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O que é o Batismo?
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Batismo de Adultos
2) Conforme o Cân. 863, o Bispo deve ser avisado quando pessoas adultas com
mais de 14 anos foram preparadas para receber o Batismo. Esta norma visa à
possibilidade de o próprio Bispo presidir a cerimônia Batismal.
3) Adulto, para a Igreja é todo aquele que chegou ao uso da razão, superada a
infância (Cân. 852 §1º). Podemos considerar atingida esta situação quando
alguém supera seus 7 anos de idade.
c. Se o adulto deseja casar, mas não foi nem batizado, nem recebeu a
Eucaristia nem a Crisma, com cuidado, deve ser ajudado a percorrer todo
o itinerário catecumenal para, somente no final, realizar o matrimônio.
Neste caso, o adulto não seja batizado se não manifestar o livre
consentimento e vontade de se casar na Igreja, em vista da sua completa
e frutuosa conversão.
d. Se este adulto quer mesmo realizar o matrimônio logo, não pode ser
impedido; porém deve-se agir como quando se realizam matrimônios
entre um católico e uma pagã obtendo todas as dispensas exigidas pelo
caso (cf. Cân. 1118).
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6) Por isso, de jeito nenhum deve ser favorecido o costume de deixar para mais
tarde o batismo dos filhos, iludindo-se que assim terão mais liberdade de escolha
da fé que vão querer praticar. Trata-se de uma grande ilusão, porque, enquanto
os pais e as comunidades não transmitem a fé, estas crianças serão recheadas de
tudo o que se passa na televisão, nas festas, nas escolas, nas ruas, através de
educadores e colegas, de fato, ateus.
7) Dar o batismo aos filhos quando ainda pequenos não significa, portanto, violar o
livre arbítrio deles, mas querer doar a eles, junto ao dom incalculável da vida
(que eles não pediram, porque não podiam) um dom mais incalculável ainda,
que é o dom da Fé.
8) Deste princípio vem a constatação de que o Batismo exige a fé: não tanto da
criancinha, quanto a dos pais, dos padrinhos e da comunidade que recebe a
criança como seu membro.
9) A criança tem direito ao Batismo, bem primário para o acesso a todos os outros
bens da Redenção. Contudo, se a esperança que a criança será educada na fé
católica faltar de todo, o Batismo seja adiado avisando-se aos pais sobre o
motivo do adiamento.
10) Daí vem a necessidade de uma constante formação do nosso povo para que o
maior número possível de casais esteja pronto a transmitir aos seus filhos a fé
que o Batismo faz germinar.
11) Tendo em vista a possibilidade de alguns casais não viverem coerentemente sua
fé ou sua vida matrimonial, será particular preocupação do vigário e da equipe
de preparação ao batismo:
a. Insistir junto aos pais da criança a ser batizada para que escolham
padrinhos idôneos que completem ou realizem aquela educação na fé que
o Batismo requer.
c. Insistir junto à comunidade cristã para que seja uma comunidade que
testemunhe sua fé com generosidade e alegria, realizando obras de
caridade verdadeira.
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b. Pessoas que tenham sido indicadas pelo batizando ou pelos pais dele e
que tenham aptidão e intenção de cumprir a tarefa de padrinhos ou
madrinhas. (Cân. 874 § 1º).
14) Os pais que pedem o Batismo para seus filhos, nem sempre estão testemunhando
retamente sua fé. Isso pode acontecer por tantos motivos: afastamento do
convívio da comunidade por parte do casal ou de um de seus membros; situação
irregular de vida matrimonial; convivência difícil do casal... Por causa disso não
se negue o batismo da criança, pois é seu direito. Nem se condicione o batismo
ao recebimento do matrimônio católico, ma se aproveite a oportunidade para dar
aquela catequese fundamental de vida cristã, cuja falta muitas vezes é a causa
destas irregularidades.
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15) Pode-se batizar no mesmo dia todos os filhos que um casal apresentar para o
Batismo.
16) Para uma digna recepção do batismo, haja uma preparação de quatro encontros
que a Diocese tem preparado. Destes encontros devem participar:
a. Os Pais do batizando.
b. Os Padrinhos.
18) Aos participantes dos encontros preparatórios ao Batismo deve ser entregue um
comprovante de participação com validade de 2 (dois) anos.
20) Haja maleabilidade e não rigidez com aquelas pessoas que, pelo trabalho que
exercem, têm dificuldades evidentes de participar dos encontros regulares. A
sensibilidade pastoral dos responsáveis (sacerdotes e ministros da preparação do
batismo) saberá criar oportunidades diferentes para estas pessoas (encontros
particulares, encontros mais reduzidos...).
21) O costume impõe que padrinho e madrinha assumam as despesas vivas da festa
do batismo. Não cabe à Diocese interferir nestes costumes se não para dizer aos
pais e padrinhos que contenham as despesas dentro do conveniente; e dizer aos
padres que a espórtula pode ser diminuída, conforme a necessidade, e até
dispensada.
23) As motivações que levam os pais a pedir o Batismo para os filhos são as mais
variadas e nem sempre teologicamente certas. Todas elas, porém, podem se
tornar uma oportunidade perfeita para corrigir o que deve ser corrigido, e
aproveitar o que pode ser aproveitado.
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Documentação e transcrição no Livro de Batizados
28) O Batismo é um só. Por isso não se pode dar o batismo duas ou mais vezes.
Diante da dúvida se houve ou não batismo, faça-se uma adequada procura e se
batize sob condição (usando a fórmula: “Se não foste batizado, eu te batizo...”).
Faça-se isso apenas se a procura não dissipou as dúvidas.
29) Porém, deve-se batizar sob condição quando uma pessoa deixa as igrejas abaixa
elencadas e se torna católico:
b. As Igrejas Brasileiras
30) Deve certamente ser rebatizado quem passa destas Igrejas para a Igreja Católica:
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a. Testemunhas de Jeová
b. Ciência Cristã
31) Não se pode rebatizar, nem sob condição (a não ser em casos constatados de
erros por parte de algum pastor) os membros destas igrejas que queiram se
tornar católicos:
a. Igreja Presbiteriana
b. Igreja Metodista
c. Igrejas Congregacionistas
d. Igrejas Adventistas
34) Para que tudo isso tenha efeito, será necessário criar as condições para que as
pessoas conheçam o Batismo e seus benéficos efeitos sobre a vida de cada
cristão e tenham a possibilidade de vivê-lo coerentemente.
a. Com uma catequese que mostre o poder dinâmico que o Batismo tem
sobre a vida do homem, quando é bem entendido e recebido.
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c. Com uma vivência profunda da Eucaristia, onde o sacerdócio comum dos
fiéis se realize plenamente, em comunhão com o Sacerdócio de Cristo.
Na Eucaristia tudo o que é “vida” se torna hóstia agradável a Deus, se
oferecido com fé em união ao sacrifico do Senhor. Por isso, os
Sacerdotes zelem por uma Celebração Eucarística devota, sem delongas
inúteis, com cantos bem preparados, com os silêncios rituais respeitados,
dando muito mais ênfase ao mistério celebrado do que às coisas que nós
fazemos.
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formação. E isso implica aceitá-las, trabalhar junto com elas. Pertencer à
Igreja significa ajudar dentro das possibilidades que cada um tem.
Bispo Diocesano
Vigário Geral
Secretário
Padres Sinodais: