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SUMÁRIO
Saiba como roupas e adornos podem fazer diferença em sua vida cristã
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Uma Visão Geral do Livro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Capítulo 1
A Importância da Aparência Exterior . . . . . . . . . . . . 16
Capítulo 2
Vestuário e Ornamentos no Velho Testamento . . . . 22
Capítulo 3
Vestuário e Ornamentos no Novo Testamento . . . . 50
Capítulo 4
Vestuário e Ornamentos na História Cristã . . . . . . . 73
Capítulo 5
A Questão da Aliança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Capítulo 6
Trajes Unissex . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Capítulo 7
Princípios Cristãos para Vestes e Ornamentos . . . 167
Capítulo 8
Uma Visão Prática do Vestuário Cristão . . . . . . . . 178
Capítulo 9
O Vestuário Masculino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
Qual a Roupa Certa? 3
INTRODUÇÃO
Devo confessar que, dos dez livros que escrevi, este fui o mais
difícil. Essa dificuldade deveu-se não à escassez de estudos confiáveis
sobre o assunto, mas principalmente á natureza sensível do assunto. A
maneira de vestir-se e ornamentar-se de uma pessoa não representa
apenas sua cobertura externa; ela lhe revela o caráter interior. De fato,
este estudo surpreendeu tanto a mim quanto minha esposa, fazendo-nos
revisar nossa posição concernente a certos assuntos, inclusive o uso da
aliança de casamento. Nenhum dos meus livros levou-me a analisar tão
profundamente a minha própria alma. É portanto com muita humildade
que apresento este estudo, não com o intuito de condenar alguém, mas de
ajudar meus companheiros de jornada cristã, inclusive a mim mesmo, a
compreender melhor e aceitar aqueles princípios que Deus nos tem
revelado em Sua Palavra, com respeita à nossa aparência externa.
O assunto do vestuário e do adorno é tão delicado porque mexe com
aquilo que alguns indivíduos valorizam mais, ou seja, seu orgulho e
vaidade. Aquilo que usamos é parte daquilo que somos. Nossa roupa e
ornamentos revelam não apenas nosso nível social, econômico e
educacional, mas também nossos valores morais. Aquilo que usamos
conta o que gostaríamos que o mundo pensasse de nós. A maioria das
pessoas quer que o mundo admire sua aparência exterior, e não que a
critique. Se você expressa sua desaprovação a um amigo ou membro da
igreja pelas roupas insinuantes ou jóias chamativas que ele esteja usando,
é provável que ele lhe responda: "O que eu uso não é da sua conta! Se
você não gosta, não olhe para mim!"
Qual a Roupa Certa? 5
Tais explosões emocionais pouco ânimo produzem, para que se
pregue ou se escreva sobre esse assunto tão melindroso. Essa, talvez,
seja a razão porque sermões e livros que falam sobre o modo do cristão
se vestir ou se adornar são tão raros. A essa altura você talvez esteja se
perguntando por que eu me aventurei a escrever sobre esses assuntos.
Deixe-me assegurar-lhe que certamente não é por que eu tenha um
"complexo de mártir". Aprendi por experiência que escrever sobre
assuntos controvertidos tem alto custo, tanto financeiro como emocional.
A pessoa pude ficar emaranhada em controvérsias sem fim, perder a
amizade de irmãos de fé, e sofrer penalidades econômicas.
Meu critério para decidir sobre o que escrever nunca tem sido a
popularidade ou impopularidade do assunto, e sim minha percepção da
relevância e importância para a igreja hoje. A necessidade de investigar
os ensinos bíblicos referentes a vestuário e ornamentos, tem-me
inquietado muitas vezes por aquilo que tenho visto e ouvido em grande
número de igrejas por onde tenho ministrado; tanto na América do Norte
como em outros países. Está se tornando uma cena corriqueira em muitas
congregações o uso de minissaias, blusas decotadas, calças compridas,
brincos, colares, braceletes, anéis a maquiagem pesada.
Quando esse assunto é levado à discussão em meus seminários, no
sábado à tarde, durante o período de perguntas e respostas, sempre há
alguns membros que defendem o modo imodesto pelo qual se trajam
dizendo: "Que mal há em usar brincos, colares, pulseiras, anéis; ou
roupas da moda? Todo o mundo usa! Os adventistas não devem parecer
espantalhos! As jóias fazem parte das vestimentas formais da mulher,
assim como o uso da gravata faz parte do traje formal do homem. Ser
cristão é muito mais do que ficar argumentando sobre jóias e roupas. Os
adventistas não deviam permitir que coisas tão sem importância
obscurecessem as grandes verdades da fé cristã."
Qual a Roupa Certa? 6
Esses são problemas reais que confrontam todo cristão, inclusive o
pastor, interessado em ajudar seus irmãos de fé a seguirem as diretrizes
da Palavra de Deus, em vez dos ditames da moda. De fato, muitas vezes
pastores têm-me confidenciado que se sentem impotentes frente ao
crescente uso de jóias, cosméticos e vestuário imodesto em suas
congregações. Alguns pastores admitem que essa tendência permissiva
veio para ficar, e que não há muito que se possa fazer, senão aprender a
conviver com ela.
Medo do Legalismo
Os Objetivos do Livro
Procedimento e Estilo
O Anseio do Autor
Quando você encontra com uma pessoa pela primeira vez, mesmo
antes que ele ou ela comece a falar, poderá você dizer se é cristã
por sua aparência exterior? Com freqüência fico em aeroportos
esperando por alguém que me apanhe para conduzir-me aonde devo
apresentar meus seminários de final de semana. Na maioria dos casos, a
única coisa que sei sobre essa pessoa, é que ele ou ela é um cristão,
pertencendo à Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Ao sair do portão de desembarque, fico olhando as pessoas que
estão à espera de um parente ou amigo, e me pergunto: "Quem seria a
pessoa que está me esperando? Quem se parece com um adventista?" Se
entre aqueles que estão à espera vejo um homem de cabelos longos,
usando uma camiseta com a estampa "Turma da Pesada", tenho quase
certeza de que ele não está esperando por mim. Pelo mesmo raciocínio,
excluo automaticamente a mulher que traje vestido curto e use jóias, ou
um homem com a camisa aberta, uma corrente dourada no pescoço e
cabelos à altura dos ombros. Pelo método da exclusão, eu
costumeiramente encontro a pessoa que me espera entre aqueles que
estão vestidos com esmero e modéstia.
Conclusão
Referências do Capítulo I:
1. William Thourlby. You Are What You Wear (New York, 19S0)
pág. 1.
2. Idem, pág. 52.
3. John T. Molloy. Dress for Success (New York, 1975).
4. Ibidem.
5. William Thourlby. (Referência 1), págs. 52 a 59.
Qual a Roupa Certa? 22
VESTUÁRIO E ORNAMENTOS NO VELHO TESTAMENTO
Objetivo do Capítulo
A Roupagem de Luz
A Queda e a Moda
Ídolos e Jóias
Um Princípio Relevante
Literal ou Alegórico
Julgamento e Ornamentos
Um Símbolo de Beleza
Revelarão Progressiva
A Mulher Desolada
Conclusão
Referências do Capítulo II
Objetivo do Capítulo
A Grande Prostituta
A Noiva de Cristo
Adorno Correto
Vestir-se Modestamente
Orgulho da Modéstia?
Exposição Indecente
Vista-se Sobriamente
Para que não haja dúvida quanto ao que ele queria dizer através da
admoestação: vistam-se de maneira ordeira, decente e sóbria, Paulo
adiciona uma lista de quatro tipos de ornamentos impróprios para a
mulher cristã: "não com estilos de cabelo elaborados, não embelezadas
com ouro ou pérolas, ou roupas custosas, mas com boas obras como
convém às santas mulheres" (I Tim. 2:9, 10). A lista começa com "estilos
elaborados de cabelo" porque no mundo judeu e romano daquela época,
as mulheres empregavam muito tempo no cuidado de seus cabelos,
arranjando-os de várias formas, de acordo com a moda prevalecente.
Enfeitavam seus cabelos com palhetas de fios de ouro ou tecidos bem
trabalhados. Não nos é dito se a mulher romana gostava de usar os
intrincados prendedores de cabelos de doze centímetros de comprimento
criados em Corinto. "Havia tantas maneiras de adornar o cabelo como
havia abelhas em Hybla. Faziam-se ondas no cabelo, tingiam-se algumas
vezes de preto, mas mais freqüentemente de ruivo. Usava-se tranças,
especialmente loiras ... Arcos de cabeça, presilhas e pentes eram feitos
de marfim, madeira e casco de tartaruga; algumas vezes eram fabricados
em ouro e enfeitados com pedras preciosas". (20)
O que Paulo condena nesse verso não é pentear o cabelo de maneira
asseada e própria, mas "os estilos elaborados de cabelo", entrelaçados
com ornamentos que são criados para atrair a atenção. Tal estilo
contraria os princípios do adorno cristão expostos aqui pelo apóstolo
Paulo.
Os próximos dois ornamentos impróprios mencionados por Paulo
são "ouro e pérolas". Havia abundância de anéis brilhantes, bem como
braceletes, enfeites para os tornozelos e brincos de pérolas que eram
usados pelas mulheres seguidoras da moda. O apóstolo escreve
enfaticamente contra o seu uso, porque esses itens refletem vaidade
pessoal e exaltam o eu, práticas que não se coadunam com seu apelo aos
Qual a Roupa Certa? 65
cristãos para serem modestos, decentes e sóbrios em seus adornos
exteriores.
O último ornamento impróprio mencionado por Paulo é "roupas
custosas". Alguns tipos de roupa eram extremamente caras na época de
Paulo. "A púrpura era a cor favorita para as roupas. Meio quilo de lã de
púrpura do melhor tipo, importada de Tiro e tingida duas vezes, custava
1.000 denários". (21) Considerando que um trabalhador não-especializado
ganhava um denário por dia, isso representava o salário três anos de
trabalho. Mesmo esse custo tão elevado não impedia as mulheres
abastadas de comprar roupas e ornamentos excessivamente caros. "Em
Roma, Plínio informa-nos de uma jovem, Lollia Paulina, cujo vestido de
noiva custou o equivalente a 482 mil libras (cerca de USS 1.600.000)".(22)
Não é de surpreender que os moralistas condenavam vestimentas
extravagantes e custosas, tanto quanto Pedro e Paulo o faziam. Por
exemplo, Quintiliano, o mestre romano de oratória escreveu: "Uma
vestimenta de bom gosto e de aparência magnífica adiciona dignidade a
quem a usa, mas trajes efeminados e luxuosos deixam de adornar o
corpo, e passam a revelar apenas a sordidez da mente". (23)
Paulo falou contra o uso de roupas custosas porque elas refletem
vaidade, futilidade e vazio do indivíduo, bem como objetivos voltados ao
eu, e algumas vezes um desejo de receber atenção imprópria do sexo
oposto. Tais atitudes não são condizentes com seu apelo para a modéstia,
decência e sobriedade na maneira do cristão se vestir.
A menção de roupas custosas sugere vestimentas que precisam de
um grande esforço para serem adquiridas. Gastos que ultrapassem o que
alguém ganha, são incompatíveis com os princípios da mordomia cristã.
Isso não quer dizer que roupas caras são apropriadas apenas àqueles que
têm condição de comprá-las, porque como John Wesley enfatiza,
"Nenhum cristão tem condição de desperdiçar qualquer pane dos talentos
que Deus lhe Confiou.... Cada centavo que você economiza de suas
próprias vestimentas, pode gastá-lo em vestir o nu, e em aliviar as várias
necessidades dos pobres, a quem 'sempre tendes convosco'. Portanto,
Qual a Roupa Certa? 66
cada centavo que você gasta desnecessariamente em sua vestimenta é na
realidade um roubo daquilo que pertence a Deus e aos pobres". (24)
Os Ornamentos Apropriados
Atitude Submissa
Ornamentos Impróprios
Os Ornamentos do Coração
Conclusão
Objetivo do Capítulo
O Mundo da Luxúria
As Admoestações de Tertuliano
Extravagâncias Clericais
Conclusão
Referências do capítulo IV
Origem da Aliança
Anéis "Obrigatórios"
O uso de um anel para ligar a pessoa à sua classe social pode ser a
legendária origem da aliança. Em sua História Natural, Plínio diz que o
anel foi introduzido na mitologia grega quando Prometeu atreveu-se a
roubar fogo do céu para uso terrestre. Por esse crime blasfemo, Zeus
acorrentou-o a uma rocha no alto das montanhas caucasianas por 30.000
anos, durante os quais um abutre se alimentava diariamente com seu
fígado. Após forçar a corrente por muitos anos, Prometeu finalmente
rompê-la, tomando consigo uma amostra da montanha com corrente.
Zeus compadeceu-se dele e o libertou. Todavia, para evitar a violação do
julgamento original, foi ordenado a Prometeu que usasse da corrente
como anel em um de seus dedos. Sobre esse anel foi colocado um
pedaço da rocha à qual ele esteve ligado, como constante de que ele fora
preso a ela. (5)
Qual a Roupa Certa? 107
Aparentemente a lenda de Plínio tornou-se uma superstição que
evoluiu para um costume. "Quando um escravo romano era libertado",
escreveu James McCarthy, "ele recebia junto com um veste branca, um
anel de ferro. O escravo havia sido preso, assim dizer, por uma
caucasiana corrente de cativeiro. Quando concedida a sua liberdade, ele
ainda tinha de usar, como Prometeu, um anel de ferro como recordação.
Não lhe era permitido ter um anel de ouro, que naquele tempo era um
emblema de cidadania." (6)
O anel de noivado
Muitas lendas têm chegado até nós acerca dos poderes mágicos dos
anéis. De acordo com uma lenda popular, o rei Salomão possuía um anel
que o transportava cada dia e noite até o firmamento, onde ele ouvia os
segredos do Universo. Isso explica sua insondável sabedoria. Outra lenda
declara que Salomão tinha seu anel ornado com pedras preciosas
incomuns, das quais se servia como um espelho mágico, para que
pudesse ver refletida a imagem de qualquer pessoa ou lugar que ele
desejasse. "Crônicas antigas diziam que esse anel explicava seu fantástico
dom de jurisprudência, como no caso das duas mulheres que reclamavam a
mesma criança como sendo sua. Contemplando as profundezas do espelho,
ele se informava das coisas por acontecer."(8) Pretensamente, o anel de
Salomão foi mais tarde encontrado e usado por exorcistas judeus para
expulsar demônios através do nariz das pessoas doentes." (9)
Há também muitas histórias acerca do poder curativo dos anéis. "Os
médico grego Galeno, que viveu no segundo século de nossa era,
escreveu sobre amuletos de jaspe pertencente aos reis egípcios, que
possuía o desenho de um dragão cercado de raios. Galeno sustentava que
ele tinha um possante agente curativo para moléstias dos órgãos
digestivos. Dentre os anéis medicinais estavam os "anéis de cãibra".
Cria-se que eles ofereciam proteção com cãibras e outras indisposições.
Eduardo, o Confessor, rei da Inglaterra no décimo primeiro século,
segundo indicações, deu início ao uso dos anéis curativos. Um dia,
quando o rei foi abordado por um idoso peregrino, como não tivesse
dinheiro consigo, deu ao velho um anel como esmola. O peregrino, o
João disfarçado, devolveu o anel ao rei dizendo que o havia abençoado e
conferido-lhe poderes curativos. Desde aquele tempo até o reinado da
rinha Maria, no décimo sexto século, em todas as sextas-feiras santas, os
reis e rainhas ingleses abençoavam e distribuíam anéis sustentando que
possuírem a cura para a epilepsia." (10)
Qual a Roupa Certa? 109
Anéis Venenosos
Nos tempos de Roma, os anéis eram usados não apenas para curas,
como também para envenenar os outros ou a seu possuidor. Os anéis
venenosos portavam um líquido venenoso numa pequena cavidade
existente sob o sinete ou pedra preciosa. Uma mola estava conectada à
cavidade, de tal modo que o assassino poderia desferir um fatal arranhão
enquanto apertava a mão do inimigo. Esse era provavelmente elaborado
a partir de um canino de cobra.
O general cartaginês Aníbal ingeriu uma dose fatal de veneno de
próprio anel (183 ou 182 a.C.), preferivelmente a submeter-se aos romanos.
No décimo sexto século, a família Bórgia, na Itália, conhecida por suas
traições, supostamente utiliza anéis venenosos para assassinar inimigos.
Anéis Astrológicos
Anéis na Bíblia
O Propósito da Aliança
Anéis Episcopais
Influência Levedante
Mordomia Responsável
Reforma Gradual
O "Processo Levedante"
Conclusão
Advertência Final
Referências do Capítulo V
"Vive la Similarité!"
A Visão Andrógina
Aparência Unissex
Natureza ou Educação
Confusão no Lar
Um Sinal de Rebelião
As Roupas na Bíblia
A veste de baixo era uma longa túnica usada por ambos os sexos
nos tempos bíblicos. Ela era uma veste básica que homens e mulheres
usavam cada dia. A famosa pintura de Beni-hasan provê uma boa
ilustração dessa roupa. Uma reprodução dessa obra aparece no capa
Qual a Roupa Certa? 161
interna do Seventh-Day Adventist Bible Dictionary. A ilustração mostra
um grupo de 37 palestinos chegando ao Egito a fim de comerciar
pigmento negro para pintura dos olhos. Seus trajes são, provavelmente,
muito semelhantes àqueles usados por Abraão e sua família. O líder do
grupo e dois homens que o acompanham, exibem túnicas coloridas que
vão desde os ombros até os joelhos, mas deixam os braços e um dos
ombros livres.
As quatro mulheres mostradas na pintura usam roupas bastantes
coloridas, semelhantes aos trajes masculinos. As maiores diferenças
estão nas roupas das mulheres, que são algumas polegadas mais longas,
indo abaixo dos joelhos. Na parte superior, elas circundam o pescoço,
cobrindo assim mais plenamente o corpo. Exibem ainda complexos
modelos, com figuras em azul e vermelho tecidas na veste. Em outros
termos, as mulheres usavam a mesma espécie de túnicas que os homens,
mas essas eram mais coloridas, umas poucas polegadas mais longas e
cobriam mais completamente seus corpos.
A roupa de cima, uma túnica, ou mais comumente, um manto
semelhante ao moderno xale, cobria todo o corpo. Um manto era usado
em ocasiões especiais (I Sam. 15:27; 24:4 e 11). Tamar, irmã de
Absalão, "trazia ela uma túnica talar de mangas compridas, porque assim
se vestiam as donzelas filhas do rei". (II Sam. 13:18). Essa parece ter
sido uma roupa especialmente desenhada para as filhas do rei. O manto
escarlate que os soldados romanos puseram sobre Cristo, era outro tipo
de veste de cima (Mat. 27:28; João 19:2 e 5). Parece não ter havido
diferença substancial entre as vestes exteriores usadas por homens e
mulheres.
Em vista da notável semelhança entre as vestes de homens e
mulheres nos tempos bíblicos, parece justo concluir que a preocupação
da lei deuteronômica não era condenar qualquer semelhança de estilo
entre roupas de homens e mulheres, mas o vestir aquilo que era usado
pelo sexo oposto. A diferença de estilo entre a túnica usada por homens e
Qual a Roupa Certa? 162
mulheres pode ter sido pequena, pelo menos de nosso ponto de vista,
mais suficiente para manter a distinção entre os sexos.
Calças Femininas
Conclusão
Referências do Capítulo VI
Conclusão
Sobre a Autora
Objetivo do Capítulo
Nossa vocação cristã não é julgar os outros por sua aparência, mas
temos a obrigação de revelar Cristo aos outros por nosso parecer
exterior. Esse é o paradoxo do estilo de vida cristã. Não nos atrevemos a
julgar os outros por sua aparência, contudo, ousamos não nos tornar
pedra de tropeço aos outros por nossa aparência. Embora os outros não
possam ler nosso coração, podem ler nossas roupas, penteado e
maquiagem. Nossa aparência torna-se uma poderosa declaração para
Cristo. Se professamos ser cristãos, então as pessoas têm o direito de ver
a modéstia e simplicidade da vida de Cristo refletidas em cada aspecto
de nossas vidas, incluindo nossa aparência. Não podemos apresentar-lhes
um quadro confuso.
Recapitulando, nós não temos licença para julgar a quem quer que
seja por sua aparência, mas os outros têm o direito de esperar ver os
ideais de Cristo refletidos em nosso comportamento e aparência.
Podemos não gostar disso, mas é a maneira como a vida do cristão
funciona.
O Adorno Interior
Conclusão
Sobre a Autora