros próprios se fará em dupla cópia, uma para a secretaria paroquial e outra para ser
entregue na cúria metropolitana após o término da sua capacidade de assentamento de
registros.
30. A paróquia onde foi celebrado o matrimônio deverá preparar a “notificação
de matrimônio” a ser enviada por sua secretaria paroquial, o quanto antes, às paróquias
que concederam as certidões de batismo dos dois esposos.
31. Seja oferecido acompanhamento aos novos casais, motivando-os a
participar da comunidade paroquial, oferecendo-lhes oportunidade de engajamento
pastoral e estimulando o seu testemunho cristão na sociedade, por meio de uma efetiva
pastoral familiar (consultar, igualmente, o Diretório de pastoral da CNBB, números
279-286).
28
Cf. Exortação Apostólica Familiaris Consortio, no. 84.