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Jesus Cristo - O maior dos escravocratas

Por Ana Burke ( Escrito em 2014)

Jesus nos diz que devemos amar o nosso próximo da mesma forma como amamos a nós
mesmos (Marcos 12:31) e isto me levou a meditar no significado desta frase e que tipo
de ensinamento se pode abstrair disso. Antes de tudo, eu penso, temos que amar a nós
mesmos e a maioria não sabe exatamente o que significa "Amar a si mesmo". Jesus
amou a si mesmo? Os seus seguidores amam a si mesmos? Como saber se estamos
amando o nosso próximo da forma correta se eu não conheço a mim mesmo? Eu penso
que devo tratar o meu próximo proporcionando a ele as mesmas coisas que são do meu
agrado mas, tudo o que me agrada, também agrada o meu próximo?

O meu próximo mais próximo é o meu pai, minha mãe ou outro membro da minha
família e o correto seria investigar, primeiramente, como me comporto em relação ás
pessoas que convivem mais de perto comigo. Tenho que amar a mim mesma em
primeiro lugar, aprender o que é o amor, me fazer feliz e só depois eu serei capaz de
fazer o outro feliz. Cada um dá aquilo que possui. O infeliz faz o outro infeliz; o
invejoso vai desejar os bens do outro e se sentir frustrado com as suas conquistas e
assim continua. Geralmente camuflamos as nossas falhas de caráter e destacamos estas
mesmas falhas no outro, sentindo na maioria das vezes prazer em comentar, salientar,
aumentar e, que deleite é para o ser maldoso ver o outro em situação inferior.

A imperfeição é uma característica humana e não se extrai amor, que supostamente é


algo bom, de algo ruim. Se somos imperfeitos, imaturos, maldosos e não sabemos o que
é amor, amar o próximo como a nós mesmos seria jogar em cima deste nosso próximo o
nosso egoísmo, a nossa maldade e os nossos destemperos. Se é assim que somos, damos
o que temos para dar. Mas parando por aqui, vamos procurar aprender com Jesus, desde
que, todos acreditam, que Ele realmente amou o seu próximo.

Jesus amava a si mesmo? Muitos ditos mestres que falam de amor nem sempre praticam
ou sabem o que é amor. Jesus amava o seu próximo como amava a si mesmo e isso é
uma verdade. Ele chamava de amor o que de pior existe num ser humano que é a sua
incapacidade de reagir frente à injustiças, a sua covardia. Com Ele aprendemos a
diferença entre o bravo ou guerreiro que morre lutando, que não se entrega facilmente, e
o fraco e incapaz. Ele morreu esperando pela manifestação de um Pai que ele
acreditava, iria interceder por Ele, ou socorrê-lo na hora da morte, mas nada aconteceu e
culpou a Deus pelo seu sofrimento e a sua morte: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” Mateus 27:46.

Esta é uma lição importante e que a maioria nunca compreendeu. Deus, o Pai, ou não
existe ou se omitiu. Jesus acreditava no Pai e o Pai o abandonou. E o mesmo acontece
com todos aqueles que morrem orando, ou implorando, pela ajuda de Deus, mas a
verdade é que, Deus, nunca vai aparecer e a morte é inevitável.

Jesus era um representante daquilo que é o máximo em matéria de imperfeição. Ele


desprezou sua mãe, Maria, e seus irmãos alegando que estes só seriam considerados por
Ele, irmãos e mãe, se estes fizessem a vontade do seu Deus. Foi imposta então uma
condição para que Ele os aceitasse como membros da sua família e quem impõe
condições, ou obriga, ou submete o outro à sua vontade, não sabe o que seja respeito ou
amor.
Biblicamente falando, Jesus nasceu do Pai, e somente do Pai, assim como Adão nasceu
do Pai. Maria, sua mãe, por ser mulher, foi associada a Eva e, Eva nasceu do homem, de
uma de suas costelas, o homem a pariu. Nem Eva e nem Maria e nem mulher alguma
nasceu de Deus segundo está inculcado na mente dos religiosos. Todas as mulheres,
sem exceção são inferiores, a começar pela própria mãe e, para Jesus, Maria não era
diferente. Ele não teve uma mãe, apenas um Pai e, portanto, nenhuma mulher merece
respeito. Maria só foi necessária para guardar Jesus no ventre por nove meses, tanto que
ela não foi tocada por nenhum homem e, segundo a Igreja Católica, ela permaneceu
virgem, Deus usou o seu corpo para abrigar o homem que foi criado diretamente por
Deus da mesma forma como Adão foi criado diretamente por Deus. Na bíblia, em toda
ela, podemos ver que os homens são protegidos por Deus, protegem-se uns aos outros e
Maria era uma serva como todas as mulheres eram não fogindo à regra. Ela é a segunda
Eva e, desde Eva até os nossos dias, é desta forma que funciona. Todas as mulheres só
existem para servir aos propósitos de Deus, e os propósitos dos homens em qualquer
religião, ou seja, as mulheres só são necessárias, e isto pra elas deve ser considerado
uma honra, ou uma graça segundo a bíblia e a Igreja, guardar os homens no ventre a
partir da sua concepção até o seu nascimento. A partir daí, não existe mais vínculo
nenhum entre mãe e filho.

Em Lucas 11:27-28, podemos sentir o desprezo de Jesus pela mãe ao afirmar que o
ventre que o abrigou, ou os peitos que o alimentaram, não eram bem aventurados. Esta é
uma lição importante e que foi dirigida aos homens para que compreendam que o peito
que os alimentaram ou o ventre que os abrigaram não têm valor. Os muçulmanos
praticam este ensinamento à risca e todas as mulheres, mãe, irmãs, filhas, nenhuma
delas merece respeito e são usadas, abusadas sexualmente, escravizadas, vendidas,
apedrejadas e têm que se vestir como um espantalho para que fique patente a sua
inferioridade. O tratamento das mulheres nas outras religiões não é diferente. No
hinduísmo, uma vaca é mais importante que uma mulher.

Os bárbaros fabricam deuses, todos masculinos, feitos á sua imagem e semelhança,


deuses estes que os elevam e os faz acreditarem-se superiores de acordo com aquilo que
eles entendem por superioridade na sua visão distorcida sobre valores e moralidade.

A partir do momento em que não se considera a mãe como um ser humano, não se
considera mulher nenhuma como um ser humano o amor ao próximo é uma utopia. Em
João 2:3-4, podemos ver claramente que Jesus não respeita ou trata Maria como sendo
sua mãe, Ele se dirige a ela como “mulher” deixando antever todo o seu desprezo pela
mesma quando esta se dirige a Ele para dizer que o vinho havia acabado, no que Jesus
respondeu rispidamente: “Mulher, que tenho eu contigo?”, ou seja, Jesus colocou Maria
em seu devido lugar, lugar este de onde ela nunca deveria ter saído. Foi o mesmo que
dizer “mulher, não se meta nos meus assuntos” ou “Mulher, você não é ninguém e não
sendo ninguém, por que me dirige a palavra?”

Muitas passagens bíblicas no Novo Testamento confirmam a inferioridade da mulher.


Segundo Paulo, “durante a instrução, a mulher deve ficar em silêncio, com toda a
submissão e acrescenta que ele, Paulo, não permite que a mulher ensine ou domine o
homem, devendo a mesma se conservar em silêncio porque primeiro foi formado Adão,
depois Eva. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pecou”.
Jesus foi um escravocrata e um defensor da escravatura, um fazedor de servos e como o
servo dileto de Deus, existiu somente para dar o exemplo de como um bom escravo
deve se comportar. Segundo Jesus, os servos são inferiores, não têm direitos, tem que
estar sempre a postos para quando o seu Senhor precisar e, se este não se aprontar e não
fizer conforme a vontade do seu amo e Senhor, “será castigado com muitos açoites.”
Lucas: 12:47

Jesus ensinou de forma direta ou por parábolas, “batendo na canga para o burro
entender”, que “o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” Lucas
19:10, ou seja, Ele veio para ajuntar as ovelhas desgarradas e levá-las de volta para o
curral, para fazê-las entender que devem ser sempre obedientes ao seu dono como Ele
era obediente a Deus.

Cada ovelha têm o seu Senhor e, em uma das parábolas Jesus apoia o assassinato das
pessoas que não o seguem ou que não seguem aos seus senhores como por exemplo em
Lucas 19:27: “E quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre
eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim”. Jesus ensinou e exigiu que os servos se
sujeitem “com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas
também aos maus”. 1 Pedro 2:18

Jesus coloca a si mesmo como sendo a videira e Deus ou o Senhor, como o lavrador. As
varas sem fruto (pecadores, aqueles que não se sujeitam ou não o seguem) devem ser
arrancadas fora, queimadas...E quem são estas varas que devem ser destruídas ou mortas
na fogueira como se pode conferir em João 15:1-12? São aqueles que NÃO são cristãos:
“Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e
lançam no fogo, e ardem”.

Jesus não veio para trazer a Paz, Jesus nunca veio em Paz, Jesus veio trazer a desunião
(dissensão) e inimizade entre os membros de uma mesma família e deu o exemplo
tratando mal a mãe e os irmãos. Este é o ensinamento: Amar a Deus e a Ele, Jesus,
sobre todas as coisas e odiar a mãe, o pai, os irmãos e todas as coisas que existem no
mundo, como podemos ver em Mateus 10:37 em que Jesus proíbe que alguém ame mais
o pai ou a mãe do que ama a ele e, proíbe os filhos de amar mais a seus pais do que ama
a Ele. É, portanto, uma condição, uma obrigação, uma imposição que, se não for
cumprida a risca, haverá um castigo para o transgressor, isto é, amar, o que é insano, é
algo obrigatório como se pode conferir. Em Lucas 12:51-53, Jesus continua dividindo a
família e nos diz que a partir da sua vinda “estarão cinco divididos numa casa: três
contra dois, e dois contra três. O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai;
a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua
sogra.”

Só pessoas completamente doutrinadas, completamente incapazes, e sem discernimento


para se sujeitar a chantagens e ameaças que sabe-se, nunca vieram de um deus. Pior
ainda é acreditar que este Ser foi capaz de amar o seu próximo. Nem amava o seu
próximo e nem amava a si mesmo. Jesus Cristo é o maior dos enganos, é uma fraude, e
seus ensinamentos bíblicos são obscenos.

Em Lucas 9:57-62 alguém queria segui-lo e pediu que Jesus o deixasse, primeiramente,
enterrar o pai. Não foi atendido e recebeu de Jesus uma ordem: “Deixa aos mortos
enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus”. E a um outro que
queria, antes de segui-lo, se despedir primeiro da família, Jesus respondeu: “Ninguém,
que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” Onde existe
humanidade nisto? Que tipo de deus é este e que “Reino” é este?

Os religiosos se acostumaram tanto a viver sendo chantageados e ameaçados que não se


dão conta de que “deus” algum, acreditado como sendo realmente um deus, faria tal
coisa. Em João 2:15 Jesus alerta para que os seus seguidores não amem o mundo, nada
do que existe no mundo ou não terão estes o amor do Pai.

Em Lucas 12:5, Jesus ameaça com o inferno aquele que não teme a Deus. Os pseudo-
sábios confundem tudo e associam temor a respeito, tentando com isto abrandar o
caráter de deus. Temor nada tem a ver com respeito. Só devemos temer aquilo que nos
faz mal. Tememos a morte porque consideramos a morte como sendo sofrimento.
Tememos a maldade, o desamor, a tortura, a dor e as doenças. Tememos o mal. Se
temos que temer a Deus é porque Ele poderá nos fazer mal. Deus é o mal. Existe uma
diferença entre o deus do AT e Jesus, o que o torna pior. Ele criou o inferno de fogo e
tortura eterna como ensinam as igrejas e nos ameaça jogar neste inferno se não o
obedecemos. Isto se chama Livre arbítrio? Ou se chama prepotência e maldade? Se
Deus nos obriga a amá-lo é porque o mesmo não têm competência para se fazer amar.
Se não o adoramos Ele nos castiga.

Nenhum deus, justamente por ser Deus, criaria um “inferno de tormento eterno” ou faria
maldades a quem quer que fosse. Nenhum Ser amoroso faria chantagens ou ameaças
como esta: “Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de
matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.”

Em Marcos 16:15-16, Jesus nos obriga a acreditar Nele. Não existe opção, ou mesmo a
menor possibilidade de escolha como se fosse possível obrigar a amar, ou obrigar a
acreditar em alguém ou alguma coisa. Segundo Ele, ou acreditamos ou acreditamos e se
não acreditamos seremos todos condenados. Este é um comportamento ridículo demais
para um ser tido como “Divino”, e até mesmo para o mais imoral, tosco, bárbaro e
ignorantes dos seres humanos.

Quando Jesus nos ensina que se deve “Amar o próximo como a nós mesmos”, Ele está
nos dizendo que devemos nos espelhar Nele, no seu comportamento em relação ao seu
próximo, nas suas palavras dirigidas ao seu próximo, e nos seus exemplos. Ele não
estava falando de “AMOR”, o sentimento sublime que eleva e dignifica, mas de um
outro tipo de amor que só os egoístas, imaturos e inconsequentes entendem.

Pilatos o açoitou, o ridicularizou, colocou Nele uma coroa de espinhos, deram-lhe


bofetadas, cuspiram em seu rosto, fizeram-no carregar a cruz e enquanto tudo isto
acontecia, os seus apóstolos estavam escondidos como um bando de ratos covardes. Por
quê? O que significa este ensinamento? Basta analisar o “antes” e o “depois” para
entender. Jesus representava um crente, como muitos outros, que esperava o socorro de
Deus na hora da morte, um crente que aprende a dar a outra face para o inimigo ou um
crente que lava os pés do seu Amo e Senhor. Jesus existiu para ensinar aos crentes que
estes devem dobrar a cerviz, apanhar quietos e a não reagir quando lhes cospem no
rosto. Jesus era um fiel como todos os outros que existem por aí, um fiel treinado para
obedecer cegamente e que foi ao mesmo tempo um professor, um mestre na arte de
fazer escravos: “Olhem para mim e façam exatamente da forma como eu fiz”, “siga-me,
ou serão condenados”, “carreguem a minha cruz ou não serão dignos de mim”

Maomé e Jesus foram exemplos de imoralidade e desrespeito ao próximo. Não há


diferença entre o fiel treinado para explodir bombas e o fiel treinado para perseguir,
discriminar ou queimar vivo quem não segue Jesus.

O deus dos hebreus, Jesus e Maomé só existiram e existem nas mentes doentes.

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